Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
TEORIA HIPODÉRMICA
O Emissor trabalha sozinho, sem ser influenciado pelas respostas do público. Assim,
fica claro que o Emissor é Ativo e o público, sempre, Passivo. A comunicação ainda é
vista como intencional e orientada e toma como irrelevante as relações interpessoais do
destinatário. Ao tentar observar os efeitos na prática dos esforços de comunicação,
Harold Laswell percebeu que a questão era mais complexa do que sua base teórica
previa.
· Qu
em?
· Diz
o quê?
· Em
que canal?
· A
quem?
· Co
m que efeito?
Lasswell confere importância ao sujeito, situação que não acontecia com a Teoria
Hipodérmica. Na Teoria Hipodérmica existe um emissor que em determinado tempo
obtém uma determinada reação utilizando um método. No modelo de Lasswell o efeito
que determinada mensagem produz já depende do recetor, que deixa de ser uma
entidade abstrata, passando a ser alvo de estudo. Neste caso, abandona-se a ideia de
que os indivíduos são simples peças que se encaixam para formar uma sociedade,
desprovidos de pensamento próprio e indefesos contra a mensagem veiculada pelos
media.
Essencialmente o modelo de Lasswell e a Teoria Hipodérmica diferem na importância
que é dada ao indivíduo. De resto, ambas acreditam no poder dos media para submeter
as massas e orientá-las num determinado sentido.
Esta teoria está ligada também a formas de dominação social.
As primeiras pesquisas foram dirigidas para agradar os interesses do Estado e dos
anunciantes. Basicamente é uma mensagem que é enviada a um conjunto de pessoas,
afetando todas as pessoas da mesma maneira. A Teoria Hipodérmica, apesar de afetar
toda a população, é considerada limitada, uma vez que não liga aos assuntos nem aos
temas, considerando todos iguais, afirmando que todos recebem as mensagens da
mesma maneira.
Desta forma a comunicação em massa transforma-se num veículo de domínio e
controlo de sociedades que permite impor correntes de pensamento e manipular as
próprias emoções das pessoas. Por esta ótica é possível compreender e enquadrar a
propaganda exercida pelos vários regimes, no período entre guerras, no sentido de
motivar as pessoas para um objetivo de união em torno de uma nação.
TEORIA FUNCIONALISTA
Foca-se na ação social e na sua aderência aos modelos dos valores interiorizados e
institucionalizados.
O método utilizado para o seu equilíbrio irá regular fenómenos sociais que estabelecem relações
funcionais que regulam uma solução de quatro problemas, que todo o sistema irá enfrentar, que
são:
A manutenção do modelo assim como o controlo das tensões que cada sistema social possui, estruturas
sociais que se ativam em modelos culturais, interiorizados assim, na personalidade de cada um;
Para a sobrevivência de cada indivíduo, assim como a sua integração, cada sistema social deve adaptar-se
ao seu próprio meio social;
Cada um dos sistemas sociais tem como objetivo a precursão do próprio, objetivos esses
que tem de ser alcançados mediante os esforços que cada um irá ter de realizar,
cooperando uns com os outros;
O fenómeno da integração é designado por divisões que vão compor o sistema, devem
estar interligadas para o seu bom funcionamento e necessitam de fatores importantes
como a fidelidade no seu conjunto. Estes mecanismos são necessários para que a
estrutura funcional de cada sistema seja corretamente suportada.
Todos estes fenómenos anteriormente referidos servem para resolver questões e satisfazer
necessidades do sistema social, problemas como a adaptação, integração, organização do sistema
ou dos diferentes subsistemas.
Subsistema: parte disfuncional que contribui para um impedimento do bom funcionamento de
uma das necessidades mais importantes e essenciais.
Toda a ação que é praticada na realização de funções de um determinado sistema tem
consequências (diretas ou indiretas) que podendo fazer parte de um conjunto também se poderá
notar de uma maneira mais objetiva.
DISFUNÇÕES
No nível da sociedade: Os fluxos informativos que circulam livremente podem ameaçar a estrutura
fundamental da própria sociedade.
No nível individual:
a) Difusão de notícias alarmantes (sobre perigos naturais ou tensões sociais) pode provocar
reacções de pânico em vez de reacções de vigilância consciente.
b) O excesso de informações poder conduzir a um debruçar-se para o mundo particular, para a
esfera das experiências e relações próprias. Disfunção narcotizante.
TEORIA CRÍTICA
A Teoria Crítica foi realizada pelos pensadores da Escola de Frankfurt, e a influência que
essa mesma teoria teve na padronização de comportamentos.
1. A Escola de Frankfurt
A Escola de Frankfurt tinha como principal objetivo fomentar discussões teóricas acerca
da teoria do marxismo, assim as pesquisas eram baseadas nos pensamentos políticos de
esquerda. O Marxismo é a principal referencia teórica que legítima a Teoria Crítica. Esta
tem como principal pensador Karl Marx (1818-1883) e o seu colaborador Friedrich Engels
(1820-95). O Marxismo proponha a reforma da sociedade, através do uso da razão,
diminuindo a imposição de ideias feitas pelo governador e pelas instituições dominantes,
pressuponha o individualismo, a liberdade política, económica e a igualdade de todos
perante lei. O objetivo era contribuir para a transformação da sociedade e para a
libertação do ser humano. É deste modo que o trabalho desenvolvido pelos pensadores
marxistas irá consistir numa análise da sociedade dominada pela lógica capitalista, em
que são as ideias da classe dominante que se sobrepõe à razão individual, e à
consciencialização de formas de superação desta dominação.
2. Teoria Crítica
A Teoria parte do principio de uma crítica ao carácter cientificista das ciências humanas. A
preocupação é pautada pela organização dos trabalhadores, e baseia-se essencialmente,
no entendimento da cultura como um elemento de transformação de uma sociedade. É
neste sentido que a teoria crítica utiliza os pressupostos do Marxismo para poder explicar
o funcionamento da sociedade e a formação de classes. Também utiliza a psicanálise
para poder explicar a formação do indivíduo, enquanto elemento que compõe o corpo
A teoria Crítica acabou por ser uma autocrítica do esclarecimento e da visualização das
ações de dominação social, e tinha como principal objetivo, impedir a reprodução
constante desta mesma dominação. Esta mesma teoria pode ser entendida como uma
forma de alerta à necessidade de a sociedade estar esclarecida relativamente às ordens
instituídas. A teoria tinha como principal objetivo oferecer um comportamento crítico,
apresentando uma proposta política de reorganização da sociedade de forma a superar a
chamada “crise da razão”. Segundo os estudiosos da Escola de Frankfurt as disciplinas
setoriais acabavam por desviar a compreensão da sociedade como um todo promovendo
a formação de indivíduos que ficavam submetidos à razão instrumental, isto é, os
processos racionais eram plenamente operacionalizados, e acabavam por desempenhar
uma função de manutenção das normas sociais.
Assim sendo o grande objetivo da teoria Crítica era interpretar as relações sociais com o
objetivo de contextualizar os fenómenos que acontecem na sociedade. Esta teoria
pretendia explicar os efeitos que os meios de comunicação tinham na “estandardização”,
na “estereotipização” e na “pseudo-individualização” da sociedade.
INDUSTRIA CULTURAL
Escola de Frankfurt
Tinha a principal tarefa de recriar as ideias próprias de um modo que fosse capaz
de esclarecer as novas realidades que surgiram com o desenvolvimento do capitalismo no
século XX.
Os meios de comunicação
Imprensa
· Pel
os progressos verificados na alfabetização das populações;
· Pel
o desenvolvimento da qualidade de vida e generalização de novos hábitos de
leitura;
· Pel
a variedade e qualidade das publicações, bem como diversidade de informação
transmitida graças às modernas técnicas de impressão;
· Pel
o caráter sensacionalista das notícias divulgadas por um jornalismo cada vez mais
dinâmico;
· Pel
o desenvolvimento dos transportes que levavam a informação aos locais mais
recônditos, mais rapidamente.
Rádio
Teve um grande impacto. A atração eram os filmes de Hollywood, que cada vez
mais inovavam nos guiões e criavam mais efeitos, captando a atenção do público do
início ao fim do filme. Transformou-se num poderoso meio de difusão dos modelos
culturais da época.
Os filmes inicialmente eram mudos mas em 1927 faz-se o primeiro filme sonoro.
Em Portugal, o primeiro filme surgiu em 1933 denominado “A Canção de Lisboa”. Os
primeiros Óscares para o mundo do cinema começaram a surgir em 1929.
Desporto
Televisão
É a “caixa que mudou o Mundo” como diz McLuhan. Consegue chegar a todos os
pontos do planeta e fazer com que todas as populações e, mesmo, culturas estejam
interligadas, pois sabem sempre o que se passa na outra parte do mundo.
No final dos anos 80, veio mostrar-nos a teoria de alguns sociólogos, em que
Francisco Cádima resumiu “não há fronteiras que se possam opor ao fenómeno
televisivo”. O Mundo, assim, cada vez mais se torna numa aldeia global, em que qualquer
um pode comunicar e relacionar-se com alguém do outro lado do mundo e viverem
modelos de vida idênticos.
TEORIA INTERPESSOAL
Como em todo processo de comunicação, os ruídos existentes devem ser minimizados pelo
melhor nível de qualidade que o emissor possa dispor e o recetor deve estar aberto a receber
qualquer informação em questão.
Deam Barnlud afirma que o processo comunicativo tem que ser feito entre, pelo menos,
duas pessoas que se encontrem em proximidade física, esta interação tem uma consequência
direta no recetor, tem que envolver troca de mensagens, que são codificadas e marcadas por uma
informalidade e pela flexibilidade.
LittleJohn encara que quando se tem uma interação face – a – face vai-se desenvolver uma
relação, definida por perceções mútuas.