O Provimento de nº 205 da OAB traz novas diretrizes para a advocacia moderna, e,
portanto, é um grande passo para a categoria em direção à um Direito mais disruptivo e alinhado às novas urgências de um ecossistema cada vez mais ligado aos anseios da sociedade moderna. O provimento em questão visa esclarecer o que é permitido ou não fazer, sempre em consonância com as regras estabelecidas pelo Código de Ética. Define os conceitos de marketing jurídico e de conteúdo e sinaliza as regras que deverão ser respeitadas para realização da publicidade, ferramentas essas permitidas aos profissionais para divulgar e impulsionar o conteúdo para o público alvo. Diante do cenário pandêmico em que enfrentamos, o uso das redes sociais se tornou ainda mais forte e de veiculação ainda mais contundente, e muitas profissões tiveram que se reinventar na atual conjuntura e uma delas foi a advocacia. Há muito se percebe que o Direito deixou de ser uma área engessada e arcaica, onde não se tinha alguma influência de outros ramos, ou ainda, em que o advogado somente deveria entender de leis e decretos tão somente. O que se percebe é que mudanças significativas estão surgindo, onde o mercado exige um profissional aberto à novas ideias e desafios que o façam crescer intelectualmente. A sociedade exige que o advogado seja um profissional cada vez mais simples, de linguagem acessível ao seu público e antenado com as novas tecnologias que surgem. O que precisamos ter em mente é que o provimento não veio com o intuito de dar carta branca aos profissionais para que possam inovar sem qualquer restrição, o predisposto pelo Código de ética e Disciplina da OAB e as boas práticas da advocacia deverão ser respeitados e portanto cumpridos em todo e qualquer ato que o profissional venha a realizar. Em suma o advogado deve se ater em publicar conteúdo sóbrio, técnico e sobretudo informativo.