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UFVJM

ALISSON IURI ALVES DA SILVA


CARLOS MATEUS SOARES SILVA
SERGIO EDUARDO RODRIGUES COSTA
SHEILA ALMEIDA MENDES DE MATOS

RELATÓRIO 5:
Ondas Estacionárias

Janaúba
2021
1 Introdução

Quando duas ondas periódicas de frequências, comprimentos de onda e


amplitude iguais, propagando-se em sentidos contrários, superpõem-se em um dado
meio, vemos se formar uma figura de interferência chamada de onda estacionária.
Ondas estacionárias, ajuda a explicar o funcionamento de instrumentos que funciona
a base das cordas. E o encontro de duas dessas ondas viajando em sentidos opostos
pode ocasionar a formação de pontos chamados nós que permanecem imóveis
durante a propagação da onda.

Do ponto de vista matemático, para entender o conceito, quando for somado


duas ondas idênticas viajando em sentidos opostos, chegará na seguinte equação
para onda estacionária:

y(x, t) = [2ym sen(kx)]cos(ωt)

Onde, o termo 2ymsen(kx) representa a amplitude do elemento de corda situado


na posição x. k é o número de onda angular e ym é a amplitude máxima da onda
senoidal livre, sem sofrer interferência.

A posição dos nós é obtida nos pontos em que a amplitude cai a zero. Para os
nós se manterem fixos em suas posições por tempo indeterminado, o sistema deve
atingir o estado de ressonância.

Cada meio comprimento de onda é chamado de harmônico. Só será formada


uma onda estacionária se a onda vibrar com frequências específicas. Com isso, cada
harmônico tem uma frequência de ressonância. Essas frequências são obtidas
através da equação:

f =nv
2L

Onde, v é a velocidade de propagação da onda e L é o comprimento da corda.


O termo n indica o número de elementos de corda que oscilam com máxima amplitude
ou o número de harmônicos da onda estacionária.

2 Objetivos

Determinar a frequência de ressonância dos 7 harmônicos das ondas


estacionárias formadas em uma corda esticada.

3 Procedimento Experimental

Acessamos a simulação “Onda em Corda” da plataforma Phet Interactive


Simulations para a realização da prática conforme a figura abaixo:
Figura 1: Simulação “Onda em Corda” da plataforma Phet Interactive Simulations

Para a realização do procedimento e a obtenção do objetivo, foi necessário


calcular a velocidade de propagação da onda na corda, para isso retiramos todo
amortecimento da simulação, selecionamos oscilador na parte esquerda da corda,
infinita na parte da direita da corda, colocamos na opção lento da simulação,
mantivemos a frequência do oscilador em 1,50 Hz e utilizamos da régua para
medirmos o comprimento de onda e assim, com o resultado calculamos a velocidade
de propagação da onda na corda. Em seguida reiniciamos a simulação, retiramos
novamente todo amortecimento, selecionamos oscilador na parte esquerda da corda,
extremidade fixa na parte direita da corda, a tenção da corda alta e colocamos o modo
lento de visualização, com isso medimos o comprimento da corda entre o oscilador e
a extremidade fixa, e assim com o valor da velocidade de propagação da onda, o
comprimento da corda e o número de harmônicos da onda estacionária conseguimos
determinar as frequências de ressonância dos 7 primeiros harmônicos. A partir dos
resultados obtidos construímos uma tabela com os números de harmônicos e as
respectivas frequências de ressonância. Utilizamos da simulação para observarmos
as ondas estacionárias correspondentes a cada harmônico e tiramos dois print
screens para harmônico visualizado mostrando os ventres em seus pontos de
amplitude máxima. Com isso indicamos as imperfeições da onda estacionária gerada
e apontamos as possíveis fontes das mesmas.

4 Resultados e Discussões

A partir do procedimento contido no roteiro, ajustamos as informações no


simuladora para realizar os experimentos

Primeiramente, para calcular a velocidade de propagação da onda na corda,


utilizamos a equação que descreve a velocidade de uma onda em MHS:

𝑣 = 𝑓𝜆
Em que ‘𝜆’ é o comprimento de onda e ‘f’ a frequência.

Ajustamos as informações do simulador, colocando a opção de oscilador,


retirando o amortecimento, selecionando a extremidade como infinita, deixando o
tempo em lento para visualizar melhor e ajustando a frequência de oscilação em
1,5Hz. A partir disso, medimos o comprimento da onda é encontramos a velocidade
igual a:

𝜆 = 4,17𝑐𝑚 , 𝑓 = 1,5𝐻𝑧 ;

𝑣 = 1,5 𝑥 4,17

𝑣 = 6,255𝑐𝑚/𝑠

Logo em seguida, a partir da velocidade encontrada, utilizamos a equação que


nos dá as frequências de ressonância, para permitir visualizar as ondas estacionarias
para cada harmônico em uma corda com as extremidades fixas:
𝑣
𝑓=𝑛
2𝐿
Em que ‘v’ é a velocidade de propagação da onda, L é o comprimento da corda
e ‘n’ é o número de elementos de corda que oscilam com máxima amplitude ou o
número de harmônicos da onda estacionária.

Assim, fizemos as alterações no simulador, sugeridas pelo roteiro na segunda


parte do procedimento, medimos o comprimento da corda e encontramos L=7,48cm.

Logo depois, substituímos os valores na equação e fizemos os cálculos para


encontrar as frequências para cada valor de ‘n’ até o 7° harmônico, assim, montamos
a seguinte tabela:

n f(Hz)
1 0,418
2 0,836
3 1,254
4 1,672
5 2,090
6 2,508
7 2,927

Assim, para verificar se encontramos os valores corretos, inserimos esses dados


no simulador e tiramos fotos da tela para visualizar os harmônicos formados na corda,
obtendo os seguintes resultados:

 Para n=1:
Figura 2: 1° harmônico formado na corda, com frequência de 0,42Hz.

Figura 3: 1° harmônico formado na corda, com frequência de 0,42Hz.

 Para n=2
Figura 4: 2° harmônico formado na corda, com frequência de 0,84Hz.

Figura 5: 2° harmônico formado na corda, com frequência de 0,84Hz.

 Para n=3
Figura 6: 3° harmônico formado na corda, com frequência de 1,25Hz.

Figura 7: 3° harmônico formado na corda, com frequência de 1,25Hz.

 Para n=4
Figura 8: 4° harmônico formado na corda, com frequência de 1,67Hz.

Figura 9: 4° harmônico formado na corda, com frequência de 1,67Hz.


 Para n=5

Figura 10: 5° harmônico formado na corda, com frequência de 2,09Hz.

Figura 11: 5° harmônico formado na corda, com frequência de 2,09Hz.


 Para n=6

Figura 12: 6° harmônico formado na corda, com frequência de 2,51Hz.

Figura 13: 6° harmônico formado na corda, com frequência de 2,51Hz.


 Para n=7

Figura 14: 7° harmônico formado na corda, com frequência de 2,93Hz.

Figura 15: 7° harmônico formado na corda, com frequência de 2,93Hz.


Podemos observar nas imagens, que assim como o esperado, conforme
mudamos o valor de ‘n’, houve a mudança da quantidade de “gomos”
proporcionalmente. Ou seja, provavelmente, chegamos próximo aos valores de
frequência esperados para cada harmônico.

Alguns fatores que podem ter influenciado o experimento, como


arredondamento de alguns valores (seja por parte do simulador ou na hora de
fazermos os cálculos), coleta ou preenchimento incorreto dos dados no simulador e
nos cálculos efetuados (tais como, comprimento de onda, comprimento da corda,
frequência, velocidade de propagação da onda, entre outros). Também, pudemos
observar erros no simulador durante as simulações, ao qual ocorreram alguns bugs,
como por exemplo, os pontos de nós as vezes se movimentavam (o que não deveria
acontecer), o comprimento de onda as vezes variavam levemente, isso provavelmente
ocorre devido as limitações existentes na programação do simulador.

5 Conclusão

Assim sendo, encontramos os resultados esperados e com uma boa precisão.


Os valores obtidos da frequência de ressonância dos 7 primeiros harmônicos das
ondas estacionárias, utilizando uma corda esticada, foram de muita proximidade com
os valores esperados. Isso pode ser percebido visualizado as imagens retiradas do
simulador, que nos mostra a formação dos “gomos” conforme o valor da frequência,
referente ao seu ‘n’(o número do harmônico), é alterado. Portanto, concluímos que o
objetivo do experimento foi atingido.

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