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O QUE SÃO MÁQUINAS?

 Máquina é um dispositivo que utiliza energia e trabalho para atingir um


objetivo pré-determinado. Na física, é todo e qualquer dispositivo que muda
o sentido ou a intensidade de uma força com a utilização do trabalho.
 O termo máquina aplica-se geralmente a um conjunto de peças que
operam juntas para executar o trabalho. Geralmente estes dispositivos
diminuem a intensidade de uma força aplicada, alterando o sentido da
força ou transformando um tipo de movimento ou de energia em outro.
 A ideia de uma máquina simples foi criada pelo no século III a. C., que
estudou as máquinas "Arquimedianas": alavanca, polia, e parafuso.
Arquimedes também descobriu o princípio da alavancagem. Mais tarde
outros filósofos gregos definiram as cinco máquinas clássicas (excluindo o
plano inclinado) e foram capazes de calcular sua alavancagem. Heron
Alexandria (ca. 10–75 AD), em seu trabalho Mecânica lista estes cinco
mecanismos que podem colocar uma carga em movimento: alavanca,
molinete, polia, cunha e parafuso, e descreve sua fabricação e usos.
O QUE SÃO MÁQUINAS?

 A ideia de uma máquina simples foi criada pelo no século III a. C., que
estudou as máquinas "Arquimedianas": alavanca, polia, e parafuso.
Arquimedes também descobriu o princípio da alavancagem. Mais tarde
outros filósofos gregos definiram as cinco máquinas clássicas (excluindo o
plano inclinado) e foram capazes de calcular sua alavancagem. Heron
Alexandria (ca. 10–75 AD), em seu trabalho Mecânica lista estes cinco
mecanismos que podem colocar uma carga em movimento: alavanca,
molinete, polia, cunha e parafuso, e descreve sua fabricação e usos.
RISCOS DE ACIDENTES NAS OPERAÇÕES
COM MÁQUNAS E EQUIPAMENTOS

 Na operação e também na manutenção de máquinas e equipamentos, o


risco de acidentes manifesta-se substancialmente em dois pontos:
 No ponto de operação, em que se processa a transformação da peça
trabalhada, seja corte, dobra, moldagem, outros;

 Sistemas de transmissão, nos quais há a transferência de energia mecânica


para os elementos da máquina realizarem a operação, tais como: roldanas,
polias, correias, volantes, acoplamentos, correntes e engrenagens.
RISCOS DE ACIDENTES NAS OPERAÇÕES
COM MÁQUNAS E EQUIPAMENTOS
 RISCOS ADICIONAIS
 Substâncias perigosas utilizadas ou produzidas pelas máquinas e equipamentos, sejam
agentes biológicos ou agentes químicos em estado sólido, líquido ou gasoso, que
apresentem riscos à saúde ou integridade física dos trabalhadores por meio de inalação,
ingestão ou contato com a pele, olhos ou mucosas;
 Radiações ionizantes geradas pelas máquinas e equipamentos ou provenientes de
substâncias radiativas por eles utilizadas, processadas ou produzidas;
 Radiações não ionizantes com potencial de causar danos à saúde ou integridade física
dos trabalhadores;
 Vibrações;
 Ruído;
 Calor;
 Combustíveis, inflamáveis, explosivos e substâncias que reagem perigosamente;
 Superfícies aquecidas acessíveis que apresentem risco de queimaduras causadas pelo
contato com a pele;
 Choque elétrico;
 Riscos de acidentes em espaços confinados e trabalhos em altura.
RISCOS DE ACIDENTES NAS OPERAÇÕES
COM MÁQUNAS E EQUIPAMENTOS

 RISCOS ADICIONAIS
 A norma determina que a adoção de medidas de controle dos riscos adicionais
provenientes da emissão ou liberação de agentes químicos, físicos e biológicos
pelas máquinas e equipamentos deve observar a seguinte ordem prioridade:
 Eliminação;
 Redução de sua emissão ou liberação;
 Redução da exposição dos trabalhadores

 Também deve ser prevista a adoção de medidas de proteção contra


queimaduras causadas pelo contato da pele com superfícies aquecidas de
máquinas e equipamentos, tais como:
 Redução da temperatura superficial;
 Isolação com materiais apropriados e barreiras, sempre que a temperatura da
superfície for maior do que o limiar de queimaduras do material do qual é
constituída, para um determinado período de contato.
RISCOS DE ACIDENTES NAS OPERAÇÕES
COM MÁQUNAS E EQUIPAMENTOS

 TERMOS TÉCNICOS
 Burla
 Ato de anular de maneira simples o funcionamento normal e seguro de dispositivos ou
sistemas da máquina, empregando para acionamento quaisquer objetos disponíveis, tais
como parafusos, agulhas, peças em chapa de metal, objetos de uso diário, como chaves e
moedas ou ferramentas necessárias à utilização normal da máquina.

 Comando bimanual
 Dispositivo de acionamento de máquinas e equipamentos. Esse dispositivo possui dois
botões que devem ser acionados simultaneamente pelas mãos do operador para iniciar e
manter a operação da máquina ou equipamento. O objetivo do comando bimanual é
manter as mãos do operador fora da zona de perigo durante o funcionamento da
máquina. Assim que o operador deixar de acionar um dos botões (ou ambos), a máquina
terá seu movimento interrompido. O comando bimanual é uma medida de proteção
apenas para a pessoa que o exerce, não oferece proteção para terceiros.
RISCOS DE ACIDENTES NAS OPERAÇÕES
COM MÁQUNAS E EQUIPAMENTOS

 TERMOS TÉCNICOS
 Dispositivos de parada de emergência
 Dispositivos que, quando acionados, têm a finalidade de paralisar o movimento perigoso da
máquina ou equipamento, desabilitando seu comando.

 Distância de segurança
 Distância segura entre a proteção (fixa ou móvel) e a zona de perigo da máquina ou
equipamento. Essa distância impede o ingresso dos membros superiores nas zonas
perigosas. Quando a proteção for fabricada com material descontínuo com aberturas que
permitam o ingresso de membros superiores ou parte deles na zona de perigo, devem ser
observadas as distâncias de segurança conforme o disposto no item A, Anexo I, da norma.

 Autoteste
 Trata-se de um teste funcional executado automaticamente pelo próprio dispositivo de
segurança, a cada inicialização do sistema e durante determinados períodos, para
verificação de falhas e defeitos e que, uma vez identificados, farão com que o dispositivo
cesse sua operação em uma condição segura.
RISCOS DE ACIDENTES NAS OPERAÇÕES
COM MÁQUNAS E EQUIPAMENTOS

 TERMOS TÉCNICOS
 Diversidade
 Segundo o glossário, a diversidade se refere à aplicação de componentes, dispositivos ou
sistemas com diferentes princípios ou tipos, de forma a reduzir a probabilidade de existir uma
condição perigosa.

 Monitoramento
 Função que garante a funcionalidade de um sistema de segurança quando um
componente ou um dispositivo tiver sua função reduzida ou limitada, ou quando houver
situações de perigo em virtude de alterações nas condições do processo.

 Redundância
 Utilização de mais de um componente, dispositivo ou sistema que realizem a mesma
função, a fim de assegurar que, ocorrendo falha em um deles na execução de sua função,
o outro estará disponível para executá-la.
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

 A NR12 não faz diferenciação entre máquina e equipamento, tampouco


apresenta conceitos individualizados para esses termos. Para fins de
aplicação da NR12, a abrangência dos termos “máquina” e
“equipamento” inclui somente aqueles de uso não doméstico e movido
por força não humana. Dessa forma, não são alcançados pelos dispositivos
da norma os eletrodomésticos e máquinas e equipamentos manuais,
como, por exemplo, dobradeiras manuais.
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

 SISTEMA DE SEGURANÇA
 Essa é uma expressão genérica que engloba o conjunto de:
 Proteções fixas;
 Proteções móveis;
 Dispositivos de segurança.

 As proteções fixas, móveis e dispositivos de segurança, uma vez


interligados, oferecem proteção contra acesso indevido à zona perigosa
da máquina ou equipamento.
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

 ZONA PERIGOSA OU ZONA DE PERIGO

 Qualquer zona ou área dentro ou ao redor de uma máquina ou


equipamento, onde uma pessoa, devido aos movimentos perigosos destes,
possa ficar exposta a risco de dano à saúde ou lesão, por exemplo,
esmagamento ou amputação de membros.

 Exemplo de zonas perigosas:


 Zona de prensagem de uma prensa hidráulica;
 Zona de convergência dos cilindros de uma calandra;
 Zona de corte de uma guilhotina;
 Zona da transmissão de força de uma prensa excêntrica de engate por chaveta.
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

 PRINCÍPIOS GERAIS
 A NR12 define referências técnicas, princípios fundamentais e medidas de
proteção para garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores e
estabelece requisitos mínimos para a prevenção de acidentes e doenças do
trabalho em máquinas e equipamentos de todos os tipos e em todas as
atividades econômicas, nas seguintes fases:
 Projeto;
 Utilização;
 Fabricação;
 Importação;
 Comercialização;
 Exposição;
 Cessão a qualquer título.
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

 PRINCÍPIOS GERAIS
 O projeto da máquina ou equipamento deve levar em conta a segurança intrínseca
da máquina ou equipamento durante as fases de construção, transporte, montagem,
instalação, ajuste, operação, limpeza, manutenção, inspeção, desativação, desmonte
e sucateamento, para garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores. O
projeto também não deve permitir erros na montagem ou remontagem de
determinadas peças ou elementos que possam gerar riscos durante seu
funcionamento, especialmente quanto ao sentido de rotação ou deslocamento. No
caso de máquinas ou equipamentos fabricados ou importados após a vigência da
NR12, o respectivo projeto deve prever meios adequados para o seu levantamento,
carregamento, instalação, remoção e transporte.
 A exposição se refere à mostra de máquinas e equipamentos em eventos do tipo feiras
de negócios e exposições.
 A cessão a qualquer título concerne, por exemplo, à cessão da posse da máquina ou
equipamento, como ocorre, por exemplo, nos casos de doação, aluguel ou
comodato.
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

 PRINCÍPIOS GERAIS
 Quais atividades estão incluídas na fase de UTILIZAÇÃO?
ARRANJO FÍSICO E INSTALAÇÕES

 As máquinas, as áreas de circulação, os postos de trabalho e quaisquer


outros locais em que possa haver trabalhadores devem ficar posicionados
de modo que não ocorram transporte e movimentação aérea de materiais
sobre os trabalhadores. Esse é o caso, por exemplo, das pontes rolantes,
que fazem a movimentação de grandes peças no interior de galpões
industriais. Já as máquinas estacionárias devem possuir medidas
preventivas quanto à sua estabilidade, por exemplo, fixação especial, de
modo que não basculem e não se desloquem intempestivamente por
vibrações, choques, forças externas previsíveis, forças dinâmicas internas
ou qualquer outro motivo acidental.
INSTALAÇÕES E DISPOSITIVOS ELÉTRICOS

 Os quadros de energia das máquinas e equipamentos devem atender aos


seguintes requisitos mínimos de segurança:
 possuir porta de acesso, mantida permanentemente fechada;
 possuir sinalização quanto ao perigo de choque elétrico e restrição de acesso
por pessoas não autorizadas;
 ser mantidos em bom estado de conservação, limpos e livres de objetos e
ferramentas;
 possuir proteção e identificação dos circuitos;
INSTALAÇÕES E DISPOSITIVOS ELÉTRICOS
 São proibidas nas máquinas e equipamentos:
 a utilização de chave geral como dispositivo de partida e parada;
 a utilização de chaves tipo faca nos circuitos elétricos; e
 a existência de partes energizadas expostas de circuitos que utilizam energia elétrica.
 A chave geral, ou seja, aquela que permite a energização da máquina ou
equipamento, não pode ser a mesma utilizada como dispositivo de partida ou
parada. Ou seja, primeiro a máquina deve ser energizada. E depois o operador
deverá acionar outro dispositivo para iniciar (dar a partida) ou interromper (parar)
os movimentos.
 A norma não permite a utilização de chave tipo faca. Essa chave é um dispositivo
usado ao mesmo tempo para energizar e acionar ou desenergizar e parar uma
máquina, cujos contatos não possuem isolamento, e por esse motivo existe a
possibilidade de geração de arco elétrico no momento do seu acionamento ou
desligamento.
 Partes energizadas expostas também são proibidas, pois aumentam o risco de
choque elétrico.
INSTALAÇÕES E DISPOSITIVOS ELÉTRICOS

 Requisitos gerais
 Os dispositivos de partida, acionamento e parada das máquinas devem ser projetados,
selecionados e instalados de modo que:
 não se localizem em suas zonas perigosas;
 possam ser acionados ou desligados em caso de emergência por outra pessoa que não seja o
operador;
 impeçam acionamento ou desligamento involuntário pelo operador ou por qualquer outra
forma acidental;
 não acarretem riscos adicionais;
 não possam ser burlados.

 No momento em que a máquina ou equipamento for energizado, os dispositivos de


partida e acionamento não devem ser ativados. A energização da máquina é ação
independente de sua partida ou acionamento.
DISPOSITIVOS DE PARTIDA, ACIONAMENTO E
PARADA

 Comandos bi-manuais em pedestais


 É possível a instalação de comandos bi-manuais em pedestais. Nesse caso,
deverão atender aos seguintes requisitos:
 manter-se estáveis em sua posição de trabalho;
 possuir altura compatível com o posto de trabalho para ficar ao alcance do operador
em sua posição de trabalho.

 Máquinas e equipamentos de grande dimensão


 O acionamento e o desligamento simultâneo por um único comando de um
conjunto de máquinas e equipamentos ou de máquinas e equipamentos de
grande dimensão devem ser precedidos de sinal sonoro de alarme. Quando
necessário, devem ser adotadas medidas adicionais de alerta, como sinal visual
e dispositivos de telecomunicação, considerando as características do processo
produtivo e dos trabalhadores.
DISPOSITIVOS DE PARTIDA, ACIONAMENTO E
PARADA

 Máquinas e equipamentos comandados por radiofrequência


 Segundo o item 12.35, as máquinas e equipamentos comandados por
radiofrequência devem possuir proteção contra interferências eletromagnéticas
acidentais. Esse requisito busca evitar que máquinas e equipamentos
comandados remotamente sejam acionados ou desligados indevidamente, em
virtude de interferências eletromagnéticas.
SISTEMAS DE SEGURANÇA

 Sistemas de segurança são compostos por:


 Proteções fixas;
 Proteções móveis;
 Dispositivos de segurança.
 Proteção
 Proteção é o elemento especificamente utilizado para prover segurança por meio de
barreira física, podendo ser:
 Proteção fixa: mantida em sua posição de maneira permanente ou por meio de
elementos de fixação que só permitam sua remoção ou abertura com o uso de
ferramentas;
 Proteção móvel: pode ser aberta sem o uso de ferramentas, geralmente é ligada por
elementos mecânicos à estrutura da máquina ou a um elemento fixo próximo, e deve se
associar a dispositivos de intertravamento.
SISTEMAS DE SEGURANÇA

 Como decidir pelo uso da proteção fixa ou da proteção móvel?


 A proteção deverá ser móvel quando o acesso a uma zona de perigo for
requerido uma ou mais vezes por turno de trabalho, observando-se que:
 a proteção deve ser associada a um dispositivo de inter-travamento quando sua
abertura não possibilitar o acesso à zona de perigo antes da eliminação do risco;
 a proteção deve ser associada a um dispositivo de inter-travamento com bloqueio
quando sua abertura possibilitar o acesso à zona de perigo antes da eliminação do
risco.
 A proteção deverá ser fixa quando não for necessário o acesso à zona de
perigo durante o turno de trabalho. É claro que uma mesma máquina poderá
ter proteções fixas e móveis, tudo vai depender das zonas de perigo existentes
e do acesso necessário.
Certo ou Errado?
Certo ou Errado?
SISTEMAS DE SEGURANÇA
SISTEMAS DE SEGURANÇA

 Dispositivos de inter-travamento
 Os dispositivos de inter-travamento são associados a proteções móveis. Tais dispositivos
têm a função de permitir a operação da máquina ou equipamento somente enquanto a
proteção móvel estiver fechada. Entretanto, existem algumas máquinas e equipamentos
em que não é possível interromper o movimento perigoso de imediato, em virtude da
inércia residual do elemento que realiza esse movimento.
 Nesse caso, é mandatório o uso de dispositivos inter -travamento com bloqueio, que só
permitem o acesso à zona perigosa após a parada total do movimento perigoso.
 Distância de segurança
 A distância de segurança corresponde ao afastamento seguro entre a proteção e a zona
perigosa, de forma a impedir o ingresso dos membros superiores nas zonas de perigo, nos
casos em que a proteção (fixa ou móvel) for confeccionada com material descontínuo.
Nesses casos, em virtude dessa descontinuidade existem aberturas na própria proteção
que permitem o ingresso dos dedos, mãos ou braços, sem que eles alcancem a zona de
perigo, caso a distância de segurança seja devidamente observada.
DISPOSITIVOS DE PARADA DE EMERGÊNCIA

 Os dispositivos de parada de emergência têm o objetivo de garantir a parada da


operação ou processo perigoso, de forma que, quando acionados, a operação
da máquina ou equipamento seja interrompida, evitando dessa forma situações
de perigo latentes e existentes. Uma vez pressionado o dispositivo de parada de
emergência, seu acionador deve ser mantido retido, até que seja voluntariamente
desacionado, ou seja, tal desacionamento deve ser possível apenas como
resultado de uma ação manual intencional sobre o acionador, por meio de
manobra apropriada.
MEIOS DE ACESSO PERMANENTES

 As máquinas e equipamentos devem possuir acessos permanentemente


fixados e seguros a todos os seus pontos de operação, abastecimento,
inserção de matérias-primas e retirada de produtos trabalhados,
preparação, manutenção e intervenção constante. São considerados
meios de acesso às máquinas e equipamentos:
 elevadores;
 rampas;
 passarelas;
 plataformas;
 escadas de degraus.
 No caso de impossibilidade técnica de adoção dos meios previstos,
poderá ser utilizada escada fixa tipo marinheiro.
MEIOS DE ACESSO PERMANENTES

 Escada de degraus com espelho: meio de acesso permanente com um ângulo de


lance de 20º a 45º, cujos elementos horizontais são degraus com espelho.

 Escada de degraus sem espelho: meio de acesso com um ângulo de lance de 45º
a 75º, cujos elementos horizontais são degraus sem espelho.

 Escada do tipo marinheiro: meio permanente de acesso com um ângulo de lance


de 75º a 90º, cujos elementos horizontais são barras ou travessas.
MEIOS DE ACESSO PERMANENTES

 O item 12.70 determina que os meios de acesso, exceto escada fixa do tipo
marinheiro e elevador, devem possuir sistema de proteção contra quedas com as
seguintes características:
 ser dimensionados, construídos e fixados de modo seguro e resistente, de forma a
suportar os esforços solicitantes;
 ser constituídos de material resistente a intempéries e corrosão;
 possuir travessão superior de 1,10 m a 1,20 m de altura em relação ao piso ao longo de
toda a extensão, em ambos os lados;
 o travessão superior não deve possuir superfície plana, a fim de evitar a colocação de
objetos;
 possuir rodapé de, no mínimo, 0,20 m de altura e travessão intermediário a 0,70 m de
altura em relação ao piso, localizado entre o rodapé e o travessão superior.
COMPONENTES PRESSURIZADOS

 Os componentes pressurizados são as mangueiras, dutos, tubulações,


pneus que contêm fluido ou ar sob pressão. Tais componentes devem ser
localizados ou protegidos de tal forma que uma situação de ruptura e
vazamentos de fluidos não possa ocasionar acidentes de trabalho. Como
medida de proteção para o operador e terceiros, as mangueiras dos
sistemas pressurizados devem possuir indicação da pressão máxima de
trabalho admissível especificada pelo fabricante.
TRANSPORTADORES CONTÍNUOS DE MATERIAIS

 Transportador contínuo é o sistema de transporte que utiliza, por exemplo,


esteiras ou roletes para movimentação da matéria-prima ou dos produtos
acabados. Transportador contínuo acessível aos trabalhadores é aquele
cuja zona de movimentação está ao alcance do trabalhador. Esses
transportadores devem dispor, ao longo de sua extensão, de dispositivos
de parada de emergência, de modo que possam ser acionados em todas
as posições de trabalho. Entretanto, alguns transportadores poderão ser
dispensados dessa exigência, se a análise de risco assim indicar.
ASPECTOS ERGONÔMICOS

 Os postos de trabalho devem ser projetados para permitir a alternância de


postura e a movimentação adequada dos segmentos corporais,
garantindo espaço suficiente para operação dos controles nele instalados.
Também devem permitir o apoio integral das plantas dos pés no piso,
devendo ser fornecido apoio para os pés quando estes não alcançarem o
piso, mesmo após a regulagem do assento.
 As superfícies dos postos de trabalho não devem possuir cantos vivos,
superfícies ásperas, cortantes e quinas em ângulos agudos ou rebarbas nos
pontos de contato com segmentos do corpo do operador.
 A instalação dos elementos de acionamento manual ou a pedal deve ser
feita de forma a facilitar a execução da manobra levando em
consideração as características biomecânicas e antropométricas dos
operadores.
ASPECTOS ERGONÔMICOS

 A iluminação das partes internas das máquinas e equipamentos que


requeiram operações de ajustes, inspeção, manutenção ou outras
intervenções periódicas deve ser adequada e estar disponível em
situações de emergência, quando for exigido o ingresso de pessoas, com
observância, ainda, das exigências específicas para áreas classificadas.
 O ritmo de trabalho e a velocidade das máquinas e equipamentos devem
ser compatíveis com a capacidade física dos operadores, de modo a
evitar agravos à saúde. A imposição de ritmos de trabalho excessivos com
controle rígido de produtividade e esforços físicos intensos são fatores
causadores de estresse físico e psíquico.
MANUTENÇÃO, INSPEÇÃO, PREPARAÇÃO, AJUSTES
E REPAROS

 As máquinas e equipamentos devem ser submetidos a manutenções preventiva e


corretiva. A forma dessas manutenções e sua periodicidade devem ser determinadas
pelo fabricante, conforme as normas técnicas oficiais nacionais vigentes e, na falta
destas, as normas técnicas internacionais. As manutenções preventivas que tenham
potencial de causar acidentes do trabalho devem ser objeto de planejamento e
gerenciamento efetuado por profissional legalmente habilitado. A atual redação da NR12
também exige o registro em livro próprio, ficha ou sistema informatizado, das
manutenções preventivas e corretivas, devendo esse registro conter os seguintes dados:
 cronograma;
 intervenções realizadas;
 data da realização de cada intervenção;
 serviço realizado;
 peças reparadas ou substituídas;
 condições de segurança do equipamento;
 indicação conclusiva quanto às condições de segurança da máquina; e
 nome do responsável pela execução das intervenções.
SINALIZAÇÃO

 As máquinas e equipamentos, bem como as instalações em que se


encontram, devem possuir sinalização de segurança para advertir os
trabalhadores e terceiros sobre os riscos a que estão expostos, as
instruções de operação e manutenção e outras informações necessárias
para garantir a integridade física e a saúde dos trabalhadores. A
sinalização de segurança compreende os símbolos, as inscrições e os sinais
luminosos e sonoros. As inscrições devem indicar claramente o risco e a
parte da máquina ou equipamento a que se referem, não devendo ser
utilizada somente a inscrição de “perigo”.
MANUAIS

 As máquinas e equipamentos devem possuir manual de instruções, que


deverá ser fornecido pelo fabricante ou importador. O manual deve
conter instruções relativas à segurança em todas as fases de utilização da
máquina. Caso o manual da máquina ou equipamento, que apresente
risco, não exista ou tenha sido extraviado, ele deverá ser reconstituído pelo
empregador. É claro que para essa reconstituição o empregador poderá
contar com informações obtidas junto ao fornecedor, mas a
responsabilidade final dessa reconstituição é mesmo do empregador, e
deve ser feita sob a responsabilidade de profissional legalmente
habilitado.
CAPACITAÇÃO

 Os procedimentos de operação, manutenção, inspeção e demais intervenções em


máquinas e equipamentos devem ser realizados por trabalhadores habilitados,
qualificados, capacitados ou autorizados para esse fim. A capacitação deve ser
providenciada pelo empregador e compatível com as respectivas funções,
devendo abordar os riscos aos quais os trabalhadores estão expostos e as medidas
de proteção existentes e necessárias. São requisitos da capacitação:
 ocorrer antes que o trabalhador assuma a sua função;
 ser realizada pelo empregador, sem ônus para o trabalhador;
 ter carga horária mínima que garanta aos trabalhadores executarem suas atividades com
segurança, sendo distribuída em no máximo oito horas diárias (durante o horário normal de
trabalho);
 ter conteúdo programático conforme o estabelecido pela norma;
 ser ministrada por trabalhadores ou profissionais qualificados para esse fim, com supervisão
de profissional legalmente habilitado.
CAPACITAÇÃO

 São considerados autorizados os trabalhadores qualificados, capacitados ou


profissionais legalmente habilitados, com autorização dada por meio de
documento formal do empregador.
CAPACITAÇÃO

 Capacitação de reciclagem
 A capacitação para reciclagem do trabalhador deverá ser realizada sempre
que ocorrerem modificações significativas nas instalações e na operação de
máquinas ou troca de métodos, processos e organização do trabalho.

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