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Química – ENEM 2021 Prof.

Simone

MODELOS ATÔMICOS

Durante muitos séculos a matéria foi estudada de variadas formas, mas houve uma preocupação pelos
pensadores em sua composição. Durante a história, os processos de conhecimento sobre os elementos, de onde
derivaria a Química como ciência, passaram por pensamentos como do filósofo Empédocles e propagado pelo
filósofo Aristóteles, da Teoria dos Quatro Elementos Básicos – que foi formulada por volta do séc. IV a.C. e
revisada no séc. XVII d.C. A história da Ciência nos mostra que o conhecimento é sempre passível de revisão e
reconceituação, o que ocorreu no caso dessa teoria.
Mesmo sendo revista e redirecionada, a teoria empedocliana-aristotélica tinha certo sentido, pois hoje pode-
se facilmente notar que a terra, a água e ar se relacionam aos três estados físicos da matéria – sólido, líquido e
gasoso – e o fogo é a energia necessária para as transformações físicas e químicas.
De todas as explicações gregas antigas quanto à constituição da matéria, a mais sedutora foi proposta por
Leucipo de Mileto (aproximadamente 500 a.C.) e Demócrito de Abdera (aproximadamente 460 a.C.), seu
discípulo, ambos filósofos contemporâneos de Aristóteles que descreveram a matéria como uma concentração
de minúsculas partículas ou “átomos”, que de tão minúsculas não poderiam sofrer nenhum corte, ou seja, dessa
forma essa menor partícula seria portanto indivisível. Demócrito ainda sustentava que os átomos se diferiam
entre si pela forma e disposição e estavam num constante movimento, em que se combinavam uns com os outros
de modos diferentes.
No século XVIII, Antoine Laurent Lavoisier (1743 – 1794), um cobrador de impostos francês, se interessou
por experimentos com o ar realizados pelos químicos britânico Robert Boyle (1627 – 1691) e Joseph Priestley
(1733 – 1804), e, ainda se utilizando da Teoria dos Quatros Elementos, notou experimentalmente a existência
de outros gases presentes no ar. O primeiro – inicialmente denominado “ar deflogisticado” – era o oxigênio, e
segundo – denominado “azoto” – é hoje conhecido como nitrogênio.
Com base nessas análises quantitativas foi possível comprovar que o ar não é um elemento químico, mas
sim a mistura de várias componentes.
Em 1783, Lavoisier teve conhecimento de experiências realizados por Joseph Priestley e Henry Cavendish,
que por intermédio de descargas elétricas em certos gases conseguiram produzir um orvalho que na realidade

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era água pura. A partir da repetição desse experimento, Lavoisier fez a decomposição da água e a sua
recomposição, comprovando que a água era composta por duas “substâncias”: o “princípio oxigênio” e o
“princípio hidrogênio”, que hoje são conhecidos por elementos oxigênio e hidrogênio. Esse experimento também
comprovou que a água não é um elemento químico. Por esses feitos quantitativos, Lavoisier é considerado por
muitos um marco no início da Química como Ciência e Pai da Química.
Após a morte de Lavoisier, os cientistas continuaram trabalhando em novas decomposições dos quatro
elementos fundamentais, porém apropriando-se de conceitos relacionados à antiga ideia de átomo formulada
por Demócrito e Leucipo.
A ideia de átomo no início do século XIX, apesar de bem recebida, não era uma unanimidade dentre os
químicos. Porém, essa batalha científica travada no início do séc. XIX teve um nome em evidência: John Dalton.

MODELO ATÔMICO DE DALTON


Em 1803, John Dalton, com base nos estudos que fazia a respeito do comportamento dos gases na atmosfera
e em leis de outros cientistas (Lavoisier e Proust), criou a primeira teoria atômica:
O modelo atômico de Dalton é baseado nos seguintes princípios:
• A matéria é formada por átomos. O átomo é uma esfera maciça, indivisível e indestrutíveis e
intransformável.
• Os átomos não podem ser criados nem destruídos e, nas substâncias, eles se encontram unidos por
forças de atração mútua.
• Todos os átomos de um mesmo elemento são idênticos em suas propriedades como forma, tamanho e
massa. Átomos de elementos diferentes são diferentes em suas propriedades.
• Em uma substância composta, os elementos se combinam em uma proporção numérica fixa. Para formar
a substância gás carbônico, a proporção fixa com que os átomos se unem é de 1 carbono:2 oxigênios.
Para a água a proporção fixa com que os átomos se unem é de 1 oxigênio:2 hidrogênios.
• Em uma transformação química, átomos se rearranjam (se separam e se unem de uma forma diferente
da inicial), formando novas substâncias.
• Átomos de certo elemento químico não podem se converter em átomos de outro elemento.
As principais características que Dalton atribuiu ao átomo foi que este tem forma esférica e maciça, sendo
indestrutível e indivisível, ou seja, é impossível destruir ou dividir o átomo. Com tais características atribuídas por
Dalton, esse modelo ficou conhecida como Modelo Atômico da “Bola de Bilhar”.

Figura 1 – Modelo atômico de Dalton, “Bola de bilhar”.

MODELO ATÔMICO DE THOMSON


No início do século XIX, o físico italiano Alessandro Volta (1745 – 1827) construiu as primeiras pilhas,
dispositivos capazes de transferir um fluxo de partículas elétricas denominado corrente elétrica.

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Ao estudar a condução da corrente elétrica em gases com baixíssimas pressões, o cientista alemão Heinrich
Geissler (1815 – 1879) e o cientista inglês William Crookes (1823 – 1919) desenvolveram um dispositivo que
futuramente denominaram tubo de raios catódicos, ou Ampola de Crookes, Figura 2.

Figura 2 – Ampolas de Crookes

Em 1887, o cientista inglês Joseph John Thomson (1856 – 1940) adaptou o experimento de Crookes pela
inserção de um campo magnético que desviou o feixe luminoso para a placa carregada positivamente. Thomson
comprovou que as partículas presentes no feixe eram de caráter negativo. Esse experimento foi repetido com
vários gases diferentes, sempre gerando o mesmo efeito, concluindo que, se as propriedades dessas partículas
são as mesmas, então, elas estão presentes em toda matéria. Atualmente essas partículas são denominadas
elétrons.

Figura 3 – Desvio dos raios catódicos ao passar pelo campo magnético. Thomson comprovou serem negativas
as partículas do feixe, pois são atraídas pela placa positiva.

A partir da descoberta dos elétrons surgiu o interesse por outras partículas subatômicas. Em 1886, o físico
alemão Eugene Goldstein (1850-1930) utilizou um tubo de Crookes modificado que o levou à descoberta de uma
partícula 1836 mais pesada que o elétron e de carga oposta (positiva). A essa nova partícula deu-se o nome de
próton.
Em 1890 já estava evidente que o átomo era divisível e constituído por partículas negativas denominadas
elétrons. Com base nesse conceito, Thomson propôs um modelo de átomo que mais se assemelhava a um
“Pudim com Passas”, pois os elétrons estariam incrustados na superfície externa de uma esfera de carga
positiva.

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Figura 4 – Modelo atômico de Thomson, “Pudim de Passas”.

MODELO ATÔMICO DE RUTHERFORD


O modelo de átomo proposto por Thomson foi aceito por muitos anos, mas ainda no final do séc. XIX cientistas
também trabalhavam em torno das radiações emitidas por amostras da matéria. Em 1895, utilizando o tubo de
Crookes, o físico alemão Wilhelm Roentgen (1845 – 1923) descobriu os raios X. Na França, o físico Antoine
Henry Becquerel (1852 – 1908), acidentalmente, descobriu que um composto de sulfato potássico de uranila
havia liberado radiação sobre uma folha de papel fotográfico. Na ocasião Becquerel não conseguiu explicar o
fenômeno, porém seus bons amigos Pierre Curie e a esposa dele, Marie Curie, iniciaram um estudo que lhes
permitiu a descoberta da radioatividade não só do urânio, mas de dois outros elementos mais radioativos: rádio
e polônio.
No início do século XX, o cientista neozelandês Ernest Rutherford (1871 – 1937) e outros cientistas
descobriram que substâncias radioativas como o urânio emitiam pelo menos três tipos diferentes de radiações.
No experimento, uma amostra radioativa foi colocada numa caixa de chumbo com orifício orientado entre duas
placas (positiva e negativa) de um campo magnético.
A radiação desviada para o lado da placa negativa foi denominada emissão alfa positiva (2+); a que se
desviou para a placa positiva, emissão beta negativa (–); e a que passou direto sem desvio, emissão gama (0),
conforme mostrada na Figura 5.

Figura 5 – Experimento com amostra radioativa.

Essas emissões radioativas também foram analisadas em torno de seu poder de penetração em vários
materiais e sua capacidade de ionização do ar, conforme apresentado na Figura 6. As emissões alfa e beta
conseguiam ionizar o ar (formar íons no ar). Já a emissão gama, não ionizam diretamente outros átomos, mas
podem induzir a liberação de outras partículas subatômicas levando a uma ionização.

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Figura 6 – Penetração das partículas alfa (), beta () e gama ().

Outros aspectos importantes foram relatados por Rutherford e seus colaboradores após observarem que:
• as radiações emitidas faziam uma placa de sulfeto de zinco cintilar (ZnS) por meio de um fenômeno
denominado fluorescência.
• a radiação alfa tem carga +2 e massa equivalente à do átomo de hélio. Logo, seria uma partícula.
• a radiação beta tem carga –1 com relação carga/raio igual à do elétron. Logo, seria um feixe de elétrons
com elevada velocidade (aproximadamente 95% da velocidade da luz).
• a radiação gama é como a luz, formada por radiação eletromagnética e com comprimentos de onda
menores que dos raios X.
Em 1911, Rutherford apresentou resultados de um experimento realizado com a cooperação do físico inglês
E. Marsden (1889 – 1970) e o físico alemão H. Geiger (1882 – 1945), que derrubaram o modelo atômico segundo
Thomson. Nesse experimento, uma fina película de ouro (0,0001 mm) foi bombardeada por um fluxo de partículas
alfa positivas (24), que são liberadas por uma pequena quantidade do elemento radioativo polônio. Os resultados
desse experimento verificaram a passagem da maioria das partículas, que passava reta e poucas se desviavam.
Ainda se verificou que algumas partículas ricocheteavam, voltando em direção à fonte de radiação, conforme
mostrado na Figura 7.

Figura 7 – Esquema no experimento de Rutherford.

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Conclusão de Rutherford e seus colaboradores após experimento:
• As partículas que atravessavam a placa (1) passaram pelos espaços vazios que estão presentes na
maior porção da matéria. Esse espaço foi denominado eletrosfera, ou local onde estão os “minúsculos”
elétrons.
• As partículas que eram ricocheteadas (3) colidiram com núcleos maciços e densos espalhados pela
película de ouro. Eles notaram que esses núcleos continham praticamente toda a matéria.
• As partículas que desviaram sua trajetória (2) passaram próximo ao núcleo, além de denso, era positivo,
ou seja, continha os prótons. Contudo, a alta densidade do núcleo se justificava pela presença dos
prótons, que são 1836 vezes mais pesados que os elétrons.
Na Figura 8 é mostrado um esquema onde os pontos representam os núcleos dos átomos, as esferas
são as delimitações da eletrosfera e as linhas as trajetórias das partículas alfa positivas. Apesar desse
exemplo conter apenas três colunas de átomos, no experimento real estima-se que a maior parte das
partículas alfa atravessaram em torno de 300 átomos sem desvio em sua trajetória. Esse relato somente
reforça que a eletrosfera dos átomos é muito maior que o tamanho do núcleo.

Figura 8 – Esquema representando fina lâmina de ouro e o comportamento da partícula alfa.

O experimento realizado por Rutherford provou que o átomo não é maciço, ou seja, há prevalência de espaços
vazios. Na parte central do átomo está concentrada praticamente toda a massa do átomo e contém partículas de
carga positiva.
O modelo de Rutherford, ficou conhecido como “Modelo Planetário”, e o átomo é dividido em duas regiões:
NÚCLEO e ELETROSFERA. A eletrosfera é a região onde se encontram os elétrons, os quais possuem carga
negativa e estão orbitando em torno do núcleo. Já o núcleo é a região onde se encontram os prótons, os quais
possuem carga positiva.

Figura 9 – Modelo atômico de Rutherford, “Modelo Planetário”.

Mas um questionamento era feito: se o núcleo atômico é formado por partículas positivas, por que essas

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partículas não se repelem e o núcleo não desmorona?
A resposta veio em 1932, quando o cientista James Chadwick verificou que o núcleo do elemento berílio
radioativo emite partículas sem carga elétrica e de massa praticamente igual à dos prótons. Essa partícula foi
denominada nêutron — confirmando-se assim a existência da terceira partícula subatômica.
De certa maneira, os nêutrons “isolam” os prótons, evitando suas repulsões e o consequente
“desmoronamento” do núcleo.

MODELO ATÔMICO DE BOHR


Logo após a apresentação do Modelo Atômico de Rutherford os cientistas iniciaram estudos com o fim de
compreender a localização dos elétrons em torno do núcleo, em que se destacou o jovem físico dinamarquês
Niels Bohr ao estudar os espectros de luz emitidos pelas variadas substâncias.
Um dos questionamentos que serviu de “combustível” para as pesquisas de Bohr foi a seguinte: Se os elétrons
giram em torno do núcleo através de movimentos rápidos e circulares, conforme as Leis da Física Clássica
(Newtoniana), os elétrons gastariam suas energias e se aproximariam do núcleo até ocorrer a colisão. Mas isso
não ocorria! Por quê?
Em 1900, o cientista Max Planck lançou um conceito revolucionário no qual as radiações (luz ou qualquer
forma de energia radiante) não eram emitidas num facho contínuo, mas sim em pequenos e discretos feixes
denominados “quanta”. Bohr utilizou de forma audaciosa esse conceito e afirmou que o elétron não dissiparia
sua energia e, caso ficasse em órbita bem definida, esse elétron poderia girar eternamente.
Em meados do séc. XIX, o cientista Robert Bunsen (1811 – 1899), utilizando sua fonte de chama quase
invisível (hoje conhecido por bico de bunsen), descobriu que uma substância, quando queimada, emitia luz com
cores características de cada elemento químico (cátions), Figura 10. Os sais, quando queimados na chama,
oferecem cor referente ao tipo de elemento químico de que são constituídos. Esse experimento se tornou um
método de caracterização de elementos e compostos utilizados por uma gama de profissionais.

Figura 10 – Coloração na chama dos sais de estrôncio (Sr), sódio (Na) e cobre (Cu).

Com base em experimentos em torno da queima de elementos diferentes, os cientistas conseguiram registrar
espectros descontínuos que mostravam apenas algumas raias ou bandas distintas que justificavam as cores
obtidas durante o teste de chama.
Note que os espectros de ambos os elementos apresentam algumas poucas linhas que representam apenas
as regiões em que estão ocorrendo os processos de absorção e liberação de energia.

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A coloração observada no teste de chama é o resultado da reunião de todas as linhas desse espectro.

Figura 11 – Espectros descontínuos para os átomos de sódio (Na) e de cálcio (Ca).

Por meio dessas observações Bohr concluiu que os responsáveis pela emissão de cores diferentes para
esses elementos eram seus elétrons mais externos, que absorviam quantidades diferentes de energia.
Então postulou que:
• todo átomo tem elétrons movimentando-se em órbitas circulares e estacionárias ao redor do núcleo
(níveis ou camadas simbolizadas por: K, L, M, N, ...).

• os elétrons têm uma quantidade de energia fixa e determinada, dependendo do nível em que se
encontram.
• não é permitido ao elétron estar numa região entre dois níveis consecutivos, mas é possível transitar de
um nível para outro.
• para um elétron fazer uma transição a camadas mais externas, é necessário que absorva energia de
outro meio (por exemplo: luz, fogo, radiação etc.). No entanto, para o elétron retornar a camadas mais
internas, antes deverá liberar a energia inicialmente recebida, e normalmente isso ocorre na forma de
luz (fótons ou quantum/quanta).
Inicialmente o elétron absorve energia de uma fonte externa e com isso é promovido a camadas mais
externas. Note que quanto mais distante do núcleo, maior é a energia desse elétron. Entretanto, quando o elétron
retorna à camada ou ao nível de origem, há liberação de energia – nesse caso na forma de luz – para que ele
possa se acomodar em níveis mais internos, ou seja, menos energéticos, Figura 12.

Figura 12 – Transições eletrônicas.

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A transição eletrônica detalhada ocorre milhões de vezes por segundo, gerando uma onda eletromagnética
composta por vários pacotes de energia bem definido e denominados fótons ou quanta de energia.
Bohr afirmou que cada linha presente no espectro descontínuo é consequência de uma transição eletrônica
dentro do átomo. Veja o exemplo a seguir, Figura 13, em que cada elétron que retorna a camadas mais internas
dá origem a uma linha no espectro.

Figura 13 – Relação entre a energia liberada no retorno do elétron excitado no átomo e a cor observada em
virtude dessa transição eletrônica.

Em resumo, temos a evolução do modelo atômico:

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EXERCÍCIOS

QUESTÃO 01 (ENEM PPL 2019) ______________________________________________________________


Antes da geração do céu, teremos que rever a natureza do fogo, do ar, da água e da terra. Primeiro, em relação
àquilo a que chamamos água, quando congela, parece-nos estar a olhar para algo que se tornou pedra ou terra,
mas quando derrete e se dispersa, esta torna-se bafo e ar; o ar, quando é queimado, torna-se fogo; e,
inversamente, o fogo, quando se contrai e se extingue, regressa à forma do ar; o ar, novamente concentrado e
contraído, torna-se nuvem e nevoeiro, mas, a partir destes estados, se for ainda mais comprimido, torna-se água
corrente, e de água torna-se novamente terra e pedras; e deste modo, como nos parece, dão geração uns aos
outros de forma cíclica.
PLATÃO, Timeu (c. 360 a.C.).
Buscando compreender a diversidade de formas e substâncias que vemos no mundo, diversas culturas da
Antiguidade elaboraram a noção de “quatro elementos” fundamentais, que seriam terra, água, ar e fogo. Essa
visão de mundo prevaleceu até o início da Era Moderna, quando foi suplantada diante das descobertas da
química e da física.
PLATÃO. Timeu-Crítias. Coimbra: CECh, 2011.

Do ponto de vista da ciência moderna, a descrição dos “quatro elementos” feita por Platão corresponde ao
conceito de
A partícula elementar.
B força fundamental.
C elemento químico.
D fase da matéria.
e lei da natureza.

QUESTÃO 02 (ENEM 2019) __________________________________________________________________


Um teste de laboratório permite identificar alguns cátions metálicos ao introduzir uma pequena quantidade do
material de interesse em uma chama de bico de Bunsen para, em seguida, observar a cor da luz emitida.

A cor observada é proveniente da emissão de radiação eletromagnética ao ocorrer a


A mudança da fase sólida para a fase líquida do elemento metálico.
B combustão dos cátions metálicos provocada pelas moléculas de oxigênio da atmosfera.
C diminuição da energia cinética dos elétrons em uma mesma órbita na eletrosfera atômica.
D transição eletrônica de um nível mais externo para outro mais interno na eletrosfera atômica.
e promoção dos elétrons que se encontram no estado fundamental de energia para níveis mais
energéticos.

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QUESTÃO 03 (ENEM 2019) __________________________________________________________________
Em 1808, Dalton publicou o seu famoso livro intitulado Um novo sistema de filosofia química (do original A New
System of Chemical Philosophy), no qual continha os cinco postulados que serviam como alicerce da primeira
teoria atômica da matéria fundamentada no método científico. Esses postulados são numerados a seguir:

1. A matéria é constituída de átomos indivisíveis.


2. Todos os átomos de um dado elemento químico são idênticos em massa e em todas as outras
propriedades.
3. Diferentes elementos químicos têm diferentes tipos de átomos; em particular, seus átomos têm diferentes
massas.
4. Os átomos são indestrutíveis e nas reações químicas mantêm suas identidades.
5. Átomos de elementos combinam com átomos de outros elementos em proporções de números inteiros
pequenos para formar compostos.

Após o modelo de Dalton, outros modelos baseados em outros dados experimentais evidenciaram, entre outras
coisas, a natureza elétrica da matéria, a composição e organização do átomo e a quantização da energia no
modelo atômico.
OXTOBY, D. W.; GILLIS, H. P.; BUTLER, L. J. Principles of Modern Chemistry. Boston: Cengage Learning,
2012 (adaptado).
Com base no modelo atual que descreve o átomo, qual dos postulados de Dalton ainda é considerado correto?
A 1
B 2
C 3
D 4
e 5

QUESTÃO 04 (ENEM DIGITAL 2020) __________________________________________________________


No final do século XIX, muitos cientistas estavam interessados nos intrigantes fenômenos observados nas
ampolas de raios catódicos, que são tubos sob vácuo em que se ligam duas placas a uma fonte de alta tensão.
Os raios catódicos passam através de um orifício no ânodo e continuam o percurso até a outra extremidade do
tubo, onde são detectados pela fluorescência produzida ao chocarem-se com um revestimento especial, como
pode ser observado na figura. Medições da razão entre a carga e a massa dos constituintes dos raios catódicos
mostram que a sua identidade independe do material do cátodo ou do gás dentro das ampolas.

CHANG, R.; GOLDSBY, K. A. Química. Porto Alegre: Bookman, 2013 (adaptado).

Essa radiação invisível detectada nas ampolas é constituída por


A ânions.

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B cátions.
C prótons.
D elétrons.
e partículas alfa.

QUESTÃO 05 (ENEM 2017) __________________________________________________________________


Um fato corriqueiro ao se cozinhar arroz é o derramamento de parte da água de cozimento sobre a chama azul
do fogo, mudando-a para uma chama amarela. Essa mudança de cor pode suscitar interpretações diversas,
relacionadas às substâncias presentes na água de cozimento. Além do sal de cozinha (NaCl), nela se encontram
carboidratos, proteínas e sais minerais.

Cientificamente, sabe-se que essa mudança de cor da chama ocorre pela:


A reação do gás de cozinha com o sal, volatilizando gás cloro.
B emissão de fótons pelo sódio, excitado por causa da chama.
C produção de derivado amarelo, pela reação com o carboidrato.
D reação do gás de cozinha com a água, formando gás hidrogênio.
e excitação das moléculas de proteínas, com formação de luz amarela.

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GABARITO

1. D
2. D
3. E
4. D
5. B

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