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Índice
Código/designação da unidade .......................................................................................... 1
Carga horária ..................................................................................................................... 1
Índice ......................................................................................................................... 2
Objetivo Geral .................................................................................................................... 4
Objetivos Específicos ......................................................................................................... 4
Conteúdos Programáticos .................................................................................................. 5
Introdução ......................................................................................................................... 7
1. Comunicação assertiva ............................................................................................... 8
ESTILO PASSIVO ............................................................................................................. 9
ESTILO AGRESSIVO ....................................................................................................... 10
ESTILO ASSERTIVO........................................................................................................ 12
A assertividade como alternativa eficaz na comunicação............................................. 15
Particularidades e vantagens do perfil assertivo .......................................................... 20
Dificuldades ................................................................................................................. 24
Em discussões .............................................................................................................. 24
Conflito ........................................................................................................................ 26
Resolução de Conflitos ................................................................................................. 27
Estilos de Comportamento e comportamento assertivo .............................................. 27
Comportamento Assertivo ....................................................................................... 27
Comportamento Não Assertivo ................................................................................ 28
Dimensões do comportamento assertivo ................................................................. 29
Componente emocional da assertividade ................................................................ 31
Desenvolvimento da assertividade ........................................................................... 33
2. procurar emprego: quando, como e porquÊ ............................................................ 34
3. Atitudes, comportamentos e conselhos práticos ..................................................... 37
4. anúncio .................................................................................................................... 40
Empresa ....................................................................................................................... 42
Requisitos de candidatura ............................................................................................ 43
Formas de resposta ...................................................................................................... 46
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5. Carta de apresentação ............................................................................................. 48
6. Currículo .................................................................................................................. 51
Para que serve ............................................................................................................. 51
Formas de apresentação .......................................................................................... 51
Conteúdos .................................................................................................................... 52
Currículo cronológico, funcional, europeu ................................................................... 52
7. Carta de candidatura ................................................................................................ 53
8. Entrevista de emprego ............................................................................................. 55
Preparação ................................................................................................................... 56
Aspetos a abordar pelo empregador e pelo candidato ................................................ 56
Comportamentos ......................................................................................................... 56
Avaliação ...................................................................................................................... 58
Conclusão ........................................................................................................................ 60
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OBJETIVO GERAL
Refletir sobre a importância de uma comunicação interpessoal assertiva,
identificando técnicas de comunicação para a resolução de problemas, transpondo
a sua importância de forma eficaz para a prática do dia a dia;
Desenvolver, com sucesso, estratégias e técnicas de procura eficaz de emprego,
aplicando-as no dia a dia.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Citar, de acordo com o manual de apoio, pelo menos três determinantes da
comunicação eficaz;
Descrever pelo menos uma barreira que surge nas diferentes fases do processo de
comunicação, através de um exercício simulado;
Identificar pelo menos dois elementos básicos no processo comunicacional num
exercício de grupo;
Praticar, através de dinâmicas de grupo, o estilo de comportamento/comunicação
assertivo, identificando particularidades e vantagens deste perfil;
Conhecer pelo menos duas fontes de emprego, de acordo com as indicações do
formador;
Aprender, adequadamente, a preparar-se para uma entrevista de Emprego,
considerando as indicações e dicas fornecidas pelo formador;
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Definir pelo menos duas aptidões, num exercício de reflexão;
Elaborar, corretamente, um currículo, de acordo com as indicações fornecidas pelo
formador;
Elaborar, com sucesso, uma carta de apresentação, de acordo com as indicações
fornecidas pelo formador;
Distinguir o currículo cronológico, funcional e europeu, apresentado pelo menos
uma diferença, em situação de teste de avaliação;
Refletir, com sucesso, sobre a importância do interesse, motivação e satisfação
pessoal na procura mais eficaz de emprego, realizando uma análise às próprias
potencialidades.
CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS
1. Comunicação assertiva
a. A assertividade como alternativa eficaz na comunicação
b. Particularidades e vantagens do perfil assertivo
c. Dificuldades
d. Em discussão
e. Conflito
f. Resolução de problemas
g. Estilos de comportamento e comportamento assertivo
- Estilos típicos de comportamento
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- Dimensões do comportamento assertivo
- Componente emocional da assertividade
- Desenvolvimento da assertividade
2. Procura de emprego: quando, como e porquê
3. Atitudes, comportamentos e conselhos práticos
4. Anuncio
a. Empresa
b. Posto de trabalho
c. Requisitos de candidatura
d. Forma de resposta
5. Carta de apresentação
6. Currículo
a. Para que serve
b. Conteúdos
c. Currículo cronológico, funcional e europeu
7. Carta de candidatura
8. Entrevista de emprego
a. Preparação
b. Aspetos a abordar pelo empregador
c. Aspetos a abordar pelo candidato
d. Comportamentos
9. Avaliação
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INTRODUÇÃO
A procura de emprego pode ser uma das tarefas mais desgastantes e ingratas, pode
acarretar muitos dissabores e dificuldades e por isso, para maximizar os resultados
minimizando o esforço é necessário adaptar uma atitude e um comportamento correto ao
longo de todo o processo. No contexto atual do mercado de trabalho, a procura de
emprego deve ser ativa, organizada e persistente e manter uma atitude positiva perante
todo este processo depende de si.
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1. COMUNICAÇÃO ASSERTIVA
Os estilos de comunicação relacionam-se com a forma que escolhemos para
exprimirmos o nosso ponto-de-vista. Podemos fazê-lo de uma forma:
1- Direta (de forma explícita) ou indireta (de forma implícita e que dá lugar a várias
interpretações);
2- Diplomática (expressar o ponto-de-vista próprio e respeitar que o outro tenha um
diferente) ou persuasiva (procurar convencer o outro a adotar o nosso próprio ponto-de-
vista).
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2- O estilo passivo está associado a pessoas submissas e inseguras;
3- O estilo assertivo, por ser menos utilizado, não é tão estereotipado; ainda assim,
às vezes é associado às pessoas muito elaboradas na sua comunicação ou demasiado
formais para a situação em causa.
ESTILO PASSIVO
Quando se expressa o ponto-de-vista de forma indireta e diplomática; ou indireta e
persuasiva (vertente manipulador).
Utilização Adequada:
É útil em situações em que, por prudência, reserva, ou desejo de escutar o outro
prefira não expor (explicitamente) o seu ponto-de-vista. Pode também ser utilizado
quando se quer convencer de forma implícita os outros a agir de acordo com a nossa
vontade (vertente manipulador).
Utilização Inadequada:
Resulta numa atitude de submissão, insegurança, desresponsabilização, vitimização
ou manipulação negativa.
Utilização dos espaços de comunicação:
Eu OUTRO
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Modalidades da Comunicação Verbal:
1- Usam-se frases enigmáticas e evasivas (por vezes inacabadas e na 3ª pessoa);
2- Defendem-se dois pontos-de-vista diferentes, de forma a não se comprometer
com nenhum deles, ou a manipular;
3- Desvia-se a atenção para outro aspeto ou assunto;
4- Usam-se provérbios, comentários sarcásticos e irónicos.
ESTILO AGRESSIVO
Quando se expressa de forma direta e persuasiva o ponto-de-vista.
Utilização Adequada:
É útil nas situações em que queira impor limites importantes à atuação de terceiros,
que não pretenda ver discutidos ou relativizados.
Utilização Inadequada:
Quando mal utilizado pode resultar numa atitude demasiado autoritária, ofensiva
ou egocêntrica.
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Utilização dos espaços de comunicação:
EU
OUTRO
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ESTILO ASSERTIVO
Quando se expressa de forma direta e diplomática o ponto-de-vista.
Utilização Adequada:
É útil na maioria das situações em que é necessário estabelecer um bom diálogo com
o interlocutor.
Utilização Inadequada:
Quando mal utilizado, pode resultar numa atitude excessivamente diplomática e
pouco genuína.
diálogo
EU OUTRO
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Modalidades da Comunicação Verbal:
1. Fala-se na primeira pessoa (Eu), é-se claro e objetivo a dizer o que pensamos e
queremos do outro, mas sempre sob a forma de um pedido (tom colaborativo);
2. Procura ser-se relativo e valorizar a nossa perspetiva, sem diminuir outras;
3. Valoriza-se a opinião do outro, mas critica-se de forma construtiva (usa-se um
discurso elaborado e "cirúrgico").
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Exemplo 1 – na expressão de opinião
Situação: Discussão com colegas sobre adiar a entrega de um trabalho.
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Vamos comparar os estilos de comunicação dois a dois, de forma a ver as diferenças na
construção das frases:
FRASES AGRESSIVAS FRASES ASSERTIVAS
1. “A proposta não está 1. “Acho que a proposta
atualizada” não está atualizada”
2. “Apanha o copo que 2. “Gostava que
deixaste cair” apanhasses o copo”
3. “Tu desiludiste-me” 3. “Eu sinto-me
desiludido com o teu
comportamento”
FRASES PASSIVAS FRASES ASSERTIVAS
1. “Pois, há vantagens e 1. “Tenho dúvidas sobre
desvantagens em a decisão a tomar”
cada uma das 2. “Acho que a tua
opções” opção revela que às
2. “Algumas opções são vezes podias ser mais
boas para quem não exigente”
pede muito da vida” 3. “Preferia que não
3. “Sim, claro que pode saísses, pois vou ficar
sair. Eu fico bem sozinha”
sozinho”
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Ser Assertivo é ser Auto-Afirmativo, é ser capaz de exprimir os sentimentos de forma
clara, sem entrar em ataques pessoais. As pessoas que assumem um estilo de
comportamento, preponderantemente assertivo, são capazes de construir relações
interpessoais construtivas e eficazes, o que é bastante positivo, não só nas relações de
carácter profissional, como de carácter pessoal. Comunicar de forma afirmativa é exprimir
os seus pensamentos, os seus sentimentos e os seus pontos de vista de forma clara,
honesta e apropriada.
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Este comportamento é geralmente eficaz quando se pretende atingir determinado
fim, porque permite estabelecer compromissos que visem a satisfação de quem se afirma
e a satisfação dos outros.
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Características
O sujeito que se afirma:
• Evidencia os seus direitos e admite a sua legitimidade sem ir contra os direitos dos
outros.
• Pronuncia-se de forma serena e construtiva.
• Desenvolve a sua capacidade de se relacionar com o mundo e com os outros.
• Privilegia a responsabilidade individual.
• Está à vontade na relação face a face.
• É verdadeiro consigo e com os outros.
• Coloca as coisas muito claramente e negoceia na base de objetivos precisos.
• Procura compromissos realistas em caso de desacordo.
• Não deixa que o pisem.
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Procurar compromissos realistas;
Negociar na base de interesses mútuos e não de ameaças;
Não deixar que o “pisem”;
Estabelecer uma relação com base na confiança, não manipulando.
Através de:
Estabelecendo a sua própria escala de prioridades;
Dizendo “não” sem ter necessidade de se justificar;
alguma coisa;
Tentar saber qual a imagem que os outros têm de si próprio.
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A assertividade leva a:
Exprimir o que se pensa ou se sente, sem ambiguidades;
Ser objetivo, elogiar os outros sempre que mereçam, elogiar-se a si próprio mesmo
na presença de terceiros;
Exprimir o que se sente e pensa através da palavra, postura e gesto;
Discordar, contradizer e refutar as ideias do outro sempre que não se concorde;
Falar de forma direta;
Improvisar sempre que necessário, desde que a opinião corresponda a ideias e
sentimentos honestos e verdadeiros;
Manter com os outros relações assentes na confiança mútua;
Estar mais à vontade nas relações com os outros.
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Uma pessoa assertiva:
Abstêm-se de julgar e fazer juízos de valor apressados sobre os outros;
Não utilizar linguagem corporal ou entoações de voz opostas ao que diz por
palavras;
Descreve as suas reações mais que as reações dos outros;
Facilita a expressão dos sentimentos dos outros, não os bloqueando.
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Aumenta as reações positivas dos outros que passam a sentir mais respeito e
admiração;
Diminui a ansiedade;
Favorece a comunicação interpessoal, pois possibilita uma maior proximidade entre
as pessoas e uma maior satisfação com a expressão das suas emoções.
Produz uma sensação de bem-estar no ambiente profissional e familiar;
Evita conflitos e o desgaste nas relações.
EMPATIA
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Como a maior parte das características pessoais, a empatia tem tanto de
natural como de aprendizagem.
Na realidade, nem todos possuímos inatamente esta característica e, mesmo
entre quem a tem, poucos a sabem utilizar a seu favor. No entanto, qualquer um
a pode desenvolver.
E para uma empatia de qualidade, que conduz a resultados concretos e ao
sucesso, requer-se sempre treino.
Assim, com alguma prática e persistência, poderemos desenvolver esta
capacidade de modo a que depois possa funcionar de forma automática.
A empatia é uma ferramenta poderosa que permite com que duas ou mais pessoas
interajam de forma proveitosa. No fundo, é através da empatia que se criam as
pontes de comunicação entre duas pessoas.
Nem sempre a forma que escolhemos para transmitir uma ideia é suficiente
para que ela seja perfeitamente entendida pelo nosso destinatário.
Assim, a empatia tem tudo a ver com as palavras que escolhemos e a forma
como as organizamos para comunicar as nossas ideias.
Se temos algo a dizer, é essencial sabermos escolher a forma de, não só
transmitir a ideia, mas faze-la ser bem compreendida por quem nos ouve.
A arte da empatia, mais do que a simpatia é o grande segredo de uma boa
comunicação.
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No processo de comunicação:
Veja o problema do ponto de vista do outro;
Identifique as questões-chave e as preocupações envolvidas;
Determine que resultados constituiriam uma solução plenamente aceitável;
Identifique novas opções possíveis para alcançar tais resultados.
Dificuldades
As falhas de comunicação são uma das principais restrições que impedem que uma
meta seja alcançada e que o desempenho seja ótimo. Quando as informações não são
compartilhadas de forma correta, surgem grandes dificuldades nas relações, na execução
dos processos e no alinhamento das demandas. Como consequência, as ações acabam
sendo limitadas, bem como o alcance dos resultados.
Em discussões
Os desentendimentos devem ser tratados de forma sincera e imediata, para evitar
o acumular de insatisfações que depois só levam a que cada um fique com uma espécie de
coleção de mágoas acumuladas, à espera de uma situação (uma discussão, por exemplo),
para poderem ser todas “jogadas à cara” do outro de uma só vez. Se esta estratégia do
imediato for utilizada, evita-se a tradicional situação de assistir casais, filhos e pais,
discutirem por coisas que nada têm a ver com o que iniciou uma determinada conversa,
que depois acaba por se transformar em discussão.
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Técnica do disco partido
Repetir o nosso ponto de vista/resposta, com tranquilidade, sem entrar em
discussão nem responder a provocações;
“Tinha de acabar um trabalho e não tinha outra hora”
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“Tens razão, chegámos tarde por minha culpa. Mas sabes que
normalmente não costumo ser atrasado
Conflito
Dificuldade para gerir a diferença de forma eficaz
É a diferença entre mim e o outro que torna possível a
aprendizagem
As diferenças podem parecer-nos perigosas mas são plenas de
vitalidade
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Num ambiente de respeito mútuo
Se necessário, combinar outro momento para continuar
Resolução de Conflitos
A “valsa” de ganhar-ganhar
Expressar as posições iniciais
Explorar as preocupações/interesses subjacentes
o Recolher informação detalhada e especifica estimula novas ideias
para soluções
o Requer tempo e energia emocional
Criação de um plano de ação mutuamente satisfatório
Conjunto de soluções
Que resposta a todas as preocupações de ambas as partes
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O comportamento assertivo pode ser definido como aquele que envolve a expressão
direta, pela pessoa, das suas necessidades ou preferências, emoções e opiniões sem que
ao fazê-lo, ela experiencie ansiedade indevida ou excessiva e sem ser hostil para o
interlocutor.
É, por outras palavras, aquele que permite defender os próprios direitos sem violar
os direitos dos outros.
Comportamento Agressivo
É aquele em que a pessoa expressa as suas necessidades ou preferências, emoções
e opiniões, mas de forma que é hostil, exigente, ameaçadora ou punitiva para o
interlocutor. A pessoa que tem este comportamento defende os seus direitos, mas fá-lo à
custa da violação dos do outro.
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Comportamento Manipulativo
É aquele em que a pessoa expressa as suas necessidades ou preferências, emoções
e opiniões de uma forma implícita ou indireta, frequentemente com “mensagens mistas”
em que há contradições no conteúdo ou entre o conteúdo e comportamento não verbal.
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Assim, comportamentos assertivos tendem a se caracterizar por maior
contato visual entre o indivíduo assertivo e seu interlocutor, maior uso de
afirmações dotadas de afeto, tom de voz audível, verbalizações de maior duração, uso
adequado de características paralinguísticas da fala (como fluência, variabilidade de
expressões, vivacidade).
A postura corporal, os gestos utilizados, a distância do interlocutor e as
expressões faciais do indivíduo também são diferentes entre o comportamento assertivo
e os comportamentos agressivos e passivos.
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Componente emocional da assertividade
A Inteligência Emocional é uma área de investigação psicológica que procura definir
o desenvolvimento global do indivíduo inserido no seu ambiente, interagindo com outros.
Valoriza as qualidades humanas e reflete que o sucesso (pessoal, académico, profissional)
passa muitas vezes pelas capacidades emocionais das pessoas do que pelas capacidades
intelectuais.
Somos, de facto, controlados pelas nossas emoções, e conhecer a Inteligência
Emocional é encontrar formas de melhorar ou reconhecer a importância dos sentimentos
e emoções.
Os conceitos sobre o controlo e aproveitamento produtivo das emoções humanas
causam polémica e geram mudanças no modo de compreensão das relações das pessoas
no trabalho e com as suas próprias vidas.
As tensões da vida moderna – como o risco de demissão, stress, mercado
competitivo e falta de tempo para o lazer – são situações que tendem a alterar o estado
emocional de grande parte das pessoas, levando-as até ao seu próprio limite físico e
psíquico.
O resultado é o desequilíbrio emocional. Percebendo a gravidade deste problema,
as empresas passaram a incorporar o autoconhecimento, a autoconsciência, a empatia, a
autoaceitação e a intuição como palavras de ordem, transformando os funcionários no
foco das atenções.
Todos possuem algumas habilidades emocionais. Certas pessoas têm um
desempenho excelente nessa área, enquanto outras não se dão tão bem.
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A Inteligência Emocional apresenta 10 características:
O controlo emocional - compreender a controlar os seus sentimentos e gerir
o seu humor;
A autoestima - ter bons sentimentos a seu respeito, independentemente das
situações exteriores;
A gestão do Stress - controlar o stress e criar mudanças;
As aptidões sociais - ser capaz de se relacionar com os outros e ser empático;
O controlo da impulsividade - controlar a sua impulsividade e aceitar adiar as
suas gratificações;
O equilíbrio - manter o equilíbrio entre o trabalho e a casa, as obrigações e o
prazer;
As aptidões de comunicação - comunicar eficazmente com os outros;
Gestão das suas metas e dos seus objetivos - fixar metas realistas em todas as
esferas da sua vida;
A automotivação - motivar-se a si próprio na prossecução das suas metas, ser
capaz de criar energia interna;
A atitude positiva - manter uma atitude positiva e realista mesmo quando nos
momentos mais difíceis.
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Desenvolvimento da assertividade
A assertividade oferece às crianças a habilidade de se adequarem a um
contexto. A aquisição dessa habilidade favorece a manutenção de outras habilidades,
como a civilidade, o autocontrolo e a expressividade emocional. Com a assertividade a
criança conquista a capacidade de defender os próprios direitos e de expressar
sentimentos e crenças, de forma honesta, direta e apropriada, sem violar os direitos das
outras pessoas. Quando ocorrem défices de assertividade, as crianças podem vivenciar
perda de oportunidade, autoimagem negativa, frustração, tensão, incontrolabilidade e
isolamento.
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2. PROCURAR EMPREGO: QUANDO, COMO E PORQUÊ
Está a trabalhar? Então, provavelmente, já deixou de procurar emprego e ver os e-
mails que lhe chegam diariamente com novas oportunidades de emprego. Se está a fazer
isto… não devia.
Mesmo já estando empregado deve continuar a procurar emprego e ler descrições
de emprego – vão ajudá-lo a progredir na carreira profissional.
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Ao procurar emprego e ver o tipo de vagas disponíveis, poderá começar a perceber
qual/quais as áreas que mais lhe interessam.
Tente perceber quais os anúncios que lhe ficam na memória e que tipo de funções
soam “divertidas” e desafiantes. A carreira é uma evolução, mas não tem que ser somente
para cima. Percursos laterais podem ser ainda mais motivadores.
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Ao manter uma lista atualizada de vagas de emprego interessantes, não começará
do zero quando procurar novo emprego. Saberá quais as competências mais valorizadas
no mercado de trabalho, as empresas que recrutam colaboradores com o seu perfil e quais
os requisitos que precisará de preencher.
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3. ATITUDES, COMPORTAMENTOS E CONSELHOS PRÁTICOS
Nos últimos anos temos assistido a uma mudança de paradigma no mundo
empresarial, e ela inclui as suas atitudes. Num curto espaço de tempo deixámos de ter um
emprego para a vida e a constante mudança de funções e/ou de empresa passou a ser
cada vez mais a realidade dominante.
Perante este quadro, assistimos também a uma mudança das características mais
valorizadas nos candidatos para determinada função. As softskills sobrepõem-se cada vez
mais às hardskills e como tal uma má atitude poderá ser crucial para a sua continuidade
na empresa ou no processo de recrutamento a decorrer.
As organizações valorizam cada vez mais os espíritos jovens, colaborativos,
proactivos, sociáveis e de fácil trato. Assim, se tem uma entrevista agendada para os
próximos dias não se esqueça que:
1)A arrogância fica à porta. A autoconfiança não é sinónimo de arrogância, ainda
que por vezes estas duas características se encontrem separadas por uma linha ténue.
2)As pessoas tóxicas não duram muito tempo nas empresas. As empresas
procuram cada vez mais colaboradores cooperantes, que se enquadrem na cultura
organizacional, e que possam contribuir para os objetivos do grupo e para um ambiente
de trabalho harmonioso.
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3)A boa educação ainda é apreciada. Ainda que a entrevista de emprego não tenha
que ser um momento excessivamente formal, saber como cumprimentar o seu
interlocutor e despedir-se naturalmente, com um agradecimento pela oportunidade e
tempo despendido, deixará certamente uma boa impressão na pessoa que acaba de o
entrevistar.
4)As pessoas positivas revelam-se não só nos discursos como também nas mais
pequenas ações. Ao acreditar que vai conseguir o lugar, toda a sua comunicação verbal e
não-verbal vai transmitir que acredita ter o que é necessário para o cargo e isso vai ser
notado por quem o está a entrevistar. Lembre-se: se não acreditar em si, mais ninguém o
fará.
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Ser arrogante. A arrogância é uma arma francamente má para quem quer
vencer na carreira. A atitude deve ser a de aprender continuamente – só assim
se cresce profissionalmente.
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4. ANÚNCIO
A forma mais comum de procurar emprego é através da resposta a anúncios. Os
anúncios de emprego podem encontrar-se numa multiplicidade de locais e em diferentes
suportes (papel ou digital). Os jornais são o meio mais clássico de os encontrar. A Internet
é um meio cada vez utilizado na divulgação de ofertas de emprego, nomeadamente nas
redes sociais, em sites especializados de emprego (bolsas de emprego), nos sites das
entidades empregadoras e de recrutamento de pessoal.
Podem, ainda, encontrar-se anúncios de emprego em lugares públicos de grande
afluência de pessoas, de que são exemplo os supermercados, onde existem placares com
anúncios afixados.
Ainda que a diversidade de meios represente um vasto campo de oportunidades de
emprego, a eficácia da procura de emprego torna desejável que cada candidato determine
os meios e os suportes mais indicados para si, em função do tipo de atividade que pretende
desenvolver.
A resposta a anúncios deve ser criteriosa, tendo em conta os elementos e o modo
de resposta solicitados no anúncio. Desenvolver competências de resposta a anúncios de
emprego constitui se uma mais-valia que pode ser diferenciadora para o prosseguimento
no processo de seleção.
Como interpretar um anúncio de emprego?
Informação obrigatória num anúncio – o empregador deve fornecer ao
candidato informação suficiente quanto ao tipo de função, exigências e local
de trabalho.
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Características pessoais – não se deixe assustar pelos adjetivos fortes
(dinâmico, à prova de stress, extrovertido...) que aparecem em alguns
anúncios. Geralmente têm o mesmo objetivo: querem um trabalhador
saudável e empenhado. Portanto, não é preciso ser um campeão para ser
considerado adequado para o lugar.
Diplomas – embora nenhuma empresa vá recusar uma pessoa com
experiência e sem diploma, este papel é muitas vezes o primeiro critério de
seleção. Terá, portanto, alguma margem de manobra neste campo. A
experiência pode eventualmente substituir o diploma, mas nem sempre isso
acontece.
Idade – muitos anúncios indicam a idade pretendida. Se já não está na faixa
etária desejada, mas pensa que encaixa na perfeição no perfil pretendido,
envie na mesma o CV dando ênfase à sua experiência na área.
Línguas – um empregador pode exigir conhecimentos de línguas aos
candidatos e testá-los.
Testes – pode preparar-se para os testes psicológicos. Existem pequenos
livros que podem ajudá-lo nesta tarefa. Todos os custos de testes e exames
no quadro de um procedimento de seleção são por conta do empregador mas
normalmente as despesas de deslocação são por conta do candidato.
Carta manuscrita – alguns responsáveis pela seleção acham que podem
descobrir elementos importantes sobre o carácter do candidato através da
sua letra e contratam um profissional para o efeito.
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Cópias de diplomas, fotografias… – o empregador deve manter estes
documentos à disposição do candidato durante um tempo razoável. Não quer
dizer que a empresa tenha de devolver tudo, mas é aconselhável. Cópias
notariais de diplomas e certificados só podem ser exigidos na altura do
recrutamento.
Empresa
Os anúncios de emprego revelam mais do que pensa. Eles são portadores de uma
mensagem sobre a empresa e a sua cultura. De um estudo feito pela McKinsey consta que
se podem distinguir quatro grandes perfis ou mensagens nos anúncios de emprego.
1. A mentalidade do vencedor
Este tipo de anúncios dirige-se a trabalhadores que procuram uma empresa de
sucesso. São pessoas que gostam de contribuir para o crescimento e o progresso da
empresa e estão menos preocupados com a missão e localização.
2. Grandes ordenados
Estes talentos devem estar dispostos a correr grandes riscos na esperança de
receberem remunerações igualmente grandes. As possibilidades de construir uma carreira
são essenciais para este perfil, mais do que o sucesso da empresa ou o papel activo que o
trabalhador terá nesta história de sucesso.
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3. Trabalho com uma missão
Estes trabalhadores esperam uma missão inspiradora da empresa e querem
encontrar um desafio interessante. O dinheiro e o avanço da carreira contam menos.
4. Estilo de vida
Dão mais importância à qualidade de vida. A localização da empresa e as boas
relações com os superiores também têm um papel importante. O crescimento da empresa
e os possíveis desafios não são decisivos quando este grupo escolhe um emprego.
Requisitos de candidatura
Embora as vagas de emprego tragam descrições específicas, algumas características
são fundamentais. Fica a conhecer as principais competências que os técnicos de
recrutamento procuram em si.
A capacidade de desempenhar as tarefas diárias com qualidade é muito
valorizada pelos recrutadores.
A integridade e a tendência para a liderança também podem ser premiadas
pelos técnicos de recursos humanos.
Os técnicos de recrutamento admiram pessoas simpáticas, amigáveis,
cooperativas e capazes de gerir situações de crise sem perder a calma.
Ao longo da vida um técnico de recrutamento cruza-se com bons e maus candidatos.
Por isso, todos eles têm uma ideia muito clara do que devem procurar num profissional
para garantir que ele seja a escolha mais acertada.
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7 principais características que eles procuram nos candidatos para preencherem uma
vaga de emprego:
1. Inteligência
Por inteligência entenda-se a capacidade de planear, organizar, definir prioridades,
solucionar problemas e concluir as tarefas. Ou seja: a tua capacidade de desempenhar as
tarefas diárias com qualidade. Mas como demonstrar tudo isto numa breve entrevista de
emprego? Não te limites a falar sobre as tuas competências, questiona também a pessoa
que te vai entrevistar abordando determinados assuntos de forma bem estruturada.
Quanto melhor forem as tuas perguntas, mais inteligente parecerás perante o técnico de
recrutamento.
2. Liderança
Liderança não é nada mais do que o desejo e a capacidade de assumir a
responsabilidade pelos resultados. Podes assumir a liderança tomando a iniciativa e
oferecendo-te voluntariamente para as tarefas que forem surgindo. Se queres demonstrar
a tua capacidade de liderança durante a entrevista, age naturalmente, e sem procurar
desculpas para os teus comportamentos. Deixa bem claro quais são os teus objetivos e o
que estás disposto a fazer para alcançá-los.
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3. Integridade
4. Simpatia
Os técnicos de recrutamento admiram pessoas simpáticas, amigáveis, cooperativas
e capazes de gerir situações de crise sem perder a calma. Na verdade, são estas as
características que eles procuram em um bom funcionário. Talvez possa parecer algo
surreal, mas podes desenvolver todas estas características. Para mostrares ao técnico de
recrutamento que sabes agir desta maneira, destaca os teus trabalhos em equipa que
acabaram por render bons resultados.
5. Competência
A competência é uma característica fundamental para quem procura ser bem-
sucedido. Pensa da seguinte maneira: se vais ter que fazer determinada tarefa, porque não
fazê-la da melhor maneira possível? Dedica-te a 100% e dá o teu melhor, porque isso vai
gerar bons resultados em tudo o que tenhas em mãos, o que por si só já será suficiente
para mostrar a tua competência perante quem te vai recrutar.
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6. Coragem
Tens que assumir riscos se queres chamar a atenção dos técnicos de recrutamento.
Isso significa aceitar novos desafios, sugerir grandes projetos e lidar com os erros com
tranquilidade. Se queres demonstrar isso aos técnicos de recrutamento, diz-lhes o que
pensas, mas de uma forma politicamente correta. Questiona-os sobre a empresa e sê
honesto sobre o que pensas sobre ela.
7. Força interior
A força interior é a tua determinação e a tua capacidade de perseverança perante
as adversidades. A tua força interior mostra, a quem te vai recrutar, que sabes ser
persistente quando as coisas correm mal. Para que o técnico de recrutamento veja a tua
força interior, a melhor solução é manter a calma durante a entrevista. Isso demonstrará
que saberás como agir nas crises que venham a surgir durante a rotina de trabalho.
Formas de resposta
Normalmente, os anúncios de emprego indicam a forma de resposta que pretendem, tal
como:
- Envio de Currículum Vitae (online ou em papel)
- Carta de Candidatura
- Contacto Directo (presencial ou através de telefonema)
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No caso de o anúncio de emprego em causa pedir envio de Currículum Vitae, deverá
o candidato enviá-lo acompanhado de uma Carta de Apresentação.
Acima de tudo, lembre-se que é praticamente impossível alguém preencher todos
os requisitos exigidos no anúncio de emprego. Mas claro, se achar que corresponde à
maioria dos critérios exigidos na oferta de emprego, responda com rapidez e eficiência.
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5. CARTA DE APRESENTAÇÃO
A carta de apresentação deverá ser breve e simples. Esta carta deve, juntamente
com o CV, convencer o empregador a chamá-lo para uma entrevista.
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Explique porque se candidata
Explique o que o atrai na empresa, na função, no setor. Aproveite para mostrar
entusiasmo.
Não se prolongue
A sua carta pode ter uma página no máximo. Convém transmitir a mensagem em
frases curtas e dinâmicas com muitos verbos ativos.
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Exemplo de carta de apresentação para uma situação de alguém que tem pouca
experiência
Gostaria de apresentar a minha candidatura ao lugar de… que a vossa empresa
anunciou no…, edição do dia… de… ultimo.
Junto incluo o meu curriculum vitae apresentando em pormenor a minha formação
escolar, bem como a experiencia prática adquirida durante os estágios que efetuei.
Apreciaria muito que me dispensasse alguns minutos do seu tempo para aprofundar
melhor as razoe da minha candidatura.
Na esperança de que V. Exa. irá atender o meu pedido, queira aceitar os meus
melhores cumprimentos.
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6. CURRÍCULO
Um instrumento central na procura emprego é o Currículo. Este é a primeira imagem
transmitida à entidade empregadora e da qual depende, na maioria das vezes, a
possibilidade de passar para as fases seguintes do processo de seleção.
Formas de apresentação
Deve ser preferencialmente escrito em computador, numa folha A4 de cor clara e
sem erros nem rasuras;
Não deve ultrapassar duas a três páginas, utilizando apenas a frente da folha;
Deixe espaço suficiente entre as linhas bem como nas margens;
Transmita uma ideia por parágrafo, evitando que este tenha mais do que cinco
linhas.
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Conteúdos
Identificação;
Formação académica;
Formação profissional;
Experiência profissional;
Outros conhecimentos.
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7. CARTA DE CANDIDATURA
A candidatura espontânea destina-se a captar a atenção das entidades às quais é
dirigida, a suscitar-lhes o interesse em pretender saber mais sobre o candidato a emprego
e, consequentemente, a despoletar a marcação de uma entrevista. Permite ao candidato
aceder a postos de trabalho para os quais o recrutamento raramente é feito através de
anúncios, dar-se a conhecer a empresas que têm necessidade de trabalhadores mas que
ainda não iniciaram o processo público de recrutamento, criar a necessidade nas empresas
de novas funções, ou seja, aumentar as oportunidades de conseguir emprego.
Há várias formas de efetuar a candidatura espontânea. Uma possibilidade é elaborar
e divulgar um anúncio de oferta de serviços, através da imprensa, da Internet (páginas
pessoais, redes sociais, etc.), da afixação em locais públicos de grande movimento (como
espaços comerciais) ou da sua distribuição pelas caixas de correio. Outra forma de
candidatura espontânea consiste na apresentação da candidatura junto de potenciais
empregadores através da elaboração e envio, por via postal ou correio eletrónico, de carta
de candidatura espontânea acompanhada do currículo. A inserção de currículo em bolsas
de emprego constitui, igualmente, uma forma de candidatura espontânea.
As várias formas de candidatura espontânea podem ser usadas simultânea e
complementarmente: no entanto, revela-se importante que as abordagens a privilegiar
tenham em conta a facilidade do candidato em as utilizar e, sobretudo, a sua adequação
ao(s) destinatário(s) e o tipo de serviços oferecidos.
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A apresentação da candidatura espontânea, qualquer que seja a forma utilizada,
deve ser cuidada. A estrutura, a redação e aspeto no caso de ser efetuada de forma escrita;
a apresentação física e vestuário no caso de contacto presencial.
Em qualquer caso o estilo e o tom em que é feita são muito importantes. Deve
denotar uma atitude de alguém que está a propor um serviço, a disponibilizar
competências que poderão constituir uma mais-valia para a empresa e não a de quem está
a pedir um emprego.
Reconhecer que a candidatura espontânea não termina no ato da sua elaboração e
divulgação é fundamental para garantir os efeitos pretendidos; é importante fazer o seu
“acompanhamento”. Na sequência do envio de uma carta convém realizar um contacto
telefónico após 8 ou 10 dias. Depois de um contacto direto numa exposição ou certame,
caso o candidato tenha prometido enviar o currículo não deve esquecer-se de o remeter.
Este acompanhamento não pode, contudo, traduzir-se numa insistência excessiva e
abusiva em relação às empresas contatadas.
É, ainda, importante registar todas as candidaturas espontâneas realizadas, sob que
formas foram feitas, a quem foram dirigidas, em que data e o que, eventualmente, foi
combinado fazer ou convirá ser feito em relação a cada uma delas.
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8. ENTREVISTA DE EMPREGO
O momento crucial da procura de emprego é a entrevista de emprego e, como tal,
deve ser cuidadosamente planeada e organizada. A sua preparação permite adotar uma
postura mais segura e confiante, possibilitando um melhor desempenho. Preparar a
entrevista implica uma série de passos, entre os quais recolher o máximo de informação
sobre a empresa objeto da candidatura, rever o currículo, preparar documentação para
apresentar na entrevista (certificados, diplomas, cartas de recomendação, etc.), relembrar
interesses, motivações e competências, antecipar questões que podem ser colocadas pelo
entrevistador, verificar a data, hora e local da entrevista para se chegar com alguma
antecedência.
Há entrevistas de emprego realizadas por videoconferência e entrevistas de
emprego presenciais. Estas últimas podem ser de vários tipos: a entrevista simples –
entrevista conduzida por uma única pessoa; a entrevista de júri – em que a entrevista é
conduzida por várias pessoas; as entrevistas de grupo - vários candidatos encontram-se
simultaneamente em situação de entrevista com um ou mais entrevistadores.
Estar disponível e contar com a possibilidade de qualquer forma de entrevista faz
também parte da sua preparação.
A realização de um balanço final da entrevista, identificando os aspetos mais
positivos, os menos positivos e os que podem ser melhorados, é condição para o êxito em
futuras entrevistas e para se conseguir trabalho.
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Preparação
1. Obtenha o máximo de informação acerca da empresa.
2. Releia o seu CV e prepare-se para aprofundar aspetos.
3. Prepare diplomas, certificados, etc.
4. Verifique data, hora e local (chegue 10m mais cedo).
5. Apresente-se de forma cuidada, cabelo, barba, roupa, unhas, calçado, etc.
Comportamentos
Comportamentos recomendáveis:
Apresente-se, saudando quem o recebe;
Aguarde que o convidem a sentar;
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Mantenha uma postura correta;
Olhe de frente para o entrevistador;
Mostre-se interessado;
Responda com determinação;
Peça esclarecimentos quando não compreendeu a questão;
No final, agradeça a oportunidade da entrevista.
Comportamento a evitar:
Cortar a palavra ao entrevistador;
Mexer-se continuamente na cadeira;
Mendigar trabalho;
Mostrar arrogância;
Autoelogiar-se;
Mastigar pastilha elástica;
Insistir muito na remuneração.
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Dicas:
Não dê nada por garantido;
Não monopolize a conversa nem tente evitar responder a perguntas - ouça
atentamente o entrevistador;
Assuma uma atitude positiva relativamente a tudo e todos;
Não copie na totalidade a linguagem corporal do seu entrevistador;
Não dê respostas de sim e não ou de uma palavra só – elabore as respostas;
A não ser que o entrevistador o faça, evite questões tabu como salários e benefícios
da empresa;
Avaliação
Faça a autoavaliação
Como correu a entrevista?
Que questões despertaram mais interesse ao entrevistador?
Realcei suficientemente as minha competências?
Falei de mais ou de menos?
Cortei a palavra ao entrevistador?
Dei uma imagem positiva de mim?
Que aspetos poderei melhorar na próxima entrevista?
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Uma boa maneira de salientar o seu interesse pelo cargo e não correr o risco de a sua
imagem se esbater na memória do entrevistador é o envio de uma carta pós-entrevista.
No entanto, deve certificar-se se essa carta reverterá realmente a seu favor. Caso opte
por proceder ao envio seja breve e objetivo.
Agradeça ao entrevistador por tê-lo recebido;
Diga que gostou do contacto e que este possibilitou confirmar a sua perceção de
adequabilidade entre o cargo em questão e as suas capacidades e experiência;
Termine dizendo que gostaria imenso de ter oportunidade de trabalhar na
empresa e que aguarda ansiosamente a decisão.
Caso o entrevistador o informe da data em que a decisão será tomada deve anotá-
la. Se passar a data e não tiver resposta, telefone ou escreva pois qualquer que seja a sua
situação tem direito a ser informado.
Se for rejeitado, telefone ou escreva a perguntar as razões. Explique que não está a
pôr em causa a decisão, mas que essa informação lhe será útil para situações futuras.
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CONCLUSÃO
No relacionamento diário com os outros, temos o direito de ser tratados com
respeito, dignidade, cortesia e consideração; temos o direito de ser reconhecidos como
pessoa e de exprimir os nossos estados emocionais de maneira apropriada. Podemos dizer
não, quando convém fazê-lo, sem nos sentirmos egoístas ou nos deixarmos manipular por
medo, suborno ou culpa. É nosso direito considerar as nossas próprias necessidades, tão
importantes como as dos demais. Temos, ainda, o direito d errar e de tirar do erro uma
experiência de aprendizagem. Vamos usar da assertividade quando esses direitos, que
poderíamos receber naturalmente, nos são negados. Isso não significa desrespeitar os
direitos dos outro, pois são os mesmos que os nossos. A comunicação e comportamento
assertivo é perfeitamente aprendido, basta gradualmente incorporarmos padrões que nos
permitem viver bem connosco e com as outras pessoas, equilibrando os nossos direitos
com os direitos dos outros.
Através do presente guia propusemo-nos a criar uma ferramenta orientadora da sua
procura de emprego em Portugal. Esperamos que este instrumento o/a apoie e esclareça
os aspetos mais importantes da procura de emprego.
Não se esqueça: por vezes a procura de emprego pode parecer difícil, particularmente
quando nos esforçamos todos os dias e não obtemos respostas. Trabalhe, não apenas na
procura de emprego, mas também na sua autoestima e motivação: visualize os seus
objetivos e tome os passos necessários para os concretizar. Sempre que preciso, redefina
ou repense os seus objetivos: será que o objetivo inicial é demasiado ambicioso? Haverá
alguns passos a dar antes de o atingir?
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Não tenha receio de redefinir os seus objetivos – sempre que precisar de apoio ou
orientação, procure os técnicos locais ou a equipa do CPR. Estaremos aqui para ajudar.
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AlertaEmprego. (24 de abril de 2014). Obtido de Porque deve procurar emprego:
https://blog.alertaemprego.pt/porque-deve-procurar-emprego-mesmo-estando-
empregado/
Bartolini, M. (2012). O desenvolvimento da habilidade de assertividade e a convivência
na escola: relato de esperiência. Psicologia em Revista, 373-388.
Cunha, V. M., & Tourino, E. Z. (2010). Assertividade e Autocontrole: Interpretação
Analítico-Comportamental. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 293-304.
Dicas e modelos para fazer uma boa carta de apresentação. (19 de Fevereiro de 2015).
Obtido de https://www.empregoestagios.com/dicas-modelos-boa-carta-
apresentacao/
Expressoemprego.pt. (1 de janeiro de 2000). Obtido de
https://expressoemprego.pt/carreiras/o-que-revela-um-anuncio-de-
emprego/2316
Gomes, D. (2012). Manual: entrevista de emprego. Serviços de Ação Social: IPCA.
Guia de Apoio à Procura de Emprego. (2008). Lisboa: Instituto de Emprego e Formação
Profissional.
Oliveira, A. (2008). Criação de empresas, Manual Técnico do Formando. ANJE.
Quero trabalho ou emprego. (s.d.). Obtido de Dicas: como responder corretamente a um
anuncio de emprego: http://querotrabalhoouemprego.blogspot.com/p/como-
responder-corretamente-um-anuncio.html
Rodrigues, S. (2008). Empreendorismo, Manual Técnico do Formando. ANJE.
Universia Portugal. (20 de junho de 2013). Obtido de 7 requisitos que os técnicos de
recrutamento procuram no candidato :
https://noticias.universia.pt/destaque/noticia/2013/06/20/1031366/7-requisitos-
os-tecnicos-recrutamento-procuram-no-candidato.html
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