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pregação do dia 28/11/21 ipb igarapé MATURIDADE

Na década de 90, quando viajava em nome da Langham Partnership International, sempre perguntava aos que me
ouviam como eles definiriam o cenário cristão no mundo atual. E recebia uma variedade de respostas. Quando
convidado a dar minha opinião, eu a resumia em apenas três palavras: “crescimento sem profundidade”.

““crescimento sem profundidade”, ou crescimento estatístico sem o desenvolvimento de um discipulado,


não é uma conclusão imposta pelo resto do mundo — é a visão dos próprios líderes”

 Podemos afirmar que existe crescimento sem profundidade, porque os apóstolos disse:

Colossenses 1.28-29

Anunciamos [Cristo), advertindo a todo homem e ensinando a todo homem em toda a sabedoria, a
fim de que apresentemos todo homem perfeito (teieios) em Cristo; para isso é que eu também me
afadigo, es forçando-me o mais possível, segundo a sua eficácia que opera eficientemente em mim*

Para entendermos o texto , precisamos fazer algumas perguntas.

 A primeira e mais básica pergunta é sobre a essência da maturidade. O que é maturidade cristã?

O fato é que ela é algo difícil de ser obtido.

A maioria de nós sofre de imatu-ridades prolongadas. Mesmo no adulto, a pequena criança ainda se esconde em
algum lugar. Além disso, existem diferentes tipos de maturidade.

Existe a física (ter um corpo saudável e bem desenvolvido),

a intelectual (ter uma mente disciplinada e urna cosmovisão coerente),

a moral (aqueles que “têm as suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas também o
mal”, Hb 5.14),

a emocional (ter uma personalidade equilibrada, capaz de estabelecer relacionamentos e assumir


responsabilidades).

Porém, acima de tudo, existe a maturidade espiritual. E isso é o que o apóstolo chama de maturidade “em
Cristo”, isto é, ter um relacionamento maduro com Cristo. A forma mais comum usada por Paulo para definir
cristãos é dizer que eles são homens e mulheres “em Cristo”— não dentro de Cristo, como roupas em um
armário ou ferramentas em uma caixa, mas como os ramos que estão na videira e como os membros que
estão no corpo, ou seja, unidos em Cristo. Assim, estar “em Cristo” é estar relacionado a ele de forma
pessoal, vital e orgânica. Nesse sentido, ser maduro é ter um relacionamento maduro com Cristo, no qual o
adoramos, confiamos nele, o amamos e lhe obedecemos.

A próxima pergunta a fazer é como os cristãos se tornam maduros. O texto nos fornece uma resposta clara.
Considere a base do versículo 28: “Nós anunciamos [Cristo] [...] a fim de que apresentemos todo homem perfeito em
Cristo”.

 Ser maduro é ter um relacionamento maduro com Cristo, no qual o adoramos, confiamos nele, o amamos e
lhe obedecemos É lógico que, se maturidade cristã é maturidade em nosso relacionamento com Cristo, no
qual o adoramos, confiamos nele e lhe obedecemos, então, quanto mais clara for a nossa visão de Cristo,
mais convencidos nos tornamos de que ele é digno de nossa dedicação,

 Existe vários ”Jesus” sendo proclamado por ai mas nenhum é o verdadeiro e não é digno da nossa adoração.

 Assim, se queremos desenvolver uma maturidade verdadeiramente cristã, precisamos, acima de tudo, de
uma visão renovada e verdadeira de Jesus Cristo.

 Jesus é a imagem visível do Deus invisível (v. 15); assim, quem o vir, terá visto o Pai. Ele é também “o
primogênito sobre toda a criação”. Não que ele próprio tenha sido criado, mas ele tem os direitos de
um primogênito, e por isso é o “Senhor e cabeça” da criação (v. 16). Por meio dele o universo foi
criado. Todas as coisas foram criadas por meio dele como agente e para ele como cabeça. A unidade e
a coerência das coisas são encontradas nele.

Foi dessa forma que Paulo proclamou Cristo como Senhor —

como Senhor da criação (aquele por meio de quem todas as coisas foram feitas) e

como Senhor da igreja (aquele por meio de quem todas as coisas foram reconciliadas).

Por causa de quem ele é (a imagem e plenitude de Deus)

e por causa do que ele fez (aquele que criou e reconciliou), Jesus Cristo tem uma dupla supremacia. Ele é o
cabeça do universo e da igreja. Ele é o Senhor de ambas as criações.

 Essa é a descrição exata que o apóstolo faz de Jesus Cristo. Onde deveríamos estar senão com os
rostos em terra diante dele? Afastemos de nós o Jesus falsificados.

 Onde, então, encontraremos o Jesus autêntico? Ele deve ser encontrado na Bíblia —
o livro que pode ser descrito como o retrato que o Pai fez do Filho, colorido pelo Espírito Santo.
A Bíblia é repleta de Cristo. Como ele próprio diz, as Escrituras “testificam de mim” (Jo 5.39). Jerônimo, o antigo
Pai da Igreja, escreve que “ignorância da Escritura é ignorância de Cristo”.
Da mesma forma, podemos dizer que conhecer a Escritura é conhecer a Cristo. Nada é mais importante para um
discipulado cristão maduro do que uma visão renovada, clara e verdadeira do Jesus autêntico Se a venda fosse
retirada dos nossos olhos, se pudéssemos ver Jesus na plenitude de quem ele é e do que ele tem feito,
certamente veríamos o quanto ele é digno da nossa dedicação apaixonada.
A fé, o amor e a obediência brotariam de nós e cresceríamos em maturidade. Nada é mais importante para um
discipulado cristão maduro do que uma visão renovada, clara e verdadeira do Jesus autêntico.

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