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Resistência e

comportamento de
Areias e de Argilas
GEOTECNIA II
SLIDES 13
Slides adaptados de Prof. Dr. Gilson de F. N. Gitirana Jr.

Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt


prof.douglas.pucgo@gmail.com
Comportamento típico de areias

 O que são “areias”:


 Materiais cujo teor de finos é inferior a 12%
 O comportamento é comandado pelo contato entre os
grãos minerais
 “Na Mecânica dos Solos, areia refere-se a materiais granulares
com reduzida porcentagem de finos que não interferem
significativamente no comportamento do conjunto.”
 Caracterizadas pela permeabilidade elevada
 Resistência em termos de tensão efetiva
 Ensaios de Cisalhamento Direto e de Compressão Triaxial (CD)
 Avaliação em termos da compacidade

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Areias Fofas e
Compactas
 Areias Fofas
 Tensão desvio cresce
lentamente, atingindo valor
máximo para grandes def.
 Curvas com tensões
confinantes diferentes têm o
mesmo formato
 Redução de volume
 Areias compactas
 Apresentam pico
 Dilatação → deformação
plástica
 Comportamento residual x de
pico
Figura 13.1: Resultados típicos de ensaios de compressão triaxial
em areias: (a) (b) (c) areias fofas; (d) (e) (f) areias compactas

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Areias Fofas e Compactas

 Areias Fofas
 Reacomodação dos grãos
 Mecanismo: redução de volume
 Aumento da compacidade relativa
 Areias compactas
 Reacomodação dos grãos
 Mecanismo: dilatação
 Grãos rolam, subindo uns nos outros
 Efeito de dente de serra

Figura 13.2: Posição relativa das partículas


nas areias fofas e compactas

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Índice de vazios crítico das areias

• Pode ocorrer dilatação ou


compressão
• Deve existir um índice de
vazios para o qual a
deformação volumétrica é
nula: Índice de Vazios Crítico

Figura 13.3: Obtenção do índice


de vazios crítico a partir de
ensaios triaxiais com mesma
pressão confinante

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Índice de vazios crítico das areias

 Evolução do índice de vazios


durante o ensaio. Observa-se:
 Após a ruptura todos os corpos de
prova tendem ao mesmo índice de
vazios: Índice de Vazios Crítico
 Areais fofas: comprimem, reduzindo
o índice de vazios até atingir o valor
crítico
 Areais compactas: dilatam,
aumentando o índice de vazios até
atingir o valor crítico
 Índice de vazios crítico: aquele
em que a areia sofre Figura 13.4: Variação do índice de vazios em
areias em compressão triaxial a partir de
deformação sem variar mais de índices de vazios iniciais diferentes
volume, sendo rompida
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Índice de vazios crítico das areias

 Relevância do índice de vazios crítico


 Liquefação da areia sob cargas dinâmicas
 Carregamento dinâmico (veloz, sem drenagem)
 Areia compacta: aumento da tensão efetiva
 Entrada de água por sucção
 Poro-pressão negativa
 Areia fofa: diminuição da tensão efetiva e possível liquefação
 Saída de água por compressão
 Poro-pressão positiva
 Conclusão 1: quanto menor o índice de vazios, melhor
 Conclusão 2: o índice de vazio crítico se torna o máximo
índice de vazios aceitável
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Índice de vazios crítico das areias

 Índice de vazios crítico


depende a tensão confinante
 Maior tensão confinante → Maior
compressão ou Menor dilatação
 Maior tensão confinante → Menor
índice de vazios crítico, pior é a
condição
 O conceito de “fofa” ou “compacta”
depende do índice de vazios

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Resistência de Argilas

 Influência da tensão de pré-adensamento

Figura 14.1: Variação do índice de vazios em carregamento isotrópico: (a) de areias (b) de argilas

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Resistência das argilas em termos de
tensões efetivas, ensaios CD
Resultados típicos

Tensão de pré-adensamento = 3

Efeito da tensão confinante e da


história de tensões

Figura 14.2: Resultados de ensaios triaxiais CD


em argila saturadas sem estrutura
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Comparação entre o comportamento de
areias e das argilas
Semelhanças de
comportamento
Argilas normalmente
Areias fofas
adensadas

Argilas pré-adensadas Areias compactas

Tensão de pré-
Índice de vazios crítico
adensamento

Grande variação de volume das argilas

Diferenças de Efeito do pré-adensamento na envoltória


comportamento
Resposta em função da condição de drenagem

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Análise de tensões totais versus tensões
efetivas

Tensões efetivas Tensões totais

Sempre preferida Utilizada quando não se conhecem


as poro-pressões desenvolvidas
Requer conhecimento das poro- em campo
pressões de campo (incluindo as
induzidas) Ensaios rápidos sem
conhecimento das poro-pressões
Ensaios lentos, com
controle/medida das poro- Ensaio deve representar a
pressões condição de campo

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Resistência das argilas em ensaio
adensado rápido, CU
Resultados típicos

Tensão de pré-adensamento = 3

Efeito da tensão confinante e da


história de tensões

Figura 14.4: Resultados de ensaios triaxiais CU


em argila saturadas sem estrutura

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Resistência Não Drenada das Argilas

 Ensaio CD
 Indica como a tensão cisalhante de ruptura (ou a
resistência) varia com a tensão efetiva
 Ensaio CU
 Indica como a resistência não drenada varia com a
tensão efetiva de adensamento
 Ambos Ensaios
 Envoltórias de resistência por meio de equações
 Aplicadas em análises de estabilidade por equilíbrio-
limite, em que a tensão efetiva no solo varia de ponto
para ponto
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Resistência Não Drenada das Argilas

 Em que casos é utilizada?  Carregamentos?


 Carregamentos  Aterro sobre solo mole
relativamente rápidos, em  Corte temporário
que não houve tempo
 Etapa de alteamento de
suficiente para o solo
barragens
adensar
 Por que utilizar a resistên-
cia não drenada nestes
casos?
 A avaliação de excesso de
poro-pressões (causadas
pelo carregamento) é difícil Figura 15.1: Análise da estabilidade de um aterro
sobre argila mole, em que a resistência que interessa
é a resistência não drenada, Su da argila

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Resistência Não Drenada a partir de
Ensaios de Laboratório
 Estado de tensões em
amostras indeformadas
 Condição no campo:
 Estado K0
 Tensões geostáticas
 Poro-pressão função do NA
 Após amostragem:
 Descarregamento
 Dilatação “não drenada” Figura 15.2: Tensões no terreno e na amostra
devido ao descarregamento
 Geração de poro-pressões negativas
equivalentes ao descarregamento ocorrido
 Efeito do descarregamento é dado pela variação em
termos de tensões efetivas octaédricas (médias)

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Resistência Não Drenada a partir de
Ensaios de Laboratório

As poro-pressões aumentam
durante um carregamento de um
valor igual ao próprio carregamento
(hipótese utilizada na teoria de
adensamento)

Aplica-se aqui a mesma hipótese

Figura 15.2: Tensões no terreno e na amostra

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Resistência Não Drenada a partir de
Ensaios de Laboratório
 Resistência não drenada a partir de
ensaio UU e de Compressão Simples
 Condição não drenada durante o
confinamento e o cisalhamento
 UU  controle da drenagem
 Compressão simples 
ruptura rápida (10-15 min)
 Acréscimo de tensão total =
acréscimo de poro-pressão
 Qualquer que seja a tensão   c' ' tan  '
confinante aplicada, a tensão efetiva
confinante é a mesma   Su
 Resultado típico de ensaio
 Resistência independente da
tensão confinante, pois a tensão
efetiva é sempre a mesma
 Círculos do Mohr de igual tamanho
Figura 15.3: Envoltória de resistência de
para qualquer tensão confinante
argilas saturadas em ensaio UU
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