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1988 - Apostila de Manejo Florestal
1988 - Apostila de Manejo Florestal
ÍNDICE
Página
1. APRESENTAÇÃO ............................................................................... 2
2. PRELIMINARES ................................................................................. 2
2.1. Nível de detalhamento ...................................................................... 2
2.2. Definição da área e época de coleta .................................................. 2
2.3. Alguns cuidados durante a coleta...................................................... 3
2.4. Variações morfológicas .................................................................... 3
3. TÉCNICAS DE COLETA .................................................................... 3
3.1. Materiais auxiliares utilizados para a coleta ..................................... 3
3.2. Métodos usuais para Coleta botânica de arbóreas ............................. 4
3.2.1. Tesoura de alta poda (Podão) ................................................... 4
3.2.2. Escalada................................................................................... 5
3.2.3. Esporão.................................................................................... 5
3.2.4. Escada de alumínio .................................................................. 6
3.2.5. Espingarda ............................................................................... 7
4. HERBORIZAÇÃO DE MATERIAL BOTÂNICO ................................ 7
4.1. Materiais utilizados na herborização................................................. 7
4.2. Montagem das exsicatas ................................................................... 8
5. IDENTIFICAÇÃO BOTÂNICA ........................................................... 12
5.1. O herbário......................................................................................... 12
5.2. A literatura........................................................................................ 14
5.3. Os especialistas................................................................................. 15
6. ELABORAÇÃO DA LISTA DE TÁXONS .......................................... 16
6.1. Sistema taxonômico.......................................................................... 16
6.2. Grafia e autores................................................................................. 16
6.3. Sinônimias ........................................................................................ 16
7. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS................................... 16
7.1. Análise Simples (qualitativa)............................................................ 16
7.1.1. Espectro biológico ................................................................... 17
7.1.2. Construção de perfis ................................................................ 18
7.2. Análises Comparativas ..................................................................... 19
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................... 21
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MANEJO FLORESTAL – DEF/UFV Prof. Agostinho Lopes de Souza
1. APRESENTAÇÃO
O presente trabalho tem como objetivo, dar uma abordagem geral acerca dos
procedimentos para execução de levantamentos florísticos de espécies arbóreas, sem
contudo pretender esgotar os diversos assuntos abordados.
2. PRELIMINARES
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3. TÉCNICAS DE COLETA
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Um dos métodos mais usuais para coleta de plantas arbóreas (Fig.1), consiste no
uso de ganchos ou tesouras de poda acopladas à uma das extremidades de uma vara de
alumínio, de aproximadamente 2 m, que acopladas às outras varas de tamanho igual,
permite alcançar uma altura de até 9 m. A coleta se dá por tração mecânica de um cordel
amarada à tesoura de poda.
Vantagens
• Relativamente de baixo custo
• De fácil transporte em campo
• Não necessita treinamento especial para seu manuseio
Desvantagens
• Alcance limitado em termos de altura (entre 15 e 20m no máximo)
• O equipamento de qualidade precisa ser confeccionado, ou importado
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3.2.2. Escalada
Vantagens
• Facilidade de transitar de um indivíduo arbóreo para outro próximo, tornando as
coletas mais rápidas
Desvantagens
• Custo relativamente alto
• Exige profissionais altamente treinados
• O tamanho e porte dos indivíduos, são fatores limitantes
• Lentidão nas coletas
Por se tratar de um método relativamente caro e moroso, seu uso deve se restringir à
algumas situações, como por exemplo coletas freqüentes à árvores matrizes ou em
reservas genéticas.
3.2.3. Esporão
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Vantagens
• Rapidez nas coletas
• Relativamente de baixo custo
• Facilidade de locomoção com o equipamento em fisionomias florestais
Desvantagens
• Necessita de pessoal altamente treinado
• O porte das árvores, é um fator limitante ao uso do método (tanto para árvores
pequenas quanto para as de grande diâmetro)
• Algumas espécies são sensíveis aos danos provocados pelo equipamento
Porém apesar de ser um método simples e rápido, este deve ser usado com critério,
pois os danos causados pelas esporas funcionam como porta de entrada para patógenos,
danificando e podendo levar à morte dos indivíduos arbóreos.
Vantagens
• Relativamente de baixo custo
• Não exige mão de obra qualificada
• Equipamento leve para o transporte
Desvantagens
• Dificuldade de locomoção e manuseio em campo, principalmente em tipologias com
densidade alta de lianas e regeneração abundante
• Lentidão nos trabalhos de coleta
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3.2.5. Espingarda
Vantagens
• Permite fazer coletas a grandes alturas, muitas vezes inacessíveis a outros métodos
Desvantagens
• De altíssimo custo
• Necessita de pessoas altamente treinadas
• Não é recomendado o uso em espécies fibrosas
• De alto impacto sonoro durante as coletas
• Aumentam-se os riscos de acidentes
• Estufa para secagem: As estufas para secagem de plantas podem ser construídas ou
até mesmo improvisadas. Consiste em uma câmara geralmente de madeira onde ao
fundo se encontram instaladas lâmpadas que auxiliam na secagem dos materiais
botânicos. A temperatura fica em torno de 60°C, levando aproximadamente 72 para
a secagem, dependendo da característica do material botânico (Fig.4).
• Prensa: Utilizada para acondicionar as plantas durante a secagem. Geralmente são
feitas de madeira no formato 42 x 30 cm, tendo correias para comprimir fortemente
a pilha formada pela sobreposição do material botânico.
• Folha de alumínio enrugada: São utilizadas entre os papelões no intuito de permitir a
passagem do ar quente, acelerando a secagem, são de dimensões iguais à prensa.
• Folha de papelão: São colocadas entre as folhas de jornal, contendo as plantas.
• Folha de jornal: Cada material coletado, é envolvido com uma folha de jornal, no
intuito de facilitar a secagem. As plantas que ultrapassarem as dimensões padrões
das exsicatas, deverão ser dobradas em "V" ou em "W", no ato da prensagem.
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• Cartolina (29,5 x 42 cm): A planta deverá ser costurada por pontos, com linha e
agulha, numa cartolina branca de tamanho padrão e boa textura, permitindo um
manuseio mais seguro do material. Os frutos ou flores que por ventura soltarem do
material a ser costurado poderá ser acondicionado em um pequeno envelope e ser
fixado no canto superior esquerdo da cartolina de montagem.
• Etiqueta ou rótulo (12 x 10 cm): A etiqueta é colocada no canto inferior direito da
cartolina de montagem, contendo as informações, conforme o modelo abaixo:
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• Capa (42 x 59 cm): Geralmente de papel Kraft, envolve a cartolina com o material já
costurado e as duplicatas em jornal (repetições do material botânico coletado).
• Duplicatas: Ficam acondicionadas em jornais, contendo tantas etiquetas quanto
forem as duplicatas. Estes materiais ficam disponíveis para doações, trocas e envio
para identificação de especialistas.
As exsicatas apresentam dimensões padronizadas, pois isso permite que as
exsicatas sejam, doadas, permutadas ou mesmo enviada para identificação em todo o
mundo, e que sejam armazenadas adequadamente em qualquer lugar em função de suas
dimensões padronizadas (Fig.6). Dependendo do herbário, podem ser anexadas ao
acervo tanto exsicatas completas como estéreis (Fig.7 e 8).
Após a montagem das exsicatas, estas deverão ser cadastradas no caderno de
registro do herbário, passarão posteriormente por um expurgo antes de serem
adicionadas à coleção. Depois de expurgadas, as plantas irão para o herbário, onde serão
acondicionadas em armários de aço para consultas.
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5. IDENTIFICAÇÃO BOTÂNICA
5.1. O herbário
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5.2. A literatura
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Língua: Português
Conteúdo: Contém chaves dicotômicas de identificação à nível de gênero e
espécie, distribuição geográfica, descrição das espécimes e pranchas com desenhos.
• Flora Neotrópica
Organizador: NYBG
Volumes: x volumes
Língua: Inglês
Conteúdo: Contém chaves dicotômicas de identificação à nível de gênero e
espécie, distribuição geográfica, descrição das espécimes e pranchas com desenhos.
• Sistemática de Angiospermas
Autor: Graziela Maciel Barroso
Volumes: 8 volumes
Língua: Português
Conteúdo: Contém chaves dicotômicas de identificação à nível de gênero e
espécie, descrição das espécimes e pranchas com desenhos.
5.3. Os especialistas
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6.3. Sinônimias
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de família, dentro dessa, gênero e por fim espécie. Toda lista deverá vir acompanhada,
do título contendo o local, onde foi feito o estudo, es se possível o nome vulgar regional
das espécies, conforme exemplo abaixo:
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Lianas: Plantas que crescem suportadas por si mesma ou por outras e que enraízam
sobre o chão, mantendo o seu contato com o solo durante o seu ciclo de vida.
Hemiepífitas: São plantas que nascem no solo e depois de subir em outras plantas,
perdem o contato com o solo ou que nascem em outras plantas e depois lançam raízes
em direção ao solo.
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Número de Espécies
10
8
6
4
2
0
FAN CAM HEM LIA
Formas de Vida
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Figura 15 - Perfil (2,0x10,0) de uma área de cerrado sensu stricto denso da EFLEX.
As espécies amostradas são: 1-Tapirira guianensis, 2-Symplocus sp, 3-
kielmeyera coriacea, 4-Rudgea virbunoides, 5-Erythroxylum suberosum,
6-Myrcia rostrata, 7-Qualea multiflora, 8-Xylopia aromatica, 9-
Vochysia tucanorum, 10-Gochinatia polymorpha, 11-Miconia sp, 12-
Bacharis platiphyllus, 13-Siparuna guianensis, 14-Rapanea umbellata,
15-Eugenia dysenterica e 16-Pera glabrata.
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110
100
90
Porcentagem (%)
80
70
60
50
40
F E C D B A
PC PE
Figura 17 - Dendrograma da afinidade florística, a partir das distâncias euclidianas,
entre as seis comunidades de florestas naturais, obtido pelo algorítmo de
Ward.
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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