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Pontes em
Vigas Mistas
900
450 450
40 410 410 40
5
32 35
i = 1,5 % 87
25
10
60 335 60
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 1
1.1 Contextualização ................................................................................................................... 1
1.2 Normalização de referência................................................................................................... 4
4. BIBLIOGRAFIA............................................................................................. 55
APRESENTAÇÃO
Capítulo 1
INTRODUÇÃO
1. INTRODUÇÃO
1.1 Contextualização
A utilização do aço na superestrutura de pontes pode se apresentar como alternativa
interessante em função de fatores econômicos, geográficos e tipológicos. Dentre os
sistemas estruturais mais utilizados destacam-se as pontes em treliça, pontes em placa
ortotrópica e as pontes em viga mista.
Veríssimo e Paes
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Pontes com vigas mistas
Figura 1-1 - Pontes em viga mista. Detalhe do escoramento apoiado nas abas das mesas inferiores dos
perfis metálicos.
Nas estruturas mistas em geral e também nas pontes, o problema principal a ser
resolvido é determinar como os esforços se distribuem no aço e no concreto, levando-se
em conta a ligação entre esses dois materiais.
Veríssimo e Paes
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Pontes com vigas mistas
Figura 1-2 - Ponte sobre o Rio Mucajaí. Sistema em grelha mista. Extensão: 210 m, sendo 5 vãos de 42 m
cada. Construída em 1975 em Roraima (fonte: USIMINAS MECÂNICA S.A.)
Figura 1-3 - Ponte em viga mista com vãos grandes (fonte: USIMINAS MECÂNICA S.A.).
Veríssimo e Paes
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Pontes com vigas mistas
- normas alemãs
DIN 1072 - Pontes Rodoviárias e Passarelas, Cargas. (PN 8.83)
DIN 1073 - Pontes Rodoviárias Metálicas. Bases de cálculo
DIN 1076 - Obras de Arte Rodoviárias e para Pedestres. (3.83). Inspeção, Controle
e Fiscalização.
DIN 1078 - Pontes Rodoviárias em Vigas Mistas. (9.55)
DIN 4101 - Pontes Rodoviárias Metálicas Soldadas.
Veríssimo e Paes
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Pontes com vigas mistas
Capítulo 2
GENERALIDADES SOBRE
VIGAS MISTAS
2. GENERALIDADES SOBRE VIGAS MISTAS
2.1 Comentários
Para caracterizar o sistema misto aço-concreto, é necessário promover a
solidarização entre a laje de concreto e o vigamento metálico. Uma vez conseguida essa
solidarização a laje de concreto passa a trabalhar juntamente com o perfil metálico. Nessa
situação, uma parte da laje sobre a viga de aço se comporta como uma grande mesa de
concreto. A largura da faixa de laje que trabalha em conjunto com uma viga de aço recebe
o nome de largura efetiva ou largura útil (Figura 2-1).
laje de
concreto
largura largura
efetiva efetiva
conector de
cisalhamento
vigas de aço
Sem conectores, não existe ligação mecânica entre a laje de concreto e a viga
metálica. Ao serem carregados, a laje e o perfil metálico fletem independentemente,
ocorrendo um deslizamento relativo na superfície de contato entre os dois, e assim, todas
Veríssimo e Paes
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Pontes com vigas mistas
as ações atuantes, inclusive o peso próprio, deverão ser resistidas apenas pela viga de aço
(Figura 2-2).
sem conectores
Vn
Vn
seção de seção de
momento momento
nulo seção de nulo
momento
máximo
exemplo, duas barras de seção retangular de um material qualquer, cada uma com seção
transversal de 12×25 cm, trabalhando superpostas e sem nenhuma vinculação entre elas,
como mostrado na Figura 2-4.
12 cm
25 cm
25 cm
12 cm
b h3 12 × 253
inércia de uma barra: I1 = = = 15.625 cm 4
12 12
I1 15.625
módulo elástico de uma barra: W1 = = = 1.250 cm 3
y 12,5
12 cm
50 cm
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Pontes com vigas mistas
Se, por outro lado, as barras são unidas por algum dispositivo que promova uma
ligação mecânica entre elas (Figura 2-5), a altura da seção dobra e como a inércia é função
do cubo da altura, tem-se um ganho de resistência considerável. Assim,
b h3 12 × 50 3
inércia das barras solidarizadas: I2 = = = 125.000 cm 4
12 12
I 2 125.000
módulo elástico das barras unidas: W2 = = = 5.000 cm 3
y 25
Essa idéia pode ser estendida para as vigas mistas. Ao ligar a laje de concreto com
o perfil metálico aumenta-se a capacidade resistente da seção de tal maneira que, para um
mesmo carregamento, a consideração da seção mista conduz a uma redução de 20% a 30%
no consumo de aço (peso) do perfil, para o caso de perfis I duplamente simétricos. Usando
perfis monossimétricos essa redução é ainda maior.
resistência do concreto
de 20 a 30 MPa
tensão pequena
perfil na mesa superior
monossimétrico do perfil metálico
resistência do aço
cerca de 250 MPa
Usualmente, a altura dos perfis para vigas mistas fica entre 1/15 e 1/30 do vão.
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Pontes com vigas mistas
Suponha uma viga mista submetida à flexão numa situação onde a laje seja
relativamente esbelta, conforme mostra a Figura 2-7. A intensidade da tensão de
compressão na fibra extrema da laje, fc , é máxima sobre a viga de aço e decresce não
linearmente à medida em que se afasta das extremidades de sua mesa.
fc
bef b'
b'
bf tc
d
fcmáx
Veríssimo e Paes
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Pontes com vigas mistas
A análise da largura efetiva para vigas mistas de pontes difere da análise feita para
vigas mistas de edifícios, em função das características físicas e geométricas das pontes.
tc
a a
Segundo a norma DIN alemã, a largura efetiva para vigas mistas de pontes é dada
por
bef = bo + λ1 b1+ λ2 b2
onde:
λ 2 b2 bo λ 1b 1 λ 1b 1 bo λ 2 b2
b2 b1 b1 b2
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Pontes com vigas mistas
25 cm
L 4 = 2600 4 = 650
bef ≤ a = 500 ⇒ bef = 300 cm
12 t = 12 × 25 = 300
c
b2 172,5
= = 0,07 ⇒ λ2 = 0,959
L 2600
b1 222,5
= = 0,09 ⇒ λ1 = 0,946
L 2600
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(a) (b)
Figura 2-7 - Conectores de cisalhamento utilizados em vigas mistas: (a) conector em barra; (b) conector em
barra com alça.
pino com
cabeça
"U" laminado
Figura 2-8 - Conectores de cisalhamento utilizados em vigas mistas: conector em perfil “U” laminado;
conector tipo pino com cabeça (stud bolt).
Com exceção do conector tipo pino com cabeça, todos os outros tipos de conectores
são soldados com eletrodos, pelo processo convencional de solda. A aplicação da solda a
toda volta do conector é ineficiente quando comparada ao processo de instalação dos studs.
O sistema de instalação dos stud bolts conta com um equipamento especial para a
soldagem do conector, muito eficiente, capaz de instalar um stud bolt em poucos segundos,
promovendo uma fusão de muito boa qualidade. Essa característica, associada à facilidade
de importação desse material a preços competitivos, tem feito com que o mercado
gradativamente adote o stud bolt como solução padrão para as vigas mistas. O processo de
instalação dos stud bolts envolve as seguintes etapas:
1. um casquilho de cerâmica é adaptado à extremidade do conector (Figura 2-9.1);
Veríssimo e Paes
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Pontes com vigas mistas
Figura 2-9 - Processo de instalação dos conectores de cisalhamento tipo pino com cabeça - stud bolts
(cortesia TRW Nelson Stud Welding Division ).
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Pontes com vigas mistas
Os conectores pino com cabeça normalmente são fabricados com aço ASTM A108,
com limite de escoamento igual a 345 MPa e limite de ruptura igual a 415 MPa.
Usualmente, os stud bolts são fabricados com diâmetros de 19, 22 e 25 mm e com
comprimentos de 80 mm até 260 mm. As seguintes relações de dimensões devem ser
respeitadas:
a) o diâmetro da cabeça deve ser, no mínimo, uma vez e meia maior que o diâmetro
do fuste ( dcs );
b) a altura mínima, após a instalação, deve ser no mínimo quatro vezes maior que o
diâmetro do fuste ( dcs );
>= 4 dcs
dcs
Figura 2-10 - Dimensões exigidas para os conectores de cisalhamento tipo pino com cabeça (stud bolt).
Figura 2-11 - (1) Ruína do concreto por esmagamento ou fendilhamento. (2) Aspecto da deformação do
conector após a ruptura de um corpo de prova (cortesia TRW Nelson Stud Welding Division ).
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Pontes com vigas mistas
L cs
tf
tw
a b
seção de seção de
momento nulo momento máximo
Quando se adota a laje maciça, a forma empregada não possui nervuras e pode ser
removida ou não após a cura do concreto. Para aumentar a resistência da viga mista, muitas
vezes é feita uma mísula sobre o perfil metálico (Figura 2-13).
laje de
concreto
conectores de
cisalhamento
viga metálica
Veríssimo e Paes
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Pontes com vigas mistas
Figura 2-14 - Viga mista com steel deck (fonte: catálogo CODEME ENGENHARIA).
Quando se utiliza o steel deck na laje, pode ocorrer das nervuras ficarem
posicionadas com direção paralela ou perpendicular à viga metálica (Figura 2-14). No caso
das pontes, quase que invariavelmente as nervuras do deck são posicionadas
transversalmente às vigas principais.
Veríssimo e Paes
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a O aço do perfil - pode ser qualquer aço estrutural, como por exemplo ASTM A36,
USI-SAC-41, USI-SAC-50, etc. As propriedades do aço necessárias ao cálculo são:
fy = limite de escoamento (depende do aço empregado)
fu = limite de ruptura à tração (depende do aço empregado)
E = módulo de elasticidade longitudinal = 205.000 MPa (válido para qualquer aço)
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Capítulo 3
DIMENSIONAMENTO À FLEXÃO PELO
MÉTODO DAS TENSÕES ADMISSÍVEIS
3. DIMENSIONAMENTO À FLEXÃO PELO MÉTODO DAS TENSÕES
ADMISSÍVEIS
3.1 Comentários
O procedimento de cálculo apresentado neste capítulo está baseado no método das
tensões admissíveis (MTA), e segue as recomendações das normas alemãs: DIN 1073
(Pontes Rodoviárias Metálicas), DIN 1078 (Pontes Rodoviárias em Vigas Mistas) e
DIN 4101 (Pontes Rodoviárias Metálicas Soldadas).
MTA MEL
σ material Sd = γ S k
σ adm =
γ Rd = γ Rk
γ S k ≤ γ Rk
σmax ≤ σadm
resistências Sd ≤ Rd
reduzidas resistências
de cálculo
cargas nominais (reduzidas)
solicitações
de cálculo
(majoradas)
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Pontes com vigas mistas
bef ηo
bef
concreto aço
aço aço
seção seção
original homogeneizada
Para transformar a seção mista numa seção fictícia homogênea de aço, divide-se a
largura efetiva bef pela relação entre os módulos de elasticidade do aço e do concreto, dada
por
E
ηo = a relação entre os módulos de elasticidade do aço e do concreto
Ec
O cálculo das tensões em pontes mistas deve ser feito no regime elástico. Não é
permitido considerar a plastificação da seção transversal, como se faz no cálculo de
edifícios (Figura 3-2). Essa restrição se deve aos efeitos do carregamento dinâmico e visa
evitar níveis altos de tensão nas peças, diminuindo assim sua suscetibilidade à fadiga.
distribuição das tensões normais no perfil distribuição das tensões normais no perfil
metálico, admitida para o cálculo de vigas metálico, admitida para o cálculo de vigas
mistas de pontes mistas de edifícios
fy fy
fy fy
M n = Wx . f y Mn = Zx . f y
Veríssimo e Paes
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Pontes com vigas mistas
Uma vez conhecidos os módulos elásticos de resistência nas fibras extremas das
seções de aço e de concreto, calcula-se as tensões nesses pontos devido a cada efeito em
particular. Numa fase posterior, esses efeitos são combinados apropriadamente, obtendo-se
as tensões finais atuantes na estrutura, cujos valores são comparados com as tensões
admissíveis nos materiais. As equações básicas utilizadas no processo são as seguintes:
M M
σ= = ⋅y
W J
σ = ε .E
σmax ≤ σadm
σc Ec
= (3)
ε (t ) 1 + φ (t )
Ec
Ec ( t ) = (4)
1 + φ (t )
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Pontes com vigas mistas
Ec
Ec ( t ∞ ) = (5)
1 + 1,1 φ (t∞ )
Para levar em conta o efeito da deformação lenta basta, portanto, fazer o cálculo
das seções com o valor de η modificado para
= ηo ( 1 + 11 )
Ea
η f (t∞ ) = , φ (t∞ ) (6)
Ec ( t ∞ )
α ∆T dx
Ft
dx
Suponha-se, de acordo com a Figura 3-3, que a ligação por conectores entre o
concreto e o aço seja temporariamente suprimida de modo que, por uma variação ∆T de
temperatura, ocorre uma deformação unitária ±α.∆T (α = coeficiente de dilatação térmica)
do concreto.
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Pontes com vigas mistas
Ft
ac ac
a Ft
aa
Mt = Ft . ac
Vale lembrar que as tensões produzidas pela retração são influenciadas pela
deformação lenta. Resultados experimentais demonstram que o efeito da deformação lenta
na retração pode ser levado em conta tomando-se, no cálculo dos efeitos da retração, o
módulo de elasticidade fictício do concreto igual a
Ec
Ecr = (10)
1 + 0,52φ
A hipótese anterior, para os efeitos da retração, conduz a uma relação entre os módulos de
elasticidade do aço e do concreto igual a
ηr = ηo ( 1 + 0,52φ ) (11)
Veríssimo e Paes
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bef
d = altura total do perfil
tc h = largura da alma ou distância entre as
hf bfs mesas
tfs bfs = largura da mesa superior
tfs = espessura da mesa superior
d1 bfi = largura da mesa inferior
tfi = espessura da mesa inferior
d h
CG tw = espessura da alma
tc = espessura da laje de concreto
d2 bef = largura efetiva da laje de concreto
tw
hF = altura nominal das nervuras em
tfi
vigas mistas com forma de aço
bfi incorporada
bef
Gc
ycs
ac yas
yci =
a Gm
aa
Ga yai
Figura 3-5 - Seção de viga mista típica, constituída de perfil i soldado monossimétrico.
Veríssimo e Paes
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Pontes com vigas mistas
Ea
ηo = = relação entre os módulos de elasticidade do aço e do concreto
Ec
Ea = 20.500 kN/cm2 = módulo de elasticidade do aço
Aa Ac
ac = ⋅a ηo , f ,r
Ac
+ Aa aa = ⋅a
ηo , f ,r Ac
+ Aa
ηo , f ,r
Ja = momento de inércia da seção de aço
Jc = momento de inércia da seção de concreto
Jm = Ja + Aa . aa 2 +
1
ηo , f ,r
(J c + Ac . ac 2 ) momento de inércia da viga mista ou momento
de inércia da seção homogeneizada
Veríssimo e Paes
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Jm
Wa s = = módulo de resistência superior da viga metálica na viga mista
yc s
Jm
Wai = = módulo de resistência inferior da viga metálica na viga mista
yci
MCPA = momento devido à carga permanente A (peso próprio da laje e da viga de aço)
M CPA M CPA
σa s = σa i =
Waa s Waa i
No tempo t = 0
Momento devido à carga permanente B agindo sobre a viga mista, considerando-se ηo.
M CPB M CPB
σc s = σci =
ηo .Wc s ηo .Wc i
M CPB M CPB
σa s = σa i =
Wa s Wa i
Momento devido à carga permanente B agindo sobre a viga mista, considerando-se ηf.
M CPB M CPB
σc s = σci =
ηf .Wc s ηf .Wci
M CPB M CPB
σa s = σai =
Wa s Wa i
M CA M CA
σc s = σci =
ηo .Wc s ηo .Wci
M CA M CA
σa s = σa i =
Wa s Wa i
Para t = 0 e t = ∞
Esforços devido à diferença de temperatura agindo sobre a viga mista, considerando-se ηo.
Aa A ⋅a
σ cs = ± α ⋅ ∆T ⋅ E a 1 − m (ηo ) a (ηo )
η o ⋅ Am (ηo ) s
Wc (ηo )
Aa A ⋅a
σ ci = ± α ⋅ ∆T ⋅ Ea 1 − m (ηo ) a (ηo )
ηo ⋅ Am (ηo ) Wci(ηo )
Ac A ⋅a
σ as = ± α ⋅ ∆T ⋅ E a 1 + m (ηo ) c (ηo )
η o ⋅ Am (ηo ) s
Wa (ηo )
Ac A ⋅a
σ ai = ± α ⋅ ∆T ⋅ Ea 1 − m (ηo ) c (ηo )
ηo ⋅ Am (ηo ) Wai(ηo )
OBS: Se o eixo baricêntrico da viga mista cair acima do plano de contato da laje com a
viga de aço, deve-se inverter o sinal dentro dos parêntesis nas equações de σ a e
s
σ ci .
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Pontes com vigas mistas
Para t = ∞. Esforços devido à retração agindo sobre a viga mista, considerando-se ηr.
Aa Am(ηr ) ⋅ aa (ηr )
σ cs = + ε r ⋅ Ea ⋅ 1 −
ηr ⋅ Am (ηr ) Wcs(ηr )
Aa Am(ηr ) ⋅ aa (ηr )
σ ci = + εr ⋅ Ea ⋅ 1 −
ηr ⋅ Am(ηr ) Wci(ηr )
Ac Am(ηr ) ⋅ ac (ηr )
σ as = − ε r ⋅ Ea ⋅ 1 +
ηr ⋅ Am(ηr ) Was(ηr )
Ac Am(ηr ) ⋅ ac (ηr )
σ ai = − ε r ⋅ Ea ⋅ 1 −
ηr ⋅ Am(ηr ) Wai(ηr )
ε r = 0,00025
OBS: Se o eixo baricêntrico da viga mista cair acima do plano de contato da laje com a viga de aço,
deve-se inverter o sinal dentro dos parêntesis nas equações de σ a e σ c .
s i
Concreto Aço
Tipo de
Tempo
solicitação σ cs σci σ as σ ai
Carga t=0
Permanente A t=∞
Carga t=0
Permanente B t=∞
t=0
Carga acidental
t=∞
Retração t=∞
t=0
Temperatura
t=∞
Tensões t=0
máximas t=∞
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• Aço USI-SAC-50
• Concreto
→ Compressão: 0,4 fck
→ Tração:
1
f tk = f (kN/cm2) para fck ≤ 1,8 kN/cm2
10 ck
ftk = 0,06 . fck + 0,07 (kN/cm2) para fck > 1,8 kN/cm2
A B C D E F G
1 Vigas Mistas para pontes
2 cálculo de tensões (norma DIN 1073 - tensões admissíveis)
3 (Os dados em destaque devem ser fornecidos pelo usuário)
4
5
6 1. Materiais
7
8
9 1.1 Aço
10 Tipo: USI-SAC-50
2
11 fy = 34.50 kN/cm
2
12 fu = kN/cm
2
13 Ea = 20500.00 kN/cm
14
15
16 1.2 Concreto
2
17 fck = 2.00 kN/cm
2
18 Ec = 2879.38 kN/cm
19
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A B C D E F G
20
21 1.3 Perfil metálico
22
23 perfil VI 1500x455
2
24 d= 150.00 cm Aa = 561.81 cm
25 bfs = 45.00 cm peso = 4.41 kN/m
4
26 tfs = 3.15 cm Ja = 2258764 cm
27 bfi = 55.00 cm yas = 87.63 cm
28 tfi = 4.40 cm yai = 62.37 cm
3
29 tw = 1.25 cm Waas = 25774.78 cm
3
30 h= 142.45 cm Waai = 36218.27 cm
31
32
33
34 2. Cargas
35
36 Vão da viga: 26.00 m
37
38 2.1 Carga permanente A
39
40 peso próprio da laje: 34.05 kN/m
41 peso da viga de aço: 4.41 kN/m
42 peso do escoramento: 1.64 kN/m
43 peso do contraventamento 0.00 kN/m
44 total: 40.10 kN/m
45
46 MCPA = 338847 kN.cm
47 VCPA = 521.30 kN
48
49 2.2 Carga permanente B
50
51 defensa: 5.80 kN/m
52 pavimentação: 4.92 kN/m
53 recapeamento: 8.20 kN/m
54 0.00 kN/m
55 total: 18.92 kN/m
56
57 MCPB = 159874 kN.cm
58 VCPB = 245.96 kN
59
60 2.3 Carga móvel
61 MCM = 509980 kN.cm
62 VCM = 796.62 kN
63
64
65
66
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29
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A B C D E F G
67 3. Parâmetros dos materiais
68
69 φ= 2.00 ( coeficiente de fluência do concreto )
70 εr = 2.50E-04 ( coeficiente de retração do concreto - sempre positivo )
71 α= 1.20E-05 ( coeficiente de dilatação térmica do aço e do concreto )
72 ηo = 7.120 ( relação entre os módulos de elasticidade do aço e do concreto no tempo t=0 )
73 ηf = 22.78 ( relação entre os módulos de elasticidade do aço e do concreto no tempo t=∞ )
74 ηr = 14.52 ( relação entre os módulos de elasticidade do aço e do concreto para a retração )
75
76
77
78
79 4. Parâmetros da seção mista
80
81 4.1 Largura efetiva
82
83 bef = 434 cm
84
85 4.2 Seção de concreto
86
2
87 Ac = 14754.25 cm
88 a= 107.96 cm
4
89 Jc = 1362084.6 cm
90 yac = 20.33 cm (distância entre a interface e o baricentro da seção de concreto)
91 tc = 33.00 cm (espessura da laje de concreto sobre o perfil de aço)
92
93 4.3 Propriedades para o cálculo no tempo t = 0
94
2
95 Amo = 2634.16 cm
96 aco = 23.03 cm
97 aao = 84.94 cm
98 ycoi = 2.70 cm
s
99 yco = 35.70 cm
100 yaoi = 147.30 cm
101 yaos = 2.70 cm
4
102 Jmo = 7602070 cm
3
103 Wcos = 212962.97 cm
104 Wco = 2819052.28 cm3
i
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30
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A B C D E F G
114 ycfs = 62.82 cm
115 yafi = 120.18 cm
116 yafs = 29.82 cm
4
117 Jmf = 5825178 cm
3
118 Wcfs = 92723.84 cm
3
119 Wcfi = 195325.88 cm
3
120 Wafs = 195325.88 cm
3
121 Wafi = 48471.60 cm
122
123 4.5 Propriedades para o cálculo à retração
124
2
125 Amr = 1577.67 cm
126 acr = 38.45 cm
127 aar = 69.52 cm
128 ycri = 18.12 cm
129 ycrs = 51.12 cm
130 yari = 131.88 cm
131 yars = 18.12 cm
4
132 Jmr = 6569230 cm
3
133 Wcrs = 128514.74 cm
3
134 Wcri = 362609.28 cm
3
135 Wars = 362609.28 cm
3
136 Wari = 49810.88 cm
137
138
139 5. Cálculo das tensões
140
141 5.1 Tensões na viga de aço antes da cura do concreto
2
σa =
s
142 -13.15 kN/cm
2
σa =
i
143 9.36 kN/cm
144
145 5.2 Tensões devido à carga permanente B no tempo t = 0
2
σc =
s
146 -0.11 kN/cm
2
σc =
i
147 -0.01 kN/cm
2
σa =
s
148 -0.06 kN/cm
2
σa =
i
149 3.10 kN/cm
150
151 5.3 Tensões devido à carga permanente B no tempo t = ∞
2
σc =
s
152 -0.08 kN/cm
2
σc =
i
153 -0.04 kN/cm
2
σa =
s
154 -0.82 kN/cm
2
σa =
i
155 3.30 kN/cm
156
157 5.4 Tensões devido à carga móvel
2
σc =
s
158 -0.34 kN/cm
2
σc =
i
159 -0.03 kN/cm
2
σa =
s
160 -0.18 kN/cm
Veríssimo e Paes
31
DEC/UFV
Pontes com vigas mistas
A B C D E F G
2
σa =
i
161 9.88 kN/cm
162
163 5.5 Tensões devido à retração no concreto
2
σc =
s
164 0.02 kN/cm
2
σc =
i
165 0.09 kN/cm *
2
σa =
s
166 -3.85 kN/cm *
2
σ
i
167 a = 0.72 kN/cm
168
169 Nota: A laje de concreto tende a encolher devido à retração, porém, como ela está ligada rigidamente à viga de aço,
170 a deformação da parte inferior do concreto é impedida pelo perfil metálico, surgindo assim tensões de tração no
171 concreto. Por outro lado, a retração da laje causará tensões de compressão em toda a viga de aço.
172
173 5.6 Tensões devido a um gradiente de temperatura
174
175 ∆Τ = 15 °C
2
σ
s
176 c = 0.01 kN/cm
2
σc =
i
177 0.10 kN/cm *
2
σa =
s
178 2.97 kN/cm *
2
σa =
i
179 0.51 kN/cm
180
181
182 5.7 Quadro resumo de tensões
183
184 Tipo de Concreto Aço
σc σc σa σa
s i s i
185 solicitação tempo
186 Carga t=0 -13.15 9.36
187 permanente A t=∞
188 Carga t=0 -0.11 -0.01 -0.06 3.10
189 permanente B t=∞ -0.08 -0.04 -0.82 3.30
190 Carga t = 0 -0.34 -0.03 -0.18 9.88
191 móvel t = ∞ -0.34 -0.03 -0.18 9.88
192 Retração t=∞ 0.02 0.09 -3.85 0.72
193 Temperatura t = 0 0.01 0.10 2.97 0.51
194 t=∞ 0.01 0.10 2.97 0.51
195 Tensões t = 0 -0.45 -0.14 -16.35 22.84
196 Máximas t=∞ -0.40 0.13 -20.96 23.76
197
198
199 5.8 Tensão de cisalhamento
200
201 Vtotal = 1563.88 kN
2
202 τmax = 8.78 kN/cm
A B C D E F G
203
204
205 5.9 Tensões admissíveis nos materiais
206
207 concreto
Veríssimo e Paes
32
DEC/UFV
Pontes com vigas mistas
2
208 fck = 2.00 kN/cm
2
209 σcc = -0.80 kN/cm
2
210 σct = 0.19 kN/cm
211
212 aço USI-SAC-50
2
213 fy = 34.50 kN/cm
2
214 σac = -21.05 kN/cm
2
215 σat = 24.15 kN/cm
2
216 τa = 13.28 kN/cm
217
B18 =+(0.9*2087*RAIZ(B17+0.35))
B30 =+B24-B26-B28
E24 =+B25*B26+B30*B29+B27*B28
E25 =+E24/10000*78.5
E26 =+$L$25+$J$25*($K$25-$E$28)^2+$L$26+$J$26*($K$26-
$E$28)^2+$L$27+$J$27*($K$27-$E$28)^2
E27 =+B24-E28
E28 =+($J$25*$K$25+$J$26*$K$26+$J$27*$K$27)/$E$24
E29 =+E26/E27
E30 =+$E$26/E28
D41 =+$E$25
D44 =+D43+D42+D41+D40
D46 =+D44*$C$36^2/8*100
D47 =+D44*$C$36/2
D55 =+D54+D53+D52+D51
D57 =+D55*$C$36^2/8*100
D58 =+D55*$C$36/2
B72 =+$B$13/$B$18
B73 =+$B$72*(1+1.1*$B$69)
B74 =+$B$72*(1+0.52*$B$69)
B88 =+$E$27+$B$90
B95 =+$E$24+$B$87/$B$72
B96 =+$E$24+$B$87/$B$72
B97 =+$B$87*$B$88/$B$72/(B87/B72+$E$24)
B98 =+$B$96-$B$90
B99 =+B91+B98
B100 =+B24+B91-B99
B101 =+B98
B102 =+$E$26+$E$24*B97^2+($B$89+B87*B96^2)/B72
B103 =+B102/B99
B104 =+ABS(B102/B98)
B105 =+ABS(B102/B101)
B106 =+B102/B100
B110 =+$E$24+B87/B73
B111 =+$E$24*B88/(B87/B73+E24)
B112 =+$B$87*B88/$B$73/($B$87/$B$73+$E$24)
Veríssimo e Paes
33
DEC/UFV
Pontes com vigas mistas
B113 =+B111-B90
B114 =+B91-B90+B111
B115 =+B24-B113
B116 =+B113
B117 =+E26+E24*B112^2+(B89+B87*B111^2)/B73
B118 =+B117/B114
B119 =+B117/B113
B120 =+B117/B116
B121 =+B117/B115
B125 =+E24+B87/B74
B126 =+E24*B88/(B87/B74+E24)
B127 =+B87*B88/B74/(B87/B74+E24)
B128 =+B126-B90
B129 =+B91-B90+B126
B130 =+B24-B128
B131 =+B128
B132 =+E26+E24*B127^2+(B89+B87*B126^2)/B74
B133 =+B132/B129
B134 =+B132/B128
B135 =+B132/B131
B136 =+B132/B130
B142 =-$D$46/E29
B143 =+$D$46/$E$30
B146 =+-$D$57/$B$72/B103
B147 =+-SINAL($B$96-$B$90)*$D$57/$B$72/B104
B148 =+-SINAL($B$96-$B$90)*$D$57/B105
B149 =+$D$57/B106
B152 =+-$D$57/$B$73/B118
B153 =+-SINAL($B$96-$B$90)*$D$57/$B$73/B119
B154 =+-SINAL($B$96-$B$90)*$D$57/B120
B155 =+$D$57/B121
B158 =+-$D$61/$B$72/B103
B159 =+-SINAL($B$96-$B$90)*$D$61/$B$72/B104
B160 =+-SINAL($B$96-$B$90)*$D$61/B105
B161 =+$D$61/B106
B164 =+$B$70*$B$13*$E$24/$B$74/$B$125*(1-$B$125*$B$127/B133)
B165 =+$B$70*$B$13*$E$24/$B$74/$B$125*(1-SINAL($B$126-
$B$90)*$B$125*$B$127/B134)
B166 =+-$B$70*$B$13*$B$87/$B$74/$B$125*(1+SINAL($B$126-
$B$90)*$B$125*$B$126/B135)
B167 =+-$B$70*$B$13*$B$87/$B$74/$B$125*(1-$B$125*$B$126/B136)
B176 =+ABS($B$71*$B$175*$B$13*$E$24/$B$72/$B$95*(1-$B$95*$B$97/B103))
B177 =+ABS($B$71*$B$175*$B$13*$E$24/$B$72/$B$95*(1-(SINAL($B$96-
$B$90)*$B$95*$B$97/B104)))
B178 =+ABS($B$71*$B$175*$B$13*$B$87/$B$72/$B$95*(1+SINAL($B$96-
$B$90)*$B$95*$B$96/B105))
B179 =+ABS($B$71*$B$175*$B$13*$B$87/$B$72/$B$95*(1-$B$95*$B$96/B106))
D188 =+B146
D189 =+B152
D190 =+B158
Veríssimo e Paes
34
DEC/UFV
Pontes com vigas mistas
D191 =+D190
D192 =+B164
D193 =+B176
D194 =+D193
D195 =+D188+D190+SINAL(D188+D190)*D193
D196 =+D189+D191+D192+SINAL(D189+D191+D192)*D194
E188 =+B147
E189 =+B153
E190 =+B159
E191 =+E190
E192 =+B165
E193 =+B177
E194 =+E193
E195 =+E188+E190+SINAL(E188+E190)*E193
E196 =+E189+E191+E192+SINAL(E189+E191+E192)*E194
F186 =+B142
F188 =+B148
F189 =+B154
F190 =+B160
F191 =+F190
F192 =+B166
F193 =+B178
F194 =+F193
F195 =+F186+F188+F190+SINAL(F186+F188+F190)*F193
F196 =+F186+F189+F191+F192+SINAL(F186+F189+F191+F192)*F194
G186 =+B143
G188 =+B149
G189 =+B155
G190 =+B161
G191 =+G190
G192 =+B167
G193 =+B179
G194 =+G193
G195 =+G186+G188+G190+SINAL(G186+G188+G190)*G193
G196 =+G186+G189+G191+G192+SINAL(G186+G189+G191+G192)*G194
C201 =+$D$47+$D$58+$D$62
C202 =+C201/B30/B29
C208 =+$B$17
C209 =+-0.4*$C$208
C210 =0.06*$C$208+0.07
C212 =B10
C213 =+B11
C214 =-0.61*$C$213
C215 =0.7*$C$213
C216 =0.385*C213
Para o caso das pontes em viga mista, o número de conectores necessários para
garantir a transferência do esforço cisalhante entre as seções de aço e concreto é calculado
em função do fluxo de cisalhamento longitudinal (Figura 3-6).
D D fmáx
x x
L
Ac ac
D = V ⋅e
η Jm
onde: V = força cortante
e = espaçamento longitudinal entre conectores
Ac aco
para t=0, Do = V ⋅e
ηo J mo
Ac ac f
para t=∞, Df = V ⋅e
ηf J mf
Veríssimo e Paes
36
DEC/UFV
Pontes com vigas mistas
bef
x ≤
L 10
Como já foi comentado no capítulo 2, os tipos de colapso que podem ocorrer com
um conector pino com cabeça embutido no concreto e submetido a esforço horizontal são:
- a ruína do concreto por esmagamento ou fendilhamento;
- a ruptura do conector por corte.
As respectivas resistências nominais são obtidas empiricamente e valem
onde:
dcs = diâmetro do fuste do conector
fycs = limite de resistência ao escoamento do aço do conector.
d2
h
d ≥ 4,2 → α = 1,0
cs d2 >= 1,5 dcs
h = 3,0 → α = 0,85
dcs
hs
h
d cs
Para a obtenção de α , quando a relação h/dcs estiver entre os limites acima pode-
se interpolar linearmente.
Veríssimo e Paes
37
DEC/UFV
Pontes com vigas mistas
2
3
( 0,27 α d 2
cs f ck Ec )
Ru ≤ (2-4)
2
3
( 0,55 d 2
cs f ycs )
fycs = 34,5 kN/cm2 (aço ASTM A-108)
R
R =
1,7
As seguintes disposições construtivas devem ser atendidas para o cálculo dos conectores:
a) espaçamento transversal mínimo: 2,5 dcs
b) espaçamento longitudinal mínimo: 5 dcs
c) espaçamento longitudinal máximo: 600 mm
d) o cobrimento lateral de concreto não pode ser inferior a 40 mm, recomendando-se
ainda que o cobrimento superior não seja menor que 10 mm, em qualquer conector;
e) os conectores pino com cabeça não podem ter diâmetro maior que 2,5 vezes a
espessura da mesa à qual forem soldados, a menos que sejam colocados diretamente
na posição correspondente à alma da viga para evitar deformações excessivas da
mesa.
V Ac ac
fV = [kN/cm]
η Jm
Admite-se que apenas metade da carga permanente (A) exerça algum efeito sobre
os conectores.
Veríssimo e Paes
38
DEC/UFV
Pontes com vigas mistas
542,3
433,8
325,4
216,9 Cortante
108,5
devido a
CPA
246,0
196,8
147,6
98,4 Cortante
49,2
devido a
CPB
822,0 739,8
657,6 575,4
493,2
Cortante
devido à
CM
ηo = 7,12
ηf = 22,78
ηr = 14,52
a = 85,96 cm
Ac = 12600 cm2
Jc = 868.405 cm4
ac o = 22,22 cm
ac f = 40,63 cm
ac r = 35,72 cm
Jm o = 6128
. .440 cm4
Jm f = 4.819.222 cm4
Jm r = 5.350.353 cm4
εr = 250×10-6
Veríssimo e Paes
39
DEC/UFV
Pontes com vigas mistas
• força cortante
Para a seção correspondente a 0 < x < 2,60 m:
seção
VCPA /2 VCPB VCM f (t=0) f (t=∞)
(m)
0,0 271,2 246,0 822,0 8,59 6,24
2,60 216,9 196,8 739,8 7,40 5,38
5,20 162,7 147,6 657,6 6,21 4,51
7,80 108,3 98,4 575,4 5,02 3,75
10,40 54,3 49,2 493,2 3,83 2,78
• temperatura e retração
bef = 435 cm
x ≤
L 10 = 2600 / 10 = 260 cm
Admitindo ∆T = 15 °C
Veríssimo e Paes
40
DEC/UFV
Pontes com vigas mistas
= ± 5,82 kN/cm
• Dados do conector:
dcs = 22 mm
hcs = 208 mm
h 208
= = 9,45 > 4,2 ⇒ α=1
d cs 22
2
3
( 0,27 × 1 × 2,2 2
× 2,0 × 2.879 ) = 66,11 kN
Ru ≤
2
3
( 0,55 × 2,22 × 34,5 ) = 61,23 kN
R 61,23
A resistência admissível de um conector á dada por: R = = = 36,02 kN
1,7 1,7
Veríssimo e Paes
41
DEC/UFV
Pontes com vigas mistas
450
50 70 70 70 70 70 50
Espaçamento longitudinal:
14,41 × 260
• 0 ≤ x ≤ 2,60 m ⇒ = 17,34 ≈ 18 linhas
6 × 36,02
2600
e= = 153 mm ⇒ usar 150 mm
17
7,41 × 260
• 2,60 ≤ x ≤ 5,20 m ⇒ = 8,91 ≈ 9 linhas
6 × 36,02
2600
e= = 325 mm ⇒ usar 320 mm
8
6,21 × 260
• 5,20 ≤ x ≤ 7,80 m ⇒ = 7,47 ≈ 8 linhas
6 × 36,02
2600
e= = 371 mm ⇒ usar 370 mm
7
5,02 × 260
• 7,80 ≤ x ≤ 10,40 m ⇒ = 6,04 ≈ 6 linhas
6 × 36,02
2600
e= = 520 mm ⇒ usar 500 mm
5
3,83 × 260
• 10,40 ≤ x ≤ 13,00 m ⇒ = 6,91 ≈ 7 linhas
4 × 36,02
2600
e= = 433 mm ⇒ usar 430 mm
6
Veríssimo e Paes
42
DEC/UFV
Pontes com vigas mistas
18 x 6φ 9 x 6φ 8 x 6φ 6 x 6φ 7 x 4φ
e = 150 mm e = 320 mm e = 370 mm e = 500 mm e = 430 mm
13000
CL APOIO
σc
σc h
tw
Veríssimo e Paes
44
DEC/UFV
Pontes com vigas mistas
b
t
b E
≤ 0,5
t fy
E b E
Para 0,5 ≤ ≤ a largura efetiva da mesa a ser considerada no cálculo
fy t fy
bef 2 b E
deve ser reduzida, obtida pela seguinte expressão: = 2 −
b 3 t fy
5,34 a
kc π E2 4,0 + (a / h) 2 se
h
≤ 1,0
σ cr = 2 onde: kc ≤
12 (1 − ν 2 ) h t 5,34 + 4 a
se > 1,0
w ( a / h) 2 h
Veríssimo e Paes
45
DEC/UFV
Pontes com vigas mistas
h 199
Daí vem que: ≤ onde τmax = 0,33 fy [ fy em kN/cm2 ]
tw τmax
290 t w
amax ≤ ( com τ em kN/cm2 e amax na mesma unidade de tw )
τ
bf
d
50 + 30 (mm)
be ≥
be bf
4
d be
# te te ≥
16
Os enrijecedores devem possuir uma rigidez mínima com relação ao plano da alma
igual a:
I s ≥ 0,092 a t w J
2
h
em que: J = 25 − 20 ≥ 5,0
a
t e (2 be + t w )
3
Is =
12
Veríssimo e Paes
46
DEC/UFV
Pontes com vigas mistas
ts
18 tw
2π 2 E
Cc =
fy
KL
Para < Cc , a tensão admissível Fa é dada por:
r
KL
2
f
r
Fa = 1 − y
2 Cc2 FS
3
KL KL
3
5 r r
onde: FS = + −
3 8 Cc 8 Cc3
KL 12 π 2 E
Para ≥ Cc , Fa é dada por: Fa = 2
r KL
23
r
Para o cálculo da tensão máxima de apoio deve-se usar a área efetiva da chapa, ou
seja, subtrai-se a área dos recortes dos enrijecedores (Figura 3.9).
Veríssimo e Paes
47
DEC/UFV
Pontes com vigas mistas
mín. 40
filetes de solda entre
a mesa e a alma
máx. 16 tw
área líquida
pela qual a
força de compressão
é introduzida
no enrijecedor
enrijecedor
Figura 3.9 - Detalhe dos enrijecedores de apoio para vigas metálicas de pontes.
Para prevenir a flambagem local dos enrijecedores de apoio a esbeltez das chapas
deve atender ao seguinte limite:
bs 58
≤ ( com fy em kN/cm2 )
ts fy
Veríssimo e Paes
48
DEC/UFV
Pontes com vigas mistas
Para a verificação da flambagem lateral com torção, para as cargas antes da cura do
concreto, se necessário devem ser previstas estruturas de contraventamento para garantir a
estabilidade da viga, podendo esses contraventamentos ser temporários, ou seja, após a
cura do concreto podem ser desmontados e removidos da ponte.
Após a cura do concreto, a laje, ligada às vigas de aço por intermédio dos
conectores de cisalhamento, passa a funcionar como um diafragma, transmitindo as cargas
horizontais para a infra-estrutura.
f y2 Lb
0,55 f y −
16180 ry
σ fl ≥ ( tensões em kN/cm2 )
7380 . A f
Lb d
Veríssimo e Paes
49
DEC/UFV
Pontes com vigas mistas
Dada uma viga metálica biapoiada de uma ponte, com 26 m de vão livre, construída
em aço USI-SAC 50 ( fy = 35 kN/m2 ), determinar o máximo comprimento destravado
admissível para as cargas atuantes antes da cura do concreto.
σ as = −14,73 kN/cm 2
Jy 109.047
ry = = = 14,40 cm
A 525,94
f y2 Lb 35 2 × 650
0,55 f y − = 0,55 × 35 − = 15,83 kN/cm 2
16180 r 16180 × 14, 40
σ fl ≥
y
L = 4 × Lb = 4 × 650 cm = 2600 cm
Veríssimo e Paes
50
DEC/UFV
Pontes com vigas mistas
As ações transversais à ponte, tais como vento, impacto lateral, força decorrente da
flambagem lateral, etc., são transmitidas aos apoios através dos contraventamentos.
P P P P P P P P P
+ + + + + + + +
ΣP ΣP
2 2
A tensão admissível à tração na área líquida das barras da treliça é dada por
σ t = 0,55 f y
Quando são usados outros tipos de treliçamento, as barras ficam solicitadas à tração
e à compressão (Figura 3.11).
P P P P P P P
+ - + - + -
ΣP ΣP
2 2
Figura 3.11 - Esquema de cálculo do contraventamento horizontal com barras solicitadas à tração e à
compressão.
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Pontes com vigas mistas
KL 90
≤ ⇒ σ c = 0,55 f y
r fy
1,5
90 KL 719 fy KL
< ≤ ⇒ σ c = 0,60 f y −
fy r fy 147,8 r
KL 719 103.360
> ⇒ σ c = 0,55 f y 2
r fy KL
r
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Pontes com vigas mistas
P = 0,025 A fs σ as
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Pontes com vigas mistas
3.19 Fadiga
As pontes são estruturas sujeitas a grandes solicitações provocadas pelas cargas
móveis. Em alguns sistemas estruturais, o efeito das cargas móveis pode ocasionar
oscilações severas de tensões, de forma que o comportamento à fadiga pode se tornar
crítico.
( P) (
∆σ = σ max − σ min = σ g + σφmax P )
− σ g + σφmin = σφmax
P − σφP
min
O tipo de aço, bem como a relação σmin/σmax não exercem influência significativa
sobre o fenômeno de fadiga, podendo ser desprezados.
Os detalhes construtivos devem diminuir os riscos de iniciação e propagação de
trincas de fadiga, dando-se especial atenção aos pontos de concentração de tensões. A
influência da concentração de tensões e das tensões residuais são considerados para cada
detalhe construtivo em particular.
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Pontes com vigas mistas
BIBLIOGRAFIA
4. BIBLIOGRAFIA
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