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Dedicatéria Este trabalho demandou muito tempo e dedicacao ao mais preciso contetido voltado para a maxima disponibilidade do ativo seja qual for o segmento. Tudo para nfo deixar nada de fora no que hd de mais moderno nas téenicas de manutengio industrial do mundo. Por isso dedico a pessoa que mais teve paciéncia ¢ tolerancia a falta de meus cuidados para com ela “ minha esposa Adma Cristina ” O foco deste tabalho e capacitar a manutengiio para ser a melhor na guerra da competitividade industrial, onde quem usufluir deste manual poder levar a manuten¢ao da empresa como uma vantagem competitiva perante os concorrentes, onde o ativo podera produzir mais com menos recurso onde 0 custo de fabricagao ficara mais atrativo ao cliente final. Assim como em RH_Idalberto Chiavenato tem trabalhado para este foco, em Marketing Philip Kotler entre outros renomados em segmentos especificos no mundo das estratégias de captacao de vantagem competi empresarial, Ns da Fulltreina pretendemos levar a Fulltreina a ser referencia nas téenicas apresentadas na manutencAo assim como nos trabalhos acad@micos de técnicos e engenheiros. WWW.FULLTREINA.COM.BR https://www.youtube.com/user/Fulltreina Jefferson Fujrra de Souza Missao da manutengao Missao da manutengao para Fulltreina: Capacitar os mantenedores para manter os ativos da empresa disponiveis a produgdo com baixo custo, com a maxima satisfacao dos colaboradores. Oferecendo a organizagao vantagem competitiva perantes seus concorrentes fazendo mais com menos. Visaéo da manutencgao Visao da manutengao para Fulltreina : Ser referéncia mundial EM PCM VIA - SAP, com exceléncia em confiabilidade, alinhado com as diretrizes da empresa com foco ao atendimendo ao cliente. Indice Capitulo 01 — Objetivo do manual pag - 05 Capitulo 02 — TPM pag - 06 Capitulo 03 - Manutengdes geral pag -13 Capitulo 04 — Lubrificagao Industrial pag - 27 Capitulo 05 - As estratégias manutengdo planejada pag - 33 Capitulo 06 - SAP-PM_ médulo de manutengao planejada pag - 60 Capitulo 07 — Almoxarifado de pegas de manutengao pag - 79 Capitulo 08 — Kpi’S de manutengao pag - 82 Capitulo 09 — Notas de TPM- SAP-PM pag - 94 Capitulo 10 - FLUXOGRAMA DO PCM pag — 105 Capitulo 11- TECNICAS DE MANUTENCAO QUEBRA ZERO. pag = 111 Capitulo 12- Normas e certificagées da manutengao pag - 119 Capitulo 13Utilidades / EHS pag - 126 Capitulo 14— (RH) Avaliagéio de desempenho da manutengao e mantenedores— 133 Capitulo 15 — conclusao e referencias pag - 144 CAPITULO 1 Introdugao © material apresentado 6 resultado de mais de 20 anos de desenvolvimento de técnicas administrativas voltadas para manutengéo de qualquer segmento e tipo de equipamento Predial, Industrial, Transporte, Naval ou aerondutico ete. Este manual tem relacdo direta com todas as atividades de manutengdo, os exemplo so detalhados mostrando as mais modemas técnicas de manutengao usadas nas multinacionais de todo mundo. O software de paremetro utilizado neste manual é o Sap-Pm mais utilizado no mundo pelas empresas multinacionais tais com Ford, Fiat, Embraer, GM, Johnson, Chery, Petrobras, entre outras milhares No mundo todo. Tem 0 objetivo de registrar os processos e os procedimentos da manutengao. Neste, sero estabelecidos. a forma de organizagéo da manutengdo bem como as estratégias que sao utilizadas. Serdo estabelecidos e abordados também, os indicadores de desempenho, quais os documentos necessarios para registro dos eventos, qual o formato, como serao usados e preenchidos utilizando o SAP, médulo PM(Plant Maintenance), médulo de manutengao da planta. Iremos oferecer as técnicas TPM, PCM, RCM, EHS na teoria com os conceitos ¢ na prtica com formulérios via sap transportados para formularios do Excel 2013 onde mostraremos de forma simple a programagdo das atividades levando a organizacéo a zero acidentes e zero defeito/quebra: Ao final deste manual 0 leitor estar apto a oferecer melhorias ou conduzir a organizagao a vantagem competitiva perante os demais concorrentes. Capitulo 2 TPM 2.1- OS OITOS PILARES DO PROCESSO ‘A maioria das empresas multinacionais hoje possui em seu escopo a metodologias de processo ¢ a mais famosa e mais utiizada 6 a TPM, que 6 um método de gestao focado na identificagdo e eliminagao das perdas nos setores produtivos e administrativos; A utiizagao plena dos equipamentos, a eficdcia dos processos e o melhor desempenho do fator humano ‘que conduzem a empresa a um{cenario de custos competitivos e produtos de qualidade total. A estrutura do TPM ‘esta fixada em oito pilares: EHS, ADM, CONTROLE INICIAL, QUALIDADE, CAPACITAGAO, MELHORIA, PLANEJADA, AUTONOMA. = 2 3 i 3 Figura 1 ~ Estrutura dos Pilares do TPM 2.1.1 PILAR DE EHS Deve ser tratado as condigdes inseguras e os atos inseguros com ferramentas administrativas € software de gestéo mapeando os riscos ¢ as condigdes inseguras para tratativas com medidas. FERRAMENTAS PRATICA: Pixamide de Frank Bird. Grafico de ctiquetas vermelhas colocadas x retiradas, Projetos de melhorias com métode alcance. ART/ARA. 2.4.2 PILAR DE ADMINISTRATIVO Neste pilar deve fazer uma planilha master pontuando os pilares nos resultados de cada um individual, para ser apresentado a diretoria, ou seja cada pilar deve trazer resultados ‘compativel as expectativas da diregao de acordo com a implementagao. FERRAMENTAS: Planitha Master de gestao dos pilares, onde mensura os Resuttados 2.4.3 PILAR DE CONTROLE INICIAL Este pilar garante as melhorias de um projeto implementado no equipamento, ou seja a maquina deve ser entregue em perfeito estado de trabalho sem gambiarras e com todo controle de mudanga formatada e concluidos. 2.4.4 PILAR DE MANUTENGAO DA QUALIDADE DOS PROCESSOS E PRODUTOS Este pilar garante que todos as especificagdes do proceso e produtos esta sendo estabelecidos de acordo com controle de designer para que 0 processo ndo deforme o produto final. 2.1.5 PILAR DE CAPACITAGAO Este pilar garante que a manutengdo e operagdo esteja apto para executar suas fungdes de acordo com 0 mapa de habilidade, todo funcionario é medido sua capacidade e levantado ‘suas necessidades de treinamentos. Matriz de habilidade / Treinamentos 2.4.6 MELHORIA CONTINUA FERRAMENTAS: Dueaic com a ‘Metodologia Aleance Da Pulltreina Exemplo de um pequeno projeto de melhoria 10 1 ALCANCE IDEIAS ‘er Este pilar gerencia os pequenos projetos de melhoria de produto, proceso e EHS, onde o funcionério identifica uma melhoria, aponta em um formulario de DMAIC. © D significa definir 0 problema ou a oportunidade de methoria. © M caracteriza os dados de medida,ou seja os valores mensuraveis da proposta de melhoria, © A analise de implementagdo onde deve ser usada ferramentas da qualidade para extratificar caso haja diversas melhorias envolvidas, bem como avaliar custos. © La implementagao da ideia proposta e avaliagao do sucesso com fotos de antes e depois da implementagao. E 0 Ca conclusao do projeto com a contabilidade dos gastos x retorno financeiro. il 2.4.7 PILAR DE MANUTENGAO PLANEJADA, Neste pilar trabalha forte na quebra zero para aumentar a ponibilidade do ativo ao menor custo com as manutengao preditiva e preventiva e corretiva programada Alcance quebra zero (.méritocracia) 2.1.8 PILAR DE MANUTENGAO AUTONOMA. Neste pilar & criado um padrao provisério de manual de limpeza e inspegdo dos conjuntos que formam 0 equipamento, no passo 4 ¢ feito padrao definitivo incluindo algumas ordens de preventiva que antes eram feitas pelos mecanicos e neste passo (4) é passado para operador incluindo no padrao definitivo de limpeza e inspegao sendo feito junto mas com tempo mais ‘espagado que no provisério, ou seja antes era feito em 2 horas, uma vez por més e no padrao definitivo fica no mesmo prazo e tempo da preventiva de acordo com o calendario master de preventiva. Para passar as atividades de manutencao para operador deve ter cuidado com a seguranga das inspegdes e capacitar os operadores antes de iniciar as atividades de tranferencia 12 Este processo ¢ importante para manutengao, onde os técnicos passam a ser consultores dos operadores e 05 mecdnicose eletrénicos_passam a trabalhar mais com an e de vibragdo, termografias e estudos estatisticos de CBM com base na identificagao dos pontos da curva PF com instrumentos de medicao. FERRAMENTAS: Unspegses Ponta P/F! Tremamentos de Elementos de mdqninas, Ferramentas manuais © Informatica basica para cringe de ligdes de tun $6 ponto. Se entdo < Einstein para disseminar Esse processo se baseia na melhoria do desempenho através das pessoas, disponibilidade dos recursos produtivos, confiabilidade dos equipamentos e utilizagdo da mao-de-obra e desempenho. A gestao da manutengdo ¢ feita através de: > Controle do trabalho; > Planejamento e programagao do trabalho; > SAP: O médulo de aplicagéo PM (Plant Maintenance) apéia o planejamento, 0 processamento e a execugao das tarefas de manutengao. > Registros dos equipamentos; 13 > > Gestao de contrato de servigos; Gestao do inventario de pegas; Calibragao; A gestdo da produgdo é feita através de: v v v y Normas de gestéo de produgao e operagao; Organizagao do local de trabalho e layout; Cuidado do ativo pelo operador; Troca de equipamentos; Estratégias de produgao; Introdugao de novos produtos; A gestéo da confiabilidade ¢ feita através de: > Realocagao e design de ativos; Manutengao centrada em confiabilidade; A gestao da performance é feita através de: > v y Organizagao dos papéis e prestagao de contas; Desenvolvimento de habilidades e treinamentos Indicadores de manutengao: Indicadores de producdo; Eficacia global dos equipamentos; Methoria continua; 14 > Budget e custos; 2.2 Divisées dos centros de manutengdo Nas maiorias das organizages a manutengdo é mista, ou seja, cada centro produtivo, ou fabricas, possui um grupo de execugdo para realizagao das intervengées e atividades. Esses grupos seguem processos e padrdes definidos por um grupo centralizado formado por representantes das fabricas e o time da Engenharia de Manutengao. Os centros de Manutengao estado divididos em: > Manutengaio dos setores de produgao > Central de Utilidades; > Manutengao geral: 1. Calibrago 2, Central de Usinagem (prestadores de servigo); 3. Oficina de Empilhadeiras (prestadores de servigo); 4. Central de manutengao Predial (prestadores de servigo); Essa estrutura é dividida em trés grupos distintos: 1) Planejamento: © Grupo de Planejamento é que define as regras e padrées a serem seguidas pelo time de ‘execugéo, além de planejar, programar as manutengdes nao emergenciais, sao os guardiées do sistema computadorizado que gerencia o processo, inserindo ou alterando dados, realizando cadastro de equipamentos, etc 15 Inseridos nesse grupo estéo a engenharia de manutengao, o time de planejamento da manutengéo, 0 almoxarifado de pegas , engenharia de confiabilidade e representantes das reas de Manufatura (execugao), para auxilio de desenvolvimentos e tomadas de decisao. 2) Execugdo’ Inseridos nesse grupo estdo todos os mantenedores e sua lideranga. Sua responsabilidade é a de executar as atividades programadas pelo grupo de planejamento, atendimento emergencial e melhorias em equipamentos com suporte de engenharia. Também s&o os responsdveis em gerar informagées ¢ histérico sobre os equipamentos, trabalhos voltados a melhoria da manuteng&o tendo como ferramenta de direcionamento as métricas de manutengdo estipuladas pela engenharia de manutengdo. 16 3) Controle: E 0 grupo responsavel em realizar auditorias nas areas de execugao dos processos, garantindo assim a padronizagéo e atendimento as regras intemas de qualidade e requisitos de legislagdo e regulatérios. Esse grupo é formado por auditores do setor de qualidade com suporte da engenharia de manutengdo. Para melhor compreensao quanto a divisdo dos responsaveis pelo planejamento e execugao da manutengdo, seguem abaixo os organogramas que mostram como essas dreas estéo divididas: Planejamento e controle da manutengdo: Supervisor Engenbaria de Manutensso (ne J Arnie vied =a singer Planciams ‘Manutensdo Figura 3-Organograma do site Maintenance & Facilites 7 Responsdveis pela execugao da manutencé Lider 1/ Produgio Supervisor de ‘Manutengao Planejadores/ Facilitadores Mantenedores Figura 4-Organograma dos responsaveis pela execugdo da manutengéo 18 Capitulo 3 Manutengao geral Até 1990 a manutengdo era vista como um cantinho sujo de reparo de pegas, onde ninguém dava atengo, além de intitular como uma area geradora de gastos. Em tempos modemos de ‘manutengao de quarta e quinta geragao onde a qualidade do produto esta diretamente ligada as manutengdes realizadas nos prazos pré-determinados, onde um atraso pode levar a um desvio de qualidade, houve um _mudanga geral nos conceitos onde tiveram que se inovar com tecnicas avangadas de confiabilidade. Neste capitulo seréo abordadas as éreas em que a manutencdo esté inserida direta ou indiretamente, sero abordados 0 contexto de trabalho de cada uma delas e como a manutengao hage em cada uma destas 4reas. Este capitulo também define prazos e metodologias, a fim de uniformizar as praticas em todos os setores, de forma a tornar os processos mais robustos. 3.1 Calibragao A calibragao assim como a manutengio geral passaram pela transformagdo de mudanga ao longo do tempo, tiveram que se adquar as normas para o cumprimento de requisitos de qualidade nos proceso ¢ produto. Isso porque um instrumento que passa de sua data de libragdo pode comprometer a qualidade final do produto, como exemplo um termometro digital que mede a temperatura de um reator, que sua especificagio e de 100°C +02 com isso ele pode chegar a+ 102° C ou — 102° C ¢ se o termémetro estiver desrregulado esta temperatura estiver diferente do especificado vai aterar a qualidade do produto que esta em cozimento dentro do reator, com por exemplo sua viscosidade, onde acarretard em uma recusa de processo de alto valor finaceiro( Gerando Perdas, retrabalhos, Recusas de material ¢ até processos judiciais no casos de fabricagio de remedios). 19 O sistema de calibragao nas organizages ¢ documentado e descrito nos Procedimentos ( Programa de calibragdo e ajuste de instrumentos de medicao ) Calibragao 6 0 conjunto de operagées que estabelece, sob condigées especificas, a relagdo entre os valores indicados por um instrumento de medigao ou sistema de medigao ou valores representados por uma medida materializada ou um material de referéncia, e os valores correspondentes das grandezas estabelecidos por padroes. As principais caracteristicas do sistema de calibragao da Johnson &Johnson Industrial sao: > Sistema integrado interagindo em tempo real; > Gerenciamento automético das calibragées por Sistema informatizado; > Sistema disponibilizado.em rede para usuarios chaves com acesso ao cadastro dos ‘equipamentos e aos resultados de suas calibragdes; como exemplo Tovis/QIS (Quality Information System, sistema de qualidade integrado que gerencia o processo de calibragdovatravés do médulo metrologia). y Categorizagao de instrumentos (que permite calibrar somente instrumentos criticos otimizando recursos e reduzindo gastos); > Utiliza 0 critério de Schumaker que permite otimizar recursos da area de calibragao e identificar desvios; > Opera com “Sistema de Gestéo da Medigao" em conformidade com a norma ISO 10012. Principais Grandezas de medi¢ao atendidas pela Area de calibragéo > Dimensional, > Temperatura & Umidade ; > Pressao; > Forga; > Volumetria ; 20 v Peso; v Espectrometria ; > Densidade; v Vazao; v Eletricidade; O envolvimento da manutengao em relagao a calibragdo esta no conserto dos Equipamentos de Inspegao, Medigao e Ensaios (EIMES). Para as manutengées preventivas existem os planos de manutengao gerenciados pelo sistema informatizad de forma que o planejador de manutengao da calibragéo possa programar os técnicos de calibragao. Para as manutengées corretivas, a propria area realiza 0 conserto, 0 instrlimehtista da fabrica verifica e parametriza o equipamento, em seguida aciona © setor de calibragdo para fazer a inspegdo final, somente entdo tal equipamento poderd ser utilizado normalmente. Em auditorias de qualidade os auditores sempre buscam ver os certificados de calibragao 08 desvios de manutengao, que s4o os dias de atraso de execugdo das ordens de servigo. Onde se uma ordem atrasar deve ser justificada p ndo se tem garantia dos produtos que foram fabricados apés o vencimento de uma ordem, ou seja, depois do prazo final da manutengao todo produto prozuduzido deve ser quarentenado para analise de qualidade e somente depois de avalidao e aprovado deve ser liberado para mercado consumidor. 2 3.2 - Central de usinagem Nas organizagoes multinacionais, podem existir centrais de usinagens com funcionarios diretos trabalhando nos tornosd e CNC ou indiretos da mesma forma, assim como contratagdes de empresas de fora da empresa para prestagao de servigo direto, assim como para servigos emergenciais e planejado. Todas as especificagdes e prazos aqui determinados estéo em acordo com o SLA (Service Level Agreement) da central de usinagem, previamente aprovado pelas dreas a quem sao prestados os servicos. © objetivo da central de usinagem é atender a organizagao com o proceso de usinagem, agilizando 0 atendimento as manutengdes emergenciais e preventivas, desenvolvimento de processos de melhorias com foco.em qualidade e redugao de custos. Execugdo das atividades de usinagem com equipamentos basicos: > Retificas cilindricas; v Retifica plana T63; v Fresadoras ferramenteiras cone Morse IS030 e com cabegote chaveteiro; > Tomo de 4m de barramento, altura sobre carro 600 mm e sem acava 800 mm; > Toro Romi S20A; v Fresadora CNC com quarto eixo MH700C; v Furadeira de coluna; v Serra franho; > Esmeril; > Talhas com capacidades de acima de 300kg; > Area de soldagem (MIG / Aluminio / Ago Inox / Agos ) entre outros; Programagao de Trabalho: 22 Os principais trabalhos realizados pela central de usinagem sao: + Afiagao de cortantes, retifica de contra-faca; + Atendimentos emergenciais; + Confecgao e recuperagdo de: eixos e rolos, fusos, chavetas, polias, acoplamentos, ‘engrenagens, buchas e sedes. ‘Segue abaixo a metodologia para a execugao dos trabalhos 1) Area solicitante abre ordem PMO06, ou outro tipo estabelecido pela empresa com ABAP do Sap solicitando servigo, na abertura da ordem deve ser colocado o CT genérico da usinagem 2) Cabe ao solicitante enviar para area de usinagem: desenho, croqui ou pega de amostra e prazo de entrega desejado. Obs.: O prazo de'entrega deverd ser negociado com o planejador de usinagem ou de terceiro caso seja, mediante analise da programagao semanal e didria. 3) Ao receber @-solicitagéo de servigo, 0 planejador iré avaliar 0 tempo de entrega e disponibilidade de mao de obra e material necessério, havendo duas alternativas: > Fabricagao externa: Serao realizados trés orgamentos com fornecedores externos, no é 0 cumprimento de uma norma, mas uma boa pratica para futuras auditorias, ‘onde o gerenciamento do contrato de servigo, prazo de execugdo e qualidade do servigo sera de responsabilidade da oficina de usinagem v Fabricagao intern: : Para fabricagdo interna é realizada uma programagao semanal e didria dos servigos gerados e cabe ao planejador de usinagem gerenciar esta atividade. E importante ressaltar que a avaliagdo de necessidade de fabricagao interna ou externa devera ser feita somente pelo planejador da central de usinagem. Programagao Diaria: 1) © planejador faz o levantamento das ordens que estéo programadas na semana, divide por dia e executa 0 preenchimento do quadro de programagao didria. 2) O planejador faz a distribuig&o das atividades por turno de trabalho e mantenedor. 3) O quadro de programagao diario é dividido por mantenedor e tempo de cada atividade. QUADRO DE PROGRAMACAO SEMANAL DAS ORDENS DE SERVICO QUINTA | SEXTA Nomes | SEGUNDA | TERCA | QUARTA JOK0 PEDRO ANTONIO ‘GERALDO ROMILDO JUNIOR UVRE Figura 7 — Programagao dara da ofcna de usinager No quadro sao colocadas etiquetas com as seguintes informagées : > Ndmero da ordem; > Fabrica: > Sol inte; > Resumo da solicitagao do servigo; Programagao Semanal: 1) De posse das informagées contidas na planilha de controle o planejador de usinagem executa a programagao semanal e distribui as atividades para os mantenedores. 24 2) As ordens ficam em um quadro de programacao semanal fixado na oficina de usinagem, de forma a garantir um facil gerenciamento visual de todas as atividades planejadas. Figura 8 -Programagao semanal da oficina de usinagem Obs.: As ordens somente sao planejadas mediante a compra de material e ferramental necessério para execugdo do servigo, 0 material sera comprado pelo sistema ARIBA e debitado na ordem PMO6 referente ao servigo. Trabalhos emergenciais: 1) Para execugao de servigos emergenciais deverd ser aberto ordem PM06 com CT genérico. 2) O trabalho deverd ser negociado com o planejador, e em caso de extrema urgéncia e a auséncia do mesmo, o trabalho poder ser negociado diretamente com o mantenedor da oficina de usinagem. Encerramento do Trabalho: 25 1) Apés encerramento do trabalho o mantenedor deve encerrar tecnicamente a ordem, para o langamento das horas trabalhadas, utiizando transagao IW42. 2) A pega pronta deve ficar na prateleira & espera da retirada, que deve ser feita pelo solicitante do servigo. Afiago de facas: Para afiagao de facas ha a disposi¢ao de mecénicos, sendo: das 8:00h as 17:00h, das 14:00h as 22:00h ou varia de acordo com a organizagao E so usados os seguintes equipamentos: > Retificas cilindricas; > Retifica plana; Fresadora CNC com quarto eixo; O planejador é responsdvel pelo recebimento das facas e contras facas que s40 recebidas via sistema delivery. O sistema delivery é um sistema adotado para agilizar o tramite de pegas entre as fabricas e a oficina de usinagem. Um funciondrio terceiro do almoxarifado é acionado € coleta as pegas a serem trabalhadas na fabrica solicitante e apés as mesmas prontas as. leva de volta da central de usinagem para o solicitante. ‘As pegas sao armazenadas em um layout especifico, separadas da usinagem convencional. ‘Apés proceso de afiacdo, o cortante é testado no dispositive préprio para verificar a eficiéneia do corte, Em seguida, o mecanico coloca o cortante na caixa correspondente ao produto e armazena no layout especifico; O planejador aciona o delivery que se encarrega de fazer a devolugdo para as reas. A abertura e encerramento da ordem seguem o mesmo procedimento da usinagem convencional. 26 3.3 - Oficina de empilhadeiras A oficina de empilhadeira é uma prestadora de servigos de mnautengdo com funciondrios internos ou externos, dependendo da estrategia ¢ tamanho da empresa. Dentre os locais que usam as empilhadeiras sao: * MAM (Movimentacao e administracao de materiais); + CRR (central de reciclagem de residuos); * DPA ( Distribuigao de Produto Acabado ) * CD (centros de distribuigdo externos e intrnos da empresa ) No MAM, sao armazenadas as matérias-primas. Sdo depésitos que ficam alocados préximos ou dentro de cada fabrica que atende cada um tendo seus préprios equipamentos de movimentagdo de cargas. No caso de trabalhos diretos na empresa _a equipe responsavel pela oficina de empilhadeiras 6 formada por mecAnicos especializados em equipamentos de movimentago, técnico responsavel pela oficina e planejador de manutengao. Em estrutura de confiabilidade normalmente a administrago da oficina de empilhadeiras é de responsabilidade do setor de Engenharia de Manutengdo. A oficina de empilhadeira é responsavel pela manutengao dos seguintes equipamentos setores: Empilhadeiras elétricas: Sao equipamentos versateis em fungéo do seu desenho e de suas caracteristicas operacionais, sao préprios para serem operados em lugares fechados, como: depésitos e armazéns. So compactas, para que possam realizar tarefas em corredores estreitos, 27 possuem uma torre de elevagéo com grande altura aumentando consideravelmente a capacidade de armazenagem e estocagem em prateleiras. Figura 9-Empihadeira elétrica Empilhadeiras a combustao: As empilhadeiras & combustéo GLP so utilizadas mais comumente em patios e docas. S40 mais robustas e possuem capacidades que podem chegar a até 70 toneladas, e altura de elevagao até 6,5 metros. Além destas caracteristicas, sao disponibilizados também varios acessérios qué-podem aumentar a capacidade, autonomia e adequagao a trabalhos especificos. Paleteiras elétricas e manuais: Equipamentos que trabalham da mesma forma que as empilhadeiras, mas que operam de forma longitudinal. Salas de baterias: As salas de baterias sdo os locais onde as baterias das empilhadeiras elétricas séo recarregadas e onde sao realizadas as manutengdes das mesmas. Em nosso parque que industrial ha 4 salas de baterias internas e uma localizada no depésito externo. Sao necessarios cuidados especiais na construgao de uma sala de recarga devido ao alto risco de explosées e contaminagao causada pelo fluido da bateria. 28 Porta palets Prateleiras que armazenam os palets. Portas automaticas do MAM e cortinas de ar: A cortina de ar é instalada sobre a porta, Ela age criando uma barreira de vento que impede a entrada no ambiente interno de insetos, poeira, poluigao e odores. Em auditorias de qualidade para produtos que fabricam para EUA, onde FDA coloca algumas barreiras comerciais exigindo grau maximo de qaulidade para produtos que entram nos EUA, é necessario fazer analise de pressdo de ar interno a rea fabril, ou seja, mede antes da porta automatica e depois, onde a pressdo interna deve ser maior que a interna, expulsando impurezas para fora no momento da abertura da porta, Caso seja o contrario a interna menor que a externa as impurazas vo entrar e contaminar os produtos e maquinas, com isso deve se fazer analise dos filtros de ar condicionados caso tenha e insulflamento de ar, aumentando a vazo nos dampers para aumentar a pressao. Manutengao das baterias: As baterias utilizadas aqui séo de Chumbo-dcido, temos 4 tipos diferentes de baterias:24 volts, 36 volts,48 volts ¢ 80 volts. Diariamente uma empresa terceirizada realiza a manutengao das baterias, de forma que em um ciclo de uma semana, todas as baterias passem pelos processos de: limpeza, abastecimento de agua e medigao e controle da densidade, Manutencdo das empilhadeiras, paleteiras e portas automdticas do MAM: ‘A manutengao desses equipamentos ¢ feita de acordo com a estratégia G (ver 0 treinamento para criagdo de planos, SAP, na biblioteca técnica para detalhes). Essa estratégia ¢ utilizada 29 para intervalos mensais ou miiltiplos do mesmo, onde também é possivel elaborar listas de tarefas com hierarquia e mais de um intervalo de execugao 3.4 Central de manutengao Predial ‘A importancia da central de manutengao predial esté na conservagao constante das instalages da empresa, garantia da funcionalidade de suas instalagdes e a seguranga dos que nela trabalham ou circulam. E importante salientar que essa atividade deve ser exercida por pessoas especializadas por meio de programas especificos de acordo com a necessidade. Divisdo da manutencao predial Para a execugdo da manutengao predial pode existir uma equipe interna ou externa que realiza reparos no parque ( organizagao ) e no MAM (depésito externo); ressaltando que para ‘execugdo de trabalhos que envolvem eletricidade, existe uma série de normas regidas pela NR10(Norma Regulamentadora de Seguranca em Instalagdes e Servigos em Eletricidade); ‘onde é necessdrio treinamentos e certificagdes para a realizagao do mesmo, devido aos riscos envolvido nesse tipo de trabalho. As principais atividades da manutengao predial sao > Pintura de paredes, pisos e maquinas; v Substituicao de lampadas e manutengao elétrica; Servigos hidraulicos (agua e esgoto): vv Manutengao em telhados; v Manutengao em forros, divisérias e pisos (laminados e carpetes); v Manutengao civil; > Servigos de marcenaria; > _Funcionamento da manutencdo predial: Quando é identificada a necessidade de manutengéo predial, deve ser aberta no SAP, uma ‘ordem PMO5 ou qual for 0 ABAP de empresa que ¢ direcionada a Central de Manutencao Predial. (E importante salientar que a ordem deve conter todas as informagdes necessarias para a execugao do trabalho e indicar o responsdvel pela abertura da ordem e o ramal.) A seguir, a ordem sera analisada pelo planejador da central de manutengo predial, onde sera definido se a execugao do trabalho ser interna ou externa. Se o trabalho for interno, sera analisada a necessidade de compra de material. © planejador iré programar a execugao da ordem e a equipe da central de manutengao predial ira executar o trabalho, langar as informagées na ordem e encerrar a mesma. Se 0 trabalho for extemo, a empresa contratada ira elaborar o orcamento que passara pela andlise do planejador de manutengao predial e aprovagao do solicitante, Apés a aprovagao, a 4 avaliar 0 trabalho realizado. ‘empresa contratada realiza’o trabalho e 0 responsavel da area © coordenador da:central de manuten¢do predial analisa todas as avaliagées feitas, de forma a garantir que os fornecedores esto cumprindo todos os requisitos dos padrées exigidos. Para que haja o controle dos trabalhos externos, cada forecedor envia semanalmente ao planejador de manutengao predial a programagao dos servigos que serao realizados com prazos e especificages dos mesmos, para prévia aprovagao de prazos. Observagies: > Para trabalhos emergenciais e que envolvam risco a seguranga, o solicitante devera contatar 0 Coordenador da Central de Manutengao Predial. E importante ressaltar queda mesma forma, deverd ser aberta uma ordem PMOS. > As ordens PMOS conforme ABAP da empresa que nao estiverem em Status LIOR (Livre de orgamento) ou SOAP (Solicitagao de orgamento) ficam paradas no sistema; > As ordens abertas fora dos padrées corretos sao encerradas no sistema em 90 dias. > Avaliagao dos fornecedores: Para que haja a garantia de que os servigos prestados estéo em conformidade com os padrées de qualidades exigidos pela companhia, hé uma constante avaliagéo dos fornecedores; realizada através de uma planilha que contém toda a rastreabilidade do servigo executado, desde 0 orgamento a execucdo propriamente dita Capitulo 4 Lubrificagao Industrial Dados histéricos confirmam que hé mais de mil anos A.C. o homem ja utilizava processos de diminuicao de atrito, sem conhecer estes principios, através de sebo de animais nas bordas das rodas para evitar o atrito, aumentando a vida Util das rodas para viagens longas nas corroagens, como hoje, so conhecides por lubrificagao. Concluimos que a lubrificago serve para evitar atritos entre duas partes. 4.1 A lubrificagéo Era necessdrio descobrir um meio de minimizar o atrito. O meio ambiente preferido da lubrificago geralmente é a drea de atrito. Da mesma maneira que existem diferentes tipos de atrito, existem diferentes tipos de lubrificantes (dleo lubrificante, graxa, etc.), Os diferentes tipos de atrito séo encontrados em qualquer tipo de movimento entre sélidos, liquidos ou gases. O atrito pode ser definido como a resisténcia que se manifesta ao se movimentar um corpo sobre uma superficie Como o atrito é sempre menor que 0 atrito sélido, a lubrificagao consiste na interposico de uma substancia fluida entre duas superficies, evitando-se assim, 0 contato sélide com sélido, produzindo-se o atrito fluido, Superficie Mevel Tipo de ensaio O que determina o ensaio Viscosidade Resisténcia ao escoamento oferecida pelo dleo. A viscosidade é inversamente proporcional 3 temperatura. O ensaio é efetuado em aparelhos denominados viscosimetros. Os viscosimetros mais utilizados so Saybolt, 0 Engler, o Redwood e o Ostwald. Indice de viscosidade Mostra como varia a viscosidade de um dleo conforme as variagdes de temperatura. Os dleos minerais parafinicos so os que apresentam menor variagao da viscosidade quando varia a temperatura e, por isso, possuem indices de viscosidade mais elevados que os nafténicos, Desnidade relativa Relago entre a densidade do dleo a 20°C e a densidade da agua a 4°C ou a relagao entre a densidade do éleo a 60°F a densidade da dgua a 60°F Ponto de fulgor (flash point) Ponto de comustdo Ponto de minima fluidez Residuos de carvéo Temperatura minima a qual pode inflamar-se 0 vapor de dleo, no minimo, durante 5 segundos. O ponto de fulgor é um dado importante quando se lida com dleos que trabalham em altas temperaturas. Temperatura minima em que se sustenta a queima do dleo. Temperatura minima em que ocorre 0 escoamento do éleo por gravidade. O ponto de minima fluidez é um dado importante quando se lida com dleos que trabalham em baixas temperaturas. Residuos sdlidos que permanecem apés a destilacao destrutiva do dleo. 4.2 Graxas As graxas so compostos lubrificantes semi-sélidos constituidos por uma mistura de dleo, aditivos e agentes engrossadores chamados sabées metalicos, & base de aluminio, calcio, sédio, litio e bario. Elas so utilizadas onde 0 uso de dleos nao é recomendado. As graxas também passam por _O que determina 0 ensaio ensaios fisicos padronizados e os principais encontram-se no quadro a seguir. Tipo de ensaio Consisténcia Dureza relativa, resist€ncia & penetracao. Estrutura Tato, aparéncia. Filamentacao Capacidade de formar fios ou filamentos. Adesividade Capacidade de aderéncia. Ponto de fusao ou gotejo Temperatura na qual a graxa passa para o estado liquido. 4.2.1 Tipos de graxa Os tipos de graxa so classificados com base no sabio utilizado em sua fabricacio. Graxa a base de aluminio: macia; quase sempre filamentosa; resistente & Agua; boa estabilidade estrutural quando em uso; pode trabalhar em temperatu- ras de até 71°C. E utilizada em mancais de rolamento de baixa velocidade e em chassis. Graxa a base de calcio: vaselinada; resistente a dgua; boa estabilidade estrutural quando em uso; deixa-se aplicar facilmente com pistola; pode traba- Ihar em temperaturas de até 77°C. E aplicada em chassis e em bombas d’agua. Graxa a base de sédio: geralmente fibrosa; em geral nao resiste & gua; boa estabilidade estrutural quando em uso. Pode trabalhar em ambientes com temperatura de até 150°C. E aplicada em mancais de rolamento, mancais de rodas, juntas universais etc. Graxa a base de litio: vaselinada; boa estabilidade estrutural quando em uso; resistente a dgua; pode trabalhar em temperaturas de até 150°C. E utilizada em veiculos automotivos e na aviacao. Graxa a base de bério: caracteristicas gerais semelhantes as graxas a base de Iitio. Graxa mista: é constituida por uma mistura de sabées. Assim, temos graxas mistas a base de sédio-cdlcio, sédio-aluminio etc. Além dessas graxas, hd graxas de miltiplas aplicacdes, graxas especiais e graxas sintéticas. 4.3 Lubrificantes sdli jos Algumas substancias sélidas apresentam caracteristicas peculiares que permitem a sua utilizacéo como lubrificantes, em condigées especiais de servico. Entre as caracteristicas importantes dessas substncias, merecem ser mencionadas as seguintes: + baixa resisténcia ao cisalhamento; - estabilidade a temperaturas elevadas; 4.4 Lub: “acdo de mancais de deslizamento © tragado correto dos chanfros e ranhuras de distribuicao do lubrificante nos mancais de deslizamento é o fator primordial para se assegurar a lubrificacéo adequada. Os mancais de deslizamento podem ser lubrificados com éleo ou com graxa. No caso de dleo, a viscosidade ¢ 0 principal fator a ser levado em consideragao; no caso de graxa, a sua consisténcia é o fator relevante, Aescolha de'um dleo ou de uma graxa também depende dos seguintes fatores: - geometria do mancal: dimensées, didmetro, folga mancal/eixo; rotagao do eixo; + carga no mancal; - temperatura de operag&o do mancal; - condigdes ambientais: temperatura, umidade, poeira e contaminantes; + método de aplicacao, 4.4.1 Lubrificagdo de mancais de rolamento Os rolamentos axiais autocompensadores de rolos so lubrificados, normaimente, com éleo. Todos os demais tipos de rolamentos podem ser lubrificados com éleo ou com graxa. 4.4.2 Lubrificagdo com graxa Em mancais de facil acesso, a caixa pode ser aberta para se renovar ou completar a graxa. Quando a caixa é bipartida, retira-se a parte superior; caixas inteiricas dispdem de tampas laterais facilmente removiveis. Como regra geral, a caixa deve ser cheia apenas até um terco ou metade de seu espaco livre com uma graxa de boa qualidade, possivelmente a base de litio. 4.4.3 Lubrificagao com éleo O nivel de dieo dentro da caixa de rolamentos deve ser mantido baixo, ndo excedendo o centro do corpo rolante inferior. E muito conveniente o emprego de um sistema circulatério para 0 dleo e, em alguns casos, recomenda- se 0 uso de lubrificag&o por neblina. 4.4.4 Intervalos de lubrificagéo No caso de rolamentos lubrificades por banho de éleo, o periodo de troca de dleo depende, fundamentalmente, da temperatura de funcionamento do rolamento e da possibilidade de contaminacao proveniente do ambiente. Nao havendo grande possibilidade de poluicdo, e sendo a temperatura inferior a 50°C, 0 dleo pode ser trocado apenas uma vez por ano. Para temperaturas em torno de 100°C, este intervalo cai para 60 ou 90 dias. 4.4.5 Lubrificagéo dos mancais dos motores Temperatura, rotacdo e carga do mancal sao os fatores que vao direcionar a escolha do lubrificante. 4.5 Regra geral: + temperaturas altas: dleo mais viscoso ou uma graxa que se mantenha consistente; - altas rotacdes: usar éleo mais fino; + baixas rotagbes: usar dleo mais viscoso. 4.5.1 Lubrificagdo de engrenagens fechadas A completa separacao das superficies dos dentes das engrenagens durante o engrenamento implica presenca de uma pelicula de dleo de espessura sufici ente para que as saliéncias microscépicas destas superficies no se toquem. O dleo é aplicado as engrenagens fechadas por meio de salpico ou de circulagao. A selecao do dleo para engrenagens depende dos seguintes fatores: tipo de engrenagem, rotac3o do pinh3o, grau de reducdo, temperatura de servico, poténcia, natureza da carga, tipo de acionamento, método de aplicacao e contaminagao. 4.5.2 Lubrificagéo de engrenagens abertas Nao é pratico nem econémico encerrar alguns tipos de engrenagem numa caixa. Estas séo as chamadas engrenagens abertas. As engrenagens abertas 56 podem ser lubrificadas intermitentemente e, muitas vezes, sé a intervalos regulares, proporcionando peliculas lubrificantes de espessuras minimas entre os dentes, prevalecendo as condigées de lubrificacao limitrofe. Ao selecionar o lubrificante de engrenagens abertas, é necessdrio levar em consideragao as seguintes condicées: temperatura, método de aplicacao, condigées ambientais e material da engrenagem. 4.6 Lubrificagao de motorredutores ‘Aescolha de um éleo para lubrificar motorredutores deve ser feita considerando-se os seguintes fatores: tipo de engrenagens; rotagao do motor; temperatura de operagdo e carga. No geral, 0 dleo deve ser quimicamente estavel para suportar oxidagdes e resistir oxidagao. 4.6.1 Lubrificagdo de maquinas-ferramenta Existe, atualmente, um numero considerdvel de maquinas-ferramenta com uma extensa variedade de tipos de'modelos, dos mais rudimentares aqueles mais sofisticados, fabricados segundo as tecnologias mais avangadas Diante de tao grande variedade de maquinas-ferramenta, recomenda-se a leitura atenta do manual do fabricante do equipamento, no qual serao encontradas indicagées precisas para lubrificagao-e produtos a serem utilizados. Para equipamentos mais antigos, e nao se dispondo de informagées mais precisas, as seguintes indicages genéricas podem ser obedecidas: Sistema de circulagdo forgada- dleo lubrificante de primeira linha com ntimero de viscosidade § 215 (ASTM). Lubrificagao intermitente (oleadeiras, copo conta-gotas etc.)- dleo mineral puro com nuimero de viscosidade S 315 (ASTM) Fusos de alta velocidade (acima de 3000 rpm)- éleo lubrificante de primeira linha, de base parafinica, com numero de viscosidade S 75 (ASTM). Fusos de velocidade moderada (abaixo de 3000 rpm)- éleo lubrificante de primeira linha, de base parafinica, com niimero de viscosidade S 105 (ASTM) Guias e barramentos- éleos lubrificantes contendo aditivos de adesividade e inibidores de oxidagdo e corrosao, com ntimero de viscosidade $ 1000 (ASTM). Caixas de redugdo- para servigos leves podem ser utilizados dleos com niimero de viscosidade S 1000 (ASTM) aditivados convenientemente com antioxidantes, antiespumantes etc. Para servigos pesados, recomendam-se dleos com aditivos de extrema pressdo e com ntimero de viscosidade S 2150 (ASTM). Lubrificagao a graxa- em todos os pontos de lubrificacao a graxa pode-se utilizar um mesmo produto. Sugere-se a utilizagao de graxas a base de sabao de litio de miiltipla aplicagao e consisténcia NLGI 2 Observacées: S = Saybolt;A ST M ASTM = American Society of Testing Materials (Sociedade Americana de Materiais de Teste). NLGI = National Lubricating Grease Institute (Instituto Nacional de Graxa Lubrificante). Em resumo, por mais complicada que uma maquina parega, ha apenas trés elementos a lubrificar: 1. Apoios de varios tipos, tais como: mancais de deslizamento ou rolamento, guia etc. 2. Engrenagens de dentes retos, helicoidais, parafusos de rosca sem-fim etc., que podem estar descobertas ou encerradas em caixas fechadas 3. Cilindros, como os que se encontram nos compressores e em toda a espécie de motores, bombas ou outras maquinas com émbolos. Capitulo 5 As estratégias e programas de gerenciamento da manutengdo planejada E necessdrio o planejamento da manutengdo para que os eventos ocorram dentro de parametros aceitaveis e desejados, tanto em tempo, quanto no uso de recursos ¢ seu custo. ‘seguir sero apresentadas as estratégias e programas de gerenciamento utilizadas para a manutengdo planejada, 5.1 Tipos de Manutengao 5.1.1 Manutencdo Corretiva: ‘A manutengdo corretiva é aquela que somente atua quando hé uma perda de fungao parcial ou total de um equipamento (quebra ou falha) que ocorre inesperadamente, o que toma o proceso produtivo pouco confidvel; ndo permite uma preparagao prévia, pois nao é possivel ‘saber com preciso quando a mesma ira ocorrer ou quanto tempo serd necessdrio para sua corregao. Esse tipo de manutengao causa uma carga de trabalho inconstante, baixa confiabilidade custo elevado, Existem dois tipos de Manutengao Corretiva: 1) Manutengao Corretiva néo Planejada (Emergencial): A corregéo da falha é feita somente depois que ela acontece, causando altos custos devido ao impacto no volume de produgdo, qualidade e custos operacionais, além dos custos diretos do

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