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desde 1951

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 12ª VARA


CÍVEL DA COMARCA DE CAMPO GRANDE/MS

liberado nos autos digitais por Usuário padrão para acesso SAJ/AT, em 05/07/2018 às 09:53. Para acessar os autos processuais, acesse o site
https://esaj.tjms.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0813630-53.2018.8.12.0001 e o código 2799696.
ENERGISA MATO GROSSO DO SUL – DISTRIBUIDORA
DE ENERGIA S/A., já qualificada nos autos do processo n.º 0813630-53.2018.8.12.0001,
onde figura como parte autora LUZINETH BARBARA AZIZ PEREIRA, vem
respeitosamente a douta presença de Vossa Excelência, por via de seu advogado infra-
assinado, que recebe intimações de estilo em Campo Grande/MS, no endereço constante
no timbre desta, apresentar CONTESTAÇÃO aos termos e pedidos insertos na peça
inaugural, o que faz com fulcro nos elementos de fato e de direito a seguir articulados:

I. SÍNTESE DA INICIAL

Ao que se consegue depreender da peça vestibular, a parte autora


buscou a ligação do fornecimento de energia elétrica para UC nº 4420730 de sua
titularidade, situada na Avenida Engenheiro Amelio Carvalho Bais, nº 1320, em Campo
Grande/MS, porém, alega que a empresa se negou a realizar tal procedimento ante a
existência de faturas inadimplidas do imóvel, estas supostamente pertencentes ao antigo
locatário.
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Pugna, portanto, pela condenação da reclamada na obrigação de
fazer consistente na transferência dos débitos em aberto para o nome do suposto locatário,
bem como ao pagamento de indenização por danos morais no valor equivalente a 10
salários-mínimos.

A despeito do esforço do demandante, tem-se que não merecem


amparo as pretensões deduzidas na prefacial de fls., o que será devidamente esclarecido nas
razões abaixo articuladas:

II. DA IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO INICIAL – DA REGULARIDADE DO

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PROCEDIMENTO ADOTADO PELA CONCESSIONÁRIA – AUSÊNCIA DE

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PEDIDO DE TRANSFERÊNCIA DE TITULARIDADE – DÉBITOS DEVIDOS
– ART. 128 DA RESOLUÇÃO N. 414/2010 DA ANEEL – INOCORRÊNCIA DE
DANOS MORAIS – AUSÊNCIA DE ATO ILÍCITO

De início, imperativo aduzir que todos os procedimentos adotados


pela demandada são cumpridos em plena consonância com as resoluções da ANEEL -
Agência Nacional de Energia Elétrica, de modo que em relação ao caso do autor não seria
diferente.

Em relação ao pedido inicial, tem-se que não existe a menor


possibilidade de se dar amparo ao mesmo, uma vez que legítima e regular a conduta da
demandada em efetuar a cobrança dos débitos informados na inicial, em virtude do
inadimplemento de contas geradas pelo imóvel em questão, todas de responsabilidade da
parte autora.

Em primeiro lugar, cabe ser dito que A AUTORA


EXPLICITAMENTE CONFESSA EM SEDE DE EXORDIAL QUE O IMÓVEL
SE ENCONTRAVA SOB SUA TITULARIDADE À ÉPOCA DOS DÉBITOS,
JUNTANDO INCLUSIVE FATURAS DE ENERGIA DA UC EM SEU NOME,
BEM COMO ADMITE QUE NÃO FOI SOLICITADA A TRANSFERÊNCIA DE
TITULARIDADE.
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VEJA QUE EMBORA A REQUERENTE AFIRME QUE
HAVIA LOCADO O IMÓVEL PARA TERCEIRO DURANTE O PERÍODO EM
QUE O DÉBITOS EM ABERTO FORAM GERADOS, NÃO FEZ QUALQUER
PROVA NESSE SENTIDO, NÃO HAVENDO NOS AUTOS MAIS QUE MERAS
ALEGAÇÕES SEM QUALQUER INDÍCIO DE PROVA.

ORA, O SUPOSTO CONTRATO DE LOCAÇÃO


JUNTADO PELA AUTORA ÀS FLS. 20-21 NÃO POSSUI A INFORMAÇÃO
REFERENTE AO PRAZO DE LOCAÇÃO, DE MODO QUE SE TORNA

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IMPOSSÍVEL AFIRMAR QUE NÃO ERA A AUTORA QUE RESIDIA NO
LOCAL À ÉPOCA DOS FATOS. PELO CONTRÁRIO, TENDO EM VISTA
QUE OS DOCUMENTOS E FATURAS SEMPRE SE ENCONTRARAM EM
SEU NOME:

Ademais, ainda que efetivamente se admitisse que a autora


não mais residia no imóvel à época, é fato incontroverso e confesso que não havia
solicitado a transferência da titularidade, de modo que não possui a concessionária
de serviços públicos qualquer responsabilidade pela inércia do titular que se mudou
do imóvel sem solicitar o pedido de transferência de titularidade.

Desse modo, assim como não cabe a alegação de que o


procedimento adotado pela ré seria irregular, também não há razões para eventual
indenização por danos morais, uma vez que a requerente confessa que era o titular da
Unidade Consumidora à época do débito e não junta provas da locação do imóvel
no período, bem como os funcionários da concessionária não têm como “adivinhar” que
o autor não é mais o titular da unidade consumidora.
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Desse modo, a irresignação da parte demandante quanto ao fato
de que a demandada se negou a efetuar a ligação no imóvel, em razão de existir débitos
pendentes de quitação, não merece prosperar, uma vez que a distribuidora demandada
ficou impedida de atender à solicitação, por força do que dispõe a legislação setorial
vigente, senão vejamos:

“ART. 128. QUANDO HOUVER DÉBITOS DECORRENTES


DA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO PÚBLICO DE ENERGIA
ELÉTRICA, A DISTRIBUIDORA PODE CONDICIONAR À
QUITAÇÃO DOS REFERIDOS DÉBITOS:
I – A LIGAÇÃO OU ALTERAÇÃO DA TITULARIDADE
SOLICITADAS POR QUEM TENHA DÉBITOS NO MESMO

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OU EM OUTRO LOCAL DE SUA ÁREA DE CONCESSÃO;
II – A RELIGAÇÃO, AUMENTO DE CARGA, A

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CONTRATAÇÃO DE FORNECIMENTOS ESPECIAIS OU DE
SERVIÇOS, QUANDO SOLICITADOS POR CONSUMIDOR
QUE POSSUA DÉBITO COM A DISTRIBUIDORA NA
UNIDADE CONSUMIDORA PARA A QUAL ESTÁ SENDO
SOLICITADO O SERVIÇO.”

Destarte, a medida adotada pela requerida está devidamente


amparada pelo regramento jurídico que disciplina a matéria, em especial pela Resolução n°
414/2010, da ANEEL, conforme demonstrado alhures.

Portanto, verifica-se que a requerida seguiu à risca o determinado


pela ANEEL para os casos como o ora em estudo, não havendo o que se cogitar em
ilegalidade em seu ato.

Vale dizer, a observância exata às determinações das resoluções


emanadas da ANEEL implica concluir que a concessionária reclamada deu curso ao que
lhe foi determinado pelo Poder Concedente, em atenção ao princípio da legalidade
administrativo.

Logo, à luz da resolução normativa que regulamenta a prestação


do serviço de fornecimento de energia elétrica, editada pela própria agência reguladora dos
serviços, a requerida somente agiu de acordo com as diretrizes do Poder Concedente para o
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fornecimento de energia elétrica, razão pela qual não há que se falar em ilegalidade ou
abusividade de seu ato.

Assim, deve-se ter em consideração que a negativa de ligação tem


amparo expresso no Ordenamento Jurídico vigente, assim é que não existe o que se cogitar
em prática de qualquer ato ilícito no caso em apreço.

De qualquer forma, tem-se que não merece guarida o pedido


indenizatório deduzido pela parte demandante, sobretudo porque não fez qualquer prova

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no feito de que passou por circunstâncias vexatórias que lhe resultassem mal suficiente para

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justificar a percepção de uma indenização por danos morais, devendo-se salientar que não
existe prova alguma na inicial a respeito dos fatos narrados.

E outra, sinceramente, as situações enfrentadas pela parte


demandante não passam de meros contratempos a que todos estão sujeitos na vida e na
sociedade atual.

Por mais que se faça força, não há como visualizar qualquer dano
moral suportado pela parte, não se podendo, diga-se de passagem, interpretar um mero
desconforto ou mal-estar como suscetível de ocasionar tal ofensa, sendo imperativo
observar que foram utilizadas na prefacial apenas meras especulações, que não têm alicerce
no âmbito legal.

Os professores Gabriel Stiglits e Carlos Echevesti, “in


Responsabilidade Civil”, p. 243, assim se pronunciam sobre o tema:

“DIFERENTE DO QUE OCORRE COM O DANO MATERIAL, A


ALTERAÇÃO DESVALIOSA DO BEM-ESTAR PSICOFÍSICO DO
INDIVÍDUO DEVE APRESENTAR CERTA MAGNITUDE PARA
SER RECONHECIDA COMO PREJUÍZO MORAL. UM MAL-
ESTAR TRIVIAL, DE ESCASSA IMPORTÂNCIA, PRÓPRIO DO
RISCO COTIDIANO DA CONVIVÊNCIA OU DA ATIVIDADE
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QUE O INDIVÍDUO DESENVOLVA, NUNCA O
CONFIGURARÃO.”

Na mesma linha de entendimento, assim se pronunciou o Juiz de


Direito Antônio Jeová Santos, in Dano Moral Indenizável, p. 122, Ed. Método:

“O DANO MORAL SOMENTE INGRESSARÁ NO MUNDO


JURÍDICO, COM A SUBSEQUENTE OBRIGAÇÃO DE
INDENIZAR, EM HAVENDO ALGUMA GRANDEZA NO ATO
CONSIDERADO OFENSIVO A DIREITO PERSONALÍSSIMO. SE
O ATO TIDO COMO GERADOR DE DANO
EXTRAPATRIMONIAL NÃO POSSUI VIRTUALIDADE PARA
LESIONAR SENTIMENTOS OU CAUSAR DOR E

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PADECIMENTO ÍNTIMO, NÃO EXISTIU O DANO MORAL
PASSÍVEL DE RESSARCIMENTO. PARA EVITAR A

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ABUNDÂNCIA DE AÇÕES QUE TRATAM DE DANOS
MORAIS PRESENTES NO FORO, HAVENDO UMA
AUTÊNTICA CONFUSÃO DO QUE SEJA LESÃO QUE ATINGE
A PESSOA E DO QUE É MERO DESCONFORTO, CONVÉM
REPETIR QUE NÃO É QUALQUER SENSAÇÃO DE
DESAGRADO, DE MOLESTAMENTO OU DE
CONTRARIEDADE QUE MERECERÁ INDENIZAÇÃO. O
RECONHECIMENTO DO DANO MORAL EXIGE
DETERMINADA ENVERGADURA. NECESSÁRIO, TAMBÉM,
QUE O DANO SE PROLONGUE DURANTE ALGUM TEMPO E
QUE SEJA A JUSTA MEDIDA DO ULTRAJE ÀS AFEIÇÕES
SENTIMENTAIS. AS SENSAÇÕES DESAGRADÁVEIS, POR SI
SÓS, QUE NÃO TRAZEM EM SEU BOJO LESIVIDADE A
ALGUM DIREITO PERSONALÍSSIMO, NÃO MERECERÃO SER
INDENIZADAS. EXISTE UM PISO DE INCOVENIENTES QUE
O SER HUMANO TEM DE TOLERAR, SEM QUE EXISTA O
AUTÊNTICO DANO MORAL.

Posto isso, inexistindo os requisitos indispensáveis à caracterização


da responsabilidade civil da demandada, ou seja, o ato ilícito, nexo de causalidade e o dano,
deverá ser julgado integralmente improcedente, também, o pedido de pagamento de
indenização por danos morais.

Por outro viés, em observância ao princípio da eventualidade e,


acaso seja deferido algum valor a título de dano moral, deverá a verba indenizatória ser
arbitrada por este Juízo levando em consideração as condições financeiras da parte autora,
a gravidade e a extensão do dano, não devendo ser um valor exagerado a ponto de
enriquecer aquela.
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Assim, deverá eventual indenização ser estabelecida em valor
condizente, de forma a não proporcionar enriquecimento ilícito da parte. Sob este aspecto,
assim tem se posicionado o e. Superior Tribunal de Justiça:

“RESPONSABILIDADE CIVIL. DANO MORAL. INSCRIÇÃO


IRREGULAR. SPC. EMISSÃO DE DUPLICATAS SEM CAUSA.
PROTESTO INDEVIDO. QUANTUM INDENIZATÓRIO.
CONTROLE PELO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA.
VALOR EXCESSIVO. CASO CONCRETO. RECURSO
ACOLHIDO. REDUÇÃO DA CONDENAÇÃO.
I - O VALOR DA INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL
SUJEITA-SE AO CONTROLE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIÇA, SENDO CERTO QUE A INDENIZAÇÃO A ESSE

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TÍTULO DEVE SER FIXADA EM TERMOS RAZOÁVEIS, NÃO
SE JUSTIFICANDO QUE A REPARAÇÃO VENHA A

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CONSTITUIR-SE EM ENRIQUECIMENTO INDEVIDO,
COM MANIFESTOS ABUSOS E EXAGEROS, DEVENDO O
ARBITRAMENTO OPERAR COM MODERAÇÃO,
PROPORCIONALMENTE AO GRAU DE CULPA E AO
PORTE ECONÔMICO DAS PARTES, ORIENTANDO-SE O
JUIZ PELOS CRITÉRIOS SUGERIDOS PELA DOUTRINA E
PELA JURISPRUDÊNCIA, COM RAZOABILIDADE,
VALENDO-SE DE SUA EXPERIÊNCIA E DO BOM SENSO,
ATENTO À REALIDADE DA VIDA E ÀS PECULIARIDADES
DE CADA CASO. ADEMAIS, DEVE PROCURAR
DESESTIMULAR O OFENSOR A REPETIR O ATO.
II - NO CASO, DIANTE DE SUAS CIRCUNSTÂNCIAS, A
CONDENAÇÃO MOSTROU-SE EXAGERADA, DEVENDO
SER REDUZIDA A PATAMAR RAZOÁVEL.
DECISÃO: VISTOS, RELATADOS E DISCUTIDOS ESTES
AUTOS, ACORDAM OS MINISTROS DA QUARTA TURMA
DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, NA
CONFORMIDADE DOS VOTOS E DAS NOTAS
TAQUIGRÁFICAS A SEGUIR, POR UNANIMIDADE,
CONHECER DO RECURSO E DAR-LHE PARCIAL
PROVIMENTO. VOTARAM COM O RELATOR OS
MINISTROS BARROS MONTEIRO, CESAR ASFOR ROCHA,
RUY ROSADO DE AGUIAR E ALDIR PASSARINHO JUNIOR.”
(RECURSO ESPECIAL Nº 246258/SP, 4ª TURMA DO STJ, REL.
SÁLVIO DE FIGUEIREDO TEIXEIRA. J. 18.04.2000, PUBL.
DJU 07.08.2000 P. 00114)

Em síntese, é preciso lembrar que indenizações do cunho da


pretendida pela parte demandante devem sempre ser baseadas no princípio da
razoabilidade, de forma a não trazer injustiça à lide, assim como enriquecimento sem causa,
ficando desde já sugerido um valor não superior à R$ 600,00 (seiscentos reais), com juros e
correção incidentes a partir da publicação da sentença.
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III. DA RECONVENÇÃO

Valendo-se da prescrição inserta no art. 343 do novo Código de


Processo Civil vigente, postula a demandada em seu favor, a título de RECONVENÇÃO,
que seja a parte demandante condenada ao pagamento do valor discutido na inicial de fls.,
mais precisamente a quantia de R$ 10.687,39, a qual deverá ser corrigida e acrescida de
juros a contar do seu vencimento.

IV. REQUERIMENTOS

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Por todo exposto, requer-se a V. Exa.:

- Que sejam julgados totalmente IMPROCEDENTES os pedidos formulados na inicial


tendo em vista que a parte autora não comprovou os fatos constitutivos de seu direito, no
que estará sendo realizada a mais lídima e escorreita JUSTIÇA;

- Sucessivamente, que seja julgada procedente a RECONVENÇÃO apresentada, pois


regulares e corretos os valores cobrados nas faturas questionadas na prefacial de fls.,
devendo ser acrescido de correção e juros contados do vencimento das mesmas.

- A produção de todos os meios de prova em direito admitidos, sem exceção;

- Derradeiramente, que seja anotado EXCLUSIVAMENTE na capa do feito o nome do


advogado EDYEN VALENTE CALEPIS com o fim de recebimento das intimações de
estilo, sob pena, caso assim não seja feito, de nulidade das mesmas.

Pede-se deferimento.

Campo Grande/MS, 5 de julho de 2018.

EDYEN VALENTE CALEPIS – OAB/MS 8767

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