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RESUMO
A logística é uma atividade essencial para qualquer organização, seja ela produtora de bens ou serviços.
Em uma organização hospitalar se torna indispensável uma boa logística, pois é ela que irá desempenhar a função
de gerenciamento de materiais e demais insumos hospitalares. Com uma boa gestão logística pode-se conseguir ter
os produtos certos e nas quantidades corretas quando os pacientes necessitarem. Sendo assim este artigo trata da
logística de suprimentos em um hospital de grande porte, localizado no interior do estado de São Paulo tendo como
objetivo demonstrar os processos de Logística de Suprimentos Hospitalares, com a finalidade de avaliar os possíveis
gargalos operacionais e desenvolver propostas de soluções aos problemas encontrados.
ABSTRACT
Logistics is an essential activity for any organization, whether it produces goods or services. Logistics in a hospital
organization becomes indispensable because it will perform the function of managing materials and other hospital
supplies. Another point is related to being able to have the right products and in the right quantities when patients
need them. Therefore, this study deals with the logistics of supplies in a large hospital, located in the interior of
the state of São Paulo, with the objective of demonstrating the processes of Hospital Supply Logistics, with the
purpose of evaluating possible operational bottlenecks and developing proposals for solutions. problems
encountered.
1. INTRODUÇÃO
Desta forma este artigo trata da logística de suprimentos em um hospital de grande porte
no interior do estado de São Paulo, com foco nas atividades de armazenagem, distribuição,
movimentação e controle de estoques a fim de desenvolver um estudo in loco e analisar os
processos para identificar a aplicação da logística na organização.
Este estudo tem como objetivo demonstrar os processos de Logística de Suprimentos
Hospitalares, com a finalidade de avaliar os possíveis gargalos operacionais e desenvolver
propostas de soluções aos problemas encontrados.
Os dados foram coletados por meio de uma pesquisa bibliográfica que segundo Gil
(2002) é desenvolvida com base em um material já elaborado constituído principalmente de
livros e artigos científicos. Em seguida foi desenvolvido um estudo de caso que segundo
Gil(2002) costuma ser utilizado como estudo-piloto para esclarecimento do campo da pesquisa
em diversos aspectos. Seus resultados, de modo geral, são apresentados em aberto, ou seja, na
condição de hipóteses, não de conclusões.
2. EMBASAMENTO TEÓRICO
2.1 Logística
Ching (2001), afirma que o conceito de logística, existente desde a década de 40, foi
utilizado pelas Forças Armadas norte-americanas. Ele relacionava-se com todo o processo de
aquisição e fornecimento de materiais durante a Segunda Guerra Mundial, e foi utilizado por
militares para atender a todos os objetivos de combate da época.
Ballou (1993) relata que a Logística Empresarial estuda como a administração pode
prover melhor nível de rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e consumidores,
através de planejamento, organização e controles efetivos para as atividades de movimentação
e armazenagem que visam facilitar o fluxo de produtos.
Ballou (1993) também diz que a Logística é formada por um conjunto de atividades que
envolvem planejamento, realização de projetos e desenvolvimento, obtenção, armazenamento,
transporte e distribuição de materiais e mercadorias. Tudo isto visando otimizar e minimizar
operações, custos e seus impactos na natureza.
Sbrocco (2001) relata que semelhante e tão importante quanto à logística de guerra é a
Logística Hospitalar. Fica difícil imaginar como é o funcionamento de um hospital sem
considerar os conceitos de logística.
Segundo Barbieri e Machline (2006), por mais diferentes que sejam as organizações,
todas utilizam materiais em suas atividades, em maior ou menor grau. No caso dos Hospitais,
os materiais desempenham um papel importante, de modo que sua administração se tornou uma
necessidade, independentemente de seu porte ou tipo. Administração de materiais pode ser
entendida como uma área especializada da administração geral de uma organização e como tal
trata-se de um trabalho realizado por meio de pessoas para entregar o material certo ao usuário
certo, no momento e nas quantidades certas, observando as melhores condições para
organização.
As atividades voltadas para administrar o fluxo de materiais e de informações
relacionadas como esse fluxo ao longo da cadeia de suprimentos constitui o que genericamente
se denomina logística (BARBIERI e MACHLINE, 2006).
XI FATECLOG - OS DESAFIOS DA LOGÍSTICA REAL NO UNIVERSO VIRTUAL
FATEC JORNALISTA OMAIR FAGUNDES DE OLIVEIRA
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29 E 30 DE MAIO DE 2020
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De acordo com Viana (2000), Almoxarifado é definido como o local para armazenagem,
guarda e conservação de materiais, tendo como uma característica ser um espaço coberto ou
não e tendo a função de fornecer espaços em que cada item ficará.
O mesmo autor cita que outra função do almoxarifado e o objetivo primordial dele é
impedir a desarmonia de inventário e perdas em qualquer sentido, por isso ele deve ter
condições para garantir que o material adequado, na quantidade certa, estará no lugar certo,
quando necessário, por meio da estocagem de materiais, em concordância com normas
adequadas, tendo por objetivo resguardar, além do resguardo da qualidade, nas adequadas
quantidades. Para cumprir sua utilidade, o almoxarifado deverá ter instalações adequadas, bem
como meios de movimentação e organização suficientes a um apoio rápido e eficiente.
Viana (2000) relatou que para preservar os materiais armazenados, deverá se ter rotinas
rigorosas para o recolhimento dos produtos no almoxarifado, guardando-os contra roubos e
desperdícios. A autoridade para o recolhimento do estoque deve estar determinada com clareza
e apenas pessoas autorizadas poderão exercer essa concessão. Por exemplo, assim como a
retirada de numerário de um banco só acontece depois da apresentação do correspondente
cheque, a retirada de materiais do almoxarifado deve depender da apresentação da relativa
requisição. Armazenar materiais no almoxarifado é como depositar dinheiro no banco. Você
tem um objetivo: proteger. Por isso podemos comparar a estrutura do funcionamento do
almoxarifado à de um banco.
Eficiência do Almoxarifado:
A eficiência do almoxarifado se sujeita fundamentalmente:
a. da redução dos espaços percorridos pela carga e do decorrente aumento das
viagens de ida e volta;
b. do aumento do tamanho médio dos materiais armazenados;
c. do melhor aproveitamento de sua capacidade volumétrica.
A organização do almoxarifado resume-se em receber para acomodar e proteger os materiais
obtidos pela empresa, entregar os materiais por meio de solicitações autorizadas aos usuários
da empresa e conservar atualizados os registros essenciais. Outros requisitos importantes para
o almoxarifado são: Controle, Recebimento, Armazenagem e Distribuição (VIANA,2000)
Barbieri e Machline (2006) descrevem que o almoxarifado hospitalar, mantém estoque
de suprimentos variados para o funcionamento do hospital, dentre eles, estão: materiais de uso
geral, produtos de limpeza, peças de reposição, materiais de escritório, uniformes, utensílios,
produtos químicos e cilindros de gases medicinais.
2.3 Layout
De acordo com Viana (2000), layout, pode se traduz como desenho, plano e esquema.
Podendo surgir uma planta quando inserido figuras e gravuras, ou seja, layout pode ser também
uma maquete no papel. Para uma operação efetiva, e eficaz, um bom layout é essencial. É ele
quem vai garantir um acesso fácil e rápido e também é ele quem garante a segurança de quem
transita na área de armazenagem.
Viana (2000) também diz que o layout tem como funções assegurar a utilização máxima
do espaço, proporcionar eficácia na movimentação de materiais e fazer com que o armazém
siga sempre um modelo de boa organização.
O mesmo autor mostra que para projetar um layout de um armazém, existem cinco
principais passos:
1. Definir a localização de todos os obstáculos;
2. Localizar áreas de recebimento e expedição;
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A Tabela 01 mostra algumas especificações que Viana (2000) traz como essenciais para um
layout de eficiência.
Itens de Os itens mais procurados devem estar mais próximos da expedição e os itens
Estoque menos procurados mais longe da expedição.
3. DESENVOLVIMENTO DA TEMÁTICA
O estudo foi realizado no setor de suprimentos de um hospital de grande porte no interior
do estado de São Paulo que atualmente atende 11 cidades de região e é uma entidade
filantrópica.
O setor de suprimentos do hospital possui um oito colaboradores e funciona das 07h às
17h30m. O setor é responsável pelo abastecimento hospitalares para todos os setores do
hospital, sejam administrativos, apoio, atendimento ou enfermagem. São distribuídos materiais
de todos os tipos, exceto medicamentos. Para um funcionamento efetivo, o expediente é
dividido por etapas (Processamento de pedidos, Separação de pedido, Conferência de pedidos,
Baixa no estoque, Distribuição, Armazenagem e Recebimento de Materiais).
O departamento possui um cronograma de atendimento diário, ou seja, cada setor tem
seu dia atendimento. Os pedidos pelos setores solicitantes são realizados através do Software
de Gestão Hospitalar Wareline, o qual é um sistema integrado, sendo que o colaborador que irá
requisitar produtos ao estoque do Setor de Suprimentos faz seu pedido em sua estação de
trabalho e os colaboradores fazem busca dos pedidos na tela do sistema, on-line.
Quando se inicia o processo de separação, os colaboradores do Suprimentos, retiram os
pedidos dos expositores, priorizando os setores que são de atendimento diário, ou seja, aqueles
que atendem diretamente o paciente.
A etapa de separação de pedidos ocorre após o recebimento da requisição eletrônica que
o setor solicitante faz dentro do seu dia programado. O colaborador do setor de Suprimentos
retira a requisição do sistema e inicia-se o processo de separação. Cada colaborador possui uma
prancheta, onde será colocado o pedido e fará suas anotações das situações dos itens (se estão
disponíveis ou não).
Este mesmo colaborador anota em um quadro branco fixado na parede, os setores que
ele atendeu, permitindo assim um controle dos setores que ainda estão pendentes de
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atendimento naquele dia, facilitando a visualização dele. Os itens são separados e após
colocados em caixa (plástica ou papelão), aguardando a baixa no sistema e conferência de outro
colaborador. Somente após o processo de conferência os itens são colocados em equipamentos
de movimentação para o transporte, até o setor solicitante (distribuição).
Abaixo, tem-se as Figuras 01 e 02, um dos colaboradores separando os materiais
requisitados, após esse processo, será feito a movimentação no sistema integrado.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Fonte: www.imam.com.br
Fonte: www.freedoon.com.br
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BALLOU, R.H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos/logística empresarial. 5ª ed.
Porto Alegre/SC: Bookman, 2006.
BARBIERI, José Carlos. MACHLINE, Claude. Logística Hospitalar: Teoria e Prática. São
Paulo: Saraiva, 2006.
CHING, Hong Yuh Gestão de Estoques na Cadeia de Logística Integrada – Supply Chain.
2º ed. São Paulo: Atlas,2001.