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T2
ANÁLISE MACROECONÔMICA DE REPORTAGEM
NITERÓI
2021.2
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO………………………………....……………………………….....….3
2. RESUMO……………………………………….…………………………………..….4
3. REPORTAGEM…………………………………………………...……....…………23
4. ANÁLISE MACROECONÔMICA………………………………..……….…...…...26
5. CONCLUSÃO……………………………….……………………………….….…...28
6. BIBLIOGRAFIA……………...……………………………………………….……...29
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1. INTRODUÇÃO
A presente atividade tem como função analisar de maneira prática a
reportagem, sob o viés macroeconômico, com conceitos adquiridos na disciplina de
Teoria Macroeconômica 1. Ademais a análise será realizada dentro da ótica de uma
economia aberta, onde todas as influências econômicas externas como exportação,
importação e cotação de moeda estrangeira será levada em consideração e fará
diferença no comportamento da economia analisada.
A reportagem a ser analisada tem como título “Brasil deve crescer pouco, com
inflação ainda alta e dólar em até R$ 6 em 2022”, e no decorrer da atividade será
possível imergir nos conhecimentos a respeito de uma economia aberta e tipos,
funções e modo de aplicação das taxas de câmbio.
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2. RESUMO
As políticas macroeconômicas em uma Economia Aberta: Taxas Fixas de
Câmbio.
O câmbio fixo é independente da demanda/oferta estrangeira, enquanto o
câmbio flutuante baseia-se na demanda/oferta estrangeira. Ademais, é importante
salientar que cada um dos cambios se comporta de uma forma diferente quando se
trata de políticas macroeconômicas. Sendo elas:
Políticas Fiscais: que correspondem aos gastos do governo (G) e aos impostos
(T).
Políticas Monetárias: são as que correspondem à emissão de moeda, emissão
de títulos e ao controle da taxa de juros.
● Modelo de Mundell-Fleming
● Mercado Cambial
Economia fechada: Qd = C + I + G
Economia aberta: Qd = C + I + G + (X − M)
● ↑ i→ ↓C→ ↓I→ ↓A
+−−
−++
+−−++
● Curva IS
↓ i→ ↑C e I → ↑ Qd
● Deslocamento da IS
↑ G → ↑Qd
Qd = C + I + G + (X − M)
● C = c (Q − t) − ai
● I=−b
● G = G, ou seja, foi previamente informado
● X = X [X = X (Q* , ou seja, X foi previamente, informado e é função
de Q* (renda estrangeira => indica o desejo do mundo de comprar
nossos bens) e da taxa de câmbio real.
● M = M0 = M0 + mQ , ou seja, M0 não depende da renda e mQ sim,
pois demonstra quanto a economia vai estar disposta a importar
quando o nível de renda é aumentado.
● m => propensão marginal a importar
● Curva LM
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● Mobilidade de capital
Com isso, há uma maior entrada de capitais para o país, visto que,
investir domesticamente se torna mais vantajoso. Entretanto, quando a
taxa de juros internacional aumenta, os investimentos no exterior
aumentam também, ou seja, é uma função negativa do fluxo de capitais.
● Inclinação da curva BP
● Política monetária
● Mercado monetário
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● Política fiscal
Aumento dos gastos do governo (G) ou redução de impostos (T): O aumento de
G desloca a curva IS para IS’, tendo B como ponto de equilíbrio temporário. Em
um segundo momento em B, a taxa de juros i é maior que i*, o que induz um
influxo de capital externo para o país. Isso aumenta a oferta de euros no país,
explicitada pelo movimento de S para S’.
Mercado cambial
● Mercado monetário
O aumento dos gastos do governo (G) aumenta a absorção doméstica (A),
aumentando a demanda agregada (Qd ). Os impactos disso seriam o aumento
da demanda por moeda por motivo transacional (Lt ), gerando desequilíbrio no
mercado monetário.
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Pôr a taxa de juros internacional (i*) estar maior, é mais vantajoso que os
residentes vendam os títulos domésticos para comprar estrangeiros, visto que
renderão mais. Esse fluxo caracteriza a fuga de capitais de um país, resultando
no aumento da demanda por euro (L).
● Mercado cambial
● Mercado monetário
● Política fiscal
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Nesse ponto, a taxa de juros i está maior que i*, o que causa a entrada
de capital através da compra de títulos domésticos.
Mercado cambial
● Mercado monetário
O aumento dos gastos do governo (G) faz aumentar a demanda agregada (Qd )
deslocando IS para IS’, e a oferta de moeda pelo motivo transacional (Lt ). Com
isso, a taxa de juros doméstica (i) tende a aumentar. Porém como a taxa de juros
doméstica (i) está igual à taxa de juros internacional (i*), a demanda agregada
diminui (Qd), deslocando IS’ de volta para IS e causando também a diminuição da
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oferta de moeda (Lt ). Só então sendo possível atingir o equilíbrio, a política fiscal
demonstra-se totalmente ineficaz, visto que o saldo da balança comercial piora e
ocorre crowding out total através da apreciação do câmbio.
➢ Economia fechada:
➢ Economia aberta:
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3. REPORTAGEM
Em 2022, porém, a história será diferente. Ou melhor: deve voltar a ficar igual
ao que era antes, retornado à série de anos em que o país ficou preso a um
crescimento fraco logo antes de a pandemia chegar.
Isto, ainda, apimentado por uma inflação que, embora não deva repetir os
mesmos 10% em que está agora, continuará alta, e um dólar que seguirá pressionado
pelas fraquezas domésticas e acomodado com folga na casa dos R$ 5,50. Há até
quem não descarte que a moeda possa flertar com os R$ 6 em alguns momentos.
Tudo isso com juros amargos provavelmente acima dos 11% ao longo do ano,
encarecendo o crédito, espantando os investimentos das empresas e deixando a roda
da economia ainda mais difícil de girar.
“A recuperação já está perdendo tração e tudo isso sugere que ainda teremos
um ano difícil pela frente”, diz o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano
Rostagno.
“Claro que não será tão ruim quanto 2020, quando houve a eclosão da
pandemia, mas teremos um ritmo de crescimento muito baixo e uma sensação para o
trabalhador e o consumidor de que as coisas não estão melhorando no ritmo em que
gostariam.”
A inflação, hoje em 10,8%, deve desacelerar aos 4,7% até o final do ano, na
estimativa do banco – mas ainda flertando com o limite máximo tolerado pela meta do
país, que é de uma alta de preços de até 5%.
Isso significa que, no geral, os preços não vão cair, mas apenas crescer com
menos força em cima dos níveis já altos a que chegaram.
O dólar, por sua vez, deve ficar navegando entre os R$ 5,40 e os R$ 5,90.
“Pode até testar o patamar dos R$ 6, por conta principalmente das eleições e também
pela perspectiva de que o banco central dos Estados Unidos volte a subir juros”, disse
Rostagno.
“Há alguns suspeitos para isso”, diz Jarra. “Um deles é a inflação muito mais
alta, que afeta o poder de compra das famílias e a dinâmica do consumo. Há também
problemas na indústria, que, depois de uma recuperação forte no início, passa hoje
por dificuldades na cadeia de suprimentos.”
4. ANÁLISE MACROECONÔMICA
Ao avaliar o que foi exposto na reportagem, pode-se concluir que, de acordo
com as previsões dos economistas baseadas no atual cenário brasileiro, haverá uma
contração na economia do país no ano de 2022. Para compreender plenamente o
comportamento de tal ocorrência, deve-se considerar distintos fatores. Estes incluem
o comportamento do PIB, o valor da inflação, a previsão de crescimento do setor
agropecuário no primeiro trimestre, o aumento nos juros dos empréstimos, os
investimentos privados e o baixo poder de compra da população e a cotação do dólar
consoante ao cenário político do ano eleitoral.
Primeiramente, é preciso examinar o que ocorrerá com o PIB brasileiro no ano
de 2022. De acordo com as previsões dos economistas, diferentemente do ano de
2021, que o valor do PIB apresentou crescimento de 4% em relação a 2020, a
tendência para o ano atual é de fraco crescimento, seguindo um padrão parecido com
os anos anteriores à pandemia. Entretanto, ainda existem algumas previsões mais
pessimistas, que preveem um ano de recessão com quedas que podem chegar a
0,5%. Percebe-se, assim, que há divergências quanto ao cenário econômico brasileiro
para 2022, principalmente devido aos distintos fatores que cerceiam a conjuntura
política, como as eleições e as possíveis instabilidades que venham a ocorrer.
Ademais, cabe ressaltar o comportamento da inflação para o ano de 2022. No
presente momento, a mesma encontra-se nos 10,8%, ultrapassando a meta proposta
para o ano de 2021, que seria de 5%. Desse modo, as previsões mais otimistas
apontam que o país não deve alcançar os dois dígitos, como alcançou em 2021, e
que a inflação deve apresentar desaceleração, chegando aos 4,7%, valor este ainda
muito próximo da meta estabelecida pelas autoridades do Banco Central. Portanto,
com os dados apresentados, a conjuntura econômica deve ser muito parecida com a
de 2021, ou seja, uma população com baixo poder de compra.
Ademais, é pertinente pontuar a previsão de crescimento no setor agropecuário
no primeiro trimestre de 2022, sendo este o carro-chefe da economia brasileira.
Segundo as previsões dos economistas, tal área deve apresentar um breve
crescimento no primeiro trimestre de 2022, contudo, com a diminuição da demanda
ocasionada pelo aumento dos juros dos empréstimos, tal crescimento tende a decair,
de modo que, no segundo trimestre, o mesmo setor apresente contração.
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5. CONCLUSÃO
Portanto, através da análise da reportagem, é possível concluir que o
surgimento constante de novas variantes no cenário pandêmico que vive-se
atualmente dificulta a recuperação econômica do país, uma vez que tal conjuntura
influencia diretamente na economia brasileira e prejudica o rápido restabelecimento
dos diversos setores da economia, como a indústria e o agronegócio, este segundo
que, de acordo com as previsões dos economistas, deve promover um tênue
crescimento na economia no primeiro trimestre de 2022, mas que, logo, perderá força.
Desse modo, é possível afirmar que a demanda agregada sofrerá, por mais um
ano, uma contração, uma vez que a mesma é composta pelo consumo da população
e pelos investimentos privados, que tendem a diminuir com o aumento da taxa básica
de juros e consequente aumento da inflação. Tal cenário demonstra e sugere que o
PIB não apresentará forte crescimento neste ano, podendo até mesmo chegar a ser
negativo devido ao surgimento de novas variantes e instabilidades políticas.
No que tange ao tema inflacionário, pode-se perceber um certo otimismo
quanto às previsões dos economistas. Porém, a incerteza quanto ao surgimento de
novas variantes faz com que as previsões para o valor da inflação subam e o país
feche o ano, mais uma vez, acima do marco de 5% estabelecido pelas autoridades do
Banco Central. Tal conjuntura faz com que a população continue com a sensação de
pouca renda e preços altos, denominando, assim, um baixo poder de compra por
mais um ano consecutivo.
Ademais, é importante pontuar a cotação do dólar e seus aumentos que estão
intimamente relacionados com o fato de 2022 ser um ano eleitoral. A previsão é de
que a moeda estadunidense não ultrapasse os R$5,90, mas que, com as
instabilidades políticas, que refletem na economia, tal valor pode chegar aos R$6,00.
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6. BIBLIOGRAFIA
SACHS, J. & LARRAIN, F. Macroeconomia. São Paulo: Makron Books.
https://www.cnnbrasil.com.br/business/brasil-deve-crescer-pouco-com-inflacao-ainda-
alta-e-dolar-em-ate-r-6-em-2022/