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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
▪ Módulo 28 - Instrumentação
O Auxiliar Veterinário é o profissional responsável por cuidar dos animais mediante instruções do
veterinário.
Ele realiza aplicações de medicamentos, cuida da instrumentação cirúrgica, auxilia nas cirurgias
quando requisitado, acalma os cães ou gatos, preparar banho e tosa, administra corretamente as
mercadorias e sempre mantém o controle para reposição das mesmas
Cuida da higiene, trata das maternidades, verifica se as instalações estão corretas, observa o
comportamento das mães e crias, cuida de sua higiene e nutrição, presta os primeiros auxílios,
como corte de unhas, limpeza da glândula adrenal, limpeza do ouvido e tricotomia, raspagem de
pelo para cirurgia ou acesso venoso.
• Ética
No conjunto de regras de conduta ética do Auxiliar de Veterinária inclui-se nunca se passar por um
veterinário, jamais prescrever medicações, não diagnosticar e nunca realizar atendimentos em
domicílio sem o acompanhamento do veterinário responsável.
• Capacidade de Comunicação;
▪ Concentração;
▪ Decisão;
▪ Higiênico;
▪ Integro;
▪ Honesto;
▪ Dedicado;
▪ Caprichoso;
▪ Amar os animais;
▪ Pontual;
▪ Responsável;
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Módulo 2 - Bem estar , comportamento animal e raças
Introdução
Animais estão presentes na vida cotidiana do homem há 12.000 anos, quando começaram a ser
domesticados, fornecendo alimentos, agasalho, trabalho, proteção e companhia. O cão tem se
associado com o homem há mais tempo que qualquer outro animal doméstico e seu processo de
domesticação foi um fator importante no desenvolvimento da sociedade humana. Principalmente a
partir do século XX, os cães são usados para preencher mais necessidades humanas que
qualquer outra espécie doméstica e, por isso, é crescente a preocupação da sociedade em
oferecer um bem-estar de grau bom pleno para essa espécie.
A definição mais aceita de bem-estar animal é a de um completo estado de saúde física e mental,
em que o animal se encontra em harmonia com seu meio ambiente. Em 1993, na Inglaterra, o
Comitê de bem-estar de Animais de Produção definiu as cinco liberdades para a avaliação do
bem-estar animal.
Elas são: Liberdade nutricional, Liberdade sanitária, Liberdade comportamental, Liberdade
psicológica e Liberdade ambiental. A implementação das cinco liberdades vem ao encontro da
ideologia de uma grande parte dos médicos veterinários brasileiros
Refere-se a uma boa ou satisfatória qualidade de vida que envolve aspectos como saúde,
felicidade e longevidade.
De acordo com Barry Hughes (1976) “ Bem estar animal se refere a um estado de competa saúde
física e mental, em que o animal está em harmonia com ambiente em que habita “
Boa Saúde
Não sofrimento
Direito a vida
Direito a liberdade
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Estado afetivo dos animais (sentimentos ou emoções) são elementos chaves na definição de
qualidade de vida.
Boas condições de bem estar requer: conforto, livre de dor prolongada ou intensa, de medo, fome,
sede e outros estados não prazerosos.
2. Funcionamento biológico
Crescimento e reproduções normais, livre de doenças, injúrias, má nutrição e anormalidades
fisiológicas e comportamentais.
3. Vida Natural
Ênfase na história/vida natural do animal
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O s
Comportamento Animal
Cães: Os cães são animais predadores que vivem em grupos familiares extensos, possuindo uma
complexa organização social.
Gatos: Os gatos, por sua vez, são predadores de comportamento solitário, de natureza defensiva
e principalmente territorialista. Animais da espécie felina utilizam métodos visuais e vocais na
tentativa de evitar confronto físico.
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Nos últimos 25 anos, tem se tornado comum para os veterinários ver os animais apresentando
problemas comportamentais. Em parte, isso reflete a mudança no papel do cachorro na
sociedade, de um habitante do quintal para um membro da família. Os proprietários podem não
saber qual é o comportamento animal normal ou podem ter expectativas irreais do seu animal,
pois não observam os aspectos universais dos comportamentos dos cães e gatos.
Não existem raças agressivas. Existem raças que criaram má fama devido a acidentes, como Pit
Bull, Rottweiler, Fila Brasileiro, Pastor Alemão, Doberman ou Mastim Napolitano. Na verdade,
qualquer raça pode tornar- se agressiva. Essa característica depende de vários fatores, como o
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entorno social, vínculo com pessoas, estado sanitário, comportamento aprendido e bem-estar
animal. As raças mais conhecidas pela característica de guarda possuem maior potencialidade
para possessividade, territoriedade e dominância. Tais características combinadas com o tamanho
e a força do cão podem se tornar um grande risco para as pessoas se esses animais não forem
socializados e tratados adequadamente desde filhotes. A mídia tem enfatizado a ideia de que
certas raças de cães são de natureza violenta e representam perigo para as pessoas.
"Qualquer raça pode tornar-se agressiva. Essa característica depende de vários fatores, como o
entorno social, vínculo com pessoas, estado sanitário, comportamento aprendido e bem-estar
animal."
Antropomorfismo, o que é?
Um animal doméstico sofre todas as influências do ser humano e essa situação pode afetar não
só a saúde, mas também o seu comportamento, em que passa a ser um total dependente do
homem, interferindo nos relacionamentos familiares e pessoais.
A domesticação de cães e gatos remonta a mais de 10 mil anos, quando esses animais passaram
a consumir dietas similares às de seus proprietários, alimentando-se de suas sobras. Esse tipo de
alimentação fez surgir nesses animais problemas de saúde similares aos dos humanos, como
doenças cardíacas, obesidade, diabete, doenças hepáticas, doenças renais e câncer, que na
natureza não eram observadas anteriormente. Os animais domésticos têm necessidades
nutricionais e preferências alimentares diferentes das do homem. Não há dúvidas de que o
antropomorfismo alimentar interfere na saúde do animal, mas esses problemas de inadequação
nutricional só são percebidos no longo prazo. A inadequação nutricional normalmente se
apresenta na forma de dermatites alérgicas, obesidade, pressão arterial alterada, entre outras
enfermidades.
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Outro tipo de antropomorfismo que virou mania entre os proprietários é o antropomorfismo social.
Esse tipo de antropomorfismo não se deve confundir com cuidados sanitários, clínicos,
nutricionais, alimentares, cirúrgicos e que promovam o bem-estar pleno do animal, que se fazem
necessários aos animais domésticos, com os excessos, como unhas postiças, óculos e carrinhos
de bebe que alguns proprietários fazem uso em seus animais. Os animais domésticos se
comunicam através do corpo e de vocalizações, expressando dessa maneira seu comportamento.
Quando o cão é inserido no ambiente familiar, ele se vê como parte de uma matilha. Entretanto,
com o antropomorfismo, pessoas associam atitudes animais com posturas humanas. Assim,
comportamentos normais podem resultar em problemas como maus tratos, abandono e bem-estar
animal ruim.
Considerações finais
Obs: Todas as informações aqui obtidas são usadas como base para o estudo mais
aprofundado além do conteúdo passado durante as aulas teóricas e os livros
recomendados.
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Raças de Cães
Aqueles que sustentam a tese segundo a qual o atual cachorro doméstico descende de uma única
espécie primitiva, apontam como causa da diversificação as mutações naturais, a ação de fatores
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ambientais, climáticos e reprodutivos, assim como a domesticação, isto é, a intervenção do
homem que, através dos tempos trabalhou para obter a fixação das diferentes características
físicas e psíquicas, apropriadas para satisfazer distintos interesses de trabalho ou esportivos.
Todas estas causas atuando juntas ou separadas, teriam contribuido para explicar a diversidade
das raças e também se descendem, como outros sugerem, de vários progenitores.
Com o passar do tempo, os cachorros assumiram papéis cada vez mais específicos na vida do
homem: especializaram-se em diversos sistemas de caça, guarda e pastoreio de rebanhos, tração
de trenós, e ainda em atividades de combate contra outros animais. Podemos considerar que há
nos dias de hoje, cerca de trezentas diferentes raças de cachorros que são reconhecidas
internacionalmente, além de outras tantas raças de cães mais novas, que já obtiveram um registro
provisório nas associações cinófilas. As raças de cachorros estão dividas em 11 grupos caninos:
Grupo 1 - São os cães pastores e boiadeiros. Não é difícil imaginar que, ainda em tempos
remotos os pastores sentiram a necessidade de proteger os seus rebanhos, tanto dos ataques de
animais selvagens, quanto do próprio homem, e que pensaram em solucionar estes problemas
recorrendo aos cães, que provavelmente já eram utilizados na caça e proteção de propriedades.
Era necessário, porém, que estes cães pastores apresentassem um tipo físico específico.
Deveriam ser fortes e velozes, particularmente resistentes às intempéries e longas caminhadas, e
que tivessem uma pelagem clara, para que pudessem ser facilmente identificados em meio ao
rebanho, mesmo à noite. Graças à excepcional inteligência, vigor físico e notável resistência, os
cães pastores e boiadeiros de hoje exercem ainda inúmeras outras funções além de suas tarefas
tradicionais. Ex: Pastor Alemão, Border Collie, Bouvier de Flandres entre outros.
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Grupo 2 - Cães de Guarda, Trabalho e Utilidade. Na verdade, neste segundo grupo das raças
caninas, a Cinofilia internacional procurou reunir sobretudo aquelas que cumprem
tradicionalmente as funções de cão de guarda e defesa desde tempos distantes, e também as
chamadas raças de utilidade, isto é, os cães trabalhadores, que exercem com boa aptidão
diversas atividades que auxiliam o homem. Fazem parte deste grupo canino as raças que
participam nas exposições das chamadas "provas de trabalho" e que são classificadas pelos
aspectos físicos e psíquicos requeridos pelos respectivos padrões. Ex: São bernardo, Mastiff,
Bulldog, Dogue Alemão, Sharpei entre outros.
Grupo 3 - Por serem pequenos, resistentes e, portanto, fáceis de se manter, além de serem úteis
nas diversas atividades de caça de toca, os cães terriers eram, em tempos não tão distantes,
criados principalmente por pessoas de poucos recursos.Os Terriers modernos são às vezes muito
diferentes dos seus rústicos antepassados.
A popularidade que obteve uma ou outra raça, muitas vezes não dava tanta importância às suas
habilidades como caçadores do que à beleza da pelagem e demais caprichos da moda, como cor,
posição das orelhas e da cauda, etc. Mas apesar destes caprichos humanos, um verdadeiro cão
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terrier, de qualquer raça que seja, possui as mesmas qualidades físicas e psíquicas que os
tornaram populares há quase 2 mil anos. Ex: Fox Terrier, Cairn Terrier, Terrier Brasileiro e
o Yorkshire Terrier entre putros.
Grupo 4 - O quarto grupo das classificações das raças de cachorros reune os três tipos de
bassets alemães, conhecidos como "Dachshund" ou "Teckel". Embora sejam considerados raças
independentes, possuem um único padrão oficial.
Originalmente os Dachshunds são conhecidos como cães de toca por natureza. Devido ao
apurado olfato e seus dotes físicos, desempenham as funções de caça de toca com extrema
aptidão. Apesar de conhecermos os Dachshunds como afetuosos e inteligentes cães de
companhia, na Alemanha e na Inglaterra, ainda hoje, são utilizados para caçar animais de toca. A
característica física mais marcante dos dachshunds, é a visível desproporção entre o corpo
alongado e os membros curtos, típicos dos bassets alemães. Destacam-se ainda pelo
apuradíssimo olfato, que lhes permitem seguir a mais tênue das pistas. Ex: Dachshunds.
Grupo 5 - Em geral são raças de cães muito resistentes ao frio e a longas caminhadas, e também
muito fortes, como por exemplo o Akita, o Husky Siberiano e o Malamute do Alaska, capazes de
executarem trabalhos de tração, pastoreio e até guarda e rebanhos.Estes cães adaptam-se
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melhor em climas frios, amam a baixa temperatura e são aptos a se locomoverem com facilidade
na neve. Os cães do quinto grupo das classificações das raças são em geral muito dóceis,
sociáveis e não gostam de viver sozinhos, preferindo sempre a vida em matilha. Apesar de
inteligentes, são cães considerados independentes e por vezes um pouco teimosos, mais
indicados para proprietários experientes. Ex: Spitz alemão, Lulu da pomerânea, Akita, Husky
siberiano entre outros.
Grupo 6 - O sexto grupo das classificações das raças caninas reune os sabujos e os cães
farejadores. Estes cães apresentam excepcional resistência física, além de inigualável olfato e
capacidade de perseguição.Mais do que qualquer outro cão, os sabujos conservaram o instinto
para o trabalho coletivo, isto é, em matilha, típico, ainda hoje de muitos canídeos selvagens.
Enquanto outras raças acenturam a individualidade, muitas vezes em prezuizo de seus instintos
gregários, os sabujos e farejadores manifestaram específicas condições psíquicas que lhes
tornam mais fácil a convivência entre os seus semelhantes. Embora estes cães farejadores sejam
considerados ainda hoje especializados nas funções de caça, muitas das raças deste grupo
tornaram-se ao longo do tempo capazes de desempenhar outras funções. O Bloodhound por
exemplo é utilizado com sucesso como cão policial, enquanto outras raças deste grupo como
o Beagle e o Basset Hound são considerados maravilhosos cães de companhia. Ex: Beagle,
Dálmata entre outros.
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Grupo 7 - Os cães de mostra, ou cães apontadores foram desenvolvidos com o a intenção de se
criar um cão apto a auxilar o caçador na chamada caça moderna, ou seja, a atividade de caça
com a presença de armas de fogo.
O cão apontador pode ser definido como aquele que é capaz de mostrar ao caçador quando
adverte a presença da presa, isto depois de haver explorado atentamente o terreno, seja muito
extenso ou pouco vasto. Percebendo a presença da presa, este tipo de cão permanece imóvel
como uma estátua, tensionando cada músculo do corpo, demonstrando sua total atenção, com a
cauda vibrante e apontando com o focinho em direção a presa.Dentre as raças mais conhecidas
no grupo dos cães apontadores estão os setters e os pointers, raças pertencentes a seção dos
pointers e setters britânicos e irlandeses.
Grupo 8 - Algumas das raças deste grupo, o oitavo das classificações caninas, figuram entre as
mais populares em todo o mundo. Originalmente, os retrievers, ou recuperadores de caça, são os
cães responsáveis em buscar a presa abatida e trazê-la ao caçador. Os levantadores de caça são
aqueles cães que também desempenham a função de espantar a presa para que possa ser
avistada à distância. Devido à notável facilidade de adestramento e ao excelente faro, algumas
destas raças de cães retrievers, levantadores e cães d'água, como o Golden Retriever,
o Labrador, entre outras, são utilizadas nos dias de hoje em importantes funções, como cães guia,
farejadores e cães de salvamento.
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Grupo 9 - Os cães que pertencentes a esse grupo são cães de companhia como o Bichon Frisé,
o Chihuahua, o Shih Tzu e o Cristado chinês, Poodle entre outros.
Grupo 10 - O nome Lebrél deriva de "lebre", e foi atribuído a este tipo de cão, talvez por serem
grandes velocistas, assim como o pequeno animal silvetre, ou talvez porque a caça à lebre tenha
sido uma das funções que no passado eram confiadas a muitos cães deste tipo.todos os lebreis
apresentam as mesmas características físicas. Com aparência elegante, focinho comprido e
afilado, patas longas, peito estreito e profundo, músculos fortes, além de excepcional visão, os
lebréis são verdadeiras máquinas de corrida.
Os lebreis são apreciados hoje em dia principalmente como cães de companhia e de luxo, embora
algumas raças deste grupo continuem sendo utilizadas para funções de caça, corrida e ainda
outras atividades esportivas. Ex: Whippet, Borzoi entre outros.
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Grupo 11 - Estas são as raças de cães que não são reconhecidas internacionalmente (sistema
FCI), mas podem obter o registro no Brasil. Ex: Bulldog Campeiro, American Pit bull Terrier.
EXERCÍCIO
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2) Cite quais são considerados as posturas ou sinais de agressividade para um ataque iminente
de um cães ou gatos.
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3) É importante observar que os animais apresentam características comportamentais próprias de
sua espécie e isso auxilia os animais a satisfazerem as suas necessidades biológicas. Cite as
necessidades das espécies citadas durante a aula.
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4) Quais são os indícios e os sinais fisiológicos e comportamentais que um animal com bem-estar
pobre, poderá apresentar?
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5) Dos Grupos de Raças de cães citados acima, cite um exemplar de cada grupo e sua principal
característica.
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Módulo 3 - Zoonoses , EPI e EPC
TEÓRICO
1) EPI e EPC
2) Zoonoses
2.1) Raiva
2.2) Leptospírose
2.6) Toxoplasmose
2.7) Esporotricose
TEÓRICO
PRÁTICA
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EPI e EPC
ZOONOSES
São doenças transmitidas do animais para os homens, o agente causador podem ser
diversos como fungos, bactérias, vírus, helmintos e rickettisia.
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RAIVA
SINTOMAS NO CÃO:
SINTOMAS NO HOMEM:
Na fase de paralisia há uma extrema sensibilidade à luz, por haver midríase, ao som e ao
vento, além do aumento da salivação. Com a evolução da doença, há espasmos nos músculos da
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deglutição e quadro de hidrofobia, onde a pessoa afetada se recusa a engolir a sua própria saliva.
Pode-se também observar espasmos dos músculos respiratórios, delírio e convulsões
generalizadas.
A enfermidade dura de 2 a 6 dias ou mais e, de modo invariável, termina com a morte. Não
havendo tratamento.
CONTROLE:
LEPTOSPIROSE
TRANSMISSÃO:
A infecção do homem e de outros animais se produz por via direta ou indireta através da
pele e das mucosas nasal, bucal ou conjuntival. A via mais comum é a indireta, através de águas,
solo e alimentos contaminados por urina de animais infectados.
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SINTOMAS NO HOMEM:
CONTROLE:
1. Vacinação de cães;
4. EPI/EPC.
*Em cães a imunização tem sido eficaz na redução da incidência e severidade da leptospirose
canina, mas não previne o estado de portador, podendo levar a infecção ao homem.
SINTOMAS NO HOMEM:
Bolha vermelha em torno da lesão, gânglios linfáticos inflamados, dor e rigidez no local
lesionado, falta de apetite, febre, dor de cabeça, problemas de visão e tumefação cerebral.
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CONTROLE:
TOXOPLASMOSE
TRANSMISSÃO:
A patologia pode ser adquirida por meio da ingestão de alimentos contaminados, como
carne crua ou mal passada, principalmente de porco e de carneiro e por vegetais mal higienizados
que abriguem os oocistos do protozoário encontrados nas fezes do hospedeiro.
Pode infectar quase todas as partes do organismo humano, incluindo cérebro, músculos e
até mesmo o coração. No entanto, se a pessoa for saudável de um modo geral, o sistema
imunológico a defenderá bem contra as ações do parasita, mantendo-o inativo dentro do
organismo e impedindo, assim, que a pessoa volte a ser infectada novamente por ele. Mas se a
resistência não for tão boa, principalmente se o paciente tiver alguma doença que comprometa o
sistema imunológico, a infecção pode ser reativada e causar sérias complicações.
A toxoplasmose não é contagiosa entre humanos, ou seja, ela não pode ser transmitida de
pessoa para pessoa. No entanto, as fezes de gatos e a ingestão de alimentos contaminados não
são a única porta de entrada para o parasita. Humanos também podem adquirir a doença em
outras situações, como o uso de facas e outros utensílios de cozinha contaminados, transfusões
de sangue e transplantes de órgãos.
A doença também pode ser congênita. Neste caso, ela é transmitida da mãe infectada para
o bebê por meio da placenta. Se a mulher foi diagnosticada com a doença um pouco antes ou
durante a gestação, as chances de ela passar a infecção para o filho são de 30%, em média.
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SINTOMAS NO HOMEM:
Em bebês, os sintomas são diferentes. Alguns podem nascer com pulmões e baço
anormalmente grandes, podem sofrer também de convulsões e de amarelamento da pele e dos
dentes, além de graves infecções nos olhos. Somente uma pequena parte dos bebês que nascem
com toxoplasmose demonstram sinais da doença nos primeiros dias de vida. Geralmente os
sintomas só aparecem na adolescência.
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CONTROLE:
1. Avaliação médica;
2. Higienizar corretamente verduras e Legumes;
3. Higienizar utensílios de cozinha;
4. Lavar as mãos após higienizar caixas higiênicas;
5. Não ingerir carnes cruas ou mal cozidas.
ESPOROTRICOSE
TRANSMISSÃO:
Os cães não desempenham um papel importante nesta epidemia, não havendo sido
comprovada, a partir dos casos atendidos no Ipec, a transmissão ao ser humano por esses
animais. É provável que os poucos casos de espororicose em cachorros foram devido ao contato
desses com gatos doentes.
SINTOMAS NO HOMEM:
Normalmente a infecção é benigna e se limita apenas a pele, mas há casos que ela se
espalha pela corrente sanguínea afetando ossos e órgãos. Os sintomas vão variar conforme o
local que afeta.
Quando afeta somente a pele, é comum que surja como um nódulo pequeno e doloroso,
parecendo picada de inseto, podendo aumentar e ulcerar posteriormente. Se extracutâneo os
sintomas irão variar conforme o órgão afetado. Quando acomete os pulmões, os sintomas se
assemelham a tuberculose.
CONTROLE:
1. Castração;
4. EPI
OBS: O tratamento é prolongado (em casos mais graves, com duração de mais de um ano) e exige cuidados especiais
pelo dono para que este não contraia a doença.
IOS
EXERCÍCIO
1) O que são zoonoses? Cite 2 e disserte sobre elas quanto as suas formas de transmissão.
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2) Gato, macho, inteiro, 2 anos de idade foi atendido na clínica CDMV com feridas em membros
torácicos e em face. Tutor relata que animal tem de fugir para a rua e que as vezes demora até
2 dias para voltar para casa. Qual a principal suspeita? Quais os cuidados que o veterinário
deverá ter ao examiná-lo?
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Módulo 4 - NOÇÕES BÁSICAS DE ANATOMIA VETERINÁRIA 1
Proposta:
Teórica
TEÓRICA
1. História da Anatomia
3. Planos anatômicos
5. Anatomia óssea
b) Quantidade de ossos
d) Esqueleto Axial
e) Dentição
f) Coluna Vertebral
g) Costelas
6. Articulações
a) Principais articulações
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História da Anatomia Veterinária
O homem pré-histórico já observava à sua volta a existência de seres diferentes de seu corpo,
os animais. Com isso, passou a gravar nas paredes das cavernas e fazer esculturas das formas
que via. Assim, passou a notar detalhes, que hoje nos permite identificar as espécies animais
descritas. Foram os gregos que denotaram um maior avanço no estudo da anatomia, com
Asclépio. Depois de Asclépio, vieram sucessores, constituindo escola, como por exemplo:
Hipócrates; Aristóteles; Herófilo; Erasístrato; Celso; Rufus; Galeno.
A Anatomia Animal é a parte da Biologia que estuda a forma e a estrutura do corpo dos
organismos. Essa importante área permitiu que conhecêssemos a estrutura do nosso corpo e de
outros seres vivos, bem como fôssemos capazes de entender seu funcionamento.
A compreensão, por exemplo, de que o sangue circula no interior dos vasos sanguíneos só foi
possível através dos estudos anatômicos que analisaram o interior do corpo. Sem essa área, não
teríamos conhecimento nem mesmo da disposição dos órgãos no organismo e,
consequentemente, não seríamos capazes de criar tratamentos para determinadas doenças e
realizar cirurgias. Sendo assim, podemos concluir que essa área da Biologia é fundamental para a
Medicina de forma geral e influenciou diretamente em todo nosso conhecimento sobre saúde.
Além disso, o estudo da anatomia comparada, ou seja, o estudo comparativo entre a estrutura dos
vários animais, incluindo o homem, é de extrema importância para a compreensão dos processos
evolutivos. Órgãos semelhantes em organismos diferentes fazem com que seja possível
estabelecer laços de parentesco entre diferentes espécies.
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Planos anatômicos
✓ Planos:
Frontal
Medial
Sagital
✓ Eixos:
Crânio - Caudal
Latero - lateral
Dorso - ventral
Esqueleto Axial :
Esqueleto Apendicular :
Os ossos, individualmente, são classificados de acordo com sua forma por um sistema
bastante ingênuo.
Os ossos longos, característicos de membros, tendem a ser cilíndricos e são claramente
adaptados ao funcionamento como alavancas. Talvez seja mais importante saber que esses ossos
se desenvolvem a partir de três centros de ossificação: um no corpo (diáfise) e um em cada
extremidade (epífise).
Os ossos curtos não possuem dimensão que exceda, significativamente, as demais. Muitos
estão agrupados juntos, no carpo e no tarso, onde a multiplicação das articulações possibilita a
realização de movimentos complexos e reduz a ocorrência de concussões. A maioria dos ossos
curtos se desenvolve a partir de um único centro de ossificação; a replicação desses centros
geralmente indica que o osso representa uma fusão de elementos que, em formas ancestrais,
eram distintos.
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Os ossos planos são expandidos em duas direções. A categoria inclui a escápula, os ossos do
cíngulo pélvico e muitos dos que formam o crânio. Suas superfícies amplas permitem a fixação a
grandes massas musculares e a proteção de partes moles subjacentes.
Os demais ossos têm formas por demais irregulares para serem classificados em categorias
claramente definidas. Ossos planos ou irregulares não apresentam uniformidade no
desenvolvimento.
Esqueleto Axial
Tronco: O tronco é a maior parte da carcaça que permanece após a remoção da cabeça e do
pescoço, da cauda e dos membros torácicos e pélvicos; no linguajar comum, é o corpo do animal.
É composto de três segmentos — tórax, abdome e pelve — que não apresentam divisões
externas claras.
Esqueleto do cão. 1, asa do atlas, primeira vértebra cervical (C1); 2, processo espinhoso do áxis
(C2); 3, ligamento da nuca; 4, escápula; 5, última vértebra cervical (C7); 6, extremidade cranial
(manúbrio) do esterno; 7, úmero; 8, ulna; 8′, olécrano (ponta do cotovelo); 9, rádio; 10, ossos do
carpo; 11, ossos do metacarpo; 12, falanges proximais, médias e distais; 13, sacro; 14, osso do
quadril (coxal); 15, fêmur; 16, patela; 17, fíbula; 18, tíbia; 19, ossos do tarso; 19′, túber calcâneo
(ponta do jarrete); 20, ossos do metatarso; T1, L1 e Cd1, primeira vértebra torácica, lombar e
caudal, respectivamente.
Coluna vertebral
A maioria das vértebras apresenta um padrão comum, ao qual se sobrepõem características que
distinguem as diversas regiões: cervical (pescoço), torácica (dorso, em seu sentido mais estrito),
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lombar (lombo), sacral (garupa) e caudal (cauda). O número de vértebras que compõem tais
regiões varia conforme a espécie e também, embora em extensão muito menor, individualmente.
Esse número pode ser representado por fórmulas; a do cão é C7, T13, L7, S3, Cd20-23.
Vértebras cervicais
Nas espécies domésticas, assim como na maioria dos mamíferos, existem sete vértebras
cervicais. As duas primeiras, o atlas e o áxis, são muito modificadas, permitindo a livre
movimentação da cabeça e, assim, requerem descrições individualizadas. As cinco outras são
mais características.
Vértebras cervicais do cão; a direção cranial está à esquerda. A, Atlas, vista dorsal. B, Áxis, vista
lateral. C, Quinta vértebra, vista lateral. 1, asa do atlas; 2,; 6, processo espinhoso; 7, processo
articular caudal; 8, processo transverso; 9, corpo; 10, processo articular cranial; 11.
Vértebras torácicas
Figura: Vértebra torácica do cão; vista lateral esquerda. 1, processo espinhoso; 2, processo
articular caudal; 3, processo transverso com fóvea costal; 4, processo mamilar; 5, incisura
vertebral caudal; 6, 7, fóveas costais; 8, corpo.
Vértebras lombares
As vértebras lombares diferem das torácicas por apresentarem corpos mais extensos e uniformes.
Outras características regionais são a ausência de facetas costais; processo espinhoso curto e,
geralmente, inclinado para a frente; processos transversos longos e achatados que se projetam
lateralmente, às vezes (como em cães) com uma inclinação cranioventral; processos articulares
enganchados; e processos mamilares, e ocasionalmente acessórios, proeminentes.
Figura: Sacro e vértebras caudais de cão. A, Sacro, vista ventral. B, Sacro, vista dorsal. C, Sacro,
vista cranial. D, Vértebra caudal, vista dorsal. E, Vértebra caudal, vista cranial; 7, corpo; 8,
processo transverso.
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Vértebras caudais
O número de vértebras caudais varia enormemente, mesmo entre indivíduos de uma mesma
espécie. Essas vértebras apresentam uma simplificação progressiva na forma e, embora as
primeiras lembrem vértebras lombares em miniatura, os elementos centrais e finais da série são
reduzidos a bastões.
Dentição
12 incisivos
2 caninos
8 pré-molares
2 molares em cima 3 embaixo.
Costelas
O esqueleto torácico é completado pelas costelas e pelo esterno. As costelas são dispostas em
pares e, de modo geral, articulam-se com duas vértebras sucessivas; a caudal apresenta a
mesma designação numérica que a costela. Cada costela é composta de uma parte óssea dorsal,
a costela propriamente dita, e uma parte cartilaginosa ventral, a cartilagem costal.
A cartilagem da última costela pode não ser capaz de se conectar com sua vizinha; essa costela,
então, passa a ser chamada de “flutuante”.
38
Figura: Costela esquerda de um cão, vista caudal. B, Costela esquerda de um cão articulada com
duas vértebras, vista lateral. 1, tubérculo; 2, cabeça; 3, pescoço.
Figura: Esterno e cartilagens costais de cão (A) e de cavalo (B), vistas ventral e lateral esquerda.
1, manúbrio; 2, primeira costela; 3, esternebra; 4, articulação costocondral; 5, cartilagem xifoide.
Osso Pélvico
Embora o cíngulo pélvico seja, formalmente, uma parte do esqueleto do membro pélvico, parece
ser mais sensato discuti-lo aqui, já que é completamente integrado à construção do tronco. Cada
osso do quadril é composto de três ossos que se desenvolvem a partir de ossificações separadas
em uma única placa cartilaginosa.
É portanto importante descrever esses três componentes — ílio, púbis e ísquio — como unidades
separadas; juntos formam apenas um osso, essa divisão foi feita pela conveniência de facilitar a
descrição e o entendimento.
39
Figura: Ossos do quadril de cão em vistas lateral esquerda (A) e ventral (B). Vista dorsal (C) da
pelve equina. As linhas interrompidas demarcam as extensões aproximadas do ílio, púbis e ísquio.
1, asa do ílio; 6, púbis; 8, ísquio; 11, acetábulo; 12, sínfise pélvica; 16, sacro.
Esqueleto Apendicular
Membros torácicos :
Fígura: Escápula esquerda equina (E). 1, ângulo cranial; 2, espinha; 2′, tuberosidade da espinha;3
, ângulo caudal; 1.
Úmero
O úmero forma o esqueleto do braço. É um osso longo, localizado obliquamente contra a parte
ventral do tórax.
Sua extremidade proximal apresenta uma grande cabeça articular voltada para a cavidade
glenoide da escápula e, assim, equiparada à diáfise, à qual se une por meio de um colo.
Figura: Úmero esquerdo de cão; vistas caudal (A) e cranial (B). C, Extremidade distal do úmero
direito felino; vista cranial. Vistas cranial (D) e lateral (E) do úmero esquerdo equino.
41
Rádio e Ulna
O rádio é um osso em formato de haste simples, geralmente mais forte do que a ulna e se articula
com a superfície articular distal do úmero e seu formato adapta-se à mesma.
A ulna tem uma aparência incomum, já que sua diáfise é bastante reduzida e sua extremidade
proximal é prolongada além da superfície articular para formar o elevado olécrano, a ponta do
cotovelo. A extremidade distal apresenta uma pequena faceta articular para o rádio a seguir,
continua como o processo que faz contato com o osso ulnar do carpo
Figura: Ulna esquerda (A) e rádio esquerdo (B) de cão. Em sequência, a partir da esquerda: vista
cranial da ulna, vistas craniolateral e cranial do rádio e da ulna e vista caudal do rádio isolado.
Vistas cranial (C) e lateral (D) do rádio e da ulna esquerda.
Ossos do carpo
Os curtos ossos do carpo se articulam de maneira complexa, são dispostos em duas fileiras. A
fileira proximal é composta (em sequência mediolateral) dos ossos radial, intermédio, ulnar e
acessório; este último assemelha-se a um apêndice que se projeta atrás do carpo e, em animais
vivos, é um importante ponto de referência.
42
Figura: Os ossos do esqueleto do carpo em carnívoros (Car), R, rádio; U, ulna; a, osso acessório
do carpo; i, osso intermédio do carpo; r, osso radial do carpo; u, osso ulnar do carpo.
Ossos da mãe/patas
O padrão primitivo do esqueleto da mão dos mamíferos exibe cinco raios mais ou menos
equivalentes, cada um composto de um metacarpo e falanges proximal, média e distal dispostas
em linha
Membros pélvicos :
Pelve: O cíngulo pélvico foi descrito com o tronco (pág. 43) pelas razões anteriormente discutidas.
Fêmur
O fêmur que forma o esqueleto da coxa, é o mais forte dentre os ossos longos. A cabeça do fêmur
se articula com a a foça da pelve chamada de acetábulo, já a extremidade distal se articula com a
tíbia e a patela dando continuidade ao esqueleto pélvico.
43
Figura: Fêmur esquerdo de cão, vistas cranial (A), caudal (B) e lateral (C). Vistas cranial (D) e
lateral (E) do fêmur esquerdo equino. 1, cabeça; 1′, fóvea; 2, colo;3.
Tíbia e Fíbula
Tíbia e fíbula esquerdas de cão, vistas lateral (A), cranial (B) e caudal (C). Vistas cranial (D) e
lateral (E) da tíbia e da fíbula esquerdas equinas.
Ossos do Tarso
Os ossos do tarso são dispostos em três fileiras. A proximal é composta de dois ossos
relativamente grandes: o tálus, medialmente, e o calcâneo, lateralmente. A fileira média é formada
por um único osso, do tarso central mas a distal é composta de até quatro ossos, numerados em
sequência mediolateral.
44
Figura: Os ossos do esqueleto do tarso em carnívoros (Car). Tib, tíbia; F, fíbula; T, tálus; C,
calcâneo; c, osso central do tarso.
Articulações
Os ossos se encontram nas articulações; algumas delas são projetadas para unir firmemente os
ossos, enquanto outras permitem a livre movimentação. As articulações são classificadas como:
Articulação Fibrosa
Muitas das articulações fibrosas ocorrem no crânio e são denominadas suturas. As estreitas faixas
de tecido fibroso que delineiam e unem as margens dos ossos.
Figura: Os ossos do esqueleto do tarso em carnívoros (Car). Tib, tíbia; F, fíbula; T, tálus; C,
calcâneo; c, osso central do tarso.
45
Articulação Cartilaginosa
Articulação Sinovial
Nas articulações sinoviais, os ossos articulados são separados por um espaço preenchido por
fluido, a cavidade articular. Os limites desse espaço são completados por uma faixa de tecido
conjuntivo delicado, a membrana sinovial. É fixada à periferia das superfícies articulares, que são
recobertas por finas camadas de cartilagem.
46
Figura: A, Secção de uma articulação sinovial. 1, cavidade articular; 2, membrana sinovial; 3,
cartilagem articular; 4, camada fibrosa da cápsula articular; 5, periósteo; 6, osso compacto.
Principais articulações
Articulações vertebrais
48
Módulo 5 - NOÇÕES BÁSICAS DE ANATOMIA VETERINÁRIA 2
Proposta:
TEÓRICO
TEÓRICA
1. Anatomia visceral
7. Pele e anexos
________________________________________________________________________
Órgãos envolvidos: Prepúcio , Osso peniano, Pênis , Bulbo da glândula, Testículo, Cordão
espermático, Epidídimo , ducto deferente , Anel vaginal.
Órgãos envolvidos: Ovários, tuba uterina, tromba uterina, cervix, vestíbulo, vagina, vulva, clitóris.
51
Função: O sistema urinário é o responsável por filtrar, armazenar urina e eliminar a ureia e outras
substâncias consideradas tóxicas para o nosso organismo.
Par de rins - Orgão de manutenção do meio interno, produz urina a partir da filtragem do sangue,
reabsorção ou eliminação de liquido dependendo da necessidade do individuo.
Parte condutora: nariz, cavidade nasal, faringe e laringe, traqueia, bronquios e bronquiolos
Orgãos envolvidos: sacos pleurais, esqueleto do torax e musculo associado ao torax, diafragma.
Grande circulação: Átrio esquerdo, ventrículo esquerdo, artéria aorta, distribui para todo o
organismo e volta para o coração através da veia cava caudal e cranial, que desemboca no átrio
direito, ventrículo direito, duas artérias pulmonar, pulmão onde sofre troca gasosas, veia pulmonar
e átrio esquerdo.
Pequena circulação: átrio direito, ventrículo direito, artéria pulmonar, pulmão, átrio esquerdo,
ventrículo esquerdo.
Proposta:
TEÓRICO
Teórica
▪ Contenção química;
▪ Contenção física.
2) Colocação de mordaça;
3) Derrubamento;
PRÁTICO
Prática
________________________________________________________________________
Conter um animal significa limitar seus movimentos em diversos graus ou, até mesmo, sua
completa imobilização. Com a finalidade de realizar avaliação, procedimento ou até mesmo para
segurança de profissionais que lidam com esses animais evitando assim acidentes, como
mordeduras, arranhões e ataques que coloquem a vida em risco.
Antes de efetuar qualquer exame, o profissional deve se informar com o tutor sobre o
temperamento do animal para que se possa escolher o melhor método de contenção a ser
empregado para cada caso.
55
Existem dois tipos de contenção: a química e a física.
• Contenção química
• Contenção física
Na maioria das vezes e para um menor estresse, a contenção física, também denominada
de mecânica, pode ser auxiliada pelo proprietário, cabendo ao examinador dar a orientação
correta de sua realização. Normalmente, esse tipo de contenção é bem aceita na grande maioria
dos cães, em virtude da boa sujeição desses animais ao ser humano.
Para uma abordagem inicial com cão é importante falar em tom amistoso, passar a mão
sobre o seu dorso, dando-lhe, posteriormente, as costas da mão para cheirar, o que ajudará a
captar a sua confiança. Os animais de pequeno e médio porte são mais facilmente contidos,
mantendo-os sobre uma mesa de superfície não escorregadia, após, se necessário, a colocação
da mordaça ou de uma focinheira. Já, cães de raças grandes e/ou gigantes são mais bem
imobilizados no chão.
Para a contenção manual e em estação é necessário que coloque um braço sob o pescoço
e passe o outro braço sob o abdome do animal. Mais utilizado para um exame físico básico e para
aplicação de vacinas ou injeções.
56
Cambão e focinheira/mordaça também podem ser utilizados. O primeiro em casos de
animais agressivos recém resgatados ou aqueles em que o próprio tutor não consegue manusear
por intensa agressividade. A mordaça/focinheira na maioria das vezes o próprio tutor ajuda na
colocação.
"
1) Colocação da mordaça:
2. Promova uma laçada de duplo nó com o dobro do diâmetro do focinho do animal antes de
sua aproximação.
4. Desloque as pontas da mordaça para que elas permaneçam atrás das orelhas e amarre -
as com firmeza; caso contrário, o animal conseguirá tirá-la com as patas dos membros
anteriores.
57
2. Leve - os em direção às regiões ventrais dos membros anterior e posterior (tarso e carpo),
localizados próximos ao corpo de quem executa o derrubamento.
3. Puxe o animal de encontro ao corpo do executor e retire, ao mesmo tempo, o apoio dos
membros que estavam presos com as duas mãos. Durante a queda, o animal deve ser
amparado pelo corpo da pessoa executora, sob o risco de acidentes indesejáveis (fratura
de costelas, queda da mesa de exame, etc.).
5. Prenda a cabeça do animal com o antebraço mais próximo a ela, mantendo os membros
posteriores estendidos.
3) E os gatos?
Os gatos são naturalmente mais estressados que os cães. É comum ouvir relatos por parte
dos tutores estresse do paciente antes mesmo de sair de casa.
O programa cat friendly pratice foi desenvolvido pela Associação Americana de Medicina
Felina com intuito de melhorar o atendimento, manejo, ambientação e demais características
envolvidas na saúde e bem-estar dos felinos nas clínicas e hospitais.
NOMECLATURA:
1. D-V: dorso ventral (feixe de raios incide no dorso e emerge no ventre do animal atingindo o
filme)
EXERCÍCIOS
Exercício
1) Explique a diferença entre contenção química e contenção física.
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3) Cite 2 posições radiográficas que podem ser realizadas para avaliar os pulmões.
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________________________________________________
( ) A contenção segurando firme o dorso e as patas traz mais segurança para o veterinário.
Proposta:
Desta forma antes da contenção propriamente dita deverá ser identificada qual ou quais as
defesas do animal, para se reduzir assim o risco de injúrias ao operador, identificar também o
comportamento, o habito e o grau de vulnerabilidade ao estresse do animal. E associado a isso
tudo o operador necessitará de um pleno domínio do uso das técnicas e equipamentos a serem
empregados e um planejamento criterioso da manobra de contenção, priorizando sua rapidez e
eficiência.
A escolha do método de contenção para animais selvagens irá depender da espécie animal, do
peso, da idade e da situação em que se encontra tal indivíduo a ser manejado. A contenção pode
ser realizada sob os seguintes meios:
a) Meios físicos ou contenção física;
b) Meios químicos, contenção química ou farmacológica;
c) Associação de ambos os meios.
Desta forma faz-se necessário uma equipe multidisciplinar bem treinada e entrosada para se
evitar falhas durante o procedimento da contenção.
66
Contenção Física
É caracterizada como sendo a abolição mecânica dos movimentos, de modo que o animal
permaneça suficientemente contido para permitir a intervenção dos procedimentos veterinários
necessários com, por exemplo, efetuar exames clínicos, coleta de material para exames
laboratoriais e vacinação. O fator mais relevante é a segurança com que o procedimento é
realizado. A metodologia da contenção da forma física deve impossibilitar a ocorrência de
acidentes, que possam causar lesões tanto ao animal quanto a pessoa que a contem.
Figura: Figura: Demonstração de contenção física em Teyo - setor de imagem do DOK Hospital
Veterinário.
Com relação ao conhecimento da biologia do animal isso implica em saber como tal animal
responde durante um período de estresse, ou seja, irá deter uma postura de ataque, defesa ou
fuga e quais com quais meios irá atacar e se defender, por exemplo, com o bico, garras, unhas,
dentes, chifres, durante o procedimento da contenção. E não esquecendo que aliado a tudo isso é
preciso também observar em quais condições do ambiente o animal se encontra verificando
dimensões, obstáculos, piso e laterais, que devem possibilitar o trabalho com o animal.
67
Tal tipo de procedimento de contenção pode ser feito utilizando alguns equipamentos especiais.
Tais como: luvas de couro, puçá que possui o formato de um coador, jaulas de contenção que
consiste numa gaiola que possui uma parede móvel para conter o animal contra uma parede fixa,
gancho e pinças pra manejar serpentes, tubos de PVC para conter aves e répteis, cambão para
mamíferos e repteis dentre outros.
Contenção Química
Na contenção química, diferentes drogas e equipamentos para aplicação são utilizados, porém,
alguns requisitos são especialmente importantes para os animais silvestres. Uma boa droga deve
permitir o uso intramuscular, devendo ter uma grande margem de segurança, o menor período de
indução e apresentar um pequeno volume a ser injetado. Isso tudo para permitir o uso de métodos
de aplicação à distância, como os dardos, através de rifles, pistolas (pólvora ou ar comprimido) e
zarabatanas, quando a massa corpórea do paciente é desconhecida devendo então ser estimada.
Sempre tendo como
O sucesso na operação de contenção química não depende somente de uma simples ponderação
entre os diferentes fatores que influenciam os resultados, mas sim também em grande parte da
experiência pessoal de toda a equipe envolvida. A consulta a outros pesquisadores que trabalham
com a mesma espécie, ou espécie correlatas, ou o auxilio dessas pessoas apresentam-se como
uma das etapas de planejamento.
Durante a contenção das aves é importante lembrar que o mecanismo de respiração não conta
com a musculatura diafragmática e, portanto, a compressão exagerada dos sacos aéreos durante
a contenção pode impedir a ventilação e levar a asfixia.
69
Os principais locais de colheita sanguínea em aves são: a veia jugular direita, a veia ulnar (ou da
asa) e a metatarsiana medial.
Em repteis, como nas aves o método de coleta de amostras será determinado pelo tamanho do
animal e pelo volume de sangue requerido para o teste em particular. Geralmente podemos tirar
com segurança o equivalente a 1% do peso do animal em sangue (entre 0,5% e 0,8% em um
réptil). A coleta de sangue pode ser realizada de diversas maneiras: por cardiocentese,
diretamente sobre o ventrículo; por venopunção da jugular, veia caudal ventral, veias caudais
laterais, veias braquiais e poplíteas, punção das veias coccígea caudal e palatina,veia supraorbital
entre outras vias de acesso. A escolha do local de colheita depende além do tamanho do animal, a
espécie.
Em pequenos mamíferos a colheita de sangue é similar a cães e gatos, a via de acesso vai
depender do tamanho do animal e espécie.
70
Módulo 9 e 10 - Noções básicas da fisiologia de cães e gatos 1 e 2
TEÓRICO
Teórico
1) Introdução
PRÁTICO
Prática
1) Estudo comparativo da fisiologia e anatomia sistêmica
______________________________________________________________________________
•Transporte de alimentos digeridos, água e sais minerais através dos capilares sanguíneos
presentes na mucosa do intestino;
•Eliminação de resíduos alimentares não digeridos e não absorvidos em conjunto com restos de
células descamadas do trato gastro intestinal e substâncias secretadas na luz do intestino.
Cavidade oral
A cavidade oral é o local onde a digestão dos alimentos começa. Nela os dentes trituram o
alimento e, em conjunto com a língua, envolvem os pedaços dos alimentos com a saliva, que são
produzidas e secretadas pelas glândulas salivares que ficam em anexo à boca.
Faringe e esôfago
A faringe é um canal comum aos sistemas digestório e respiratório, por ela passam o ar que
encaminha-se para a laringe e o alimento vai para o esôfago.
O esôfago é o canal que, através dos movimentos peristálticos, leva o alimento ao estômago. Ele
está localizado entre os pulmões, atrás do coração, atravessando o músculo diafragma.
Estômago
O estômago é o órgão onde os alimentos são armazenados e misturados com o suco gástrico.
Este é formado majoritariamente por ácido clorídrico (HCl), que torna o pH do estômago ácido.
Os alimentos permanecem no estômago por horas. Ao se misturarem ao suco gástrico é formada
uma massa acidificada e semilíquida chamada quimo. Este, aos poucos e através do piloro, que é
um esfíncter muscular, vai sendo liberado para o intestino delgado.
Intestino Delgado
O intestino delgado é o órgão onde ocorre a maior parte da digestão e a absorção dos nutrientes
que o organismo precisa. Pode-se dividi-lo em três regiões: duodeno, jejuno e íleo.
Duodeno
É a primeira porção do intestino delgado. Medindo cerca de 25cm, é nessa região onde a digestão
do quimo ocorre predominantemente.É no duodeno onde atua o suco pancreático, secretado pelo
pâncreas e que possui diversas enzimas digestivas em sua composição. A secreção desse suco é
responsável pela hidrólise de grande parte das moléculas de alimento.
É no duodeno onde atua também a bile, que é produzida no fígado e armazenada na vesícula
biliar. A bile possui sais biliares que possuem ação detergente, emulsificando os lipídios
(gorduras).
72
Jejuno
É a continuação do duodeno, é denominado desta forma pois sempre que é aberto se encontra
vazio. Mede cerca de 5m e possui a parede mais espessa e mais vascular do que o íleo. É nessa
região, onde ocorre a absorção da maioria dos nutrientes pelo capilares sanguíneos presentes na
parede mucosa, nutrindo todas as células do organismo.
Íleo
É a última porção do intestino delgado, sendo a continuação do jejuno. Mede cerca de 1,5cm,
sendo mais estreito e possuindo túnicas mais finas e menos vascularizadas que o jejuno. O que
não foi absorvido, como água e o resto da massa alimentar que possui, principalmente as fibras, é
direcionado para o intestino grosso.
Intestino Grosso
O intestino grosso é local de absorção de água, tanto a ingerida quanto a água que provém das
secreções digestivas. A absorção de água ocorre rapidamente, de forma que, em mais ou menos
14 horas, a consistência do material alimentar se torna a consistência própria do bolo fecal. O
Intestino grosso assim como o Intestino delgado também se divide em: Ceco, Cólon e Reto.
Ambos apresentam a mesma função de absorção.
________________________________________________________________________
Sistema urinário
O Sistema Urinário ou Aparelho Urinário é responsável pela produção e eliminação da urina,
possui a função de filtrar as "impurezas" do sangue que circula no organismo.
O Sistema Urinário é composto por dois rins e pelas vias urinárias, formada por dois ureteres, a
bexiga urinária e a uretra.
Rins
Os rins são órgãos que se situam na parte posterior da cavidade abdominal, localizados um em
cada lado da coluna vertebral. Têm o formato semelhante ao de um grão de feijão .
Os rins se ligam ao sistema circulatório através da artéria renal e da veia renal, e com as vias
urinárias pelos ureteres. As artérias renais são ramificações muito finas que formam pequenos
emaranhados chamados glomérulos. Cada glomérulo é envolvido por uma estrutura arredondada,
chamada cápsula glomerular ou cápsula de Bowman.
73
Por conseguinte, a unidade básica de filtragem do sangue é chamada néfron, que é formada pelos
glomérulos, pela cápsula glomerular e pelo túbulo renal.
Forçado pela pressão sanguínea, parte do plasma (água e partículas pequenas nela dissolvidas,
como sais minerais, ureia, ácido úrico, glicose) sai dos capilares que formam os glomérulos e cai
na cápsula glomerular. Em seguida passa para o túbulo renal.
Substâncias úteis como água, glicose e sais minerais, contidas nesse líquido, atravessam a
parede do túbulo renal e retornam à circulação sanguínea. Assim, o que resta nos túbulos é uma
pequena quantidade de água e resíduos, como a ureia, ácido úrico e amônia: é a urina, que segue
para as vias urinárias. Observe no esquema a seguir as fases de formação da urina dentro no
néfron.
74
Vias Urinárias
As vias urinárias são formadas por bexiga, ureteres e uretra.
Bexiga Urinária
Órgão muscular elástico, uma espécie de bolsa, que está situada na parte inferior do abdome com
a função de acumular a urina que chega dos ureteres. Portanto, a bexiga recebe e armazena
temporariamente a urina e quando o volume chega a mais ou menos 300 ml, os sensores
nervosos da parede da bexiga enviam mensagens ao sistema nervoso, fazendo com que
tenhamos vontade de urinar.
Na parte inferior da bexiga, encontra-se um esfíncter - músculo circular que fecha a uretra e
controla a micção. Quando a bexiga está cheia o esfíncter se contrai, empurrando a urina em
direção a uretra, de onde então é lançada para fora do corpo. A capacidade máxima de urina na
bexiga é de aproximadamente 1 litro.
Ureteres
Conduzem a urina dos rins para a bexiga.
Uretra
Tubo muscular, que conduz a urina da bexiga para fora do corpo. A uretra da fêmea comparar ao
do macho tende a ser menor na espécie canina, e transporta a urina para fora do corpo.
________________________________________________________________________
Sistema cardiovascular
O sistema cardiovascular é o conjunto que inclui o coração e os vasos sanguíneos e que
é responsável por levar o sangue rico em oxigênio e pobre em gás carbônico para todos os
órgãos do corpo, permitindo que funcionem de forma adequada.
Além disso, outra função importante deste sistema é trazer de volta o sangue de todo o corpo, que
está pobre em oxigênio e que precisa passar de novo pelos pulmões, de forma a fazer as trocas
gasosas.
75
Coração
O coração é o principal órgão do sistema cardiovascular e é caracterizado por um músculo oco,
localizado no centro do tórax, que funciona como uma bomba. Ele é dividido em quatro câmaras:
• Dois átrios: por onde o sangue chega no coração vindo do pulmão através do átrio
esquerdo ou vindo do corpo através do átrio direito;
• Dois ventrículos: é a partir daí que o sangue vai para o pulmão ou para o resto do corpo.
O lado direito do coração recebe o sangue rico em gás carbônico, também conhecido como
sangue venoso, e o leva para os pulmões, onde recebe oxigênio. Dos pulmões, o sangue segue
para o átrio esquerdo e desse, para o ventrículo esquerdo, de onde sai a artéria aorta, que leva o
sangue rico em oxigênio e nutrientes para todo corpo.
Artérias e veias
Para circular por todo o corpo, o sangue flui dentro de vasos sanguíneos, que podem ser
classificados como:
• Artérias: são fortes e flexíveis pois precisam transportar o sangue do coração e
suportar pressões sanguíneas elevadas. Sua elasticidade ajuda na manutenção da
pressão arterial durante os batimentos cardíacos;
• Artérias menores e arteríolas: possuem paredes musculares que ajustam seu diâmetro a
fim de aumentar ou diminuir o fluxo sanguíneo em uma determinada área;
• Capilares: são vasos sanguíneos pequenos e de paredes extremamente finas, que atuam
como pontes entre artérias. Estes permitem que o oxigênio e os nutrientes passem do
sangue para os tecidos e que os resíduos metabólicos passem dos tecidos para o sangue;
• Veias: transportam o sangue de volta para o coração e geralmente não estão sujeitas a
grandes pressões, não precisando ser tão flexíveis como as artérias.
76
Sistema Respiratório
A fisiologia do sistema respiratório é constituída por um par de pulmões e por vários órgãos que
circulam o ar para dentro e para fora das cavidades pulmonares. Os órgãos que fazem parte do
sistema respiratório são as fossas nasais, a boca, a faringe, a laringe, a traqueia, os brônquios, os
bronquíolos e os alvéolos.
Respiração
A respiração é o conjunto de processos de troca do organismo com o ambiente externo que
permite a obtenção de gás oxigênio (O2) e a eliminação do dióxido de carbônico (CO2).
A respiração é essencial para manter o bom funcionamento de todo corpo humano, sendo
fundamental para a vida. Ela auxilia na eliminação de toxinas que se formam no corpo,
equilibrando as funções orgânicas e contribuindo no fortalecimento dos órgãos.
77
Uma boa respiração, mais lenta e profunda, pode ajudar inclusive a reduzir o estresse e relaxar o
organismo, diminuindo as batidas do coração. Uma a respiração correta também auxilia a
melhorar a elasticidade dos pulmões, contribuindo na manutenção de um bom equilíbrio entre os
gases no corpo.
Faringe
É o órgão comum aos sistemas respiratório e digestório e está conectado à boca e às fossas
nasais. O ar inspirado pelas narinas ou pela boca passa necessariamente pela faringe antes de
atingir a laringe.
Laringe
A laringe conduz o ar que se dirige aos pulmões, além de ser o local onde as cordas vocais,
capazes de produzir sons durante a passagem de ar e fundamentais para a fala, se localizam.
A entrada da laringe denomina-se glote. Acima dela há um tipo de “lingueta” de cartilagem
denominada epiglote, que funciona como válvula. Ao ingerir algum alimento, a laringe “sobe” e sua
entrada é fechada pela epiglote. Isso permite que o alimento ingerido não penetre nas vias
respiratórias.
Traqueia
A traqueia é um tubo elástico de aproximadamente 1,5 cm de diâmetro e 12 cm de comprimento,
cujas paredes são revestidas por anéis de cartilagem. Possui um epitélio de revestimento muco-
ciliar, onde são aderidas bactérias presentes e partículas de poeira que podem estar presentes no
ar inalado. Conduzem o ar que vem da laringe até se bifurcarem em sua região inferior, formando
os brônquios.
78
Brônquios
Os brônquios são formados por 2 ramificações da traquéia, que se ramificam em tubos cada vez
mais finos e chegam até os pulmões, os bronquíolos.
Alvéolos Pulmonares
Os alvéolos pulmonares são pequenos sacos formados por células epiteliais achatadas (tecido
epitelial pavimentoso) e cobertas por capilares sanguíneos, no final dos menores bronquíolos. É o
local onde ocorre a hematose pulmonar, a troca de oxigênio e dióxido de carbono entre o meio
ambiente e o organismo, através da membrana alvéolo-capilar, que separa o ar do sangue.
Pulmões
Os pulmões são órgãos esponjosos, com 25 cm de comprimento, aproximadamente, sendo
envoltos por uma camada de tecido denominada pleura. É nos pulmões onde os brônquios se
ramificam, dando origem a tubos cada vez mais finos, os bronquíolos.
Diafragma
O diafragma é um fino músculo que separa o tórax do abdômen. Nele, a base de cada pulmão se
apoia proporcionando, em conjunto com os músculos intercostais, os movimentos respiratórios.
O que é Hematose?
A hematose é o processo que acontece nos alvéolos pulmonares e garante que o sangue rico
em gás carbônico seja oxigenado. O oxigênio é utilizado pelas células para a realização da
respiração celular, o processo no qual a célula produz energia.
Nos alvéolos pulmonares, o gás oxigênio difunde-se para o sangue nos capilares sanguíneos ao
seu redor e o gás carbônico, que está no sangue dos capilares, difunde-se para o interior dos
alvéolos. O oxigênio que passa para o sangue entra nas hemácias e se liga à hemoglobina. Ao
se ligar à ela, a oxi-hemoglobina é formada. Esta garante o transporte de oxigênio para as
células. O sangue oxigenado segue em direção ao coração, onde será impulsionado para o corpo
79
______________________________________________________________________________
Sistema Nervoso
O Sistema Nervoso é responsável por coordenar funcionalmente todos os órgãos e sistemas do
corpo. Ele pode ser dividido em Sistema Nervoso Central e Sistema Nervoso Periférico.
O Sistema Nervoso também é responsável pela percepção das variações do ambiente pelo
organismo, difusão das modificações que essas variações produzem e executam as respostas
adequadas para manter o equilíbrio interno do corpo.
Função Sensitiva: os nervos sensitivos são responsáveis por captar informações do meio interno
e externo do corpo e as conduzem ao Sistema Nervoso Central;
Função Motora: os nervos motores conduzem a informação do SNC para todo o organismo
(músculos e às glândulas do corpo), levando as informações transmitidas pelo SNC.
Cérebro
O cérebro é o principal órgão do Sistema Nervoso, sendo responsável por controlar ações
motoras, estímulos sensoriais e atividades neurológicas como a memória, o aprendizado, os
pensamentos, a fala e etc.
O cérebro é formado por duas partes, os chamados hemisférios direito e esquerdo, que são
separados por uma fissura longitudinal. O hemisfério direito é responsável por controlar o lado
esquerdo do corpo, assim como o hemisfério esquerdo é responsável por comandar o lado direito.
81
Medula Espinhal
A medula espinhal é a parte mais extensa do Sistema Nervoso Central. Ela é determinada por um
cordão cilíndrico, composto de células nervosas, localizado no canal interno das vértebras da
coluna vertebral.
A função da medula é promover a comunicação entre o organismo e o Sistema Nervoso, sendo
também responsável por coordenar os reflexos (respostas rápidas do corpo). A partir da medula
espinhal se originam outros 31 pares de nervos espinhais, que conectam a medula espinhal às
células sensoriais e aos vários músculos pelo corpo.
82
Módulo 11 e 12 - Cuidados Básicos 1 e 2
Proposta:
TEÓRICO
TEÓRICA
1) Introdução
PRÁTICO
PRÁTICA
1) Corte de unhas
• Conhecimento.
• Raciocínio.
• Visão, audição, tato, olfação.
• Sensatez.
• Organização.
• Paciência.
Inspeção
Utiliza-se o sentido da visão, esse procedimento de exame se inicia antes mesmo do início
da anamnese, sendo o método de exploração clínica mais antigo e um dos mais importantes.
O exame deve ser feito em consultório ou a campo desde que seja bem iluminado. Caso
necessário luz artificial, faz-se necessário cor branca e de boa intensidade.
84
A observação quando feito a distância nos permite avaliar alterações como postura,
comportamento... Em contrapartida, observar os animais de perto nos confere uma maior precisão
em detalhes como lesões de pele, lesões oftálmicas...
Palpação
É a utilização do sentido tátil. Com as mãos, ponta dos dedos e até instrumentos
consegue-se determinar características de um sistema orgânico ou da área explorada. O sentido
do tato fornece informações sobre estruturas superficiais ou profundas, como por exemplo
características da pele, avaliação de vísceras como fígado, baço (palpação abdominal) ou órgãos
genitais internos de grandes animais (palpação transretal).
Olfação
As garras dos carnívoros podem ser comparadas as unhas dos seres humanos que ao ser
comprimida lateralmente adquiriu uma borda afiada.
85
Ao avaliarmos as unhas devemos atentar-nos a inflamações, deficiência mineral, saber o local que
esses animais vivem, casa com quintal ou apartamento e as possibilidades de lesões neoplásicas
e autoimunes.
É muito importante criar o hábito de checar os pés e as unhas de seu filhote regularmente
— isso não só lhe ajudará a encontrar qualquer área de lesão ou corpo estranho entre os dedos,
mas também lhe permitirá verificar se as unhas não estão ficando muito compridas.
Os cães possuem cinco unhas em cada pata dianteira, incluindo um dedo de lobo — o
equivalente ao polegar do ser humano, localizado um pouco mais acima na face medial do
membro. Em geral, existem quatro unhas em cada pata traseira, embora alguns cães também
possuam o dedo de lobo em uma ou ambas as patas traseiras.
É importante começar a cortar as unhas do seu cão desde cedo, para que ele se acostume
a ser manuseado e a ficar quieto na hora de cortá-las. Portanto, aconselho você fingir que está
cortando as unhas do seu cão quando ele tiver de 2 meses em diante, assim ele já vai se
acostumando com a ideia.
Cães que vivem em apartamento normalmente precisam cortar as unhas mais vezes do
que cães que passam boa parte do dia no quintal. Isso porque o cimento vai lixando naturalmente
as unhas dos cães.
Cortar as unhas ao seu gato pode ser uma tarefa árdua caso ele não tenha sido habituado
a este procedimento desde tenra idade. Contudo com alguma paciência e perseverança é uma
tarefa que evitará danos nos sofás e demais móveis da casa.
86
O gato utiliza as unhas para marcar o seu território, para limitar as consequências
negativas deste comportamento, é aconselhável cortar regularmente as unhas dos gatos caseiros.
Gatos de casa não conseguem efetuar o seu desgaste natural, pelo que as unhas devem
ser cortadas, sobretudo as dos membros superiores. Em regra, basta que o faça uma vez por
mês, mas dependerá da velocidade a que crescem as unhas do seu bichano.
Uma técnica para proceder ao corte das unhas consiste em sentar-se no chão e instalar o
gato de barriga para cima, prendendo o corpo do felino entre os joelhos. Depois basta pressionar
ligeiramente a almofada da pata para que a unha fique a descoberto.
O estado das unhas do gatinho constitui um indicador da sua saúde. Demasiado duras ou
moles, são sinais de eventuais carências ou de uma infecção bacteriana. Se habitualmente o
animal roer as unhas, poderá encontrar-se numa fase de ansiedade.
Aconselhamos que antes de cortar as unhas pela primeira vez ao seu felino peça ao seu
veterinário para lhe mostrar como se faz. Apesar de não ser um procedimento difícil
é imprescindível que seja bem feito e sem magoar o gato.
Em regra, nas primeiras vezes, são necessárias duas pessoas para este processo, já que
alguns gatos não gostam e procuram fugir. Com a habituação conseguirá cortar as unhas sem
qualquer esforço e ajuda.
Materiais necessários:
• Pó hemostático
• Amido de milho
• Lixa de unha
• Alicate
• Petiscos
O olho, órgão de visão que consiste no globo ocular e seus anexos (estruturas acessórias
como músculos que promovem movimento, pálpebras para proteção e aparelho lacrimal para
lubrificação). As pálpebras funcionam como cortinas e ao piscar distribuem a lagrima por todo
globo ocular.
A posição dos olhos na cabeça está relacionada com os hábitos e métodos de alimentação
dos animais. Em geral espécies predadoras como cão e gato, possuem olhos situados bem a
frente. Espécies predadas como cavalos, coelhos apresentam olhos lateralmente.
Quando perceber acúmulo de secreções nos olhos do seu cão, saiba que é a hora de fazer
a higiene do local, Algumas raças requerem cuidados com mais frequência que outras e com isso
alguns cuidados básicos devem ser tomados.
87
Use sempre soro fisiológico para fazer a limpeza dos olhos do seu pet.
Não esfregue algodão, gaze ou qualquer outro tecido nos olhos do seu pet, eles são
muitos sensíveis ao atrito e podendo ocorrer sérias lesões.
Pingue soro ou o aplique delicadamente com auxílio de algodão ou gaze, nos olhos do seu
animal de estimação, é a melhor maneira de efetuar a limpeza.
Não use um jato muito forte para não assustar seu pet, mas que seja suficiente para retirar
as impurezas e sujidades.
Não use colírios por conta própria, pois você pode causar desde leves irritações até
problemas com úlcera de córnea.
Procure fazer uma limpeza semanal nos olhos do seu pet, assim você criará hábito de
examina-lo impedindo a ocorrência de problemas mais sérios.
Caso seu cão seja peludo como Poodle, Shih-tzu, Lhasa apso você percebera que existem
pequenos grumos no canto dos olhos. Procure retira-los com auxílio de algodão ou gaze com soro
fisiológico. Não corte o pelo de forma alguma.
• Materiais utilizados:
• Frasco de soro com agulha
• Seringa com agulha quebrada
• Gaze
• Algodão
• Sedação
O ouvido externo é composto por três cartilagens elásticas: Anular, Auricular e Escutiforme.
As cartilagens Anular e Auricular formam o canal auditivo externo, este por sua vez é dividido em
canal horizontal e vertical. A cartilagem Escutiforme, tem a função básica de movimentação
eficiente da aurícula.
O canal auditivo é revestido por pele contendo glândulas sebáceas e ceruminosas além de
folículos pilosos. A combinação das secreções sebáceas e ceruminosas constituem o cerúmem
que possui principalmente a função de proteção contra objetos estranhos e manter a membrana
timpânica úmida e flexível.
As ondas sonoras chegam ao pavilhão auricular, segue para o canal vertical que tem a
função de condução dessas ondas, em seguida passa para o canal horizontal onde é amplificado,
chega a membrana timpânica que reverbera causando estimulação dos ossículos (martelo, estribo
e bigorna) ocorre estimulação da cóclea, nervo coclear e SNC.
É muito importante manter as orelhas do seu cachorro sempre limpas. As orelhas são
muito sensíveis e fundamentais para que um cachorro viva bem, portanto não podemos esquecer-
nos de cuidar delas. Quando formos fazer a limpeza, sempre olhe com cuidado pra ver se não tem
excesso de cera, feridas ou sujeiras.
Sinais que seu cão possa estar com algum problema nos ouvidos:
• Cotonete
• Ceruminolítico
• Algodão
• Pinça
• Luvas
A dentição do cão embora relativamente simples se adapta muito bem aos hábitos
alimentares desta espécie. Os dentes incisivos são pequenos e importantes para partir os
alimentos antes de sua introdução na boca.
3-1-3-1
3-1-2-1
Escovação dentária
Escovar os dentes dos cães tem como caráter fundamental a prevenção de doenças
periodontais e que se não tratada pode levar a consequências gravíssimas. Melhora o hálito do
animal e mostra um caráter de liderança sobre o mesmo.
Escove os dentes do seu cachorro quando ele estiver calmo e relaxado. Seu objetivo:
criar uma rotina. Trabalhar a escovação diariamente é o ideal. Mas se a boca estiver saudável,
três vezes por semana já fazem diferença. Sem a escovação, há o crescimento de placas,
deixando o cão com risco de mau hálito, doenças na gengiva e queda de dentes. Também pode
causar infecções dolorosas. Infecções graves podem se espalhar causando risco de vida.
Reúna as ferramentas
Você deve usar uma escova de dentes feita para cachorros. As cerdas são mais suaves e
especialmente anguladas. Escovas de dedo podem funcionar bem para cães abaixo de 13 kg.
Para cães maiores, hastes maiores podem dar melhor alcance. Use apenas pasta de dentes para
cachorros. Ela vem em sabores agradáveis para o cão, como frango ou manteiga de amendoim.
Nunca use a sua pasta de dentes. Ela contém ingredientes que podem ferir o estômago do seu
cão.
Assuma a posição
Procure ficar em um local que deixe seu cão confortável. Não fique acima do seu cão nem
assuma uma atitude ameaçadora. Ao invés disso, experimente se ajoelhar ou se sentar em frente
90
ou ao lado dele. Avalie o nível de ansiedade do seu cachorro. Se ele parecer irritado, pare e tente
de novo mais tarde. Talvez você precise dominar cada uma das seguintes etapas com o tempo.
Prepare as gengivas
Teste a disponibilidade de seu cão para ter a boca manipulada passando o dedo das
gengivas e dentes superiores. Isso vai ajudá-lo a se acostumar a ter algo contra os dentes. Use
pressão leve. Talvez você precise acostumá-lo com esse passo por algumas sessões antes de ir
em frente.
Ponha um pouco de pasta na ponta do seu dedo. Deixe o cachorro lamber a pasta do seu
dedo para que ele acostume com a textura e o sabor. Se após alguns dias ele se recusar a lamber
a pasta, experimente um sabor diferente. Com sorte, você vai encontrar uma que ele sinta como
guloseima.
Quando o cão se acostumar com você abrindo e tocando sua boca, comece a usar a
escova e a pasta juntas. Levante seu lábio superior. Enquanto se aproxima dos dentes com a
escova, posicione as cerdas para que elas alcancem a linha da gengiva. Posicionar a um ângulo
de 45 graus dos dentes ajudará as cerdas a massagear a linha da gengiva e limpar as placas.
Escove em círculos pequenos, indo aos extremos de cima e de baixo em cada lado. Na
medida em que você passa as cerdas pela linha da gengiva, algum pequeno sangramento pode
ocorrer. Um ligeiro sangramento ocasional não tem problema. Mas um sangramento contínuo e
pesado pode indicar que você está escovando com muita agressividade ou pode ser sinal de
problemas na gengiva. Peça orientação ao seu Veterinário
Concentre-se na placa
Escove apenas alguns dentes de uma vez, aumentando o número a cada dia. Leve dois
minutos no total. Se o cão resistir no começo, tente começar pelos dentes externos e atrás dos
dentes, que é onde a placa tende a se acumular. Se conseguir chegar aos dentes do fundo, ótimo.
Mas se não conseguir chegar a eles, não force muito. Sua língua grossa ajuda a limpar aquela
área.
Tranquilize o cão
Mantenha o humor leve enquanto estiver escovando os dentes do seu cão. Converse com
ele durante a escovação diária, dizendo exatamente o que está fazendo. Reafirme que ele é um
bom cachorro acariciando suas bochechas ou com tapinhas na cabeça.
Recompense
91
Quando terminar de escovar os dentes do seu cão, ofereça uma recompensa com sua
guloseima favorita ou com atenção extra. Sempre pare enquanto todos ainda estão se divertindo.
Lembre-se também que os cuidados dentais não terminam com a escovação. Certos
mastigadores e guloseimas também ajudam a combater as placas. E não se esqueça de agendar
limpezas dentárias profissionais regularmente. Pergunte ao Veterinário qual a melhor frequência
para o seu cão.
EXERCÍCIOS
EXERCÍCIOS
1) Quais são os aportes humanos necessários para uma boa exploração clínica?
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_______________________________________________________________________
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_______________________________________________________________________
2) Quais os sinais que o cão apresenta quando está com algum problema no ouvido?
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2−1−4−2
a) A fórmula da dentição dos cães é "
3−1−4−3
b) A escovação é fundamental para a prevenção de doenças periodontais.
c) Os dentes incisivos são pequenos e importantes para partir os alimentos antes de sua
introdução na boca.
d) Os dentes pré molares e molares encontram-se no final da arcada dentária e não tem a
função de triturar o alimento.
92
Módulo 13 e 14 - Conceitos introdutórios para atuar na internação 1 e 2
Proposta:
➢ Entender a rotina de um setor de internação;
TEÓRICO
TEÓRICA
PRÁTICO
PRÁTICA
Para clínicas veterinárias que oferecerem serviço de internação, o setor deverá dispor de:
▪ Áreas não críticas - são aquelas não ocupadas no atendimento dos clientes ou as quais
estes não têm acesso. Essas áreas exigem limpeza constante com água e sabão com
poder desinfetante.
▪ Áreas semi-críticas - são aquelas vedadas às pessoas estranhas às atividades
desenvolvidas. Ex: lavanderia, laboratórios, biotério, salas de raio-X. Estas, devido ao seu
nível crítico, exigem limpeza e desinfecção um pouco mais eficiente que as áreas
anteriores.
▪ Áreas críticas - são aquelas destinadas à assistência direta ao paciente, exigindo rigorosa
desinfecção. Ex: setor de internação de pequenos e grandes animais domésticos ou
silvestres, setor de esterilização e salas de cirurgia. Segundo o Centro de Controles e
Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, existem duas categorias de superfícies:
a) Superfície de contato clínico: apresenta um alto potencial de contaminação/infecção direta a
partir de artigos contaminados seja por aerossóis gerados durante o procedimento ou pelo contato
das mãos enluvadas do profissional. Essas superfícies podem, mais tarde, facilitar a
contaminação de outros instrumentos, equipamentos, luvas e até mesmo infectar mãos.
b) Superfícies domésticas: estas não entram em contato com clientes, pacientes, instrumentos ou
equipamentos usados durante os procedimentos clínicos. Portanto, essas superfícies têm um
risco limitado de transmissão de infecções. Como é o caso de paredes, pisos e pias.
Lembretes técnicos:
Leitura recomendada:
http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/manuais/animais/
guia_sanitario_para_estabelecimentos_medicos_veterinarios.pdf
Ter sempre em mente, ao manusear um paciente, que este está fora do seu lar, longe das
pessoas de sua confiança, sentindo dor e medo, torna nossa abordagem mais empática, menos
brusca e automatizada, estabelecendo um vínculo de confiança com o animal. Tornando o manejo
diário menos traumático e mais proveitoso.
Para tanto, evite sempre abordagens muito bruscas, contenção e uso da força
desnecessárias. Esteja sempre portando seus EPIs visando sua proteção e a do paciente,
95
execute movimentos precisos, mantenha o ambiente livre de barulhos e procure manter a calma
em situações de estresse.
Todo paciente crítico deve ser tratado com muita atenção e paciência. Geralmente
são pacientes que se locomovem pouco, urinam e defecam no próprio canil, têm
dificuldade para se alimentar, podem sentir dor e têm um motivo substancial para estar em
estado crítico, por isso algumas questões e comentários devem ser tecidos com relação à
esses pacientes.
Nos exames físicos periódicos, que são obrigatórios, deve-se estabelecer contato
com o paciente para fazê-lo sentir-se melhor. Alguns procedimentos devem ser adotados
na rotina do auxiliar de veterinária:
A verificação dos sinais vitais pode ser considerada a ferramenta mais importante dentre
todos os métodos de monitorização. É importante recordar que nenhum sistema eletrônico de
monitorização deve ser considerado 100% eficiente, pois deve estar relacionado diretamente com
os parâmetros encontrados durante o exame clínico, e deve ser checado sempre pelas mãos
humanas para verificar possíveis erros de mensuração ou de técnica. A análise dos sinais
respiratórios e cardiovasculares é indispensável para todo paciente internado e deve ser realizado
a cada hora pelo auxiliar veterinário e qualquer alteração reportada ao médico veterinário
plantonista imediatamente.
Parâmetros respiratórios
O exame completo do sistema respiratório deve ser realizado por meio da frequência e
do padrão respiratórios, além da ausculta torácica completa em busca de abafamento de
bulhas, alteração dos sons respiratórios, e utilização da percussão torácica.
Parâmetros cardiovasculares
O débito urinário, que consiste no volume de urina produzido pelo paciente a cada
hora, também não constitui um parâmetro vital mas em algumas situações é um importante
guia terapêutico. a mensuração do débito urinário pode ser realizado por método direto ou
indireto. O método direto é aferido quando o paciente está sondado e com um sistema de
coleta fechado que fica em nível inferior ao paciente. A bexiga deve ser esvaziada após
instalada sonda vesical e esse momento é considerado com tempo zero. Os intervalos de
mensuração dependem da solicitação do médico veterinário, porém geralmente é realizado
a cada 6 horas. A sonda deve ser lavada com solução salina estéril a cada 8 horas ou em
caso de queda súbita da produção de urina. O método indireto consiste na coleta da urina
da bandeja da gaiola ou da diferença entre tapete absorvente úmido e seco (cada grama
de diferença pode-se considerar 1 mL de urina).
100
Módulo 15 - Dia-a-dia da clínica 1
Proposta:
TEÓRICO
1) Introdução
PRÁTICO
1) Nutrição
2) Vias de aplicação
3) Parasitárias
Introdução
Lactação e desmame
O desmame começa entre duas e três semanas de vida, momento que o filhote irá
manifestar interesse pela comida da sua mãe. Nesse momento podemos oferecer alimentos secos
umedecidos ou mesmo papinha para desmame.
É essencial que os filhotes recebam alimentos próprios para eles até a quarta semana de
vida, já que o conteúdo de nutrientes e a quantidade de leite não são mais apropriados para
manter um crescimento saudável, caso eles sejam exclusivamente alimentados com leite materno.
Mudança de dieta
Alimentação natural - AN
Cada vez mais nós tutores nos preocupamos com uma boa alimentação para os nossos
cães e por isso, já existem no mercado pet alimentos orgânicos, livres de transgênicos e até
mesmo empresas especializadas no preparo de alimentos naturais.
Introdução
Para uma droga atuar e produzir seus efeitos no organismo dos animais deve primeiro ser
absorvida e então atingir uma concentração eficiente em seu local de ação (órgão alvo). A
absorção da droga geralmente é definida como a passagem da droga de seu local de
administração para a corrente sanguínea.
1. Via intramuscular
A via intramuscular é indicada para pacientes que são agressivos, com impossibilidade de
administração por via oral ou medicamentos que podem ser degradados pelo sulco gástrico
Possui vantagem de efeito rápido. Quando oleoso, absorção do fármaco é lenta e dolorosa.
Quando aquoso, absorção rápida.
Desvantagem, volume administrado deve ser pequeno, pode ser irritante, pode ser aplicada de
forma errada no linfonodo ou veia. Depende de treinamento, aplicar em músculo contraído pode
causar inflamação e dor.
2. Via Intravenosa
Prepare o animal para a injeção, posicione o animal apropriadamente para a injeção IV na veia
jugular, cefálica, safena lateral ou femoral, segure o corpo da seringa orientando o bisel da agulha
para cima, insira a agulha num ângulo aproximadamente de 30 graus com a pele. Avance a
agulha até que a metade pelo menos esteja dentro da veia, solte a pressão que distende a veia,
aspire pequena quantidade de sangue ate o canhão da agulha, injete o material em velocidade
moderada, remova a agulha da veia e imediatamente aplique pressão com uma bola de algodão
seco sobre o local da venopunção.
104
Tem como vantagem a obtenção rápida de efeitos, a possibilidade de administração de
grandes volumes em infusão lenta. Tem como desvantagem riscos de embolia, infecções por
contaminação. Imprópria para substâncias oleosas ou insolúveis
3. Via Subcutânea
Prepare o animal para a injeção, posicione o animal em decúbito esternal, na posição sentada
ou em estação, pince uma dobra de pele entre o polegar e os demais dedos - pescoço ou no
dorso do animal - esfregue a pele sobre a região onde pretende aplicar a injeção com algodão
embebido em álcool 70% ou outro desinfetante de pele. Insira a agulha até o canhão, através da
pele, no espaço subcutâneo, tracione o êmbolo antes de injetar o fármaco observe a entrada de
algum sangue na seringa, se houver entrada de sangue escolha outro local para a injeção, se não
for aspirado sangue o material deve ser injetado em velocidade moderada sobre a pele, remova a
agulha da pele e massageie a área de injeção.
4. Via tópica
As vias tópicas são utilizadas normalmente para a obtenção de efeitos terapêuticos não
sistêmicos, isto é, localizados. No entanto, pode haver absorção de certos medicamentos pela
pele íntegra
5. Via oral
A via oral é a administração do fármaco através da cavidade bucal. Sua principal finalidade é
conduzir o medicamento ao estomago e intestino, para ai ser absorvido e levado por via
sanguínea aos tecidos susceptíveis. Como limitações desta via temos: inativação do medicamento
pelo suco digestivo, incerteza da quantidade absorvida e possibilidade de ação irritante sobre a
mucosa.
6. Via transretal
Necrobiontófagas: quando as larvas invadem tecidos já machucados por necrose, onde as elas
se alimentam do tecido morto. As moscas deste grupo são: licilia, sarcophaga, phaenicia,
calliphora, musca, mucina e fannia.
Miíase
Miíase primária ou furunculóide - Na miíase primária, os ovos da mosca são depositados sobre
a pele sadia e, quando eclodem, as larvas invadem os tecidos subcutâneos do hospedeiro.
Popularmente, as larvas da miíase primária são conhecidas como berne.
Miíase secundária - Neste tipo de miíase, os ovos da mosca são depositados em feridas abertas
e suas larvas se alimentam desse tecido já necrosado. Popularmente, essas larvas são
conhecidas como bicheira.
Bernes
A berne é causada pela mosca berneira (Dermatobia hominis) e sua expectativa de vida é
de somente 1 dia. Quando precisa botar seus ovos, ela captura outro tipo de mosca, deposita
seus ovos nela e essa mosca trata de completar o ciclo, quando pousa em um animal.
Quando a mosca pousa no cão, as larvas caminham sobre o pelo até atingir a pele do
animal. Assim, conseguem criar uma perfuração e penetram no cão para que se desenvolvam
A larva é capaz de aumentar 8 vezes de tamanho em apenas uma semana e continua
crescendo sem parar por cerca de 40 dias.
O orifício criado pela larva para penetrar a pele do cachorro fica aberto, pois ele é utilizado
pela larva pra respirar. Por isso é muito fácil reconhecer a Berne, trata-se de um caroço com um
orifício e uma ponta esbranquiçada, que é a larva.
Parte 4: Ectoparasitas
Carrapatos
As doenças transmitidas por carrapato são muito comuns nos cães, mas extremamente raras nos
gatos. Sua maior prevalência ocorre durante ou logo após o tempo quente, época esta que
podemos observar numero crescente da população dos carrapatos.
106
No cão a espécie mais comum de carrapato é o Carrapato Marrom (Rhipicephalus
sanguineus). Eles sobem no animal, fixam-se na pele e podem transmitir doenças. Quando essa
situação ocorre é preciso buscar tratamento o mais rápido possível.
Este carrapato está adaptado às áreas urbanas, podendo ser encontrado no interior das
residências. Ao abandonar seu hospedeiro, a fêmea precisa de alguns dias para botar os ovos.
Para fazer seu ninho, ela procura lugares altos, sem umidade e com baixa luminosidade, como em
frestas, rodapés, batentes de porta, atrás de quadros e embaixo de estrados de camas.
O ciclo de vida do carrapato possui 4 fases: ovo, larva, ninfa e adulto. No cão podemos ver as
fases jovens (larva e ninfa) e adulta. Quando não estão no animal eles se escondem em "ninhos",
onde passam a maior parte da vida. O carrapato não troca de fase sobre o animal, ele sempre faz
isso no ambiente, nos ninhos.
Normalmente estes ninhos são próximos de onde o animal dorme. Ao sair do esconderijo, os
carrapatos caminham pelo ambiente a procura dos nossos amigos para se alimentarem. É mais
fácil encontrar os carrapatos no ambiente, geralmente em paredes ou muros, no amanhecer ou
entardecer, pois são momentos em que o clima está fresco.
Os carrapatos são extremamente resistentes, podem ficar semanas escondidos sem se
alimentar, aguardando uma condição de clima mais favorável para saírem em busca de alimento.
Eles também são resistentes a produtos de limpeza, por isso infestação não é sinônimo de sujeira.
Os carrapatos devem ser removidos com cuidado, se possível com auxilio de pinça. nunca deve
ser girado devido ao risco do aparelho bucal permanecer no hospedeiro.
Curiosidade!!!!
Passo a passo
4- Realizar um movimento para trás de modo que entre em contato com a gota de sangue,
pressionando-a até que a gota se espalhe por toda a borda da lâmina.
5- Impelir a lâmina, guardando sempre o mesmo ângulo, em um só movimento, firme e uniforme,
sem separar uma lâmina da outra.
6-Secar rapidamente ao ar, e enviar em porta-lâminas
"
Observações:
Pulgas
As pulgas são parasitas externos e nossos animais podem pegar no ambiente e de outros
cães. Elas picam muitas vezes ao dia, o que causa muita coceira e algumas vezes alergia, feridas
e queda de pelos.
Se você encontrar pulgas ou aqueles "pontinhos pretos" que são as (fezes do parasita
adulto,) na pele e pelos do animal, busque o quanto antes o tratamento adequado, conforme
orientação do Veterinário.
O ciclo de vida deste parasita possui quatro fazes: ovo, larva, pupa e adulta. A fase que
vemos no animal é apenas a adulta, que representa 5% da infestação. As forma jovens que
correspondem a 95% estão no ambiente.
As pulgas adultas no animal colocam vários ovos por dia, estes caem no ambiente que ele
frequenta, onde se desenvolverão nas fases seguintes de larva e pupa (como um casulo).
Por isso quando há pulgas no animal é importante lembrar que elas estão no chão, nas
camas, no sofá e por todos os outros lugares frequentados pelos pets.
A picada da pulga também pode causar a DAPP (Dermatite Alérgica à Picada de Pulgas),
além de anemia, irritação e estresse no animal.
EXERCÍCIO
RCÍCIOS
1) No período neonatal é importante que os filhotes mamem o colostro nas primeiras 24 horas.
Por que?
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(a) Biontófagas
(b) Necrobiontófagas
( ) Quando a larva invade o tecido vivo (o animal não precisa estar ferido)
( ) Quando a larva invade o tecido machucado por necrose (onde elas se alimentam por
tecido morto)
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( ) A pulga é um endoparasita muito voraz. Cerca de 72 pulgas podem consumir até 1ml de
sangue por dia.
( ) Além de anemia, irritação e estresse no animal, a picada de pulga também pode causar
DAPP.
111
Módulo 16 - Dia-a-dia da clínica 2
Proposta:
TEÓRICA
TEÓRICO
1) Introdução
2) Conhecer materiais para coleta de sangue
a. Coleta de sangue nas diferentes vias
b. Armazenamento e envio
3) Coleta de urina – Materiais utilizados, armazenamento e envio
4) Coleta de fezes – Materiais utilizados, armazenamento e envio
5) Coleta de pelos – Materiais utilizados, armazenamento e envio
6) Biopsia – Instrumental necessário, armazenamento e envio
PRÁTICO
PRÁTICA
• Técnicas de contenção para
coleta de urina
1) Coleta de sangue
• Métodos de coleta de fezes
• Conhecer e manipular objetos
para coleta de sangue • Armazenamento correto da
amostra
• Realizar técnicas de contenção
para coleta de sangue • Identificação e envio
• Identificação e método de 4) Coleta de pelos
coleta nas diferentes vias • Conhecer e manipular objetos
• Armazenamento correto da para coleta de pelos
amostra • Exame auxiliar para coleta
• Identificação e envio • Métodos de coleta de pelos
• Armazenamento correto da
2) Coleta de urina amostra
• Conhecer e manipular objetos • Identificação e envio
para coleta de urina
5) Biopsia
• Técnicas de contenção para • Conhecer e manipular
coleta de urina
instrumental de biópsia
• Métodos de coleta de urina • Preparo de mesa
• Armazenamento correto da 9instrumental).
amostra • Métodos de coleta – fragmento.
• Identificação e envio • Armazenamento correto da
3) Coleta de fezes amostra
• Conhecer e manipular objetos • Identificação e envio
para coleta de fezes
112
O sangue coletado é de muito melhor qualidade para a análise, pois fazemos pouca
pressão para retirada do sangue.
Veia cefálica
Veia safena
113
No membro pélvico, na região da perna, existe a veia v. safeno lateral (passa na face
externa da perna, útil na coleta de sangue em cães).
Veia femoral
Transfusão sanguínea
Os cães doadores devem ser adultos saudáveis, entre um e oito anos de idade, com
peso mínimo de 30kg e temperamento dócil. Vacinação e vermifugação devem estar
atualizadas, e os animais devem estar livres de ectoparasitas. Além do exame físico antes da
doação, deve-se investigar se o cão doador está livre de possíveis doenças vinculadas pelo
sangue, devem ser negativos para Ehrlichia canis, Babesia canis, Dirofilaria immitis, Borrelia
burgdorferi, e Leishmania sp. A realização de hemograma completo com contagem de
plaquetas deve ser feitos a cada doação sanguínea. Os cães podem doar sangue a cada 30
dias
A maior parte dos cães não requer sedação ou anestesia, porém, se necessário pode-
se usar tranqüilização para contenção dos animais.
Reações
Grupos/tipos sanguíneos
114
Os gatos têm dois grupos sanguíneos: A e B (embora haja um terceiro grupo AB que é
a combinação dos dois, porém, extremamente raro). O cão possui oito grupos sanguíneos
diferentes A1, A2, B, C, D, F Tr He.
Muito importante realizar tipagem sanguíneas antes das transfusões para minimizar
possíveis reações transfusionais.
Homogeneizar a bolsa de sangue antes e durante a transfusão, porém isto só deve ser feito
quando o sangue atingir a temperatura ambiente, pois a homogeneização do sangue
refrigerado causa hemólise
Coleta de urina
Coleta de fezes
As amostras de fezes devem ser colhidas a fresco e não expostas ao sol, pois os
parasitos são frágeis e podem desaparecer prejudicando os resultados. É importante ser
enviadas ao laboratório, em recipientes apropriados, no mínimo 3 amostras de fezes de cada
115
animal colhidas em dias alternados, pois os parasitos são eliminados de forma intermitente
nas fezes.
Coleta de pelos
Indicações
EXERCÍCIO
EXERCÍCIOS
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
3) Correlacione os tubos:
(c)Tampa verde
_____________________________________________________________________
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117
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_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
118
Teórico
1) Introdução
2) Conhecer materiais para coleta de sangue
Prática
4) Armazenamento e envio
_____________________________________________________________________
As células do sangue são de fácil obtenção em geral e seu estudo é de grande utilidade
diagnóstica em processos patológicos. Por essa razão este exame é uma das análises mais
solicitadas pelo clínico
• Agulhas
• Seringas
• Scalps
119
• Algodão
• Gaze
• Garrote
"
Anticoagulante:
Amostras com anticoagulantes são indicadas para hemograma completo (contagem global de
hemácias, leucócitos, plaquetas, determinação do hematócrito, VCM; HCM; CHCM, e
dosagem de hemoglobina)
120
TAMPA ROXA (EDTA)
• O manejo no acesso sempre deverá ser realizado com o auxílio de luvas de procedimento
• Nunca deixar o acesso venoso sujo com resquícios de sangue ou fezes, lembre-se que o
acesso venoso é uma porta de entrada para agentes contaminantes.
Proposta:
TEÓRICO
TEÓRICA
1) Introdução
5) Avaliação do neonatal
6) Alimentação do neonatal
Parte 1
Definição de Neonatologia
Desafio
Maior sobrevivência neonatal é observada quando a gestação ocorre entre 2 e 4 anos nas
cadelas e em ninhadas com dois a cinco filhotes. Nas gatas, a sobrevivência torna-se maior a
partir da quinta gestação. Fatores como obesidade, nascimento de apenas um filhote ou mais
de cinco e a idade avançada da fêmea aumentam a mortalidade. Portanto, para um
procedimento reprodutivo bem-sucedido e nascimento de neonatos saudáveis, deve-se levar
em consideração o escore corporal adequado da fêmea (em torno de cinco, em uma escala de
0 a 10).
❖ A fêmea gestante
Administração de fármacos no
período gestacional
As alterações maternas
fisiológicas contribuem muito para os
efeitos nocivos dos medicamentos no
período gestacional. Deve-se
considerar que o sistema materno
apresenta diversas características
farmacocinéticas alteradas durante a
gestação, determinando maior grau
de exposição do feto às substâncias.
Exames pré-natais
A auscultação dos batimentos cardíacos fetais por estetoscópio ou Doppler fetal pode
ser feita durante os 15 dias finais da gestação e propicia a contagem do número de fetos e a
sobrevivência dos mesmos. A frequência cardíaca fetal durante o parto varia de 170 a 230
bpm, sendo que fetos normais apresentam-se ativos próximos ao parto. A diminuição da
movimentação fetal e da frequência cardíaca (150 a 160 bpm) pode ser indício de angústia
fetal e hipoxia. Frequência cardíaca fetal inferior a 130 bpm e nascimento dentro de 1 a 2 h
representam menor sobrevivência neonatal.
Para a higiene da cadela não é aconselhável o banho antes do parto. Duchas vaginais
com substâncias ácidas,
diminuem a possibilidade de infecção por herpes-vírus, sendo a única profilaxia, pois não há
vacina contra essa afecção no Brasil. A higienização pode ser realizada 2 a 3 dias antes do
parto em dias consecutivos. Além da higienização da genitália externa e dos mamilos, devem-
se retirar os pelos ao redor dos mamilos e, no caso de lesões nas glândulas mamárias, isolá-
las com curativos.
O local do parto e onde serão mantidos os neonatos deve ser um local em que a fêmea
já esteja acostumada (21 dias antes), sendo seguro para as crias, para que não haja
canibalismo, fuga ou pisoteamento.
com furos no assoalho para eliminação de urina e secreções vaginais, ou mesmo uma caixa
plástica que permita a higienização frequente. No caso de gatas, pode-se utilizar uma caixa ou
uma cesta. A maternidade deve ser ampla o suficiente para a parturiente aconchegar seus
neonatos, mas não tão grande que os mesmos mantenham-se muito longe e entrem em
125
hipotermia. Para forrá-la, utilizam-se panos que devem ser higienizados diariamente ou papel
absorvível específico.
O parto é um momento crítico para a parturiente, em que deve suportar a dor, remover
os filhotes dos envoltórios fetais, romper o cordão umbilical, limpar e massagear os neonatos,
estimular a amamentação, fornecer calor e cuidar de todos os neonatos. O parto ocorre em
ambiente caseiro onde a fêmea esteja acostumada ou mesmo no ambiente hospitalar.
Durante o parto, deve-se auxiliar segurando o neonato quando a expulsão ocorrer com
a fêmea em estação; romper os envoltórios fetais, secar e estimular a respiração; pinçar a
porção final do cordão umbilical ligado à placenta não expulsa, ligá-lo e realizar a desinfecção;
certificar-se da eliminação de todas as placentas e pesar todos os filhotes ao nascimento.
Parto distócico
As distocias são definidas como o parto que não se realiza somente com
as forças maternas, necessitando de intervenção manual, médica e/ou
instrumental do obstetra.
Existem inúmeras situações que levam à distocia, como más condições ambientais
(local inadequado de parição), alterações do canal de parto (imaturidade da pelve, fraturas,
conformação, características raciais, enfermidades ósseas), alterações uterinas (torção,
ruptura, prolapso, fibrose de colo de útero, tumores) e alterações fetais (apresentação e/ou
tamanho fetal).
• Contrações uterinas intensas e frequentes por mais de 30 min sem que ocorra
expulsão fetal.
"
Escore de Apgar
"
Pontuação superior a sete indica boa viabilidade neonatal
e taxa de sobrevivência superior a 70%.
127
Exame físico
❖ Peso
O neonato perde cerca de 10% do seu peso ao nascimento nas primeiras 24 h de vida, O cão
neonato deve então pesar o dobro de seu peso ao nascimento nos primeiros 15 dias de vida.
❖ Temperatura
❖ Rítimos
Alimentação
• CUIDADO PARA O BICO NÃO SER MUITO GRANDE –FILHOTES SÃO ESGANADOS
E SE ENGASGAM COM FACILIDADE FAZENDO FALSA VIA - broncoaspiraçãoe
pneumonia.
1. Trauma por mordedura: Provocado pela mãe n momento de cuidados com neonato.
Definição
“É uma consequência de uma ação inesperada, sem planejamento, conhecimento. Pode ser
uma falha humano ou por equipamento.”
❖ Negligência:
Deixar de tomar uma atitude ou apresentar conduta que era esperada para a situação.
❖ Imperícia:
Erro medicamentoso
❖ Erro de prescrição
❖ Erro de preparação
❖ Erro de administração
Erro médico e eventos adversos com drogas na prática clínica: a magnitude do problema.
"
130
Erros:
1. Destino incorretos dos lixos hospitalares – Lixo comum, lixo hospitalar e materiais
perfurocortantes.
E
EXERCÍCIO
XERCÍCIOS
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132
Módulo 21 - Conhecendo o Ambiente hospitalar
TEÓRICO
TEÓRICA
2) Legislação hospitalar.
PRÁTICO
PRÁTICA
Ambiente hospitalar
"
"
"
"
O auxiliar veterinário deve sempre estar trajando uniforme limpo , com identificação de
sua função. Normalmente, o uniforme consiste em um pijama contendo calça e camisa, de
cores claras, e sapato fechado.
Equipamentos hospitalares
___________________________________________________________________________
EXERCÍCIO
Proposta:
TEÓRICO
TEÓRICA
4) ABC do trauma
5) Dispnéia
6) Hemorragia
8) Parada cardiorrespiratória
PRÁTICO
PRÁTICA
3) Reanimação cardio-cerebro-pulmonar
Triagem na Recepção
• Monitoração constante
É importante que, mesmo que a consulta tenha sido com hora marcada, todos os
pacientes que chegam a um serviço veterinário sejam triados logo na chegada pelo auxiliar
veterinário. Com um exame clínico rápido e superficial, e de posse da queixa principal,
formula-se uma sequência de atendimento por gravidade, e a prioridade é dada àqueles em
140
descompensação mais avançada. Com a avaliação do nível de consciência, frequência
cardíaca, padrão respiratório, ausculta toraco-abdominal, avaliação das mucosas, do
enchimento jugular e das temperaturas central e periférica é possível traçar um perfil preciso
do estado clínico do animal. E, se necessário, a mensuração da pressão arterial também já
pode ser adiantada neste momento.
Anamnese
Esse é o primeiro contato do proprietário com a equipe de urgência. Ele deve ser
breve (no máximo em um minuto) e em conjunto com o exame físico inicial de
urgência, sempre que não for possível realizar o atendimento na recepção. Pode ser
agilizado por meio de um questionário rápido amplamente utilizado nas salas de
emergência. O CAPÚM, a fim de facilitar a anamnese e não deixar faltar nenhuma
pergunta importante.
ABC do trauma
Para uma utilização fácil e rápida durante o momento tenso do atendimento, a
abordagem inicial é regida pelo algoritmo A-B-C que envolve patência de via aérea, a
estabilidade ventilatória e respiratória, o ajuste hemodinâmico na circulação e, por último, a
avaliação da capacidade neurológica, respectivamente. O algoritmo em inglês significa: Airway
– Breathing – Circulation. Adaptando o algoritmo, temos que: Ar - Boa Respiração –
Circulação.
▪ A: Examine as vias aéreas, aspire e libere, examine com laringoscópio.
• Procedimentos realizados por auxiliar veterinário: colaboração na inspeção da
cavidade oral, montagem do laringoscópio e aspirador.
141
• Procedimentos realizados por médico veterinário: entubação orotraqueal,
cricotireoideotomia, traqueotomia, punção cricoide.
▪ B: Cheque a SpO2 e a Capnografia, garanta a boa respiração e a ventilação.
• Procedimentos realizados por auxiliar veterinário: oxigenioterapia, colaborar com a
ventilação via ambú.
• Procedimentos realizados por médico veterinário: toracocentese e colocação de tubo
torácico.
▪ C: Controle as hemorragias, garanta um acesso vascular, verifique se há
choque oculto ou mecânico, prepare a reposição volêmica.
• Procedimentos realizados por auxiliar veterinário: punção vascular percutânea,
montagem de fluidoterapia, colaboração para tamponamento de hemorragias.
• Procedimentos realizados por médico veterinário: punção vascular percutânea e por
dissecção, contrapressão abdominal, autotransfusão.
Dispnéia
A dispneia é uma alteração do padrão respiratório normal, onde o paciente apresente
qualquer dificuldade em realizar os movimentos respiratórios. Em pequenos animais os
movimentos respiratórios normais costumam ser costo-abdominal, com o tempo de inspiração
durando um terço do tempo expiratório. Qualquer alteração diferente disto pode ser
considerada uma dispneia e configura uma emergência.
Hemorrágias
Hemorragia é toda perda de sangue que o organismo pode sofrer, seja ela rápida
(aguda) ou de forma lenta e gradativa (crônica), grave ou não.
Dependendo da quantidade de sangue perdido poderá ocorrer anemia. O animal
anêmico apresenta letargia, falta de disposição, diminuição ou perda de apetite, respiração
acelerada e mucosas muito pálidas (gengivas e parte interna das pálpebras). No caso de
perda de grande volume de sangue em pouco tempo, existe o risco de parada cardíaca. Isso
142
acontece porque não há sangue sufi ciente dentro das câmaras do coração para esse órgão
“bombear”.
Hemorragia externa: Hemorragias externas são fáceis de detectar, pois você visualiza
a perda de sangue. Ela é provocada por cortes profundos, perfurações ou brigas entre
animais. Hemorragias superficiais ocorrem quando pequenos vasos que irrigam a pele são
rompidos e a perda de sangue é considerável, mas nunca fatal. Um exemplo é o sangramento
causado por escoriação, pequeno corte ou outro ferimento na pele. Se um vaso sanguíneo for
rompido (veia ou artéria), a hemorragia pode ser grave e deve ser estancada imediatamente.
Os vasos atingidos mais facilmente localizam-se nas patas, cauda, orelhas e pescoço. A
hemorragia grave pode ser fatal, por isso, ela precisa ser interrompida o mais depressa
possível e o volume de líquido perdido pelo organismo, reposto.
Diante deste quadro:
▪ Acione imediatamente médico veterinário
▪ Pressione o local com auxílio de compressa limpa ou estéril – não garrotear o
membro por mais de 10 minutos!
▪ Aferição de parâmetros vitais e monitoração contínua
Hemorragia interna: esse tipo de hemorragia é difícil de detectar, porque não podemos
visualizar o sangue, nem ter certeza se há sangramento interno. Após a queda de um lugar
muito alto, pancada no abdômen ou tórax, atropelamento ou outro acidente, o animal poderá
perder sangue resultado do rompimento de um órgão ou vaso sanguíneo. Os sinais que
podemos notar no caso de hemorragia interna são: queda de temperatura, palidez nas
mucosas e rebaixamento do nível de consciência. Pode haver perda total de consciência e dor
abdominal. A temperatura dos cães e gatos varia de 38ºC a 39ºC. No caso de hipotermia
(temperatura baixa), os valores serão inferiores a 37ºC. O aparecimento de sangue na urina,
fezes ou vômito, não significa hemorragia interna. Quando ele aparece em pequenas
quantidades ou com aspecto de rajadas, a causa da perda de sangue precisa ser investigada,
mas não deve causar desespero. Grandes quantidades de sangue eliminadas pelas fezes e
vômito podem ter como causa envenenamento por “chumbinho” (veneno para ratos) ou
ingestão de iscas com vidro triturado, ambos usados criminosamente para matar animais.
Nesta situação:
▪ Acionar médico veterinário imediatamente
▪ Preparar aparelho de ultrassonografia para o veterinário realizar exame de imagem
▪ Punção venosa com cateter de maior calibre possível e fluidoterapia a critério do
médico veterinário
▪ Preparar material de bandagem para manobra de empacotamento caso tenha que
esperar por cirurgia
▪ Providenciar manobras de aquecimento ou para manutenção de temperatura
corporal – colchão térmico, manta, bolsas de agua aquecida e etc.
143
Convulsão e stautus epileticus
A epilepsia é caracterizada por ataques convulsivos recorrentes. Ela pode ser genética,
ou seja, o animal herdou a doença de seus familiares, ou adquirida. Nesse caso, um histórico
de acidente com pancada na cabeça, quedas, envenenamento ou intoxicações e algumas
doenças justifi cam o animal tornar-se epilético.
Como reconhecer uma crise convulsiva? O animal demonstra incoordenação, cai no
chão e permanece deitado de lado em movimentos de pedalagem, como se estivesse
tentando levantar. Em alguns episódios, ele urina e defeca involuntariamente durante a crise.
Pode haver ou não perda de consciência. O animal fica ofegante e aos poucos vai se
acalmando. Muitos voltam ao normal em alguns minutos, outros fi cam abatidos durante o dia
todo, demonstrando cansaço. Nos casos mais graves, ocorrem crises sucessivas, durante
horas, configurando um quadro de status epileticus. Alguns animais demonstram claramente
uma fase pré convulsão: ficam agitados ou quietos demais várias horas antes da crise.
A convulsão em si é uma urgência e sendo o paciente um animal hígido, sem histórico
de cardiopatias graves, não oferece risco eminente de morte. Porem impressiona muito os
tutores e a intervenção deve ser realizada tão logo a crise se inicie. Imediatamente coloque o
paciente no chão para evitar quedas, proteja sempre que possível a cabeça para que não bata
com força durante a crise. Não puxe a língua ou tente conter os movimentos do paciente,
apenas o proteja de se ferir afastando qualquer superfície próxima que ele possa se chocar.
Auxilie o médico veterinário na administração do fármaco por via retal e aguarde a crise cessar
para que possa manusear o paciente, realizar manobras mais invasivas afim de estabilizar o
quadro e monitorar o paciente.
Parada cardiorrespiratória
A parada cardiorrespiratória caracteriza-se pela interrupção súbita da circulação, e as
manobras de reanimação (RCP) estão reservadas apenas para resgatar os pacientes onde
este evento de morte não era esperado. Não é objetivo da RCP instaurar medidas que
busquem retrasar o processo natural de morte. Nos casos de doenças terminais, crônicas ou
incuráveis, principalmente em pacientes com idade avançada, que sofrem de dor agônica e
incontrolável, a morte deve ser considerada como a evolução natural da doença e, na maioria
das situações, sua evolução não deve ser impedida.
Massagem cárdica
A posição adequada do reanimador em relação ao paciente é fator ímpar para o
sucesso da técnica, e o mesmo deve estar levemente arqueado, direcionando seu
peso para os braços, evitando-se distribuir a força para os lados ou para as pernas. Os
braços devem estar a 90° de inclinação do tórax e todo o esforço deve estar
concentrado nos ombros e mãos. Para que isso ocorra, é necessário que a mesa
esteja ajustada a cada reanimador, por meio de suportes ou regulação de altura.
A bomba torácica é o mecanismo mais importante na RCP em cães com mais de
20 kg de peso vivo, e nesses casos a mão do massageador deve estar no ponto mais
alto da cúpula torácica, a fim de gerar a maior diferença de pressão entre compressão-
descompressão. Já para os animais de tórax profundo e fino (hounds, por exemplo), a
posição pode ser executada com o paciente em decúbito dorsal (figura 2), apesar de
ser mais difícil estabilizar o paciente. Já em gatos e em animais com menos de 20 kg
pode-se utilizar a bomba cardíaca com o paciente em decúbito lateral direito (figura 1),
146
apoiando-se uma das mãos mais próxima da região cardíaca (entre 4° e 5° espaço
intercostal, logo abaixo do cotovelo).
"
Realize as compressões torácicas de 80 a 200 movimentos por minuto (80 em
cães maiores, 100-120 compressões em animais médios e 120 a 200 compressões em
filhotes ou felinos).
O uso das compressões abdominais intercaladas com as compressões externas
na reanimação aumenta substancialmente o fluxo sanguíneo cerebral e cardíaco, mas
intercalar as massagens torácicas com as abdominais só será possível quando do uso
de uma frequência mais baixa.
Ventilação
Uma vez realizada intubalção orotraqueal ou outra manobra para conquistar via
aérea pelo médico veterinário, o auxiliar veterinário pode colobarar realizando os
movimentos respiratórios durante a RCP.
Deve-se cuidar para que a pessoa que realiza a ventilação não exceda a
frequência de movimentos respiratórios (ideal entre 12 e 20 mpm) ao tentar
acompanhar o reanimador nas massagens cardíacas e com isso mantenha altas
pressões intratorácicas, impendindo o enchimento cardíaco completo. De forma geral,
sempre que o responsável por ventilar se deixa levar pela ansiedade e calor da
situação, ele aumenta a frequência de movimentos, o que compromete muito a função
ventilatória e induz a hiperventilação. Por isso recomendamos que o resgatista
ventilador não fique de frente para o resgatista compressor.
147
TEÓRICO
TEÓRICA
Tipos de instrumentos
Cada tipo de instrumento cirúrgico é feito para um uso em particular e deve ser
empregado apenas para esse propósito. A utilização de instrumentos em procedimentos
para os quais eles não foram feitos pode danificar ou cega-los.
PRÁTICO
148
A mesa cirúrgica é dividida por momentos cirúrgicos, esses chamados de Diéres, hemostasia ,
síntese e auxiliares. Abaixo vamos falar sobre cada etapa e o que constitui cada uma delas.
Diérese
Diérese = separação dos tecidos por intervenção manual ou de instrumental. Pode ser cruenta
ou incruenta
• Incruenta = com laser, criobisturi, bisturi eletro-cirúrgico
• Cruenta
• Arranamento = indicado para feixes vásculo-nervosos ou pedículos. Cria
superfícies irregulares, causa fixação do coágulo
• Curetagem = raspagem
• Debridamento = para remover bridas
• Divulsão ou deslocamento = para separar e não para cortar. Pode ser realizada
com a tesoura entrando fechada e saindo aberta ou com os dedos
• Escarificação = raspagem superficial, utilizada para coletar material para
biópsia
• Esmagamento = com a utilização de emasculadres (burdizo)
• Incisão
149
As hemorragias podem ser de origem arterial, venosa, capilar ou mista. Podem trazer ameaça
à vida do paciente ou a sua pronta recuperação; retardam a cicatrização; favorecem a
infecção e podem dificultar a visualização das estruturas durante a cirurgia.
Síntese
INSTRUMENTAIS
Diérese:
Cabo de Bisturi
São os principais instrumentos de corte usados para cortar os tecidos. Os cabos de bisturi n: 3
e 4 com lâminas descartáveis , que são numeradas de 11 a 24, são os mais utilizados em
medicina veterinária.
150
Tesouras
As tesouras, são instrumentos de corte, podem ser curvas ou retas, fortes ou delicadas e em
diversos tamanhos. Podem apresentar lâmina simples ou serrilhada e pontas rombas ou
ponteagudas ou uma combinação das duas. Assim podemos ter tesouras Romba-Romba,
Romba-Ponta, Ponta-Ponta. Enquanto a tesoura reta é mais utilizada pelo auxiliar para o
corte de fios, as curvas são mais utilizadas pelo cirurgião.
Esses instrumentos de diérese separam os tecidos por esmagamento, entre as duas lâminas
que os compõem. Quanto mais crítico for o contato entre as duas bordas, menor será o
trauma. As tesouras podem ser usadas para diérese incruenta, ou seja, a divulsão dos tecidos,
quando introduzidas fechadas nos tecidos e em logo serão retiradas aberta.
Tesoura de METZENBAUM : são indicadas para a diérese mais delicada de tecidos, podem
ser utilizadas em cavidades, introduzindo-as a fundo. É indicada para adiérese de
tecidos orgânicos por ser considerada menos traumática, pois apresentar sua porção
cortante mais curta que a não-cortante.
Hemostasia
As hemorragias podem ser de origem arterial, venosa, capilar ou mista. Podem trazer ameaça
à vida do paciente ou a sua pronta recuperação; retardam a cicatrização; favorecem a
infecção e podem dificultar a visualização das estruturas durante a cirurgia.
151
Os instrumentais utilizados são as pinças hemostáticas de vários modelos e tamanhos.
Apresentam formato semelhante ao da tesoura, diferindo-se delas pela presença da
cremalheira entre as duas argolas, que permite o fechamento do instrumental de forma auto-
estática com diferentes níveis de pressão de fechamento.
As pinças Kelly e Crile apresentam ranhuras transversais na face interna de suas pontas, que
podem ser retas ou curvas. As pinças retas, ou pinças de reparo, são utilizadas para
pinçamento de material cirúrgico como fios e drenos. As pinças curvas são utilizadas para
pinçamento de vasos e tecidos delicados.
As pinças de Crile apresentam ranhuras em todas face interna, enquanto as Kelly apresentam
ranhuras apenas até a metade de sua face interna. Por esse motivo, a escolha do tipo de
pinça determina a segurança da hemostasia a ser realizada.
Síntese
Auxiliares
As pinças de campo têm por finalidade fixar os campo, fenestrados ou não, à derme do
paciente, impedindo que a sua posição seja alterada durante o ato cirúrgico. Sua extremidade
é aguda, curva para a preensão do campo e da pele do paciente. As mais comuns são as
pinças de Backhaus.
No grupo dos afastadores encontram-se variados tipos de afastadores, tais como “Gosset”,
“Finochietto”, “Farabeuf”, e outros..
Os afastadores estáticos são aqueles que utilizamos para a visibilidade no campo cirúrgico.O
afastador de “Gosset” é utilizado a fim de manter exposta a cavidade abdominal, e o
“Finochietto”, para a cavidade torácica.
Quando queremos facilitar o ato cirúrgico, o auxiliar deve lançar mão dos afastadores
dinâmicos tais como o “Farabeauf”, utilizado para a parede abdominal.
153
Afastador Dinâmico
Afastador Alto-estático
Proposta:
TEÓRICO
TEÓRICA
1) Ambiente cirúrgico;
4) Paramentação cirúrgica;
PRÁTICO
PRÁTICA
Assepsia Cirúrgica
Numa cirurgia ocorre uma lesão do tecido do animal, dessa forma, há livre
acesso de microorganismos do meio (do próprio meio ou do meio externo) aos tecidos
do paciente. Assim sendo, é desejo da equipe cirúrgica que o mínimo possível de carga
microbiana tenha contato com as superfícies expostas durante a cirurgia, para que haja
um pós-operatório com poucas ou nenhumas complicações, diminua-se o risco de
infecção da ferida cirúrgica e para que o processo de cicatrização não seja prejudicado
com a contaminação local. É impossível eliminar todos os microrganismos de um
156
ferimento cirúrgico e de um campo estéril, entretanto, uma técnica asséptica limita a
exposição do paciente a uma quantidade não prejudicial de microrganismos. Assim, a
quantidade de microrganismos que entram na ferida cirúrgica feita com procedimentos
rigorosos de assepsia e antissepsia é mínima e o organismo do paciente é capaz de
eliminá-los por meio da ação de seu sistema imune.
A autoclave é um método físico de esterilização que age por meio do vapor sob
forte pressão.
O material a ser esterilizado deve ser embalado de acordo com regras, é preciso
que a embalagem seja permeável ao gás/vapor, impermeável a micróbios, durável e
flexível. A distribuição dos materiais a serem esterilizados dentro da autoclave deve ser
cuidadosa para que se mantenham espaços entre eles para facilitar o escoamento do
gás/vapor, a fim de evitar a formação de ¨bolsões¨ de ar seco, insuficiente para
esterilizar nas temperaturas atingidas habitualmente pelo autoclave. A ação da autoclave
se baseia na associação entre temperatura, pressão, umidade e tempo de exposição, de
modo que vapor saturado a 750 mmHg e temperatura de 121ºC são suficientes para
destruir os esporos mais resistentes, em apenas 30 minutos (MORIYA:2008).
"
Para que o material a ser utilizado na cirurgia mantenha a sua esterilização é preciso
que este seja armazenado corretamente (por exemplo, sem o contato com poeira) e embalado
adequadamente (embalagem permeável ao vapor, por exemplo). É necessário que o material
seja embalado de forma que possam ser facilmente desembalados sem que haja
contaminação do material. Ainda, recomenda-se que os aventais sejam embalados de forma
158
que suas “cordas” fiquem voltadas para a face que se abrirá primeiro do pacote e desse modo,
facilitar a permanência da técnica estéril. Também é importante que seja observado se alguma
embalagem foi danificada por algum motivo, caso tenha sido é necessário que esse material
seja esterilizado novamente devido perda da segurança de esterilidade e, logo, risco de
contaminação.
"
A sala de cirurgia deve ser isolada do fluxo de tráfego geral de pessoas e animais. O
local cirúrgico deve ser separado entre áreas: limpa (por exemplo, a sala cirúrgica), mista
(como os corredores entre as salas cirúrgicas e as áreas de enfermeiros) e contaminada (por
exemplo, os consultórios). A movimentação entre essas áreas deve ser feita seguindo
regulamentos estabelecidos por cada hospital.
• Vestiários;
• Sala de preparação anestésica e cirúrgica;
• Sala de suprimentos anestésicos;
• Área de trabalho de enfermeiros;
• Sala de instrumentos esterilizados;
• Sala de equipamentos;
• Sala de suprimento de manutenção;
• Áreas de pias de escarificação;
• Área de paramentação;
• Sala de cirurgia.
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PREPARAÇÃO APROPRIADA DO LOCAL CIRÚRGICO
A preparação adequada da equipe cirúrgica e da equipe de uma forma geral é importante para
diminuir o rico de contaminação do paciente, desse modo, não há esterilização, há uma
amenização da carga de microrganismos com consequente amenização do risco de infecção
no pós-operatório. Uma preparação apropriada requer: vestuário cirúrgico adequado,
escarificação cirúrgica, técnica para vestimenta do avental estéril e técnica para calçar as
luvas estéreis.
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VESTUÁRIO CIRÚRGICO ADEQUADO
ESCARIFICAÇÃO CIRÚRGICA
Os cuidados pré operatórios a serem tomados com o paciente são muitos. Variam
desde a conversa com o cliente sobre os custos e riscos do procedimento até o preparo do
paciente em si. É importante que o Veterinário deixe claro como será a cirurgia, quais os
benefícios irá trazer ao animal e qual o prognóstico. É importante que haja um termo de
autorização para o procedimento.
EXERCÍCIOS
EXERCÍCIO