Q1: Quais são as equações (ou relações) necessárias para
solucionar um problema de mecânica dos sólidos? Descreva
cada uma delas.
- Eq. de compatibilidade: de deslocamentos, por exemplo,
estabelecem uma relação entre os diferentes deslocamentos
determinados no problema
- Eq. constitutivas: do problema estão relacionadas ao
material, por exemplo, sendo que uma equação constitutiva
clássica é a seguinte: σ = ε.E.
- Eq. de equilíbrio: podem ser resumidas de seguinte forma:
ΣF=0 e ΣM=0 .
- Eq. de estado: eq.t termodinâmica descreve o estado da
matéria sob um dado conjunto de condições físicas.
__________________________________________________
Q2: A) Comente quais os requisitos e/ou simplificações e B)
de exemplos de aplicações onde devem e/ou podem ser
utilizados os seguintes casos de análise.
- Estado Plano de Tensões: consideremos que o material,
sendo ele isotrópico e homogêneo, o comportamento é
linear, as constantes paramétricas são iguais tanto em
compressão quanto em tração e vale o princípio de
superposição de efeitos e as deformações em z são 0. Ex:
Placas Finas
- Estado Plano de Deformações: consideremos que o
material, sendo ele isotrópico e homogêneo, o
comportamento é linear, as constantes paramétricas são
iguais tanto em compressão quanto em tração e vale o
princípio de superposição de efeitos e as deformações em z
são 0. Ex: Análise de Barragens.
Q3: Descreva as 3 etapas de modelagem ao empregar o
Método dos Elementos Finitos.
- Pré-Processamento: é a etapa onde se prepara o problema
que será solucionado. Modela-se o fenômeno, introduzem-se
condições iniciais e de contorno, carregamentos, escolhe-se
os elementos, propriedades dos materiais e são feitas
simplificações que venham a facilitar a análise sem influir
negativamente nos resultados. Essa etapa subdivide-se em
discretização do modelo e seleção das funções de
interpolação. Ex: CAD, malha, materiais (E, ν, ρ)
- Solução: esta etapa depende da configuração do modelo na
etapa anterior. A solução baseia-se num algoritmo numérico
que objetiva solucionar eficientemente uma equação
diferencial com todas as restrições (condições) impostas ao
modelo na primeira etapa. Esta etapa subdivide-se em
obtenção da matriz de rigidez elementar, montagem das
equiações algébricas para todo o domínio, solução para os
deslocamentos desconhecidos, e cálculo das deformações e
tensões elementares a partir dos deslocamentos nodais. Ex:
montar matrizes globais, integrar cc, análise estática.
- Pós Processamento: é a última etapa do método, e depende
somente das necessidades do engenheiro que está
modelando o problema. Pode fornecer dados como
deslocamentos nodais, deformações da geometria,
gradientes de tensão de acordo com o critério de resistência
escolhido, gradientes de temperatura, deslocamentos nodais
ao longo do tempo, frequências naturais e modos de vibrar na
estrutura. Ex: resultados gráficos e numéricos.
Q2:
- Estado Axissimétrico: os graus de liberdade são x e Y. o
material e homogêneo e isotrópico. O comportamento é
linear, as constantes são iguais tanto para a tração quando a
compressão. Ex: Reservatório
- Estado Triplo de Tensões: No estado triplo de tensão, as
tensões que atuam nas faces do cubo elementar admitem
componentes em todas as direções. Consideremos que o
material, sendo ele isotrópico e homogêneo, o
comportamento é linear, as constantes paramétricas são
iguais tanto em compressão quanto em tração e vale o
princípio de superposição de efeitos. Existe deformação em
todas as dimensões e também a aplicação de tensão. Esse tipo
de modelo é adotado para componentes solicitados nos 3
eixos principais, sendo as tensões de cisalhamento ou te
tacão/compressão.
- Estado Uniaxial de Tensões: Nesse tipo de estado, ocorre a
atuação de tensões na direção de uma única aresta. Implica
na atuação de uma força em um corpo promovendo uma
tensão unidirecional no material. Consideremos que o
material, sendo ele isotrópico e homogêneo, o
comportamento é linear, as constantes paramétricas são
iguais tanto em compressão quanto em tração e vale o
princípio de superposição de efeitos. Nessa análise, as
deformações em demais dimensões senão a solicitada são 0
assim como as tensões. Ex: extrusão de fio
Q4: Quais são os critérios de convergências que as funções de
forma devem satisfazer? Descreva cada um deles.
- As funções deslocamento devem ser tais que não permitam
deformações no elemento quando os deslocamentos nodais
são causados por um movimento de corpo rígido: Deve
existir um termo independente em N (função deforma) para
garantir a continuidade
- As funções de forma devem ser tais a possibilitar uma
condição de deformação constante quando os
deslocamentos nodais são compatíveis com esta condição: a
ideia é que a diminuição progressiva da malha leva á condição
de deformação constante e o elemento deve poder descrever
isso. O elemento deve, no mínimo, possibilitar a condição d
deformação constante em seu interior. Neste caso, a
implicação é que devem existir termos em N que permitam
às derivadas usadas para expressar {ε} assumir valor
constante, assegurando continuidade da função.
- As funções de deslocamento devem ser tais que as
deformações na interface entre os elementos sejam finitas:
Como as deformações são expressas em termos de derivadas
isso implica na continuidade de existência de derivadas. De
um modo genérico se as derivadas usadas em {ε} são de
ordem m então as derivadas até (m-1) devem ser contínuas.
Função de forma: São funções de deslocamento utilizadas no
cálculo dos coeficientes da função sem ter que inverter a
matriz. Alem disso, normaliza os elementos distorcidos. Outra
vantagem é a inspeção direta.
Q5: Consideração da matriz de massa na análise dinâmica por Q6: Defina os tipos de elementos, estado geral de tensão,
elementos finitos e diferença entre “matriz de massa tensão plana e flexão pura (variáveis e carregamentos)
consistente” (spars) e “matriz de massa discretizada” -Tipos de elementos: Vigas, placas, prismas, tetraedos,
(lumped). hexaedros. Ao fazer a modelagem tem-se que pensar
-A matriz de massa deve ser considerada na análise dinâmica, também quais graus de liberdado nodais representam bem o
pois esse tipo de análise leva em consideração as parcelas fenômeno.
referentes a força inercial e a força elástica interna no Variáveis:
equilíbrio de forças. Dessa forma, o vetor de forças externas é
igual à multiplicação da matriz de massa pelos vetores
aceleração, tal como é indicado pela lei de Newton.
• Matriz de massa consistente (spars): Modelo
clássico com matriz de massa cheia.
• Matriz de massa discretizada (lumped): Aquela
que possui apenas os termos da diagonal principal
como não nulos. Menos termos, mais simples de se
obter e utilizar, menos recursos computacionais,
resultados mais qualitativos e menos quantitativos, Carrgementos:
mas pode oferecer resultados tão bons quanto a a)Estado geral de tensão: F (x,y,z)
consistente dependendo do caso. M(x,y,z)
b)Tensão Plana F(x,y)
M(z)

c)Flexão Pura M(x,y)

F(z)

Q7: Abordagem direta e matemática: Q8: Garlekim:

São abordagens do método de discretização. Generalização do método de Ritz, que pode ser aplicado
- Direta: método da montagem direta e método dos para problemas de contorno, que não podem ser reduzidos
parâmetros agrupados; utilizada para fins didáticos e casos
aos variacionais.
simples, pois são métodos ultrapassados. Serve para
familiarização com operações matriciais, constatação de
dificuldades e limitações e necessidade de enfoque mais -Solução de Problemas de Campo Estacionário.
adequado. -Problemas de campo: condução de calor, Infiltração em
- Matemática: mais adequada para problemas genéricos e meios porosos, Escoamento de fluidos ideais, Potencial
complexos, permite intravisão do problema sendo modelado e Elétrico/Eletromagnético, Torção de Sólidos e Lubrificação
é um método de definição provisória para o método de de mancais. Sequência: discretização do domínio, obter a
Elementos Finitos (método de discretização para resolver função de interpolação, montagem das matrizes globais.
equações diferenciais e que usa técnicas de CAD para modelar --------------------------------------------------------------------------------
o domínio da função). -Relações constitutivas (relacionam tensão e deformação)
−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−
1 1
Relações de equilíbrio (relacionam força e tensão) 𝜀𝑥 = 𝐸 (𝜎𝑥 − 𝜈(𝜎𝑦 + 𝜎𝑧 )) 𝛾𝑥𝑦 = 𝐺 (τ𝑥𝑦 )
𝜕𝜎𝑥 𝜕τ𝑥𝑦 𝜕τ𝑥𝑧 1 1
𝜕𝑥
+ 𝜕𝑦
+ 𝜕𝑧
+𝐹𝑥 = 0 τ𝑥𝑦 = τ𝑦𝑥 𝜀𝑦 = (𝜎𝑦 − 𝜈(𝜎𝑥 + 𝜎𝑧 )) 𝛾𝑥𝑧 = (τ𝑥𝑧 )
𝐸 𝐺
𝜕τ𝑥𝑦 𝜕𝜎𝑦 𝜕τ𝑦𝑧
+ + +𝐹𝑦 = 0 τ𝑥𝑧 = τ𝑧𝑥 1
𝜀𝑧 = 𝐸 (𝜎𝑧 − 𝜈(𝜎𝑥 + 𝜎𝑦 )) 𝛾𝑥𝑧 = 𝐺 (τ𝑦𝑧
1
)
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
𝜕τ𝑥𝑧 𝜕τ𝑦𝑧 𝜕𝜎𝑧
+ + +𝐹𝑧 = 0 τ𝑦𝑧 = τ𝑧𝑦
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
P2.2: Na análise estrutural o objetivo é obter-se os tensores 𝜎11 0 0 𝜀11 0 0
de tensão 𝜎𝑖𝑗 e de deformação 𝜀𝑖𝑗 dados por: c) ) 𝜎𝑖𝑗 = [ 0 0 0] 𝜀𝑖𝑗 = [ 0 𝜀22 0]
0 0 0 0 0 𝜀33
𝜎11 𝜎12 𝜎13 𝜀11 𝜀12 𝜀13
𝜎𝑖𝑗 = 𝜎21 𝜎22 𝜎23 𝜀𝑖𝑗 = 𝜀21 𝜀22 𝜀23 𝜎11 0 0 𝜀11 0 0
𝜎31 𝜎32 𝜎33 𝜀31 𝜀32 𝜀33 d) ) 𝜎𝑖𝑗 = [ 0 𝜎22 0] 𝜀𝑖𝑗 = [ 0 𝜀22 0]
Na análise dos seguintes casos, quais dos termos dos tensores 0 0 0 0 0 0
são nulos e qual a nomemclatura utilizada para designá-
los?Desenhar um sistema de coordenada para cada caso: 𝜎11 𝜎12 0 𝜀11 𝜀12 0
e) ) 𝜎𝑖𝑗 = [𝜎21 𝜎22 0] 𝜀𝑖𝑗 = [𝜀21 𝜀22 0]
a)Extintor de incêndio; 0 0 0 0 0 0
b)Região de contato entre dentes de engrenagem; 0 0 𝜎13 0 0 𝜀13
c)Ensaio de tração; f) ) 𝜎𝑖𝑗 = [ 0 0 0 ] 𝜀𝑖𝑗 = [ 0 0 0]
d)Bujão de gás; 𝜎31 0 𝜎33 𝜀31 0 𝜀33
e)Chapa fina carregada no seu plano;
f)Chapa fina carregada no plano perpendicular; 𝜎11 0 0 𝜀11 0 0
g)Roda do trem sobre o trilho g) ) 𝜎𝑖𝑗 = [ 0 0 0] 𝜀𝑖𝑗 = [ 0 𝜀22 0]
h)Tubo horizontal com extremidades fixadas e depois 0 0 0 0 0 𝜀33
aquecido (considerar peso próprio)
𝜎11 𝜎12 0 𝜀11 𝜀12 0
𝜎11 0 0 𝜀11 0 0 h) ) 𝜎𝑖𝑗 = [𝜎21 𝜎22 0] 𝜀𝑖𝑗 = [𝜀21 𝜀22 0]
a) 𝜎𝑖𝑗 = [ 0 𝜎22 0] 𝜀𝑖𝑗 = [ 0 𝜀22 0] 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0

𝜎11 0 0 𝜀11 0 0
b) 𝜎𝑖𝑗 = [ 0 0 0] 𝜀𝑖𝑗 = [ 0 𝜀22 0]
0 0 0 0 0 𝜀33

P2.3- a) Quais são os critérios de convergência que as funções
de formadevem satisfazer? Descreve a cada um deles.
i)quanto ao comportamento dos elementos; ii)quanto à
continuidade das funções. B)Quando uma função de forma
respeita os critérios de convergência o que ocorre em uma
análise por elementos finitos?
a) Q4+
P2.4 (Resposta->)- Em uma análise estática a resposta do
sistema não depende do tempo, deseja-se obter o
deslocamento, tensões e deformações devido à
carregamentos.
[K] {u} = {P} ou {u} = {P}. [K] ^-1 = [F] \\ ([K] é rigidez, [q] vetor
deslocamento e [P] vetor forças.

b) As funções de forma validam as condições impostas ao
problema, permitem a obtenção de matrizes características
(matriz de massa e de rigidez) e afetam a convergência da
solução. Além a análise depende de dois fatores:
i) Ordem p da função de forma, portanto se a solução exata é
uma deformação do elemento de forma quadrática por
exemplo, p=2 da a solução exata. Esse fator está diretamente
relacionado à quantidade nós no sistema a ser analisado.
ii) Tamanho da malha h, numa estrutura quanto mais fina for
a malha maior o grau de liberdade e maior sua capacidadede
expressar situações mais complexas de deformação. Esse
fator está relacionado aos graus de liberdade presentes no
sistema. Ordem de convergência = 𝑂(ℎ(𝑝+1))
---------------------------------------------------------------------------------
P2.4- Na análise linear estática estrutural, em certo momento
se obtem um sistema linear de equações representado pelo
problema matricial [K] {u} = {P}, cuja solução leva ao vetor de
deslocamentos nodais {u}. Como são calculadas as
deformações e as tensões a partir desse ponto?
Sabe-se que {u} = [N]*{u}n , além disso {ε}=[L]*{u}. Então
{ε}=[L][N]{u}n . ([L]é um operador e [N] função de forma)
Cálculo de tensões e deformações:
Desloc. Nodal
𝐼 {𝜀}𝑒 = [𝐵]{𝑢}𝑒𝑛
Tensões elementares
Def. Elemento
𝐼𝐼 {𝜎}𝑒 = [𝐷]{𝜀}𝑒
Matriz de elasticidade
Dados os deslocamentos calcula-se o campo de deformações a
partir das relações de compatibilidade geométrica, tal como no
caso simples da barra sob tração e = du/dx, uma vez calculado o
campo de deformações o campo de tensões é obtido por meio das
relações constitutivas, que no caso dos sólidos é um tensor. As
relações constitutivas são a relação física entre deformações e
tensão. No método teríamos um vetor deformação {e}, uma
matriz constitutiva D, e logo a tensão no elemento seria {sigma} =
D*{e}. Resolveremos o sistema linear para {u} e para encontrar as
tensões e deformações voltamos nas equações I e II.
P2.Q5: Na análise dinâmica estrutural se obtêm um sistema
linear de quações diferenciais descrito por:
[M] {d²u/dt²} + [C] {du/dt} + [K] {u} = { P(t) }
Como esta equação é simplificada, qual o princípio de método
para a sua solução e qual o tipo de resultado obtido nos
seguintes tipos de análise?
a)Modal
b)Harmônica
c)Transiente
b) Na análise harmônica existe uma entrada senoidal de
frequência variável e sua saída será também senoidal de
frequência igual à da entrada. Busca-se a amplitude de saída
senoidal causada pela aplicação da força atuante.
c) No análise transiente tem-se uma entrada conhecida (de
qualquer tipo/natureza) sendo resolvida por meio integração
direta no tempo. Geralmente utiliza-se os métodos de
-Euler
-Runge-Kutta.

Essa equação é simplicada pois não há amortecimento ou

seja, não há dissipação de energia de modo que a matriz de
amortecimento [C] é zero. Portanto a equação fica:
[M] {d²u/dt²} + [K] {u} = { P(t) }
Então o trabalho externo se divide em Ecinético e Epotencial
elástica. Quando as parcelas foram iguais ocorre o fenômeno
chamado ressonância no qual os deslocamentos obtidos são
muito grandes. Portanto a resposta se dá pela solução dessa
equação diferencial.
a)No modal o sistema não possui entradas (Não há atuação
de forças no sistema) portanto analisa-se vibrações livres. Há
um comportamento análogo à atuação de forças periódicas
em que
𝑲
𝑾𝒏 = √
𝒎