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1. TERMINOLOGIA E MÉTODOS DE PLANEJAMENTO

1.1. A função planejamento

No sentido amplo, é a função da empresa incumbida de gerenciar os tempos de


ação.
Ela ocupa uma posição cronológica no desenvolvimento de uma intervenção situada
entre as fases dos métodos-preparação e de execução.
A função métodos influi na duração de um trabalho (Figura 1.1).

Figura 1.1 – Duração de um trabalho qualquer

A função planejamento planifica essa “tarefa”, ou seja, fixa a hora H do dia D em que
ela deve ser iniciada (Figura 1.2) e estima os custos que serão gerados.

Figura 1.2 - Duração de uma tarefa planejada

A função execução, no momento definido pelo planejamento e segundo as


recomendações dos supervisores e da engenharia, coloca-a em prática (Figura 1.3).

Figura 1.3 - Tempo de realização de uma determinada tarefa

Essa missão global de “coordenação” das numerosas atividades de um serviço tem


uma influência decisiva na eficiência e no ambiente desse serviço, seja ele de
produção ou de manutenção.
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Uma pequena diferença entre o tempo de realização da tarefa e o tempo alocado, é


um dos fatores que indica um bom planejamento da tarefa.

1.2. Noção de carga de trabalho

A carga de trabalho pode ser definida em quatro diferentes subdivisões. São elas:

• Capacidade de carga: é uma noção do conteúdo, materializado pelo número


de horas trabalhadas que uma equipe pode realizar durante o horário normal
de trabalho.

Exemplo: Determinação da capacidade de carga de uma equipe de manutenção de


12 trabalhadores.

LC = N w ⋅ QDS ⋅ H D
(1)
Onde:
§ homens ⋅ horas ·
LC : Capacidade de carga ¨ ¸;
© semana ¹
N w : Número de trabalhadores (homens )
;
§ dias ·
QDS : Número de dias trabalhados por semana ¨ ¸
© semana ¹ ;
§ horas ·
H D : Número de horas trabalhadas por dia ¨ ¸
© dia ¹ .
Neste exemplo:

N w : 12 (homens )
(2)
§ dias ·
QDS : 5 ¨ ¸
© semana ¹ (3)
§ horas ·
HD : 8 ¨ ¸
© dia ¹ (4)
5

Substituindo (2), (3) e (4) em (1), temos:

§ homens ⋅ horas ·
LC = 480 ¨ ¸ (5)
© semana ¹

• Carga: é a noção do conteúdo, materializada pela soma dos tempos alocados


por um período de referência e por uma equipe (ou operário).

• Sobrecarga: manifesta-se quando a carga é superior à capacidade. Veremos


que ela pode ser tanto permanente, quanto momentânea.

• Baixa carga: a capacidade é superior à carga prevista. Momentaneamente ela


caracteriza-se por disponibilidade de pessoal. Se for permanente, ela gera o
problema crítico de “excesso de mão-de-obra”.

• Backlog (Lista de espera): é uma acumulação de tarefas não realizadas ou de


materiais não processados. Por exemplo, uma lista de requisições de
mudanças que ainda precisa ser analisada e priorizada para, em seguida, ser
executada. O Backlog pode ser definido pela equação (6):

C
BL =
LC (6)
Onde:
BL : Backlog (dias )
C : Carga de Trabalho (homens ⋅ horas )

§ homens ⋅ horas ·
LC : Capacidade de Carga ¨ ¸
© dia ¹

1.3. Noção de tarefa (ou etapa)

• Tarefa: em manutenção, é uma intervenção caracterizada por uma “duração


própria”, estimada pelo preparador, e constante de uma ordem de serviço
(OS). A situação no tempo dessa tarefa envolve a definição das posições
demonstradas na Figura 1.4.
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Figura 1.4 - Situação de uma tarefa no tempo

• Projeto: é um conjunto de tarefas, cada tarefa sendo uma “fase”, ou seja, um


elemento de decomposição do projeto para o qual o preparador estimou uma
determinada duração.

Exemplo de projetos: revisão anual de um processo, parada de uma parte de


uma central nuclear.

• Caminho crítico: é o conjunto das tarefas “em série” que determinam a


duração total de um projeto (ou programa).

• Prazo: é uma restrição técnica ou comercial que se aplica à conclusão de


uma tarefa (terminada o mais tarde possível) ou de um projeto.

1.4. Noção de planejamento

• Diagrama de Gantt: é uma representação gráfica que permite visualizar a


seqüência de tarefas, sendo a duração de cada tarefa indicada por uma barra
cujo comprimento está na escala dos tempos.
É também conhecido como diagrama de barras (ver Figura 1.5).

Figura 1.5 - Exemplo de diagrama de Gantt


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• Planejamento: no sentido estrito da palavra, chamamos de planejamento aos


diversos modelos de quadros visualizando a programação dos trabalhos.
Esses quadros são gráficos de Gantt, algumas vezes elaborados por meio de
computador. Por extensão, o “planning” é o serviço encarregado da
preparação e atualização do quadro de planejamento, e, portanto é sinônimo
de “programação”.

• Nivelamento: consiste em buscar uma otimização das cargas (evitar os


“picos” que geram sobrecargas), atuando sobre as folgas. Evidentemente, o
nivelamento não se aplica a tarefas do caminho crítico, que não têm nenhuma
folga.

• Balizamento: é o conjunto das datas que, quando da realização de um


projeto, fixam no planejamento as tarefas e suas respectivas folgas.

Resolver os Exercícios Relativos ao capítulo 1, p. 41


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2. DEFINIÇÃO DE MANUTENÇÃO

O glossário padrão britânico de termos de gerenciamento da manutenção BS3811:


1984 define a manutenção da seguinte forma:

“É a combinação de todas as ações técnicas e administrativas realizadas com a


intenção de conservar ou restaurar um equipamento, de tal forma que ele possa
executar a sua função.”

Por definição, entende-se por equipamento:

“Uma peça, subsistema ou sistema que pode ser individualmente considerado e


separado, examinado ou testado.”

Para efeitos práticos na manutenção, é usual considerar componentes nas plantas


industriais.
A relação entre os componentes das plantas pode ser representada da seguinte
maneira:

Figura 2.1 - Relação entre os componentes e a planta

Os componentes podem ser considerados como a menor peça de reposição da


planta.

Resolver os Exercícios Relativos ao capítulo 2, p. 54


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3. TIPOS DE MANUTENÇÃO

O departamento de manutenção possui vários procedimentos para manter os


equipamentos de uma unidade industrial em suas condições normais. O tipo de
manutenção utilizada irá depender de uma série de requisitos e decisões, que
deverão ser feitas ao passo que a estratégia de manutenção for formulada.
Normalmente a estratégia funde os conceitos de manutenção expostos na Figura
3.1.

Figura 3.1 - Tipos de manutenção

São definições para vários tipos de manutenção:

Corretiva: Manutenção realizada após a ocorrência de uma falha, com a intenção


de restaurar um item para a sua condição original.

Ex.: Substituição do eixo de uma bomba após este ter sido rompido.

Preventiva: Manutenção ocorrida em intervalos determinados ou correspondendo


um determinado critério, com a intenção de reduzir a probabilidade de ocorrência de
falhas ou perda de desempenho de algum item.

Baseada na Condição: Manutenção preventiva realizada de acordo com o


conhecimento das condições de determinados parâmetros continuamente
monitorados nos equipamentos / itens / componentes.
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Ex.: Substituição do rolamento de um motor elétrico, após a inspeção de vibração ter


constatado níveis anormais neste. No caso, a própria inspeção preditiva é
considerada como manutenção preditiva.

Baseada no Tempo: Manutenção preventiva realizada em determinados intervalos


de tempo, número de operações, quilometragem, etc.

Ex.: Aperto dos parafusos de um acoplamento hidráulico com base em um


cronograma de manutenção preventiva, sem que necessariamente seja constatado
que este esteja solto.

Manutenção Planejada: Manutenção realizada com certa organização e


premeditação, com controles e histórico para determinar o planejamento.

Ex.: Substituição da correia de transmissão de um conjunto moto-compressor, após


esta correia ter sido danificada e os todos os dados para a realização do serviço
terem sido previamente preparados, como a mão-de-obra e os materiais
necessários, o horário de início e término do serviço, etc.

Manutenção Não-Planejada: Serviço de manutenção realizado sem planejamento.

Ex.: Substituição de uma das palhetas da roda de uma turbina a vapor após esta ter
fraturado. Nenhum dos dados para execução do serviço é previamente preparados,
como a mão-de-obra e materiais necessários e o horário de início e termino dos
serviços. Estas informações são providas conforme o andamento dos serviços.

A manutenção preventiva é sempre planejada, enquanto a manutenção corretiva


pode ser planejada ou não.
O objetivo de qualquer departamento de manutenção deve ser reduzir o nível de
trabalho não planejado para o mínimo possível.
Em complemento, há duas opções adicionais disponíveis para o gerenciamento da
manutenção, são elas: “Design-Out” e Projeto para Confiabilidade.
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Design-Out: Serviços de manutenção realizados com o intuito de remover ou


aperfeiçoar um item ou componente que tenha falhado e causado uma falha maior
ou é um problema recorrente.

Ex.: Substituição de uma correia em “V” perfil Hi-Power II por correia em “V” perfil
Super HC.

Projeto para Confiabilidade: Serviços de manutenção realizados em um item da


fábrica que irão resultar em melhoria da confiabilidade do mesmo. Estes serviços,
muitas vezes são incorporados na fase de concepção do projeto, em uma
especificação de uma nova planta ou quando este envolve uma quantidade
monetária significante. Por exemplo, em uma parada programada de manutenção.

Ex.: Instalação de um moinho que trabalhe de forma redundante.

O departamento de manutenção pode também ser envolvido em outros trabalhos de


engenharia, que não são necessariamente serviços de manutenção. Dentre estes
serviços, podem estar inclusos:

• Modificações da planta e construções;

• Instalação de uma nova planta e/ou equipamento;

• Serviços pra a produção, por exemplo: limpeza, troca de ferramentas, etc.

Resolver os Exercícios Relativos ao capítulo 3, p. 55


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4. ESTRUTURA DO PLANEJAMENTO E CONTROLE DE MANUTENÇÃO – PCM

4.1. Estrutura organizacional do planejamento e controle de manutenção da


Fosfertil

A estrutura organizacional básica do planejamento de manutenção da Fosfertil está


demonstrada na Figura 4.1. Cada planejador de manutenção é responsável por uma
determinada área ou unidade produtiva e é ligado diretamente ao supervisor de
planejamento.

Figura 4.1 - Estrutura organizacional do planejamento de manutenção

4.2. Estratégia a ser adotada pelo planejamento e controle de manutenção da


Fosfertil

4.2.1 Diretrizes básicas

O processo de Planejamento, Programação, Execução e Controle dos Serviços de


Manutenção da Fosfertil está fundamentado nos seguintes princípios:
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• O quesito segurança deve estar em primeiro lugar em todas as atividades que


forem exercidas;

• As necessidades dos nossos clientes internos e externos devem ser focadas,


fornecendo sempre serviços de alta qualidade;

• A melhoria contínua deve estar onipresente, a reavaliação dos fatos ocorridos


deve ser constante, buscando as melhores práticas de engenharia e
manutenção para se obter o mais alto padrão de excelência;

• O planejamento, programação e controle dos serviços devem ser realizados


através de sistema informatizado de gerenciamento da manutenção, módulo
PM do SAP;

• O atendimento deve rápido e flexível para as solicitações de baixa


complexidade e curta duração;

• Deve existir ordens de serviço (OS) no SAP para todos os trabalhos,


independentemente da complexidade, horário, prioridade, responsável ou
condição de execução (exigência básica para requisição de material e
emissão de Permissão de Trabalho);

• A programação dos serviços deve ser semanal e resultante de um acordo


formal entre os profissionais da operação e da manutenção, no qual ambas
as partes assumem o compromisso de cumpri-la com máximo rigor e mínima
introdução de fatos imprevistos. Desta maneira, tanto o cancelamento de
serviços como a introdução de trabalho extra programação (emergências e
urgências) são considerados perturbações no processo, ou seja, problemas;

• As reuniões diárias de programação de serviço devem gradualmente deixar


de ocorrer, exceto se a intromissão de alterações na programação ocorrer em
mais de uma área produtiva ou com mais de uma categoria profissional da
manutenção;

• Após a reunião diária de programação, a equipe de planejamento deverá


disponibilizar para os profissionais da manutenção e operação a programação
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do que deverá ser executado, com no máximo um dia de antecedência da


data de execução;

• As requisições de serviços devem ser feitas através do SAP (sem papel ou


sistemas intermediários);

• Deve-se fazer a análise crítica da real necessidade de cada OS,


considerando não apenas a viabilidade técnica, mas também os custos
envolvidos em relação ao orçamento previsto;

• Critério de Seletividade para definição do nível de detalhamento necessário


em cada OS:

9 Emergência: não se detalha;

9 Serviços de uma única especialidade, sem necessidade de apoios de


qualquer ordem e com até 16Hh: não se detalha, estima-se apenas o
Hh total e elabora-se a lista de materiais;

9 Serviços Repetitivos: Deve-se utilizar OS’s padronizadas;

9 Serviços com várias especialidades ou que requeiram apoios ou ainda


que demandem recursos de mão-de-obra com volume superior a 16Hh:
deve-s preencher as informações essenciais da OS.

• O planejamento de cada OS deve ser elaborado pelo planejador de


manutenção, seja ele próprio ou contratado, como forma de assegurar o seu
comprometimento com a metodologia, os recursos, prazos e custos;

• O detalhamento dos serviços e nivelamento de recursos deve ser feito de tal


maneira que emita uma programação compatível com os recursos
disponíveis, maximizando a taxa de ocupação do pessoal de manutenção e
minimizando a indisponibilidade dos equipamentos de produção, quantidade
de serviços imprevistos e consumo de sobressalentes;

• As OS’s em aberto, em execução e as próximas preventivas previstas por


ocasião do detalhamento devem ser consultadas periodicamente, de forma a
garantir que os serviços oriundos de manutenção preventiva não exclua
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alguma das ordens de serviço que foram programadas para a programação


do dia;

• A política de manutenção de um determinado equipamento deve ser alterada


em decorrência de anomalias (emergências, acidentes, alta freqüência de
falhas, falhas decorrentes de parâmetros não monitorados, etc.);

• Os serviços do “backlog excessivo” (acima dos padrões aceitáveis pela


Fosfertil) devem ser realizados em pacotes contratados, utilizando-se
metodologia padronizada de priorização, com o objetivo de manter o nível de
atendimento das OS’s dentro da expectativa da produção, minimizando os
adiamentos contínuos de serviços não críticos;

• A preparação dos trabalhos (materiais, ferramentas, dispositivos, análise de


risco e logística necessária) deve ser realizada com antecedência mínima de
uma semana da data programada;

• Todos os componentes de custos de cada OS (mão-de-obra, materiais e


serviços contratados) devem ser apropriados, sendo esta condição
necessária para o fechamento da OS;

• O requisitante de cada OS é responsável pelo fechamento da mesma,


devendo o fechamento ser feito por meio de aceitação formal no sistema
SAP;

• A alimentação do histórico de equipamentos em todas as OS’s para geração


de base de dados estatísticos de confiabilidade (condição necessária para o
fechamento da OS) deve ser feita por todos os profissionais que mantiverem
interfaces com as OS’s;

• Caso seja necessário, deverá ser feito o compartilhamento dos recursos de


manutenção (tanto recursos materiais quanto humanos);

• É de responsabilidade da área de planejamento a consolidação do


planejamento e coordenação dos serviços a serem executados pelos
colaboradores e terceiros, através da emissão de uma programação unificada
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dos serviços no SAP e através da análise e gerenciamento dos indicadores


de desempenho;

• Cabe a cada terceiro realizar o planejamento, a preparação e a execução dos


serviços sob a sua responsabilidade, bem como apropriar os recursos
utilizados nas OS’s;

4.2.2 Classificação dos equipamentos

O gerenciamento de equipamentos no sistema SAP R/3, permite diversas análises e


históricos de índices técnicos ou custos para controle de garantia, rastreabilidade,
imobilizado e o centro de trabalho responsável.
Os equipamentos industriais, presentes nas unidades da Fosfertil, devem ser
classificados conforme o procedimento que se segue:

ESTRUTURA DE CODIFICAÇÃO

Figura 4.2 - Estrutura de codificação dos equipamentos

Os Anexos 1, 2 e 3 (p. 33, 34 e 35) demonstram tabelas que possuem os códigos


padronizados para o cadastramento dos equipamentos.

Ex.: PG-EME00002

PG E ME 00002
o
Local Classe Gen. Classe Equip. N . Seqüencial
Piaçaguera Elétrica Motor Elétrico 00002
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Dica: Para o cadastro, modificação e exibição dos equipamentos
cadastrados dentro do SAP, deve-se utilizar as transações IE01 (criar),
IE02 (modificar) e IE03 (exibir). Para o cadastro, modificação e exibição
de locais de instalação no “software” SAP, deve-se utilizar as
transações IL01 (criar), IL02 (modificar) e IL03 (exibir).

4.2.3 Criação de ordem de serviço

O processo de criação de OS tem origem em:

• Planos de Manutenção (emissão automática pelo SAP);

• Identificação de necessidade de serviços pela Operação, Inspeção ou


Manutenção.

• Quando o serviço de manutenção origina-se de falhas, estas deverão ser


detalhadas na solicitação do serviço.

Os serviços que requerem atuação imediata (emergência) são encaminhados


diretamente para a execução pelo planejador de área, sendo os Supervisores de
Manutenção responsáveis pelas providências de campo necessárias. Tais serviços
são registrados no SAP durante sua execução ou posteriormente, porém dentro do
mesmo dia de sua solicitação.
As informações obrigatórias da solicitação de serviço, o modo de preenchimento,
acompanhamento, criação de ordem e outros, estão em instrução de trabalho, ITT.

4.2.4 Priorização da execução dos serviços

Para se priorizar as solicitações e ordens de serviço, deve-se utilizar como


referência o Anexo 4 – Matriz de priorização de serviços, página 36.
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4.2.5 Tipos de notas

Há, no sistema SAP, campos para a definição dos tipos de notas que serão abertas
e a prioridades das mesmas. O tempo para o início da execução dos serviços é
dado em função das prioridades que foram estipuladas.
É de fundamental importância ao planejador de manutenção, conhecer estes
conceitos a fim de entender e julgar o correto preenchimento das notas abertas e
programar os serviços no prazo correto.
Os tipos de notas disponíveis no SAP e as suas aplicações estão descritos a seguir:

N1 - Manutenção Corretiva: Utilizada para registrar ou solicitar intervenção de


manutenção em equipamentos, instalações ou sistemas, motivada por falha ou
quebra.

N3 - Melhorias: Utilizada para registrar ou solicitar intervenção de manutenção em


equipamentos, instalações ou sistemas com alterações, visando evitar a reincidência
de falhas ou aumento do desempenho, proveniente ou não de um R.O.M. (Relatório
de Oportunidade de Melhoria).

N4 - Parada: Utilizada para registrar ou solicitar intervenção de manutenção em


equipamentos, instalações ou sistemas, na parada geral das unidades, conforme
cronograma pluri-anual.

N5 - Recomendação de Inspeção: Utilizada para solicitar intervenção da


manutenção em equipamentos ou instalações após detecção de alguma anomalia
durante as inspeções periódicas.

N6 - CIPA/Saúde/Segurança: Utilizada para registrar ou solicitar intervenção de


manutenção em equipamentos, instalações ou sistemas, relacionado com as
atividades da CIPA, proveniente ou não de um R.O.M. (Relatório de Oportunidade
de Melhoria).
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N7 – Meio Ambiente: Utilizada para registrar ou solicitar intervenção de


manutenção em equipamentos, instalações ou sistemas, relacionado com as
atividades de saúde e segurança do meio ambiente.

N8 - Conservação de Energia: Utilizada para registrar ou solicitar intervenção de


manutenção em equipamentos, instalações ou sistemas, visando evitar ou reparar
situações que resultem em perda ou desperdício de energia.

N9 - Recomendação de inspeção dinâmica/ Man.Preditiva: Utilizada para


registrar ou solicitar intervenção de manutenção em equipamentos, instalações ou
sistemas, visando reduzir a probabilidade de falha, quebra ou degradação de
funcionamento, incluindo-se serviços por ocasião de pequenas paradas
programadas das unidades, previstas em cronogramas ou devido necessidade
operacional.

NA - Recuperação: Utilizada para registrar ou solicitar recuperação de manutenção


em equipamentos, instalações ou sistemas, que posteriormente serão
disponibilizados como reserva e/ou destinados ao almoxarifado.

NB - Re-serviço: Utilizada para registrar ou solicitar intervenção de manutenção em


equipamentos, instalações ou sistemas, cuja garantia ainda não expirou ou
caracterizado como re-trabalho.

NC - Falha de Lubrificação: Utilizada para registro das ocorrências que após


apuração, seja caracterizada como falha do cumprimento adequado do plano
preventivo, da execução ou de acompanhamento.

Dica: Para a abertura de notas no sistema SAP, deve-se utilizar a


transação IW21 (criar nota).
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4.2.6 Prioridades dos serviços

As prioridades disponíveis no sistema SAP e os respectivos prazos para iniciação


dos serviços estão relacionados a seguir. Para a definição da priorização dos
serviços, deve-se utilizar a referência demonstrada no Anexo 4 – Matriz de
priorização de serviços, p. 36.

Prioridade "0" - EMERGÊNCIA


São serviços de manutenção corretiva não planejada, relativos a continuidade
operacional, segurança ou meio ambiente, com início imediato e sem interrupção em
sua execução, independentemente do horário de solicitação. Serviços com
prioridade “0”, devem ter início imediato.
Obs.: O acionamento poderá ocorrer na forma verbal, conforme o nível da
emergência, ficando pendente de cobertura da respectiva nota, a ser emitida até o
fim da jornada de trabalho administrativo do dia seguinte ao evento.

Prioridade "1" - URGENTE


São serviços de manutenção corretiva não planejada, para as situações críticas
citadas no item anterior ou ainda em decorrência de defeitos que possam provocar
falhas em equipamentos, instalações ou sistemas a qualquer momento. Os serviços
caracterizados nesta prioridade poderão ter seus inícios de imediato ou a partir da
próxima jornada de trabalho, dependendo das necessidades e/ou disponibilidades
de infra-estrutura, ficando a critério do planejamento de manutenção ou conforme o
acordado com o respectivo solicitante. Os serviços com prioridade “1” devem ter
início em no máximo 12 horas após a abertura da nota.

Prioridade "2" - ESSENCIAL


São serviços de manutenção corretiva planejada e que não caracterizam uma
situação de emergência ou urgência, mas que visam eliminar defeitos ou falhas em
equipamentos, instalações ou sistemas que possam provocar, à curto prazo, perda
da continuidade operacional, risco à segurança ou meio ambiente. Poderão estar
inclusos também nesta prioridade, os serviços originados de planos de manutenção
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preventiva e/ou preditiva. Os serviços com prioridade “2” devem ter o seu início em
no máximo 3 dias após a abertura da nota.

Prioridade "3" - IMPORTANTE


São serviços de manutenção corretiva planejada, necessários, mas não essenciais e
que visam aumentar a confiabilidade operacional de equipamentos, instalações ou
sistemas. Poderão estar inclusos também nesta prioridade, os serviços originados
de planos de manutenção preventiva e/ou preditiva.
Caracterizam-se nesta prioridade os serviços de recuperação de equipamentos
reserva, fabricação para estoque e todos os demais serviços de manutenção que
não impliquem diretamente na perda da continuidade operacional, risco à segurança
ou meio ambiente. Os serviços com prioridade “3” devem ter o seu início em no
máximo 8 dias após a abertura da nota.

Prioridade "4" – NORMAL 15 DIAS


São serviços de manutenção corretiva planejada e que, embora de natureza
secundária e adiável, seu prazo para início de execução poderá ocorrer a partir de
15 dias da solicitação, não incorrendo na perda de continuidade operacional, risco à
segurança ou meio ambiente.

Prioridade "5" – NORMAL 25 DIAS


São serviços de manutenção corretiva planejada e que, embora de natureza
secundária e adiável, seu prazo para início de execução poderá ocorrer a partir de
25 dias da solicitação, não incorrendo na perda de continuidade operacional, risco à
segurança ou meio ambiente.

Prioridade "6" – NORMAL 45 DIAS


São serviços de manutenção corretiva planejada e que, embora de natureza
secundária e adiável, seu prazo para início de execução poderá ocorrer a partir de
45 dias da solicitação, não incorrendo na perda de continuidade operacional, risco à
segurança ou meio ambiente.
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4.2.7 Tipos de ordens de serviço

Ao se abrir uma ordem de serviço, o planejador deve determinar o tipo desta ordem.
Os tipos de ordem disponíveis no sistema SAP caracterizam a natureza das ordens
de serviço e estão relacionados a seguir:

A: Manutenção Geral – Abrange os serviços de manutenção corretiva, preventiva,


preditiva, melhorias, recuperações, recomendações de inspeção, CIPA, meio-
ambiente e conservação de energia.

B: Manutenção Programada (Curto Prazo) – Abrange os serviços de manutenção


nas unidades produtivas por ocasião de paradas programadas previstas no
cronograma pluri-anual e emitidos pelo órgão de manutenção. Devem ser do tipo
“B”, as ordens de paradas programadas cujo período de amortização (mês
subseqüente ao da parada até o mês precedente ao da próxima parada) for igual ou
inferior a 12 meses.

C: Manutenção Programada (Longo Prazo) – Abrange os serviços de manutenção


nas unidades produtivas, por ocasião de paradas programadas previstas no
cronograma pluri-anual e emitidos pelo órgão de manutenção. São do tipo “C”, as
ordens de paradas programadas cujo período de amortização (mês subsequente ao
da parada até o mês precedente ao da próxima parada) for superior a 12 meses.

D: Recuperação – Abrange exclusivamente os serviços para recuperação de


componentes danificados ou impróprios para uso por qualquer motivo, mas que se
apresentam em estoque no almoxarifado. Após recuperação, os mesmos devem ser
sempre devolvidos ao estoque.

E: Investimento – Abrange os serviços que resultem em alteração do imobilizado da


empresa e estejam previamente definidos e aprovados no orçamento de
investimento.
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F: Serviços Prestados à Terceiros – Abrange os serviços executados pela


empresa, e que após o seu término serão contabilizados para cobrança à terceiros,
incluindo possíveis danos causados por estes às instalações, equipamentos e/ou
sistemas.

G: Fabricação – Abrange os serviços para fabricação de componentes e que após o


seu término serão incorporados ao estoque do almoxarifado.

H: Sinistros – Abrange os serviços corretivos, decorrentes de situações


caracterizadas como sinistro e que tenham a devida cobertura securitária.

I: Apropriações entre Centros – Abrange os serviços de qualquer natureza,


efetuado pelos colaboradores de um determinado complexo e outro complexo
qualquer. Deve ser utilizado para o correto encaminhamento dos custos.

J: Manutenção Programada (Despesas) – Abrange os serviços que dependem de


parada operacional dos equipamentos. O custeio das ordens são alocados no
Man.Rotina.

4.2.8 Tipos de atividades de manutenção

Ao se abrir uma ordem de serviço, o planejador deve também determinar o tipo da


atividade contida nesta ordem. Os tipos de atividade de manutenção, disponíveis no
sistema SAP, caracterizam a natureza dos serviços de serviço e estão relacionados
a seguir:

IQ-Controle:
Serviços periódicos ou aperiódicos, em instalações, equipamentos ou sistemas
relacionados com a medição para conformidade de produto dos processos
certificados.
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M1-Manutenção Corretiva:
Serviços provenientes de manutenção corretiva.

M2-Manutenção Preventiva:
Serviços provenientes de manutenção preventiva baseada no tempo.

M3-Manutenção Preditiva:
Serviços provenientes de manutenção preventiva baseada na condição.

M4-Manutenção Permanente:
Serviços de pequena monta e rotineiramente executados dentro de determinado
período, como serviços de limpeza, lubrificação ou acompanhamento de máquinas
móveis, etc. Ordens de serviço que possuam a classificação das atividades de
manutenção como manutenções permanentes devem ser encerradas mensalmente,
para que haja um correto acompanhamento dos custos.

RS-Re-serviço:
Serviços para correção de falhas/defeitos em equipamentos, instalações ou
sistemas, cuja garantia ainda não tenha expirado, ou que após apuração, fique
caracterizado como re-trabalho.

S1-Serviço de Recuperação:
Serviços para recuperação de equipamentos ou sistemas, que serão
disponibilizados como reserva e/ou devolvidos ao almoxarifado.

S2-Serviço de Fabricação/Construção:
Serviços de fabricação e/ou construção de instalações, equipamentos ou sistemas,
com recursos caracterizados como investimento, ou seja, apenas para ordens tipo
“E”.

S3-Serviço de Modificação:
Serviços de modificações e que por sua natureza, não podem ser caracterizados
como intervenção corretiva, preventiva ou preditiva.
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S4-Serviço de Conservação:
Serviços em instalações, equipamentos ou sistemas, visando apenas a conservação
ou apresentação do existente, não caracterizando intervenção corretiva, preventiva
ou preditiva.

S5-Melhorias:
Serviços em melhorias operacionais e que por sua natureza, não podem ser
caracterizados como intervenção corretiva, preventiva, preditiva ou de modificação.

S6-Sinistro:
Serviços corretivos, decorrentes de situações caracterizadas como sinistro, mas com
custo estimado de reparo economicamente inviável para utilização da cobertura
securitária.

S7-Acompanhamento Operacional:
Serviços de acompanhamento técnico de partida dos equipamentos e/ou unidades.

D1-Inspeção Dinâmica:
Serviços de inspeção periódica ou aperiódica, para acompanhamento do
desempenho de equipamentos durante seu funcionamento.

E1-Estudo de Engenharia:
Estudos realizados pelo corpo de engenharia, com o propósito de verificar a
viabilidade técnico-econômica de propostas corretivas, de melhorias ou
modificações, visando a redução de perdas e/ou otimização de processos.

E2-Gestão de Ativos:
Serviços realizados com o objetivo de maximizar o desempenho operacional de
instalações, equipamentos ou sistemas, a partir das técnicas de manutenção
produtiva total.
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E3-Apoio à Rotina:
Serviços da engenharia de manutenção contratada, para auxílio em levantamentos,
análises ou diagnósticos e que não caracterizem gestão de ativos, estudos de
engenharia ou inspeção dinâmica.

4.2.9 Confirmação dos serviços

Cabe ao técnico de manutenção realizar a análise crítica da real necessidade de


cada OS, considerando também as premissas do orçamento anual base zero.
A atividade de verificação dos serviços solicitados é realizada pelo planejador, e
consiste em verificar o correto preenchimento dos campos da OS, a clareza na
definição e extensão do escopo, confirmar a prioridade requerida e condição de
execução de cada serviço (em operação, parada do equipamento, parada parcial do
sistema ou parada geral da planta), complementar os eventuais dados pendentes e
filtrar os serviços que serão planejados ou que irão direto para a execução dos
serviços (Integrante ou Parceiro), que elaborará o seu planejamento no SAP.
Os planejadores devem assegurar-se que cada serviço não tenha sido solicitado
anteriormente, consultando as demais requisições e OS’s abertas no SAP, bem
como o histórico recente.
Cabe ao Planejador a confirmação dos serviços gerados pelos planos de
manutenção preventiva.

4.2.10 Planejamento dos serviços

O planejamento dos serviços é elaborado pelo planejador (colaboradores ou


terceiros), que consolida no seu detalhamento as definições relativas à viabilidade
da execução, incluindo:

• Verificação da possibilidade e prazos de liberação;

• Necessidade e disponibilidade de material;


27

• Dimensionamento de recursos;

• Regime de trabalho;

• Disponibilidade de ferramentas, equipamentos e dispositivos;

• Logística (transporte, alimentação, etc.);

• Critérios de Inspeção, Testes e Controle de Qualidade;

• Requisitos de Segurança, Higiene e Meio Ambiente e Análise de Risco;

• Procedimentos para realização dos serviços;

• Orçamento prévio da OS: Mão-de-obra, Materiais e Serviços Contratados.

O planejador descreve, no detalhamento da OS, as etapas do serviço de todas as


categorias profissionais envolvidas, para isso, sempre que possível deverá usar
ordens de serviços padronizadas e / ou procedimentos de execução. Deverá ser
gerado um banco de dados de ordens padronizadas com a auxílio dos supervisores
de execução.
Uma vez elaborado o detalhamento da OS, o planejador deve submetê-lo aos
comentários do supervisor de execução da especialidade referida.
Sempre que a complexidade do serviço exigir, a engenharia de manutenção deverá
ser envolvida na execução do detalhamento.
O Anexo 5 – Fluxograma do planejamento de manutenção, página 37, demonstra
como deve ser o fluxo dos processos do planejamento da Fosfertil.

4.2.11 Preparação dos serviços

Para serem programadas, as OS’s devem estar com as tarefas planejadas, sem
impedimentos (material, informações, procedimentos, contratações, etc.) e a
preparação consolidada.
28

Cabe ao planejador avaliar a existência e disponibilidade de ferramental,


equipamentos, dispositivos, instrumentos de teste e medição, serviços
especializados, etc., conforme detalhamento.
Cabe a engenharia de manutenção da Fosfertil emitir e gerenciar as solicitações de
contratação de serviços. Caso seja necessário, deve-se envolver empresas que não
fazem parte dos contratos existentes.

4.2.12 Programação e controle dos serviços

Cabe aos planejadores efetuar os cálculos que compatibilizem a carga de trabalho


com a disponibilidade de recursos, emitindo uma pré-programação dos serviços a
ser executados na semana seguinte, no SAP, através do nivelamento de recursos.
Com esta pré-programação, o planejador e o supervisor de planejamento
consolidam com a operação a relação de serviços que efetivamente serão
realizados.
Este processo deve considerar a inclusão dos serviços da programação atual que
serão estendidos para a próxima semana.
Após a reunião de programação, o planejador efetua os últimos ajustes e emite a
programação, disponibilizando no SAP cópia da mesma para consulta da operação,
e os supervisores de execução e às demais áreas envolvidas nos serviços de
manutenção.
Todos os serviços de manutenção só poderão ser liberados pela operação e
realizados pelo executante através da apresentação de uma ordem de serviço. Esta
é uma condição necessária para emissão de uma permissão de trabalho.
Apenas para serviços em caráter de emergência não será obrigatória a
apresentação imediata da ordem de serviço, que poderá ser emitida posteriormente,
porém preferencialmente dentro do mesmo dia da requisição ou no máximo no
primeiro dia útil após o evento.
A operação deverá, sempre que possível, providenciar antecipadamente a liberação
dos equipamentos programados para intervenção. Os procedimentos de liberação
devem ser executados no turno que antecede o da realização do serviço.
29

Ao longo da semana, o planejador e o supervisor de execução devem manter


contato diário com a operação, ajustando a liberação dos equipamentos
programados.
Toda requisição de material é obrigatoriamente realizada através do SAP, na Ordem
de Serviço onde o mesmo será utilizado.
É função do supervisor de execução manter controle diário sobre o andamento dos
serviços, informando diretamente no SAP (ou ao Planejador de Área) o avanço
percentual ou a duração faltante das atividades programadas.
O sistema registra as pendências para a semana seguinte e gera os relatórios
referentes ao cumprimento da programação.

4.2.13 Apropriação

Cabe ao executante apropriar em cada tarefa o Hh efetivamente trabalhado, as


datas de execução das tarefas, os materiais utilizados, os volumes de serviços
contratados e os percentuais de avanço e as dificuldades encontradas, através de
anotação na OS.
O monitoramento da produtividade da equipe, através da medição dos tempos
perdidos em cada atividade, é de responsabilidade do supervisor de execução e do
técnico de manutenção.
Toda a mão-de-obra direta deve ser apropriada, ou seja, os mecânicos, os
eletricistas, caldeireiros, soldadores, etc. Em contrapartida, a mão-de-obra indireta
não deve ser apropriada, ou seja, os supervisores, engenheiros, técnicos, etc.

Dica: A apropriação da mão-de-obra no sistema SAP deve ser feita


através da transação YN14 (Confirmação para ordens PM).
30

4.2.14 Fechamento da OS e indicadores do planejamento

Uma vez concluídos os serviços, o planejador ou o técnico de inspeção (para as


OS’s de inspeção), realiza o fechamento formal da OS, verificando:

• A consolidação da apropriação dos valores de mão-de-obra, materiais e


serviços contratados;

• O aceite formal do serviço, emitido pela área que requisitou a OS, que deve
estar vinculada à verificação das apropriações, relatórios e demais
informações estabelecidas na instrução de trabalho de conclusão da OS e
alimentação do banco de dados de histórico de equipamentos.

As informações contidas nos cadastros do SAP e os dados levantados durante a


execução dos serviços devem estar contidos nos relatórios gerenciais. Nestes
relatórios deve-se apresentar os itens de controle relativos ao processo de
programação, que são:

• Índice de cumprimento da programação semanal;

• Índice de cumprimento dos planos de manutenção preventiva;

• Eficiência da programação:

o Horas previstas x horas realizadas;

o Custos previstos x custos realizados;

• Tempo para tratamento das notas;

• Índice de emergências e urgências;

• Índice de backlog;

• Índice de produtividade da mão-de-obra;

• Fator de utilização;
31

• Fator de desempenho;

• Fator de qualidade (índice de re-serviços).

Na ocorrência de intervenções por falha em equipamentos, a engenharia de


manutenção deve emitir um relatório de análise de falha. Esta análise deve conter
no mínimo a identificação da falha, suas causas, as ações para evitar a reincidência
e os responsáveis por implantar tais ações.

Dica: O fechamento das ordens de serviço deve ser feito através da


transação IW38 (lista de ordens modificar).

4.2.15 Análise de desvios da programação e definição de ações corretivas

São considerados desvios da programação as ocorrências que tenham provocado


perturbação no nível de previsibilidade da execução das atividades acordadas em
cada semana, tais como:

• Serviços realizados em regime de emergência e urgência;

• Serviços programados, porém não realizados e outros.

Considerando-se que cada desvio constitui um problema e, como tal, deve ter uma
análise de suas causas e determinação de soluções, cada unidade deve adotar uma
rotina semanal para impedir a reincidência de desvios.
O resultado da discussão feita na reunião de programação deve gerar um plano de
ação que será gerenciado pelo chefe de manutenção.
32

4.2.16 Planos de manutenção preventiva

O planejamento é responsável pela administração dos planos de manutenção


preventiva e deve assegurar que estes sejam executados nos prazos determinados.
Considerando a demanda das intervenções nos equipamentos, sistemas e
instrumentos envolvidos no Complexo, esses prazos devem ter tolerâncias definidas
como demonstrado na Tabela 4.1.

Tabela 4.1 - Tolerância de execução dos planos de manutenção

Periodicidade do Plano Tolerância


Mensal ± 7 dias
Bimestral ± 12 dias
Trimestral ± 15 dias
Quadrimestral ± 20 dias
Semestral ± 30 dias
Anual ± 60 dias
Bi-anual ± 120 dias

Pode haver em casos específicos, quando julgado pela engenharia de manutenção,


uma tolerância de execução dos planos diferente das especificadas na Tabela 4.1.

Dica: Para a criação de planos de manutenção no “software” SAP,


deve-se utilizar a transação IP41 (planos de ciclos individuais), IP42
(plano estratégico de manutenção), IP43 (plano de manutenção
múltiplo), IP40 (para aquisição de serviços) ou IP50 (para item do
contrato).

4.2.17 Responsabilidades e rotinas

As Tabelas 5.5 e 5.6 demonstram as rotinas e responsabilidades dos técnicos de


planejamento e planejadores terceirizados.

Resolver os Exercícios Relativos ao capítulo 4, p. 56


33

5. ANEXOS

5.1. Anexo 1 – Códigos para o local de origem dos equipamentos

Tabela 5.1 - Local de origem dos equipamentos


LOCAL DE ORIGEM
Código Denominação
AR Complexo Industrial de Araucária
CB Complexo Industrial de Cubatão
MC Complexo Industrial de Catalão
PG Complexo Industrial de Piaçaguera
SP Centro Administrativo de São Paulo
TA Complexo Industrial de Tapira
TM Terminal Marítimo
UB Complexo Industrial de Uberaba
34

5.2. Anexo 2 – Códigos para a classe genérica dos equipamentos

Tabela 5.2 - Classe genérica dos equipamentos


CLASSE GENÉRICA
Código Denominação
A Administrativo ( Almoxarifado, Serviços, etc)
C Caldeiraria
E Elétrica
I Instrumentação
N Inspeção
K Complementar
M Mecânica
O Operação (DEPRO)
35

5.3. Anexo 3 – Códigos para a classe dos equipamentos

Tabela 5.3 - Classe dos equipamentos


CLASSE DO EQUIPAMENTO CLASSE DO EQUIPAMENTO CLASSE DO EQUIPAMENTO
Código Denominação Código Denominação Código Denominação
A Analisador ECM Escamador PLC Controlador Lógico Programável
AC AR CONDICIONADO ECV Escavadeira PSV Válvula de Segurança
ACC Ar Condicionado Central EE Empilhadeira Elétrica PU Purgador
ACF Ar Condicionado Frigorífico EM Empilhadeira Mecânica (motor de combustão) QE Totalizador / Contador Eletrônico
ACP Ar Condicionado de Parede EP Espessador QL Quadro de Luz
ACS Ar Condicionado Split ES Elemento Sensor (proximidade, etc) QM Totalizador / Contador Mecânico
AE Aerador ET Sensor de Temperatura QP Totalizador / Contador Pneumático
AL Alimentador EX Extintor R Reator
AM Amortecedor EXC Excitatriz RC Reboque de Carga
B Ventilador/Soprador/Exaustor/Bomba de Vácuo F Filtro RD Redutor
BB Bebedouro FD Fluidizador RK Tambor Rotativo
BBT Banco de Bateria FDE Furadeira Elétrica RM Retomador
BC Condensador Barométrico FDP Furadeira Pneumática RP Represa
BCP Banco de Capacitor FG Comporta RS Raspador
BE Balança Elétrica / Eletrônica FL Flotador RSE Raspador Estático
BD Braço de Carregamento G Moinho / Triturador RSM Raspador Móvel
BL Caldeira GL Guilhotina S Peneira
BM Balança Mecânica GN Granulador SC Balança Transportadora / Rodoviária / Ferroviária
BR Britador GU Guindaste SDCD Sistema Digital de Controle Distribuido
BT Ponte Rolante / Talha GE Gaveta de Alimentação / Comando Elétrico SE Separador
BTE Ponte Rolante / Talha Elétrica H Aquecedor / Combustor / Forno / Fornalha / Estufa SI Separador de Inerte
BTM Ponte Rolante / Talha Mecânica HD Hidrolizador SK Ensacadeira
C Compressor HP Moega / Tremonha de Descarga SL Silenciador
CA Compressor de AR I Indicador SM Suporte de Mola
CE Controlador Eletrônico IC Instrumento de Calibração ST Chaminé
CF Clarificador IM Instrumento de Medição T Torre / Coluna
CG Centrífuga IP Instrumento Padrão TB Tubulação
CH Seccionadora IT Intercomunicador TE Trator de Esteiras
CLD Calandra IV Inversor TF Transformador
CL Clorador J Ejetor / Injetor TG Gerador de Emergência
CM Comutador K Em aberto para Caçamba talvez (porto) TGD Gerador a Diesel
CMD Compressor Móvel Diesel L Elevador TGV Gerador a Vapor
CME Compressor Móvel Elétrico LG Indicador de Nível TK Tanque de Estocagem
CN Condicionador LM Locomotiva TM Tanque/Bomba Móvel (em carreta)
COL Coalescedor IP Instrumento Padrão TP Trator de Pneus
CP Controlador Pneumático M Misturador / Agitador TRE Transmissor Eletrônico
CPA Central Telefônica MB Moto Bomba TRP Transmissor Pneumático
CR Transportador - Correia / Caneca / Pá / Helicoidal MBE Moto Bomba Elétrica UES Unidade Externa p/ Split -( Ar Cond.)
CRS Cristalizador MBM Moto Bomba Mecânica (Diesel/Gasolina) V Válvula
CT Torre de Resfriamento MÇ Maçarico VB Vibrador
CUB Cubículo MD Motor Diesel VC Veículo de Carga
CY Ciclone / Lavadora ME Motor Elétrico VCE Válvula de Controle Elétrica
D Tambor / Vaso / Silo MÊS Motor Elétrico Síncrono VCP Válvula de Controle Pneumática
DB Dobrador MR Motoredutor VE Veículo de Emergência
DC Decantador MSD Máquina de Solda Diesel VEP Válvula de Controle Pneumática (Solenóide)
DG Draga MSE Máquina de Solda Elétrica VM Veículo de Movimentação
DJ Disjuntor MVE Moto vibrador Elétrico VS Válvula de Segurança (Elétrica / Pneumática)
DN Descarregador de Navio MVM Moto vibrador Mecânico VSM Válvula de Segurança Mecânica
DR Turbina / Expansor NB No-Break X Silencioso
DS Desaerador P Bomba XE Somador / Divisor / Multiplicador / Extrator Eletr.
DT Desintegrador PC Pá Carregadeira XP Somador / Divisor / Multiplicador / Extrator Pneu.
DY Secador PCP Precipitador YE Conversor Eletrônico
E Trocador / Permutador / PE Painel Elétrico YP Conversor Pneumático
36

5.4. Anexo 4 – Matriz de priorização de serviços

Tabela 5.4 - Matriz de priorização de serviços

Criticidade do Local de Instalação


A B C D E
Tipo da Intervenção Nível da Prioridade

Serviços para eliminar risco de falha com alto impacto à saúde,


0 0 0 0 0
segurança ou meio ambiente.

Existe uma falha funcional 0 1 2 3 3

Serviços de manutenção Situação com potencial de gerar falha


1 2 3 4 4
no campo funcional

Defeito ou falha de baixa relevância 2 3 4 4 5

Equipamento titular ou componentes


0 1 2 3 3
relacionados
Serviço de
manutenção/fabricação Equipamento reserva ou componentes
3 4 4 5 5
em oficina relacionados

Fabricação para estoque 5 5 5 5 5

Falhas ocorridas que geram grande


Serviços realizados em 1
desconforto aos usuários
instalações prediais,
sistemas de telefonia e
Falhas ocorridas sem grande
conforto térmico 3
relevância

Serviços para implementação de melhorias 4 5 6 6 6

Serviços de pintura, limpeza ou reorganização 4 5 6 6 6

Planos de Manutenção Preventiva (baseada no tempo) e Rotas de


Manutenção Preditiva (baseada na condição) 3 3 3 3 3

Tempo p/Início em dias úteis

0 0
1 1
3
3 8
4 15
5 25
6 45
37

5.5. Anexo 5 – Fluxograma do planejamento de manutenção


38

5.6. Anexo 6 – Rotina e responsabilidades dos técnicos de planejamento


Tabela 5.5 - Rotina e responsabilidades dos técnicos de planejamento
Planejamento Fosfertil - Ténico de Planejamento
3 Vezes ao Dia

Listar notas abertas e em processo, status "MSPR".

Diariamente
Verificar o relatório diário de produção e analisar as pendências.

Listar as ordens de serviço que estiverem com status "ZORD" e com confirmação final "CONF" que não
foram gerados por planos de manutenção e encerrá-las, desde que não tenham pendências de devolução
de material. As notas associadas a estas ordens de serviço devem também ser encerradas neste momento.
As ordens de assistência são provenientes de planos, mas devem também ser encerradas pelos técnicos
de planejamento neste momento.

Analisar as ordens de serviço não cumpridas da programação e negociar com o solicitante uma nova data
para a sua execução. Se necessário, pedir adequação do prazo da nota.

Realizar reunião para nivelamento da programação do dia seguinte.

Efetuar ajustes na programação do dia seguinte.

Atualizar informações na planilha de controle de orçamento e negociar alterações para o cumprimento da


meta mensal.

Interagir com os colaboradores da operação e da execução dos serviços.

Manter os técnicos de operação informados sobre a execução dos serviços.

Autorizar a realização dos serviços.

Pesquisar as Ordens de Manutenção com status "ZMTF" e cobrar a quem for de pertinência a chegada do ma

Receber, até às 8h30min do dia corrente, o retorno sobre a mão-de-obra disponível e, caso seja necessário, adequar a program

Receber até às 12h00min o retorno sobre as Ordens de Manutenção em execução na área e levar os dados p

Receber ao final do dia, o CPA do supervisor. Caso esteja flegado o campo de parada, inserir na nota o fim da avaria.

Semanalmente
Gerar o relatório de backlog, detalhando os serviços e avaliando a disponiblidade de mão-de-obra, para
cumprí-los.

Pesquisar no sistema as notas em processo com Ordens de Manutenção encerradas, analizar e envia-las
para o solicitante proceder o encerramento.

Gerar os planos de Manutenção no sistema SAP.

Listar as Ordens de Manutenção no sistema com status "LIB" e "CNPA" de serviços executados, relatando
ao supervisor de planejamento a não confirmação das mesmas.

Avaliar as revisões de paradas de manutenção.

Realizar os ajustes das Ordens de Manutenção após o nivelamento prévio da programação.

Continua
39

Tabela 5.5 - Rotina e responsabilidades dos técnicos de planejamento (Continuação)


Mensalmente
Pesquisar as Ordens de Assistência do mês anterior e encerrá-las tecnicamente.

Gerar o relatório de disponibilidade de manutenção das unidades de produção.

Informar o analista de custos sobre as Ordens de Serviços que se encontrarm com serviços não orçados e
com serviços de melhorias.

Verificar os itens pontuais orçados para o mês seguinte e abrir as Ordens de Manutenção para a
programação dos serviços.

Elaborar o orçamento dos itens pontuais para o ano seguinte.

Pesquisar as notas abertas com status "MSPN" e pedir aos solicitantes das mesmas para corrigí-las.
Anualmente
Participar da elaboração do orçamento anual da manutenção.
Pequenas Paradas - Ordens de Manutenção do Tipo A
Analisar, com uma semana de antecedência ao início previsto da parada de manutenção, a lista de
solicitações (pequenos serviços, com recurso igual ou menor a 2 Hh) gerada pelo Técnico de Operações,
complementar a lista com as solictações de serviços oriundas de requisições via e-mail no SAP/R3 e enviar
a lista para os técnicos de planejamento coordenarem as atividades.

Agendar e relizar uma reunião, com no mínimo um dia de antecedência ao início da parada, envolvendo os
supervisores de manutenção de todas as especialidades, o Técnico de Operações, o Técnico de Inspeção
da unidade e o Técnico de Segurança, caso seja necessário. Definir nesta reunião, os objetivos da parada
de manutenção, horário de início e fim do expediente, todos os recursos envolvidos e as atividades que
serão realizadas.

Coordenar a parada de manutenção e prestar assistência aos supervisores na solução de problemas que
possam vir a ocorrer, facilitando o cumprimento dos prazos e atingindo os objetivos pré-estabelecidos.
40

5.7. Anexo 8 – Rotina e responsabilidades dos planejadores terceirizados

Tabela 5.6 - Rotina e responsabilidades dos planejadores terceirizados


Planejadores Terceirizados
3 Vezes ao Dia
Pesquisar as notas abertas e em processo com status "MSPR".

Listar as ordens abertas com status "ZPLA".


Diariamente
Pesquisar as Ordens de Manutenção com status "ZORD" e com confirmação final "CONF"e encerra
tecnicamente se não houver subordem com pendências de materiais para ser devolvido na Ordem de
Manutenção Principal.

Pesquisar as Ordens de Manutenção com status "ZMTF cobrando a quem for de pertinência a chegada do
material. Cofirmada a chegada do material, o status deve ser alterado para "ZORD".

Receber, até às 8h30min do dia corrente, o retorno sobre a Mão-de-Obra em execução na área e leva os
dados para a reunião de planejamento diário.

Participar da reunião de programação às 14h30min.

Atualizar a programação, conforme reunião e passar o a programação e o CPA para os supervisores.

Semanalmente
Gerar o relatório de backlog, detalhando os serviços e avaliando a disponiblidade de mão-de-obra, para
cumprí-los. Expor para o planejamento da Fosfertil as dificuldades que eventualmente surgirem para
cumprir os prazos de serviços específicos.
41

6. EXERCÍCIOS

6.1. Relativos ao capítulo 1

1 – Capacidade de carga:
Determinar a capacidade de carga semanal de uma equipe de manutenção de 8
colaboradores que trabalham de segunda à sábado, segundo os dados a seguir
informados.

Resolução:

N w : 8 (homens )

§ dias ·
QDS : 6 ¨ ¸
© semana ¹

§ horas ·
HD : 8 ¨ ¸ ( De segunda à sexta )
© dia ¹

§ horas ·
HD : 4 ¨ ¸ ( Aos sábados )
© dia ¹
42

2 – Capacidade de carga:
A empresa XYZ é uma mineradora de grande porte especializada em extração de
platina. Há, para a manutenção dos caminhões fora de estrada, uma equipe de 12
mecânicos, 8 soldadores, 10 caldeireiros e 12 eletricistas. O período de trabalho
normal destas equipes é de segunda à sexta-feira das 08h00min às 17h00min.
Determinar a capacidade de carga semanal destas equipes.

Resolução:
43

3 – Capacidade de carga:
A Wings Corp. é uma das maiores empresas de aviação do país, possuindo em sua
frota 160 aeronaves, sendo (Tabela 6.1):

Tabela 6.1 - Extratificação da frota por tipo de aeronave


Aeronave Quantidade
A 319 10
A 320 32
A 321 17
A 330 16
A 340 30
B 767 32
B 777 15
ERJ 170 8

Ao serem dimensionadas as equipes de manutenção, foram adotadas as seguintes


premissas:

• Para cada 20 aeronaves, são necessários:

o 2 Mecânicos;

o 1,5 Eletricistas;

o 1 Instrumentista;

o 0,5 Soldador.

Para que as manutenções nas aeronaves ocorram de forma ininterrupta, a equipe de


manutenção trabalha da seguinte forma:

• A equipe total é dividida ao meio, formando duas sub-equipes;

• A cada três dias, uma das sub-equipes folga durante três dias (Figura 6.1);

• O período de trabalho diário é de 12 horas.

Dias: 1 2 3 4 5 6
Sub-equipe A
Sub-equipe B

Legenda:
Folga
Dia trabalhado
Figura 6.1 - Escala de folga e trabalho das sub-equipes
44

Qual é a quantidade de colaboradores desta equipe por especialidade? Qual é a


capacidade de carga diária, semanal e mensal destas equipes por especialidade?
(Considerando 1 semana = 7 dias e 1 mês = 30 dias)
Resolução:
45
46

4 – Carga de trabalho:
Um determinado setor de manutenção possui as seguintes atividades para a
semana corrente. Qual é a carga de trabalho deste setor para esta semana?

Resolução:
47

5 – Sobrecarga/baixa carga:
Um determinado setor de manutenção possui capacidade de carga de
§ homens ⋅ horas ·
352 ¨ ¸ . A tabela seguinte demonstra as seguintes atividades para a
© semana ¹
semana corrente. Verificar se há sobrecarga para a equipe durante esta semana?
Justificar.

Resolução:
48

6 – Sobrecarga/baixa carga:
Um determinado setor de manutenção possui capacidade de carga de
§ homens ⋅ horas ·
352 ¨ ¸ . A tabela seguinte demonstra as seguintes atividades para a
© semana ¹
semana corrente. Verificar se há baixa carga para a equipe durante esta semana?
Justificar.

Resolução:
49

7 – Sobrecarga/baixa carga:
José é um experiente planejador de manutenção da EMPRESA S/A. Em um
determinado dia, executando a sua rotina, ele se deparou com a seguinte situação.
José foi incumbido de planejar as atividades de manutenção da maior turbina a
vapor da EMPRESA, uma bela máquina com potência de 250 MW.
Sabendo da importância dos serviços que seriam realizados, José foi logo
levantando os dados necessários para o planejamento das atividades, conseguindo
assim as seguintes informações com os supervisores de manutenção (Tabela 6.2):

Tabela 6.2 - Atividades para manutenção na turbina a vapor


# Tarefa Quantidade de pessoas Tempo estimado (h)
MECÂNICA
1 Desmontagem dos mancais 4 2
2 Retirada dos parafusos 4 8
3 Desmontagem da carcaça 4 4
4 Retirada do conjunto rotativo 4 2
5 Manutenção em oficina 3 6
6 Montagem do conjunto rotativo 4 2
7 Montagem da carcaça 4 4
8 Montagem dos mancais 4 2
9 Aperto dos parafusos 4 8
10 Testes de desarme 2 1
11 Acompanhamento de partida 2 3
INSTRUMENTAÇÃO
12 Desmontagem dos sensores 2 2
13 Calibração dos sensores em oficina 4 2
14 Montagem dos sensores 2 2
15 Reparos nos conduletes dos sensores 2 4
16 Desmontagem do regulador de velocidades 2 2
17 Calibração do regulador de velocidades 1 4
18 Montagem do regulador de velocidades 2 2
19 Desmontagem da válvula de segurança 2 2
20 Calibração da válvula de segurança 1 2
21 Montagem da válvula de segurança 2 2
ELÉTRICA
22 Revisão geral da iluminação próxima ao local 2 4
CALDEIRARIA
23 Desmontagem das grandes válvulas 4 8
24 Recuperação/substituição das grandes válvulas 4 8
25 Desmontagem do condensador 4 10
26 Recuperação/limpeza do condensador 4 6
27 Montagem do condensador 4 10
SOLDA
28 Apoio às demais atividades 2 20

As equipes disponíveis para a execução dos serviços são compostas da seguinte


maneira: 4 mecânicos, 4 instrumentistas, 2 eletricistas, 6 caldeireiros e 2 soldadores.
50

O prazo para finalização dos trabalhos é de 3 dias e as equipes podem trabalhar no


máximo 12 horas por dia.
Desconsiderando a interdependência entre os serviços realizados por diferentes
especialidades (todos os serviços podem ser realizados em paralelo, para efeito de
cálculo), verificar se o prazo proposto é coerente com a capacidade de carga
disponível, se não, determinar qual é a especialidade que restringe a execução em 3
dias e estimar a quantidade extra de colaboradores que deveriam ser contratados
para o prazo ser cumprido.
51
52

8 – Backlog:
§ Homens ⋅ Horas ·
Considere uma equipe que possua capacidade de carga de 40 ¨ ¸.
© Dia ¹
Calcule o Backlog utilizando os dados demonstrados nos exercícios 4 e 5.
53

9 – Noção de tarefa:
Citar ao menos um exemplo de:

Resolução:

a) Tarefa:

b) Projeto:

c) Caminho crítico:

d) Prazo:

10 – Noção de planejamento:
Defina diagrama de Gantt, planejamento, nivelamento e balizamento.

Resolução:
54

6.2. Relativos ao capítulo 2

11 – Equipamentos, itens e componentes:


Descreva 3 exemplos para locais de instalação, equipamentos e componentes.

Resolução:

a) Locais de instalação:

b) Equipamentos:

c) Componentes:
55

6.3. Relativos ao capítulo 3

12 – Tipos de manutenção:
Descreva ao menos 2 exemplos para cada tipo de manutenção:

Resolução:

a) Manutenção corretiva:

b) Manutenção preventiva baseada na condição:

c) Manutenção preventiva baseada no tempo:

d) Manutenção planejada:

e) Manutenção não planejada:


56

6.4. Relativos ao capítulo 4

13 – Classificação dos equipamentos:

Classifique a terceira guilhotina instalada na oficina de caldeiraria do complexo


industrial de Uberaba.

Resolução:

14 – Classificação dos equipamentos:

A unidade de geração de energia de uma usina de cana de açúcar possui, dentre


outras máquinas, as demonstradas a seguir:

Figura 6.2 - Unidade de geração de energia


57

Considerando que estas máquinas sejam exclusivas, classificá-las segundo o critério


demonstrado.

Resolução:

15 – Priorização da execução dos serviços:

Uma turbina à vapor instalada em uma unidade de produção de suco de laranja


concentrado gira o rotor de uma bomba de água de caldeira e precisa sofrer
manutenção, pois a inspeção preditiva detectou indícios de falha em um de seus
rolamentos. Este equipamento possui criticidade nível B, segundo os padrões da
unidade onde opera. Enquanto for manutenido, um motor elétrico que fica instalado
ao seu lado e fica acoplado em uma bomba similar, entrará em operação, evitando a
parada da unidade. Qual é a prioridade deste serviço, segundo a matriz de
priorização demonstrada?

Resolução:
58

16 – Tipos de notas, ordens de serviço e atividades de manutenção:

Utilizando os dados do exercício 15, quais seriam os tipos de nota, ordem de serviço
e atividades de manutenção a ser adotados?

Resolução:

17 – Apropriação:

Marque quais das funções listadas devem ser apropriadas:

Resolução:

Encanador Coordenador
Mecânico Instrumentista
Engenheiro Auxiliar administrativo
Analista de custos Caldeireiro
Técnico de operação Soldador
Eletricista Supervisor
59

18 – Processo completo de planejamento:

O setor de inspeção preditiva detectou, por análise de vibração e análise de óleo


lubrificante, que a turbina PG-DR-7201 está com indícios de falha no mancal lado
acoplado, falha esta com tendência ascendente. O técnico de inspeção de vibração
abriu uma nota com as seguintes informações:

“Tipo de nota: N9
Descrição: REVISAR O MANCAL LA COM VIB. EXCESSIVA”

O supervisor de manutenção comunicou ao planejamento de manutenção que é


conveniente aproveitar o tempo de parada do equipamento para realizar a revisão
geral e que todo o trabalho pode ser executado sem contratação de serviços
externos e com apoio da oficina.
Para a realização dos serviços, é necessária a utilização de pequena estrutura de
andaime para auxiliar os trabalhos.
Quanto ao equipamento, sabe-se que este compressor possui criticidade “A” e, não
possui equipamento reserva.
Como é de praxe em grandes equipamentos dinâmicos, os técnicos de inspeção de
vibração devem acompanhar a partida do compressor.
Em contato com os supervisores de execução, foram obtidas as seguintes
informações (Tabela 6.3):
60

Tabela 6.3 - Informações para o planejamento


# Tarefa Quantidade de pessoas Tempo (h)
Mecânica - Montagem em Campo
1 Desmontagem dos mancais 4 2
2 Retirada dos parafusos da carcaça 4 8
3 Desmontagem da carcaça 4 4
4 Limpeza geral 4 2
5 Verificação das folgas axiais e radiais 2 2
6 Ajustes das folgas 2 2
7 Montagem da carcaça 4 4
8 Montagem dos mancais 4 2
9 Aperto dos parafusos 4 8
10 Testes de desarme 2 2
11 Acompanhamento de partida 2 3
Instrumentação
12 Desmontagem dos sensores 2 2
13 Calibração dos sensores em oficina 4 2
14 Montagem dos sensores 2 2
Desmontagem e aferição do regulador de
15 2 3
velocidades
16 Montagem do regulador de velocidades 2 2
Desmontagem e aferição da válvula de
17 2 3
segurança
18 Montagem da válvula de segurança 2 2
19 Acompanhamento de partida 1 3
Usinagem
Confecção de novos componentes do dispositivo
20 1 6
de desarme
Mecânica - Ajustes em Oficina
Montagem do dispositivo de desarme com os
21 2 4
novos componentes
Solda
22 Apoio às demais atividades 1 6
Inspeção Dinâmica
23 Acompanhamento de partida 1 3

Após a realização das tarefas, os supervisores informaram o planejador que os


tempos reais foram os seguintes (Tabela 6.4):
61

Tabela 6.4 - Informações após a execução


# Tarefa Quantidade de pessoas Tempo (h)
Mecânica - Montagem em Campo
1 Desmontagem dos mancais 4 2,5
2 Retirada dos parafusos da carcaça 4 6,5
3 Desmontagem da carcaça 4 5
4 Limpeza geral 4 1,5
5 Verificação das folgas axiais e radiais 2 2
6 Ajustes das folgas 2 1,5
7 Montagem da carcaça 4 6
8 Montagem dos mancais 4 1,5
9 Aperto dos parafusos 4 9,5
10 Testes de desarme 2 3,5
11 Acompanhamento de partida 2 2
Instrumentação
12 Desmontagem dos sensores 2 2,5
13 Calibração dos sensores em oficina 4 1,8
14 Montagem dos sensores 2 2
Desmontagem e aferição do regulador de
15 2 2,5
velocidades
16 Montagem do regulador de velocidades 2 1
Desmontagem e aferição da válvula de
17 2 3,5
segurança
18 Montagem da válvula de segurança 2 3
19 Acompanhamento de partida 1 2
Usinagem
Confecção de novos componentes do dispositivo
20 1 6,5
de desarme
Mecânica - Ajustes em Oficina
Montagem do dispositivo de desarme com os
21 2 3,5
novos componentes
Solda
22 Apoio às demais atividades 1 2,5
Inspeção Dinâmica
23 Acompanhamento de partida 1 2

a) Desenvolva todo o processo de planejamento, desde a abertura da nota até o


encerramento da ordem de serviço utilizando o sistema SAP.

b) Calcule a eficiência deste planejamento.


Dado:
Carga Executadaa
η Planejamento =
Carga Planejada

c) Verifique se a carga de trabalho é compatível com a capacidade de carga,


sabendo que estão disponíveis as seguintes equipes para execução:
62

• 4 mecânicos de montagem de campo;


• 4 instrumentistas;
• 2 mecânicos de usinagem;
• 2 mecânicos de ajuste de oficina;
• 2 soldadores;
• 2 técnicos de inspeção de vibração.

Os colaboradores podem trabalhar durante 10 horas para este serviço


especificamente e o tempo desejado para finalização das atividades é de 3 dias.
Caso a quantidade de colaboradores não seja suficiente para o término dos
trabalhos no tempo pretendido, estimar a quantidade de mão-de-obra extra por
especialidade.

Resolução:
63

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