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CAPÍTULO
9.8 Em um sistema consistindo em duas usinas geradoras, os custos incrementais em dólares
por megawatt-hora, com Pi e P2 em megawatts, são 10
dF dF,
- ·' = O,ti08/' 1 + H,O = 0,0121', + 9,0
dl', dl',
O sistema opera nas condições de despacho econômico com Pi =P 2 = 500 MW e aPL/aP2 =0,2.
Determine o fator penalidade da usina 1.
9.9 Um sistema de potência opera nas condições de despacho econômico de carga com um
À para o sistema de $12.5 por megawatt-hora. Se for aumentada a saída da usina 2 de IOO kW FALTAS TRIFÁSICAS
(enquanto as outras saídas são mantidas constantes) resulta no aumento de perdas l2 1 de II IR SIMl:TRICAS
12 kW no sistema. Qual é o custo adicional aproximado por hora se a saída desta usina é acrescida
de 1 MW?
9.IO Um sistema de potência é suprido por somente duas usinas, ambas operando sobre condi-
ções de despacho econômico. No barramento da usina 1 o custo incremental é $11 por megawatt·
hora e na usina 2 é $!0 por megawatt·hora. Qual das usinas tem o mais alto fator de penalidade?
Qual é o fator de penalidade da usina 1 se o custo por hora pelo aumento da carga do sistema de
1 MW é $12.5? Quando ocorre uma falta num sistema de potência, a corrente que circula é determinada pelas
forças eletromotrizes internas das máquinas no sistema, por suas impedâncias e pelas impedâncias
9.11 Calcule os valores listados abaixo, para o sistema do Exemplo 9.5 com Ã= $13.5 por existentes no sistema entre as máquinas e a falta. A corrente que circula numa máquina síncrona
megawatt-hora para o sistema. Assuma o custo de combustível nas condições de não-existência imediatamente após a ocorrência de uma falta, o valor que circula após uns poucos ciclos e o valor
de carga de $200 e $400 por hora para as usinas 1 e 2, respectivamente. sustentado ou em estado permanente da corrente de falta diferem consideravelmente por causa
do efeito da corente de armadura sobre o fluxo que gera a tensão na máquina. A corrente varia
(a) P,, P2 e a potência entregue à carga para despacho econômico com coordenação de perdas, relativamente de modo lento desde seu .valor inicial até seu valor em estado permanente. Este
de transmissão. ·
capítulo estuda o cálculo da corrente de falta em diferentes períodos e explica as mudanças na
(b) Pi e P2 para o valor da potência entregue para a carga na parte (a) mas com perdas de trans- reatância e na tensão interna da máquina síncrona à medida que a corrente varia desde seu valor
missão não coordenadas. Perdas de transmissão devem ser incluídas, entretanto, na determi- inicial no momento da ocorrência da falta até seu valor final em estado permanente. A descrição
nação da potência total de entrada do sistema. de um programa computacional para calcular as correntes de falta fica adiada para mais tarde
(e) Custo total de combustível em dólares por hora para as partes (a) e (b). quando já tenhamos estudado as faltas assimétricas, pois esses programas não ficam restritos a
faltas trifásicas t.
A seleção de um disjuntor para um sistema de potência depende não apenas da corrente que
o disjuntor deverá suportar sob condições normais de operação mas também da corrente máxima
que ele transportará momentaneamente e da corrente que ele poderá interromper sob a tensão da
linha na qual ele se encontra.
Para um livro inteiramente dedicado ao estudo de faltas, veja "P. M. Andersen, Analysis of Fa11/ted
Power Systems, Iowa Sta te Uniwrsity Press, Iowa, 1973.
266 Elemento s de análise de sistemas de potência
Faltas trifásicas simétricas 267
--liMf---
inicial, sendo igual ao valor máximo da
compon ente senoidal. A Figura 10.2 mostra a corrente em
função do tempo para a-O= -11/2. a
O compon ente CC pode ter qualque r valor de zero a Vmax/
tâneo da tensão quando o circuito é fechado e também
1Z1,
depende ndo do valor instan-
o
HH-- --~-~
do fator de potênci a do circuito . No
instante da aplicaçlfo da tensão, os compon entes CC e de estado
perman ente têm sempre a mesma
amplitu de mas são opostos em sinal de modo a expressa - ------ ------ ------ ---
r o valor nulo, da corrente então
existent e.
___,..
Tempo
Podemos definir, com o auxílio da Figura 10.3, certos termos que são valiosos p<tra o calculo
da corrente de curto-circuito num sistema de potência. As rcatâncias que vamos estudar são as
do eixo direro que mencionamos na Seção 6.3. Lembramos que a reatância de eixo direto é
usada para calcular as quedas de tensão causadas por aquela componente da corrente de armadura
que está em quadratura (defasada 90º) com a tensão gerada em vazio. Como é pequena a resis-.
tência em um circuito com falta comparada com a reatância indutiva, a corrente durante uma
falta está sempre atrasada com um grande ângulo, e torna-se necessário o uso da chamada reatância
do eixo direto. No estudo a seguir, deve ser lembrado que a corrente mostrada no oscilograma da
Figura l 0.3 é aquela que circula no alternador funcionando em vazio antes da falta ocorrer.
Na Figura l O.3 a distância oa é o valor máximo da corrente de curto-circuito permanente.
Este valor de corrente multiplicado por 0,707 é o valor eficaz de lI 1 da corrente de curto-
circuito em regime permanente. A ·tensão em vazio do alternador llcg
dividida pela corrente
em regime permanente II
1 é chamada reatâ11cia si11cra11a do gerador ou reatância síncrona
do eixo direta Xd, uma vez que o fator de potência é baixo durante o curto-circuito. A
resistência da armadura, relativamente pequena, é desprezada.
-
T empo
Excesso da cnvoltória da corrente da Figura 10.3 sobre a correnlt' m:íxima permanente. traçada
Se a envoltória da onda de corrente for retrocedida até o tempo zero e se forem desprezados em escala semilogarítmica.
alguns dos primeiros ciclos onde o decréscimo é muito rápido, a interseção será a distância ob.
As correntes e reatâncias estudadas acima são defuúdas pelas seguintes equações, que são
e 13,8l1/69Y kV, com uma reatância de 10%. Antes de ocorrer a falta, a tensão no lado de alta
aplicáveis a um alternador funcionando em vazio antes da ocorrência de uma falta trifásica
tensão do transformador é 66 kV. O transformador está em vazio, e não há corrente circulando
em seus terminais:
entre os geradores. Achar a corrente subtransitória em cada gerador quando ocorre um curto-
circuito trifásico no lado de alta tensã'o do transformador.
ºª J~J (10.3)
1I 1 =72 xd Solução Escolha como base, no circuito de alta tensão, 69 kV e 75.000 kVA. Então, a
tensão-base no lado BT é 13,8 kV.
ob l!~A
1]'1
=J2 X~
(10.4)
'~~'
()('
1]" 1 71 (10.5)
v' - ,Y" d
As Equações (10.3) a (10.5) indicam o método para determinar a corrente de falta num
gerador quando suas reatâncias são conhecidas. Se o gerador estiver sem carga quando ocorrer Y =O, 10 p.u.
a falta, a máquina é representada pela tensão em vazio em relação ao neutro, em série com a
reatância apropriada. A resistência é levada em conta se for desejada urna precisão maior. Se
houver impedância externa ao gerador entre seus terminais e o curto-circuito, a impedância A Figura 10.6 mostra o diagrama de reatâncias antes da falta. Urna falta trifásica em p é
externa deve ser incluída no circuito. simulada fechando-se a chave S. As tensões internas das duas máquinas podem ser consideradas
em paralelo, uma vez que elas deverão ser idênticas em módulo e em fase se nao houver circulação
Exemplo 10.l Dois geradores são ligados em paralelo ao lado de baixa tensão de um de corrente entre elas. A reatância subtransitória equivalente em paralelo é
transformador trifásico /J.-Y, corno é mostrado na Figura 10.5. O gerador 1 tem para valores
nominais 50.000 kVA e 13,8 kV. O gerador 2 tem 25 .000 kVA e 13,8 kV. Cada gerador tem uma 0,375 X 0,75
reatância subtransitória de 25%. O transformador apresenta corno valores nominais 75 .000 kVA 0,25 p.u.
0,375 + 0,75
2 72 Elementos de análise de sistemas de potência Faltas .trifásicas simétricas 273
Todo o estudo precedente corresponde a um gerador síncrono que não transporta corrente
e nos geradores 1 e 2 no instante da ocorrência da falta trifásica nos terminais da máquina. Agora; vamos considerar
um gerarlor com carga quando ocorre uma falta. A Figura I0.7a é o circuito equivalente de um
" 0,957 - 0,274 gerador que tem uma carga trifásica equilibrada. A impedância externa é mostrada entre os
l 1 = ---------- - - jl,823 p.u.
j0,375 terminais do gerador e o ponto P onde a falta ocorre. A corrente que circula antes de ocorrer
0,957 - 0.274 a falta no ponto P é h, a tensão no ponto da falta é Vt e a tensão nos terminais do gerador
/"2 - - --------- - -}0,912 p.u. é Vt. Conforme foi estudado no Capítulo 6, o circuito equivalente do gerador síncrono consiste
- J0,75
em sua tensão em vazio Eg em série com sua reatância síncrona Xs. Se ocorrer uma falta
trifásica no ponto P do sistema, veremos que um curto-circuit o desde P até o neutro no
circuito equivalente não satisfaz as condições para calcular a corrente subtransitóri a, uma vez
que a reatância do gerador deve ser x:J se estivermos calculando a corrente subtransitória
j 0,10 111 , ou x::, se estivermos calculando a corrente transitória !'.
/'
O circuito mostrado na Figura 10.7b nos dá o resultado desejado. Aqui, a tensão E; em
série com X;} fornece a corrente em regime permanente h quando a chave S é aberta, e
fornece a co1rente para o curto-circuit o através de X:J e Zext quando a chave S é fechada.
Se quisermos determinar E;, esta corrente através de x:J será !". Com a chave S aberta,
Barra neuua
vemos que
Figura 10.6 Diagrama de reatâncias para o Exemplo 10.1. E;= V,+ jf 1 X~ (10.6)
Para achar a corrente em amperes, os valores em p.u. são multiplicado s pela corrente-base Ze>et p Zexl p
do circuito:
\I'í\ 1
75.000
1823----
\13 X 13,8
5720 A
E,
r-
v,
h
+
v, ZL
E ..
V,
+
-
h
s
ZL
\(í\
75.000
2860 A •
0,912 \13 X 13,8
,, (a) (b)
Embora as reatâncias das máquinas não sejam realmente constantes e dep~n~am do grau
de satura a:o do circuito magnético, seus valores geralmente ficam dentro de ~e~os hmites ~ P?dem IF!pm 10.7 Circuitos equivalentes para o gerador abastecendo uma carga trifásica equilibrada. A
oconência
· çt a' · s t ·pos de máquinas A Tabela A.4 apresenta valores tlp1cos de reatanc1as de. de uma falta trifásiça em P é simulada pelo fechamento da chave S. (a) Circuito equivalente
ser previs os para v r10 1 · usual do gerador com carga, em regime permanente. (b) Circuito para cálculo de ! 11 •
uma máquina, necessárias ao se fazer o cálculo de faltas como também no estudo de esta bTd d
11 a e.
274 Elementos de análise de sistemas de potência
Faltas trifásicas simétricas 275
e eata .equação defUUJ: p;,. que é chamada tensão interna aubtramttória ou de tensão atrás ciaf Se usarmos a tensão Vr no ponto da falta como fasor referência
f.Un.cia Wbtransitória, Dé modo semelhante, quando calculamos a corrente transitória / 1 que•·
dev1uer fornecida através da reatância transitória x:,,
a tensão motriz é a tensão interna tran-•
sitória ou tensão atrás da reatância transitória E~; onde v1 = -12,8 = 0,97& p.u.
/(\O
13,2
30.000
Corrente-base = 1312 A
(10.7), v'3 X 13,2
20.000
As tensões E; e E~ são determinadas por h e ambas serão iguais à IL 1128 /36,9º A
tensão em vazio Eg apenas 0,8 \/3 12,8
quando h for nula, instante em que Eg é igual a Vr. X X
(10.8)
(10.9) p j0,10 p
+
Os sistemas que contêm geradores e motores com carga podem ser resolvido
s tanto" pelo
teorema de Thévenin como também pelo uso das tensões internas transitór Vr
ias e subtransitórias,
como é ilustrado pelos exemplos seguintes. E"
•
Exemplo 10.2 Um gerador e um motor síncronos possuem Barra neutra Barra neutra
os valores nomma1s
30 .000 kVA e 13 ,2 kV, e ambos têm reatância sub transitórias de 20%. (a) Antes da falta (b) Durante a falta
A linha de conexão entre
eles apresenta uma reatância de 10% na base dos valores nominais da
máquina. O motor consome
20.000 kW soh fator de potência 0,8 capacitivo, com Umá tensa-o deil2,8 Figura J0.8 Circuitos equivalentes para o Exemplo 10.2.
kV em seus terminais
quando ocorre uma falta trifásica nos tem1inais do motor. Achar a
corrente subtransitória no
gerador, no motor e no ponto de falta, usando a tensão interna das máquina Para o motor
s.
Solução Escolher como base 30.000 kVA e 13,2 kV.
A Figura I0.8a mostra o circuito equivalente do sistema descrito. V,= VI= 0,97~ p.u.
Vemos que a Figura
10.Sa é semelhante à 10.7 b e que antes da falta E~ e E~ podem
ser substituídas por Eg e
E111 desde que as reatâncias subtransitórias também sejam substituídas pelas
E';., = 0,97 + jO - j0,2(0,69 + j0,52) = 0,97 - j0,138 + O, 104
reatâncias síncronas.
Entretanto, para determinar a corrente subtransitória necessitamos = 1,074 - j0,138 p.u.
da representação da
Figura 10.Sa.
276 Eleme11tos de análise de sisremas de poréncia Faltas trifásicas simétricas 277
·--·· ..- - - ------ ------------- -·------
,, 1,074 jO, 1.18 Exemplo 10.3 Resolver o Exemplo 10.2 usando o teorema de Thévenin.
/,,, =
0,69 15,37 p.u.
'l) 1 Solução
1 ,-
l'í = t; + 1;;, = 0,69 - j2,7 l - 0,69 - jS,37 = - i8,08 p.u. ., _ o,97 +;o
11 -j8,08 p.u.
- j0,12
2
Corrente de falta do gerador = -- ;8,08 x j0, -- jJ,23 p.u.
j0,5
A estas correntes deve ser sornada a corrente anterior à falta h para se obter as correntes
subtransitórias totais nas máquinas:
Figura I0.9 Equivalente Thévenin <lo circuito da Figura I0.7h. 0,69 ;O,'i2 - ;4,85 - 0,69 ;5,17 p.u.
278 Elementos de análise de sistemas de potência Faltas trifásicas simétricas 279
j0,10
. .
1
.
· 7 3 s·11l>s·tituindo as reatâncias subtransitórias pelas
figura t0.11 [)i;.1granrn de rcatanc1as ohttdo
. . da Figura ~ . - '~, . t • . s suhtransitórias pelas tensões geral 1as
Geralmeu te, a corrente de carga é omitida na determina ção da corrente re·1tâncías síncronas das maqmnas e as tcn~rn.:s m cnM . .
em cada linha e1~1 vazio. Os valores das re<1tâncias e5tão representad os em p.u.
quando ocorre uma falta. No método de Thévenin, desprezar a corrente
de carga significa que a
corrente anterior à falta em cada linha não é somada à componen te da
corrente que circula na
falta. O método do Exemplo I0.2 despreza a corrente de carga se as tensões MATRIZ IMPEDÂNCIA DE BARRA PARA CÁLCULO DE FALTAS
atrás da reatância 10.4
subtransit ória de todas as máquinas são supostam ente iguais à tensão l7J
no ponto de falta antes
de sua ocorrênci a, visto ser o caso desde que não circulem .correntes em , faltas foram até agora restritos a simples circuitos, poréi_n
nenhuma parte da rede Nossos estudos sobre cálculo de
antes da falta. d d s generalizadas Entretant o, chegaremos as
.
daqui em diante es t en d erem os nosso estu o para 'f"
.
re e
. com a qual -á· estamos fam1hanza .. . d s
os. e
Desprezando a corrente de carga no Exemplo 10.3, temos equações gerais começan do com uma rede espec1 _
1ca 1 .
, . série com as tensoes gera das do circuito mostrado na Figura 7 ·3
mudarmo s as reatancias err1 _ d· f .
n substituíd as pelas tensões mternas
. , " e se as tensoes gera as orei
para reatâncias subtrans1tonas, F
subtransit órias, teremos a rede mostrada na igura 10 11 Se esta rede for o equivalente mono·
Corrente de falta do gerador = 3.23 x 1312 = 4240 A tu.dar. uma falta na barra 4, podemos seguir
.
fásico de um sistema n ast . r:
ico e escolherm os para es , .
- 10 3 d ignar Vt como sen d o a. tensão na barra 4 antes da ocorrenci a
Corrente de falta do motor = 4.8 5 x 1312 = 6360 A 0 procedim ento da Seçao · e es
da falta.
Corrente na falta = 8.08 x 1312 = 10,600 A
\"1
A soma aritmética dos módulos das correntes do gerador e do motor não com as admitãncia s representad as em p.u. e uma falta trifásica na
é igual à corrente
de falta porque as correntes do gerador e do motor não estão em fase. Figura 10.1 2 Circuito da Figura 10.11
barra 4 do sistema simulada por vf e - vf em série.
280 Elementos de análise de sistemas de potência
Faltas trifásicas simétricas 281
Uma falta trifásica é simulada na barra 4 pela rede da Figura 10.12 onde os valores das Geralmente, considera-se a rede sem cargas antes da falta. Neste caso, nenhuma corrente circula
impedâncias da Figura 10.11 foram substituídos por suas admitâncias. As tensões geradas antes da falta, e todas as tensões por toda a rede são as mesmas e iguais a Vr. Esta suposição
Vt e - Vt em série simulam o curto-circuito. A tensão gerada Vt apenas nes~e ramo não causaria simplifica nosso cálculo consideravelmente, e aplicando o teorema da superposição temos
corrente no ramo. Com Vt e -Vr em série, o ramo constitui um curto-circuito, e a corrente no
ramo é !J.As admitâncias, em vez de impedâncias, foram representadas em p.u. nesse diagrama.
Se E~. Eb, E~ e· Vt forem curtocircuitada s, as tensões e correntes serão aquelas devidas apenas v1 = vJ + v·~ = vJ - r;z 14
a -Vr. Então, a única corrente que entra num nó vinda de uma fonte é a devida a - Vt e igual V2 = l·j + V~= VI - l'{Z 24
a -IJ no nó 4 (I'j vinda do nó 4) uma vez que não há corrente neste ramo até a inserção de (10.15)
- Vt· As equações dos nós na forma matricial para a rede com - Vt como única fonte são "3 = VI+ vt = vf - l'{Z34
V4 =V1 -lj=0
Geralmente, considera-se Vr= ILOº p.u., e com essa suposição para nossa rede com falta temos
,--·
\
/" = -1 j6,386 p.u.
(10.14) I j0.1566
I '\J -- J0,0978
-. = o,3755 p.u.
J01566
1
Quando a tensão do gerador -Vr é curtocircuitada na rede da Figura 10.12 e E~'. Eb, E~ e V2 = 1 - ~· 096
'01566
2 = O38l5 .u.
1
p
Vt estão no circuito, as correntes e tensões em quaisquer partes da rede são as que existiam J 1
antes da falta. Pelo princípio da superposição, estas tensões anteriores à falta adicionadas aos )0,1058
valores dados pelas Equações (1 O.14) dão-nos as tensões existentes após a ocorrência da falta.
V3 = 1 - . = 0,3244 p.u.
0 1566
./.
282 Elementos de análise de sistemas de potência
Faltas trifásicas simétricas 283
- )2,0817 p.u.
da rede para calcular a corrente de faltªa ma nz_ I.mpbe ancrn de barra sao as impedân cias Thévenin
· · ·d E
nas vanas arras. · As Concessi on anas · E· .
e nerg1a lctnca
fornecem os dados para os usuários que d evem d etermma r a corrente de falta d . ·----.,..----- -
'fi . d . ' , e maneira a se Z,..1 "----- --'
espec1 1car os disjuntor es para uma plant a m · ·
ustna1 ou para um sistema de po t enc1a
. . em a1gum CD t' <Il t • @ t ©
ponto. Em geral, os dados fornecido s incluem os MVA de c ur t o-circuit o, onde
;1,.,
.____\~·,____'~;·____i~"____~'j___
MVAde curto-ci rcuito= j3 x (nomina l kV) x /" x 10 J
(10.19)
nós independe ntes. Fechando
Figura 1O.13 Rede equivalente da matriz de impedância de barra com quatro
as admitânci as de transferência
a chave .)' simulamo s uma falta no nó 4. São mostradas ~omente
pan1 o nó 4.
valores especificados pelas Equações UO.15 ). Portanto, se interpretarmos as impedâncias de A rede com admitâncias representadas em p.u. é mostrada na Figura J0.14 da qual obtemos
transferência indicadas nesse circuito como foi descrito anteriormente, o circuito é o equi- a matriz admitância dos nós:
valente ao da Figura 10.ll com S aberta e da Figura 10.12 com S fechada, sendo que ainda
estamos desprezando a corrent.e anteiior à falta.
Naturalmente, podemos simular curto-circuitos nas outras barras de uma maneira semelhante
e podemos estender este procedimento a uma rede generalizada tendo um número qualquer de
[ .. 2',889
5,952
5,952
- 13,889
0,0
7,937
0,0
0,0 7,937
0,0 j
Ybarra= j 0,0 7,937 -23,175 2,976 4,762
nós. Poderíamos indicar as outras impedâncias de transferência do circuito equivalente por meio de 0,0 0,0 2,976 -6,944 3,968
colchetes adicionais e só não o fizemos porque ficaria muito confuso com tantos colchetes para ' 7,937 0,0 4,762 3,968 ·-16,667
indicar as impedâncias de transferência. De fato, geralmente omitimos os colchetes quando
traçamos este equivalente da rede para a matriz de impedância de barra, porém devemos ter
em mente que as impedâncias de transferência existem e devem ser consideradas na interpretação Esta matriz 5 x 5 é invertida num computador digital, dando a matriz de curto-circuito
da rede.
,_'º X :no
100
Gerador na barra 1: ·\' = () ,_, O, 1111 p lJ. Nas barras 3 e 5 as tensões são
100
(;erador na barra 3: \'=OIOx
,. 2:? :'i =0,UJJpu. J 3 = 1,0 - ( -j4,308 )(j0,0720) = 0,6898 p.u.
V5 = 1,0 - (-j4,308)(j0,1002 ) = 0,5683 p.u.
dispersão de 10%. A tensão de barra nos motores é 6,9 kV quando ocorre uma falta trifásica
no ponto P. Para a falta especificada, determinar (a) a corrente subtransitória na falta, (b) a
corrente subtransitória no tl1sjuntor A e (e) a corrente simétrica de curto-circuito (como
definido para o uso de disjuntores) na falta e no disjuntor A.
Através do disjuntor A,
Figura 10.15 Diagrama unifilar para o Exemplo 10.5.
1 1,0 0,25 .
A corrente-base no circuito de 6;:J kV é X ----- X ·----- =- /0 167 p.U.
4 j0, 15 0,625
_ . ()
8
X 0,25
--j4,0 p.u. 4 +4 X 0,67 = 6,67 p.U.
J 1 0,50
ou
Cada motor contribui com 25% da corrente de falta restante, ou seja -j 1,0 p.u. 6,67 X 2090 13.940 A
290 Elementos de análise de sistemas de potência Faltas trifásicas simétricas 291
2,67 x 8.900 = 23.760 A, a uma tensão de 15,5/2,67 = 5,8 kV. Esta corrente é o valor máximo
que pode ser interrompido mesmo que o disjuntor possa estar num circuito de tensão menor.
O valor nominal de corrente de ínterrupção de curto-circuito em 6,9 kV é
15,5 j0,09
-·- X 8900 = 20000 A
6,9 .
Mesmo este exemplo simples ilustra a importância da matriz de impedância de barra, onde
z -
·[º·150
bana- J O090
0,0901
O 114
os efeitos de uma falta em um número de barras tem de ser estudado. A inversão da matriz
nã'o é necessária, como vimos na Seção 7 .7, pois Zbarra pode ser gerada diretamente pelo
1 1
computador.
A. Figura 10.17 é a rede que corresponde à matriz de impedância de barra. Fechando S e
1
deixando S 2 aberta fica representada uma falta na barra 1. · PROBLEMAS
A corrente de ínterrupção de curto-circuito simétrico numa falta trifásica no nó J é
10.I Uma tensão alternada de 60 Hz com valor eficaz de 100 V é aplicada a um circuito-série
RL pelo fechamento de uma chave. A resistência é 15 Q e a indutância é 0,12 H.
1,0
I = --·-- -j6,67 p.u.
se j0,15 (a) Ache o valor da componente CC da corrente no fechamento da chave para um valor da tensão
nesse instante de 50 V.
que corresponde aos nossos cálculos anteriores. A matriz de impedância de barra nos dá a tensão (b) Qual é o valor instantâneo da tensão que produz o máximo componente CC da corrente no
na barra 2 com a falta na barra 1 . fechamento da chave?
292 Elementos de análise de sistemas de potência Faltas trifásicas simétricas 293
(e) Qual é o valor instantâneo da t1msão que resulta na ausência de qualquer componente CC de I0.6 Dois motores síncronos com reatâncias subtransitórias de 0,80 e 0,25 p.u., respectiva-
corrente no fechamento da chave? mente, numa base de 480 V, 2.000 kVA, estão conectados a uma barra. Esta barra está conectada,
(d) Se a chave for fechada quando a tensão instantânea for zero, ache o valor da corrente instan- através de uma linha com reatância de O,023 n, a uma barra de um sistema de potência. Nesta
tânea após transcorridos 0,5, 1,5 e 5 ,5 ciclos. barra, os MV A de curto-circuito do sistema de potência são 9 ,6 MV A para urna tensão nominal
de 480 V. Para uma tensão na barra do motor igu~ a 440 V, despreze a corrente de carga e ache
10.2 Um gerador, conectado a um transformador por um disjuntor de 5 ciclos, apresenta os a corrente eficaz simétrica inicial numa falta trifásica na barra do motor.
valores nominais de l 00 MV A e 18 kV com reatâncias de X;J = 19%, Xd = 26% e Xd = 130%.
Está funcionando em vazio e sob tensão nominal quando ocorre um curto-circuito trifásico entre
o disjuntor e o transformador. Ache (a) a corrente de curto-circuito permanente no disjuntor,
(b) a corrente eficaz simétrica inicial no disjuntor, e (e) a máxima componente CC possível de
corrente de curto-circuito no dbjuntor.
I0.7
z
o, 15 o.os
- . 0,08 0, 15
barra - 1 0,04 0,06
[ 0,07 0,09
0,04
0,06
0, 13
0,05
0,01
0,09
0,05
0,12
l
A matriz impedância de barra para uma rede de 4 barras, com valores em p.u., é
10.3 O transformador trifásico ligado ao gerador, descrito no Problema 10.2, tem os valores
nominais 100 MVA e 240Y/l 86kV, X= 10%. Se ocorrer um curto-circuito trifásico no lado AT Os geradores estão conectados às barras l e 2 e suas reatâncias subtransitórias foram incluídas
do transformador sob tensão nominal e em vazio, ache (a) a corrente eficaz simétrica inicial ria matriz Z bana. Desprezando a corrente anterior à falta, ache a corrente sub transitória em
nos enrolamentos no lado AT e (b) a corrente eficaz simétrica inicial na linha no lado BT. p.u. no ponfo de falta para urna falta trifásica na barra 4. Considere a tensão no ponto de falta
igual a 1,0 p.u. antes da ocorrência da falta. Ache também a corrente em p.u. do gerador 2, cuja
10.4 Os valores nominais de um gerador de 60 Hz são 500 MVA e 20 kV, com X:J = 0,20 p.u. reatância subtransitória é 0,2 p.u.
Ele alimenta uma resistência pura de 400 MW sob 20 kV. Esta carga é ligada diretamente aos
terminais do gerador. Curtocircuitando simultaneamente as três fases da carga, ache a corrente 10.8 Para a rede mostrada na Figura 10.18, ache a corrente subtransitória em p.u. do gerador
eficaz simétrica inicial no gerador em p.u. em relação às bases de 500 MVA e 20 kV. 1 e na linha 1-2, como também a tensão nas barras 1 e 3 para urna falta trifásica na barra 2.
Considere que nenhuma corrente circula anteriormente à falta e que a tensão na barra 2 antes
10.S Um gerador é conectado através de um transformador a um motor síncrono. Reduzidas .da falta é 1,0 p.u. Use nos cálculos a matriz impedância de barra.
a uma mesma base. as reatâncias subtransitórias p.u. do gerador e do motor são 0,15 e 0,35
respectivamente, e a reatância de dispersão do transformador é 0,10 p.u. Ocorre uma falta trifásica I0.9 Para urna falta trifásica na barra l da rede da Figura 10.11, onde não há carga (todas
nos terminais do motor quando a tensão nos terminais do gerador é 0,9 p.u. e a corrente de saída as tensões de nós são 1,0 p.u.), ache a corrente subtransitória na falta, as tensões nas barras
do gerador é 1,0 p.u. com fator de potência 0,8 capacitivo. Ache a corrente subtransitória em p.u. 2, 3 e 4 e a corrente do gerador ligado à barra 2.
no ponto da falta, no gerador e no motor. Use a tensão nos terminais do gerador como o fasor de
referência e obtenha a solução (a) calculando as tensões atrás da reatância sub transitória no IO.lO Ache a corrente subtransitória em p.u. numa falta trifásica na barra 5 na rede do
gerador e no motor e (b) usando o teorema de Thévenin. Exemplo 8.1. Despreze a correntci"'anterior à falta, considere todas as tensões de barra iguais
a 1,0 p.u. antes da ocorrência da falta e faça uso dos cálculos já realizados no Exemplo 10.4.
Ache também a corrente nas linhas 1-5 e 3-5.
Figura 10.18 Rede para o Problema 10.8. Figura 10.19 Diagrama unilllar para o Problema 10 .11.
294 Elementos de análise de sistemas de potência
CAPÍTULO
(a) Trace o diagrama de impedâncias representando as impedâncias em p .u . numa base de 2 '4 kV•
625 kVA. 11
(b) ~che a corrente simétrica de curto-circuito em amperes que deve ser interrompida pelos dis-
JUntores A e B para uma falta trifásica no ponto P. Simplifique os cálculos desprezando
a corrente anté's da faJta.
(e) Repita a parte (b) para uma falta trifásica no ponto Q.
(d) Repita a parte (b) para uma falta trifásica no ponto R
IOJ 2 Um disjuntor, com tensão nominal de 34,5 kV e uma corrente nominal constante de
1 .SOO A, tem um fator de faixa de tens[o K de 1,65. A tensão máxima nominal é 38 kV COMPONENTES SIMi=TRICOS
corrente nominal de curto-circuito para aquela tensão é 22 kA. Ache (a) a tensão abaixo da ~~a~
a cor~ente nommal de curto-circuito não aumenta à medida que a tensão de operação diminui
e, o valor dessa corrente; (b) a corrente nominal de curto-circuito para 34,5 kV.
Em 1918, uma das mais poderosas ferrramentas para tratar com circuitos polifásicos desequili-
brados foi apresentada por C. O. Fortescue num encontro do "American Institue of Electrical
Engineers"t. Desde aquele ano, o método de componentes simétricos. tornou-se de grande
importância e foi objeto de muitos artigos e pesquisas experimentais. As faltas assimétricas em
sistemas de transmissão, que podem consistir em curto-circuitos, impedância entre linhas, impe-
dância de uma ou duas linhas para terra, ou condutores em aberto, são todas estudadas pelo
método dos componentes simétricos.