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Transformação isovolumétrica

Quando ocorre uma transformação termodinâmica sem que o volume do gas varie, dizemos
que o gás sofreu uma transformação isovolumétrica, isométrica ou isocórica.

Considerando que a massa do gás também permanece


constante, as grandezas físicas que variam em uma transfor-
mação isovolumétrica são a pressão e a temperatura do gás.
Uma transformação isovolumétrica pode ser obtida forne- ä transformação reau/DBR
cendo-se calor a um recipiente de volume invariavel contendo
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gas. Assim, a temperatura e a pressão do gas aumentam, en- Co;

C[ll211'llO O VOl1l1'1'1€ p€I`1T12l1'1€C€ CO1'1Sl2l1'1l€.


Representação, fora de escala e em SetustruaçpBu
ões'

cores-fantasia, de uma transformação


isovolumétrica. pi' V1' Ti pz' V1 .T2
Lei de Charles
A lei que rege as transformações isovolumétricas, conhecida como lei de Charles, em home-
nagem a Jacques Charles, afirma:

A razão entre a pressão e a temperatura absoluta de determinada massa de gás durante


uma transformação isovolumétrica é constante.

Matematicamente, podemos escrever:


P _
T - constante

Assim, considerando uma transformação termodinâmica em que o volume é p


mantido constante, se a temperatura absoluta variar de um valor T1 para um valor
T2, a pressão do gás sofrerá uma variação correspondente de um valor p l para um pg "_ _ _
valor pz, de acordo com a seguinte expressao:

fizä
I, r,
P1 ----
Assim como 0 gráfico V >< T de uma transformação isobárica, 0 gráfico p >< T de
uma transformação isovolumétrica é uma reta que mostra a proporcionalidade di-
reta entre as duas variáveis, como se ve no grafico representado ao lado. Ti Tz

Uma bola inflável é preenchida com gás hélio a Cálculo do volume inicial Vo:
13 °C até ficar com raio de 10 cm. Em seguida, a
bola é colocada em uma estufa e aquecida até
vozâ-Tr 1o3z»v,,z4,19-103
40 °C. Supondo que a transformação ocorra à Portanto, VO E 4,19- 103 cm3.
pressão atmosférica e que a bola não estoure, cal-
Aplicando a lei de Charles e Gay-Lussac, obtemos:
cule o raio da bola no estado de equilíbrio final.
v, i/O V Z r,
Dado: volume da esfera: V = Ê - Tr - R3 _:_g v,,=>v,= 313
286-4,19-103
T1 TO 1 T0

Resolução zz v, E 4,58 - 103 v, E 4,58-1o3¢m3


Como a pressão não varia, podemos aplicar a lei Para calcular o raio final da bola, fazemos:
de Charles e Gay-Lussac. Para isso, é necessário
converter as temperaturas da escala Celsius para i/,=%~n~Rf=R,= 2 i/,~f?=>R,z 10,3
a escala Kelvin. Assim:
Portanto, no estado de equilíbrio final, o raio da
TO=13°C=286l<e 7l=40°C=313l< bola inflável é aproximadamente 10,3 cm.

Não escreva no livro.


Numa experiência, um cientista retira de uma má- Calcule a variaçao de volume que os pulmoes de
quina frigorifica, à temperatura de -15 °C, um um adulto sofreriam num mergulho em apneia a
recipiente contendo ar à pressão de 2,17 atm, le- 15 metros de profundidade caso não fossem pro-
vando-o em seguida até uma estufa em que a tem- tegidos pela caixa torácica. Para isso, conside-
peratura é 35 °C. Considerando que o volume do re que a pressão da água aumenta 1 atm a cada
recipiente não varia, calcule a pressão do ar no 10 metros de profundidade e que o ar nos pul-
estado de equilibrio final. mões é um gás ideal.
Resolução Resoluçao
Como o volume permanece constante, trata-se Como o ar dentro dos pulmões não sofre varia-
de uma transformação isovolumétrica. Antes de ção de temperatura, concluimos que ocorre uma
calcular a pressão no estado de equilibrio final, transformaçãoisotérmica. 0 estadoinicialé aque-
é necessário converter as temperaturas da escala le no qual o mergulhador se encontra na super-
Celsius para a escala Kelvin. Assim: ficie da água, quando o volume dos pulmões é
T0 = -15 °C = 258l<; T1: 35 °C = 308 l< VO = 5,0 L. 0 estado final é aquele a 15 metros de
Sabemos que em uma transformação isovolumé- profundidade, quando o volume dos pulmões é V1.
trica a razão entre pressão e temperatura se man- A pressão ao nivel do mar é po = 1,0 atm. Como
tém constante. Logo: a cada 10 metros de profundidade há um incre-
mento de 1,0 atm, a 15 metros, o incremento
P1T1-Í=>pl-TO
_ P0 _ E _
pozp- 2,17=> será de 1,5 atm. Assim, a pressão no estado final
é pl = 2,5 atm.
=>p1 E 2,59
Usando a lei de Boyle-l\/lariotte para o calcular o
Portanto, no estado de equilibrio final, a pressão volume no estado final, temos:
do ar é aproximadamente 2,59 atm. po . VO :p - :

Mergulho em apneia é uma modalidade de mergu-


lho sem tubo respirador na qual o atleta retém nos V1 = 2,5 5,0 => V1 = 2,0 V1 = 2,0 L
pulmões uma quantidade suficiente de oxigênio an-
0 que se pede, porém, é a variação do volume dos
tes de mergulhar. A pressão de 1 atm, o volume dos
pulmões, isto é: V1 - VO = 5,0 L - 2,0 L = 3,0 L
pulmões de uma pessoa adulta é aproximadamente
5 litros, e a temperatura do ar dentro dos pulmões Portanto, se não houvesse a proteção da caixa
não entra em equilibrio térmico com a água, já que torácica, o volume dos pulmões de um adulto di-
uma das funções do metabolismo humano é impe- minuiria 3,0 litros ao atingir 15 metros de pro-
dir a variação da temperatura interna do corpo. fundidade.

Observe a figura a seguir (fora de escala e em co- Dois recipientes contêm a mesma massa de gás
res-fantasia), que representa uma transformação nitrogênio e, inicialmente, o mesmo volume V.
isotérmica. Supondo que 0 gás seja ideal, respon- Ambos os recipientes são fechados por um êmbolo
da: após a transformação, a pressão do gás au- e uma chama é acesa embaixo de cada recipiente,
menta ou diminui? justifique. conforme mostra a ilustração abaixo (em cores-
-fantasia e fora de escala).
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ustrações

Considere a bola inflável do exercicio resolvido 1, Considerando que em um dos recipientes a chama
ã temperatura inicial de 13 °C e raio de 10 cm. é mantida acesa por mais tempo e que a pressão
Supondo agora que a bola estoure caso seu raio externa é 1 atm, identifique, na representação, o
dos
Est6
o
gases
u-udo ultrapasse 13 cm, calcule a temperatura minima, recipiente submetido ao periodo mais longo de
~_
em °C, para que isso aconteça. aquecimento. justifique sua resposta.
Cap
t

80 Não escreva no livro

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