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ARQUIVOLOGIA

1. Arquivística. Princípios e conceitos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01


2. Políticas públicas de arquivo, legislação arquivística.Normas nacionais e internacionais de arquivo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
3. Sistemas e redes de arquivo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04
4. Gestão de documentos; implementação de programas de gestão de documentos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 07
5. Diagnóstico da situação arquivística e realidade arquivística brasileira. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09
6. Protocolo. Recebimento, registro, distribuição, tramitação e expedição de documentos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
7. Funções arquivísticas. Criação de documentos. Aquisição de documentos. Classificação de documentos. Avaliação de documentos.
Difusão de documentos. Descrição de documentos. Preservação de documentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
8. Análise tipológica dos documentos de arquivo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
9. Políticas de acesso aos documentos de arquivo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
10. Sistemas informatizados de gestão arquivística 56 de documentos. Documentos digitais. Requisitos. Metadados. . . . . . . . . . . . . 12
11. Microfilmagem de documentos de arquivo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
ARQUIVOLOGIA
• Princípio da indivisibilidade ou integridade arquivística: é
ARQUIVÍSTICA. PRINCÍPIOS E CONCEITOS necessário manter a integridade do arquivo, sem dispersar, mutilar,
alienar, destruir sem autorização ou adicionar documento indevido.
Conceitos
Segundo o Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística, • Princípio do respeito à ordem original, ordem primitiva ou
temos quatro definições para o termo arquivologia: “santidade” da ordem original: o arquivo deve conservar o arranjo
1. Conjunto de documentos produzidos e acumulados por uma dado por quem o produziu, seja uma entidade coletiva, pessoa ou
entidade coletiva, pública ou privada, pessoa ou família, no desem- família. Ou seja, ele deve ser colocado no seu lugar de origem den-
penho de suas atividades, independentemente da natureza do su- tro do fundo de onde provém.
porte.
2. Instituição ou serviço que tem por finalidade a custódia, o • Princípio da Organicidade: é o princípio que possibilita a
processamento técnico, a conservação e o acesso a documentos. diferenciação entre documentos de arquivo e outros documentos
3. Instalações onde funcionam arquivos. existentes no ambiente organizacional.
4. Móvel destinado à guarda de documentos.
• Princípio da Unicidade: independentemente de forma, gê-
Podemos entender ela como um conjunto de princípios, nor- nero, tipo ou suporte, os documentos de arquivo conservam seu
mas, técnicas e procedimentos para gerenciar as informações no caráter único, em função do contexto em que foram produzidos.
processo de produção, organização, processamento, guarda, utili-
zação, identificação, preservação e uso de documentos de arquivos. • Princípio da cumulatividade ou naturalidade: seus registros
• Um arquivo é o conjunto de documentos produzidos e acu- são formados de maneira progressiva, natural e orgânica em função
mulados por uma entidade coletiva, pública e privada, pessoa ou do desempenho natural das atividades da organização, família ou
família, no desempenho de suas atividades, independentemente da pessoa, por produção e recebimento, e não de maneira artificial.
natureza do suporte.
• Um documento é o registro de informações, independente • Princípio da reversibilidade: todo procedimento ou trata-
da natureza do suporte que a contém. mento aplicado aos arquivos poderá, necessariamente, ser rever-
• Já informação é um “elemento referencial, noção, ideia ou tido, caso seja necessário. Para se evitar a desintegração ou perda
mensagem contidos num documento. de unidade do fundo.
O suporte é o meio física, aquela que o contém o documento,
podendo ser: papel; pen-drive; película fotográfica; microfilme; CD; • Princípios da inalienabilidade e imprescritibilidade: aplicado
DVD; entre outros. ao setor público, estabelecendo que a transferência de propriedade
dos arquivos públicos a terceiros é proibida; e que o direito público
Outros conceitos importantes de se ter claro na mente: sobre os seus arquivos não prescreve com o tempo.
Arquivos: órgãos que recolhem naturalmente os documentos
de arquivo, que são acumulados organicamente pela entidade, de • Princípio da universalidade: implica ao arquivista uma abor-
forma ordenada, preservando-os para a consecução dos objetivos dagem mais geral sobre a gestão dos documentos de arquivo antes
funcionais, legais e administrativos, tendo em conta sua utilidade que ele possa se aprofundar em maiores detalhes sobre cada natu-
futura. reza documental.
Bibliotecas: reúnem documentos de biblioteca, que são mate-
riais ordenados para estudo, pesquisa e consulta. • Princípio da proveniência territorial/territorialidade: es-
Museus: colecionam documentos (bidimensionais e/ou tridi- tabelece que os documentos deverão ser arquivados no território
mensionais) de museu, que são criações artísticas ou culturais de onde foram produzidos.
uma civilização ou comunidade, possuindo utilidade cultural, de in-
formação, educação e entretenimento. • Princípio da pertinência territorial: afirma que os documen-
Centros de documentação ou informação: é um órgão/insti- tos deverão ser arquivados no local de sua pertinência, e não de
tuição/serviço que busca juntar, armazenar, classificar, selecionar e sua acumulação.
disseminar informação das mais diversas naturezas, incluindo aque-
las próprias da biblioteconomia, da arquivística, dos museus e da
POLÍTICAS PÚBLICAS DE ARQUIVO, LEGISLAÇÃO AR-
informática.
QUIVÍSTICA. NORMAS NACIONAIS E INTERNACIONAIS
DE ARQUIVO
Princípios
A arquivologia possui uma série de princípios fundamentais
para o seu funcionamento. São eles: Os arquivos públicos são conjuntos de documentos produzidos
e recebidos, no exercício de suas atividades, por órgãos públicos de
• Princípio da proveniência, respeito aos fundos ou método âmbito federal, estadual, do Distrito Federal e Municipal em decor-
histórico: fundo é um conjunto de documentos de uma mesma pro- rência de suas funções administrativas, legislativas e judiciárias. (Lei
veniência. Eles podem ser fundos abertos ou fechados. nº 8.159/91).
Fundo aberto é aquele ao qual podem ser acrescentados novos Consideram-se arquivos privados os conjuntos de documentos
documentos em função do fato de a entidade produtora continuar produzidos ou recebidos por pessoas físicas ou jurídicas, em decor-
em atividade. rência de suas atividades. Os arquivos privados podem ser identifi-
Fundo fechado é aquele que não recebe acréscimo de docu- cados pelo Poder Público como de interesse público e social, desde
mentos, uma vez que a entidade produtora não se encontra mais que sejam considerados como conjuntos de fontes relevantes para
em atividade. Porém, ele pode continuar recebendo acréscimo de a história e desenvolvimento científico nacional. (Lei nº 8.159/91).
documentos desde que seja proveniente da mesma entidade pro-
dutora de quando a organização estava funcionando.

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ARQUIVOLOGIA
CONARQ – Decreto nº 2.134, de 24 de janeiro de 1997. Regulamenta o
O Conselho Nacional de Arquivos é um órgão colegiado, vin- art. 23 da Lei 8.159, de 8 de janeiro de 1991, que dispõe sobre a
culado ao Arquivo Nacional, criado pelo art. 26 da Lei 8159, de 8 categoria dos documentos públicos sigilosos e o acesso a eles, e dá
de Janeiro de 1991, que dispõe da Política Nacional de Arquivos e outras providências.
regulamentado pelo decreto n.º 1173 de 19 de Junho de 1994, al-
terado pelo decreto n.º 1491, de 25 de Abril de 1995, que tem por Citamos alguns artigos importantes da Legislação Federal:
finalidade: – A eliminação de documentos produzidos por instituições pú-
I - Definir a Política Nacional de Arquivos Públicos e Privados; blicas e de caráter público será realizada mediante autorização da
II - Exercer a orientação normativa visando à Gestão Documen- instituição arquivística pública, na sua específica esfera de compe-
tal e à proteção especial aos documentos de arquivo. tência (Lei no. 8.159, de 08/01/91, Art. 9°.);
– Os documentos, em tramitação ou em estudo, poderão, a
Dentre as competências delegadas ao órgão, destacam-se as critério da autoridade competente, ser microfilmados, não sendo
seguintes: permitida a sua eliminação até a definição de sua destinação final
— Definir normas gerais e estabelecer diretrizes para o pleno (Decreto no. 1.799, de 30/01/96, Art. 11);
funcionamento do SINAR. Visando à Gestão, à preservação e ao – A eliminação de documentos, após a microfilmagem, dar-se-á
acesso aos documentos do arquivo; por meios que garantam sua inutilização, sendo a mesma precedida
— Promover o inter-relacionamento de arquivos público de de lavratura de termo próprio e após a revisão e a extração de filme
privados com vistas ao intercâmbio e à integração sistêmica das ati- cópia (idem, Art. 12);
vidades arquivísticas; – A eliminação de documentos oficiais ou públicos só deverá
ocorrer se prevista na tabela de temporalidade do órgão, aprovada
— Zelar pelo cumprimento dos dispositivos constitucionais e
pela autoridade competente na esfera de sua atuação e respeitado
legai que preservam o funcionamento e acesso aos arquivos pú-
o disposto no art. 9° da Lei no. 8.159, de 8 de janeiro de 1991 (idem,
blicos;
Art. 12 parágrafo único).
— Estimular programas de preservação e gestão de documen-
tos produzido (orgânicos) e recebidos por órgãos e entidades, no Constituição da República Federativa do Brasil (1988)
âmbito federal, estadual e municipal, em decorrência da função – É assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o
executiva, legislativa e judiciária; sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional (Art.5°,
— Subsidiar a elaboração de planos nacionais nos Poderes Le- XIV);
gislativo, Executivo e Judiciário, bem como nos Estado, no Distrito – Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações
Federal e Municípios; de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que
— Declarar que como de interesse público e social os arquivos serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, res-
privados que contenham fontes relevantes para a história e o de- salvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da so-
senvolvimento nacionais, nos termos do art. 13 da Lei n.º 8159/91. ciedade e do Estado (Art. 5°., XXXIII);
– São a todos assegurados, independentemente do pagamen-
SINAR to de taxas, ... b) a obtenção de certidões em repartições públicas,
Sistema Nacional de Arquivos, em 1978, não obstante os es- para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse
forços realizados no sentido de estimular a adoção de políticas que pessoal (Art. 5°., XXXIV);
assegurassem a preservação do patrimônio documental em decor- – A lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais
rência da implementação do sistema foi bastante prejudicada em quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem (Art.
decorrência da concepção estreita que norteou o Governo Feral, à 5°., LX);
época, com relação à problemática arquivística. – Conceder-se-á habeas data: a) para assegurar o conhecimen-
A promulgação da Lei n.º 8159/91 retorna a questão da Política to de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de
Nacional de Arquivos, reconhecendo e legitimando a necessidade registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de
de um Sistema que promova a efetiva integração sistêmica dos ar- caráter público; b) para a retificação de dados, quando não se pre-
quivos públicos e privados nos moldes legais e tecnicamente corre- fira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo (Art. 5°,
tos, visando à gestão, à preservação e ao acesso aos documentos LXXII);
de arquivo. – É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Muni-
cípios: ... II recusar fé aos documentos públicos (Art.19);
– É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Fe-
Legislação Federal
deral e dos Municípios: ... V- proporcionar os meios de acesso à
(Caro candidato(a) indicamos a consulta das Leis e decretos
cultura, à educação e à ciência (Art.23);
abaixo para aprofundar os estudos)
– Cabem à administração pública, na forma da lei, a gestão da
– Lei no 8.159, de 8 de janeiro de 1991, que dispõe sobre a
documentação governamental e as providências para franquear sua
Política Nacional de Arquivos Públicos e Privados. consulta a quantos dela necessitem (Art. 216, parág. 2°.);
– Lei nº 5.433, de 8 de maio de 1968. Regula a microfilmagem – A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a
de documentos oficiais e dá outras providências. informação, sob qualquer forma, processo ou veículo, não sofrerão
– Decreto no 1.799, de 30 de janeiro de 1996. Regulamenta a qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição (Art.
Lei no 5.433, de 8 de maio de 1968, que regula a microfilmagem de 220).
documentos oficiais. – É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Fe-
– Portaria da Secretaria da Justiça nº 58, de 20 de junho de deral e dos Municípios: ... III- proteger os documentos, as obras e
1996. Regulamenta o registro e a fiscalização do exercício da ativi- outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos,
dade de microfilmagem de documentos, em conformidade com o as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; IV- impedir
parágrafo único do artigo 15 do Decreto nº 1.799, de 30 de janeiro a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de
de 1996. outros bens de valor histórico, artístico ou cultural (Art. 23);

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ARQUIVOLOGIA
– Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de nature- Classificação, Temporalidade e Destinação de Documentos de
za material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, Arquivos Relativos às Atividade – Meio da Administração Pública.
portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos di- A Política Nacional de Arquivos, de acordo com os princípios
ferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se teóricos da moderna Arquivologia, compreende a definição e a no-
incluem: ... IV- as obras, objetos, documentos, edificações e demais ção de um conjunto de normas e procedimentos técnicos e admi-
espaços destinados às manifestações artístico-culturais (Art. 216); nistrativos para disciplinar as atividades relativas aos serviços ar-
– O Poder Público, com a colaboração da comunidade, promo- quivísticos da administração pública, trazendo, por consequência, a
verá e protegerá o patrimônio cultural brasileiro, por meio de inven- melhoria dos arquivos públicos. A implantação dessa política inclui
tários, registros, vigilância, tombamento e desapropriação, e de ou- necessariamente o processo de restauração da própria administra-
tras formas de acautelamento e preservação (Art. 216, parág. 1º.); ção pública.
No entanto, com essa modernização, pressupõem novas for-
Lei no. 8.159, de 08/01/91: dispõe sobre a Política Nacional de mas de relacionamento entra máquina administrativa governamen-
Arquivos Públicos e Privados tal e seus arquivos, como condição imprescindível para que estes
– É dever do Poder Público a gestão documental e a proteção últimos sirvam como instrumento de apoio à organização do estado
especial a documentos de arquivos, como instrumento de apoio à e da sociedade.
administração, à cultura, ao desenvolvimento científico e como ele- O controle sobre a produção documental e a racionalização de
mentos de prova e informação (Art. 1º.); seu fluxo, atreves da aplicação de modernas técnicas e recursos tec-
– Os documentos de valor permanente são inalienáveis e im- nológicos, são objetivos de um programa de gestão de documentos,
prescritíveis (Art. 10); que levará à melhoria dos serviços arquivísticos, reganhando, com
– Ficará sujeito a responsabilidade penal, civil e administrativa, isso, a função social que os arquivos devem ter, aumentando-lhes
na forma da legislação em vigor aquele que desfigurar ou destruir a eficácia garantindo o cumprimento dos direitos de cidadania e
documentos de valor permanente ou considerado como de interes-
sendo, para o próprio Estado suporte para as decisões políticos-ad-
se público e social (Art. 25);
ministrativas.
Contudo, o Código de Classificação de Documentos de Arquivo
Decreto no. 82.308, de 25/09/78: institui o Sistema Nacional de
para a Administração Pública: atividades meio e a tabela básica de
Arquivo (SINAR)
– Fica instituído o Sistema Nacional de Arquivo (SINAR) com temporalidade e destinação de documentos de arquivos relativos
a finalidade de assegurar, com vistas ao interesse da comunidade, às atividades meio da Administração Pública foram elaborados por
ou pelo seu valor histórico, a preservação de documentos do Poder técnicos do Arquivo Nacional, da antiga Secretaria de Administra-
Público (Art. 1o.); ção Federal e do Ministério do Planejamento e Orçamento e cons-
– Compete ao Órgão Central do Sistema: ... III-supervisionar a tituem elementos essenciais à organização do arquivos correntes
conservação dos documentos sob sua custódia (Art. 4°.); e intermediários, permitindo o acesso aos documentos através da
– Compete aos Órgãos Setoriais e Seccionais do Sistema: ... III racionalização e controlo eficazes das informações neles contidas.
- preservar os documentos sob sua guarda, responsabilizando-se É importante focar que, a utilização desses instrumentos (Tabe-
pela sua segurança (Art. 5º.); Decreto no. 1799, de 30 de janeiro de la de Temporalidade e Destinação), além de possibilitar o controle
1996: Regulamenta a Lei no. 5.433, de 8 de maio de 1968, que regu- e a rápida recuperação de informações, orientará as atividades de
la a microfilmagem de documentos oficiais, e a outras providências) racionalização da produção e fluxo documentais, avaliação e desti-
– Os documentos oficiais ou públicos, com valor de guarda per- nação dos documentos produzidos e recebidos, aumentando a efi-
manente, não poderão ser eliminados após a microfilmagem de- cácia dos serviços arquivísticos da administração pública em todas
vendo ser recolhidos ao arquivo público de sua esfera de atuação as esferas.
ou preservados pelo próprio órgão detentor (Art.13).
Código de Classificação de Documentos de Arquivo
RESOLUÇÃO N.º 4, DE 28 DE MARÇO DE 1996. É o principal instrumento para a classificação dos documentos
Dispõe sobre o Código de Classificação de Documentos de Ar- no Arquivo Corrente ou na massa documental. A ordem estabeleci-
quivo para a Administração Pública. da é baseada no agrupamento de documentos de um mesmo tema,
com a preocupação de agilizar o recolhimento, transferência e o
Levando em consideração que o acumulo da massa docu- acesso ao documento.
mental é um retrocesso da agilidade da obtenção da informação Para a administração pública federal o modo de classificação
o presidente do CONARQ dentro de suas atribuições e baseado na adotado foi o Método de Classificação Decimal (técnica de Melvil
Resolução 1º (adoção de um Plano de Classificação para arquivos Dewey). As dez principias são representadas por números inteiros
correntes) resolve aprovar medidas e definir funções.
com três algarismos: Classe 100; Classe 200; Classe 300; Classe 400;
Para os Arquivos Públicos foi aprovado, para as Atividades-
Classe 500; Classe 600; Classe 700; Classe 800; Classe 900.
-Meio, o Código de Classificação da Administração Pública que ser-
Essas classes podem ser divididas em subclasses, que podem
ve como modelo. Também foi atribuído que as entidades poderão
ser divididas em grupo, que podem ser divididas em subgrupos. Os
adaptar esse Código de Classificação de acordo com a decorrência
de suas atividades, estipulando mudanças nos prazos de guarda, de números sempre estarão se submetendo a uma subordinação ao
destinação (eliminação ou guarda permanente), inserção de novas anterior. Vejamos:
classes, subclasses e assim por diante. Classe 000
Subclasse 010
Grupo 012
Subgrupo 012.11

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ARQUIVOLOGIA
Neste modelo de Plano de Classificação as classes de 000 e 900 b) Elaboração da Tabela de Temporalidade
já vem rotuladas com seus respectivos assuntos: Administração Ge- O Princípio das Três Idades é fundamental, pois ele rege toda a
ral e Assuntos Diversos. Mesmo com essas definições essas duas vida da informação, atendendo as necessidades da Tabela de Tem-
classes poderão sofrer alterações no seu contexto de subclasses, poralidade. Para a determinação do caráter primário ou secundário
grupos e subgrupos. Alterações que poderão acrescentar ou reduzir é necessário a verificação se a informação tem caráter administra-
seu volume de informação. Essas duas classes já foram incluídas no tivo ou probatório/informativo, respectivamente. Em seguida vem
modelo Plano de Classificação porque segundo seus elaboradores a formação de uma Comissão Permanente de Avaliação. Essa Co-
essas são duas classes comuns a toda Atividades-Meio de uma orga- missão levantará dados sobre as atividades desenvolvidas pela Ad-
nização. O restante das classes fica aberto para o uso de acordo com ministração Geral e suas subsidiárias afim de determinar o melhor
as atividades documentais executadas pela organização. período de tempo que documento dever permanecer em cada fase.
Depois de sua elaboração, a Tabela de Temporalidade é en-
Aplicação do Código de Classificação de Documentos de Ar- caminhada para a instituição arquivística pública responsável pela
quivo área de situação do Arquivo requerente (onde será aprovada ou
A classificação faz parte do importante processo de Gestão Do- não), também há a necessidade de edição da mesma em Diário
cumental de Arquivos, pois a classificação faz parte da eficiência, do Oficial e é esperado 45 dias para possíveis manifestações. Depois
controle e da agilidade no gerenciamento das informações. desse processo e com a aprovação, a Tabela de Temporalidade, da
Duas etapas caracterizam a aplicação do Código de Classifica- empresa pública ou privada, será implantada com a orientação e
ção: Classificação e Arquivamento. acompanhamento de um Arquivista.

a) Classificação c) Aplicação da Tabela de Temporalidade


Primeiramente, essa etapa deve ser realizada por servidores O usuário da Tabela de Temporalidade terá a sua disposição,
treinado e aptos. O processo de classificação é lento pois necessita na própria tabela, as orientações e explicações. A principal preo-
da leitura de cada documento com o intuito de aplicar o código de cupação na aplicação da Tabela de Temporalidade é a verificação
classificação (ESTUDO). Quando a informação se refere a dois ou da organicidade estabelecida aos documentos de arquivo. Esse é
mais assuntos é usado um mecanismo, chamado Referência Cruza- a principal mudança que os Arquivos estão sofrendo hoje em dia.
da, onde é usado uma folha de referência. Essa folha é colocada na A aplicação da Tabela de Temporalidade tem sido comprome-
pasta ou nas pastas onde a referência é menor e, consequentemen- tida pois muitos Arquivos não têm profissionais com nível superior
te, o documento vai ocupar o lugar onde ele tem maior importân- de Arquivologia, ou seja, o responsável, que não tem o curso, na
cia. A codificação é importante na classificação pois faz uma revisão maioria das vezes não é condizente com a utilização do Plano de
dos códigos utilizados e sua confirmação é feita com o registro do Classificação e a aplicação da Tabela de Temporalidade, comprome-
código na primeira folha do documento. tendo a ênfase da Arquivologia: a organicidade.
A Tabela de Temporalidade é um modo de controlar o fluxo dos
b) Arquivamento documentos em cada fase. Na fase corrente, o valor primário é o
Com a efetuação da classificação o documento, ele deve ser importante; na fase intermediária, o valor primário perde impor-
encaminhado para o seu destino: a tramitação ou despacho final. tância e é feita uma averiguação do seu valor secundário e é dado
O arquivamento tem o objetivo de preservar a ordem estabelecida um prazo de precação (para possíveis pesquisas); em seguida é eli-
pelos códigos aplicados na fase de classificação (Princípio da Pro- minado ou passa para a guarda permanente (quando constatado
veniência) visando o acelerar o arquivamento. Uma característica seu valor secundário). Baseado nesses princípios a Tabela de Tem-
importante no processo de arquivamento é a preocupação com a poralidade estipula o tempo que o documento deve permanecer na
utilização do espaço (hoje em dia praticamente todos os Arquivos fase corrente e intermediária ou se será eliminado ou destinado à
sofrem com esse problema) por isso neste processo há a preocupa- guarda permanente.
ção se existem réplicas ou documentos que falam do mesmo assun-
to, havendo isso, serão encaminhados para a eliminação. Normas
(Caro(a) candidato(a) os arquivos das normas são extensivos e
Temporalidade e Destinação de Documentos de Arquivo da não tem como serem resumidos, por isso não colocamos os mesmos
Atividades-Meio da Administração Pública em nosso material. Sugerimos para aprofundamento do seu estudo,
Na necessidade de medidas que definam quais são as atitudes a leitura das normas.)
a serem tomadas com os documentos, em relação a preservação, – ISAD(G) – Norma Geral Internacional de Descrição Arquivís-
destinação intermediária ou permanente de acordo com seu valor tica
secundário representado para a sociedade, é necessário a elabora- – ISAAR(CPF) – Norma Internacional de Registo de Autoridade
ção de uma Tabela de Temporalidade. Arquivística para Pessoas Coletivas, Pessoas Singulares e Famílias
– ISDF – Norma Internacional para a Descrição de Funções
a) Disposição da Tabela de Temporalidade – ISDIAH – Norma Internacional para Instituições com Acervo
Sendo resultante de várias análises a Tabela de Temporalidade Arquivístico.
tem os objetivos de definir guarda, destinação e garantir o fácil e
rápido acesso às informações. Em sua estrutura básica são encon-
SISTEMAS E REDES DE ARQUIVO
trados os prazos de guarda na fase corrente e intermediária, e sua
destinação final além de observações para maior entendimento.
Sistema “é o conjunto de princípios coordenados entre si, de
modo que concorram para um determinado fim”. Paes (2005) ensi-
na que os métodos de arquivamento podem ser divididos em duas
classes:

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ARQUIVOLOGIA

No sistema direto buscamos os documentos diretamente onde estão localizados, sem o auxílio de instrumentos de pesquisa. Dentro
desse sistema temos os métodos de arquivamento:
- Alfabético: organização dos documentos feita palavra por palavra e letra por letra. Devemos observar as regras de alfabetação para
a utilização desse método.
- Geográfico: a utilização deste método é tomada quando a política de arquivo define como primordial para organização dos docu-
mentos é a procedência local do mesmo.

Método de Arquivamento

CLASSIFICAÇÃO POR ASSUNTO MÉTODO GEOGRÁFICO


Brasília
PATRIMÔNIO Rio de Janeiro
São Paulo
MÉTODO ALFABÉTICO
Aguiar, Celso
PESSOAL - ADMISSÃO Borges, Francisco
Cardoso Jurandir
Castro, Lúcia
MÉTODO (SECUNDÁRIO) CRONOLÓGICO
Jan. a jul. de 1980
DEMISSÃO - FOLHAS DE PAGAMENTO
Ago. a dez. 1980
Jan. a jul 1981

- Correspondência com outros países: alfabeta-se em primeiro lugar o país, seguido da capital e do correspondente. As demais cidades
serão alfabetadas em ordem alfabética, após as respectivas capitais dos países a que se referem.

Regras de alfabetação1
As seguintes as regras de alfabetação obedecem ao seguinte:
O arquivamento de NOMES obedece a algumas regras, denominadas Regras de Alfabetação, que são as seguintes:
- Nos nomes individuais considera-se, primeiramente, o último nome e depois o prenome.

EXEMPLO:
Miguel Soares Brito
Cláudia Regina Vieira
Ivo Pereira da Paz
ARQUIVAM- SE:
1º BRITO, Miguel Soares
2º PAZ, Ivo Pereira da
1 Fonte: Centro de Documentação e Histórico da Aeronáutica

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ARQUIVOLOGIA
3º VIEIRA, Cláudia Regina SERAFIM FILHO, Amaury Reis
SILVA JUNIOR, André Luís
– Quando houver sobrenomes iguais, prevalece a ordem alfa- SOARES FILHO, Marcos
bética do prenome.
EXEMPLO: – Os títulos são colocados no fim, entre parênteses.
Hermínia Ferreira EXEMPLO:
Ana Lúcia Ferreira Maj Int Sérgio F. Brito
Mauro Ferreira Ministro Moreira Lima Pe. Antônio Vieira
ARQUIVAM- SE: ARQUIVAM-SE:
1º FERREIRA, Ana Lúcia BRITO, Sérgio F. (Maj Int)
2º FERREIRA, Hermínia LIMA, Moreira (Ministro)
3º FERREIRA, Mauro VIEIRA, Antônio (Pe.)

– Nomes compostos de um substantivo e um adjetivo ou liga- – Os nomes estrangeiros comuns são considerados pelo sobre-
dos por hífen não se separam. nome, salvo nos casos de nomes espanhóis e orientais.
EXEMPLO: EXEMPLO:
Heitor Villa Lobos John E. Bingham
Elza Campo Verde George Mac Donald
Teobaldo Casa Grande William Outhwaite
ARQUIVAM- SE: ARQUIVAM- SE:
1º CAMPO VERDE, Elza BINGHAM, John E.
2º CASA GRANDE, Teobaldo MAC DONALD, George
3º VILLA LOBOS, Heitor OUTHWAITE, William

– Os nomes com SANTA, SANTO ou SÃO seguem a regra dos – As partículas dos nomes estrangeiros podem ou não ser con-
nomes formados de um adjetivo e um substantivo. sideradas. O mais comum é considera-la como parte integrante do
EXEMPLO: nome, principalmente quando escritas em letra maiúscula.
Vera Maria São Gonçalo EXEMPLO:
Carmem Santo Antônio Francisco Di Cavalcanti
Maria da Paz Santa Cruz Lilian Cruz D’Almada
ARQUIVAM- SE: Maria Luiza O’Hara
1º SANTA CRUZ, Maria da Paz ARQUIVAM- SE:
2º SANTO ANTÔNIO, Carmem 1º D’ALMADA, Lilian Cruz
3º SÃO GONÇALO, Vera Maria 2º DI CAVALCANTI, Francisco
3º O’HARA, Maria Luiza
– As iniciais abreviativas de prenomes têm precedência na clas-
sificação de nomes iguais. – Os nomes espanhóis são registrados pelo penúltimo sobreno-
EXEMPLO: me, que corresponde ao sobrenome da família do pai.
Moacir Moreira EXEMPLO:
Moisés Moreira Angel Del Arco Y Molinero
M. Moreira Juan Garcia Vasques
ARQUIVAM- SE: Antonio de los Rios
1º MOREIRA, M. ARQUIVAM-SE:
2º MOREIRA, Moacir 1º ARCO Y MOLINERO, Agel Del
3º MOREIRA, Moisés 3º RIOS, Antonio de los
2º GARCIA VASQUES, Juan
– As partículas tais como de, d’, da, do, e, não são consideradas.
EXEMPLO: – Os nomes orientais japoneses, chineses, árabes e outros são
Virgínia Souza e Silva arquivados como se apresentam.
Heloísa R. do Amparo EXEMPLO:
Regina Viana d’Almeida Li Yutang
ARQUIVAM- SE: Adib Hassib
ALMEIDA, Regina Viana d’ Al BenHur
AMPARO, Heloísa R. do ARQUIVAM-SE:
SILVA, Virgínia Souza e Adib Hassib
Al BenHur
– Os nomes que exprimem grau de parentesco, como: FILHO, Li Yutang
JUNIOR, NETO, SOBRINHO, são considerados parte integrante do úl-
timo sobrenome, mas não são considerados na alfabetação.
EXEMPLO:
André Luís Silva Júnior
Marcos Soares Filho
Amaury Reis Serafim Filho
ARQUIVAM-SE:

6
ARQUIVOLOGIA
– Os nomes de firmas e empresas devem ser considerados tais No sistema indireto, para recuperarmos os documentos de que
como se apresentam. necessitamos, temos de nos valer de instrumento (s) de pesquisa
EXEMPLO: (s), como índices e catálogos, os principais métodos deste sistema
Transportadora Americana Ltda são:
Sapataria Dengo e Denga S/A – Numérico: pode ser cronológico, simples ou digital. Precisa-
Rezende Barros & Cia -se de uma espécie sumário ou índice para que possamos recuperar
ARQUIVAM-SE: o documento. Tal método só deve ser utilizado para quantidade pe-
REZENDE BARROS & CIA quena de documentos.
SAPATARIA DENGO e DENGA S/A – Por assunto: método muito utilizado para tratar de grandes
TRANSPORTADORA AMERICANA LTDA massas de documentos. Este método requer, obrigatoriamente, a
elaboração de um alfabético remissivo, além de uma grande espe-
– Os nomes de instituições e órgãos governamentais em portu- cialização do arquivista para atribuir os devidos termos (descrito-
guês, consideram-se como se apresentam. res) aos respectivos documentos.
EXEMPLO:
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos A função primordial dos arquivos é disponibilizar as informa-
Banco do Brasil ções contidas nos documentos para a tomada de decisão e com-
Companhia Estadual de Água e Esgoto provação de direitos e obrigações, o que só se efetivará se os do-
ARQUIVAM-SE: cumentos estiverem corretamente classificados e devidamente
BANCO do Brasil guardados.
COMPANHIA Estadual de Água e Esgoto
EMPRESA Brasileira de Correios e Telégrafos – Variadex: Segundo PAES (2002), a Remington Rand concebeu
o método variadex, introduzindo as cores como elementos auxilia-
– Os nomes de instituições ou órgãos de países estrangeiros res para facilitar não só o arquivamento, como a localização de do-
devem ser precedidos pelo nome do país. cumentos. Nesse método, trabalha-se com uma chave constituída
EXEMPLO: de cinco cores.
Public Record Office
Editorial Hispano Europea, S.A LETRAS CORES
United State Air Force
ARQUIVAM-SE: A, B, C, D e abreviações Ouro
ESPANHA Editorial E, F, G, H e abreviações Rosa
Hispano Europea, S.A
I, J, K, L, M, N e abreviações Verde
ESTADOS UNIDOS United
State Air Force O, P, Q e abreviações Azul
INGLATERRA Public R, S, T, U, V, W, Y, Z e abreviações Palha
Record Office
– Automático: É utilizado somente na Europa. Nesse método
– Nos títulos de congressos, seminários, conferências, assem- os papéis são arquivados com guias alfabéticas numeradas uma a
bleias, reuniões e outros eventos. Os números arábicos, romanos uma. Este método é combina letras, números e cores. É considera-
ou escritos por extenso, deverão aparecer no fim, entre parênteses. do um método semidireto porque quando vai numerar é necessário
EXEMPLO: olhar uma tabela antes (indireto), mas o nome é alfabético (direto).
1º Seminário sobre Medicina Aeroespacial – Soundex: Utilizado somente na Europa. Este método utiliza
VII Congresso Brasileiro de Arquivologia a fonética (som das palavras) e não pela ordem alfabética. Método
Quarta Assembleia de Diretores Lojistas soundex: ordenação que tem por eixo a fonética dos nomes que
ARQUIVAM- SE: intitulam os documentos de um determinado arquivo. Usam‐se no-
ASSEMBLEIA de Diretores Lojistas (Quarta) mes para a organização dos arquivos, reunindo‐os pela semelhança
CONGRESSO Brasileiro de Arquivologia (VII) da pronúncia, mesmo que a grafia seja diferente.
SEMINÁRIO sobre Medicina Aeroespacial (1º) – Mnemônico: É considerado um método obsoleto. Busca com-
binar as letras do alfabeto (símbolos) de forma a auxiliar a memória
Estas regras podem ser alteradas para melhor adaptarem-se à na busca da informação no material de arquivo.
empresa, instituição, firma, órgão, desde que o critério escolhido – Rôneo: Também é considerado um método obsoleto. Conhe-
seja uniforme para toda a empresa, e que sejam feitas remissivas* cido como um método híbrido. Ele combina letras, números e cores.
para serem evitadas dúvidas futuras.
ex.: Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A.
ver EMBRAER GESTÃO DE DOCUMENTOS; IMPLEMENTAÇÃO DE
PROGRAMAS DE GESTÃO DE DOCUMENTOS
Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária
ver INFRAERO Através da gestão de documentos podemos fazer um correto
arquivamento. Ela surgiu a partir da necessidade das organizações
Centro de Documentação e Histórico da Aeronáutica em gerenciar a informação que se encontrava desestruturada, vi-
ver CENDOC sando facilitar o acesso ao conhecimento explícito da corporação.

7
ARQUIVOLOGIA
Pode ser considerada como um conjunto de soluções utilizadas para assegurar a produção, administração, manutenção e destinação
dos documentos possibilitando fornecer e recuperar as informações contidas nos documentos de uma maneira conveniente. (SANTOS,
2002).

No Brasil, a gestão documental é regulamentada na Lei nº 8.159/91 que “Dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e pri-
vados e dá outras providências”.

A Gestão de documentos trata-se de um conjunto de medidas e rotinas que garante o efetivo controle de todos os documentos de
qualquer idade desde sua produção até sua destinação final (eliminação ou guarda permanente), com vistas à racionalização e eficiência
administrativas, bem como à preservação do patrimônio documental de interesse histórico-cultural. Pressupõe-se, portanto, uma inter-
venção no ciclo de vida dos documentos desde a sua produção até serem eliminados ou recolhidos para guarda definitiva.
Um programa geral de gestão compreende todas as atividades inerentes às idades corrente e intermediária de arquivamento, o
que garante um efetivo controle da produção documental nos arquivos correntes (valor administrativo/vigência), das transferências aos
arquivos centrais/intermediários (local onde os documentos geralmente aguardam longos prazos precaucionais), do processamento das
eliminações e recolhimentos ao arquivo permanente (valor histórico-cultural).

Ciclo de vidas de um documento


• Correntes: conjunto de documentos atuais, em curso, que são objeto de consultas e pesquisas frequentes.
• Temporários: conjunto de documentos oriundos de arquivos correntes que aguardam remoção para depósitos temporários.
• Permanentes: conjunto de documentos de valor histórico, científico ou cultural que devem ser preservados indefinidamente.
O termo arquivo morto, o que caracteriza um erro dentro do estudo da arquivística. Documentos que não são consultados com frequ-
ência, mas que possuem valor, devem ser classificados como Documentos Permanentes.

1ª IDADE
– Documentos vigentes, frequentemente consultados
ARQUIVO CORRENTE
– Final de vigência; documentos que aguardam prazos longos de prescrição ou
2ª IDADE
precaução;
– Raramente consultados;
ARQUIVO INTERMEDIÁRIO E/OU CENTRAL
– Aguardam a destinação final: eliminação ou guarda permanente.
3ª IDADE
– Documentos que perderam a vigência administrativa, porém são providos de
valor secundário ou histórico-cultural
ARQUIVO PERMANENTE

IDADE DO DURAÇÃO FREQUÊNCIA DE LOCAL DE


VALOR
DOCUMENTO MÉDIA USO / ACESSO ARQUIVAMENTO
– Documentos vigentes
Imediato – Muito consultados Arquivo Corrente
ADMINISTRATIVA Cerca de 5 anos
ou Primário – Acesso restrito ao organismo (próximo ao produtor)
produtor
– Documentos vigentes
I – Primário – Regularmente consultados Arquivo Central
5 + 5 = 10 anos
reduzido – Acesso restrito ao organismo (próximo à administração)
produtor
INTERMEDIÁRIA II – Primário – Documentos vigentes
10 + 20 = 30 anos
mínimo – Prazo precaucional longo
Arquivo intermediário (exte-
– Referência ocasional
rior à Instituição ou anexo ao
III – Secundário – Pouca frequência de uso
30 + 20 = 50 anos Arquivo Permanente)
potencial – Acesso público mediante autori-
zação
– Documentos que perderam a
vigência Arquivo Permanente ou
HISTÓRICA Secundário Definitiva
– Valor permanente Histórico
– Acesso público pleno

8
ARQUIVOLOGIA
Os três momentos de gestão são fáceis de serem reconhecidos
e não são consecutivos. Eles são: DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ARQUIVÍSTICA E
1. Produção dos documentos: elaboração de formulários, im- REALIDADE ARQUIVÍSTICA BRASILEIRA
plantação de sistemas de organização da informação, aplicação de
novas tecnologias aos procedimentos administrativos. Nos últimos anos vêm sendo ampliados no Brasil os debates so-
2. Manutenção e uso: implantação de sistemas de arquivo, se- bre a formulação, desenvolvimento e avaliação de políticas públicas
leção dos sistemas de reprodução, automatização do acesso, mobi- arquivísticas. Essas reflexões a respeito do tema, revelam cada vez
liário, materiais, local. mais a complexidade de elementos envolvidos no desenho e imple-
3. Destinação final dos documentos: programa de avaliação mentação das políticas públicas no campo dos arquivos.
que garanta a proteção dos conjuntos documentais de valor perma- A produção de conhecimento arquivístico não está mais, espe-
nente e a eliminação de documentos rotineiros e desprovidos de cialmente a partir dos anos 1990, restrita às instituições arquivís-
valor probatório e informativo. ticas. É também um dever das universidades. Possivelmente essa
atribuição das universidades será mais eficazmente cumprida se
A avaliação de documentos de arquivo é uma etapa decisiva resultar de diálogos permanentes com os arquivos públicos. Tais di-
no processo de implantação de políticas de gestão de documentos, álogos são ainda raros e pouco densos no caso brasileiro.
tanto nas instituições públicas quanto nas empresas privadas. Con- A produção de conhecimento arquivístico que emerge das ins-
siste fundamentalmente em identificar valores e definir prazos de tituições arquivísticas – historicamente um lócus privilegiado de
guarda para os documentos de arquivo, independentemente de seu produção de saber arquivístico – não se faz acompanhar de sufi-
suporte ser o papel, o filme, a fita magnética, o disquete, o disco ciente difusão desse saber. Os arquivos públicos brasileiros ainda
ótico ou qualquer outro. difundem muito pouco o saber que, supõe-se, emerge das práticas
arquivísticas que desenvolvem.
Para a implantação do processo de avaliação de documentos é Outras questões que envolve este tema é a quantidade de
necessário seguir os seguintes passos: Universidades que ministram o curso de arquivistas, obras literá-
1) Constituição formal da Comissão de Avaliação de Documen- rias que abordam sobre o assunto, concurso público para a área
tos, para garantir a legitimidade e autoridade à equipe responsável; pouco realizado. Muitas são as variantes que interferem na reali-
2) Elaboração de textos legais ou normativos que definam nor- dade arquivística brasileira que contribuem para um diagnóstico da
mas e procedimentos para o trabalho de avaliação; situação. Segundo artigo publicado pela UFBA2 foi levantado essas
3) Estudo da estrutura administrativa do órgão e análise das variantes que se seguem:
competências, funções e atividades de cada uma de suas unidades;
4) Levantamento da produção documental: entrevistas com O perfil da atividade arquivística
funcionários, responsáveis e encarregados, até o nível de seção, Quais os profissionais que atuam no desenvolvimento de prá-
para identificar as séries documentais geradas no exercício de suas ticas arquivísticas?
competências e atividades; Quantos são arquivistas graduados? Em quais universidades?
5) Análise do fluxo documental: origem, pontos de tramitação Qual tipo de formação contínua esses profissionais desenvol-
e encerramento do trâmite; vem? Quantos possuem pós-graduação lato sensu e stricto sensu?
6) Identificação dos valores dos documentos de acordo com Em quais áreas? Quais são suas fontes de informação profissional?
sua idade: administrativo, legal, fiscal, técnico, histórico; Qual a distribuição regional dessa comunidade profissional?
7) Definição dos prazos de guarda em cada local de arquiva- Quais as faixas salariais?
mento. Qual o gênero?
Qual a idade?
Gestão eletrônica de documentos (GED) Quantos atuam no setor público? Quantos atuam no setor pri-
A gestão eletrônica de documentos (GED) surge como mais vado?
uma ferramenta considerada importante e imprescindível para o Que relações mantêm com as associações profissionais?
gerenciamento da massa documental. Ela gerencia não apenas do-
cumentos digitais, e sim todo e qualquer documento, independente Associativismo
do suporte físico. Quantas são, como estão distribuídas regionalmente e como
Para sua implantação, o primeiro passo é criar a infraestrutura funcionam as associações profissionais da área? Quantos são os as-
necessária: cabeamento, aquisição de servidor, microcomputado- sociados? Qual o perfil dos associados e dos quadros dirigentes?
res, instalação de redes, aquisição de softwares específicos para Quais a atividades desenvolvidas?
cada área etc. Em seguida treinar toda a equipe de usuários, para
enfim, proceder aos trabalhos de recebimento, registro, indexação, Docência e docentes em Arquivologia
controle e arquivamento dos documentos. Quantos são? Desde quando atuam na docência? Quantos
Vantagens da GED: possuem graduação em Arquivologia ou em outras áreas? Quantos
– Interação entre sistemas como correio eletrônico e mensa- possuem pós-graduação? Em quais áreas? Quais as experiências
gens instantâneas; prévias no campo dos arquivos? Qual a distribuição regional dessa
– Aumento da disseminação da informação, através do acesso comunidade profissional? Quais as faixas salariais? Qual o gênero?
múltiplo a um documento digitalizado; Qual a idade? Quais as linhas de pesquisa?
– Redução de custos com reprografia, duplicidade e extravio; Quais os temas arquivísticos com maior ou menor incidência
– Rapidez no acesso à informação; de professores? Como e em quais unidades acadêmicas se inserem
– Agilidade no atendimento; os cursos de Arquivologia? Qual a relação acadêmica desses cursos
– Informações mais precisas; de Arquivologia com cursos de Biblioteconomia, História, Adminis-
– Redução da área física. tração etc.?

2 Ponto de Acesso, Salvador, v. 3, n. 1, p. 46-59, abr. 2009.

9
ARQUIVOLOGIA
Usos e usuários da informação arquivística Quais os instrumentos para minimizarmos as nossas desigual-
Quais são os usos e quem são os usuários dos arquivos? Como dades arquivísticas num quadro de diversidade?
se estruturam esses usos em diversos contextos? Qual o grau de sa-
tisfação dos usuários com os arquivos? Quais as demandas dos usu-
ários em relação aos arquivos? Quais as alterações no atendimento PROTOCOLO. RECEBIMENTO, REGISTRO, DISTRIBUI-
ao usuário com o acesso a informações arquivísticas na internet? ÇÃO, TRAMITAÇÃO E EXPEDIÇÃO DE DOCUMENTOS
Os setores de atendimento aos usuários estão se modificando em
função da internet? Quem é o arquivista de referência hoje? Quais O protocolo de um arquivo é um serviço auxiliar responsável
as características da relação arquivistas-usuários em variados con- pelo controle tanto das correspondências recebidas por uma insti-
textos institucionais? Quais os usuários potenciais, porém não aten- tuição tanto pelo trâmite dos documentos produzidos pela mesma.
didos pelos arquivos? Por que e como tal situação ocorre? Não há um padrão para a execução da função exercida pelo
Quais as ações desenvolvidas pelos arquivos públicos, asso- protocolo. No entanto, alguns parâmetros são utilizados para a ges-
ciações profissionais e universidades para ampliar o uso social dos tão desse serviço. No que tange às correspondências temos as se-
arquivos? guintes atividades:
Quais as ações que podem favorecer o uso social dos arquivos? Recebimento: receber a correspondência ou outros materiais,
Quais os obstáculos e aspectos favoráveis ao uso social dos ar- separar os particulares dos oficiais, distribuir as correspondências
quivos? particulares, separar as correspondências oficiais ostensivas das si-
gilosas. Abrir, ler, verificar a existência de antecedentes, analisar e
Produção e difusão de conhecimento classificar as correspondências ostensivas;
Qual a quantidade e o universo temático de trabalhos finais de Classificação: analisar ou interpretar o conteúdo do documen-
graduação, dissertações, teses, anais de congressos, artigos de pe- to, determinar o assunto do mesmo e enquadrá-lo no plano de clas-
riódicos, livros etc.? sificação de documentos adotado pela instituição;
Qual é a produção de conhecimento arquivístico da universida- Registro: colocar o carimbo com a data, número e outras infor-
de e das instituições arquivísticas? Quais os temas mais pesquisa- mações que o documento deve receber;
dos? Quais os mecanismos de difusão desse conhecimento? Recibo de entrega: entregar as correspondências ou outros
Qual a atuação das agências governamentais de apoio à pes- materiais mediante recibo;
quisa em relação à produção de conhecimento arquivístico? Expedição: receber a documentação expedida pelos setores da
instituição para envio, datar original e cópias, expedir o original e
Arquivos públicos (Serviços arquivísticos e instituições arqui- devolver a cópia ao setor responsável;
vísticas governamentais) Atendimento: prestar informações de sua área de competên-
Quantos são? Qual é a distribuição regional? Qual a distribui- cia, bem como realizar empréstimos.
ção por segmentos do Estado brasileiro (União, Estados e Muni-
cípios / Executivo, Legislativo e Judiciário)? Quais os desenhos de No que se refere aos documentos produzidos e recebidos pela
estrutura organizacional? Quantos são e quais as condições de con- instituição em decorrência de suas atividades, são atribuições do
servação dos acervos? Qual o grau de autonomia financeira? Qual é protocolo:
o orçamento? Quais instrumentos garantem respaldo legal? Qual é Análise do conteúdo: verificar a existência de despachos em
a infraestrutura física, tecnológica e humana? Quais os instrumen- todos os documentos que chegar ao setor;
tos de pesquisa? Qual o grau de normatização? Quais as normas Conservação para preservação: retirar o excesso de objetos
arquivísticas utilizadas? metálicos (grampos, clips) e se for imprescindível o uso dos mes-
mos, tentar, dentro do possível substituir todos os objetos metáli-
Percepção social dos arquivos, da Arquivologia e dos arqui- cos por objetos de plásticos;
vistas Análise da classificação: avaliar se a classificação atribuída está
Como são visualizados os arquivos e os arquivistas pela so- correta (principalmente em caso de pedido de arquivamento defi-
ciedade brasileira? Quais as ações desenvolvidas pelos arquivos nitivo) retificando-a, se for o caso;
públicos, associações profissionais e universidades para ampliar a Arquivamento: arquivar o documento de acordo com os crité-
percepção social dos arquivos, da Arquivologia e dos arquivistas? rios adotados;
Empréstimo: talvez a mais “especial” das atividades arquivísti-
Prospecção (construção de cenários e identificação de ten- cas, afinal, essa é uma das essências da criação dos arquivos.
dências com base em pesquisas) Controle de empréstimo: controlar através de ficha manual ou
Como se dá a ampliação crescente dos usos de tecnologias da sistema.
informação? Em quais bases? Em consequência, há mais atendi-
mentos remotos a usuários nos arquivos?
Quais as perspectivas de efetiva ampliação de um Modelo de
Requisitos para Sistemas Informatizados de Gestão Arquivística de
Documentos, preconizado pelo e-ARQ Brasil?
Como desenharmos hoje nossos programas de gerenciamento
arquivístico, considerando essas tendências?
Quais as perspectivas concretas de ampliação da formação de
arquivistas em níveis de graduação e pós-graduação? Quais as ten-
dências na pesquisa na área?
Quais as tendências do nosso associativismo?
Quais as tendências na forma pela qual os arquivos são visuali-
zados pela sociedade brasileira?

10
ARQUIVOLOGIA
Difusão de documentos: trata-se da democratização do acer-
FUNÇÕES ARQUIVÍSTICAS. CRIAÇÃO DE DOCUMEN- vo, abrangendo não só a acessibilidade aos documentos arquivísti-
TOS. AQUISIÇÃO DE DOCUMENTOS. CLASSIFICAÇÃO cos, mas também à propagação de seu conteúdo. É uma ação que
DE DOCUMENTOS. AVALIAÇÃO DE DOCUMENTOS. requer integração de setores distintos, assim como de diferentes
DIFUSÃO DE DOCUMENTOS. DESCRIÇÃO DE DOCU- conhecimentos e profissionais. Nesse contexto, os documentos ar-
MENTOS. PRESERVAÇÃO DE DOCUMENTOS quivísticos digitais têm maior vantagem, pois sua transmissão entre
os interessados é mais simplificada.
Funções arquivísticas
Descrição de documentos: grupo de procedimentos que abor-
Criação de documentos: etapa de determinação de sistemas da os aspectos formais e de conteúdo dos documentos para a
de normas, trâmites, formatos, modelos e conteúdo, com a finali- criação de ferramentas de pesquisa. A descrição é resultante dos
dade de garantir total rigor na geração de documentos de arquivo, processos de classificação e de avaliação. Aliás, é a etapa da descri-
incluindo a integridade e da autenticidade em caso de arquivo ele- ção que viabiliza que a classificação dos documentos atinja integral-
trônico. É importante que o profissional arquivista preze pela racio- mente suas finalidades. Para isso, é necessário que esteja associada
nalização, produzindo somente documentos fundamentais, além a um grupo de metadados que reproduzam todo o conteúdo de
da elaboração de modelos de formulários a serem aplicados pela identificação do acervo do arquivo, além de explicar a sua estru-
organização e conforme as necessidades de seus departamentos e turação. Os instrumentos de pesquisa que sustentam a descrição -
órgãos. índices, guias, inventários, catálogos, etc. - ilustram os documentos
arquivísticos no que se refere à sua identificação, localização e ge-
Aquisição de documentos: etapa de arquivamento corrente e renciamento, além de sinalizar o pesquisador quanto aos sistemas
de recolhimento e transferência de arquivo. Em suma, consiste na arquivísticos que os gerou quanto ao contexto local.
admissão de documentos nos principais arquivos (correntes, inter-
mediários e permanentes), de modo que garanta que o documen- Indexação: elemento importante da descrição de documentos
to adquirido é íntegro, autêntico e genuíno. A microfilmagem dos e necessária nas três fases documentais, trata-se do sistema de de-
documentos de propriedade de outras organizações faz parte des- finição de pontos de acesso para simplificar a recuperação dos do-
sa etapa, na qual também estão envolvidos os procedimentos de cumentos ou das informações neles contidas. Abrange a elaboração
empréstimo temporário, depósito, dação e doação. Tratando-se de e o uso de índices e de vocabulários controlados (feita no Brasil pela
documentos arquivísticos digitais, o rigor n processo de aquisição NOBRADE - Norma Brasileira de Descrição Arquivística). Os docu-
deve ser redobrado, devido às necessidades de validação e verifica- mentos digitais devem ser indexados da mesma forma.
ção, autenticidade e integridade do documento.
Preservação de documentos: conjunto de ações e medidas re-
Classificação de documentos: a classificação conduz a ordena- lacionadas à manutenção da integridade física e da logicidade dos
ção intelectual de todo o acervo de modo que represente o sistema materiais no passar do tempo. Em outras palavras, a preservação
decisório e organizacional da instituição, além de para simplificar o de condimentos visa à ampliação da vida útil do documento, bem
acesso aos documentos gerados. É a etapa de criação e aplicação de como proteger o seu conteúdo de prováveis danos. É uma medida
planos que contemplem as tarefas e as ações da instituição arma- de ordem operacional, administrativa e política, pois muitos docu-
zenadora dos documentos nos estágios corrente e intermediário, mentos expressam um registro cultural de um lugar ou período es-
assim como a estruturação de quadros no arquivo permanente. O pecíficos, podendo ser valiosos para pequenos grupos ou mesmo
arquivista é responsável pela monitoração e pelo controle de utili- para a Humanidade. Para a preservação do documento arquivístico,
zação do plano, assim como pelo contato com as repartições pro- deve-se observar os procedimentos aplicados nas etapas de pro-
dutoras, tendo em vista a identificação de potenciais necessidades dução, tramitação e armazenamento. Tais procedimentos são pro-
de revisão do instrumento e sua execução, sempre que considerar postos em detalhes pelo Conselho Nacional de Arquivos, nas Reco-
cabível. Os documentos arquivísticos podem ser classificados quan- mendações para a Produção e Armazenamento de Documentos de
to a: natureza assunto, tipologia, gênero, espécie, formato e forma. Arquivo.

Avaliação de documentos: etapa efetuada com base em parâ- Etapas da preservação/conservação de documentos: higieni-
metros predeterminados e no estabelecimento de prazos de guarda zação, estabilização, acondicionamento, área de armazenamento,
e destinação (preservação permanente ou eliminação) dos docu- plano de emergência, manuseio e deslocamento dos documentos.
mentos arquivísticos. A avaliação requer a atuação de profissionais
arquivistas na criação e na execução da tabela de temporalidade,
assim como dos editais e das listas de eliminação e descarte de do- ANÁLISE TIPOLÓGICA DOS DOCUMENTOS
cumentos arquivísticos no âmbito de sua alçada e também no de- DE ARQUIVO
sempenho da Comissão Permanente de Avaliação de Documentos.
A avaliação compreende, ainda, as atividades de microfilmagem, Tipologia Documental: etapa integrante da identificação Arqui-
de digitalização de documentos e de fiscalização (para prevenir que vística que consiste no tratamento de documentos, conhecimentos
documentos arquivísticos sejam eliminados sem autorização); para e informações para identificação do documento arquivado (papel,
documentos arquivísticos digitais, evita-se a sobrecarga, garantindo microfilme, digital, etc.). Tem como objetivo os tipos documentais,
que documentos que possam ser descartados não permaneçam no bem como a configuração de sua espécie documental conforme a
ambiente eletrônico. atividade que o originou, a natureza de suas informações método
de registro.

11
ARQUIVOLOGIA
Objetivos da análise documental arquivística: estabelecer a Pilares:
lógica orgânica dos conjuntos documentais; aprimorar as diversas 1) direito do cidadão à informação;
ações arquivísticas, como a descrição, avaliação e a classificação. 2) suporte à administração, à preservação das memórias e ao
O objetivo pode ser de natureza probatória, dispositiva ou infor- progresso da Ciência;
mativa. 3) especificamente no Brasil, as políticas de acesso aos arqui-
vos estão alicerçadas na proteção das informações, com destaque
Percurso: deve-se iniciar, obrigatoriamente, pela identificação para conteúdos sigilosos.
da instituição produtora. A partir disso, a análise deverá percorrer:
Objetivos: elaborar estratégias e objetivos para normatização
1. da sua competência à sua estrutura das etapas de produção, organização, utilização, preservação e
2. da sua estrutura ao seu funcionamento acesso dos materiais documentais gerados no contexto das atribui-
3. do seu funcionamento à atividade refletida no documento ções administrativas, seja no contexto público ou privado.
4. da atividade ao tipo do documento
5. do tipo à espécie do documento Decreto nº 79.099/1977: com base na legislação pós-guerra,
6. da espécie ao documento o regime militar procurou preservar a privacidade governamental
7. finalmente, chega-se alcançar o ponto de encontro pretendi- brasileira, aprovando a regulamentação de proteção de conteúdos
do entre documento (meio, suporte, contextualização) e sua função confidenciais, o que explica a eliminação de documentos concer-
a finalidade da emissão do documento). nentes ao período da ditadura.

Sequência: deve-se identificar e/ou determinar: Constituição Federal de 1988: garantiu aos cidadãos a prerro-
gativa de obter das instituições públicas as informações de seu inte-
8. origem / entidade geradora resse, com exceção àquelas indispensáveis à proteção da sociedade
9. vinculo à competência e as funções da instituição acumula- e do Estado. A CF determina, também, a obrigação da administra-
dora ção pública de gerenciar os documentos oficiais.
10. a relação entre espécie em foco e tipo do documento
11. conteúdo Conselho Nacional de Arquivos e Arquivo Nacional: garantem
12. datação a salvaguarda e o acesso à informação dos arquivos da administra-
ção pública nacional, sendo responsáveis pelo planejamento e pela
Elementos importantes na análise tipológica (Grupo de Traba- implementação da política federal de arquivos.
lho dos Arquivistas de Madri):
Arquivo Nacional: estabelecido em 1938, é o principal órgão
• Tipo espécie do documento + atividade relacionada: designa- do Sistema de Gestão de Documentos de Arquivo (SIGA), tem o
ção a ser pesquisada na legislação, em dicionários terminológicos, objetivo implementar e acompanhar a política nacional de arqui-
em glossários, em manuais de rotinas burocráticas, ou a partir do vos, determinada pelo CONARQ. Atua por meio do gerenciamento,
documento em si; caracteres externos (formato, forma, gênero, su- da coleta do tratamento técnico, da preservação e da difusão do
porte). patrimônio documental federal, visando à garantia do acesso à in-
• Código da série que referente ao tipo no plano de classifica- formação, o suporte às decisões do governo de cunho político-ad-
ção. ministrativo e a defesa dos direitos do cidadão, além de estimular a
• Instituição produtora acumuladora (se houver subdivisões, produção de conhecimento cultural e científico.
estas serão funções)
• Destinatário (se houver) Conselho Nacional de Arquivos (CONARQ) / Lei nº 8.159/1991:
• Legislação: que estabelece a instituição e a atividade gerado- é um órgão federal colegiado que, constituído por representantes
ra da série governamentais e da sociedade e associado ao Arquivo Nacional do
• Tramitação: conjunto de sequência das medidas e trâmites Ministério da Justiça, tem a missão de desenvolver a política fede-
definidos para progresso de documentos de cunho administrativo ral de arquivos públicos e privados, sendo responsável, também,
• Documentos básicos que integram o processo pela orientação das normas, prezando pelo gerenciamento dos do-
• Ordenação: localização do documento dentro do acervo cumentos e pela salvaguarda aos materiais arquivados (Decreto nº
• Conteúdo: informações recorrentes na tipologia analisada 4.073/ 2002).
• Vigência: período de arquivamento do acervo no setor
• Prazos: período de permanência no acervo setorial (preserva-
ção em acervo permanente ou eliminação). Não se aplica na análise SISTEMAS INFORMATIZADOS DE GESTÃO ARQUIVÍS-
de documentos de guarda permanente TICA 56 DE DOCUMENTOS. DOCUMENTOS DIGITAIS.
REQUISITOS. METADADOS

POLÍTICAS DE ACESSO AOS DOCUMENTOS SISTEMAS INFORMATIZADOS DE GESTÃO ARQUIVÍSTICA


DE ARQUIVO DE DOCUMENTOS (SIGAD)

Definição: instrumento fundamental para o aprimoramento Definição: conjunto de operações especializadas, próprio do
da utilização do conteúdo dos mais diversas bases e também para sistema de gerenciamento arquivístico de documentos, processado
reduzir os potenciais danos que o descarte de tais suportes possa pela computação. Pode englobar desde um software específico a
ter sobre o meio ambiente. As políticas públicas de acesso aos do- uma determinada quantidade de softwares conectados, ou a uma
cumentos arquivísticos são propostas pelo poder público e também conciliação destes.
pelo Conselho Nacional de Arquivos (CONARQ).

12
ARQUIVOLOGIA
É executável em sistemas que fazem uso de documentos digi-
tais ou físicos (sistemas híbridos) e suas principais operações são: MICROFILMAGEM DE DOCUMENTOS DE ARQUIVO
controle de versões, captura de documentos, controle sobre a des-
tinação e os prazos de guarda, aplicação do plano de classificação, MICROFILMAGEM DE DOCUMENTOS DE ARQUIVO
armazenamento seguro e garantia ao acesso e à preservação a mé-
dio e longo prazo de arquivos físicos e digitais autênticos e confiá- Definição: técnica de captação de imagem fotográfica, empre-
veis. gada para a preservação dos arquivos e dos dados neles contidos.
A partir da redução considerável dos arquivos, constitui uma me-
Documentos digitais: um SIGAD compreende todos os tipos todologia de armazenamento eficiente e prática. A microfilmagem
de documentos arquivísticos digitais de uma instituição, como ar- também executa a indexação automática online por meio da leitura
quivos de imagens (fotografias e vídeos), textos, registros sonoros, de código de barras.
correspondência eletrônica, banco de dados e páginas da Internet. Lei 5.433/68: em 1968, foi promulgada a Lei da Microfilmagem,
dispositivo fundamental para a prática da microfilmagem no Brasil.
Requisitos: A Lei autoriza a atividade e assegura a autenticidade do microfilme,
atribuindo às imagens valor legal equivalente ao documento origi-
▪ captura, armazenamento, indexação e recuperação integral nal. Outros tipos de computação não contam com essa cobertura.
dos elementos digitais do documento de arquivo como uma unida- A Lei exige que, para fins de segurança, sejam conservados em lo-
de complexa cais diferentes os originais dos documentos microfilmados e seus
▪ captura, armazenamento, indexação e recuperação integral microfilmes.
dos documentos de arquivo
▪ gerenciamento dos documentos arquivísticos com base do
plano de classificação para sustentar o vínculo orgânico entre do- EXERCÍCIOS
cumentos
▪ exportação dos documentos para transferência e recolhimen-
to 1. (CÂMARA DE BELO HORIZONTE/MG - ARQUIVISTA – CON-
▪ armazenamento confiável para assegurar a autenticidade dos SULPLAN /2018) O princípio arquivístico segundo o qual o arquivo
documentos deve conservar o arranjo dado pela entidade que o produziu é en-
▪ implementação dos metadados relacionados aos documen- tendido como
tos para descrever as circunstâncias desses próprios documentos (A) organicidade.
▪ integração entre documentos convencionais e documentos (B) ordem original.
digitais (C) cumulatividade.
▪ armazenamento confiável para assegurar a autenticidade dos (D) territorialidade.
documentos
▪ aplicação de tabela de destinação e periodicidade 2. (FITO - ANALISTA DE GESTÃO - SERVIÇOS DE APOIO - VU-
▪ ferramentas para gerenciamento de estratégias de preserva- NESP – 2020) O arquivo corrente representa o conjunto de docu-
ção dos documentos mentos estreitamente vinculado aos objetivos imediatos para os
▪ análise e triagem dos documentos para recolhimento e pre- quais foram produzidos ou recebidos, de uso frequente, normal-
servação dos materiais de valor permanente mente mantidos com seus produtores, com valor administrativo,
fiscal e legal. O valor legal representa
METADADOS: em uma simples definição, metadados consti- (A) o que o documento significa para a atividade administrativa
tuem dados sobre outros dados. Em outras palavras, são informa- do órgão ou entidade, na medida em que informa, fundamenta
ções ordenadas que dão suporte à identificação, à descrição, ao ou prova seus atos.
gerenciamento, à localização, ao entendimento e à conservação de (B) o valor que o documento possui perante a lei para compro-
documentos digitais, além de simplificar a interação e comunicação var um fato ou constituir um direito.
entre sistemas armazenadores. Os metadados são fundamentais (C) o próprio valor atribuído a documentos ou arquivos para
para a comunicação entre computadores, mas também podem ser comprovação de operações financeiras ou fiscais.
decifrados pela inteligência humana. Quaisquer dados descritivos (D) a importância de documentos registrados no passado que
de um documento convencional ou eletrônico, sobre autor, data ajudam a formalizar e a identificar a história de uma pessoa, de
e local de criação, informação contida, dimensões e forma, cons- uma cidade, de um país.
tituem os metadados. Podem ser dados acessíveis sobre uma de- (E) tudo o que ser humano produziu desde os seus primórdios.
terminada obra registro de uma biblioteca, ou mesmo informações
técnicas subtraídas de uma fotografia digital (data da criação, tipo 3. (CRMV-AM - AUXILIAR ADMINISTRATIVO – FINANCEIRO -
de câmera utilizada, formato, tamanho do arquivo, diagrama de co- QUADRIX – 2020) Quanto ao serviço de protocolo e arquivo, julgue
res, entre outros). o item.
Os arquivos privados são conjuntos de documentos produzidos
e recebidos, no exercício de suas atividades, por órgãos públicos de
âmbito federal, estadual, do Distrito Federal e municipal, em de-
corrência de suas funções administrativas, legislativas e judiciárias.
( ) CERTO
( ) ERRADO

13
ARQUIVOLOGIA
4. (CRN - 2° REGIÃO (RS) - SECRETÁRIA ADMINISTRATIVA - 8. (CREFONO-5° REGIÃO - AUXILIAR ADMINISTRATIVO -
QUADRIX – 2020) Julgue o item no que se refere à organização e às QUADRIX – 2020) A respeito do arquivamento de documentos,
noções de arquivamento. julgue o item.
Arquivo é um conjunto de documentos produzidos e acumu- No método alfabético de arquivamento, os nomes estrangeiros
lados por uma entidade coletiva, pública ou privada, que tem por são considerados pelo último sobrenome, com exceção dos espa-
finalidade a custódia, o processamento técnico, a conservação e o nhóis e dos orientais.
acesso a documentos. ( ) CERTO
( ) CERTO ( ) ERRADO
( ) ERRADO
9. (CREFONO-5° REGIÃO - AUXILIAR ADMINISTRATIVO -
5. (CÂMARA DE MAUÁ - SP – ARQUIVISTA - VUNESP – 2019) QUADRIX – 2020) O protocolo faz parte das rotinas relacionadas à
No que concerne ao previsto na Lei de Acesso à Informação, Lei no gestão de documentos. Acerca desse assunto, julgue o item.
12.527/11, é correto afirmar: A distribuição de documentos, que é uma atividade de proto-
(A) quando não for autorizado acesso integral à informação por colo, não é exercida de forma exclusiva, pois se trata de tarefa de
ser ela parcialmente sigilosa, é assegurado o acesso à parte não todos os setores da organização.
sigilosa por meio de certidão, extrato ou cópia com ocultação ( ) CERTO
da parte sob sigilo. ( ) ERRADO
(B) a acesso à informação de que trata a Lei compreende, entre
outros, os direitos de obter informação contida em registros 10. (CISPAR - PR - AUXILIAR ADMINISTRATIVO - FAFIPA –
ou documentos, produzidos ou acumulados por órgãos ou en- 2020) A gestão de documentos compreende três fases (Produção,
tidades, com exceção dos documentos recolhidos aos arquivos Utilização e Destinação). Assinale a alternativa que apresenta uma
públicos. atividade que pertence à fase Utilização:
(C) os procedimentos previstos pela Lei destinam-se a assegu- (A) Determinar o prazo de guarda.
rar o direito de acesso à informação e devem ser executados (B) Definir os documentos que serão objeto de arquivamento
em conformidade com os princípios da administração pública permanente e os que deverão ser eliminados.
com a diretriz básica da publicidade e do sigilo como preceito (C) Elaborar normas de acesso.
geral, sem exceções. (D) Criação de documentos.
(D) às entidades privadas sem fins lucrativos, não são aplica- (E) Prevenir para que documentos não essenciais não sejam
das as disposições desta Lei, quando recebem para realização produzidos.
de ações de interesse público, recursos públicos diretamente
do orçamento ou mediante subvenções sociais e contratos de 11. (CECULT-CE - BIBLIOTECÁRIO - UECE-CEV - 2018) É IN-
gestão. COMPATÍVEL com as melhores práticas de preservação digital do
(E) o Estado deve garantir o direito de acesso à informação, que conhecimento em biblioteca:
será franqueada, mediante pedidos devidamente justificados e (A) o caráter obrigatório da existência de uma política de pre-
comprovados pelo solicitante, através de procedimentos obje- servação.
tivos, de forma transparente e clara. (B) a garantia de autenticidade dos documentos digitais
(C) a confiança no equipamento, hardware, atualmente possu-
6. (PREFEITURA DE SÃO BENTO DO SUL - SC - AUXILIAR ído.
ADMINISTRATIVO - INSTITUTO AOCP – 2019) Conforme a Lei nº (D) a replicação de documentos em locais fisicamente separa-
8.159/91, que dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos dos.
e privados, é/são considerado(s) Arquivo(s) Municipal(is):
(A) o Arquivo do Poder Executivo e o do Poder Judiciário. 12. (SE-DF - ANALISTA EDUCACIONAL-ARQUIVOLOGIA -
(B) o Arquivo do Poder Executivo e o do Poder Legislativo. CESPE - 2017) Julgue o seguinte item, relativo à análise tipológica
(C) o Arquivo do Poder Legislativo e o do Poder Judiciário. dos documentos de arquivo.
(D) o Arquivo Nacional. Para se proceder à análise tipológica do acervo de documentos
de uma entidade, é fundamental que se tenha conhecimento pré-
7. (CÂMARA DE CABO DE SANTO AGOSTINHO - PE – ARQUI- vio da estrutura organizacional dessa entidade e de suas sucessivas
VISTA - INSTITUTO AOCP – 2019) Conforme a Lei n° 8.159/1991, alterações.
assinale a alternativa INCORRETA. ( ) CERTO
(A) Compete ao Arquivo Nacional a gestão e o recolhimento ( ) ERRADO
dos documentos produzidos e recebidos pelo Poder Executivo
Federal. 13. (IPHAN - AUXILIAR INSTITUCIONAL - CESPE - 2018) A
(B) Os documentos de valor intermediário são inalienáveis e política de acesso aos documentos de arquivo no Brasil é recente,
imprescritíveis. tendo sua normatização passado a ser mais efetiva a partir do início
(C) Os arquivos privados podem ser identificados pelo Poder da década de 90 do século passado. No que se refere à política de
Público como de interesse público e social. acesso aos documentos de arquivo, julgue o item que se segue.
(D) A administração da documentação pública ou de caráter A devida implantação das normas legais sobre políticas de
público compete às instituições federais. acesso aos documentos de arquivo em níveis federal, estadual ou
municipal exige respaldo em políticas arquivísticas institucionais.
( ) CERTO
( ) ERRADO

14
ARQUIVOLOGIA
14. (IPHAN - AUXILIAR INSTITUCIONAL - CESPE - 2018) Acer-
ca da gestão eletrônica de documentos arquivísticos e de sistemas
ANOTAÇÕES
informatizados de gestão arquivística, julgue o item subsecutivo.
O uso de sistemas informatizados de gestão arquivística de do- ______________________________________________________
cumentos supre a carência de gestão documental.
( ) CERTO ______________________________________________________
( ) ERRADO
______________________________________________________
15. (SE-DF - ANALISTA DE GESTÃO EDUCACIONAL-ARQUI-
VOLOGIA - CESPE - 2017) A respeito dos sistemas informatizados ______________________________________________________
de gestão arquivística de documentos, julgue o item seguinte.
______________________________________________________
O sistema informatizado de gestão arquivística de documentos
(SIGAD) é aplicado em ambientes digitais, com repositórios digitais. ______________________________________________________
( ) CERTO
( ) ERRADO ______________________________________________________

16. (UFG - BIBLIOTECÁRIO DOCUMENTALISTA - CS-UFG - ______________________________________________________


2017) O padrão de metadados considerado simples e não estrutu-
rado, com propósitos gerais e de semântica reduzida com domínio ______________________________________________________
de aplicação web, é denominado de:
______________________________________________________
(A) Dublin Core
(B) MARK XML ______________________________________________________
(C) OAIS
(D) MetaTag(s) HTML ______________________________________________________

17. (SDE-DF - SECRETARIO ESCOLAR - CESPE - 2017) A res- ______________________________________________________


peito da microfilmagem de documentos de arquivo, julgue o item
subsequente. ______________________________________________________
Após a microfilmagem, os documentos de arquivo podem ser
eliminados, salvo os de valor permanente. ______________________________________________________
( ) CERTO
______________________________________________________
( ) ERRADO
______________________________________________________

GABARITO ______________________________________________________

______________________________________________________
1 B ______________________________________________________
2 B
______________________________________________________
3 ERRADO
4 CERTO ______________________________________________________
5 A ______________________________________________________
6 B
_____________________________________________________
7 B
8 CERTO _____________________________________________________
9 ERRADO ______________________________________________________
10 C
______________________________________________________
11 C
12 CERTO ______________________________________________________
13 ERRADO ______________________________________________________
14 ERRADO
______________________________________________________
15 ERRADO
16 D ______________________________________________________
17 CERTO ______________________________________________________

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15
ARQUIVOLOGIA
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