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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS


ESCOLA DE CIÊNCIAS SOCIAIS
Curso Bacharelado em Administração
Disciplina: Metodologia Científica
O MEIO AMBIENTE E AS EMPRESAS

Autor - Lucas Beraldi De’ Carli


Autor 2 – Mataus Monteiro

RESUMO
O objetivo deste paper, cujo tema é “O impacto do meio ambiente nas organizações”, é
apresentar fatos históricos sobre o meio ambiente e as empresas, mostrando a evolução dessa
relação e como o desenvolvimento sustentável impacta nesse meio empresarial, além de
apontar a auto regulação de certas empresas, em decorrência de uma gestão ambiental.

A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, uma forma de revisão bibliográfica


documental, através de autores e alguns artigos como: Carmem SIlva Sanches e Maria Tereza
de Souza, ambos artigos publicados na RAE- Revista de Administração de Empresas.

Palavras-chave: fatos históricos, desenvolvimento sustentável, gestão ambiental

1 INTRODUÇÃO-
Com o avanço da industrialização, os Estados da época estavam
focados em criar polos industriais explorando ao máximo a matéria prima da
fauna da região, em prol de um único objetivo, a lucratividade, deixando de fora
a qualidade de vida e a responsabilidade das condições de vida das pessoas
empregadas nesses polos ou até moradores da área.
 Esse problema de sustentabilidade veio decorrente de vários
anos de um controle irresponsável tanto de matéria prima quanto
de poluição, gerando ações socioambientais através de algumas
convenções gerando vários debates sobre a saúde mundial.
Depois dos problemas que a poluição gerada pelas indústrias
começaram a vir à tona, foram convocadas diversas conferências visando a
melhora ambiental impedindo que essa exploração continue, surgindo um
termo que ficou conhecido como desenvolvimento sustentável que tem-se em
foco ações sociais, ecológicos, e econômico usando matérias primas
renováveis.
2 DESENVOLVIMENTO

2.1 A breve história do nascimento da educação ambiental

Desde de o início da indústria nunca houve nenhuma preocupação com o meio


ambiente e também com o que os processos industriais acarretaram para ele,
esse assunto nunca foi importante a época, já que por visarem apenas
lucratividade, o bem estar geral não importava muito, haja vista as péssimas
condições de trabalho da época e sua escassa remuneração.
E durante muito tempo esse meio empresarial foi assim, mas não só no meio,
não havia na sociedade uma consciência geral que pusesse em pauta esse
assunto como algo importante para os indivíduos e também para as
organizações, mas isso veio a mudar com o passar dos anos, principalmente
após conferência sobre A Biosfera, realizada em Paris, em 1968, por
especialistas cientistas da área, aí se deu o despertar do que chamamos de
consciência ecológica.
A partir de 1971 essa conferência resultou em uma drástica mudança em
certas práticas ambientais, onde não só se preocupavam em denunciar
práticas nocivas, mas também em desenvolver métodos, técnicas que fossem
benéficas ao meio ambiente, essa ideia ficou conhecida como MAB da
UNESCO, que tinha a ideia de algo mais a longo prazo.

“conservação para um desenvolvimento duradouro (...) O


trabalho do MAB já não consiste em denunciar as
atividades nocivas ao meio ambiente, mas em propor
ações capazes de conciliar os imperativos do
desenvolvimento com os da preservação do meio natural”
(DROSTE, Bernd Von. Para um desenvolvimento
duradouro: conservação e desenvolvimento são dois
lados da mesma moeda. O Correio, Rio de Janeiro, v. 15,
n. 12, p. 4-7, dez. 1987.)

2.2 O desenvolvimento sustentável como prática positiva nas empresas


Esse termo surgiu em 1980, utilizado pela primeira vez no documento
Estratégia de Conservação Mundial: conservação dos recursos vivos para o
desenvolvimento sustentável. Publicado pela União Internacional para a
Conservação da Natureza. E a ideia de desse termo é basicamente esta:

“para ser sustentável, o desenvolvimento precisa levar


em conta fatores sociais e ecológicos, assim como
econômicos; as bases dos recursos vivos e não-vivos; as
vantagens e desvantagens de ações alternativas, a longo
e a curto prazos.”
STARKE, Linda. Lutando por nosso futuro em comum.
Rio de Janeiro: FGV, 1991, p. 9

E o desenvolvimento sustentável é justamente isso, avançar sem prejudicar o


meio ambiente, extraindo recursos naturais porém permitindo que haja
renovação.

Como afirma José Eli da Veiga em “Desenvolvimento sustentável: que bicho é


esse?” 2008, Campinas- SP. “O objetivo dessas pesquisas é permitir que a
humanidade se alimente sem destruir suas fontes de nutrição”.
Foi no Relatório de Bruntland, que foi apresentado a primeira vez, esse desejo
de que o desenvolvimento ocorra de forma sustentável, e em nossa sociedade
todo desenvolvimento gira em torno de um crescimento, de uma expansão
econômica, já que é principal vetor, do crescimento e do desenvolvimento
humano e das civilizações segundo José Eli da Veiga.
“Manifesta a ambição de que o crescimento econômico –
por enquanto o principal motor do desenvolvimento –
possa respeitar os limites da natureza, em vez de destruir
seus ecossistemas. E que, assim, possa satisfazer,
citando o próprio relatório, “as necessidades presentes,
sem comprometer a capacidade das gerações futuras de
suprir suas próprias necessidades.”
VEIGA, José Eli da. Desenvolvimento Sustentável, que
bicho é esse? José Eli da Veiga & Lia Zatz. – Campinas,
SP: Autores Associados, 2008. – (Armazém do Ipê)

2.3 Desenvolvimento sustentável como agenda


Essas práticas sustentáveis ultrapassaram a sua área, e se tornaram não só
algo importante para um desenvolvimento saudável, mas também se tornou um
bom discurso, algo que pode ser usado politicamente, já que levantar essa
pauta passa uma imagem positiva, e muito por isso, as empresas passaram a
aderir logo de cara a essa ideia sustentável, pois mesmo perdendo talvez
alguma lucratividade extra, eles ganhavam com marketing positivo e boa fama
no mercado, põe suas práticas que respeitam o meio ambiente.
“A expressão Desenvolvimento Sustentável (...) Está
presente em todos os lugares: nos discursos
políticos, nos programas de governo, nos projetos
sociais de empresas e até na fachada de escolas.”
Idem, ibidem
2.4 Os indicadores e regulamentações que incentivam uma gestão
ambiental.
Após o início dessa onda verde, foram criadas alguns indicadores e
organizações que visam fiscalizar e incentivar as empresas a serem mais
sustentáveis, como os indicadores ETHOS, até mesmo as diversas ISO´s ,
todas com o intuito de minimizar o impacto ambiental das ações dessas
organizações, diminuindo o impacto na vida da sociedade como um todo, e
principalmente aos moradores do entorno.
Segundo destacado no artigo de Carmem Silva Sanches, chamado Gestão
Ambiental Proativa, há também uma auto-regulamentação, algo que representa
uma iniciativa própria das instituições, decisão tomada pelas empresas que tem
o propósito de disseminar tais práticas, estabelecendo qualquer tipo de
monitoramento, metas de redução de poluição e afins. Geralmente via
contratos entre autoridades públicas ou mesmo entre firmas e população,
práticas usadas desde a década de 70, que vem se tornando mais comuns
com o passar dos anos.
Ainda segundo Sanches, diversas tecnologias estão sendo criadas e usadas
para diminuição da poluição, como tecnologias de prevenção a poluição, de
controle de poluição a diminuição de tóxicos no processo produtivo de diversos
produtos.
Isso tudo mostra como hoje em dia, nós temos caminhando lado a lado as
empresas e o meio ambiente, onde se preocupam não somente com a
lucratividade, mas também com um desenvolvimento sustentável e uma gestão
ambiental proativa, para que os recursos durem mais e sejam melhor
utilizados.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho assim, conta um pouco da forma como a sociedade após a
escassez de várias matérias primas e o resultado de uma industrialização
abusiva, com ênfase no lucro. Portanto, há uma crise no desenvolvimento do
setor industrial mundial mudando de foco, por conta dos tratados e convenções
voltadas para o meio ambiente e sustentabilidade, para um viés menos
agressivo e tóxico à sociedade.
Assim sendo, o crescimento econômico não pode se estabelecer de
forma infinita. Desse modo, é necessário que se estabeleça uma relação de
desenvolvimento humano que relacione de forma harmoniosa crescimento
econômico e desenvolvimento sustentável.
Como dever de todos na sociedade, de empresas até governo, ter uma
visão mais integrada a nossa realidade no que se refere à sustentabilidade. É
nossa responsabilidade garantirmos um meio ambiente agradável e
sustentável, se portando de forma responsável e ecológica.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Como: principais fontes:


SOUZA, Maria Tereza de. Rumo a prática empresarial sustentável. RAE, revista de
Administração de Empresas, vol.33 n.4, 1993.
SANCHES, Carmem Silva. Gestão ambiental proativa. RAE, Revista de Administração
de Empresas, vol.40 n.1, 2000.
(DROSTE, Bernd Von. Para um desenvolvimento duradouro: conservação e
desenvolvimento são dois lados da mesma moeda. O Correio, Rio de Janeiro, v. 15, n.
12, p. 4-7, dez. 1987.)
(STARKE, Linda. Lutando por nosso futuro em comum. Rio de Janeiro: FGV, 1991, p.
9)
VEIGA, José Eli da. Desenvolvimento Sustentável, que bicho é esse? José Eli da
Veiga & Lia Zatz. – Campinas, SP: Autores Associados, 2008. – (Armazém do Ipê)

Idem, ibidem

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