Análise Real

Elaine Santos Dias

IFBA - Campus Valença

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Limite de uma sequência

Intuitivamente, dizer que o núumero real L é limite da

sequência (an ) significa afirmar que, à medida que o índice
n cresce, os termos an tornam-se e se mantém tão próximo
de L quanto se deseje.

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Definição
Seja (xn )nPN˚ , diremos que L é limite de (xn )nPN˚ quando
n Ñ ∞, denotado por lim xn = L, se para todo ε ą 0
dado existir n0 tal que

se n ą n0 implica que |xn ´ L| ă ε

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Observe que lim xn = L significa que, para todo índice
n ą n0, o termo xn pertence ao intervalo (L ´ ε, L + ε),
isto é, para os índices n maiores que n0 os termos da
sequência (xn )nPN˚ se mantém suficientemente próximos
de L.

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Exemplo
n
Prove que a sequência cujo termo geral é (xn ) = n+1
converge para 1.

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Devemos mostrar que, dado ε ą 0, existe n0 tal que
n
| n+1 ´ 1| ă ε para todo n ą n0, segue que

n n ´ (n + 1) ´1 1
| ´ 1| = | |=| |=
n+1 n+1 n+1 n+1
1
para que n+1 ă ε segue que n ą 1ε ´ 1

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Dessa maneira, tomando n0 = 1ε ´ 1, temos que
n
| n+1 ´ 1| ă ε para todo n ą n0.

Portanto, lim (xn ) = 1.

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Exemplo
1
Prove que a sequência cujo termo geral é (xn ) = 2n
converge para 0.

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Devemos mostrar que, dado ε ą 0, existe n0 tal que
1
| 2n ´ 0| ă ε para todo n ą n0, segue que
1 1
| ´ 0| = | |
2n 2n
1 1 1
para que 2n ă ε segue que n ą 2ε .Daí, tomando n0 = 2ε ,
1
temos que | 2n ´ 0| ă ε para todo n ą n0.

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Teorema (Unicidade do limite)
Seja (xn ) um sequência de números reais. Se lim xn = L1 e
lim xn = L2, então L1 = L2.

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Seja (xn ) um sequência tal que lim xn = L1 e lim xn = L2,
segue então que para todo ε ą 0 existem n0, m0 P N˚ tais
que
|xn ´ L1| ă ε, se n ą n0 e |xn ´ L2| ă ε, se n ą m0.
Suponha que L1 ‰ L2 e considere ε = |L1´L 2|
2 , segue que

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 |L1 ´ L2| = |L1 + xn ´ xn ´ L2| = |(L1 ´ xn ) + (xn ´ L2)|

ď |L1 ´ xn | + |L2 ´ xn | ă 2ε = |L1 ´ L2|

Ou seja,
|L1 ´ L2| ă |L1 ´ L2|
Que é um absurdo, logo L1 = L2.

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Definição
Quando o limite de uma sequência (xn ) existe, isto é,
lim xn = L, diremos que (xn ) é uma sequência convergente.
Por outro lado, se limite de (xn ) não existe, diremos que
(xn ) é uma sequência divergente.

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Teorema
Se a sequência (xn ) é convergente, isto é, lim xn = L.
Então, toda subsequência de (xn ) convergente, converge
para L.

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O teorema acima juntamente com a unicidade do limite
nos oferece uma condição para verificar a convergência de
uma sequência.
Para que uma sequência seja divergente é suficiente que a
sequência possua duas subsequências que convergem para
dois limites diferentes.

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Exemplo
Considere a sequência definida por

(xn ) = t1, 0, 1, 0, 1, 0, ¨ ¨ ¨ u

A sequência acima é divergente, pois possui duas

subsequências que convergem para limites diferentes.

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Teorema
Toda sequência convergente é limitada.
Obs.: A recíproca do teorema anterior não é verdadeira.
Corolário (Bolzano-Weierstrass)
Toda sequência limitada possui subsequência convergente.

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Teorema
Toda sequência monótona limitada é convergente.

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