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Trabalho em 2 Pedro
Autoria:
Em 2 Pedro 1:1 o autor reenvidica ser Simão Pedro, o apóstolo de
Jesus, também existem outros dados contidos na carta que apoiam essa
afirmação: o autor refere-se à sua própria morte iminente em termos que
lembra as palavras de Jesus a pedro (1.14; cf. Jo 21.18-19), afirmou ter
sido uma testemunha ocular da transfiguração (1.16-18; cf. Mt 17.1-8; Mc
9.2-13; Lc 9.28-36), e sugeriu uma ligação entre a epístola de 1Pedro (3.1).
Referências indisputáveis a 2Pedro não aparecem nos escritos dos
cristãos do século 1 e início do século 2. Orígenes foi o primeiro a
claramente atribuir a autoria dessa epístola a pedro, mas ele relatou que
outras pessoas duvidavam da autenticidade da mesma. Outros como
Eusébio colocaram o livro entre os contestados. A epístola foi aceita como
autêntica somente no século 4 por influencia de alguns pais da igreja.
Apesar das reenvidicações da própria epístola, algumas objeções
foram levantadas quanto àutoria petrina. Entre as objeções mais comuns
estão a falta de testemunhos antigos e a demora em ser reconhecido pela
igreja, as diferenças estilísticas com relação a 1Pedro e o aparente uso da
linguagem da religião e da filosofia grega.
Data:
Entre 65 e 67 d.C. quando Pedro foi martirizado, levando em
consideração a referência à morte eminente (1:12-15), sugere-se uma
data próxima ao final de sua vida. Um argumento adicional para essa data
é a eclosão da heresia na Ásia Menor nesta época, que é bastante
evidente nas Epístolas Pastorais, e que forçou Paulo a alterar seus planos
originais de ir para o ocidente após sua “visita” a Roma.
Geografia:
Já o local da escrita é incerto. Roma seria uma opção, em 1Pedro a
referência que ele se encontrava em Roma bem como a tradição ensina
que Pedro foi martirizado, crucificado de cabeça para baixo, nesta cidade
por ordem de Nero.
Na saudação, Pedro não diz nada sobre os destinatários da carta. Mas, de
acordo com 3:1, ele estava escrevendo outra epístola para as mesmas
pessoas a quem havia escrito 1Pedro. Em sua primeira carta, ele explicou
que estava escrevendo aos “peregrinos dispersos no Ponto, na Galácia, na
Capadócia, na província da Ásia e na Bitínia” (1Pe 1:1). Essas províncias
estavam localizadas numa área da Ásia Menor que corresponde à atual
Turquia. Os cristãos a quem Pedro escreveu eram em sua maioria gentios.
História da época:
Em torno da perseguição aos cristãos por Roma iniciada por Nero
(ao qual foi objetivo da primeira carta o encorajamento a igreja em meio a
perseguição) e do final da vida de pedro surgem também nessa mesma
época heresias dentro da igreja, ou seja, o problema que a igreja
enfrentava era em relação a dúvidas e erros resultantes de falsos ensinos
daqueles que estavam como dirigentes. A heresia abragia a negação do
Mestre, Sua expiação (2.1) e a segunda vinda (3.4). Além disso os falsos
mestres tinham uma conduta totalmente depravada, deixando de lado os
padrões morais e seguindo os desejos da carne (2.10).
“Esse tipo de influência encontraria solo fértil no coração das igrejas
perseguidas, pois o comportamento não-cristão que ela promovia
certamente diminuiria o impacto da oposição pagã.” (C. Osvaldo, 2008)
Forma literária do livro:
A carta de 2Pedro é claramente uma dessas cartas escritas para
circulação ampla (1.1), mas, embora o estilo da mesma sinalize que ela
não ae dirigia aos círculos literários mais elevados.
É uma carta geral, mas alguns estudiosos entendem que 2Pedro traz
elementos do gênero “testamentário”; os testamentos eram instruções
finais deixadas por um pai ou líder no leito de morte.
Esboço de 2Pedro:
I. Introdução: Saudação (1.1-2)
II. Encorajamento a crescer espiritualmente (1.3-11)
A. Os privilégios cristãos (1.3-4)
B. As responsabilidades cristãs (1.5-11)
III. O verdadeiro ensino (1.12-21)
A. O propósito de Pedro (1.12-15)
B. O testemunho apostólico (1.16-18)
C. O testemunho profético (1.19-21)
IV. O falso ensino (2.1-22)
A. A conduta dos falsos mestres (2.1-3)
B. O julgamento contra os falsos mestres (2.4-10a)
C. A acusação dos falsos mestres (2.10b-22)
V. A verdade sobre o retorno de Cristo (3.1-16)
A. A reiteração do propósito de Pedro (3.1-2)
B. A certeza do retorno de Cristo (3.3-10)
C. As implicações do retorno de Cristo (3.11-16)
VI. Conclusão (3.17-18)
Revelação nova no livro:
2Pedro 1:16-18 – A trasfiguração de Cristo, vista por Pedro, Tiago e João, é
considerada aqui como uma antecipação do cumprimento da predição da
segunda vinda, onde Cristo viria em de forma gloriosa.
O argumento é que as profecias do antigo testamento ganham mais
firmeza com a confirmação da tranfiguração de Cristo.
2Pedro 3:15-16 – Pedro coloca os escritos de Paulo em pé de igualdade
com “as demais escrituras” considerando como cartas também inspirada
pelo próprio Deus.
2Pedro 3:8-9 – Temos aqui uma resposta de Pedro a aparente demora da
volta de Cristo; se deve ao fato que Deus considera o tempo de forma
diferente que a nossa, Ele não está preso ao Tempo, a segunda questão é
que o Seu desejo é que mais pessoas se arrependam.
Comentários:
2Pedro 1:1-11
v1 – O autor se identifica como Simão Pedro, um dos 12 díscipulos de
Jesus; uso de “Simão” o nome hebraico de Pedro antes
Cita duas posições dele: servo e apóstolo
“servo” – a primeira carta não contém essa expressão que indica sua
posição para com Cristo, apenas um servo ou escravo
“apóstolo” – Para defender a autoridade que ele tinha para escrever e
enviar todo assunto abordado na carta; apóstolo significa “mensageiro”
Destinatário – nessa carta ele abrange um público maior do que a
primeira: todo os crentes em Cristo Jesus
Duas nomeações são dadas a Jesus: Deus e Salvação, indicando Sua obra e
a sua divindade
v2 – A graça que recebemos de Deus, Sua obra redentora, no concede paz
com Ele e com os homens; uma saudação caracteristicamente cristã
Pleno conhecimento: conhecimento completo ou/e verdadeiro do Senhor;
ele cita essa mesma ideia outra vezes (v3,8) é algo que ele queria
enfatizar; o conhecimento verdadeiro de Deus e Jesus Cristo é o
convivência diária com Ele que nos leva a uma transformação interna e
externa. Além disso eles necessitavam de um conhecimento firme da obra
de Cristo para não serem enganados.
v3 - Deus em Seu poder e graça, além da salvação, nos concede meios
que nos ajudam a viver de forma piedosa;
vida: nova vida em cristo (Ef 2.1);
piedade: vida em devoção, uma vida exemplar;
Deus nos chamou pela sua gloria e virtude (são demonstradas na obra
redentora do homem) para viver uma vida nova, em paz com Ele (isso
inclui a vida presente) ele nos concede de graça, doação, tudo que
necessitamos para que possamos viver uma vida devota a Ele
Todas essas coisas que conduzem a piedade vem pelo conhecimento
completo e verdadeiro de quem Ele é, “pelo conhecimento completo”
v4 – Pelas quais – Sua glória e virtude
Novamente ele usa o termo “doadas”, querendo evatizar que não
ganhamos ou merecemos, mas tanto a nossa salvação como a força para
viver piedosamente é estabelecida por Deus
Preciosas e mui grandes promessas – Pedro queria demonstrar a beleza
das promessas do Senhor
Coparticipantes da natureza divina: não é referente ao Seu poder, não
podemos nos comparar a Deus ou virar um tipo de deus, mas aqui se
refere ao caráter de Deus, toda a sua perfeição é trabalhada em nós assim
que temos Cristo como Senhor em nossa vida, o Seu Espírito passa a viver
em nós (Gl 2.20)
Pode ser aqui as promessas do Espírito Santo (Mateus 3:11-12; João
14:16-17; Atos 1:4-5) é por meio d’Ele que caminhamos para uma vida
piedosa e nos livramos das paixões do mundo
Mas também as promessas de uma vida futura na eternidade nos dão
uma nova perspectiva e um propósito que nos ajuda a prosseguir em fé e
obediência
v5-7 – Em vista das providências que Deus tem tomado para abençoar-nos
espiritualmente, qual deveria ser nossa resposta? Pedro observa que
precisamos empenhar-nos com diligência para crescer em caráter,
mencionando sete qualidades que devemos acrescentar a nossa fé
reunindo toda a vossa diligência: mediante o amor de Deus em redimir o
homem, nós temos uma responsabilidade de fortalecer-se e crescer n’Ele
Fé: aqui se refere as doutrinas que eles criam, sua salvação, o Espírito
Santo, a nova vida em Cristo, etc...
Virtude: excelência moral, contuda reta diante de Deus e dos homens
Conhecimento: conhecimento cristão, discernimento da vontade de Deus,
é ter uma profundindade em conhecimento de Deus
Domínio próprio: autocontrole, uma vida estável emocionalmente,
fisícamente e espiritualmente
Perseverança: significa manter-se firme, constante, mesmo em meio a
provações ou advercidades, é continuar a obedecer e buscar a Deus.
Piedade: atitude e conduta de uma pessoa que teme a Deus, uma pessoa
que considera Deus em todas as áreas de sua vida
Fraternidade: como um amor entre irmãos, Pedro chama eles a olharem
para os irmãos com cuidado e amor, a relação com os homens é
importante na caminhada cristã
Amor: o amor é o alvo que todo cristão deve alcaçar, temos a missão de
expressar todo amor que um dia recebemos
Isso não é uma sequência lógica de como deve ser as etapas da vida cristã,
não são fases da caminhada pela santidade, mas são uma lista de virtudes
que o cristão deve buscar, todos os pontos se relacionam entre eles; o
cristão deve buscar todos os itens citados
Pedro ele usa essa lista de forma a levar a um clímax, a vida cristã começa
na fé mas toda a sua nova vida será regada por amor.
v8 – Estas coisas: a lista de virtudes citada anteriormente
Existindo: uma vez que o Espírito Santo é posto no crente, ele recebe o
poder de ser transformado a imagem do Senhor Jesus, ou seja, receber
(pelo poder do Espírito) essas virtudes na sua vida
Aumentando: por mais que o cristão tenha essas virtudes em certo gral,
ele deve esforçar-se para crescer em todas as áreas
Segundo Jerry Bridges em seu livro “pecados intocáveis” ele cita que
temos uma responsabilidade dependente, ou seja, temos uma
responsabilidade de lutar contra o pecado em nós, mas totalmente
dependentes do poder de Cristo.
Pleno conhecimento: esse conhecimento completo não é um
conhecimento simplesmente intelectual, mas é um conhecimento vivido,
na prática, conhecimento de Cristo, da sua obra e de quem Ele é, nos leva
a obedecer seus ensinos, conhecer a Cristo e não ser trasformado por Ele
mostra que o cristão não o conheceu completamente ou plenamente.
v2 – O pleno conhecimento de Cristo nos leva a ter paz com Deus, perceber
e receber Sua graça em nossas vidas;
v3 – Deus nos concede todas os meios para que alcancemos o pleno
conhecimento de Cristo, ou para que possamos obedecê-lo sendo
imitadores de Cristo
v8 – Temos a responsabilidade de trabalhar as características de Cristo em
nós para crescer em conhecimento
A BÍBLIA ANOTADA: The Ryrie Study Bible. Edição expandida. São Paulo:
Mundo Cristão; Barueri SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2007. 1504p
PINTO, Carlos Osvaldo Cardoso. Foco e Desenvolvimento no novo
testamento. 1ª Edição. São Paulo: Hagnos, 2008. 631p
Bíblia de Estudo de Genebra. 2ª ed. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do
Brasil; Cultura Cristã, 2009. 1984p.