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A problemática do vazamento de dados pessoais e como as redes

sociais estão relacionadas

Ellen Luana Figueirôa de Menezes


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Fisiotrapia

O banco não merece ser punido pelo ocorrido. O fato aconteceu, pois, o banco tem
um sistema frágil de segurança, o qual foi facilmente invadido por hackers, que
promoveram o vazamento dos dados privados e pessoais do cliente da agência em
questão. Contudo evidencia-se a ausência de culpa do banco em relação à
exposição dos dados bancários citados, pois não há presença de evidências que
comprovem a participação do proprietário ou de qualquer outro funcionário da
agência na ocorrência citada. No entanto, João, o cliente, a maior vítima dessa
história, deve ter seus direitos assegurados diante tal fato.
A avaliação do advogado Renato Moraes, sócio da área contenciosa do Cascione,
Pulino e Boulos, é que apenas o vazamento das informações não é capaz de gerar
indenização. Argumenta ele que “A lei não mexe no conceito e na caracterização de
dano moral. O artigo 186 do Código Civil diz que ‘aquele que, por ação ou omissão
voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano, ainda que
exclusivamente moral, comete ilícito’. A LGPD tem exatamente a mesma estrutura. A
única coisa de novo é o dano moral coletivo. Eu não vejo razão para os tribunais
usarem isso como desculpa para mexer em uma coisa que está bem sedimentada”.
Mesmo que não haja a culpabilidade do banco, o cliente necessita de uma
retratação perante o dano causado.
As redes sociais foram, possivelmente, veículos importantíssimos para a
propagação de vazamentos de dados como os de João, personagem citado
anteriormente. Há a entrada diária de milhares de pessoas em plataformas digitais,
onde elas se cadastram com seus dados pessoais, deixando alguns como e-mail ou
telefone disponíveis para a comercialização às empresas de marketing, por
exemplo. Tendo questões assim sendo muito levantadas, uma afirmação ganha
destaque: “Se você não paga pelo serviço ou pelo produto, o produto é você”. Em
alusão à remuneração das redes sociais, que são “gratuitas” aos usuários, e
transformam os usuários no próprio produto de seu interesse. Fica, assim, cristalino
que estas redes são “remuneradas” através da coleta de dados de seus usuários e
de sua possível comercialização final.
Ao concordarmos com termos e políticas de privacidade, damos às empresas
responsáveis poder sobre nossos dados e acabamos por trocá-los no uso das redes
que nos proporcionam “lazer” e nos submetemos a essas exposições.

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