Você está na página 1de 8

SOLIDIFICAÇÃO

Tecnologia dos materiais

SOLIDIFICAÇÃO DOS METAIS


A fase líquida não possui nem a ordem perfeita dos cristais
nem a plena desordem dos gases. Para ir ao estado sólido
os átomos devem se agrupar, isto reduz a distância entre
eles, às células unitárias
se organizam
apresentando um
contorno de agregado de
cristais irregulares (esses
cristais recebem o nome
de grãos).

TAMANHO DOS GRÃOS


Durante a solidificação, os núcleos vão sendo formados e
crescendo. Esses núcleos acabarão tendo um volume final
que determinará o tamanho do grão
O tamanho dos grãos dos metais depende da:
- velocidade de nucleação: quantos núcleos se formam
por unidade de tempo.
- velocidade de crescimento: é a velocidade com que
estes núcleos crescem
A área de limites do grão tem um efeito importante em
muitas propriedades dos metais, especialmente na
resistência mecânica. Este limite é denominado “contorno
do grão”. Em temperaturas mais baixas provocam um
aumento de resistência mecânica dos metais, porque
dificultam o movimento das deslocações sob tensão. A
temperatura elevada pode ocorrer escorregamento ao
longo dos limites do grão e estes se tornam regiões de
fraqueza.

A American Society for Testing of Materials (ASTM)


criou um índice do tamanho de grão dos aços, através da
seguinte equação: N = 2n-1 onde: N é o número de grãos
observados por polegada quadrada, quando o metal é
examinado ao microscópio com um aumento de 100x n é
o número do tamanho de grão ASTM.
Considerando os grãos, as microestruturas dos metais
monofásicos podem ser diferenciadas de três maneiras:
Tamanho de grão
Forma do grão
Orientação preferencial
DEFEITOS DURANTE A SOLIDIFICAÇÃO DOS
METAIS
-Bolhas: vazios oriundos de gases dissolvidos no líquido
e que ficaram retidos no lingote fundido. Para se evitar as
bolhas utilizam-se, desoxidantes. Ex: Fe-Si, Fe-Mn, que
evitam a formação de CO ou CO2, pois se combinam com
o O2.
-Trincas: são ocasionadas pelas tensões excessivas
que se desenvolvem durante o resfriamento ou ainda
devido ao formato desigual das peças, impedindo o
resfriamento uniforme.
-Segregação: ao solidificar um metal, as impurezas como:
fósforo e enxofre, não são tão solúveis no estado sólido
como no líquido, portanto são repelidas para o líquido
quando a solidificação se propaga. A solidificação
cominha da periferia para o centro, portanto é no centro
que as impurezas se acumulam, esse fenômeno é
denominado segregação.
-Rechupe: a solidificação de um metal se inicia pelas
partes que estão em contato com as paredes do molde ou
na parte superior, onde o metal está exposto ao ar. O metal
ao passar do estado líquido para o sólido diminui seu
volume, portanto aparecerá uma região central no
lingote ou peça que se chama rechupe.
DEFEITOS CRISTALINOS:
Defeito é uma imperfeição ou um "erro" no arranjo
periódico regular dos átomos, uma cristalização nunca é
perfeita. Os defeitos cristalinos afetam muitas das
propriedades físicas, mecânicas e elétricas dos materiais.
Eles podem ser pontuais ou lineares em um cristal.
Podem envolver uma irregularidade:
• Na posição dos átomos
• No tipo de átomos
O tipo e o número de defeitos dependem do material, do
meio ambiente, e das circunstâncias sob as quais o cristal é
processado.

. (a ) Lacuna. (b) Intersticial


Por que os defeitos são importantes?
Os defeitos, mesmo em concentrações muito pequenas,
podem causar uma mudança significativa nas propriedades
de um material.

Sem a presença de defeitos:

• O
 s metais seriam muito mais resistentes;
• O s cerâmicos seriam muito mais tenazes;
• Os cristais não teriam nenhuma cor;
Definições:

Austenita: é a solução sólida do carbono em ferro gama.


Ferrita: é a solução sólida do carbono em ferro alfa.
Cementita: o carboneto de ferro (Fe3C).
Grafita: a variedade alotrópica do carbono (estrutura cristalina
hexagonal).
Perlita: ferrita + cementita

AQUECIMENTO DO AÇO
O que acontece com o aço ao ser aquecido?
No caso de aço não ligado que contém 0,4% de carbono:
- em temperatura de 300°C a estrutura do aço ao carbono é
igual a sua estrutura na temperatura ambiente: ferrita (cor
branca) e perlita (cor preta);
- em temperatura de 723°C inicia-se uma transformação
em sua estrutura: a ferrita transforma-se em austenita e a
cementita da perlita se decompõe;
- em temperatura de 800°C toda a estrutura do aço
transforma-se em austenita.
O gráfico ilustra uma região de mudança de fase em
intervalo de temperatura: A ferrita e a perlita transformam-
se em austenita. Essa região é chamada zona crítica: área
em que as células unitárias do ferro CCC se transformam
em CFC, durante o aquecimento do aço.
A austenita forma-se no aço a partir de 723° C. Encontra-
se na região acima da zona crítica, na zona de
austenitização, conforme se pode observar no gráfico. A
austenita tem uma estrutura cúbica da face centrada
(CFC), apresentando menor resistência mecânica e boa
tenacidade. Não é magnética.
DIAGRAMA DE EQUILIBRIO Fe – C

Você também pode gostar