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‘Talia. Poloowane, Sou Afiea 2033 DIREITO DO TRABALHO ituagdes Individuais de Trabalho) Bata Domingss Bio nasces 4 27 de Julho de 1975 Prova Delgado, no Distrito de Momepuen, Tex ov sous estos Pri-Univar Setninisio Propedéutics Interdiocesano Clacer Apostolchsm) de Nezngula, Enwre 1996 « 1999, 0 aasor foi professor de Mivemsica na Escola Primo Gems de Namano ns Provincia de Cabo Delgado (No ano de 2002 ingressau 1a Faculdicle de Direiti dA Universidade ‘Mondlane (UEM) cone ania eoncianuereen Dizsto na mesa Uri sno 2007. Jem 2007, unto foi guonitor de Disezo dos Transportes ¢ 2008 A < Dir do Taba na Fueypde de Dito a mesma Unie, Em 2009 foi Dovence de lntrodugad ao Estude de Direizo no Enstieuto Sug “Tecnologias ¢ Gestio (ISTE), actual Universidade Wotivt (UNTTIVA) Universicgfle $é0 Tomi” de Movgt {USTMye Dooeme Constiuconal A Bvela Super de Cnc Nenigs (SCN) ‘Actualmente © autor é lo € ¢ Assierentt Faculdade de Direito da ‘Universidade Echinrdo Mand © autor lecvions ainda 4 Cadeica de Dis ‘Universidade Wisse Le Docenty de Superior de Ciencias Nauticas. @f, 1 4 Q autor fez o Mestado em Ciéncias furiie® Reoabhieis na Eduardo Mondiane em coorderayio com a Universidade Chiseich de 1s Em 2015 0 sutr fi nonscadpela S. East Mipup Go Taal, Segura Socal como Chef do Departrnento Jurcior do Insthuny Social (INS). od E autor das obras: Manual de Processo Disc Escolat Editors, Lins Maputo 2011 e Manial do Poceo Diiphiwr~ Bingo P [ators aires ere: Mapa. 2013 eu Pita de Dc Balaie Don DIREITO DO. TRABALHO" (Situagdes In i Volume 1 DIREITO DO TRABALHO FICHA TECNICA tu RTO DO TRABANO(Stv;Ees ndiducts de Tabaho) ‘Aorta Danang Eile wo wens Jade Monge, Ce Cope! Anat Grea ¢ pasinageo: Ma (Chin) 287895, ae cele Shlmel Com nprenso: Deanpin Ue, Cheada Hoa Werks, Stockpor Road Cheshie rSort ted Unga. 2017 ‘roger 1000 exami roche artamns4o/2016 cofngh:t Resovactsoaosor dees eee somente proibida,c reproduce, tat ol pai sas obo. ser emmais euro otros ote 0770 Tenn guotiooto erprsa dos Wes dor aos INDICE SIGLAS E ABREVIATURAS . OBRAS DOAUTOR .... DEDICATORIA AGRADECIMENTOS .. PREFACIO CAPITULO 1 O que é Direlto do Trabalho sun D.Inerod go 2. Conceito de Direito do Trabalh 3, O objecto da Direito do Trabalho 4, Ambite do Direito do Trabalho 3, Autonomia do Direito do‘Trabalho CAPITULO Génese do Dieito do Trabalho ¢ Resenha Hist6rice do Direlto do Trabalho Mogambicane .. 4. Genese do Direito do Trabalho 2.0 Dieito Romano 3. O Direito Intermédio: Coxporativismo oon SH 4. Rewolugio Industeial: A questio social 53 5.0 Diseito do Trabalho do “Estado Novo" 58 6. Resenha Histérica do Dircito do Trabalho Mogambicaao 56 6.1. Gencraidades soe . 56 £2. De 1975 Posndependencia até 2007 fora aprovsgo ds . 38 Actual Lei do Trabalho). . CAPITULO I Fontes de Direite co Trabatho.. 4. Genoralidadss.. 2. Fontes externas ou fontes internacional 3, Fontes interns sun 3.1. A Constituigfo da Repablica 3.2. Leis Ordinstas ; 3.3, Deeretos-Leis e Decretos 3.4, Usos ¢ Costurnts Laborais new 3.5. Cages de bea Condorne Regulamcntos Internos de Tesalho 84 3.6, juriepradéncia ¢ Doutiina ennsoneninene BS 3.7, Fontes Prépeias ou especies rannene 4, Hierasquia das fontes de Direito do Trabalho 5. Tnterpretago e inegsagio das lacunas no Diteito do Trabatho .... 94 B.L. Gemeralidad snonen . . 94 5.2. Incerpretagio 96 5.3. Antegragao 9 5.4.0 principio do fener latoratoris ss 100 103 5.5. Estant firwordaboratoris xn crise? CAPITULO IV. Principios Fundamentais do Direlte do Trabalho. 1. Generalidades 103 104 2. Principio da fiberdade . 3, Principio do diveto wo trabalho 305 4, Principio da igualdade . 106, 5. Principio da redusibiidade da cermuncragia 107 6, Prine‘pio do tratamento mais favorivel ao tabalhador (fever faboratorit) vn 7. Péinetpo da indinponibildade dos dito dos ebahadoree 8. Principio da imperatividuce das normas do Diseito do trabalho ... 111 9. Principio da liberdade sindieal seve 112 CAPITULO W Natureza Juridica do Direito do Trabalho: see 113, 1. Gencralidades sos os se 113 2. © Dircito do Trabalho & Publico au Privado? . 116, CAPITULO VI O Contrato de TeEbAINO nanan 123 1. Conceito do contrato de trabalho 124 2. Blementas do Contato de Trabalho 125 Deh, Generalidades oe cnnonnnen oo 125 2.2, Prestacio de uma setividade .... 125 2.3. A remunerasio 127 2.4 Subordinagio Juridica vo 128 129 130 130 132 132 132 2133, 134 ve 135) 3. Caracecisticas do Contrato de Trabalho 3.1, Nogecia jurideo obrigacional.. 3.2. Negicto juridico bie ou 3.3, Negécio juriico sinalganitico, 3.4. Negécio furidico comurative 5.5, Negécto juridico de execugie continuada . 3.6, Negicio juridico fueuiee personae 3.7. Negécto juridico onereso .. . 3.8. Negécio juice tipico« naminado 439, Negicio juridico consensual ox n30 Sole 3.10, Negétiojuridico de diteto privade ~~ | Disinglo entre 0 conerato de trabalho € figuras ans 4.1, Generalidedes 42, Distingio entre 0 conte de Segoe — |4o.1, Breve ann dos tragos distntvos entre contsato de eabstho te contrato de prestagdo de SerigDs ne sens 40 443, Dingopto entre 0 contrate de tabafho e contrate de mando» 4 ey pratt ents o conrad srablio «comet de depésito = UAB We Dusingdoenteo contzato de mabalho © contato de empreitads 4 ate de eabalho e 0 conisazo de prestas8o 5, Cento de dstingdo ene 0 contato de trabalho ¢0 contrat de prestagio de servigos 5.1, Método tipolégico 5.2. Método indiciazio 5.2.1. ladicios internos 5.2.2, Indicios exteraes 145 186 46 CAPITULO VIE sityeeSo [uridica de trabalho ou relagdo Juridica ce trabelhe 1. Generalidade8 one 12. Relagao individual de trabalho 3, Sujeltos da celagdo individual de tabelho 3:1. Generalidades 53.2. Empregad San, Conca deempeegador« 3.2.2. Empresa 3.2.3, Tipos de empress » 33. Trabalhador a 33.1, Conceita de tabalador 33.2. Categoria do taBalhador 3.3.2. Conctite -nnunnn "9; Pesan di relagio juried de trabho 3.3.2.2. Gacantia da manutensio da cag do trabalhador .n 163 3.3.23. AlteragBes na cat2g0tid wrnne 3.3.2.4, Antiguidade do trabalhador 3.4, Tipos de tabathadores 3.4.1. Trabalhador portador de deficitacia 3.42, Teabalhador essudante 3.43. Trabalhador estrangeico CAPITULO WHE Fornagao do contrato de trabalho 1. Generatidades 2. Pressupostos do contrato de wabalho 2.1, Capacidade juciiea para celebrar contrstos 12.2, Tdoreidade do objecto 23. A declaragio negocial 3, Contino de tabalho de adesto ‘ Consrato promessa de trabalho 4A Qgal € 0 objecto do contrato yomesa? 4.2. Formagho do contrato promesse 5, Forme do coatrato de trabalho. 6, Tevalidade do contrato de trabalho 6.1, Convalidasio conceatual . 7. Beside probatero 7.1. Nogio de periodo proba 7.2, Rerlagio ou exclusi do perfoda 5 probatéio 73, Contagem e duragto do pesiedo probatirio 73.1. Contagem do periado probasscio 7.3.2. Dueagio do periodo probatério 8, Dendneia do contrato de trabalho na periode probatér 9.4, Generalidades . 223 9.2. Conceito de presungio da rolagio juitica de wabalho 230 10. Duragio do contrto de trabalho 30.1. Contato por tempo indeterminsado 10.2. Elements aidentais do negécio jurdien 10.3. Contrato de trabalho a peazo 10.3.1, Contato de trabalho 2 prazo certo 10.32. Renovagio do contrat a pro corto 1033. Contiate de trabalho a prazo incert@we-- 410.3.3.1. Dentincia do conteato de trabalho a pruza incerto .. 1236 248, 231 CAPITULO IX Contratos dé trabaino com regimes especiais: ne 258, 285 262 1, Generaldades nm 1.3. Trabalho doméstico SLI: Capeciadejuiica para ebro contrat de trabalho AaAREHIED roe 1.2. Trabalho desportive ane an 1.2.4, Contato de trabalho desportiv0 nom an 1.2.2, Capacidade para celebrar 0 contrato de trabalho desportivo 273 3.23. Duragio do conorato de trabalho despostive 128 1.24. Contrato de formagio desporiva m7 1.2.5. Capacidade par celebrar 0 contrato de Formagio desportiva 278 1.3, Contsato de trabalho prostituctonal seven 380 1.4, Teletrabratho 268 CAPITULO X (0s direitos de personafidade na Legislagao labora. 1. Nogéo de diteitos de personalidad 2. Consageaeio dos direitos de pestonalidade na Covstcugao da Replica de Mogambigue . 1 308 43. Oe ints de personaidade no Codigo Cv 4.Os direitos de personslidade na legislagio labora -rwennnee 310 CAPITULO XI Direltos dos trabalhadores vivendo com HIV/SIDA em Mogambique on B24 1, Generalidades ... 2 Direts do wabatnadorvivendo com HIV/SIDA 3. Principio da igualdade . 4, Dieito a privacidade ¢ confidencialidade.. 5. Diceito a assistencie médica e medicamentosa 6, Despedimento sem jasta causa 7.Sangdes CAPITULO XII Direltos ¢ deveres das partes 1, Generalidades .. 2. Direitos do empregador 3. Direitos de trabalhador 4.05 Deveres do trabalitador 41. Dever de pontualidade ... 4.2. Dover de assiduidade .. 4.3, Dever de urbanidad 4.4, Dever de obediéncia 45. Dover de siglo 4.6, Dever de custédia 47. Dever de lealdade CAPITULO XH O local de trabsino .. 1. Generaidades 351 2, Conceit de local de trabalho wenn 352 2.1. Principio da inaraobilidadk ... 2.2. Determinagio do local de trabalho 3. Modificasio do contrato de trabalho 4. Mobilidade geogrifica do empregador .. 4.1-Transferéncia do trabalhador sno CAPATULO XIV (0 Tempo de trabalho 1. Generalidades .. 2, Conceito de tempo de trabalho . 3. Periodo normal de trabalho 4 Limite do peiodo normale tabalho 5. Horieia de tfabelbo nnn 6. Trabalho excepcional 7. Trabalho extrzonlindsio 8. Limites da duragio do wabalho extraordinatio: sesseee 382 CAPITULO XV Direito ao Repouso: ~ 385 4, Consideragces gers. 2. Descanso diario 3. Descanso semanst .. 4, eriados.. 5. Diteito & ferias 5.4. Darago do period de fie 6. Faltas a 6.1, Bicitos das fas e auséneies justificadas. 6.1. Efeitos das falas e avséncia injusiicadas CAPITULO XVI Aremuneragio ... 1. Generalidadts ... 2. Comecsito de re:9une49580 sence 2.2, Casnciertticas da rermuneragio DAL. Regulridade eon 2.1.2. Periocicidade 2.1.3, Patrimonizlidade 3. Descontos na remuneragio 4, Tatela de remuneragto on 5. Principio da iereduibilidade da remuneragd0 .n 6, Preserigho de dizcitos emerpentes do contrato de trabatho CAPITULO XVII ‘Os Poderes do empregadar 1 Generalidades 2, Poses diectino - 2.1 Os nts dior jrdica do tabalhador 3, Poder zegulamentar 4, Poder dsciplinas 5, Processo disciplinar . CAPITULO XVIII Principios Gerais do Processo Disciplinat 1, Generalidades 2, Prnefpio da inciativa do empregadar 3. Principio da opornunidade .. 4. Principio do acusat6rio 5. Principio do contraditério 6, Principio da suficiéneia 7. Principio da economia processual 8. Principio im dubia pro reo CAPITULO XIX Formas ou modes de notifiesco do wrabalhador arguide sobre © Processo Disciplinar .. 1, Generalidades 2, Nosiicagio pessoal 5. Notiicagio edit CAPITULO XX Fases do Processo Disciplinar 1. Generaidades one se sn 2. Inicio do processo disciplinar 466 3, Procasso do inguérito 4, Fase de seusagio 5. Base de detesa non 5.1. Parecer do sindicato . 6, Fase da decisto 6.1. Tipos de Sangics 6.2, Prob da aplcagi de das anges plo mesmo fsta 6.3.0 empregador pode ou ni fazer convalag0 wm 2, Fase de execusto de sangio disciplinar 7.4. Suspensio de execugio da sangio disciplinat soe IS CAPITULO XXI Invalidade do Processo Disciplinar 1. Genesalidades 2. Casas deinvaidade do pence dncipinar 3. Innpugnagio da sergio discplinar CAPATULO XXHE Viotssitudes do Contrato de Tr2b0lN0 wuininunineerineneercenn 5S 1. Generalidades au “ 2. Nogio de suspensi do contrat de tbat. 3, Surpensio do contrato por motive respitante go trabslhador 4. Sespensio do eonteato por motivo tespeitante ao empregador . 5. Suspensi clo coatrato de trabalho por raituo acardo 6. Cessao de posigio contatval 7. Tranamissio da empresa ou eabelecimento 8. Cedéncia ocasional de trabalhador 9, Agéncia privada de emprego 20. Conteato de trsbalho tempariio, MM. Conteato de utiltzagso CAPITULO XI Incumprimente do cantrato de trabalho 1, Generaidades SVs 2. Cumprimento inexacto . . . a ST 3, Cummprimento retardado - senses SIT 4. Incumprimento definitiva 4:1. Incumprimentodefsitivo e mors imputives ao uubalhador $79 42. Incumprimente definitive e mora inet 0 enpreedr . 50 4.2.1. Cumprimento defeituoso .. - 4.2.2. Excepgto de nto cumprimento do contrat ‘CAPATULO XXIV Cessagao do contrato de Trabalho soe 1. Generalidades sero 589 2, Formas de cessagio do contrato de trabalho 590 2.1. Ciducidede do contrato de trabalho 591 2.2, Acoado Revogetécio 605 610 os 2.3, Denincia do contrat de tbali0 annem 2a Revisa da coat de ldo pos gules ds pate CAPITULO XXV Impugnagao da rescisdo do contrato de trabalho .. 1. Genesalidades 2 Conecio «pro pars cnpugnasto da reaceo do contrat de tibalho $50 5. Indesnntaasao por éanos aio pattimoniais na cesagio do vincule aboral snr 854 CAPITULO XXVI Higiene, Seguranga Saude dos Trabalhadores .aecew-—nnrn 668 1. Genesalidades 669 2. Bligene, seguranga © aide n0 texbatho nae ont 3, Comissies de Seguranga no trabalho 678, 4, Meio de tutela do teabalhador perante 0 ‘ampregidar 681 CAPITULO XXVH Acidentes de trabatho e Doengas Prafissionals —...a---r-m- 685, 11, Generalidades .... 2.0 Acidentes de Trabalho 2.1. Nogto de acidence de trabalho . 2.2, Dane 3 Lou de ubalho pace efor de acidente de trebatho 2.4. Tempo de trabalho para efeitos de acidente de trabalho 2.5, Nexo de causalidade : 216. Extensio do conccito de acidente de trabalho . 4. Descaracterizigio doracidemte dc trabalho 31, Prevencio de acidentes de trabalho 2.3. Dever de patipaio dos acdentes de tababo ~ 5.3, Dever de asistencia 3.4, Diteto &reparacio . 3,5. Detesminayio da capacidade residual 3.6. Indemaizagbes sn 37, Peserigto do deco &inderniagio 4. 8s Doencas profssionais “H1. Conesto de Down Profasions 4.2, Prevengo sobre dotnges profissionais 43, Dever de asssténcia BIBLIOGRAFIA .. ANEXOS sasenie SIGLAS E ABREVIATURAS AC AC. ADEMO AE al, AMPSAP APE APROSBA, APROSEX, APROSMIG AR art, BR ec ce Com cer cit. Che cr cReM CTP cpr Acordo Cotectivo Antes de Cristo Associagio dos Deficientes de Mogambique Acondo de Empresa slinea Associagio de Mutheres Profissionais do Sexo do Estado de Amapa Aggncia Privada de Emprego Associngto de Prostitutas da Bahia Associegio de Profissionais do Sexo Assosingio des Prostitutas de Minas Gents Assemblcia da Repsibtica ‘antigo Boletim da Repaiblica Caidigo Civil Contrato Colectivo Cédigo Comercial Convengie Colectiva de Trabalho citada Conferie Conerato Individual de Trabatho ‘Constiiyéo da Repiblice Popular de Morambique Cédigo do Trabalho Portugués Codigo de Processo do Teaballio lw cRM DL pUDH EGFAE INSS, ARPS Lr Ly ‘MITESS. MOZAL osm or onu op. orm PME, PR PRE PRES = Constinuigao da Repiblica de Mogarnbique = Coniederagio das Associagbes Econémicas de Mogambigue = Contraio de Trabstho Temporitio = Diploma Legislative — Declaraio Universal dos Direitos Hlumanos = Beratuto Geral dos Funcionitios © Agentes do Estado — Equipamento de Proteerio Individual = Empresa de Trabalho Temporétio = Ezequiel = Frente de Libertagio de Mogambique = Genesis - Human Immunodeficiency Virus — Virus de Imunodefcitncia Humana Instituto Nacional de Seguranga Sociat — Tnserumeatos de Regulementagio Colectiva de Teabatho — Iimposto sobre Rendirmento das Pessoas Singulares — Lei do Trabalho = Levitieo = Migacias = Ministésio do Teabetbo, Emprego e Seguranga Socal ~~ Mozambique Aluminiar = msimaero ~ Orde dos Advogados de Mogambique ~ Organizagio Internacional do Trebathe ~ Orgenizagio das Nagées Unidas = Obee — Organizagio dos ‘sabathadores Mosambicanos pligina = Pequenss Médias Empresas ~ -Presidente-do-Repablica——~ = Programa de Resbilitgio Econémica ~ Progpama de Reabilitagio Econémica ¢ Social RL RIT RJATDP. RID RLD SIDA SINECOSSE . SINTIME SNEB ‘TNL vol. 1 Regulamento laterna Regulamentos Internos de Trabalho Regime Juridica de Acidentes de Trabalho Do- cages Professionals | Regulamento de Trabalho Doméstica Requlamento da Lei de Despoxto “Acquired Immune Deficiency Syndrome or Act quired Immunodeficiency Syndcome ~ Sindromn de Lawnodeficiéncis Adguicids Sindicato Nacional dos Trabathadores de Comér- clo, Seguros e Servgos Sindicato Nacional dos Trabathadores ca Indit- ‘aia Metabigicn Sindicato Nacional de Empregados Bancirios seguintes ‘Tabela Nacional de Incapacidades Volume OBRAS DOAUTOR + Manual de Proceso Disciplinar. Escolue Bditora. Editores ¢ Livrei~ ros. Mapoto, 2021 + Manwal do Processa Disciplinar (Funedo Pablica). Escolar Eeitora, Eeditores¢ Livreiros, Maputo. 2012 + Guia Pritco de Diveto de Processn do Trabatho, BSB Printers, ent Dist Scindustia Steet, Industria, Polokwane, South Afice 2013 ARTIGOS + HIVSIDA © Direitos dos Trabalbadores em Mogambigue in . Reflexdes sobre o Dizzito do Trabalho e Seguranga Social em ‘Mogarbique e Macau, Universidade Eduardo Mondlane, Peeuldade de Diceito, Maputo, 2012. + Os diveites de personatidade na legislasdo Laboral in leteracyio entre.os dicitos Constitucionais «os direitos privados, Universidade Eduardo Mondlane. Faculdade de Diceit, Maputo, 2023 + O Proveior de Justia Mogambicano, Prato da Globaticagte. Revista ‘Honoris da Facuklade de Citncias Juridicas ¢ Politcas da Universidade ‘Gregério Semedo, Vol. I Ano 1. Lutnda, 2016. [21 “O epirite cent éenencatments wana rectifcaio dowaber, xm alarga mento dosquacas do corbecmanto. Ee juga ose pastado hore, condent-0 “A tun eteutura £0 consiénca do ses ros hires, Cientificartente, pensaste o werdadeiva cone recap Bistrea de umn longo etra, pensar expert cis como redifcai da ihséo vulgar ¢epontinga, Toda a vide imelecrual da tinea joga dalecticamente nase difeencal do cbciment, a franteira do sonbecide, A verdadeira edna da reflex écompreander que nto etinha compreendito” (Gaston Bachelard, in “O saber 2s mascaras” p. 44) Aos meus pais, Egidio Raftel Laquibo € Belarmina Nossane pela inquebrantivel ¢ imensurivel motivagio que sempre me. deram para estucar. Aos meus ismios pelo optimise aque sempre tiveram & mev respeito. DEDICATORIA A minha quesida esposs ¢ is minhas queridinhas kas, pelo tempo que semnpue Ihes privei para me dedicar a esta singela obra, jaz AGRADECIMENTOS Esta obra é resultado de um trabalho drduo, acompanhado de uma atitude de coragem, com intengio clara de contribuir wn pouco na dcea laboral, em especial na produgio de uma obra rarcadamente virede para a realidade mogambicaa Porém, nessa desenéreada aventura, no meio de tantas difculdades, em especial no encontro de alguém que pudeste criticar a obra, contei ¢om aa humilde c abnegada participagio de colegas, amigos ¢ outras pessoas Esta humilde purticipacto, seja directa ov indirect, faz.com que nia s2e manteaha indiferente, uena vez que se rata de gestodigno de louvor Endereso desde logo a minha imenca gratidao ao Prof, Doutor Luis “Menezes Leitto que accitou 6 meu pedido para prefacias esta singela obra. (Quero enderegar especial agradecimento ao Prof. Doutor Duarte da ‘Conccisio Casimiro, zegente da dscipliaa de Direito do Trabalho na Fa cealdade de Dircito de Universidade Eduardo Mondlane, como qsal, como seu Assistnte, eno aprendide bastante, Agradego em especial a Profa, Doutora Catarina Sa Gomes de Melo ‘Matos Salgado que aposar de escassez de tempo auilioa na correcgo tec sica da obra visando a sva melhoria Quero em especial agradecer ainda & Mestre Aslete Sulemane, do ceute de Diseito do Trabalho da Universidade Eduacdo Mondlane, por ter aceite 0 meu pedido pare fizer a revisto desta obea. Dngrp 9 TaABALAO(StuseOes natal de Tbe (© meu agradecimento & extensivo 29 mes colega, Mest: Abilio Diole, “Asisteate Universiticio que, dsponibilizou o seu precioso tempo pars ci- ticar 2 obra. Agradeco alnda 20 meu emigo, dr. Paulino Teofaae Langa, adrogede ¢ docente uaiversitirio, com 0 qual tenho debatido inimeras ve- 2s sobre matérias do Direito no geral Quero agradecer em especial ao Professor Joo Baptista Benjamim ‘que, coma bumildsde e amizade, abdicou o seus preciosissimo tempo para me auxiliar na revisdo linguistica desta obra. ‘Quero agradecer aos mevs amigos dr. Rambo Toms Simbe, d:. Be- nedito Matchole Cossa, d:, Bonificio Idelfonso, Celso Quissico e Jane Miloto Agostinho Dinis que nfo foram indiferentes na iniciativa e me auxiliaram na materializagio do soaho, Por itimo, enderego o mev especial agradecimente aos meus pais, Professor Egidio Rafael Laquibo ¢ Professors Belarmina Nossane, pela {orga que sempre me deram para estudar. Aos meus rms, amigos ¢ todos aqueles que de forma directa ou indicecta me auniliacara na suatetalizasao cesta singela obra, ‘© meu imensurivel agzadecimento enderego ée igual modo a Rita (Ciistsvio Cossa Chadzeqne que ro pestanejov para concribuir na mte= fializaglo deste sonho. A todos vis, Muito Obsigao Oantor 30 | PREFACIO © Dr. Baktzar Domingos Egidio, Assistente da Faculdade de Di- relto da Universidade Edoardo Mondlane, convidou-me a prefacar a sue ‘bra sobre Direitn do Trabatho. Tenho muito gosto em faxi-lo. Trata-se ce uaa obra extensa sobre o Direito Individual do Trbatho, efeetuande ‘oma andlise detalhada sobre a Lei n? 23/2007, de 1 de Agosto, a Lei Geral do Trabatho de Mogarcbique, Surgida no ambito do ensino, 2 obra procara dialogae no apenas com ‘¢doutrina mosambicana, mas também com « douteina portuguesa, contri~ Duindo assim para 0 dislogo jurldico entve os dois ordenamentos, mesmo quando jé possuem uma legislagio diferente, ‘A obra divide-se em 27 capftulos, abordando sucessivamente o Di- xeito do Trabalho, 2 sua formasio e evolucio em Mocambiqee, as fontes deste ramo de Ditito, 08 seus principios Findamentaise ¢ a sua natureza jueidica, Depois a obra debruge-se sobre 0 contiato de trabalho, snalisando a siruagdo juridica labora, a formagio do eontrato, 08 contratos de regime especial, os direitos e deveres das partes, 0 local eo terapo de trbaho, e 4 remuneragio. ‘Em seguida a obra analise os podores do empregados, eximinando ‘com grande detalhe o regime do processo disciptinar. $37 esto Do TRNBALHD (Stuecées nds de obo Sio ainda analisadss as vicissitudes do contrate de trabalho, © seu jncumprimento € @ sta cessagio, higiene, seguranga ¢ sade no trabalho teeminando a obra com o regime dos acidentes de teabalho e doensas pro~ Fesionais, A obra inclu, porém, ainda alguns casos pedticos pars melhor compreensio dos alunos, Fago votos quc oautox continue a sus produgio cicatifics,contsibuin~ do parr o deseavalvimento do Dircito do Trabalho em Mosubique Lisboa, 27 de Mio de 2016, (Prof. Dowtor Lads Mlezes Lettto} 32 | CAPITULO I O que é Direito do Trabalho 2 Covecto de Brito Trataho 5. abjate de Diva do Teale ‘CAotodo Duets soTeamahe ‘Scautonemi de erode Fabahe 1. Introdugio (Quando se comesa a estudar uma determinada érea de saber écoonum cestudance colocar a questio de saber o que éafinal de contas esta cx aque- Ia fvea, o que estuda, sudo nurna teotativa de poder ter um conhedimento _mais ou menos mis profindo. Beta natureze humana aio encontra desvio quando o estadante ou qualquer outro individuo pela primeita-vez se depare com 0 Discito do ‘Trabalho. Como tal, a primeira questio que se coloca é a de saber o que é Diecito do Trabatho. Esta questio vamos responder mais adiante. Por agora, importa referir que a presente obra, cuja base de reflexdo € cesencialmente a Lei n? 23/2007, de 1 de Agosto, em termos da sua abor- dagem, pode ser considerada como uma das humildes conteibuighes que revate 9 juslaboralismo mogambicano | 33 DRIETe 90 TRABALHO Stuarts naw’ de Taba ‘A aenualidade das matéras discutidas a pretensda de abordagem sien= ples dos conzeddos bem como o se. interese prico sto reaidades que s& vielumbram nesta obra (Os problemas que giram em tomo do Direito do Prabalbo emerger por vias bes, « em muttos casos 08 tebalhadnes constituem es vit= ras, Procarsmos neste trabalho ausiliar a cormpreender um pouco sobre a realidade labora Esta obra, que contem nfo sé a abordagem de temas de Diseito do ‘Trabalho, mas também unna dose de refiexdo € discussio sobze o Direito do ‘Trabalho na Ordem Juridica mocambicana, constitu um dos contrbutos port o conhecimento da ciéacia jus-laborel em geral ¢ da doutrina jus- “Taboral mogambicana em especial, econtem teraas ¢ exemplos elucidatives aque tornara sais simples a sua compreensi. E indiscutivel que antes da publicagio desta obra, os profissionais da fnex na maior parte das veass, recosriam em grande medida na doutrine cetrangeica, em especial na portuguesa, por agora convidamos a recorret também a esta singela contribuiso que cientes das nossas imperfeigses ou Timicagbes centifcs pensamos nio ser possivel no todo nfo extras daqui algo gee seja dtd, Com a publicacto desta obte, nto hi dividas de que criou-se espago pate cefecit, discutr ¢ difundir o Diseiso do Trabalho rmosaspbicano ¢ estima esceita sobre esta fea. Procuramos nesta obra nfo fazer reprodugio daquilo que pode ser encontrado nos diversos mannais de Direito do Trabalho, uma vez que £¢ dissingue dos outros, nfo 36 pelo facto de retratar a realidade mogambica- ‘na mas também por apresencar urna dose prétice, beam come a rllexio dos temas abordados e na sodente procurs de solugdes de questbes que a Lei do trabalho se mostra incapaz de solucionas. ‘0 método de abordagern dos temas constantes nesta obra e 0 espirito critica que ce procuraespelhar deixar claro de que se trata de uma obea que vai aualiar a todos aqueles que lidam com 0 Diseito do Trabalho, desig inadamente: docentes, advogidos, magistrados, téenicos juridiens, gestores, ‘eseudantes, eripregudores, formadores, trabalhadores, entre outs, seflec- tindo, discutindo, difundindo-o-Dizeito dorFrabathoeecarnbicane-tc3 mlando a escrita fuctos gue constiouem os objectives flerais desta obra, 34 | anaer Doningos Fede Ne elaboragio desta obra, & semelhanga do que se verificou no Ma- ual de Processo Disciplinar e Manual de Processo Disciplinar ~ Fungi Piblica, Guia Pritico de Direito de Procesto do Trabalho, obras do autor, prouura-se fazer grande esforgo no sentido de ajudar so leitor na interpre= taco de algumas pormas juridico-laborsis, bern como ne apresentacio de propostas de solusdo de varios problemas nfo sokucionades pela le, Propomo-nos assim s abordar nesta singela contebuigio vivias mna- técins elacionadas com a stuaséo individual de teabalho que enconirasn sbordagens noutras obras com s particularidade daqui ter sido feita ten do em atensio a realidade mogambicana, Oucrecsizn, a obra se ocapa em rmatérlss como reseaha histértca do Dirsito do Trabalho Mogambicano, principio fundamentais do Direito do Trabalho, contrato de trabalho des- portivo, contrate de trabalho prostitucional, eit, matérias que nio so mui- 10 comuns noutras obras, e no caso do contrato de trabalho proetitacional, combora cientes da sua sensibilidade, compleridade « seu eardcter polémi- <0 niio nos repelimoe em abordas. Nao menos importante a obea integra outros temas e entre 08 ne teatedos pela lei do trabalho hi que refer © telezrabalho © « suspensio do contrate de trabalho por milruo acordo. Hi cutras matésias ainda, como: 0s direitos de personalidad ma legit lax boral, HIVISIDA e direitos dos trabalhadores, ee. ‘De todas as consideragses cima referidas, sinda que nfo de forma soqueneisda de acordo com a estrutura da obra, bem come otras nilo ef pcificadas, mas que constituem a eealidade desta obra, izeram com que, com enotrne bilo partilhasse por entender que como doceate ¢advogado, sinda que de forma infeliz, enho algurss coisa para dizer. Espero que « publicagio ato 36 diminus a caréncia de obras de Direi~ to do'Trabalho com cunho mogambictno, mas também axxilic em grande ‘medida na compreensto e reflexio sobre « Lei do Trabalho actual, disse- rinasio do conhecimento ¢ estimulo para investigaso. | 3s DiRT Do TARBAHo Gates ncniduas de Toba 2. Conceito de Diseito do Trabalho © Direito do Trabalho, como ramo do direito, é um conjunto de nor rene que regula 0 trabalho subordinads. A palavra subordinado, no vern fo aco, um vez que © Dizeito do Trabalho nto regula todas as relagbes te trabalho, anas sim a5 de trabalho subordinato. Como se pode ver, no ‘conceito de Direito do Tzabalho nao cabem todas a8 actividades hummanas prestades pelo Homem, teadentes a produairslgo il para o Homem. Podemos coloear 2 questio de seber, s¢ a e9posa 0&0 aspoto que pre past a sefeigie para o consumo ferilir, esa actividade se enquadra no coneeito de Diseito do Trabalho. A resposta é inequivocamente negetiva, 4 esposa ov 0 esposo nito exerce 2 actividade (preparayfo di refeigic) sob sutoridade e direegio. Como se pode ver, ne Dircito do Teabalho trata-se de trabalho subordinado, a falta de subordinagto juridica ne preparacio da refeigio descaractoriza © Dircito do Trataho. Poderiamos colocara mesma questio rlativamente 20 membro Furi lier que srumma a asa, se essa actividade se enquadra no Diseito do Trabs- Sho. A resposte vai no mesmo sentido, ou sea, é negative. Segundo Jorge Leite “o Dirita do Trabaita € o conjanto das norms “jurldicas, de organs estedual ¢ comvencianah que visana regular, com vista ‘sua normalizago, az rlapesindviduaise olcivas gue tim como teu elemento nifiante edewncadeante 0 traballoessaheriade” * Sem pretendermos tirar 0 mérizo da nolo de Dieeito do Trabstho {que 0 aucor nos apresenta, julgamos que a nosao poca por defeito por nfo ‘enqusdiar o direito das condig6es de trabalho ¢ resuris-me apenas sas relagies individuaise colectivas de tcbalho. Falar de Direito do Trabalho é far dé urn complex de normas que tém como findidade disciplinar as relagbes entre empregador ¢ trabalha- dor, relagio essa cazncterizada por haves uma natareza hierirquica © per- manente no imbito ds organizaglo do trabalho, bem como a produsio ex condigio social do tabalhador, atividade esa que ¢ desenvolvida em tor- ro do contrato de mabalho. E falar ainda das relagSes colectvas de trabalho. do ditto das condigées de trabalho. Tene iageamdAwabO.s6Sa lnc Canta de habato Edges CameraEdlae. (i000 mires 36 | atazar Domingos gas ‘Chegados aqui, podemos nos questionar se, por exemnplo, actividad de prepacagio de reftisio paca consemo familias, bem como a armmegia a cass, quando com base num contrato € efectusda, pode constiuir uma setividade que se enquadea no bjecto do Dircito do Trabalho. A resposta € positiva, pois esas setividades, bom como outias, quando so efictundas cm proveito alheio havende contrato de trabalba, enquadram-st no con- ceito¢ objecto do Direito do Trabatho, Importa salientar também que tratando-se de urn samo do direito cxjo dominio é de relagio, nie entsaen ao conceito de Diseto do Trabalho, quando se trate de prestar uma actividade forgada, Por exemplo, as act vidades prestadas por um individu preso no Ambito da legislate penal ‘Como tal, « actvidade prestada dove ser livre, Portanto,o trabalador tem a faculdade de aceitar 00 negar de peestar uma cesta actvidade on profisso. A ext respsito, o art. $4, n®2 da Constituigio da Repablica (CRM) pre= coitua que “zed eidadto tem odiveito& lire exolba da profi ‘A subordinasio juriica constitu um dos elementos casencias nn de- Tinitagdo da Dieeita do Trabalho. Resta saber se os fencionérios eagentes do Estado se enquadram no conceito dado, A rsposta € negativa, por- ‘que apesae Ge aver subordinacio joridiea, 0 funciontsios e agentes de Aparctho do Estado, cujarelagio tem earzcteristicas difeceaciads, nl se enguadsam no Dircito do Trabalho, mas sim no Diteivo Adininisteutive, pestencendo assim 2 ramos de direito diferences* 3. © objecto do Direito do Trabalho Antes de falarmos especiicamente sobre 0 cbjecto do Direito do ‘Trabalho, vale refesir que 2 actividade laboral ¢ desenvolvida em rorno do {Ainge da gianpia Pov Gro de WcbncsGoindstcn. 0 ging pov slvorées an ave ticcat ice nisio © penegde ae hasene & eomuncode,Perampo.¢ of. oh Solas yt ce 2 ae telaroa, encoace ayo wn co we votes pormenil "E nao toma pena Ge asbone olor co.comurear ericoepeniae combat, cee 0 adnan eee coe onar ut dasha ou como eo 28h 3. a)eo] doled aba Ul. exeiso Seta. apieagbo do Leia koncn earch co Goda. 2a at aus 20 equgnes bor opogd0 especie se mincbet Iibeasch sobaha get nconanes Ga E003 9 "ors pacices ca paces ernee Se neque tems eipecivomerso | 37 DiseTo Do FRABRLHO(stuagba invita de Talo} ‘Bote Comingos Eg contrato de trabalho. A definigao do contzato de trabaliko bem como a A resposta é negative, A actividade que é aludid, aio & qualquer acti- sua andlise pode ausiar compreender 0 objecto do Direito do Trabelho. ‘Assim, a questio que se coloea éa de saber: © que é contrato de taballo? + Actividade subordinad's ‘O an. 18 da Lei a 23/2007, de O1 de Agosto — Lei do Trabalho + Actividade semunerada’ (LT) cstabelece que “entende-se por contrato de trabetbo 0 acerdo pelo gual : + Astividade bumans's sa psa, tabla obi pretaramaatvidade acts, mpregs- ! + Actividade prestada em benefico atheia; lin sob ateridad dito da, mediante romani i + Aetividade procutiva’s Oars 5 da Lein® 8/98, e.20 de jlho, antiga Lei do Teabatho definia ' + Actividade icc, da segainte fos: “entonde-se por contrato de trabalbo .acordo pelo qual wie + Actividede exercida de fora lize’ _pesioa, Srababhader, se obriga a prestar a sua attividade a outra peizoa, empre~ | + Actividade nao hidica. praia paren | Como se pode ves, em termos comparativos nao existem diftrenges ‘Como se pode ver, as caracteristicas da relagio que alude o azt. 18 ds substanciais nestes dois conceitos com a excepo do uso da pelavra di- | LT a subordinacio é insuficiente para determinar « exist i i videde, pelo que deve reunir certascaracteristicas. Daf que deve ser cia de relagtor de trabalho, sendo necessirio pera tal reunir certs lementas para que se cenquadrem no Ambito do art, 18 da LT. Esses elementos nfo 36 nos con- duzem a conhecer o ambito do art. 18 LT, come também aos auxiiarn na detesminaglo do abjecto do Direfto do Trabalho. Vimos que o art. 18 da LT sz refere da prestagio de actividad, raza recsfo que conste oa actual definigio do contrato de trabalho. Como tal, o artigo 18 da Lei a? 23/2007, de 01 de Agosto (actual Lei do Trabalho} conesponde a0 artigo $ dz Lei n° 08/98, de 20 de Julho (antiga Let do ‘Trabalho. (0 Codigo Civil (CO} define no sev artigo 1152° 0 contrato de tra~ batho como “aguele pelo qual uma peson se abriga, mediante retibuicdo, @ pela qual temo-la como primeira elemento. A questio que se pode colocar _prestar «sua actividade intelectual ow manual a outa pessoa sob a autoridade € ade saber quem pode prestar. ediresio desta’, ‘Assim, uma das carecteisticas & de que esta actividad deve ser pres- Unia andlise comparative do conceito dado pela Lei do Trabalho no j tada pelo Hlomem. Resta saber seestaré no émbiro do Direito do Trabalho 5 act, 18 ¢0 conceit dado pelo art, 1152° do CC Jeva-nos a condi que a ‘ se alguém for conteatado para lavear urna machambe com o recurso @ wnt difezenga reside em termos formnais, uma vez gue a Lei do Trabalho nie fara distingao entre actividade intelectual eactividade mammal, sendo certo 7h ms eG 2 Fapaper ie 6 acicoge we, cuotones « tecido do que ém ternos sabstanci 4 mesma cols, s€ no vejemos: tanto no art. SEDARIS Gr alae ntcaracey oo\pavr © SenfGode tem caro Sotomedocbo 18 da LT comonoaur, 1152° do CC pressupse a realizagio de um trabalho ‘ pagormens de raruneioeba. ps aus 9 cewidose 8 somexe one hres gro, ‘Aenarosdade so eciisase abu. proves ne wr 18 do Ulex deina.t 0 canola so entendido como prestagie. Como tal, existe urna obrigacdo ou um dever jusidico, um dus jusdico no sentido fata, tetera conte es preaneso desetice previ no 15489 CC me ver gue ae pode so gots ov snare «Dorper gs. 180 roman ¢ ete a3 eapco labor 2ge's aainidade peso & em banelio Ghee agrica que fcom de fos os echiades Tanto 0 ar, 18 da LT como 0 aet, 1152° do CC trata de uma pres ‘renedos em Senaiva pre. € 9.cor wo munér ov eo homem que Sepa eat ‘ago de facro positivo, Na verdade o trabalhador se obriga 2 realizar ow Saad crsna fort otes ov atea qe oa oy Ras caesar en prestar a actvidade acordada no contrato de trabalho, : AEBSS ote nace nanan ce darestars Norse nie Podtamos questionar se as actividades acordadas que nos referimos : “A ide oo acifeage # 6 cualsace dp scikisods que lem que se viva om face oo co que oar. 18 da Le oar 152° do CC ve eferemy, so-qurisquer———-—-— Eanes Ate coasts omen ane ein dset, actividades. ip Senza ee qos 9 toboboder ome @ nk cofedads am Emeoigaa, ce fmma 38 | | | 39 ‘REO CO TRABALHO Stusedes dram de Wensiho) boi. A sesposta €positiva, uma vex que o animal estrd a executar as rarefas sob comando hamano, senda cerco que indireetamette a sctividadle esta « ser psostada pelo Homem, Entre outeas coracteiiticas, noe referimos de que a actividade deve ser live, Abel Laureano, refore que “nie fre sentido dizer-se que 6 Direite dh Trabalho apenas regu 0 trabalba oremence pretade; gu, ma materia des asus, 0 trbatbador no tom quaiguar literdade pare contratar ox no, pit 08 Imperatives darubsstncia nd Ie di tl opel [Nao concordamos com a posiglo deste autor, uma vez que a setivia- de realizada ¢ de facto live, © facto de o trabulliador oxercer a actividade cm virtade de imperatives de subsisteacia nAo tetra o carseter livre de exercicio da actividade, uma vex que trabalhader pode celebrar ou nto © contzate de ttabatho, no sendo compelide por gué caso nfo quia. A libertiade deve ser aferida tendo era eonca a possibilidade do trabalkudor ce 1ebear oa nfo 0 nogésio, ¢ esta liberdade vetficiee no contrata de trabalho, [No que concern 0 feo da actvidace nfo ser lidica, Abel Laureano. cexclarece que "quando no dribito do Divito do Trabol, se fala de trabalho, 0 (peese lem er vistné wa actividad no lic, por tse, una actividad om st ‘mesma (como, por exempl,assstr mes cnersatografco cémlces) jamait pode ser object de wm eontato de taal. Julgemos que esta afirmayio no é verdadeira pois entendemos que sé pio pode ser objecto do contrata de trabalho se a actividade Lica nite for ‘exercida a sfulo profisional. E que, 2 actividads Iadiea porque se destina 1 produzie prazer, entreteniments ox diversfo As pessoas, nada obsta gue as cinisores da"Televso, empresa cinematogeiticn ¢teatraispossam por via do contrato de trabalso contatar deteerminads pessoa para exercer a titulo profissional a actvidade bids, ‘Assim, pode-se afirmas que a validade do contrato de trabalho depen deda obsorvncia do disposto no art, 38 da Lei do Trabalho, pressupostos tanto objectivos como subjectivos, bern como as suas exeepgées, conjugan~ do 0s artigos 280° ¢ 281°, ambos do CC, relativamente aos requisites do bjecto negocial. T[AWREAN, Abel Oreo Go Father nt tsboa 2008 6 12 {AUREANO, Abe! 09 8B. 40 | ataxay Barings Ete ‘Como tal, um conizato pode ser celebeado onde alguém se obriga 2 vender easros roubids, ow a vender drogas, ova prestar qualquer sctivida- de nao permitida por lei, mediante remtneragéo. Nao rest davidas que se trata de urn contrata, bem como que se trata de uma relacio em que, «quem se obriga eatard sob autoridade ¢ diseogio da contrapante-Trata-se de um contrato invilido nos termos do dirtito, por ser contrésio Bei, n80 sendo, portanto, um eontrato celebrado nos termos do art. 18 da LT, ume ver que o contrate de trabalho deve ser validamenteeelebrado, observando 0s pressupastor que anteriormente foram referenciados. Da leirura do conteido destes artigos, acoplando com o que fo tratado quando da questio de saber o que & 0 Dircito do ‘Trabalho, facimente se chega a se conhecer aquilo que é 6 objecto do Diseito do Tabatho. Na ver~ ade, o Dieito do Trabalho desenvolve-se em wolta do contrate de trabalho, O Direito do Trabalho, 66 se preceupa com 0 trabalho livre © em beneficio alheio, remunerado ¢ subondinado, Em guise de conclusae, po demos airmar que o ubjecto do Diteito do Tzabalho €0 trabalho, nfo todo o trabalho, mas sim regula as relagdes de naturezs privada do trabalho vee, subordinado e remunerado, Importa referiz que nem todo o srabalho live, subordinado e remu- reradlo, constitui objecto do Direito do Trabalho. Existem actividades que, rnesmo tendo estas cracteristicas, no eonsticuem objeeto do Diseito do ‘Trabalho e portanto nfo sto reguladas pela Lei do Trabalho. & caso da sctividade prestada pelos Funciondrios € agentes do Betado oa pessoas que ‘stfo ao servigo das Autarquias Locais, De facto, os Funcionsries © agen xcs do Estado e as pessoas que estio ao servigo das Autacquins Loctis so regulados por legislaglo especifica, designadamente 0 Estatuto Geral dos Fenciondsios © Agentes do Estado {EGFAE) ¢ seu Regulamento®. 4, Ambito do Direito do Trabalho ‘A abordagem do Direito do Trebatho nao pode ser feitadissocinda da ideia de um camo de Diseito delinitado. Ao falarmos do tmbito do Dizeito Boone endear veers [caw erELaSE de Eto ce apicardn dais do nebers nasi. ia biRe0 80 TAB HO tuecSesnsvduis de Tsbaho) do Trabalho queremos os zefere das fronteiras, limites ow abrangéncia do Diseito do Trabaih. © Direito do Trabalho como samo de Direito nao abrange todo o tipo ce trabalho, dat que existe « necessidade de delinitar as fronteras deste ramo de Direito. De facto existe actividades exercidas por vicias pessoas, por vezes por proissionsisliberis e de forma auténoma, guaissejam, ad- ‘vogados, engenbeitos, arquitectes, médicos,sssessores, psiosloges, ere. A. questo que se coloca é de saber sea actividade extieida por estas pessoas se Jntegra no Diteiro do Trabalho. Em terinas normais, estas actividades sio cexercidas sem subordinecio juriica dai que no se enquadzaen no Discizo do Trabalho. Porém, nada obsta a sua integragio desde que exercidas com subordinagio juries, uma vee que “e Direie do Trabadbo abvange asim apenas otrabalb dipundente, entendide no sentido de que depende da existincie de won empregador edas suas determinagéer”™, Conforme lucida foie Amado "e Dircito do Trabalho, amo do diveito rigids, em grande medida, em torna do contrat individual de trabatho, no ss coupa, na sua tarfa reguladera, de todas as formas de trabalte hermano. B abide que, enguartooftein on profiste, a trabalbo cansiste nu foaveno ex sremamente multfaceiade nas noises sciedades, mas a verdade& qu, tomands ds empritina as polooras de ANDRE GORZ, o trabalho que agai releva ¢ aguele que se analiva “nuona actividade page, realizada por conta de ure tem cia (empregatir} cons vita 3 vealiagao de fins que no foros hs prpries @ escolber,esegumndo modalidadese hordes fixados por aguele que nos aga’ Vale Azer, apanas otraballo buomano que rena certascaracterstcasvelees para ete sector do erdenamentajuridico,sendo que a nota decisiva se prende como saie= der dependents on subordinade do musmo, No seu mies essencil, 0 Dineito do ‘Traball regula uma relazto que se extabelere entre trabalbadar e empregader, unc relago marcada pelo sinalagnsa entre trabalho esaliri por fra da qual a wabathador se compromate a prestar a sun atividade de acordo com as ordens € insrugies que Ibe ero dadas tela contraparte (trabalho subsrdinado por conta ae eutrm, trabalho de sxacugia beterconformaday™. ‘(BIRD is wcras Was Ge mecaics Draioda hoboho, # hide. Amada. Cabra 2010 + FieaO. 200 eot.Ganhate de tabata. 2 slgia Comtna tre. Labo. ZI. Bo.1S-1é a2 | ‘Satana Doninea Epis Este texto mostra-nos esseneialmente nio s6 3 nogio de Direito do ‘Trabalho, mas também aquilo que constitu o objeeto de esrudo do Direito do Trabalho ¢ afsste simultancamente a actividade que ndo deixa de ser aqualificada como trabalho, mas que no se integea neste ramo de Direlto. Nito deixamas no entanto de cefetir que 0 autor nos ensina que a nota decisiva esté relacionnda com o caricter dependent: ou subosdinado do trabalho, porém conforme mais adiante se demonstraré, « subordinagio nfo pode pr em causa a autonomia técnica do tabalhador. Queremos ‘com isso izes, seo trabalhador recebe ordens instrugdes do empregador (cubordinasao juries), nfo significa que estas devem interferir aa compo- nente téenica do trabalhador. Por exemplo, nao podert o empregedor, sob ‘mapto da subordinapio, orientar ao seu trabalhador que é enfertneio, para que o mesmo dé uma injecgio 2 urn paciennte na cabera, quando nfo € 0 local apropriado. Por outro lado, 0 texto indica que 2 relagio laboral é maccada pelo sinslagma entre trabalho e salfrio. Aqui € preciso corapreender, conforme zis adiante se demonstrard, que este sinalagma nfo € peritito, Fis « ter~ ‘inologia sada pelo nesto legisledor no conesito de contrato de rabalino, preferimos usar e pslavra remuneragio ¢ ado salério conforme o sutor do texto avanga. Dai voltarmos com a ideia de que nio hi sinalagme perfeito entre 0 trnbalho a remunesagio, pois se tal exstsse significisin que 0 trzbalhador apenas reeebe quando trabathe. Mas aem sempre € assim, pols hi casos em que mesmo no exercendo a actividad, o trabalhador recebea su remuneragio, Sho os casos em que o trabalhador se encontra de frias, casos de suspensto preventiva em sede de processo disciplinar, suspenstio do cootrato de teabalho por motivo respeirante ao empregeder, inda que rexmuneragio sofra alguma redugio"®, (Ocstudo das matérias abrangidae pelo Diteito do Trabalho éde gran- de importiacia, uma ver que Faeulta « dstinglo entre 0 Direito do Traba~ ho com outras disciplines ber como 2 conexio do Direita da Trabalho com outras matécas Segunda Mauricio Delgado, na acepeio ampla ‘a area juice tra- balbite abrange, pelo renas 2 seguintes grupos de raracs judas ) Dreite ‘Si gbsanagso usieo se cadcle Thaagrtice cowwom earcteseas do cals da ‘tababs confor no adonese don arse. Semareonaamesseieethies puree 1 43 aetTo 00 TRABALHO (Sciages tne Tabet! Material de Trabatb, englobando 0 Divito individual do Trabalho 20 Diseito Cole do Tinto: 5) Direta Internacional da Trabelb; e) Direito Pitico ‘ds Trabalio, englobondo 0 Dircito Procsnal do Trabalho, 9 Dineito Adm- nitrate do Trabalio, 0 Diveite Previdencidro ¢ Avdentdvio do Trabatia « fncmente, 0 Divito Penal de Trabalb (fort econsisents densi sobre @ ‘real eistnciaantinera deste dikimo remo? © autor, na acepgio restrita do Direito do trabalho nfo integra 0 Direito Previdenciirio porque entende que se trata de relagses quer do teabalader, quer do empregador entanto que sujsivos especificas com 0 Estado/Previdencia, © autor exclu de igual modo o Direito Processual do “Trabalho porque entende que se sratade usa elago processual tlateral © angular, cutor-réu-Estado/Juie “Entende assim o autor que na acepyio restitacaberta somente © Di- tcito Material do Trabalho, onde integra o Dineite Individual do Trabatio 0 Direito Cotetivo do Trabalo.* [Nao nos identificamos com # acepgio ampla do Direito do Trebalbio nna dptica deste autor, porque entendemos que abrange vires iveasaut6= hhomas que nfo integsuin © Dirsito do Trabatho, Esta nosse posisio sect completada por exclusio de pertes quando foramos a tomar a nossa indican~ doo que consideramos como fezendo parte do ambito desta res de saber [Nao concordamos também na acepeio restrta posque peca por defeito. B cesta dtima acepyto que nos interessa, Pecx por defeito porque entends-se que e Estado detvou de ser am mero espectador das relagoes labors af «que nfo podem ser resumidas somente em relagdesindividuas ¢colectivas, ‘chamando-se outra rea que € 0 dicito das condigbes de trabalho, Segundo Palma Ramalho tridicionalmente as questoes gue se levan- tam no trabalho subordizado sto ageupadss em trés grandes grupos! “A autora entende no entanto qué a teipartigio do Direite do Trabalho como rewltado de desenvolvimento © maturagio da frex evolu, como repultado da evolvgio que ororreu no direito das condighes de trabalho, cestando o Dircito do Trabalho hodieenamente reconduzide & duss grandes reas designadamente: TTORERDS, Mauieh Galro” Cote Drei wo Favor. Jopcsbtsconvntanp/ir Tu i ne Cera 0 ds Gav ee 16'S 2 Sahn, ura eo Rx Pana. Kotoe de Dee do abate. Pare Doométca ‘Goal Padgoo facsus Ameane, Carre 2012 p31 aa | ‘satzar Durnase Elio 4} Diseito das siuagbes individusis do trabalho; 1) Diseito das situngles colectivas do trabalho. Segundo Palma Ramalho, a designasio diveito individual do traba- tho substinu-se por diteito das condighes do eabalho pox sazbes de rigor formal, dado que aquela corresponde a adjectivagio contrata individual de ‘mobalho, fcto que nfo & tecnicamente correcto visto que o contrato de trabalho comreeponde necessatiamente ume situtgio jute plurisubjeesi- ‘vse que 0 adjective individual nio fiz sentido reported ao complexo de roams que nio € nes jual e nem eolectivo”, ‘Ne perspectiva de Romano Martinez, “o Direito do Traballo reguds quatro capac relagces individuts de trabadbo (osonivaia de traballe propria~ ‘mente alta): as relagcescoletivas de srabalbe as intorosnpber do Estado wa vida eboral (0 charade direts das condigies de trabalho) o proteso de sabe ‘Qyanto e ads a evolugi do Dircite do Trabalho nio chegow 20 porto dos ts grandes grupos secem recondutidos somente a dois como Palma Ramalho se refere. O Direito das situagbes individuais do trabalho cujo ricleo essencial € o contrato de trabatho, nfo nos parece que albergs Jntervengio estatal na vida laboral ¢ mito menos o Diteito das sages colectivas de wabatho. O nosto entendimento é de que assumnis que direi~ to do Trebalho tecondva-se a duas grandes reés designadamente, Direito das sitagies individuais do trabalho © Dircito das situagdes colactivas do trabalho é deisa: de ldo 2 intewvengdo do Estadio aa vide Iaboral Nio concotdamos de igual modo com Romano Martine quindo Jntegrao procesto do uabalha no Ambito do Dizeito do Trabatho. E que, o proceso do trabalho ou processo labora, seguade Lopes Cardoso € "a sequin de actor dectinados a fate composisao de im eufite de intereses litigin)privados,relativosadisiplina do trabalio ou com ee omens, mediante a intervengto de rn dra imparcal de auterideds, o tribunal ™, aqui se depreencle que 0 processo do trabalho se integra no Direito de Procesio do Trabalho, que é um ramo de direto publica, com objecto préprio e goza de autonomiz dogmitics, oat EIeRRingt ecto Rerun freta do taboo. $60. thrate Aad Cnt 7013 9-4) =\SSagio Se esr ean Pome co ache Imo ea 16 | 45 | i DIRET9 0a TRABALHO Sagas nas de obo “Tal como sucede outras éress de saber em que ha bipastigao entre dizeto substantive ¢ diceito adjectivo no podendlo por exemplo o Dizeito de Procesto Civil estar incoxporeda no Direito Civil, o Direito de Prosesso Penal ni estando inserido no Diseito Criminal, Discita de Processo do ‘Trabalho ou o processo do trabalho ao pode fazer parte do ambite do Diseito do Trabalho. elas sages acia apontadas ainda que nao de forma exaustiva julgamos gue Direito do Trabalho ext deimitado, pos isso regula as seguintesfacas: 2) Situagdes individuais de trabalho: 1) Situagées colectivas de trabalho, ¢ 1) Direito des condicées de trabalho. 5. Autonomia do Dircito do Trabalho Ha que colocar a questi de, se 0 Direito do Tesbalho como discipli- 1a jute ¢ ou no discipline autéaoma, Pasa aferirmos essa questi, devemos fazer 8 sus andlie reconrendo & tr8s eitéios: 1, Caétio da antonomia legislativa, 2. Critéio pedagégico on didéctico; ¢ 3. Critéio cienttfco ou substanctal 1. Segunde 0 primeito citéro, haverd zutonomis se, em sede Segal, 0 Direito do Trabalho eneontrar-se inseride fendementalmente no mesmo diploma legal. Ora, 0 Direito do Teabatho sera cegras disperses™, porém cesta disperse utentos a ligarto esteita dessasdisposigeslegais, no 703- tam dividas de que o Direito do Trabalho tern autonomia legislative 2. De acord com o segundo eritéro, verifica-se autonomia, sempre que se esiver perente uma disciplina de estudo peculiar ¢ ela reine subs- "Deemer shai co 1 do ges fooa © tagurrons oe eens € NESTING tac ctenanc amano tamenrenoDeew ort smhasdest= — — Seagate, augesta cnogulanentocoravorimonssaxedmenorgoleoGerscaa Se ctcia do nononchaede Bangers ec onqvackorscnetoaneetasfnrasno Otero Selatan, 46 | otocarComage Es sfocia suficiente para ser leccionada ou ensinada. Ora, o Diseito d» Traba~ Tho, reine esta substincia, de tal forma que actwalmente, consttul uma das isciplinasinseridas nos cursos de licenciatura em Direito nas Univessida~ dese Tastiruros Supeiaces 3. Segundo o tereeiro critério, para que exista autonontia cientifca ume determinada disciplin, é que = mesma tenha objecto de cesrudo ¢ elementos comuns que formam uma unidade dogmitica. O Di- reito do Trabalho ao é apenas um mero campo normasive do Dieito privado, mas sim um camo de Direito Privado cientiticamente autSnomo, ‘ura ramo de Direito que se subordina a principios proprios e homogéneos ue permitem une truramento sistematica auténomo distints das outras disciplines jurdicas. ‘Em guisa de conchusio, & inquestionsvel 2 autonomia do Direito do ‘Trabalho, uma vez que esta disciplina resine todos os elementos para que seja considerada ume disciplina auténoma, No entunto, ¢ Direito do T'ra- batho nto pode ser visto como um compartimento estangue, mas sim corao um disciplina interdisciptinar, no sentido de que te reaciona com outras isciplinas, pelo que € natural que tenha selagbes com outras disciptinas, como € 0 caso do Direito Constitucion:!, Direto Civil, sem pér em causa 4 sus autonomiat, A autoromia do Direito do Trabalho é posigéo assente aa doutrina. ‘Autores como Romano Martine entende que “a atonomia do dreito do srabalbo adv de abudidaexpecifiidade, send pois imprescindbvel sea estade integrado nos pardmetes da dirito civil em especial do diet des obvigartes. Para alin dst, bb ter em conta que « eutovomia desta diciplina, mor- mente do ponte de vista didtcica, tambéne se Basia na complecidade do seu abject”. De fast. @ Giipina de Duce de TobaPe 6 leeconada no: Unvarsades, em cape Re cue Dn, come fv core oa Winerdsoce Eastas uamone. nee 6 deep {agen reas a ane Se Bret mo Caro Bue = & crs be Desc oo Petar ie Vrventtoes Se Teck de eccmetave ones io arcane rusia no one oo Cae Ge Gre Umer Mut once carina eerste Barwin cute de > Epvecto ter grsante as que tence om contac usdade do tute ce nou oto. 0 ene cle eqs! amo de Dato. dnalutnane cvs Bacaveat ce Segue atten do taahe nba esratul senna cicapete, : ss PMARINEL Peto Rome. Srelo de Rotaho © esse tagbes Anas, Cree Ar 2, TRA expeticlode uaaa pet auto. pore do aio de que © Sag So hasane #6 “ane fos ue seauincle ce 0% do aber quolnis sta lokeecea sekaude Ce | 47

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