3 - Fluidos Compressíveis - Gases

24/07/2019 AVA UNINOVE
Fluidos Compressíveis - Gases

ESTUDAR AS PROPRIEDADES E TRANSFORMAÇÕES DOS GASES IDEAIS
AUTOR(A): PROF. EDUARDO DE ARAUJO MAEDA
Gases
Na primeira aula, definimos fluidos como substâncias que assumem a forma do recipiente que as contém.
Entretanto, os gases se diferenciam dos líquidos por serem compressíveis, ou seja, seu volume varia com a
pressão que estão submetidos. Dessa forma, definimos gases como fluidos compressíveis e, portanto,
apresentam massa específica variável.

Equação de Estado dos Gases
Seja um gás um fluido compressível, tal que as variáveis explícitas, variáveis que definem o estado de um
gás são:
i) p (pressão), T ( temperatura) e (massa específica), denominadas variáveis explícitas de um gás.
ii) Dessa forma, a equação geral de um gás f(p, T, , equação válida para um Gás Ideal, definido como um
gás cujas moléculas são não interagentes, ou seja, quando estudados, segundo a Mecânica dos Fluidos, não
apresentarão reações químicas entre as moléculas.

iii) A equação Geral dos Gases Ideais é dada por:
p.V = m.R.T
Como a massa específica é:
, temos:

Onde:p é pressão absoluta do gás; R é a constante universal dos gases e T é a temperatura do gás, tal que
deve ser expressa em Kelvin: TK = TC + 273, com TK a temperatura em Kelvin e TC a temperatura em Celsius.

Transformações Gasosas
Os gases estão sujeitos a transformações de modo que a variáveis explícitas, como pressão, massa específica
e Temperatura sofram mudanças. Nessas condições, quando um gás inicialmente passa de um estado 01 e
para um estado 02, sem que haja mudança na massa m do gás durante a transformação, temos:
Considerando m1 = m2, ou seja, a massa do gás não varia durante a transformação.
Algumas transformações particulares são estudadas, são elas:

1 – Transformação Isotérmica
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Também conhecida como Lei de Boyle, é a transformação em que não há variação de temperatura do gás,
quando o mesmo passa do estado 01 para o estado 02, ou seja:
A Lei de Boyle é empregada por mergulhadores, pois explica o porquê de não se emergir rapidamente
quando se mergulha à grandes profundidades com o uso de cilindros de ar, evitando um processo
denominado de embolia. Na expansão e compressão do gás, admite-se que o ar nos pulmões do

mergulhador apresenta temperatura constante.

2 – Transformação Isobárica
Ocorre quando não há variação de pressão, ou seja:

3 – Transformação Isocórica ou Isométrica

Ocorre quando não há variação de volume, ou seja, o volume na transformação é constante, tal que:

Estudo do Diagrama pV
Diagrama pV ou diagrama pressão versus Volume, é o diagrama que mostra as transformações sofridas por
fluidos compressíveis. A figura abaixo representa o diagrama pV:
Figura 01 - Diagrama pV ou Pressão versus Volume.

Através do diagrama pV, temos:
i) No processo de 1 para 2, note que a pressão é a mesma, ou seja, p1 = p2 = pB, denotando uma
transformação isobárica;
ii) No processo de 2 para 3, note que o volume é o mesmo, ou seja, V 2 = V 3 = V B, denotando uma
transformação isocórica;
iii) No processo de 3 para 4, note que a pressão é a mesma, ou seja, p3 = p4 = pA, denotando uma
transformação isobárica;
iv) No processo de 4 para 1, note que o volume é o mesmo, ou seja, V 4 = V 1 = V A, denotando uma
transformação isocórica;
v) No processo de 1 para 3, temos uma transformação isotérmica, ou seja, T1 = T3 = T, com a pressão sendo
inversamente proporcional ao volume.

Exemplo 01: o diagrama pV de um gás ideal é mostrado na figura abaixo. Nessas condições, classifique a
transformação nos processos de A para B; B para C; C para D; D para A e de A para C.
Solução: Note que no processo de A para B, a pressão é constante, ou seja, p A = pB = 50,0kPa. Também, no
processo de C para D, temos pC = pD = 25,0kPa. Dessa forma, como a pressão é a mesma, em ambos
processos, ocorre transformação isobárica, com a pressão do gás sendo constante nesses processos.
Nos processos de B para D, o volume é constante, ou seja, V B = V C = 80,0.10–3m3. Também, no processo de D
para A, o volume também é constante, com VD = V A = 40,0.10–3m3, sendo ambos processos, transformações
isocóricas.
Já no processo de A para C, temos uma isoterma, ou seja, uma transformação isotérica.

Exemplo 02: através do diagrama acima, a massa do gás ideal no estado A é 20,0g à temperatura de 67,0 0C.
Determine:
a) a massa específica do gás no estado C;
b) a temperatura do gás no estado D.

Solução:
a) a massa específica do gás no estado A, com p A = 50,0kPa e pC = 25,kPa é:
Do estado A para o estado C, temos uma transformação isotérmica, ou seja, à mesma temperatura. Dessa
forma:

b) Do estado D para o estado A, temos transformação isocórica, ou seja, à temperatura constante,

consequentemente, não há variação da massa específica nessa transformação. Assim:
ATIVIDADE
A figura a seguir mostra o diagrama pV de um gás ideal, de massa 10,0g,
cuja temperatura no estado A é 1770C. Use a figura para responder os
exercícios 1, 2 e 3.
De acordo com o diagrama pV acima, podemos afirmar que a massa
específica do gás no estado C é:
A. 2,50 kg/m3
B. 1,75 kg/m3
C. 0,750 kg/m3
D. 0,625 kg/m3
ATIVIDADE
cuja temperatura no estado A é 1770C.
De acordo com o diagrama pV acima, podemos afirmar que temperatura
no estado B é:
A. 900 0C
B. 700 0C
C. 627 0C
D. 727 0C
ATIVIDADE
cuja temperatura no estado A é 1770C.
De acordo com o Diagrama pV acima, podemos afirmar que a
temperatura do gás ideal no estado D é:
A. –48,0 0C
B. 225 0C
C. –28,0 0C
D. 18,0 0C
ATIVIDADE
Inicialmente, 2,00m3 de Oxigênio (O2) tem massa específica de
1,33kg/m3 à 20,00C à pressão de 1,00atm (101,35kPa), nessas condições,

podemos afirmar que a constante do gás oxigênio R é:
A. 230 m2.s-2.K-1
B. 240 m2.s-2.K-1
C. 250 m2.s-2.K-1
D. 260 m2.s-2.K-1
ATIVIDADE
A massa especifica do GNV (gás natural veicular) à temperatura de
20,00, 1,00atm e R = 465m2.s-2.K-1 é:
A. 0,5468 kg/m3
B. 0,6468 kg/m3
C. 0,7438 kg/m3
D. 0,8468 kg/m3
REFERÊNCIA
1) BRUNETTI, Franco - Mecânica dos fluidos. Ed. Prentice Hall Brasil, 2008;
2) MUNSON, Bruce R. et al - Fundamentos da mecânica dos fluidos. Ed. Edgard Blucher, 2004;
3) FOX, et al. Introdução à Mecânica dos Fluidos. 6º Ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006.

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Fluidos Compressíveis - Gases

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i) p (pressão), T ( temperatura) e (massa especíﬁca), denominadas variáveis explícitas de um gás.

apresentarão reações químicas entre as moléculas.

Considerando m1 = m2, ou seja, a massa do gás não varia durante a transformação.

Algumas transformações particulares são estudadas, são elas:

quando o mesmo passa do estado 01 para o estado 02, ou seja:

denominado de embolia. Na expansão e compressão do gás, admite-se que o ar nos pulmões do

3 – Transformação Isocórica ou Isométrica

Figura 01 - Diagrama pV ou Pressão versus Volume.

Nos processos de B para D, o volume é constante, ou seja, V B = V C = 80,0.10–3m3. Também, no processo de D

Já no processo de A para C, temos uma isoterma, ou seja, uma transformação isotérica.

a) a massa especíﬁca do gás no estado C;

b) a temperatura do gás no estado D.

a) a massa especíﬁca do gás no estado A, com p A = 50,0kPa e pC = 25,kPa é:

b) Do estado D para o estado A, temos transformação isocórica, ou seja, à temperatura constante,

A ﬁgura a seguir mostra o diagrama pV de um gás ideal, de massa 10,0g,

cuja temperatura no estado A é 1770C. Use a ﬁgura para responder os

De acordo com o diagrama pV acima, podemos aﬁrmar que a massa

especíﬁca do gás no estado C é:

A ﬁgura a seguir mostra o diagrama pV de um gás ideal, de massa 10,0g,

cuja temperatura no estado A é 1770C.

De acordo com o diagrama pV acima, podemos aﬁrmar que temperatura

A ﬁgura a seguir mostra o diagrama pV de um gás ideal, de massa 10,0g,

cuja temperatura no estado A é 1770C.

De acordo com o Diagrama pV acima, podemos aﬁrmar que a

temperatura do gás ideal no estado D é:

Inicialmente, 2,00m3 de Oxigênio (O2) tem massa especíﬁca de

1,33kg/m3 à 20,00C à pressão de 1,00atm (101,35kPa), nessas condições,

A massa especiﬁca do GNV (gás natural veicular) à temperatura de

20,00, 1,00atm e R = 465m2.s-2.K-1 é:

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