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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

FACULDADE DE SERVIÇO SOCIAL


METODOLOGIA CIENTÍFICA
PROFª. MARA REJANE ALVES NUNES RIBEIRO
ALUNAS: CAROLINE MACHADO RODRIGUES
DAYANA SARAH R. DA SILVA
JOSEILDA DA COSTA SILVA
MARLONE BARBOSA DE MENDONÇA
MICHELINE DOS SANTOS RODRIGUES
THAYSA YNDRID FERNANDES DA SILVA

CITAÇÕES

As Relações Econômicas na Idade Média.

A partir do século V, a economia da Europa estava se transformando. Estava


sendo diferente do que tinha sido quando existia o império romano, e esse foi um dos
reais motivos para entrar numa nova fase da historia, a idade média. Mas no inicio da
idade média, Huberman (1936, p. 13) afirma: “Poucos tinham capital para aplicar,
e os que possuíam pouco emprego encontrava para ele”. Muita gente estava
abandonando as cidades e indo morar no campo e trabalhar na terra, a vida passou a
girar em torno das grandes propriedades rurais, que pertenciam aos nobres. Essas
fazendas eram auto-suficientes, produziam tudo que precisavam. Portanto não
necessitavam comprar muitas coisas de fora e nem vender, já que os camponeses que
serviam os nobres plantavam e criavam animais, trabalhavam como artesão, fazendo
roupas, objetos de madeiras, couro, metal, construíram muros de proteção e casas. Isso
fez com que o comércio perdesse a sua importância, e se o comercio diminuiu as suas
atividades, as moedas deixaram de ser necessárias “não sejam dadas riquezas e nem
pobreza, mas o bastante para o meu sustento” (TAWNEY apud HUBERMAN,
1936). Além dos servos trabalharem nas terras, era obrigado a pagarem uma série de
tributos pelo uso das instalações e ferramentas.
Nos séculos X, XI e XII, a necessidade estimula a imaginação dos povos, os
europeus inventaram uma porção de técnicas e ferramentas que permitiam ampliar a
produção de alimentos. A população e a produção de alimentos foram crescendo, e os
feudos começaram a produzir mais do que necessitavam. A população cresceu tanto que
já não era tão necessária nos feudos. Muitos largaram a terra e foram viver em outros
lugares, alguns não conseguiram se dá bem e viraram mendigos ou ladrões.
Décadas após décadas o comercio foi se revigorando e crescendo. No começo
era feito entre feudos e aldeias próximas, depois entre feudos e outros feudos mais
distantes. No século XIII, as rotas comerciais atravessavam todas as estradas da Europa,
buscando e levando produtos, esse desenvolvimento do comércio fez com que o
dinheiro voltasse a ser importante. Os comerciantes se encontravam na floresta ou perto
de castelos, esses encontros foram conhecidos como feiras medievais. Elas serviam para
mercadores trocarem produtos e idéias. Essas feiras acabaram de fixando nos locais e
seus mercadores construíram casinhas, suas oficinas e balcões de vendas, começaram a
surgir pequenas cidades. Quanto mais o comércio se desenvolvia, mais importantes
ficavam essas cidades (HUBERMAN, 1936). Os homens que viviam nessas cidades e
mobilizava esse comércio eram chamados de burgueses.
Alguns desses comerciantes forneciam a matéria-prima e um pagamento aos
artesãos, para que eles em troca lhe entregassem produtos acabados. O mercador pegava
esses produtos e vendia ficando com todo lucro da venda. Os burgueses também se
dedicavam ás atividades bancárias, emprestavam dinheiro a juros. A riqueza deles era
diferente da riqueza dos senhores feudal. O nobre era rico porque tinha terras e o
burguês porque acumulava muito dinheiro.
No século XVI, estava acontecendo uma grande crise econômica européia e seu
principal motivo era a peste negra. Esta epidemia se espalhou pela Europa, causando
sofrimento, dor e angústia. Boccaccio fala da “peste” em sua obra Decameron:

“Afirmo, portanto, que tínhamos atingido já o ano bem farto da


Encarnação do Filho de Deus de 1348, quando, na mui excelsa
cidade de Florença, cuja beleza supera a de qualquer outra da Itália,
sobreveio à mortífera pestilência. Por iniciativa dos corpos superiores
ou em razão de nossas iniqüidades, a peste atirada sobre os homens
por justa cólera divina e para nossa exemplificação, tivera início nas
regiões orientais, há alguns anos. Tal praga ceifara, naquelas plagas,
uma enorme quantidade de pessoas vivas. Incansável, fora de um
lugar para outro; e estendera-se, de forma miserável, para o
Ocidente. Os homens se evitavam [...] parentes se distanciavam, irmão
era esquecido por irmão, muitas vezes o marido pela mulher; ah, e o
que é pior e difícil de acreditar, pais e mães houve que abandonaram
os filhos à sua sorte, sem cuidar deles e visitá-los, como se fossem
estranhos. (BOCCACCIO, Giovanni. Decameron. São Paulo: Círculo
do Livro, 1991, pp. 9-10.)”
Na verdade, no século X ao XIV a população havia dobrado de tamanho e com
isso houve a necessidade de aumentar o rendimento da agricultura. Também houve
outro motivo para que produzisse mais alimentos, o desbravamento de novas terras. Os
europeus tinham conseguido mais terras depois que cortaram florestas inteiras e tiraram
água de imensos pântanos. O problema era que no século XIV já não havia mais terras
disponíveis, não existia mais nada para desmatar ou drenar. Para piorar a peste negra fez
estrago, matando milhares de pessoas. Os reis e os nobres, percebendo que suas rendas
diminuíram, resolveram cobrarem mais impostos e taxas feudais dos servos. Os servos
tinham que enfrentar a doença, a fome e a morte, e agora deviam pagar mais tributos
ainda para os nobres. Muitos se revoltaram e invadiram castelos para tomar tudo que
podiam. Os nobres responderam com brutalidade massacrando milhares de pessoas.
Estava ai o fim da idade média e o inicio da idade moderna.

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