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TÍTULOS

DO TESOURO

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IO 2000
099

Luanda, Março de 2010


FICHA TÉCNICA

TÍTULOS DO TESOURO

RELATÓRIO 2009

M INISTRO DAS F INANÇAS


CARLOS ALBERTO LOPES

S ECRETÁRIA DE E STADO DAS F INANÇAS


VALENTINA MATIAS FILIPE

S ECRETÁRIO DE E STADO DO T ESOURO


MANUEL DA COSTA NETO

S ECRETÁRIO DE E STADO DO O RÇAMENTO


ALCIDES SAFECA




Publicação
do
Gabinete
de
Estudos
e
Relações

Económicas
Internacionais


Ministério
das
Finanças

Largo
da
Mutamba
‐

Palácio
das
Finanças

C.P:
1
235,
Luanda
–
Angola

Tel:

+

(244)
222
33
52

50
Fax:
+
(244)
222
33
52
50


Edição
e
Distribuição
(gratuita)
pelo
Centro
de

Documentação
e
Informação
(cdi@minfin.gv.ao)

1

Mensagem do Ministro das Finanças

A gestão da dívida pública em 2009 foi marcada pelos desafios da


crise económica nos países desenvolvidos, que paralisou os mercados
financeiros internacionais, criando a ameaça de uma recessão na
economia mundial e dificultando o refinanciamento da dívida dos países
emergentes e em desenvolvimento.
Como ocorreu na maioria desses países, Angola teve de rever a
sua política macroeconómica, estabelecendo um conjunto de medidas
anti-cíclicas, que incluíram o aumento do défice fiscal na óptica de
compromisso e o seu financiamento pela economia interna, até que a
reabertura dos mercados financeiros internacionais e a recuperação dos
preços do petróleo possibilitassem o retorno dos financiamentos externos.
A estratégia definida para a gestão da dívida pública em 2009
procurou combinar o acesso ao mercado interno de crédito com a
reestruturação da dívida titulada de curto prazo emitida em 2008 para
fins de política monetária (Bilhetes do Tesouro e Títulos do Banco Central),
que se expressava no equivalente a USD 9,1 mil milhões, representando
quase o dobro da dívida titulada de longo prazo (Obrigações do
Tesouro), cujo stock era equivalente a USD 4,8 mil milhões no final de
2008.
Esta estratégia foi executada com sucesso, de modo que, no final
de 2009, a dívida titulada de curto prazo (Bilhetes do Tesouro e Títulos do
Banco Central) havia diminuído USD 5,6 mil milhões, com o seu stock a
cifrar-se em apenas USD 3,5 mil milhões em 31.12.09, enquanto a de
longo prazo subiu USD 4,5 milhões, com o seu stock a expressar-se em USD
9,2 mil milhões em 31.12.09.
Deste modo, a dívida titulada do Governo Geral (incluindo Tesouro
e Banco Central), desceu do equivalente a USD 13,9 mil milhões em

2
31.12.08 para USD 12,7 mil milhões em 31.12.09, ao mesmo tempo em que
se alongou o seu perfil de vencimentos e se reforçou a parcela da dívida
coberta por hedge cambial.
A redução no stock global da dívida pública titulada reflectiu o
esforço de ajuste fiscal e alguma reprogramação dos prazos entre a
liquidação e o pagamento das despesas orçamentais.
Para além disto, houve menor recurso à emissão de títulos de curto
prazo para fins de política monetária, graças ao ajuste das reservas
bancárias obrigatórias à liquidez estrutural, em conformidade com o que
foi previsto no Cronograma de Medidas Principais de Gestão
Macroeconómica e Estruturais implementadas pelo Governo para fazer
face à crise financeira Internacional.
Em 2010, o cenário para a gestão da dívida pública mostra-se
mais favorável do que em 2009, com a recessão económica a ser
revertida nos países desenvolvidos, criando a perspectiva do retorno dos
mercados financeiros internacionais a um quadro de menor
instabilidade.
Ao mesmo tempo, observa-se a tendência de estabilidade dos
preços do barril do petróleo entre os USD 70 e USD 80, proporcionando ao
nosso país a possibilidade de retomar a reconstrução das infra-estruturas
económicas e sociais e o relançamento da economia não-petrolífera.

Luanda, 31 de Março de 2010.

CARLOS ALBERTO LOPES


MINISTRO DAS FINANÇAS

3
RESUMO

Página

Mensagem do Ministro das Finanças 02

Capítulo I – Emissão, Serviço e Existência

Obrigações do Tesouro 05

Bilhetes do Tesouro 08

Tabelas 1 a 7 10 a 14

Capítulo II – Base Legal e Características 15

Obrigações do Tesouro 16

Bilhetes do Tesouro 17

Apêndice – Legislação 18 a 65

Gráficos

1 – Obrigações do Tesouro emitidas (em termos percentuais) 05


2 - Obrigações do Tesouro – Serviço e Existência 06
3 – Obrigações do Tesouro – Maturidades 07
4 – Bilhetes do Tesouro – Emissões, Serviço e Existência 09

4
Capítulo I

EMISSÃO, SERVIÇO E EXISTÊNCIA


I - Obrigações do Tesouro (OT)

A - Emissão

1. As emissões de Obrigações do Tesouro no ano de 2009 foram feitas


apenas em moeda nacional (OT-MN) e cifraram-se em USD 4.781,5 mil
milhões, destinadas essencialmente à conversão de dívidas contratuais (USD
258,9 milhões) e ao financiamento do Orçamento Geral do Estado (USD
4.522,6 milhões).

2. A equivalência em dólares e as modalidades de OT emitidas foram os


seguintes:

a) USD 258,9 milhões em Obrigações emitidas na modalidade OT-MN


(Conversão de Dívida), indexadas à taxa de câmbio;

b) USD 1.777,8 milhões em Obrigações emitidas na modalidade OT-MN-TXC


(Captação de Recursos), indexadas à taxa de câmbio;

c) USD 2.120,8 milhões, em Obrigações emitidas na modalidade OT-MN-IPC


(Captação de Recursos), indexadas ao Índice de Preços ao Consumidor
em Luanda, divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística;

d) USD 624,0 milhões, em Obrigações emitidas na modalidade OT-MN-JTC


(Captação de Recursos), sem indexação do valor nominal;

Gráfico
1

Obrigações
do
Tesouro
emitidas
em
2009

(em
termos
percentuais)


OT‐MN‐TXC
(Captação)


6.
 OT‐MN‐IPC
(Captação)

13.

37.
 OT‐MN
(Conversão
de
dívida)

OT‐MN‐JTC
(Captação)


44.


5
3. As emissões para a captação de recursos foram feitas através de
leilões de quantidade para as OT-MN-TXC e OT-MN-IPC, uma vez que as suas
taxas de remuneração já estavam previamente definidas, enquanto as OT-
MN-JTC foram colocadas através de leilão de taxa de juro de cupão.

4. Por sua vez, as emissões para conversão de dívidas continuaram a ser


feitas nas mesmas condições dos anos anteriores, para entrega
directamente aos beneficiários dos contratos de regularização de dívidas de
OGE de anos findos.

B – Serviço e Existência

5. O serviço das OT em 2009 totalizou o equivalente a USD 574,6 milhões,


sendo USD 304,9 milhões de juros e USD 269,7 milhões de amortizações do
principal.

6. Como consequência das novas emissões e do pagamento do serviço,


bem como de variações na taxa de câmbio, a existência de OT-MN e ME
evoluiu do equivalente USD 4.822,7 milhões em 31.12.08 para USD 9.161,4
milhões em 31.12.09.

Gráfico 2 - OBRIGAÇÕES DO TESOURO


Serviço e Existência

10000 9.161,4
9000

8000
Equivalência US$ milhões

7000

6000

5000 Juros

4000 Amortização
Existência
3000

2000
269,7
1000 304,9
0
31.12.09

6
C - Maturidade

7. A maturidade das emissões foi definida numa óptica de


sustentabilidade da dívida. Assim, na medida em que se resgatavam os
títulos de curto prazo (resgate líquido de USD 5,6 mil milhões), procedia-se à
colocação de Obrigações do Tesouro (USD 4,5 mil milhões) com
maturidades entre 1 e 4 anos, conforme mostra o gráfico a seguir:

Gráfico
3
‐
OBRIGAÇÕES
DOTESOURO

Maturidades
(anos)

5


4
 4
 4


3,2

2,5
 2,5

2
 Mínima

Média

1
 1
 1
 1

Máxima


OT‐MN‐TXC
 OT‐MN‐IPC
 OT‐MN‐JTC
 OT



(Conversão)


D - Remuneração

8. Os juros de cupão das OT são pagos semestralmente e variam de


acordo com a finalidade da emissão, utilizando-se indexadores do valor
nominal e taxas de juro consistentes com a estratégia de sustentabilidade
da dívida no longo prazo.

9. Assim, em 2009, as Obrigações do Tesouro emitidas tiveram as


seguintes modalidades de remuneração:

a) As OT-MN (Conversão de Dívidas) continuaram a ser emitidas com


as mesmas condições de remuneração adoptadas nos anos
precedentes, ou seja, actualização do valor nominal em
conformidade com a variação da taxa de câmbio e juros de cupão
semestral calculados à taxa 4% ao ano.

b) As OT-MN-TXC (Captação) foram emitidas com a actualização do


valor nominal conforme a variação da taxa de câmbio, com juros
anuais equivalentes à taxa LIBOR/USD/6M, acrescida de pontos-
base consoante as maturidades (400, 450, 500 e 600,
respectivamente para as maturidades e 1, 2, 3 e 4 anos);

7
c) As OT-MN-IPC (Captação) foram emitidas com a actualização do
valor nominal conforme a variação do IPC-Luanda, com juros anuais
às taxas de 2%, 3%, 4% e 5%, respectivamente, para as maturidades
de 1, 2, 3 e 4 anos;

d) As OT-MN-JTC (Captação) foram emitidas sem a actualização do


valor nominal, com juros anuais à taxa apurada em leilão (14%), a
qual será acrescida dos pontos percentuais excedentes a oito na
depreciação da taxa de câmbio que ocorrer entre a data de
emissão e as datas de pagamento dos juros de cupão.

10. Assim, em 31.12.09, quando a taxa LIBOR/USD/6M cifrava-se em


0,45575% ao ano, o rendimento das OT-MN-TXC em termos reais – isto é,
descontada a depreciação cambial – era de 4,45%, 4,95%, 5,45% e 6,45% ao
ano, para as maturidades de 1, 2, 3 e 4 anos, respectivamente.

11. Considerando a depreciação da taxa de câmbio ocorrida entre o


início das emissões, em Maio de 2009, e o final do ano (14,1%, de Kz 78 para
Kz 89 por dólar), o rendimento nominal das OT-MN-TXC em 31.12.09 elevava-
se já a 18,55%, 19,05%, 19,55% e 20,55%, respectivamente, para as
maturidades de 1, 2, 3 e 4 anos, podendo crescer caso novas depreciações
da taxa de câmbio ocorram até Maio de 2010, quando se completa o
primeiro ano de maturidade dos primeiros títulos emitidos nessa modalidade.

12. Por sua vez, as OT-MN-IPC tiveram rendimentos reais e nominais


ligeiramente inferiores aos das OT indexadas ao câmbio, uma vez que as
taxas de juro de 2% a 5%, aplicadas sobre o valor nominal da OT actualizado
pela variação de 8,5% ocorrida no IPC, entre Maio (início das emissões) e
Dezembro de 2009, gerou rendimentos nominais 10,5% a 15,5%, que, em
termos anuais, correspondem às taxas entre 16,5% a 19,5%.

13. A sustentabilidade do serviço dessas emissões foi reforçada pela


actualização da taxa de câmbio de referência do BNA, que é usada para
converter em Kwanzas as receitas fiscais arrecadadas em dólares do sector
petrolífero. Como tais receitas representam mais de dois terços das receitas
fiscais do País, enquanto o stock da dívida titulada representa menos da
metade, fica criado um hedge automático para os títulos indexados à taxa
de câmbio.

II - Bilhetes do Tesouro
14. Em 2009, tal como já ocorrera em 2008, voltou-se a emitir Bilhetes do
Tesouro, porém não mais para fins de política monetária como ocorrera em
2008, mas sim para financiar o fluxo de caixa do Tesouro Nacional.

8
15. As emissões de BT acumuladas em 2009 atingiram Kz 414,2 mil milhões
(USS 5,2 mil milhões), colocadas com descontos no valor acumulado de Kz
23,8 mil milhões (USD 299,9 milhões).

16. Os resgates efectuados em 2009 alcançaram Kz 837,0 mil milhões (USD


10,5 mil milhões), restando por resgatar, em 31.12.09, um stock de Kz 162,8 mil
milhões (USD 1,8 mil milhões).

Gráfico 4 - BILHETES DO TESOURO


Emissões, Serviço e Existência-2009

10,5
12,0

10,0

8,0
USD mil 5,2
6,0
milhões 1,8
4,0

2,0

0,0
0,3

Emissão Resgate Juros Existência

17. Os Bilhetes do Tesouro foram emitidos nas maturidades de 63, 91, 182 e
364 dias e colocados com desconto calculado a taxas de juro declinantes
até Julho de 2009, quando chegaram a 8% ao ano, voltando, contudo, a
subir a partir de Agosto, por efeito do aumento da colocação de Títulos do
Banco Central, atingindo os 20% ao ano em Dezembro.

18. As tabelas 1 a 7, a seguir, mostram no detalhe a evolução mensal, no


ano de 2009, de todas as emissões de Obrigações do Tesouro e Bilhetes do
Tesouro, bem como os respectivos serviços, existências e taxas de juro.

9
1.
Tabela 1 – OT-MN e ME - EMISSÃO, SERVIÇO, EXISTÊNCIA (valor em USD)

Serviço da Dívida

Posição Emissões Existência


Juros Resgates Total

Existência em 31-12-2008 4.822.700.210,13

15-01-2009 0,00 8.694.591,95 0,00 8.694.591,95 4.822.700.210,13

15-02-2009 43.507.010,82 56.645.592,56 32.650.949,47 89.296.542,02 4.833.556.271,48

15-03-2009 49.920.075,13 7.426.414,26 21.460.064,45 28.886.478,71 4.862.016.282,16

15-04-2009 887.117.155,11 14.940.184,37 32.588.248,41 47.528.432,78 5.716.545.188,37

15-05-2009 151.976.080,83 41.791.275,16 19.338.260,62 61.129.535,77 5.849.183.009,08

15-06-2009 1.690.264.912,13 5.739.170,55 22.692.767,27 28.431.937,83 7.516.755.153,93

15-07-2009 391.859.820,32 7.253.913,16 18.884.304,95 26.138.218,11 7.899.302.656,68

15-08-2009 356.356.328,07 46.113.543,16 20.271.252,37 66.384.795,53 8.250.926.573,19

15-09-2009 324.510.932,09 7.593.271,42 18.139.416,37 25.732.687,79 8.576.271.471,99

15-10-2009 229.111.672,18 36.091.929,71 17.775.750,23 53.867.679,94 8.619.605.993,61

15-11-2009 17.059.704,13 37.763.141,94 61.238.921,61 99.002.063,56 8.564.941.179,41

15-12-2009 639.810.699,04 34.814.879,24 4.716.373,66 39.531.252,90 9.161.424.707,63

TOTAL 2009 4.781.494.389,86
 304.867.907,48
 269.756.309,41
 574.624.216,89

10
Tabela 2 – OT-MN (CONVERSÃO DE DÍVIDA) – EMISSÃO E SERVIÇO
(INDEXADAS À TAXA DE CÂMBIO)
(Equivalência em USD nas datas da emissão ou do serviço)

DATA Emissões Juros Resgates Serviço Existência

Existência em 31-12-2008 1.383.662.416,53


15-01-2009 0,0000 3.291.172,3682 0,0000 3.291.172,3682 1.383.682.416,5350
15-02-2009 43.507.010,8189 5.710.784,8971 29.662.616,9917 35.373.401,8889 1.397.526.810,3622
15-03-2009 49.920.075,1334 5.447.529,0532 18.470.477,9602 23.918.007,0134 1.428.976.407,5354
15-04-2009 48.993.353,4814 4.795.084,4233 21.599.260,8043 26.394.345,2276 1.456.370.500,2125
15-05-2009 50.491.908,7915 5.494.528,5027 16.348.674,1237 21.843.202,6263 1.490.513.734,8803
15-06-2009 27.493.160,3503 2.934.549,0862 21.197.974,0267 24.132.523,1129 1.496.808.921,2039
15-07-2009 14.397.417,1676 3.291.172,3682 17.389.511,7031 20.680.684,0713 1.493.816.826,6685
15-08-2009 0,0000 5.987.672,7737 18.776.459,1281 24.764.131,9018 1.475.040.367,5403
15-09-2009 7.002.454,2691 6.076.520,9966 16.644.623,1221 22.721.144,1188 1.465.398.198,6873
15-10-2009 0,0000 5.342.966,2769 16.280.956,9799 21.623.923,2568 1.449.117.241,7074
15-11-2009 17.059.704,1327 6.177.393,1960 29.744.128,3684 35.921.521,5645 1.436.432.817,4717
15-12-2009 0,0000 3.060.452,8127 3.219.072,3691 6.279.525,1817 1.433.213.745,1026
TOTAL 2009 258.865.084,14
 57.609.826,75
 209.333.755,57
 266.943.582,33
 


Tabela 3 - OT-MN–TXC (CAPTAÇÃO DE RECURSOS) – EMISSÃO E SERVIÇO


(INDEXADAS À TAXA DE CÂMBIO)
(Equivalência em USD nas datas da emissão ou do serviço)

DATA Emissões Juros Resgates Serviço Existência

Existência em 31-12-2008 0,00


15-01-2009 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
15-02-2009 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
15-03-2009 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
15-04-2009 838.123.801,63 0,00 0,00 0,00 838.123.801,63
15-05-2009 101.484.172,04 0,00 0,00 0,00 939.607.973,67
15-06-2009 496.517.146,00 0,00 0,00 0,00 1.436.125.119,67
15-07-2009 158.371.588,84 0,00 0,00 0,00 1.594.496.708,52
15-08-2009 24.597.625,44 0,00 0,00 0,00 1.619.094.333,96
15-09-2009 136.901.492,22 0,00 0,00 0,00 1.755.995.826,18
15-10-2009 5.949.076,47 24.589.712,32 0,00 24.589.712,32 1.761.944.902,66
15-11-2009 0,00 2.543.808,24 0,00 2.543.808,24 1.761.944.902,66
15-12-2009 15.810.699,03 13.120.767,74 0,00 13.120.767,74 1.777.755.601,70
TOTAL 2009 1.777.755.601,67
 40.254.288,30
 0,00
 40.254.288,30
 


11
Tabela 4 - OT-MN-IPC (CAPTAÇÃO DE RECURSOS) – EMISSÃO E SERVIÇO
(INDEXADAS À TAXA DE INFLAÇÃO)
(Equivalência em USD nas datas da emissão e do serviço)

DATA Emissões Juros Resgates Serviço STOCK

Existência em 31-12-2008 0,00


15-01-2009 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
15-02-2009 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
15-03-2009 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
15-04-2009 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
15-05-2009 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
15-06-2009 1.166.254.605,76 0,00 0,00 0,00 1.166.254.605,77
15-07-2009 219.090.814,31 0,00 0,00 0,00 1.394.917.407,45
15-08-2009 331.758.702,62 0,00 0,00 0,00 1.742.214.950,90
15-09-2009 180.606.985,60 0,00 0,00 0,00 1.941.795.319,57
15-10-2009 223.162.595,70 0,00 0,00 0,00 1.996.956.514,94
15-11-2009 0,00 0,00 0,00 0,00 1.986.470.918,22
15-12-2009 0,00 16.657.141,30 0,00 16.657.141,30 1.947.860.121,06
TOTAL 2009 2.120.873.703,99 16.657.141,30 0,00 16.657.141,30

Tabela 5 - OT-MN-JTC (CAPTAÇÃO DE RECURSOS) – EMISSÃO E SERVIÇO


(SEM INDEXAÇÃO)
(Equivalência em USD nas datas da emissão e do serviço)

DATA Emissões Juros Resgates Serviço STOCK

Existência em 31-12-2008 0,00


15-01-2009 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
15-02-2009 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
15-03-2009 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
15-04-2009 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
15-05-2009 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
15-06-2009 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
15-07-2009 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
15-08-2009 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
15-09-2009 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
15-10-2009 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
15-11-2009 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
15-12-2009 624.000.000,00 0,00 0,00 0,00 624.000.000,00
TOTAL 2009 624.000.000,00 0,00 0,00 0,00

12
Tabela 6 - BILHETES DO TESOURO – EMISSÕES, RESGATES, EXISTÊNCIA

STOCK
MÊS EMISSÃO CAPTAÇÃO DESCONTO RESGATE STOCK-KZ
(EQUIV.USD)

Jan 81.139.164.000,00 77.049.767.524,68 4.089.396.475,32 73.415.815.000,00 593.316.220.000,00 7.918.273.322,00

Fev 43.477.968.000,00 41.436.833.203,56 2.041.134.796,44 76.973.006.000,00 559.821.182.000,00 7.464.282.427,00

Mar 80.471.701.000,00 76.659.792.454,44 3.811.908.545,56 153.120.200.000,00 487.172.683.000,00 6.445.788.343,00

Abr 0,00 0,00 0,00 142.860.739.000,00 344.311.944.000,00 4.479.728.649,00

Mai 54.009.026.000,00 49.085.791.427,26 4.923.234.572,74 135.287.244.000,00 263.033.726.000,00 3.389.085.786,00

Jun 41.275.353.000,00 37.775.468.730,01 3.499.884.269,99 107.859.720.000,00 196.449.359.000,00 2.531.172.486,00

Jul 39.830.640.000,00 38.235.200.398,90 1.595.439.601,10 49.983.692.000,00 186.296.307.000,00 2.400.354.417,00

Ago 15.318.645.000,00 14.258.308.745,59 1.060.336.254,41 17.595.980.000,00 184.018.972.000,00 2.371.011.854,00

Set 0,00 0,00 0,00 33.585.308.000,00 150.433.664.000,00 1.938.278.411,00

Out 0,00 0,00 0,00 0,00 150.433.664.000,00 1.771.683.712,00

Nov 12.628.588.000,00 12.082.039.785,05 546.548.214,95 33.047.133.000,00 130.015.119.000,00 1.509.907.546,00

Dez 46.062.714.000,00 43.845.436.898,39 2.217.277.101,61 13.310.553.000,00 162.767.280.000,00 1.838.451.234,00

2009 414.213.799.000,00 390.428.639.167,88 23.785.159.832,12 837.039.390.000,00 162.767.280.000,00

USD 5.168.321.949,68 4.923.748.523,46 299.957.876,69 10.556.017.277,26 1.838.451.234,00

13
Tabela 7 – EMISSÕES E TAXAS DE JUROS DOS BT E TBC EM 2009
(Valores em Kwanzas)

Emissão de BT
Taxa de
Período Emissão de TBC Taxa de juro
câmbio

Janeiro

1.071.408.071,21
 


565.750.513,81



 15% 74,93


Fevereiro

585.653.248,17
 


177.964.982,00



 15% 74,99


Março

1.068.120.357,75
 


199.451.839,11



 15% 75,58


Abril

3.661.293,89
 













6.635,44



 15% 76,86


Maio

695.884.992,01
 

























0





 15% 77,612


Junho


531.816.639,18
 

























0





 10% 77,612


Julho

513.198.087,92
 

























0





 8% 77,612


Agosto

197.378.691,44
 


281.525.962,48



 10% 77,612


Setembro


0
 


496.302.466,11



 10% 77,612


Outubro




0
 


307.644.659,05



 16% 84,91


Novembro

146.659.869,00
 


688.422.195,12



 20% 











86,10


Dezembro

515.236.505,34
 




78.431.661,58



 20% 88,53


14
Capítulo II

BASE LEGAL E CARACTERÍSTICAS


Base Legal

1. A emissão de títulos do Tesouro Nacional fundamenta-se na Lei-


Quadro da Dívida Pública Directa (Lei n.º 16/02, de 5 de Dezembro), bem
como nos Decretos n.° 51/03 e 52/03, de 8 de Julho, que regulamentaram,
respectivamente, as Obrigações do Tesouro e os Bilhetes do Tesouro, para
além de decretos específicos sobre emissões especiais reservadas ao
financiamento de projectos do Programa de Reconstrução Nacional.

2. As características de cada emissão são estabelecidas em Decretos


Executivos e Despachos do Ministro das Finanças publicados no Diário da
República, consoante mostra o Apêndice deste Relatório.

3. De acordo com a legislação em vigor, os títulos do Tesouro têm as


seguintes características:

a) Gozam de garantia do pagamento integral do capital e


dos juros, directamente junto das instituições financeiras e do Banco
Nacional de Angola;

b) Não são passíveis de confisco ou de qualquer outro acto de


intervenção da administração do Estado;

c) Podem ser subscritos por quaisquer pessoas singulares ou


colectivas residentes no País ou no estrangeiro;

d) Podem, nas condições complementares ou específicas que


forem estabelecidas pelo Governo, ser utilizados como garantia de créditos
bancários, no pagamento de obrigações fiscais e no pagamento das
responsabilidades financeiras em processos de privatização ou outros;

e) Podem ser objecto de resgate antecipado, nas condições que


vierem a ser determinadas, para cada emissão, pelo Ministro das Finanças.

4. Tendo em conta a maturidade definida na emissão, os títulos do


Tesouro classificam-se como dívida pública flutuante (contraída para ser
totalmente amortizada com recursos do mesmo exercício orçamental da

15
sua emissão) ou como dívida pública fundada (contraída para ser
amortizada com recursos de exercícios orçamentais futuros àquele em que
foi criada).

5. A emissão das Obrigações do Tesouro e dos Bilhetes do Tesouro


efectua-se por meio da sua colocação no mercado primário – ou da sua
entrega aos beneficiários, no caso de emissão especial de Obrigações do
Tesouro por conversão de outras dívidas ou para capitalização de entidades
e fundos públicos - sem emissão física, através do Banco Nacional de
Angola, que age em representação do Ministério das Finanças.

Características das Obrigações do Tesouro

6. Para as Obrigações do Tesouro (OT) foram estabelecidas no respectivo


decreto regulamentador as seguintes características e condições
específicas:

a) O valor nominal da OT, as taxas de juro de cupão e o prazo de


resgate - que deverá ser de 1 a 30 anos, sempre múltiplo de 6 meses - são
definidos por decreto executivo do Ministro das Finanças;

b) Os juros de cupão são pagáveis semestralmente;

c) O resgate é efectuado pelo valor ao par, acrescido dos juros do


último cupão;

d) Os títulos com as mesmas taxas de juro e datas de resgate


consideram-se fungíveis, ainda que emitidos em datas diferentes;

e) A OT pode ser transaccionada em mercado secundário mediante


registo de alteração de titularidade.

7. A emissão de Obrigações do Tesouro pode financiar quer a execução


orçamental de programas de investimento como a regularização, por
conversão, de pagamentos em atraso remanescentes de exercícios
orçamentais passados, na forma da lei.

Características dos Bilhetes do Tesouro

8. Para os Bilhetes do Tesouro, o decreto regulamentador autoriza as


seguintes características e condições:

a) Prazos de resgate de 28, 63, 91, 182 e 364 dias;

b) Montante máximo em circulação a fixar por Despacho do Ministro


das Finanças, tendo em conta o montante em circulação em 31 de

16
Dezembro do ano anterior e o limite máximo anual de financiamento
interno inscrito na Lei do Orçamento Geral do Estado;

c) Colocação no mercado primário pelo valor facial descontado do


montante correspondente aos juros, devendo na data de vencimento
ocorrer o resgate pelo valor nominal;

d) Os juros correspondentes a cada emissão serão contabilizados na


respectiva data de vencimento, quando esta ocorrer dentro do mesmo
exercício orçamental, ou, caso contrário, no seu último dia útil, pelo valor
de compromisso;

e) Os Bilhetes do Tesouro podem ser transaccionados em mercado


secundário mediante registo de alteração de titularidade.

9. A emissão de Bilhetes do Tesouro destina-se a financiar o fluxo de


caixa do Tesouro durante a execução orçamental.

17
Apêndice

LEGISLAÇÃO

Documento Diploma

1 Lei 16/02, de 5 de Dezembro (Lei Quadro da Dívida


Pública Directa).
2 Decreto n.° 51/03, de 8 de Julho (regulamenta as
Obrigações do Tesouro).
3 Decreto n.° 52/03, de 8 de Julho (regulamenta os Bilhetes
do Tesouro).
4 Decreto nº6/09, de 8 de Abril (autoriza a emissão de OT-
MN para reestruturação da dívida titulada de curto prazo
e financiamento do Orçamento Geral do Estado em
2009).
5 Decreto executivo nº23/09, de 9 Abril (define as
características da emissão de OT em moeda nacional
indexadas à taxa de câmbio (OT-MN-TXC).
6 Despacho nº73/09, de 9 de Abril (estabelece as condições
para a colocação das OT-MN-TXC).
7 Decreto executivo nº37/09, de 15 de Maio (define as
características da emissão de OT indexadas à taxa de
inflação (OT-MN-IPC).
8 Despacho nº88-A/09, de 15 de Maio (estabelece as
condições para a colocação de OT-MN-IPC).
9 Despacho n.º88-B/09, de 15 de Maio (reajusta os pontos-
base a acrescer à taxa LIBOR nas OT-MN-TXC).
10 Despacho n.º208/09, de 30 de Julho (estabelece a
maturidade de um ano nas emissões de OT-MN-IPC e
amplia o limite para a sua colocação).
11 Decreto executivo n.º91/09, de 3 de Setembro (define as
características da emissão de OT-MN-IPC para
capitalização do Banco Nacional de Angola.
12 Despacho n.º223/09, de 03 de Setembro, (estabelece as
condições para a entrega de OT-MN-IPC directamente ao
Banco Nacional de Angola, como adiantamento para
futuro aumento de capital).

18
13 Decreto executivo n.º 98/09, de 9 de Outubro (define as
características da emissão adicional de OT-MN-IPC para
capitalização do Banco Nacional de Angola).
14 Despacho n.º 327/09, de 9 de Outubro (estabelece as
condições para a entrega de OT-MN-IPC directamente ao
Banco Nacional de Angola, como adiantamento
suplementar para futuro aumento de capital).
15 Decreto executivo n.º 116/09, de 6 de Novembro (define
as características para emissão de OT-MN-JTC.
16 Despacho n.º 341/09, de 6 de Novembro (estabelece as
condições para colocação das OT-MN-JTC).

19
Documento n.° 1

LEI-QUADRO DA DÍVIDA PÚBLICA DIRECTA

ASSEMBLEIA NACIONAL

Lei n° 16/02
de 5 de Dezembro

A instabilidade social e produtiva que caracterizou a economia


angolana em anos recentes e os elevados níveis de inflação
inviabilizaram a estruturação de um mercado financeiro para a Dívida
Pública Directa, que, entretanto, não deixou de se avolumar. O
processo de reformas económicas com a progressiva liberalização da
actividade económica, da qual faz parte a actual política de
flexibilização das taxas de juro, veio criar condições para se alterar o
modo de financiamento do défice orçamental.
Este passará a assumir, de preferência, a forma de títulos da dívida
pública que serão transaccionados no mercado financeiro, oferecendo
aos agentes económicos alternativas às actuais formas de aplicação
das suas poupanças.
Ao mesmo tempo importa definir de forma abrangente o quadro legal
de suporte das operações da Dívida Pública Directa por forma a
oferecer segurança aos investidores, eliminando qualquer incerteza
legal que poderia vir a afectar o direito dos credores do Estado por
contratos de empréstimos ou emissão de títulos de responsabilidade do
Tesouro Nacional.
Assim, torna-se necessário adaptar a legislação existente em matéria de
Dívida Pública Directa, com vista à utilização crescente dos instrumentos
não inflacionistas de gestão da Dívida Pública Directa, ajustada às
novas práticas de funcionamento dos mercados nacionais e
internacionais.
Nos termos da alínea b) do artigo 88 da Lei Constitucional a Assembleia
Nacional aprova a seguinte:

LEI-QUADRO DA DÍVlDA PÚBLICA DIRECTA

CAPÍTULO I
Disposições Gerais

Artigo 1°

20
(Objecto)

A presente lei estabelece os procedimentos de constituição, emissão e


gestão da Dívida Pública Directa decorrentes da necessidade de
financiamento interno ou externo para a execução dos programas
inscritos no Orçamento Geral do Estado.

Artigo 2 °
(Princípios)

1. O recurso ao endividamento público, sob qualquer de suas formas,


deve subordinar-se aos limites estabelecidos na lei orçamental e
conformar-se com as necessidades de financiamento dos programas e
acções prioritários do Estado, devendo, ao mesmo tempo, se
harmonizar com as metas de equilíbrio nas contas públicas.
2. A gestão da Dívida Pública Directa deve orientar-se por princípios de
rigor e eficiência, assegurando a disponibilização do financiamento
requerido para o exercício orçamental e visando os seguintes
objectivos:

a) minimização de custos directos e indirectos numa perspectiva de


longo prazo;
b) garantia de uma distribuição equilibrada de custos pelos vários
orçamentos anuais;
c) prevenção de excessiva concentracão temporal de
amortizações;
d) minimização dos riscos;
e) promoção de um equilibrado e eficiente funcionamento dos
mercados monetário e financeiro.

Artigo 3°
(Definições)

1. Para efeitos da presente lei, a Dívida Pública Directa pode ser:

a) flutuante;
b) fundada;
c) em moeda nacional;
d) em moeda externa.

2. Por dívida pública flutuante entende-se a Dívida Pública Directa


contraída para ser totalmente amortizada até ao final do exercício do
orçamento em que foi criada.

21
3. Por dívida pública fundada entende-se a Dívida Pública Directa
contraída para ser amortizada em exercício orçamental futuro àquele
em foi criada.
4. Por dívida pública em moeda nacional entende-se a Dívida Pública
Directa denominada em moeda com curso legal em Angola.
5. Por dívida pública em moeda externa, entende-se a Dívida Pública
Directa denominada em moeda com curso legal em país estrangeiro.
6. Por data de maturidade entende-se aquela em que o pagamento
do título torna-se devido, correspondendo ao ciclo de vida do título,
atingindo aqui a sua fase de redenção.

CAPITULO II
Emissão da Dívida Pública Directa

Artigo 4°
(Condições gerais sobre o financiamento)

A Lei do Orçamento Geral do Estado deve estabelecer para cada


exercício orçamental as condições gerais a que se deve subordinar o
financiamento do Estado e a gestão da Dívida Pública Directa,
nomeadamente o montante máximo do acréscimo de endividamento
líquido autorizado e o prazo mínimo dos empréstimos a emitir.

Artigo 5°
(Condições complementares)

O Governo deve, em obediência às condições gerais estabelecidas nos


termos do artigo anterior, definir as condições complementares a que
obedecerão a negociação, contratação e emissão de títulos da Dívida
Pública Directa pelo Ministério das Finanças, em nome e representação
do Estado, bem como a realização, por aquele Ministério, de todas as
operações financeiras de gestão da referida dívida.

Artigo 6°
(Condições técnicas específicas)

As condições específicas dos empréstimos e das operações financeiras


de gestão da Dívida Pública Directa devem ser propostas e
monitoradas pelo Ministro das Finanças, ouvido o Governador do Banco
Nacional de Angola, no intuito de se atender às condições correntes

22
nos mercados financeiros, bem como à expectativa razoável da sua
evolução.

Artigo 7°
(Obrigação geral)

1. As condições de cada empréstimo integrante da dívida pública


fundada, salvo se representado por contrato, devem constar de
obrigação geral assinada pelo Ministro das Finanças, que poderá
atribuir ao Banco Nacional de Angola, bem como às instituições de
crédito, no todo ou em parte, tarefas administrativas e executivas
ligadas à emissão e ao serviço das operações relativas ao
desdobramento da obrigação geral.
2. Da obrigação geral deverão constar os seguintes elementos:

a) finalidade do empréstimo;
b) designação do empréstimo;
c) moeda do empréstimo;
d) montante máximo do empréstimo;
e) tipo de taxa de juro;
f) modalidades de colocação do empréstimo;
g) condições de amortização;
h) periodicidade do pagamento de juros.

Artigo 8°
(Formas de representação da Dívida Pública Directa)

1. A Dívida Pública Directa poderá assumir as seguintes formas de


representação:

a) contrato;
b) títulos, que podem ter a forma de:
Obrigações do Tesouro;
Bilhetes do Tesouro;
Certificados de Poupança;
Certificados Especiais de Dívida Pública;
Notas Promissórias.

2. Sem prejuízo do disposto no n.º 1 do presente artigo, outras formas de


representação da Dívida Pública Directa podem ser estabelecidas pela
Assembleia Nacional, mediante proposta do Governo.

23
Artigo 9°
(Características dos títulos)

Os títulos da Dívida Pública Directa devem ter as seguintes


características:
a) gozarem de garantia do pagamento integral do capital e dos
juros;
b) não serem passíveis de confisco ou de qualquer outro acto de
intervenção da administração do Estado;
c) poderem ser subscritos por quaisquer pessoas singulares ou
colectivas residentes no País ou no estrangeiro;
d) poderem, nas condições complementares ou específicas que
forem estabelecidas pelo Governo, ser utilizados como garantia
de créditos bancários, no pagamento de obrigações fiscais e no
pagamento das responsabilidades financeiras em processos de
privatização ou outros;
e) poderem ser objecto de resgate antecipado, nas condições que
vierem a ser determinadas pelo Ministro das Finanças para cada
emissão.

Artigo 10°
(Garantia de pagamento da Dívida Pública Directa)

Os pagamentos dos juros e a amortização do capital relativos à Dívida


Pública Directa devem ser assegurados pelas receitas ordinárias do
tesouro inscritas no Orçamento Geral do Estado.

CAPÍTULO III
Gestão da Dívida Pública Directa

Artigo 11°
(Medidas de gestão e tratamento da dívida)

1. O Governo pode ser autorizado pela Assembleia Nacional a realizar


as operações de gestão da Dívida Pública Directa, visando uma
correcta gestão e o eficiente reconhecimento e tratamento da dívida,
nomeadamente:
a) a conversão, após validação de atrasados da execução
orçamental e dívidas existentes, em títulos da Dívida Pública
Directa;
b) a substituição entre as várias modalidades de empréstimos;
c) a executar operações de troca do regime de taxa de juros e
prazos.

24
Artigo 12°
(Fundo de regularização)

O Governo deve criar um fundo de regularização da Dívida Pública


Directa a inscrever anualmente no Orçamento Geral do Estado (OGE)
por forma a garantir maior liquidez no mercado dos títulos.

Artigo 13°
(Informação à Assembleia Nacional)

1. O Governo deve informar à Assembleia Nacional sobre os


financiamentos realizados e as condições específicas dos empréstimos
celebrados nos termos da presente Lei, quando efectuar a prestação
de contas da execução do Orçamento Geral do Estado (OGE) .
2. Sem prejuízo do disposto no número anterior, a Assembleia
Nacional pode, a qualquer momento, convocar o Ministro das Finanças
para prestar informação sobre os empréstimos contraídos e as
operações financeiras de gestão da Dívida Pública Directa efectuadas
nos termos da presente lei.

CAPÍTULO IV
Disposições Finais

Artigo 14°
(Foro competente)

Os litígios emergentes das operações de Dívida Pública Directa são


dirimidos pelos Tribunais da Comarca de Luanda, salvo se
contratualmente sujeitas a direito e foro estrangeiro.

Artigo 15°
(Revogação)

É revogada toda a legislação relativa aos Títulos da Dívida Pública


Directa, nomeadamente a Lei n° 8/88, de 25 de Junho, o Decreto n°
2/89, de 11 de Março, o Decreto n° 3/89, de 18 de Março, o Decreto n°
4/89, de 25 de Março, o Decreto n° 12/92, de 20 de Março e o Decreto
executivo n° 42-B/92, de 9 de Setembro, e demais legislação que
contrarie o disposto na presente lei.

25
Artigo 16°
(Dúvidas e omissões)

As dúvidas e omissões que se suscitarem da interpretação e aplicação


da presente lei são resolvidas pela Assembleia Nacional.

Artigo 17°
(Regulamentação)

A presente lei deve ser regulamentada pelo Governo no prazo de 90


dias.
Artigo 18°
(Entrada em vigor)

A presente lei entra em vigor na data da sua publicação.


Vista e aprovada pela Assembleia Nacional, em Luanda aos 30 de
Outubro de 2002.
O presidente da Assembleia Nacional, Roberto António Victor Francisco
de Almeida.
Promulgada aos 19 de Novembro de 2002.
Publique-se.
O Presidente da República, JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS.

(Publicada no Diário da República de 05-12-2002)

26
Documento n.° 2

República de Angola

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Considerando que incumbe ao Governo definir as condições


complementares a que obedecerão a negociação, contratação e
emissão de Obrigações do Tesouro;
Havendo a necessidade de se regulamentar a matéria constante dos
artigos 5.º e 8.º, da Lei n.º 16/02, de 5 de Dezembro, Lei Quadro da
Dívida Pública;
Nos termos das disposições combinadas da alínea d) do artigo 112.º e
do artigo 113.º, ambos da Lei Constitucional, o Governo decreta o
seguinte:
Art. 1.º - Para o financiamento de médio e longo prazos do
Governo, fica autorizado o Ministro das Finanças a recorrer à emissão de
títulos da Dívida Pública Directa, designados por Obrigações do Tesouro,
com as características e condições técnicas previstas neste decreto.
Art. 2.º - 1. O Ministro das Finanças estabelecerá, por decreto
executivo, o valor nominal, as taxas de juro de cupão e o prazo de
resgate que deverá ser de 1 a 30 anos, sempre múltiplo de seis meses.
2. Os juros de cupão serão pagáveis semestralmente, no dia 15 de
cada mês, ou no dia útil seguinte, quando aquele dia não seja útil.
3. O resgate é efectuado pelo valor ao par, acrescido dos juros
do último cupão, também a ocorrer no dia 15 de cada mês, ou no dia
útil seguinte quando aquele não seja útil.
4. Os títulos com as mesmas taxas de juro e datas de resgate
consideram-se fungíveis, ainda que emitidos em datas diferentes.

Art. 3.º - 1. O Ministro das Finanças, ouvido o Governador do


Banco Nacional de Angola, definirá, por despacho, com faculdade de
delegação, as condições de emissão, nomeadamente o montante e a
data de resgate.
2. Não haverá emissões de montante inferior a Kz 1 000 000,00.
Art. 4.º - 1. A colocação das Obrigações do Tesouro efectua-se no
mercado primário, sem emissão física de títulos, através do Banco
Nacional de Angola, que agirá em representação do Ministério das
Finanças.

27
2. Têm acesso directo às sessões de colocação as instituições de
crédito e outras instituições financeiras, devidamente autorizadas pelo
Banco Nacional de Angola a subscrever Obrigações do Tesouro.
3. Só as instituições de crédito e outras entidades especializadas a
exercer a actividade de intermediação financeira poderão subscrever
Obrigações do Tesouro, por conta de terceiros.

Art. 5.º - 1. As propostas de compra de Obrigações do Tesouro


devem ser apresentadas ao Banco Nacional de Angola, nos termos que
este vier a fixar, antes do início de cada sessão de colocação.
2. A parte de cada emissão que não for subscrita pelas entidades
referidas no n.º 2 do artigo 4.º, poderá ser tomada firme pelo Banco
Nacional de Angola, à taxa definida na sessão de colocação,
observado o limite do crédito ao Estado, previsto no artigo 31.º da Lei n.º
6/97, de 11 de Julho.
Art. 6.º - 1. As Obrigações do Tesouro serão vendidas no mercado
primário pelo seu valor facial descontado da taxa de colocação.
2. Os juros correspondentes à taxa de colocação, bem como os
juros de cupão serão contabilizados na data de vencimento quando
esta ocorrer dentro do mesmo exercício orçamental do pagamento, ou
caso contrário, no último dia útil do exercício anual, pelo valor de
compromisso.
3. A taxa anual de cupão mantém-se inalterável durante o
período de vigência das obrigações.

Art. 7.º - 1. As Obrigações do Tesouro podem ser


transaccionadas em mercado secundário mediante registo de
alteração de titularidade.
2. As entidades referidas no n.º 2 do artigo 4.º podem
transaccionar as Obrigações do Tesouro entre si e com o Banco
Nacional de Angola, de acordo com instruções para o efeito
divulgadas por este Banco.
3. A alteração da titularidade das Obrigações do Tesouro
colocadas junto do público pelas entidades referidas no n.º 3 do artigo
4.º, deverá ser realizada através dessas mesmas entidades.

Art. 8.º - 1. A colocação e a subsequente movimentação das


Obrigações do Tesouro efectuam-se por forma meramente escritural
entre contas-títulos.
2. Compete ao Banco Nacional de Angola centralizar o registo
da titularidade das Obrigações do Tesouro, sem prejuízo de as
instituições de crédito e outros intermediários financeiros possuírem
registos que lhes permitam gerir as carteiras dos respectivos clientes,
bem como cumprir o disposto nos n.ºs 2 e 3 do artigo 9.º.

28
Art. 9.º - 1. As Obrigações do Tesouro gozam de garantia de
resgate integral na data de vencimento, por força das receitas gerais
do Estado e da isenção de todos os impostos, incluindo o imposto sobre
as sucessões e doações.
2. O resgate das Obrigações do Tesouro e o pagamento dos
respectivos juros são efectuados nas datas de vencimento pelas
instituições onde se encontrem abertas as contas-títulos referidas no
artigo anterior.
3. O Banco Nacional de Angola debita a Conta Única do Tesouro,
nas datas de vencimento dos juros e do resgate final, pelas
importâncias correspondentes.

Art. 10.º - 1. Compete ao Ministério das Finanças o controle e a


gestão da Dívida Pública Directa, conjuntamente com o Banco
Nacional de Angola (BNA), que deverá, no âmbito das suas
competências, publicar as estatísticas e as cotações das emissões e
transacções das Obrigações do Tesouro, bem como emitir as instruções
que se mostrem necessárias ao funcionamento e regulamentação do
respectivo mercado.
2. Para efeitos do n° 1, o Banco Nacional de Angola prestará
todas as informações à Direcção Nacional do Tesouro, que poderá,
além disso, fazer-se representar nas sessões de abertura e adjudicação
das propostas.
Art. 11.º - Serão inscritas no Orçamento Geral do Estado as verbas
indispensáveis para ocorrer ao serviço da Dívida Pública Directa
regulada pelo presente diploma.
Art. 12.º - 1. O Ministério das Finanças estabelecerá, por meio de
decreto executivo, as demais normas complementares que se fizerem
necessárias à implementação das medidas aprovadas no presente
decreto.
2. Em tudo o que se não mostrar contrariado pela sua natureza
aplica-se às Obrigações do Tesouro, subsidiariamente, o regime jurídico
da Dívida Pública Directa.
Art. 13.º - As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e
aplicação do presente diploma serão resolvidas por decreto executivo
do Ministro das Finanças.
Art. 14.º - O presente Decreto entra em vigor na data da sua
publicação.
Visto e aprovado em Conselho de Ministros, em Luanda, aos 27 de
Junho de 2003.
Publique-se.
O Primeiro Ministro, Fernando da Piedade Dias dos Santos
O Presidente da República, JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS

(publicado no Diário da República de 8 de Julho de 2003).

29
Documento n.° 3

República de Angola

D
Deec
crre
etto
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522//O
O33
de 8 d e J
de 8 de Julhoul ho

Considerando que incumbe ao Governo definir as condições


complementares a que obedecerão a negociação, contratação e
emissão de Bilhetes do Tesouro;
Havendo a necessidade de se regulamentar a matéria constante
dos artigos 5.º e 8.º da Lei n.º 16/02, de 5 de Dezembro, Lei Quadro da
Dívida Pública;
Nos termos das disposições combinadas da alínea d) do artigo
112.º e do artigo 113.º, ambos da Lei Constitucional, o Governo decreta
o seguinte:

Art. 1.º - É autorizado o Ministro das Finanças a recorrer à emissão


de títulos da Dívida Pública Directa de curto prazo, designados por
Bilhetes do Tesouro, sendo as condições gerais de emissão e os limites
máximos de circulação, fixados nos termos do presente Decreto.
Art. 2.º - 1. Os Bilhetes do Tesouro serão resgatáveis nos prazos de
28, 63, 91, 182 e 364 dias.
2. O montante máximo de Bilhetes do Tesouro em circulação será
fixado por Despacho do Ministro das Finanças, tendo em conta o
montante em circulação em 31 de Dezembro do ano anterior e o limite
máximo anual de financiamento interno inscrito na Lei do Orçamento
Geral do Estado.
Art. 3.º - 1. O Ministro das Finanças, ouvido o Governador do Banco
Nacional de Angola, definirá, por Despacho, com faculdade de
delegação, as emissões de Bilhetes do Tesouro, tendo presentes as
condições do mercado, os objectivos da política monetária fixados pelo
Governo e as necessidades de tesouraria para a execução do
Orçamento Geral do Estado (OGE).
2. Não haverá emissões de montante inferior a Kz:1 000 000,00, nem
Bilhetes do Tesouro de valor inferior ao fixado em Aviso do Banco
Nacional de Angola.
Art. 4.º - 1. A colocação dos Bilhetes do Tesouro efectua-se no
mercado primário, sem emissão física de títulos, através do Banco

30
Nacional de Angola, que agirá em representação do Ministério das
Finanças.
2. Têm acesso directo às sessões de colocação as instituições de
crédito e outras instituições financeiras, devidamente autorizadas pelo
Banco Nacional de Angola, a subscrever Bilhetes do Tesouro.
3. Só as instituições de crédito e outras entidades especializadas a
exercer a actividade de intermediação financeira poderão subscrever
Bilhetes do Tesouro, por conta de terceiros.

Art. 5.º - 1. As propostas de compra de Bilhetes do Tesouro devem


ser apresentadas ao Banco Nacional de Angola, nos termos que este vier
a fixar, antes do início de cada sessão de colocação.
2. A parte de cada emissão que não for subscrita pelas entidades
mencionadas no n° 2 do artigo 4° poderá ser tomada firme pelo Banco
Nacional de Angola, à taxa de juro definida na sessão de colocação,
observado o limite de crédito ao Estado previsto no artigo 31.º da Lei
6/97, de 11 de Julho.
Art. 6.º - 1. Os Bilhetes do Tesouro serão vendidos no mercado
primário pelo seu valor facial descontado do montante correspondente
aos juros, devendo na data de vencimento ser resgatados pelo seu valor
nominal.
2. Os juros correspondentes a cada emissão serão contabilizados
na respectiva data de vencimento, quando esta ocorrer dentro do
mesmo exercício orçamental, ou, caso contrário, no seu último dia útil,
pelo valor de compromisso.
Art. 7.º - 1. Os Bilhetes do Tesouro podem ser transaccionados em
mercado secundário mediante registo de alteração de titularidade.
2. As entidades referidas no n° 2 do artigo 4° podem transaccionar
os Bilhetes do Tesouro entre si e com o Banco Nacional de Angola, de
acordo com instruções para o efeito divulgadas por este Banco.
3. A alteração de titularidade dos Bilhetes do Tesouro colocados
junto do público pelas entidades referidas no n° 3 do artigo 4° deverá ser
realizada através dessas mesmas entidades.

Art. 8.º - 1. A colocação e subsequente movimentação dos Bilhetes


do Tesouro efectuam-se por forma meramente escritural entre contas-
títulos.
2. Compete ao Banco Nacional de Angola centralizar o registo da
titularidade dos Bilhetes do Tesouro, sem prejuízo de as instituições de
crédito e outros intermediários financeiros possuírem registos que lhes
permitam gerir as carteiras dos respectivos clientes, bem como cumprir o
disposto no artigo 10°.
Art. 9.º - 1. Os Bilhetes do Tesouro gozam da garantia de resgate
integral pelo valor nominal, na data do vencimento, por força das

31
receitas gerais do Estado, e da isenção de todos os impostos, incluindo o
imposto sobre as sucessões e doações.
2. O resgate dos Bilhetes do Tesouro será efectuado pelo valor
nominal, no seu vencimento, pelas instituições onde se encontrem
abertas as respectivas contas-títulos referidas no artigo 8°.
3. Nas datas de resgate, o Banco Nacional de Angola debita a
Conta Única do Tesouro pelas importâncias correspondentes.

Art. 10.º - 1. Compete ao Ministério das Finanças o controle e a


gestão da Dívida Pública Directa, conjuntamente com o Banco Nacional
de Angola (BNA), que deverá, no âmbito das suas competências,
publicar as estatísticas e as cotações das emissões e transacções dos
Bilhetes do Tesouro, bem como emitir as instruções que se mostrem
necessárias ao funcionamento e regulamentação do respectivo
mercado.
2. Para efeitos do n° 1, o Banco Nacional de Angola prestará todas
as informações à Direcção Nacional do Tesouro, que poderá, além disso,
fazer-se representar nas sessões de abertura e adjudicação das
propostas.
Art. 11.º - Serão inscritas no Orçamento Geral do Estado as verbas
indispensáveis para ocorrer ao serviço da Dívida Pública Directa regulada
pelo presente diploma.
Art. 12.º - 1. O Ministério das Finanças estabelecerá, por meio de
decreto executivo, as demais normas complementares que se fizerem
necessárias à implementação das medidas aprovadas no presente
decreto.
2. Em tudo o que se não mostrar contrariado pela sua
natureza aplica-se aos Bilhetes do Tesouro, subsidiariamente, o regime
jurídico da Dívida Pública Directa.

Art. 13.º - As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e


aplicação do presente diploma serão resolvidas por decreto executivo
do Ministro das Finanças.

Art. 14.º - O presente decreto entra em vigor na data da sua


publicação.
Visto e aprovado em Conselho de Ministros, em Luanda, aos 27 de Junho
de 2003.
Publique-se.

O Primeiro Ministro, Fernando da Piedade Dias dos Santos

O Presidente da República, JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS

(publicado no Diário da República de 8 de Julho de 2003)

32
Documento n.° 4

República de Angola
Conselho de Ministros

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Tendo o Conselho de Ministros aprovado recentemente o Plano de Acção do


Governo face à Crise Económica e Financeira Internacional e a Programação
Macroeconómica para o ano de 2009, com o objectivo de ajustar a execução do Plano
Nacional e do Orçamento Geral do Estado ao novo cenário económico mundial, bem
como o cronograma das medidas principais de gestão macroeconómica e estruturais a
implementar no ano de 2009;

Tornando-se necessário definir claramente as políticas monetária e cambial e os


seus respectivos instrumentos, visando sempre a preservação das reservas
internacionais líquidas;

Havendo a necessidade de, para o efeito, dar início imediato à implementação das
medidas previstas nos n.os 3.1.6 e 3.1.7 do cronograma, designadamente o controle da
liquidez estrutural da economia, através do ajuste da taxa de Reservas Obrigatórias, e
o ajuste da liquidez, através de operações com Títulos do Tesouro da carteira própria
do Banco Nacional de Angola, a emitir em conformidade com os limites e condições
definidos pelo Governo, através do Ministério das Finanças;

Cabendo ao Governo definir as condições complementares a que devem obedecer a


negociação, contratação e emissão de Obrigações do Tesouro, em conformidade com o
estabelecido nos artigos 5.o e 8.o da Lei n.º 16/02, de 5 de Dezembro;

Nos termos das disposições combinadas da alínea f) do artigo 112.o e do artigo 113.o,
ambos da Lei Constitucional, o Governo decreta o seguinte:

33
Artigo 1.o - 1. O Ministro das Finanças está autorizado a recorrer à emissão
especial de Obrigações do Tesouro, em moeda nacional (OT-MN), com as
características e condições técnicas previstas no presente Decreto, até aos limites
estabelecidos no Orçamento Geral do Estado.

2. Para a colocação das referidas obrigações, o Ministro das Finanças deverá


instruir o Governador do Banco Nacional de Angola sobre os procedimentos
necessários à referida emissão.

3. Os recursos captados através da emissão especial referida no presente artigo


destinam-se a esterilizar uma parcela não inferior a 50% da liquidez que resultar do
resgate de Bilhetes do Tesouro e Títulos do Banco Central no corrente ano, que não
venha a ser esterilizada através das reservas obrigatórias, tendo em conta o
calendário de resgates previstos.

Art. 2.o - O Ministério da Economia, em articulação com o Ministério das


Finanças e com o Banco Nacional de Angola, deve estabelecer, na revisão da
Programação Monetária de 2009, os percentuais finais da liquidez acima referida que
devem ser:
a) incorporados ao aumento programado da base monetária;
b) esterilizados por aumento de reservas obrigatórias;
c) esterilizados através das Obrigações do Tesouro a que se refere o presente
decreto.

Art. 3.o - 1. O Ministro das Finanças deve estabelecer, por decreto executivo, o
valor nominal, a taxa de juro de cupão, os prazos de resgate, bem como a estrutura
por maturidade das emissões destas obrigações, que devem constar da obrigação geral
a que se refere o artigo 7.o da Lei n.o 16/02, de 5 de Dezembro.

2. Os prazos de resgate são de dois a oito semestres.

3. Os juros de cupão devem ser pagos semestralmente, na moeda de emissão,


no dia do vencimento do respectivo cupão, ou no dia útil imediatamente seguinte,
quando aquele não seja dia útil.

4. O resgate deve ser efectuado pelo valor ao par, na moeda de emissão,


acrescido dos juros do último cupão, na respectiva data de vencimento, ou no dia útil
seguinte quando aquele não seja dia útil.

5. Os títulos com as mesmas taxas de juro e datas de resgate consideram-se


fungíveis, ainda que emitidos em datas diferentes.

6. O Ministro das Finanças fica autorizado a estabelecer, nos limites da


legislação em vigor, incentivos fiscais e financeiros em benefício dos titulares das
Obrigações do Tesouro referidas no presente Decreto.

34
Art. 4.o - 1. A colocação das Obrigações do Tesouro referidas no presente
Decreto é efectuada em leilão de quantidade, através das instituições financeiras
habilitadas a participar do leilão, e dirigidas ao público, sem desconto, em
conformidade com as normas e procedimentos a definir em despacho do Ministro das
Finanças.

2. As instituições que subscrevam as referidas Obrigações podem transaccioná-


las entre si e com os respectivos clientes.

3. O Ministro das Finanças pode autorizar a recompra ou o resgate antecipado


das Obrigações, nas condições previstas na legislação em vigor.

Art. 5.o - 1. A colocação e a subsequente movimentação das Obrigações do


Tesouro referidas no presente decreto efectuam-se por forma exclusivamente
escritural nas contas-títulos.

2. O Ministério das Finanças pode delegar no Banco Nacional de Angola a


centralização do registo da titularidade das referidas Obrigações do Tesouro, sem
prejuízo da obrigação das instituições financeiras de possuírem registos que lhes
permitam gerir as carteiras dos respectivos clientes.

3. Para efeitos do disposto no número anterior, o Banco Nacional de Angola


observará os procedimentos já estabelecidos para a emissão de Obrigações do
Tesouro, contidas no Decreto n.º 51/03, de 8 de Julho, salvo os que contrariem o
disposto no presente diploma e respectivos regulamentos, nomeadamente os seus
artigos 2º e 6º daquele Decreto.

Art. 6.o – 1.As Obrigações do Tesouro gozam de garantia de resgate integral na


data de vencimento, através das receitas gerais do Estado, e de isenção de todos os
impostos, incluindo o imposto sobre sucessões e doações.

2. O resgate das Obrigações do Tesouro e o pagamento dos respectivos juros


são efectuados nas datas de vencimento, através das instituições onde se encontrem
abertas as contas-títulos, devendo o Banco Nacional de Angola, na mesma data,
debitar o valor correspondente à Conta Única do Tesouro, e efectuar o simultâneo
crédito na conta de Reservas Bancárias das instituições financeiras respectivas.

Art. 7.o – O Ministério das Finanças, conjuntamente com o Banco Nacional de


Angola (BNA), devem proceder ao controlo e gestão da dívida pública directa,
devendo, no âmbito das suas atribuições, publicar as estatísticas e as cotações das
emissões e transacções das Obrigações do Tesouro, bem como emitir as instruções
que se mostrem necessárias ao funcionamento e regulamentação do respectivo
mercado.

35
Art. 8.o - As verbas indispensáveis para acorrer ao serviço da dívida pública
directa, regulada pelo presente diploma, devem ser inscritas no Orçamento Geral do
Estado

Art. 9.o - 1. O Ministro das Finanças deve estabelecer, por decreto executivo, as
normas complementares que se mostrem necessárias à implementação do presente
decreto.

2. Em tudo o que se não for contrário à sua natureza, é aplicável às Obrigações do


Tesouro de que trata o presente decreto, subsidiariamente, o regime jurídico da dívida
pública directa.

Art. 10.o - As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e aplicação deste


decreto são resolvidas pelo Conselho de Ministros.

Art. 11. o - O presente decreto entra em vigor na data da sua publicação.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros, em Luanda, aos 25 de Março de


2009.

O Primeiro Ministro, Antonio Paulo Kassoma.

Promulgado aos 8 de Abril de 2009.

Publique-se.

O Presidente da República, JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS.

(publicado no Diário da República de 8 de Abril de 2009)

36
Documento nº5

República de Angola
Ministério das Finanças

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O Decreto n.° 6, de 8 de Abril de 2009, do Conselho de Ministros, autoriza o Ministro


das Finanças a recorrer à emissão de títulos da Dívida Pública Directa, denominados
Obrigações do Tesouro, para a reestruturação da dívida titulada de curto prazo e para
o ajustamento do seu uso no âmbito monetário e cambial.

Torna-se, agora, necessário, ao abrigo do disposto nos artigos 3.° e 4.° daquele
diploma, proceder à definição das características especificas dos referidos títulos a
emitir, bem como de alguns parâmetros necessários à eficácia na implementação
desse instrumento financeiro;

Assim, nos termos do n.° 3 do artigo 114.° da Lei Constitucional, da alínea o) do


artigo 2.° do decreto-lei que aprova o estatuto orgânico do Ministério das Finanças e
dos artigos 6.° e 7.° da Lei n.° 16/02, de 5 de Dezembro, ouvido o Banco Nacional de
Angola, determino:

1. Para a substituição de Bilhetes do Tesouro e de Títulos do Banco Central, no


âmbito das medidas estabelecidas no Plano de Acção do Governo face à crise
económica e financeira internacional e da programação macroeconómica para o ano
de 2009, é autorizada a emissão especial, no corrente exercício fiscal, de Obrigações
do Tesouro, denominadas em moeda nacional, até ao valor global, em Kwanzas,
equivalente a USD 9.000.000.000,00.

2. O valor nominal, em Kwanzas, de cada título será o correspondente à aplicação


do coeficiente 1.254,02118 sobre a taxa de câmbio de referência das operações de
compra do dólar dos Estados Unidos da América, divulgada pelo Banco Nacional de
Angola.

3. A taxa de juro de cupão da emissão será equivalente à taxa anual


LIBOR/USD/6M, acrescida dos pontos percentuais que vierem a ser definidos

37
na Obrigação Geral a ser aprovada por Despacho do Ministro das Finanças,
prevista no artigo 7.º da Lei n.º 16/02, de 5 de Dezembro.

4. Os juros de cupão, calculados sobre o valor nominal em conformidade com o


estabelecido no número 3 do presente decreto executivo, serão pagos
semestralmente, na respectiva data de vencimento, ou no dia útil imediatamente
seguinte quando aquele dia não seja útil.

5. Os prazos de resgate serão de dois a oito semestres.

6. As despesas com a emissão de que trata o presente decreto executivo serão


pagas através das correspondentes dotações orçamentais do Ministério das
Finanças, inscritas no Orçamento Geral do Estado.

7. Os órgãos competentes do Ministério das Finanças e do Banco Nacional de


Angola adoptarão as providências necessárias à cabal execução deste diploma,
incluindo o que se refere à elaboração da Obrigação Geral, a ser aprovada por
Despacho do Ministro das Finanças, nos termos do artigo 7.° da Lei n.° 16/02,
de 5 de Dezembro.

8. O presente decreto executivo entra em vigor na data da sua publicação.

Publique-se.

Luanda, aos 3 de Abril de 2009.

O M inistro, Eduardo Leopoldo Severim de Morais

(publicado no Diário da República de 9 de Abril de 2009)

38
Documento nº6

REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DAS FINANÇAS

Gabinete do Ministro

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chho
onn..ºº 7
73 3//0
099
de 9 d e A b
de 9 de Abril ril

Considerando estar autorizada, através do Decreto executivo n.° 23/09, de 9


de Abril, a emissão especial de Obrigações do Tesouro, em moeda nacional,
para o financiamento da reestruturação da dívida titulada de curto prazo;

Havendo necessidade de se estabelecer as características da emissão,


nomeadamente o respectivo montante e condições de remuneração e resgate,
conforme previsto no decreto executivo referido no parágrafo anterior;

Nos termos do n.º 3 do artigo 114.° da Lei Constitucional, da alínea o) do


artigo 2.° do Decreto-Lei n.° 4/98, de 30 de Janeiro, que aprova o estatuto
orgânico do Ministério das Finanças, e das disposições combinadas dos artigos
6.° e 7.° da Lei n.° 16/02, de 5 de Dezembro, ouvido o Governador do Banco
Nacional de Angola, determino:

1. A emissão, colocação e resgate das Obrigações do Tesouro de que trata o


Decreto executivo n.° 23/09, de 9 de Abril, devem obedecer às condições
específicas estabelecidas na seguinte Obrigação Geral:

39
Obrigação Geral

Finalidade: A emissão é reservada à reestruturação da dívida titulada de


curto prazo, prevista no Plano de Acção do Governo face à crise económica e
financeira internacional e programação macroeconómica.

Designação: Emissão especial de “Obrigações do Tesouro em M oeda Nacional


- 2009”.

M oeda:- Kwanza.

Montante máximo: O equivalente em Kwanzas a USD 9.000.000.000,00, em


títulos com o valor unitário correspondente à aplicação do coeficiente
1.254,02118 sobre a taxa de câmbio de referência das operações de compra do
dólar dos Estados Unidos da América, divulgada pelo Banco Nacional de
Angola, tendo em conta o seguinte calendário:

Período Equivalência em USD


Abril 2.000.000.000,00
Maio 1.500.000.000,00
Junho 1.250.000.000,00
Julho 850.000.000,00
Agosto 850.000.000,00
Setembro 750.000.000,00
Outubro 600.000.000,00
Novembro 600.000.000,00
Dezembro 600.000.000,00
Total 9.000.000.000,00

Os montantes de emissão que não forem colocados nas respectivas datas


previstas adicionar-se-ão à emissão dos períodos subsequentes.

Tipo de taxa de juro: Juros de cupão equivalentes à taxa anual LIBOR/USD/6M,


(taxa Libor, de seis meses, para operações em dólares dos Estados Unidos da
América), acrescida de basis points em função da maturidade das emissões,
conforme abaixo discriminado.
a. 300 basis points para emissões com a maturidade de 1 ano;
b. 350 basis points para emissões com a maturidade de 2 anos;
c. 400 basis points para emissões com a maturidade de 3 anos;
d. 500 basis points para emissões com a maturidade de 4 anos.

A taxa de juro será apurada pelo Banco Nacional de Angola através da página
Reuters, dois dias úteis antes da data de emissão.

40
Modalidades de colocação: A colocação das Obrigações do Tesouro a que
se refere o presente despacho será efectuada em leilão de quantidade junto
das instituições financeiras habilitadas a participar no leilão e directamente ao
público, sem desconto.

Conduções de resgate: Prazos de dois a oito semestres, efectuando-se o


resgate pelo valor nominal, acrescidos do juro de cupão devido na respectiva
data de vencimento.

Periodicidade do pagamento de juros: Semestralmente, na data de


vencimento respectiva, ou no dia útil seguinte, quando aquele dia não seja útil,
sobre o valor nominal.

2. Com base no previsto no número 1 do artigo 7.° da Lei n.° 16/02, de 5 de


Dezembro, são atribuídas ao Banco Nacional de Angola, pelo presente
Despacho, as tarefas administrativas e executivas relativas à emissão e ao
serviço das operações relativas ao desdobramento da referida Obrigação
Geral, que incluem, nomeadamente, as seguintes:

a) Processar de forma automatizada, no sistema SIGMA, o registo da


emissão, do pagamento dos juros e do resgate, por forma a reflectir as
condições estabelecidas na Obrigação Geral aprovada pelo presente Despacho,
e as informações a fornecer pelo Ministério das Finanças com a antecedência
mínima de cinco dias úteis à data de cada emissão;

b) Debitar directamente, na Conta Única do Tesouro, após aviso à Direcção


Nacional do Tesouro, os valores que serão creditados nas contas de depósito
das instituições financeiras subscritoras ou intermediadoras, conforme
regulamentação aplicável, nas respectivas datas de vencimento, as quais
deverão, em caso disso, creditar os respectivos clientes beneficiários.

c) Adoptar as demais providências da sua competência, previstas no Decreto


n.° 51/03, de 8 de Julho, quanto aos procedimentos a adoptar pelas instituições
financeiras e intermediadoras autorizadas, com vista a que as Obrigações do
Tesouro possam ser livremente transaccionadas nos mercados secundário e
interbancário, limitando-se ao desconto a taxas de mercado e à vinculação
como garantia colateral em operações de empréstimo, em conformidade com
as regras a estabelecer pelo Banco Nacional de Angola.

3. Para efeitos das transacções referidas no número anterior, bem como para
o caso de eventual resgate antecipado que venha a ser proposto pelo
Ministério das Finanças, dever-se-á ter em conta o seguinte:

41
I- A actualização do valor nominal será diária, utilizando-se a seguinte
fórmula:

VN a : VN e x TC a / TC e , em que:
VN a : Valor Nominal actualizado
VN e : Valor Nominal de emissão
TC a : Taxa de Câmbio de referência das operações de compra, com
cinco casas decimais, divulgada pelo BNA para a data actual;
TC e : Taxa de Câmbio de referência das operações de compra, com
cinco casas decimais, divulgada pelo BNA para a data da emissão;

II- Os juros semestrais serão calculados pelo Regime de Capitalização


Simples, utilizando-se a seguinte fórmula:

is = [ ( i/100) x (6/12) ] , em que:

is : taxa de juros simples para um semestre, a aplicar sobre o valor nominal


actualizado;

i : taxa de juro anual da emissão;

III - A apropriação “pro rata dia” dos juros será calculada utilizando a
seguinte fórmula de taxa equivalente diária:

IIn
ndddiiiaaasss =
= [
[ ((ii//1
1000
0 x
x 6
6//1
122)) x
x ((d
dcc//d
dccttc
c)) ]
]

Sendo,

In dias : taxa de juros simples para “n” dias decorridos do período semestral,
calculada com nove casas decimais, arredondando-se a nona
matematicamente, a aplicar sobre o valor nominal;
i : taxa de juros do título em percentagem ao ano;
dc : número de dias efectivamente decorridos desde a emissão, no caso do
primeiro período semestral, ou desde o pagamento anterior de juros, no
caso dos demais períodos semestrais;
dctc : número total de dias de calendário entre a emissão e o primeiro
pagamento, no caso do primeiro período semestral, ou entre o
pagamento anterior e a data seguinte de vencimento de juros, no caso
dos demais períodos semestrais.

4. O presente Despacho entra imediatamente em vigor.


Publique-se.
Luanda aos 3 de Abril de 2009.
O Ministro, Eduardo Leopoldo Severim de Morais
(publicado no Diário da República de 9 de Abril de 2009)

42
Documento n.° 7

República de Angola
Ministério das Finanças

Gabinete do Ministro

D
Deec
crre
etto
oeex
xeec
cuuttiiv
voon
n..ºº 3
377//0
099
d
dee1
155d
deeM Maaiio
o

O Decreto n.° 6/09 de 08 de Abril de 2009, do Conselho de Ministros, autorizou


o Ministro das Finanças a recorrer à emissão de títulos da Dívida Pública
Directa, denominados Obrigações do Tesouro, para a reestruturação da dívida
titulada de curto prazo e financiamento do Orçamento Geral do Estado em
2009.

O artigo 3.º do referido decreto autoriza o Ministro das Finanças a estabelecer,


por decreto executivo, dentre outras características, o factor de actualização
monetária do valor nominal dos títulos a emitir, que deve constar da Obrigação
Geral a que se refere o artigo 7.º da Lei n.º 16/02, de 5 de Dezembro, a Lei
Quadro da Dívida Pública Directa.

Através do Decreto executivo n.º 23/09, de 9 de Abril e do Despacho n.º 73/09,


de 9 de Abril, foi definida uma primeira modalidade de actualização do valor
nominal dos títulos, tomando por referência a variação da taxa de câmbio.

Convindo agora emitir uma modalidade alternativa de Obrigações do Tesouro,


com actualização do valor nominal definida por referência à variação do Índice
de Preços ao Consumidor na Cidade de Luanda;

Nos termos do n.º 3 do artigo 114.º da Lei Constitucional, da alínea o) do artigo


2.º do decreto-lei que aprova o estatuto orgânico do Ministério das Finanças e
das disposições combinadas dos artigos 5º, 6.° e 7.° da Lei n.° 16/02, de 5 de
Dezembro, ouvido o Banco Nacional de Angola, determino:

43
1.º - Parte das Obrigações do Tesouro ainda por emitir no âmbito do
Decreto executivo n.º 23/09, de 9 de Abril, poderá ter a actualização do seu
valor nominal definida por referência à variação do Índice de Preços ao
Consumidor na cidade de Luanda, divulgado mensalmente pelo Instituto
Nacional de Estatística - INE.

2.º - Os montantes a emitir e os critérios para a actualização do valor


nominal nessa modalidade de emissão serão definidos por despacho do Ministro
de Finanças.

1. O presente decreto executivo entra em vigor na data da sua publicação.

Publique-se.

Luanda, aos 14 de Maio de 2009.

O Ministro, Eduardo Leopoldo Severim de Morais

(publicado no Diário da República de 15-05-09)

44
Documento n.° 8

República de Angola
Ministério das Finanças

D
Deessp
paac
chhoon
n..ºº 8
888--A
A//0
099
d
dee115
5dde
eM Ma aiioo


Considerando
ter
sido
autorizado
o
Ministro
das
Finanças,
através
do
Decreto
executivo
n.o

37‐A/09,
de
15
de
Maio,
a
proceder
à
emissão
de
Obrigações
do
Tesouro
com
o
valor
nominal

actualizável
 em
 função
 do
 Índice
 de
 Preços
 ao
 Consumidor
 na
 Cidade
 de
 Luanda,

alternativamente
 à
 actualização
 em
 função
 da
 taxa
 de
 câmbio
 prevista
 no
 Despacho
 n.o

73/09,
de
9
de
Abril.




Havendo
 a
 necessidade
 de
 se
 definirem
 os
 limites
 e
 os
 critérios
 de
 cálculo
 desta
 nova

modalidade
 de
 emissão,
 de
 forma
 a
 garantir‐se
 a
 fungibilidade
 desses
 títulos
 no
 mercado

secundário;




Nos
 termos
 do
 n.o
 3
 do
 artigo
 114º
 da
 Lei
 Constitucional,
 da
 alínea
 o)
 do
 artigo
 2º
 do

decreto‐lei
 que
 aprova
 o
 estatuto
 orgânico
 do
 Ministério
 das
 Finanças
 e
 das
 disposições

combinadas
dos
artigos
6.º
e
7.º
da
Lei
n.o
16/02,
de
5
de
Dezembro,
ouvido
o
Governador
do

Banco
Nacional
de
Angola,
determino:


1.º
‐
A
emissão,
colocação
e
resgate
das
Obrigações
do
Tesouro
em
moeda
nacional,
com

valor
 nominal
 actualizável
 em
 função
 do
 Índice
 de
 Preços
 ao
 Consumidor
 na
 Cidade
 de

Luanda,
 divulgado
 pelo
 Instituto
 Nacional
 de
 Estatística
 (IPC/Luanda/INE)
 devem
 obedecer,

em
linhas
gerais,
às
condições
específicas
estabelecidas
na
seguinte
Obrigação
Geral:


OBRIGAÇÃO
GERAL


Finalidade:
 ‐
 A
 emissão
 é
 reservada
 ao
 financiamento
 da
 reestruturação
 da
 dívida
 titulada
 de
 curto

prazo
e
ao
financiamento
do
Orçamento
Geral
do
Estado
de
2009.


DESIGNAÇÃO:
Emissão
especial
de
“Obrigações
do
Tesouro
em
Moeda
Nacional
–
OT‐MN‐IPC”.


MOEDA:‐
Kwanza.


45
MONTANTE
 MÁXIMO:
 Até
 ao
 equivalente
 a
 50%
 do
 stock
 de
 Bilhetes
 do
 Tesouro
 existentes
 nesta

data.
 








 




VALOR
 UNITÁRIO
 E
 DATA‐BASE:
 Kz
 100.000,00,
 referido
 à
 data
 ‐
 base
 de
 15‐05‐09,
 actualizável
 em

função
 da
 variação
 pró‐rata
 temporis
 do
 Índice
 de
 Preços
 ao
 Consumidor
 na
 cidade
 de
 Luanda,

divulgado
pelo
Instituto
Nacional
de
Estatística.


TIPO
DE
TAXA
DE
JURO:
Juros
de
cupão
equivalentes
às
taxas
anuais
abaixo
referidas,
calculados

sobre
o
valor
nominal
actualizado
em
conformidade
com
o
disposto
no
parágrafo
anterior:


a. 3%
para
emissões
com
a
maturidade
de
dois
anos;

b. 4%
para
emissões
com
a
maturidade
de
três
anos;

c. 5%
para
emissões
com
a
maturidade
de
quatro
anos.



MODALIDADE
 DE
 COLOCAÇÃO:
 Emissão
 directa,
 por
 forma
 escritural,
 em
 favor
 do
 subscritor,

efectuando‐se
 a
 colocação
 pelo
 valor
 de
 emissão,
 sem
 desconto,
 através
 de
 registo
 de
 titularidade

junto
do
Banco
Nacional
de
Angola
e
do
banco
subscritor.




CONDIÇÕES
 DE
 RESGATE:
 Prazos
 de
 quatro
 a
 oito
 semestres,
 efectuando‐se
 o
 resgate
 pelo
 valor

nominal
actualizado
em
função
da
variação
pró‐rata
temporis
do
Indice
de
Preços
ao
Consumidor
em

Luanda,
divulgado
pelo
Instituto
Nacional
de
Estatísticas.




PERIODICIDADE
DO
PAGAMENTO
DE
JUROS:
Semestralmente,
no
dia
15
do
mês
correspondente,
ou

no
dia
útil
seguinte
quando
aquele
dia
não
seja
útil,
sobre
o
valor
nominal
actualizado
na
forma
acima

estabelecida.


2.º
‐

Na
forma
prevista
no
ponto
1
do
artigo
7.°
da
Lei
n.°
16/02,
de
5
de
Dezembro,
são

atribuídas
 ao
 Banco
 Nacional
 de
 Angola,
 por
 este
 despacho,
 as
 tarefas
 administrativas
 e

executivas
 ligadas
 à
 emissão
 e
 ao
 serviço
 das
 operações
 relativas
 ao
 desdobramento
 da

referida
Obrigação
Geral,
nomeadamente
as
seguintes:


a)
 divulgar
diariamente
o
valor
nominal
actualizado
das
Obrigações
do
Tesouro
a
partir
de
16

de
 Maio
 de
 2009,
 calculado
 com
 base
 na
 metodologia
 definida
 pelo
 Ministro
 das
 Finanças,


aplicável
 quer
 às
 novas
 emissões
 quer
 aos
 resgates
 e
 ao
 pagamento
 de
 juros
 de
 cupão,
 de

modo
a
proporcionar
a
sua
fungibilidade
nas
operações
do
mercado
secundário;




b)
processar
de
forma
automatizada,
no
Sistema
SIGMA,
o
registo
da
emissão,
do
pagamento

dos
juros
e
do
resgate,
por
forma
a
reflectir
as
condições
estabelecidas
na
Obrigação
Geral

aprovada
 por
 este
 despacho
 e
 as
 informações
 a
 fornecer
 pelo
 Ministério
 das
 Finanças
 com

antecedência
de
dois
dias
úteis
à
data
de
cada
emissão;


c)
 debitar
 directamente
 na
 Conta
 Única
 do
 Tesouro,
 sob
 aviso
 à
 Direcção
 Nacional
 do

Tesouro,
 os
 valores
 que
 serão
 levados
 a
 crédito
 das
 contas
 de
 depósito
 das
 instituições

responsáveis
 pela
 liquidação
 das
 operações
 de
 pagamento
 de
 juros
 e
 de
 resgate,
 nas

respectivas
 datas
 de
 vencimento,
 mediante
 comprovação,
 pelas
 referidas
 instituições,
 
 do

efectivo
resgate
final
em
favor
dos
titulares
beneficiários;


46
d)
adoptar
as
demais
providências
do
seu
domínio,
previstas
no
Decreto
n.o
51/03,
de
8
de

Julho,
quanto
aos
procedimentos
a
adoptar
pelas
instituições
financeiras
e
intermediadoras

autorizadas,
 com
 vista
 a
 que
 as
 Obrigações
 do
 Tesouro
 possam
 ser
 transaccionadas
 nos

mercados
 secundário
 e
 interbancário,
 limitando‐se
 ao
 desconto
 a
 taxas
 de
 mercado
 e
 à

vinculação
como
garantia
colateral
em
operações
de
empréstimo,
em
conformidade
com
as

regras
a
estabelecer
pelo
Banco
Nacional
de
Angola.


3.º
‐

Para
efeitos
das
transacções
referidas
no
ponto
anterior,
bem
como
para
o
caso
de

eventual
resgate
antecipado
que
venha
a
ser
proposto
pelo
Ministério
das
Finanças,
dever‐
se‐á
ter
em
conta
o
valor
nominal
actualizado,
divulgado
pelo
Banco
Nacional
de
Angola,
para

além
do
seguinte:



I
‐
Os
juros
semestrais
serão
calculados
pelo
Regime
de
Capitalização
Simples,
utilizando‐se

a
seguinte
fórmula:








is
=
[
(
i/100)
x
(6/12)
]
,



em
que:








 is

:

taxa
de
juros
simples
para
um
semestre,
a
aplicar
sobre
o
valor
nominal
actualizado;







 i


:
taxa
de
juros
anuais
da
emissão;


II
‐
A
apropriação
“pro
rata
dia”
dos
juros
será
calculada
utilizando
a
seguinte
fórmula
de

taxa
equivalente
diária:

IIn
ndddiiiaaasss

=
=

[[

((ii//1
1000
0

xx

6
6//1
122))

xx

((d
dcc//d
dccttcc))

]]





Sendo,


Indias
:
 taxa
de
juros
simples
para
“n”
dias
decorridos
do
período
semestral,

calculada
com
nove
casas

decimais,
 arredondando‐se
 a
 nona
 matematicamente,
 a
 aplicar
 sobre
 o
 valor
 nominal

actualizado;

i







:



taxa
de
juros
do
título
em
percentagem
ao
ano;

dc
 
 
 :
 
 número
 de
 dias
 efectivamente
 decorridos
 desde
 a
 emissão,
 no
 caso
 do
 primeiro
 período

semestral,
ou
desde
o
pagamento
anterior
de
juros,
no
caso
dos
demais
períodos
semestrais;


dctc

:
número
total
de
dias
de
calendário
entre
a
emissão
e
o
primeiro
pagamento,
no
caso
do
primeiro

período
semestral,
ou
entre
o
pagamento
anterior
e
a
data
seguinte
de
vencimento
de
juros,

no
caso
dos
demais
períodos
semestrais.






4.º
 ‐
 
 O
 presente
 despacho
 entra
 imediatamente
 em
 vigor.


Publique‐se.


Luanda
aos
14
de
Maio
de
2009.


O
Ministro,
Eduardo
Leopoldo
Severim
de
Morais


(publicado
no
Diário
da
República
de
15‐05‐09)


47
Documento n.° 9

República de Angola
Ministério das Finanças

Gabinete do Ministro

D
Deessp
paac
chhoonn..ºº 8
888--B
B//0
099
de 1 5 de
de 15 de MaioM a io

Havendo necessidade de se ajustar a estrutura das taxas de juro das Obrigações do Tesouro
ainda por emitir no âmbito da Obrigação Geral estabelecida através do Despacho nº 73/09, de
9 de Abril, do Ministro das Finanças,

Nos termos do n.º 3 do artigo 114.º da Lei Constitucional, da alínea o) do artigo 2.º do
Decreto-Lei nº 4/98, de 30 de Janeiro, que aprova o Estatuto Orgânico do Ministério das
Finanças, e das disposições combinadas dos artigos 6.° e 7.° da Lei n.° 16/02, de 5 de
Dezembro, ouvido o Governador do Banco Nacional de Angola, determino:

1.º - As Obrigações do Tesouro emitidas a partir desta data, no âmbito do Despacho n.º
73/09, de 9 de Abril, passam a beneficiar de juros de cupão equivalentes à taxa anual
LIBOR/USD/6M - apurada pelo Banco Nacional de Angola através da página Reuters dois
dias úteis antes da data de emissão - acrescida de basis points em função da maturidade das
emissões, conforme abaixo discriminado:
a. 400 basis points para emissões com a maturidade de um ano;
b. 450 basis points para emissões com a maturidade de dois anos;
c. 500 basis points para emissões com a maturidade de 3 três anos.
d. 600 basis points para emissões com a maturidade de quatro anos.

2.º - Do valor máximo equivalente a USD 9.000.000.000,00 definido no referido Despacho


para a emissão de Obrigações do Tesouro, uma parte poderá ser emitida com outro tipo de taxa
de juro, em conformidade com os limites e critérios a definir pelo Ministro das Finanças.

3.º - O presente Despacho entra imediatamente em vigor.

Publique-se.

Luanda aos 14 de Maio de 2009.

O Ministro, Eduardo Leopoldo Severim de Morais


(publicado no Diário da República de 15-05-09)

48
Documento n.°10

REPUBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS

Gabinete do Ministro

D
Deessp
paac
ch ho
onn..ºº 2
20 088//0
099
d e 3 0 d e J
de 30 de Julho u l ho

Havendo
 a
 necessidade
 de
 alterarem‐se
 as
 maturidades
 e
 o
 limite
 de
 emissão
 das

Obrigações
do
Tesouro
com
o
valor
nominal
actualizável
em
função
do
Índice
de
preços
ao

consumidor
 na
 Cidade
 de
 Luanda,
 de
 que
 tratam
 o
 Decreto
 executivo
 n.o
 37‐A/09
 e
 o

Despacho
n.o
88‐A/09,
ambos
de
15
de
Maio.


Tendo
 em
 conta
 que
 o
 n.º
 1
 do
 Decreto
 executivo
 n.o
 23/09,
 de
 9
 de
 Abril,
 autoriza
 a

emissão
especial
de
Obrigações
do
Tesouro,
denominadas
em
moeda
nacional,
até
ao
valor

global
 em
 Kwanzas
 equivalente
 a
 USD
 9.000.000.000,00,
 aplicável
 ao
 conjunto
 de
 todas
 as

modalidades
de
emissão
destinadas
à
captação
de
recursos
no
corrente
exercício
fiscal;




Nos
 termos
 do
 n.o
 3
 do
 artigo
 114º
 da
 Lei
 Constitucional,
 da
 alínea
 o)
 do
 artigo
 2º
 do

decreto‐lei
 que
 aprova
 o
 estatuto
 orgânico
 do
 Ministério
 das
 Finanças
 e
 das
 disposições

combinadas
dos
artigos
6º
e
7º
da
Lei
n.o
16/02,
de
5
de
Dezembro,
ouvido
o
Governador
do

Banco
Nacional
de
Angola,
determino:


1º
‐
As
condições
específicas
estabelecidas
na
Obrigação
Geral
de
que
trata
o
artigo
1º
do

Despacho
 n.o
 88‐A/09,
 de
 15
 de
 Maio,
 do
 Ministro
 das
 Finanças,
 são
 alteradas
 na
 seguinte

forma:


Montante
máximo:
–
Até
ao
equivalente
a
75%
do
limite
global
de
USD
9.000.000.000,00,

definido
no
nº1
do
Decreto
executivo
nº23/09,
de
9
de
Abril;


Tipo
de
taxa
de
juro:




a) 2%
para
emissões
com
a
maturidade
de
um
ano;

b) 3%
para
emissões
com
a
maturidade
de
dois
anos;

c) 4%
para
emissões
com
a
maturidade
de
três
anos;

d) 5%
para
emissões
com
a
maturidade
de
quatro
anos;


Condições
de
resgate:
‐
Prazos
de
dois
a
oito
semestres.


2º

‐
Permanecem
inalteradas
as
demais
condições
específicas
estabelecidas
na
referida


49
Obrigação
Geral.









3º
 ‐
 O
 presente
 despacho
 entra
 imediatamente
 em
 vigor.








Publique‐se.












Luanda
aos
27
de
Julho
de
2009.












O
Ministro,
Eduardo
Leopoldo
Severim
de
Morais.


(publicado no Diário da República de 30 de Julho de 2009)

50
Documento n.°11

República de Angola
Ministério das Finanças

Gabinete do Ministro

D
Deessp
paac
chho
onn..ºº 2
2223
3//0
099
d e 3 de S et e
de 3 de Setembro m bro


Considerando
ter
sido
autorizada,
pelo
Decreto
executivo
n.o
91/09,
de
3
de
Setembro,
do

Ministro
 das
 Finanças,
 a
 emissão
 de
 Obrigações
 do
 Tesouro
 destinadas
 à
 capitalização
 do

Banco
Nacional
de
Angola,
com
a
maturidade
máxima
de
8
semestres,
definida
no
número
2

do
artigo
3.o
do
Decreto
n.o
6/09,
de
8
de
Abril.




Havendo
 a
 necessidade
 de
 se
 definir
 as
 demais
 características
 e
 os
 critérios
 de
 cálculo

desta
 modalidade
 de
 emissão,
 de
 forma
 a
 garantir‐se
 a
 fungibilidade
 desses
 títulos
 no

mercado
secundário;




Nos
 termos
 do
 n.o
 3
 do
 artigo
 114º
 da
 Lei
 Constitucional,
 da
 alínea
 o)
 do
 artigo
 2.o
 do

decreto‐lei
 que
 aprova
 o
 estatuto
 orgânico
 do
 Ministério
 das
 Finanças
 e
 das
 disposições

combinadas
dos
artigos
6.o
e
7.o
da
Lei
n.o
16/02,
de
5
de
Dezembro,
ouvido
o
Governador
do

Banco
Nacional
de
Angola,
determino:


1.o
‐
A
emissão,
colocação
e
resgate
das
Obrigações
do
Tesouro
em
moeda
nacional
para
capitalização

do
Banco
Nacional
de
Angola,
de
que
trata
o
Decreto
executivo
n.o
91/09,
de
3
de
Setembro,
devem

obedecer
às
condições
específicas
estabelecidas
na
seguinte
Obrigação
Geral:


Obrigação
geral:


Finalidade:

A
emissão
é
reservada
à
capitalização
do
Banco
Nacional
de
Angola.


Designação:

Emissão
especial
de
“Obrigações
do
Tesouro
em
Moeda
Nacional
–
OT‐MN‐
IPC”.


Moeda:
Kwanza.


Montante
máximo:
Até
ao
equivalente
a
USD
200
000
000,00.
 


51







 




Valor
 unitário
 e
 data‐base:
 Kz
 100
 000,00,
 referido
 à
 data
 ‐
 base
 de
 15
 de
 Maio
 de
 2009,

actualizável
em
função
da
variação
pro‐rata
temporis
do
Índice
de
Preços
ao
Consumidor
na

Cidade
de
Luanda,
divulgado
pelo
Instituto
Nacional
de
Estatística.


Tipo
 de
 taxa
 de
 juro:
 Juros
 de
 cupão
 de
 5%
 ao
 ano,
 calculados
 sobre
 o
 valor
 nominal

actualizado
em
conformidade
com
o
disposto
no
parágrafo
anterior.


Modalidade
de
colocação:
Emissão
directa,
por
forma
escritural,
a
favor
do
Banco
Nacional

de
Angola,
efectuando‐se
a
entrega
pelo
valor
de
emissão,
sem
desconto,
através
de
registo

de
titularidade
junto
do
próprio
Banco
Nacional
de
Angola.




Condições
de
resgate:
Prazo
de
oito
semestres,
efectuando‐se
o
resgate
pelo
valor
nominal

actualizado
em
função
da
variação
pro‐rata
temporis
do
Indice
de
Preços
ao
Consumidor
em

Luanda,
divulgado
pelo
Instituto
Nacional
de
Estatísticas.




Periodicidade
do
pagamento
de
juros:
Semestralmente,
no
dia
15
do
mês
correspondente,

ou
no
dia
útil
seguinte
quando
aquele
dia
não
seja
útil,
sobre
o
valor
nominal
actualizado
na

forma
acima
estabelecida.


2.o
 ‐
 
 Na
 forma
 prevista
 no
 ponto
 1
 do
 artigo
 7.°
 da
 Lei
 n.°
 16/02,
 de
 5
 de
 Dezembro,
 são

atribuídas
 ao
 Banco
 Nacional
 de
 Angola,
 por
 este
 despacho,
 as
 tarefas
 administrativas
 e

executivas
 ligadas
 à
 emissão
 e
 ao
 serviço
 das
 operações
 relativas
 ao
 desdobramento
 da

referida
Obrigação
Geral,
nomeadamente
as
seguintes:


a)
 divulgar
 diariamente
 o
 valor
 nominal
 actualizado
 das
 Obrigações
 do
 Tesouro,
 
 calculado

com
 base
 na
 metodologia
 definida
 pelo
 Ministro
 das
 Finanças,
 
 aplicável
 quer
 às
 emissões

quer
 aos
 resgates
 e
 ao
 pagamento
 de
 juros
 de
 cupão,
 de
 modo
 a
 proporcionar
 a
 sua

fungibilidade
nas
operações
do
mercado
secundário;




b)
processar
de
forma
automatizada,
no
Sistema
SIGMA,
o
registo
da
emissão,
do
pagamento

dos
juros
e
do
resgate,
por
forma
a
reflectir
as
condições
estabelecidas
na
Obrigação
Geral

aprovada
 por
 este
 despacho
 e
 as
 informações
 a
 fornecer
 pelo
 Ministério
 das
 Finanças
 com

antecedência
de
dois
dias
úteis
à
data
de
cada
emissão;


c)
 debitar
 directamente
 na
 Conta
 Única
 do
 Tesouro,
 sob
 aviso
 à
 Direcção
 Nacional
 do

Tesouro,
 os
 valores
 que
 serão
 levados
 a
 crédito
 das
 contas
 de
 depósito
 das
 instituições

responsáveis
 pela
 liquidação
 das
 operações
 de
 pagamento
 de
 juros
 e
 de
 resgate,
 nas

respectivas
 datas
 de
 vencimento,
 mediante
 comprovação,
 pelas
 referidas
 instituições,
 
 do

efectivo
resgate
final
em
favor
dos
titulares
beneficiários;


d)
adoptar
as
demais
providências
do
seu
domínio,
previstas
no
Decreto
n.o
51/03,
de
8
de

Julho,
quanto
aos
procedimentos
a
adoptar
pelas
instituições
financeiras
e
intermediadoras

autorizadas,
 com
 vista
 a
 que
 as
 Obrigações
 do
 Tesouro
 possam
 ser
 transaccionadas
 nos

mercados
 secundário
 e
 interbancário,
 limitando‐se
 ao
 desconto
 a
 taxas
 de
 mercado
 e
 à


52
vinculação
como
garantia
colateral
em
operações
de
empréstimo,
em
conformidade
com
as

regras
a
estabelecer
pelo
Banco
Nacional
de
Angola.


3.o
 ‐
 Para
 efeitos
 das
 transacções
 referidas
 no
 ponto
 anterior,
 bem
 como
 para
 o
 caso
 de

eventual
resgate
antecipado
que
venha
a
ser
proposto
pelo
Ministério
das
Finanças,
dever‐
se‐á
ter
em
conta
o
valor
nominal
actualizado,
divulgado
pelo
Banco
Nacional
de
Angola,
para

além
do
seguinte:



I
‐
Os
juros
semestrais
serão
calculados
pelo
Regime
de
Capitalização
Simples,
utilizando‐se

a
seguinte
fórmula:








is
=
[
(
i/100)
x
(6/12)
]
,



em
que:








 is

:

taxa
de
juros
simples
para
um
semestre,
a
aplicar
sobre
o
valor
nominal
actualizado;







 i


:
taxa
de
juros
anuais
da
emissão;


II
‐
A
apropriação
“pro
rata
dia”
dos
juros
será
calculada
utilizando
a
seguinte
fórmula
de

taxa
equivalente
diária:

IIn
ndddiiiaaasss

=
=

[[

((ii//1
1000
0

xx

6
6//1
122))

xx

((d
dcc//d
dccttcc))

]]





Sendo,


Indias
:


 taxa
de
juros
simples
para
“n”
dias
decorridos
do
período
semestral,

calculada
com
nove
casas

decimais,
 arredondando‐se
 a
 nona
 matematicamente,
 a
 aplicar
 sobre
 o
 valor
 nominal

actualizado;

i








:



taxa
de
juros
do
título
em
percentagem
ao
ano;

dc
 
 
 
 :
 
 
 
 
 número
 de
 dias
 efectivamente
 decorridos
 desde
 a
 emissão,
 no
 caso
 do
 primeiro
 período

semestral,
ou
desde
o
pagamento
anterior
de
juros,
no
caso
dos
demais
períodos
semestrais;


dctc
 
 
 :
 
 
 
 número
 total
 de
 dias
 de
 calendário
 entre
 a
 emissão
 e
 o
 primeiro
 pagamento,
 no
 caso
 do

primeiro
período
semestral,
ou
entre
o
pagamento
anterior
e
a
data
seguinte
de
vencimento
de

juros,
no
caso
dos
demais
períodos
semestrais.






4.o
 ‐
 
 O
 presente
 despacho
 entra
 imediatamente
 em
 vigor.


Publique‐se.


Luanda
aos
5
de

Agosto
de
2009.


O
Ministro,
Eduardo
Leopoldo
Severim
de
Morais


(Publicado no Diário da República de 3 de Setembro de 2009)

53
Documento n.° 12

República de Angola
Ministério das Finanças

D
Deec
crre
etto
oEEx
xeec
cuuttiiv
voon
n°° 9
911//0
099
dde
e3 3ddeeSSe
ette emmb
brroo

Considerando que o Decreto n.° 6/09, de 8 de Abril, autoriza o Ministro das Finanças a
recorrer à emissão de títulos da dívida pública directa, denominados Obrigações do
Tesouro, com maturidade de quatro a oito semestres, para a reestruturação da dívida
titulada de curto prazo e para o ajustamento do seu uso no âmbito monetário e cambial,
em conformidade com o cronograma das medidas principais de gestão macroeconómica e
estruturais a implementar no ano de 2009;

Tendo em conta que o cronograma das medidas prevê a capitalização do Banco Nacional
de Angola com Títulos do Tesouro, que devem ser obrigatoriamente emitidos para
conversão da dívida púbica referente aos resultados negativos acumulados nos balanços e
contas anuais do Banco Central, conforme determinam os artigos 84.º a 87.º da Lei n.º
6/97, de 11 de Julho;

Convindo antecipar a entrega ao Banco Nacional de Angola de parte da emissão de


Obrigações do Tesouro destinada para tal finalidade, a fim de dar suporte às operações
de política monetária necessárias ao controlo da liquidez conjuntural;

Havendo necessidade, ao abrigo do disposto nos artigos 3.° e 4.° daquele diploma, de se
proceder à definição das características especificas dos referidos títulos a emitir, bem
como de alguns parâmetros necessários à eficácia na implementação desse instrumento
financeiro;

Nos termos do n.° 3 do artigo 114.° da Lei Constitucional, da alínea o) do artigo 2.° do
decreto-lei que aprova o estatuto orgânico do Ministério das Finanças e dos artigos 6.° e
7.° da Lei n.° 16/02, de 5 de Dezembro, ouvido o Banco Nacional de Angola, determino:

1. Para o exercício fiscal de 2009, é autorizada a emissão de Obrigações do


Tesouro até ao valor global em moeda nacional equivalente a USD 200 000 000,00, a
favor do Banco Nacional de Angola, como antecipação de parte da emissão prevista para a
conversão da dívida decorrente dos resultados negativos acumulados nos seus balanços e

54
contas, em conformidade com o estabelecido no ponto 2 do artigo 87.º da Lei n.º 6/97, de
11 de Julho.

2. O valor nominal de cada título será actualizado por referência à variação do


Índice de Preços ao Consumidor na cidade de Luanda, divulgado mensalmente pelo
Instituto Nacional de Estatística - INE.

3. A taxa de juro de cupão da emissão é de 5% ao ano, calculada sobre o valor


nominal actualizado em conformidade com o estabelecido no ponto anterior.

4. Os juros de cupão são pagos semestralmente no dia 15 do mês correspondente


ou no dia útil seguinte quando aquele dia não seja útil.

5. O prazo máximo de resgate será de 8 semestres, conforme estabelece o n.º 2


do artigo 3.º do Decreto n.º 6/09, de 8 de Abril.

6. As despesas com a emissão de que trata este decreto executivo serão pagas por
força das correspondentes dotações orçamentais do Ministério das Finanças, inscritas no
Orçamento Geral do Estado em execução.

7. Os órgãos competentes do Ministério das Finanças e do Banco Nacional de


Angola adoptarão as providências necessárias à cabal execução deste diploma, inclusive no
que se refere à elaboração da Obrigação Geral a ser aprovada por despacho do Ministro
das Finanças, prevista no artigo 7.º da Lei n.º 16/02, de 5 de Dezembro.

8. O presente decreto executivo entra em vigor na data da sua publicação.

Publique-se.

Luanda, aos 5 de Agosto de 2009.

O Ministro, Eduardo Leopoldo Severim de Morais

(Publicado no Diário da República de 3 de Setembro de 2009)

55
Documento n.° 13

República de Angola
Ministério das Finanças

D
Deec
crre
etto
oEExxe
eccu
uttiiv
voonn°° 9
988//0
099
D e 9 d e O u
De 9 de Outubro tub ro

Considerando que o Decreto n.° 6/09, de 8 de Abril, autoriza o Ministro das Finanças a
recorrer à emissão de títulos da dívida pública directa, denominados obrigações do
tesouro, com maturidade de quatro a oito semestres, para a reestruturação da dívida
titulada de curto prazo e para o ajustamento do seu uso no âmbito monetário e cambial,
em conformidade com o cronograma das medidas principais de gestão macroeconómica e
estruturais a implementar no ano de 2009;

Tendo em conta que o cronograma das medidas prevê a capitalização do Banco Nacional
de Angola com títulos do tesouro, que devem ser obrigatoriamente emitidos para
conversão da dívida púbica referente aos resultados negativos acumulados nos balanços e
contas anuais do Banco Central, conforme determinam os artigos 84.º a 87.º da Lei n.º
6/97, de 11 de Julho;

Considerando que já foi emitida a primeira parcela dessas obrigações, correspondente à


metade da capitalização prevista, com base no Decreto executivo n.º 91/09, de 3 de Setembro;

Convindo, agora, proceder-se à emissão das restantes obrigações do tesouro destinadas


a tal finalidade;

Havendo necessidade, ao abrigo do disposto nos artigos 3.° e 4.° daquele diploma, de se
proceder à definição das características específicas dos referidos títulos a emitir, bem
como de alguns parâmetros necessários à eficácia na implementação desse instrumento
financeiro;

Nos termos do n.° 3 do artigo 114.° da Lei Constitucional, da alínea o) do artigo 2.° do
decreto-lei que aprova o estatuto orgânico do Ministério das Finanças e dos artigos 6.° e
7.° da Lei n.° 16/02, de 5 de Dezembro, ouvido o Banco Nacional de Angola, determino:

1. Para o exercício fiscal de 2009, é autorizada a emissão adicional de


Obrigações do Tesouro até ao valor global em moeda nacional equivalente a USD 200 000
000,00, a favor do Banco Nacional de Angola, para conversão da dívida pública decorrente

56
dos resultados negativos acumulados nos seus balanços e contas, em conformidade com o
estabelecido no ponto 2 do artigo 87.º da Lei n.º 6/97, de 11 de Julho.

2. O valor nominal de cada título será actualizado por referência à variação do


Índice de Preços ao Consumidor na cidade de Luanda, divulgado mensalmente pelo
Instituto Nacional de Estatística - INE.

3. A taxa de juro de cupão da emissão é de 5% ao ano, calculada sobre o valor


nominal actualizado em conformidade com o estabelecido no ponto anterior.

4. Os juros de cupão são pagos semestralmente no dia 15 do mês correspondente


ou no dia útil seguinte quando aquele dia não seja útil.

5. O prazo máximo de resgate será de 8 semestres, conforme estabelece o n.º 2


do artigo 3.º do Decreto n.º 6/09, de 8 de Abril.

6. As despesas com a emissão de que trata este decreto executivo serão pagas por
força das correspondentes dotações orçamentais do Ministério das Finanças, inscritas no
Orçamento Geral do Estado em execução.

7. Os órgãos competentes do Ministério das Finanças e do Banco Nacional de


Angola adoptarão as providências necessárias à cabal execução deste diploma, inclusive no
que se refere à elaboração da Obrigação Geral a ser aprovada por despacho do Ministro
das Finanças, prevista no artigo 7.º da Lei n.º 16/02, de 5 de Dezembro.

8. O presente decreto executivo entra em vigor na data da sua publicação.

Publique-se.

Luanda, aos 5 de Outubro de 2009.

O Ministro, Eduardo Leopoldo Severim de Morais.

(publicado no Diário da República de 9 de Outubro de 2009)

57
Documento n.° 14

República de Angola
Ministério das Finanças

D
Deessp
paacch
hoon
n..ºº 3
3227
7//0
099
d e 9 d e O u
de 9 de Outubrot u bro


Considerando
ter
sido
autorizada,
pelo
Decreto
executivo
n.o
98/09,
de
9
de
Outubro,
do

Ministro
 das
 Finanças,
 a
 emissão
 de
 Obrigações
 do
 Tesouro
 destinadas
 à
 capitalização
 do

Banco
Nacional
de
Angola
prevista
para
o
corrente
exercício,
com
a
maturidade
máxima
de
8

semestres,
definida
no
número
2
do
artigo
3.o
do
Decreto
n.o
6/09,
de
8
de
Abril.




Havendo
 a
 necessidade
 de
 se
 definir
 as
 demais
 características
 e
 os
 critérios
 de
 cálculo

desta
 modalidade
 de
 emissão,
 de
 forma
 a
 garantir‐se
 a
 fungibilidade
 desses
 títulos
 no

mercado
secundário;




Nos
 termos
 do
 n.o
 3
 do
 artigo
 114.o
 da
 Lei
 Constitucional,
 da
 alínea
 o)
 do
 artigo
 2.o
 do

decreto‐lei
 que
 aprova
 o
 estatuto
 orgânico
 do
 Ministério
 das
 Finanças
 e
 das
 disposições

combinadas
dos
artigos
6.o
e
7.o
da
Lei
n.o
16/02,
de
5
de
Dezembro,
ouvido
o
Governador
do

Banco
Nacional
de
Angola,
determino:


o
1. 
‐
A
emissão,
colocação
e
resgate
das
Obrigações
do
Tesouro
em
moeda
nacional
para
capitalização

do
Banco
Nacional
de
Angola,
de
que
trata
o
Decreto
executivo
n.o
98/09,
de
9
de
Outubro,
devem

obedecer
às
condições
específicas
estabelecidas
na
seguinte
obrigação
geral:


Obrigação
geral:


Finalidade:
A
emissão
é
reservada
à
segunda
parcela
da
capitalização
do
Banco
Nacional
de

Angola
prevista
para
o
ano
fiscal
de
2009.


Designação:
Emissão
especial
de
“Obrigações
do
Tesouro
em
Moeda
Nacional
–
OT‐MN‐
IPC”.


Moeda:
Kwanza.


Montante
máximo:
Até
ao
equivalente
a
USD
200
000
000,00.
 








 





58
Valor
 unitário
 e
 data‐base:
 Kz
 100
 000,00,
 referido
 à
 data
 ‐
 base
 de
 15
 de
 Maio
 de
 2009,

actualizável
em
função
da
variação
pro‐rata
temporis
do
Índice
de
Preços
ao
Consumidor
na

Cidade
de
Luanda,
divulgado
pelo
Instituto
Nacional
de
Estatística.


Tipo
 de
 taxa
 de
 juro:
 Juros
 de
 cupão
 de
 5%
 ao
 ano,
 calculados
 sobre
 o
 valor
 nominal

actualizado
em
conformidade
com
o
disposto
no
parágrafo
anterior.


Modalidade
de
colocação:
Emissão
directa,
por
forma
escritural,
a
favor
do
Banco
Nacional
de

Angola,
efectuando‐se
a
entrega
pelo
valor
de
emissão,
sem
desconto,
através
de
registo
de

titularidade
junto
do
próprio
Banco
Nacional
de
Angola.




Condições
 de
 resgate:
 Prazo
 de
 oito
 semestres,
efectuando‐se
 o
 resgate
pelo
 valor
 nominal

actualizado
em
função
da
variação
pro‐rata
temporis
do
Indice
de
Preços
ao
Consumidor
em

Luanda,
divulgado
pelo
Instituto
Nacional
de
Estatísticas.




Periodicidade
do
pagamento
de
juros:
Semestralmente,
no
dia
15
do
mês
correspondente,
ou

no
 dia
 útil
 seguinte
 quando
 aquele
 dia
 não
 seja
 útil,
 sobre
 o
 valor
 nominal
 actualizado
 na

forma
acima
estabelecida.


2.o
 ‐
 
 Na
 forma
 prevista
 no
 ponto
 1
 do
 artigo
 7.°
 da
 Lei
 n.°
 16/02,
 de
 5
 de
 Dezembro,
 são

atribuídas
 ao
 Banco
 Nacional
 de
 Angola,
 por
 este
 despacho,
 as
 tarefas
 administrativas
 e

executivas
 ligadas
 à
 emissão
 e
 ao
 serviço
 das
 operações
 relativas
 ao
 desdobramento
 da

referida
Obrigação
Geral,
nomeadamente
as
seguintes:


a)
 divulgar
 diariamente
 o
 valor
 nominal
 actualizado
 das
 Obrigações
 do
 Tesouro,
 
 calculado

com
 base
 na
 metodologia
 definida
 pelo
 Ministro
 das
 Finanças,
 
 aplicável
 quer
 às
 emissões

quer
 aos
 resgates
 e
 ao
 pagamento
 de
 juros
 de
 cupão,
 de
 modo
 a
 proporcionar
 a
 sua

fungibilidade
nas
operações
do
mercado
secundário;




b)
processar
de
forma
automatizada,
no
Sistema
SIGMA,
o
registo
da
emissão,
do
pagamento

dos
juros
e
do
resgate,
por
forma
a
reflectir
as
condições
estabelecidas
na
Obrigação
Geral

aprovada
 por
 este
 despacho
 e
 as
 informações
 a
 fornecer
 pelo
 Ministério
 das
 Finanças
 com

antecedência
de
dois
dias
úteis
à
data
de
cada
emissão;


c)
 debitar
 directamente
 na
 Conta
 Única
 do
 Tesouro,
 sob
 aviso
 à
 Direcção
 Nacional
 do

Tesouro,
 os
 valores
 que
 serão
 levados
 a
 crédito
 das
 contas
 de
 depósito
 das
 instituições

responsáveis
 pela
 liquidação
 das
 operações
 de
 pagamento
 de
 juros
 e
 de
 resgate,
 nas

respectivas
 datas
 de
 vencimento,
 mediante
 comprovação,
 pelas
 referidas
 instituições,
 
 do

efectivo
resgate
final
em
favor
dos
titulares
beneficiários;


d)
adoptar
as
demais
providências
do
seu
domínio,
previstas
no
Decreto
n.o
51/03,
de
8
de

Julho,
quanto
aos
procedimentos
a
adoptar
pelas
instituições
financeiras
e
intermediadoras

autorizadas,
 com
 vista
 a
 que
 as
 Obrigações
 do
 Tesouro
 possam
 ser
 transaccionadas
 nos

mercados
 secundário
 e
 interbancário,
 limitando‐se
 ao
 desconto
 a
 taxas
 de
 mercado
 e
 à

vinculação
como
garantia
colateral
em
operações
de
empréstimo,
em
conformidade
com
as

regras
a
estabelecer
pelo
Banco
Nacional
de
Angola.


59

3.o
 ‐
 Para
 efeitos
 das
 transacções
 referidas
 no
 ponto
 anterior,
 bem
 como
 para
 o
 caso
 de

eventual
resgate
antecipado
que
venha
a
ser
proposto
pelo
Ministério
das
Finanças,
dever‐
se‐á
ter
em
conta
o
valor
nominal
actualizado,
divulgado
pelo
Banco
Nacional
de
Angola,
para

além
do
seguinte:



I
‐
Os
juros
semestrais
serão
calculados
pelo
Regime
de
Capitalização
Simples,
utilizando‐se

a
seguinte
fórmula:








is
=
[
(
i/100)
x
(6/12)
]
,



em
que:








 is

:

taxa
de
juros
simples
para
um
semestre,
a
aplicar
sobre
o
valor
nominal
actualizado;







 i


:
taxa
de
juros
anuais
da
emissão;


II
‐
A
apropriação
“pro
rata
dia”
dos
juros
será
calculada
utilizando
a
seguinte
fórmula
de

taxa
equivalente
diária:

IIn
ndddiiiaaasss

=
=

[[

((ii//1
1000
0

xx

6
6//1
122))

xx

((d
dcc//d
dccttcc))

]]





Sendo,


Indias
:


 taxa
de
juros
simples
para
“n”
dias
decorridos
do
período
semestral,

calculada
com
nove
casas

decimais,
 arredondando‐se
 a
 nona
 matematicamente,
 a
 aplicar
 sobre
 o
 valor
 nominal

actualizado;

i








:



taxa
de
juros
do
título
em
percentagem
ao
ano;

dc
 
 
 
 :
 
 
 
 
 número
 de
 dias
 efectivamente
 decorridos
 desde
 a
 emissão,
 no
 caso
 do
 primeiro
 período

semestral,
ou
desde
o
pagamento
anterior
de
juros,
no
caso
dos
demais
períodos
semestrais;


dctc
 
 
 :
 
 
 
 número
 total
 de
 dias
 de
 calendário
 entre
 a
 emissão
 e
 o
 primeiro
 pagamento,
 no
 caso
 do

primeiro
período
semestral,
ou
entre
o
pagamento
anterior
e
a
data
seguinte
de
vencimento
de

juros,
no
caso
dos
demais
períodos
semestrais.






4.o
‐
O
presente
despacho
entra
imediatamente
em
vigor.


Publique‐se.


Luanda
aos
5
de
Outubro
de
2009.


O
Ministro,
Eduardo
Leopoldo
Severim
de
Morais.


(publicado
no
Diário
da
República
de
9
de
Outubro
de
2009)


60
Documento n.° 15

República de Angola
Ministério das Finanças

Ministério das Finanças

D
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nºº 1
1116
6//0
099
D e 6 d e N o v
De 6 de Novembro e mb ro

O Decreto nº 6/09 de 8 de Abril de 2009, do Conselho de Ministros, autorizou o Ministro


das Finanças a recorrer à emissão de títulos da Dívida Pública Directa, denominados
Obrigações do Tesouro, para a reestruturação da dívida titulada de curto prazo e
financiamento do Orçamento Geral do Estado em 2009.

O artigo 3º do referido decreto autoriza o Ministro das Finanças a estabelecer, por


decreto executivo, dentre outras características, o factor de actualização monetária do
valor nominal dos títulos a emitir, que deve constar da Obrigação Geral a que se refere o
artigo 7º da Lei n.º 16/02, de 5 de Dezembro, a Lei Quadro da Dívida Pública Directa.

Através dos Decretos executivos nº 23/09, de 9 de Abril e 37-A/09, de 15 de Maio,


foram definidas duas modalidades de emissões, com actualização do valor nominal dos
títulos com base na variação da taxa de câmbio ou na variação do índice de preços ao
consumidor em Luanda.

Convindo agora emitir uma modalidade alternativa de Obrigações do Tesouro, sem


actualização do valor nominal, com taxa de juro ajustável consoante a evolução da taxa de
câmbio;

Nos termos do nº 3 do artigo 114º da Lei Constitucional, da alínea o) do artigo 2º do


decreto-lei que aprova o estatuto orgânico do Ministério das Finanças e das disposições
combinadas dos artigos 5º, 6º e 7º da Lei n.º 16/02, de 5 de Dezembro, ouvido o Banco
Nacional de Angola, determino:

1º - Parte das Obrigações do Tesouro previstas no nº 1 do Decreto executivo n.º


23/09, de 9 de Abril, é emitida sem a actualização do seu valor nominal, com taxa de juro
definida na colocação e ajustável em conformidade com a depreciação que exceder a 8

61
pontos percentuais na taxa de câmbio de referência divulgada pelo Banco Nacional de
Angola para a compra de dólares dos Estados Unidos da América.

2º - Os montantes a emitir, a finalidade e os critérios de cálculo dos juros dessa


modalidade de emissão serão definidos por despacho do Ministro de Finanças.

1. O presente decreto executivo entra em vigor na data da sua publicação.

Publique-se.

Luanda, aos…. de ……………de 2009.

O Ministro, Eduardo Leopoldo Severim de Morais

(publicado no Diário da República de 6 de Novembro de 2009)

62
Documento n.° 16

República de Angola
Ministério das Finanças

D
Deessp
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chho
on nºº 3
3441
1//009
9
d e 6 de N o v
de 6 de Novembroe m b ro

Considerando ter sido autorizado, através do Decreto executivo n.º 116, de 6 de


Novembro, a emissão de Obrigações do Tesouro sem a actualização do valor nominal, com
taxa de juro ajustável consoante a depreciação da taxa de câmbio.

Havendo a necessidade de se definirem os limites e os critérios de cálculo desta nova


modalidade de emissão, de forma a garantir-se a fungibilidade desses títulos no mercado
secundário;

Nos termos do n.º 3 do artigo 114º da Lei Constitucional, da alínea o) do artigo 2.º do
decreto-lei que aprova o estatuto orgânico do Ministério das Finanças e das disposições
combinadas dos artigos 6.º e 7.º da Lei n.º 16/02, de 5 de Dezembro, ouvido o Governador
do Banco Nacional de Angola, determino:

1.º - A emissão, colocação e resgate das Obrigações do Tesouro em moeda nacional, sem a
actualização do seu valor nominal, com taxa de juro definida na colocação e ajustável em
conformidade com a depreciação que exceder a 8 pontos percentuais na taxa de câmbio
de referência divulgada pelo Banco Nacional de Angola para a compra de dólares dos
Estados Unidos da América, devem obedecer, em linhas gerais, às condições específicas
estabelecidas na seguinte Obrigação Geral:

Obrigação Geral

Finalidade: A emissão é reservada ao financiamento do Orçamento Geral do Estado de


2009, incluíndo o uso na forma de financiamento prevista no n.º 2, in fine do artigo 31.º
da Lei n.º 6/97, de 11 de Julho.

63
Designação: Emissão especial de «Obrigações do Tesouro em moeda nacional, com juros
ajustáveis – OTMN-JTC».

Moeda: Kwanza.

Montante máximo: Até ao valor em Kwanzas equivalente a USD 5.444 milhões.

Valor unitário: Kz 100.000,00.

Tipo de taxa de juro: Juros de cupão à taxa a apurar em leilão de preços, acrescida dos
pontos percentuais que excederem a 8 pontos percentuais da depreciação na taxa de
câmbio de referência divulgada pelo Banco Nacional de Angola para a compra de dólares
dos Estados Unidos da América que vier a ocorrer entre a data da emissão e a data de
cada vencimento dos juros de cupão.

Modalidade de colocação: Emissão directa, por forma escritural, em favor do subscritor,


efectuando-se a colocação pelo valor de emissão, sem desconto, através de registo de
titularidade junto do Banco Nacional de Angola e do banco subscritor.

Condições de resgate: Prazos de quatro a oito semestres, efectuando-se o resgate pelo


valor nominal de emissão.

Periodicidade do pagamento de juros: Semestralmente, na respectiva data de vencimento,


ou no dia útil seguinte quando aquele dia não seja útil, sobre o valor nominal de emissão.

2.º - Na forma prevista no ponto 1 do artigo 7.º da Lei n.º 16/02, de 5 de Dezembro, são
atribuídas ao Banco Nacional de Angola, por este despacho, as tarefas administrativas e
executivas ligadas à emissão e ao serviço das operações relativas ao desdobramento da
referida Obrigação Geral, nomeadamente as seguintes:

a) processar de forma automatizada, no Sistema SIGMA, o registo da emissão, do


pagamento dos juros e do resgate, por forma a reflectir as condições estabelecidas na
Obrigação Geral aprovada por este despacho e as informações a fornecer pelo Ministério
das Finanças com antecedência de dois dias úteis à data de cada emissão;

b) debitar directamente na Conta Única do Tesouro, sob aviso à Direcção Nacional do


Tesouro, os valores que serão levados a crédito das contas de depósito das instituições
responsáveis pela liquidação das operações de pagamento de juros e de resgate, nas
respectivas datas de vencimento, mediante comprovação, pelas referidas instituições, do
efectivo resgate final em favor dos titulares beneficiários;

c) adoptar as demais providências do seu domínio, previstas no Decreto nº 51/03, de


8 de Julho, quanto aos procedimentos a adoptar pelas instituições financeiras e

64
intermediadoras autorizadas, com vista a que as Obrigações do Tesouro possam ser
transaccionadas nos mercados secundário e interbancário, limitando-se ao desconto a
taxas de mercado e à vinculação como garantia colateral em operações de empréstimo, em
conformidade com as regras a estabelecer pelo Banco Nacional de Angola.

3.º - Para efeitos das transações referidas no ponto anterior, bem como para o caso de
eventual resgate antecipado que venha a ser proposto pelo Ministério das Finanças,
dever-se-á ter em conta o seguinte:

i) os juros semestrais serão calculados pelo Regime de Capitalização Simples,


utilizando-se a seguinte fórmula:

is = [ ( i/100) x (6/12) ]

Sendo:

is : taxa de juros simples para um semestre, a aplicar sobre o valor nominal;


i : taxa de juros anuais da emissão.

ii) A apropriação «pro rata dia» dos juros será calculada utilizando a seguinte fórmula de
taxa equivalente diária:

Indias = [ (i/100 x 6/12) x (dc/dctc)]


Sendo,

Indias: taxa de juros simples para «n» dias decorridos do período semestral,
calculada com nove casas decimais, arredondando-se a nona matematicamente, a
aplicar sobre o valor nominal;
i : taxa de juros do título em percentagem ao ano;
dc : número de dias efectivamente decorridos desde a emissão, no caso do
primeiro período semestral, ou desde o pagamento anterior de juros, no caso dos
demais períodos semestrais;
dctc : número total de dias de calendário entre a emissão e o primeiro pagamento,
no caso do primeiro período semestral, ou entre o pagamento anterior e a data
seguinte de vencimento de juros, no caso dos demais períodos semestrais.

4.º - O presente despacho entra imediatamente em vigor.

Publique-se.
Luanda, aos 28 de Outubro de 2009.

O Ministro, Eduardo Leopoldo Severim de Morais.


(publicado no Diário da República de 6 de Novembro de 2009

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