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O Reclamante foi admitido pelo reclamado no dia 02 de abril de

2018, para exercer o cargo de VENDEDOR, recebendo o salário


mensal de R$ 1.900,00, acrescidos de comissão no valor de 2,5%
(dois e meio por cento) por venda.

Em média, o autor procedia uma média de 100 vendas por mês, o


que totalizava um montante aproximado de R$ 3.000,00 (trÊs mil
reais) pago ao trabalhador a título de comissão, se, contudo, tal
pagamento ser integrado em seu salário, nem mesmo ter seus
reflexos remuneratórios.

O reclamante cumpria uma jornada de 48 (quarenta e oito) horas


semanais, sendo 4 (quatro) horas extras todos os sábados, no
período entre 02 de abril de 2018 até 11 de julho de 2019,
totalizando 54 (cinquenta e quatro) sábados.

Tendo em vista os argumentos jurídicos a seguir apresentados,


interpõe-se a seguinte Reclamação Trabalhista no intuito de serem
satisfeitos todos os direitos do Reclamante.

5. Exposição do Direito

A exposição do Direito é a parte da petição trabalhista em que é


feita a fundamentação jurídica do pedido, especialmente quando
a matéria é de direito.

De uma forma muito prática, pode ser elaborada da seguinte


maneira:

O Reclamante trabalhou até 11 de julho de 2019 , mês que lhe


informaram sua demissão, nada recebendo a título de saldo de
salários.

De acordo com o art. 4º da CLT, considera-se como tempo de


serviço o tempo efetivamente trabalhado pelo empregado,
integrando-se os dias trabalhados antes de sua dispensa injusta a
seu patrimônio jurídico, consubstanciando-se direito adquirido de
acordo com o inciso IV do art. 7º e inciso XXXVI do art. 5º, ambos
da CF/88, de modo que faz a Reclamante jus ao saldo salarial.
Como pode ser percebido no exemplo, a exposição do Direito
também requer uma apresentação sucinta e direta. Inclusive,
não há necessidade de transcrever os artigos citados, pois, é
consenso que o Juiz que atenderá o caso já detém
conhecimento sobre as leis. Assim, a petição também fica
enxuta, por assim dizer, facilitando a leitura para o magistrado.

6. Pedidos

O pedido é o principal ponto do Art. 840 da CLT que teve uma


alteração considerável. Antes, o dispositivo dizia que a
reclamação deveria conter o pedido e mais nada. Agora, na nova
CLT, não apenas o pedido deve constar na petição trabalhista
como deve ser “certo, determinado e com indicação de seu
valor”. Caso contrário, conforme exposto no § 3º, corre-se o
risco de o julgamento ser  “extinto sem resolução do mérito”.

Basicamente, significa que o pedido deve constar na petição


inicial conforme demonstra o exemplo:

Diante das considerações expostas, pleiteia a Reclamante a


condenação da Reclamada nos seguintes pedidos, resumidamente:

Julgar ao final TOTALMENTE PROCEDENTE a presente


Reclamação, declarando o vínculo empregatício existente entre as
partes, condenando o Reclamado a:

Pagar o aviso prévio indenizado, saldo de salário, 13º salário


proporcional, terço constitucional de férias, horas extras,
proporcionais + 1/3, os depósitos de FGTS de todo o período
acrescido de multa de 40% a título de indenização.
7. Data e assinatura

A data e a assinatura encerram a petição trabalhista. Ela deve


ser assinada pelo reclamante ou pelo representante legal. A
escrita, normalmente, é assinada pelo advogado.

A disposição das informações é mais ou menos esta:

Flores, 5 de agosto de 2019.

josé de Souza
AADVOGADO – OAB/MG Nº…
Possivelmente, ao seguir os passos e as orientações do Art. 840
da CLT para a formulação da petição inicial, o processo não
enfrentará qualquer tipo de impugnação. O importante é cuidar
para não haver erros. Uma forma de garantir isso é usar
o Checklist para eliminar erros das peças jurídicas.

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