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História de Eliel Glorywood

Parte 1. - O general e a prostituta.

Essa é a história de Eliel, um meio-halfling, meio-humano, mas antes de falarmos do


mesmo precisamos voltar um pouco no tempo, algum tempo antes de seu nascimento…
Há cerca de alguns anos um grande general, Enel, um dos cotados para futuro almirante,
falhou em uma das missões da sua vida, passando então por um grande período afundado
em depressão, suas fugas eram abusar de álcool, entretenimento em tavernas e prostitutas,
ele sentia a necessidade de ser enaltecido pelas mulheres com quem deitava para
aumentar sua moral e ego que estavam tão fragilizados, e assim foi ele buscando por
prazer para suprir suas próprias fraquezas, rodando as tavernas e bordéis de todo Olimpo,
até que seguindo para dentro de uma densa floresta, um local praticamente isolado do resto
da civilização mesmo que escondido ali haja um vilarejo, não tão grande, não tão pequeno,
apenas o suficiente, o vilarejo de “Glorywood”, um vilarejo famoso por suas belas moças,
afinal no centro de sua vila existe uma árvore tida como sagrada e que sua seiva se mistura
às afluentes do vilarejo, realizando um efeito encantador e rejuvenescedor nas pessoas que
a bebem durante anos. Na chegada de um figurão como o general Enel a cidade se tornou
alvoroçada e logo as bajulações começaram como o esperado, diversas filhas oferecidas
como moedas de troca, diversas iguarias, bebidas, tudo do bom e do melhor, até que ele
ouviu sobre um famoso bordel que havia ali: o famoso "GloryCafé", esse bordel era o mais
conhecido de todos por não ser simplesmente um bordel, seu dono dizia que ali era um
lugar de prazer onde todo e qualquer prazer seria satisfeito, seja sua gula, sua luxúria, sua
ganância, quaisquer que sejam! e isso despertou bastante o interesse de Enel já que prazer
e diversão era seu objetivo principal ali.
Ao chegar ao tal bordel Enel se deparou com diversas moças belíssimas, diversas
máquinas de jogo, apostas, cassinos, mesas fartas, ali era como o paraíso do inferno. após
aproveitar todos os prazeres Enel decide-se se deitar com uma mulher, até que ele ouve
falar boatos da mais bela das damas que habitavam na vila, uma tal de "Lia" uma garota
misteriosa, ninguém sabe de onde vem, sem sobrenome, uns dizem que é filha do prefeito
da cidade, outros diziam que é uma ninfa que emergiu daa fontes das águas, tudo sobre ela
era misterioso e isso atraiu Enel, que logo foi de encontro a essa garota e ao chegar no
quarto não havia ninguém, até que ele sentiu uma cutucada em sua barriga e olhou pra
baixo vendo então uma bela dama...halfling, Enel que era um homem conservador quanto a
raças se sentiu receoso, mas a beleza daquela pequena garota o encantou, não só sua
beleza como sua bela voz, seu jeito de agir, tudo sobre aquela mulher era incrível,
realmente como uma ninfa criada para seduzi-lo e encantá-lo, e assim foi deiro, como um
pescador caindo no conto de uma sereia. Eles tiveram não uma noite incrível, mas sim
várias, Enel simplesmente não conseguia parar de visitá-la, as vezes ela o impressionava
com sua grande habilidade no violino, logo após se deitavam e ela mostrava suas outras
técnicas igualmente poderosas com as mãos, coisas que nenhuma outra mulher fez, mas
tudo que é bom dura pouco: Enel deveria voltar as suas funções, e a pequena se despediu
dele, com um até logo, pois sabia que ele iria voltar, Lia era uma mulher poderosa, que
sabia dos seus dons, sabia de sua beleza, e essas são as mulheres mais perigosas. Enel
voltou, não só uma como várias vezes, trazendo diversos presentes e gracejos para a bela
Lia, que cada vez se aproveitava mais de ter um general na palma de sua mão e Enel que
cada vez se aproveitava mais de ter a mais bela das mulheres como seu brinquedo, e
ambos viveram assim nessa relação simbiótica por bons tempos, até que um dia especial
Enel trouxe a Lia um presente especial pois após essa noite eles não se veriam por alguns
anos, já que ele partiria em uma longa missão, Enel trouxe a ela um belo violino de madeira
talhada de uma poderosa árvore mágica, com suas cordas feitas através das cordas vocais
de monstros poderosos arrancadas meticulosamente e precisamente por grandes
assassinos do exército e então banhadas em um metal leve e poderoso como mercúrio. Era
uma poderosa alquimia feita especificamente pelo exército, Enel estava dando a Lia como
um presente e disse a mesma que era para que ela se protege-se em sua ausência, esse
foi o dia mais feliz da vida de Lia que além de uma grande amante da música era uma
grande amante das alquimias que tanto a fascinava, então essa noite foi uma noite em que
ambos deram tudo de si, a melhor das noites, uma que nenhum deles iria esquecer, pois ali
ambos ganharam um presente não tão esperado assim: um filho.

Parte 2. – Do nascimento a queda.

Lia descobriu que estava grávida, no início foi um desespero, não havia como contactar o
pai então ela concebeu e o criou sozinha no bordel com seus outros parceiros, Eliel nasceu
belo como sua mãe e astuto como seu pai, tendo puxado mais características halflings do
que humanas. Mesmo vivendo em um bordel a sua vida era incrível, Eliel comia bem, se
divertia jogando, as prostitutas adoravam ele, acabava que ele trazia uma alegria ao bordel,
uma alegria mais pura, o prazer de ver o sorriso genuíno de uma criança, prazer esse que
nem mesmo um lugar de prazer como aquele poderia oferecer, e assim viveu ele, tinha
aventuras enganando os bêbados, trapaceando nos jogos, Eliel não sentia absolutamente
nenhuma falta de uma figura masculina, ele sempre ouvia que seu pai era uma pessoa forte
e incrível e ele tinha curiosidade de conhecê-lo, mas ele amava tanto sua mãe que só ela já
bastava, e toda a noite sua mãe o contava histórias e tocava seu belo violino, ensinando
seu filho, e isso era a melhor coisa do mundo para Eliel, era como estar nos céus e mesmo
tendo sido inesperado Lia amava muito seu filho e queria lhe dar uma vida boa, ela tinha
medo da reação de Enel, mas ele já não vinha há 7 anos, ela achava que nunca mais
voltaria mesmo, mas infelizmente as coisas não foram assim. Enel voltou, apareceu de
surpresa no bordel, todos ali presentes ficaram espantados com sua presença e ao mesmo
tempo tremendo de medo do que poderia acontecer, correram para avisar Lia e Enel logo
percebeu que algo muito errado estava acontecendo ali, Lia que estava com Eliel nessa
hora lhe disse "Filho, a mamãe vai ter uma conversa muito importante com uma pessoa...o
seu pai. Dependendo de como for, você vai finalmente conhecê-lo! Eu só preciso que você
vá passear um pouco, ok? A mamãe te ama muito, nunca esqueça disso", Eliel fez muita
birra e não queria ir então sua mãe lhe deu um beijo na testa, de um jeito que só ela sabia,
que o acalmou instantaneamente e ele obedeceu sua mãe, dando nela também um beijo na
testa. Lia então foi para a conversa com Enel, que já estava com uma cara de raiva
perguntando o que tinha acontecido, porque todos estavam tão estranhos com ele? Então
Lia relutantemente, tentando usar suas melhores falas, o cantor, falou sobre o filho deles.
Enel entrou em choque por um momento, muita coisa passou ali na sua cabeça, pois em
qualquer outra situação ele poderia só apagar tudo isso e fingir que nunca aconteceu, mas
Enel realmente gostava de Lia, ele não queria ter que fazer isso, mas era o que tinha que
fazer, seu maior amor era a sua patente na marinha e isso não se equiparava pelo que ele
sentia por Lia, ela não chegava nem perto do seu orgulho de ser o general Enel, então após
o choque sem reação entrou a furia, Enel perguntou onde estava o garoto e Lia em lagrimas
vendo sua cara disse "Está no quarto" e entrou em frente a porta, dizendo que ele não faria
nada com a criança, Enel rindo alto e assustando todos que estavam ali diz que ninguém ali
poderia impedir ele de fazer o que quisesse, e se o garoto estava no quarto seria bom, pois
ele não queria nem mesmo ver como ele se parecia então (não sei os poderes do Anel, mas
chuto que seja eleteicidade) com diversas descargas elétricas enel simplesmente torrou
todo o estabelecimento, sem dar chance de escape para nenhum que sequer soubesse da
presença dele ali e apagando por completo o querido "Glory Café", para ele era como uma
diversão que teve seu fim, um jogo que foi desinstalado, uma bebida que foi esgotada, nada
mais que isso, então saiu dali inabalado, seguindo diretamente de volta de onde veio, mas o
que ele não sabia é que aquela mulher era realmente perigosa, não uma mulher qualquer,
uma mulher que mesmo no seu leito de morte e frente a um general conseguiu engana-lo
para salvar seu filho, uma mulher como nenhuma outra. Eliel após sua mãe demorar demais
para chamá-lo decide ir observar o que está acontecendo após ouvir um barulho estrondoso
e chegando lá tudo que o garoto vê é nada, poeira, destruição e o homem que
supostamente era seu pai de costas, indo embora como se nada tivesse acontecido, mas
com as suas mãos sujas, Eliel nem mesmo viu o rosto que seu próprio pai tinha ao virar
para uma situação dessas, apenas viu sua imagem de costas deixando a destruição,
acabando com tudo que Eliel tinha, que logo caiu ali de joelhos e sem forças, chorando com
o mais alto dos choros, mas ao mesmo tempo sem som algum, um choro mudo, sofrido,
totalmente interno, um desespero eminente que o fez escavar as cinzas diversas vezes
atrás de alguém enquanto tinha ideias irracionais de que alguém teria ali sobrevivido, mas a
única coisa que ele encontrou ali foi o violino de sua mãe, a alquimia que seu pai tinha dado
a ela, porém ele não sabia disso, apenas pegou o violino que estava danificado e o abraçou
como se fosse sua própria mãe enquanto sofria amargamente, mas ao mesmo tempo no
fundo de sua mente surgiam pensamentos maldosos que logo se tornaram não só algo,
mas alguém: Lie, uma segunda personalidade, que ao tocar nesse violino jurou que o
consertaria e mataria seu pai com ele, vingando sua mãe e todos do bordel.

Parte 3 — Vida nas ruas.

Após todos os ocorridos, a perda de sua mãe, sua casa, sua família, seus amigos e de toda
sua história, Eliel entrou em um estado depressivo profundo, mas o que o motivou a se
manter vivo foi lá no fundo a vontade de ir atrás de seu pai. Nesse periodo o garoto teve de
viver nas ruas, pois todos da cidade que sabiam do ocorrido sequer ousavam falar sobre e
tinham medo de se aproximar do garoto e algo recair sobre eles, agiam como se nada
tivesse acontecido e aquelas pessoas nunca tivessem existido, tratavam Eliel como uma
maldição e isso o revoltava demais, dormindo entre os becos e tendo que pedir o que comer
e nem sempre conseguindo, pois até mesmo dar comida ao garoto era algo que as pessoas
de Glorywood temiam. Tudo que ele tinha era uma manta que ele fez com sua capa, o
violino quebrado de sua mãe e uma pequena gaita que lhe foi dada pelo dono do bordel
GloryCafé, uma gaita comum que ele nem tinha aprendido direito ainda, mas então o garoto
teve uma ideia: decidiu tocar sua gaita nas esquinas e tabernas para arrecadar alguns
tostões e sair dessa vida, seu objetivo era alto, ele tinha que fazer por onde, determinado a
isso Eliel com apenas 8 anos de idade se apresentava como um grande musicista,
enganava os bêbados com sua lábia natural e aquilo que aprendeu com sua mãe, como
halflings são normalmente joviais e pequenos, ninguém sequer sabia sua idade real, aquela
música simples de gaita que ele tocava nas tavernas para os bêbados era uma arte
magnífica simplesmente pelo jeito que o garoto contava como a aprendeu, dizendo várias
histórias sobre ter viajado os mares para conseguir aquela gaita e por ai iam...e assim ele
viveu por uns anos nas tavernas e ruas, nas esquinas, conseguindo dinheiro para se
alimentar e sobreviver por cerca de 2 anos, melhorando suas técnicas de música, sua lábia
e criando contatos, até que ele começou a ouvir sobre Enel, seu pai, ouvindo que ele
partiria em uma missão para se tornar almirante, isso deu um choque de realidade em Eliel,
que acabará de fazer seus 10 anos (halflings chegam a idade de maturidade mais cedo.),
Ele percebeu que se continuasse assim, nunca alcançaria seu pai, esse choque de
realidade foi o que o fez lembrar que essa vida mundana não cabia mais a ele.

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