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TOTAL 11 FOLHAS

(INCLUSO CAPA)

MANUAL DE INSTRUÇÕES DEDINI

TRATAMENTO DA ÁGUA PARA


GERAÇÃO DE VAPOR
DTD - 11

03 DPS RS AP 20/12/16 Acrescentada nota 2


02 MRJ LGAA DLA 25/11/09 Incluída faixa de composição da água para caldeiras acima de
75 kgf/cm² e incluída tabela de água para Teste Hidrostático.
01 LGAA DLA DLA 25/09/09 Alterado formulário.
00 LGAA DLA DLA 27/10/06 Emissão Inicial.
Rev. Elaborado Verificado Aprovado Data Descrição
CONTEÚDO

1. GENERALIDADES

2. PROBLEMAS A SEREM EVITADOS COM UM ADEQUADO TRATAMENTO DA


ÁGUA
2.1. Incrustações
2.2. Corrosão
2.3. Arraste de Água

3. MEIOS BÁSICOS PARA MANTER ESSES PROBLEMAS SOB CONTROLE


3.1. Tratamento da Água de Alimentação da Caldeira
3.2. Tratamento Interno da Água da Caldeira
3.3. Descargas

4. RECOMENDAÇÕES

5. TABELAS

DEDINI S/A Indústrias de Base


Piracicaba – SP – Rod. Piracicaba/Rio Claro, Km 26,3 – CEP 13412-900 – Fone: (0xx19) 3403-3222 – Fax: (0xx19) 3403-3388
Maceió – AL – Av. Fernandes de Lima, 4789 – Bloco I – CEP 57057-000 – Fone/Fax: (0xx82) 3338-1800
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1. GENERALIDADES

O correto tratamento de água para geração de vapor é sumamente importante para que a
caldeira possa ter a operação, confiabilidade e vida útil que dela se espera.

Basicamente, a qualidade requerida da água para geração de vapor é determinada por faixas
de pressão de operação e pela destinação do vapor, ou seja, pelas exigências dos processos
e equipamentos consumidores.

A água de alimentação da caldeira deverá ser tratada para reduzir os contaminantes a níveis
aceitáveis. Além disso, produtos químicos corretivos são aplicados internamente à caldeira
para evitar qualquer ação adversa dos contaminantes remanescentes, limitando-se as
concentrações a valores aceitáveis tanto do ponto de vista do equipamento gerador quanto
do equipamento consumidor.

A seqüência de tratamento, assim como determinação dos produtos químicos a serem


utilizados, será sempre uma responsabilidade do usuário da caldeira, que para isso,
usualmente, contrata os serviços de uma firma especializada em tratamento de água para
caldeiras.

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2. PROBLEMAS A SEREM EVITADOS COM UM ADEQUADO


TRATAMENTO DE ÁGUA

2.1. Incrustações
Incrustações podem se formar em qualquer superfície em contato com água, especialmente
em tubos de caldeiras, quando as condições de equilíbrio são perturbadas por uma força
externa, tal como calor. Cada contaminante tem uma solubilidade definida na água e se
precipitará quando esta for excedida. Se a água estiver em contato com uma superfície
quente e a solubilidade do contaminante for menor a temperaturas mais altas, o precipitado
se depositará na superfície, formando incrustação.

Devido às altas temperaturas encontradas em uma caldeira, incrustações são um problema


sério, provocando baixa transferência de calor (motivo em potencial para falhas de tubos).

Quanto maior a pressão da caldeira e os coeficientes de troca térmica, mais severo é o


problema. Acima de 430 oC, começam a ocorrer modificações na estrutura do aço carbono,
enfraquecendo-o. As temperaturas dentro de uma caldeira, especialmente na fornalha, estão
consideravelmente acima desta faixa. A água que circula dentro dos tubos absorve calor e
os resfria, não permitindo que a temperatura suba. Inscrustações, entretanto, isolam os
tubos, impedindo a troca de calor, provocando superaquecimento e eventual falha.

As incrustações podem ser provocadas tanto por contaminantes existentes na água de


alimentação da caldeira como por produtos químicos em excesso utilizados no tratamento
interno da caldeira.

2.2. Corrosão
O segundo maior problema é a corrosão, sendo o exemplo mais comum como o ataque de
aço pelo oxigênio. Esse ataque é acelerado por alta temperatura e baixo pH. Desaeradores
são utilizados para reduzir o oxigênio a níveis mínimos.

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Outro tipo de corrosão, menos comum, é o ataque alcalino, que pode ocorrer em caldeiras
de alta pressão.

Apesar da eliminação do oxigênio da água de alimentação ser o principal passo no controle


da corrosão, ela ainda poderá ocorrer, com o ataque do aço pelo vapor em superfícies onde
as baixas velocidades da água provocam superaquecimento.

2.3. Arraste de Água


O terceiro problema, relacionado a operação de caldeiras, é o arraste de água pelo vapor.
Ele pode ser devido a um problema mecânico, tal como a montagem incorreta dos internos;
pode ser devido a volatilidade de certos sais, tais como compostos de silício e sódio; pode
ser provocado por operação com níveis altos e/ou variações repentinas na carga da caldeira;
ou pode ser provocado por espuma.

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3. MEIOS BÁSICOS PARA MANTER ESSES PROBLEMAS SOB


CONTROLE
3.1. Tratamento da Água de Alimentação da Caldeira
Água de reposição, condensada, ou ambas, antes de sua entrada na caldeira, devem ser
tratadas para reduzir ou eliminar dureza, sílica, sólidos ou gases.

Vide na Tabela I os valores limites recomendados nas várias faixas de pressão de operação.
Deve-se notar que a “pressão de operação” é a do tambor de vapor: em caldeiras com
superaquecedor, ela é sempre maior que a pressão de saída de vapor.

3.2. Tratamento Interno da Água da Caldeira


Poderá ser feito pela adição de produtos químicos corretivos. Esta injeção de produtos
poderá ser feita diretamente no tambor de vapor (a grande maioria das caldeiras DEDINI
tem a conexão própria) ou na sucção das bombas de alimentação d’água.

Vide na Tabela II os valores limites recomendados para água da caldeira (vale a mesma
observação anterior quanto à “pressão de operação”). A amostra de água para análise
deverá ser tomada da linha de descarga contínua do tambor, resfriada em um resfriador de
amostras.

3.3. Descargas
Poderão ser feitas descargas contínua (do tambor de vapor) e de fundo (do tambor de água),
para controlar as concentrações de impurezas, descarregando-se parte da água da caldeira.

A água de alimentação da caldeira, independentemente do tipo de tratamento utilizado,


sempre contém concentrações mensuráveis de impurezas. Em alguns processos,
contaminação no condensado contribui para o aumento das impurezas.

O tratamento interno também aumenta o nível de sólidos da água da caldeira.

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Quando o vapor é gerado, essencialmente puro vapor d’água é descarregado da caldeira,


enquanto que os sólidos introduzidos permanecem no seu interior. O resultado é que, com
impurezas sendo continuamente adicionadas e água pura (em forma de vapor) sendo
extraída, há um aumento constante de sólidos dissolvidos na água. Conforme se pode
verificar na Tabela II, há limites recomendados para cada componente da água da caldeira.
Para se evitar que essas concentrações sejam excedidas, faz-se a extração continua de água
do tambor de vapor, a taxas a serem determinadas com base em análises periódicas de
laboratório.

De 3 a 5% são considerados valores normais de descarga contínua, para caldeiras com água
de alimentação de boa qualidade.

Descargas de fundo de tambor d’água são feitas intermitentemente, com as caldeiras em


cargas reduzidas, para eliminar sólidos acumulados em regiões relativamente estagnadas.
Para otimização do controle, é mais efetivo dar-se maior quantidade de descargas curtas do
que menor número de descargas longas.

O nível de água no tambor superior deve ser observado cuidadosamente quando se está
dando descarga.

Nunca se deve dar descargas nos coletores de paredes d’água com a caldeira em operação,
pois isso pode causar falhas de circulação nas paredes.

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4. RECOMENDAÇÕES

Voltamos a enfatizar que, em sendo o tratamento de água uma das maiores


responsabilidades na operação de caldeiras, deve-se confiá-lo a uma empresa especializada
no assunto.

Suas recomendações devem ser seguidas quanto às quantidades de produtos químicos a


serem adicionados, quanto à freqüência e durações de descargas intermitentes e quanto à
taxa de descarga contínua.

Além disso, em função das necessidades da qualidade do vapor, que são determinadas pelos
processos e equipamentos consumidores, o responsável pela operação poderá concluir que
certos parâmetros da Tabela II deverão ser controlados dentro de limites mais rígidos, tais
como: sólidos totais dissolvidos e sílica com 50% dos valores que aparecem na tabela, por
exemplo.

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TABELAS

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“TABELA I”

QUALIDADE DA ÁGUA DE ALIMENTAÇÃO DA CALDEIRA

VALORES LIMITES RECOMENDADOS

PRESSÃO DE OPERAÇÃO (Kgf/cm2man)


(na água de alimentação e teste hidrostático)
Até 20 Acima Acima Acima Acima Acima
de 20 até de 30 até de 50 até de 75 até de 100
30 50 75 100 até 140
pH (a 25 oC) 8,3 à 10 8,3 à 10 8,3 à 10 8,8 à 9,6 8,8 à 9,6 8,8 à 9,6
Dureza como CaCO3 (ppm) < 0,3 < 0,2 < 0,1 < 0,05 ND ND
Sílica (Si02) (ppm) <7 < 4,5 <2 < 0,02 < 0,02 < 0,02
Oxigênio dissolvido (ppm) < 0,007 < 0,007 < 0,007 < 0,007 < 0,007 < 0,007
Óleos e gorduras (ppm) <1 <1 < 0,5 < 0,5 < 0,2 < 0,2
Ferro total (Fe) (ppm) < 0,1 < 0,05 < 0,03 < 0,025 < 0,01 < 0,01
Cobre total (Cu) (ppm) < 0,05 < 0,025 < 0,02 < 0,01 < 0,01 < 0,01
Cloretos (Cl) (ppm) < 1,4 < 1,4 < 1,4 < 1,4 < 1,4 < 1,4
Hidrazina excedente (N2H4) (ppm) 0,01 a 0,01 a 0,01 a 0,01 a 0,01 a 0,01 a
0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02
Condutividade a 25 oC - - - < 10 < 10 < 10
(microsiemens/cm)

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“TABELA II”

QUALIDADE DA ÁGUA NO TAMBOR DA CALDEIRA

VALORES LIMITES RECOMENDADOS

PRESSÃO DE OPERAÇÃO (Kgf/cm2man)


(no tambor de vapor)
Até 20 Acima Acima Acima Acima Acima
de 20 de 30 até de 50 até de 75 até de 100
até 30 50 75 100 até 140
pH (a 25 oC) 10,8 a 10,5 a 9,4 a 11,0 10,0 a 10,0 a 10,0 a
11,3 11,0 10,5 10,5 10,5
Sólidos totais dissolvidos (TDS) (ppm) < 2500 < 2000 < 1000 < 400 < 50 < 50
Sólidos em suspensão (ppm) < 15 < 10 <5 <5 <5 <5
Alcalinidade total (M) (ltda. a 20 % de 100 a 500 80 a 400 50 a 200 < 80 NE NE
TDS) (ppm)
Alcalinidade P (alcalinidade forte) (ppm) < 350 < 280 < 120 - - -
Alcalinidade hidróxida (ppm) 250 a 300 200 a 250 135 a 175 - - -
Sílica (Si02) (ppm) < 150 < 50 < 20 <5 <2 <1
Fosfatos (ppm) 30 a 60 20 a 40 17 a 30 5 a 15 5 a 15 5 a 15
Sulfitos (ppm) 30 a 40 20 a 30 17 a 25 - - -
Cloretos (Cl) (ppm) < 30 < 10 <8 < 1,4 < 1,4 < 1,4
Ferro total (Fe) (ppm) <5 <4 <3 - - -
Óleos + materiais orgânicos (ppm) 0 0 0 0 0 0

NOTA:
1) Os valores indicados como “menores que” (<), nas tabelas I e II, deverão ser
definidos pelo responsável pela operação da caldeira, em função dos produtos químicos
injetados, conforme indicação de firma especializada em tratamento de água para
caldeira.
2) Em caldeiras preparadas para mais de uma FASE de operação, a água deverá ter a
qualidade conforme a faixa de operação da última FASE.

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