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HISTÓRIA DO GO

História do Goiás – Parte I

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
HISTÓRIA DO GO
História do Goiás - Parte I

Sumário
Daniel Vasconcellos

História de Goiás – Parte I.. ............................................................................................................ 3


1. Primeiros Habitantes. . ................................................................................................................. 3
2. Capitanias Hereditárias. . ............................................................................................................ 6
3. As Bandeiras e a Exploração do Ouro..................................................................................... 7
3.1. Bandeiras.................................................................................................................................... 7
3.2. A Exploração do Ouro.............................................................................................................. 8
4. Goiás e a Independência do Brasil......................................................................................... 10
5. A Agropecuária nos Séculos XIX e XX.....................................................................................12
6. A Estrada de Ferro e a Modernização da Economia Goiana............................................. 14
7. Goiás e o Coronelismo na República Velha.. ..........................................................................19
8. A Construção de Goiânia e Brasília........................................................................................ 22
8.1. A Construção de Goiânia. . ...................................................................................................... 22
8.2. A Construção de Brasília.. ..................................................................................................... 25
Resumo............................................................................................................................................. 28
Mapas Mentais............................................................................................................................... 30
Questões Comentadas em Aula.................................................................................................. 32
Questões de Concurso.................................................................................................................. 35
Gabarito............................................................................................................................................60

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História do Goiás - Parte I
Daniel Vasconcellos

HISTÓRIA DE GOIÁS – PARTE I


1. Primeiros Habitantes
Querido (a) aluno (a), o atual estado de Goiás já era ocupado por povos nativos muito antes
da chegada dos europeus. Vestígios seguros indicam a existência de populações humanas
que remetem há 11 mil anos.
Por isso, antes de falarmos sobre as bandeiras em Goiás, é importante que contextuali-
zemos. É preciso que você compreenda, ainda que não de maneira profunda, quais eram os
povos que aqui habitavam antes da chegada dos portugueses, o que levou a Coroa Portuguesa
a colonizar essas terras e qual o desdobramento da exploração econômica do ouro na região.
Tentarei ser o mais objetivo possível para que otimizemos seu tempo. Vamos!
A maior parte dos sítios arqueológicos do estado está localizado em Serranópolis, Caia-
pônia e na Bacia do Paraná. São abrigos em grutas calcárias e rochas de arenito e quartzito.
O comportamento dos agrupamentos humanos que ali viviam foi influenciado por mudanças
climáticas, fazendo com que se alimentassem de moluscos terrestres e de uma quantidade
maior de frutos. O estudo arqueológico desses povos também ficou conhecido como “Fase
de Serranópolis”.
Também existem fortes indícios de ocupação pré-histórica em Uruaçu e Niquelândia, abri-
gando grande quantidade de material. Essas descobertas arqueológicas possibilitaram o estu-
do do chamado “homem Paranaíba”, considerado o primeiro representante humano que viveu
na área, pertencente ao grupo de caçadores e coletores.
Populações produtoras de cerâmica também ocuparam o território goiano, numa época
em que o clima e a vegetação seriam semelhantes aos atuais. Ocuparam a região a cerca de 2
mil anos e eram divididos em: Una, Aratu, Uru e Tupi-Guarani.
A mais antiga tradição desse grupo foi a Una que habitava grutas naturais, produziam ar-
tigos de cerâmica, cultivavam milho, amendoim, abóbora e algodão. Já os Aratus formaram
grandes agrupamentos humanos em ambientes abertos, nas áreas próximas de rios. Cultiva-
vam milho, feijão e algodão.
A tradição Uru, por sua vez, se tornou conhecida através de sítios arqueológicos encontra-
dos no Vale do Rio Araguaia.
Os agrupamentos Tupi-Guaranis são os mais recentes. Datam de cerca de 600 anos. Vi-
viam em aldeias populosas ao longo da Bacia do Rio Araguaia e da Bacia do Rio Tocantins.
Entre os séculos XVII e XIX, essas populações foram dizimadas pelos fluxos migratórios
após a descoberta do ouro. Atualmente, em Goiás existem cinco reservas em que estão distri-
buídos três grupos indígenas: os Karajá de Aruanã, os Tapuias do Carretão e os Avá-Canoeiro
de Minaçu.

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A seguir, de maneira objetiva, há uma lista das características socioculturais desses povos
antes da chegada dos europeus:
• ágrafos: não dominavam nenhum tipo de escrita. É importante destacar que pintura ru-
pestre é uma forma de comunicação artística, rústica, mas não pode ser classificada
como algum tipo de escrita;
• sociedades tribais;
• propriedade era coletiva. Não existia propriedade privada;
• Coivara: faziam queimadas controladas para abrir clareiras e descampados.

001. (UFG/CS/PREFEITURA DE GOIÂNIA/2016) Até o século XVIII, o estado de Goiás era habi-
tado por diversas tribos indígenas, como Kaiapós, Xavantes, Araés, Apinajés, Xacriabás, Avá-Ca-
noeiros, Goyá, Crixá, Akroá, entre outros. A ocupação do território pelos portugueses e brasileiros
de outras regiões acabou por dizimar a maioria absoluta dessas populações, a tal ponto que,
atualmente, só restam em Goiás três nações indígenas com reservas demarcadas. São elas:
a) Karajá, Tapuia e Avá-Canoeiro.
b) Xavante, Kaiapó e Akroá.
c) Araés, Goyá e Crixá.
d) Apinajé, Javaés e Apiaká.

Infelizmente, meu (minha) caro (a), existem nomenclaturas que você precisa guardar, mas não
será difícil. Tenha em mente que, dependendo do cargo que irá ocupar, debates sobre essas reser-
vas fatalmente poderão acontecer. Outro detalhe: é temática importante cobrada no tópico “Pa-
trimônio natural, histórico, cultural e religioso de Goiás” que discutiremos na nossa última aula.

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Querido (a) aluno (a), os portugueses chegaram ao Brasil em 1500 e, no entanto, não ocuparam
o território de imediato. Daí a nomenclatura Pré-colonial para nos referirmos aos trinta anos
que se seguem. Portanto, entre 1500 e 1530, a ocupação territorial se limitou a FEITORIAS no
litoral: uma mistura de forte para defesa do território e armazém. A região de Goiás só irá des-
pertar interesse um pouco mais tarde. Mas por que isso? A resposta fica mais interessante e
compreensível quando feita em partes:
a) por que a Coroa Portuguesa decidiu não explorar a colônia brasileira entre os anos de 1500 e 1530?
• Porque não encontraram metais preciosos em expedições;
• Porque o comércio com as Índias era suficientemente lucrativo;
• Porque em 1500 a única nação que detinha tecnologia naval para tomar a colônia bra-
sileira de Portugal era a Espanha, que celebrou o Tratado de Tordesilhas com Portugal.
b) por que a Coroa Portuguesa decidiu passar a explorar a colônia brasileira a partir dos anos de 1530?
• Porque tiveram notícias da descoberta de ouro e prata na América espanhola;
• Porque o comércio com as Índias entrou em crise;
• Porque países como França, Inglaterra, Holanda e Bélgica desenvolveram suas frotas marí-
timas e passaram a representar uma grande ameaça ao controle português sobre a colônia.
O Tratado de Tordesilhas, assinado em 7 de junho de 1494, foi um tratado celebrado entre o
reino de Portugal e a Coroa de Castela (Espanha) para dividir as terras do globo, “descobertas
e por descobrir”, por ambas as Coroas fora da Europa.

Tratado de Tordesilhas

Linha imaginária de Tordesilhas sobre as atuais fronteiras políticas.

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Note que grande parte do território goiano pertencia à Espanha de acordo com o tratado de Tordesilhas.
Entre 1500 e 1530, o único produto explorado era o pau-brasil. Como ainda não havíamos
passado pela Revolução Industrial, não existiam corantes sintéticos. O pau-brasil foi muito
utilizado nas manufaturas têxteis. As concessões para exploração eram dadas pela Coroa e
chamadas de estanco. Para cortar a madeira e levar aos navios, era necessária uma grande
quantidade de mão de obra. A modalidade de exploração da mão de obra indígena recebeu o
nome de escambo: troca de presentes, de artefatos e de animais que não existiam aqui pelo
trabalho dos índios. A escravidão indígena será sim utilizada no início da colonização, mas
logo será substituída pela mão de obra africana, pois a Coroa Portuguesa seguirá ao ordena-
mento da Igreja em não escravizar os nativos, considerados almas puras do paraíso.
Querido (a) aluno (a), a Coroa Portuguesa voltou seus olhos para a colônia brasileira e decidiu po-
voá-la, explorá-la, a fim de resolver sua crise econômica e impedir que outras nações tomassem
o território da colônia. O problema é que a Coroa Portuguesa não tinha recursos financeiros para
promover essa empreitada. Eis então a solução proposta: terceirizar a tarefa da colonização, entre-
gando lotes de terras a fidalgos (nobres portugueses). Nasceram assim as Capitanias Hereditárias.

Observe:

Letra a.

2. Capitanias Hereditárias
Faixas de terra que partiam do litoral para o interior até a linha imaginária do Tratado de
Tordesilhas. De início, foram quinze Capitanias entregues para usufruto do donatário. É impor-
tante destacar que o donatário não era dono da terra, ele possuía o direito de explorá-la, direito
esse estendido aos seus descendentes. No campo jurídico, existiam dois documentos para
regulamentar as relações entre a Coroa Portuguesa e os donatários:

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• Carta de Doação: documento que dava ao donatário o direito de exploração da terra e


repassava esse direito a seus descendentes. Também autorizava o donatário a construir
vilas e engenhos com o objetivo de povoar.
• Carta Foral: documento que regulamentava tributos e a divisão dos lucros da Capitania
entre a Coroa e os donatários.

O sistema de Capitanias era extremamente vantajoso para a Coroa Portuguesa, pois trans-
feria a responsabilidade da empresa de colonização para os fidalgos. Entretanto os donatários
passaram por grandes dificuldades: desenvolver a colônia com poucos recursos financeiros, a
distância em relação à metrópole (Portugal) e os constantes conflitos com os nativos. Diante
dessas dificuldades, a maioria das Capitanias não conseguiu vingar, desenvolver sua econo-
mia e gerar tributos para a Coroa. As únicas exceções, em função do sucesso na exploração do
açúcar, foram a Capitania de Pernambuco e a Capitania de São Vicente. É a esta última, aliás,
que o território do atual estado de Goiás estaria ligado até 1748.

3. As Bandeiras e a Exploração do Ouro


3.1. Bandeiras
Meu (a) querido (a), a ocupação do território do atual Estado de Goiás está intimamente
ligada às expedições dos bandeirantes paulistas em busca de ouro. Mas vamos por partes,
antes de seguir, vejamos alguns conceitos:
As entradas eram expedições oficiais (organizadas pela Coroa) que saiam do litoral em
direção ao interior do Brasil.
As descidas foram expedições dos jesuítas do Pará que tinham criado na Amazônia um sis-
tema bem estruturado de “aldeias” de aculturação indígena. Buscando índios para estas aldeias,
os jesuítas organizaram diversas expedições fluviais, que subindo o Tocantins chegaram a Goiás.
As bandeiras eram expedições organizadas e financiadas por particulares, principalmente
paulistas. Partiam de São Paulo e São Vicente, principalmente, rumo às regiões centro-oeste e
sul do Brasil. Em seguida, as principais bandeiras em Goiás:
• 1590-93, sob o comando de Domingo Luis e Antônio Macedo.
• Sebastião Marinho – 1592.
• Domingos Rodrigues – 1596-1600.
• Nicolau Barreto – 1602-04.
• Belchior Dias Carneiro – 1607.
• Martins Rodrigues – 1608-13.
• André Fernandes – 1613-15.
• Lázaro da Costa – 1615-18.
• Francisco Lopes Buenavides – 1665-66.

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• Antônio Pais – 1671.


• Bandeira de Bartolomeu Bueno da Silva, o Ananguera (1672 a 1740): partiu da região
norte do atual estado de São Paulo em direção a região centro-oeste do país em busca
do descobrimento de jazidas de ouro e pedras preciosas.

Em 1708, os bandeirantes paulistas encontraram ouro de aluvião (depositados nos barrancos


e margens dos rios) na região de Minas Gerais. Por exigirem a exclusividade da exploração de ouro
na região, entraram em conflito com “estrangeiros”, pessoas de outras partes da colônia que preten-
diam explorar as jazidas, também chamados pejorativamente de emboabas pelos paulistas. Esse
episódio ficou conhecido como Guerra dos Emboabas. A Coroa Portuguesa interveio e os paulistas,
derrotados, acabaram realizando novas bandeiras que encontrariam ouro no território de Goiás.
Os paulistas Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhangüera, João Leite e Domingos Rodrigues
do Prado saíram de São Paulo em 1722 para descobrir as ricas lavras de Goiás em 1725. Vi-
sando novas descobertas, Bartolomeu Bueno voltou ao território goiano em 1726 e ali criou
a primeira povoação goiana, o Arraial da Barra, na confluência dos rios Vermelho e Bugre.
Encontrou ouro nas minas de Vila Boa, em meados de 1727, onde criaram o arraial de N. S. de
Sant´Ana entorno de uma capela
Novas descobertas foram realizadas em São João Batista (Ferreiro), Ouro Fino, Anta, Santa
Rita, Tesouros, Nossa Senhora do Rosário de Meia Ponte (atual Pirenópolis). Contudo, as ja-
zidas mais produtivas encontradas foram a de Maranhão (1730), Água Quente (1732), Traíras
(1735) e Cachoeira (1736)
Domingos Rodrigues do Prado já havia descoberto minas também em Crixás (1734), São
Luís (1734), São Félix (1736), Pontal, Porto Real (1738), Arraias, Cavalcanti (1740) e Pilar. E en-
tre 1740 e 1750, Carmo (1746), Santa Luzia, Conceição, Bonfim, Caldas e Cocai (1749)
Meu (minha) querido(a), não é necessário que você decore o nome dessas minas. Mais
importante do que conhecê-las, o que precisa é compreender o processo que levou a serem
descobertas e os seus desdobramentos, o que veremos a seguir.

3.2. A Exploração do Ouro


A Coroa Portuguesa possuía a exclusividade comercial com a colônia (Pacto Colonial). Na
prática, era a Coroa Portuguesa que determinava o que deveria ser explorado aqui e, em cima
dessas atividades, cobrava tributos.
Grande parte do ouro extraído no Brasil acabou engordando os cofres ingleses na medida
em que Portugal realizava acordos comerciais desfavoráveis com a Inglaterra.
Sem dúvida, o sucesso da empreitada mineradora também se deve ao trabalho escravo
de indígenas e de africanos. Eram expostos ao sol por longos períodos e passavam a maior
parte do tempo com seus corpos na água garimpando. Eram submetidos à violência física e
psicológica. Não é de se estranhar que sobrevivessem em média 8 anos sob essas condições.

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Em Goiás a produção aurífera começou em 1725. A partir daí, várias outras descobertas
foram realizadas, o que levou a formação dos primeiros arraiais nos arredores do rio Vermelho,
Anta, Barra, Ferreiro, Ouro Fino e Santa Rita. A “corrida do ouro” atraiu contingentes populacio-
nais de todo território brasileiro. Isso levou a estruturação econômica e administrativa dessas
novas localidades, ainda que submetidas ao interesse português.

002. (CS/UFG/PREFEITURA DE GOIÂNIA/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2007) A escolha e a


instituição de eventos como portadores de sentido histórico por uma sociedade transmitem a
ideia de um processo de formação comum, conferindo aos símbolos o poder de sugerir identi-
dade. Nesse sentido, a identidade entre o bandeirante e a história de Goiás vincula-se à:
a) constituição do território goiano, pertencente à capitania de São Paulo até 1549, em virtude
de sua importância como produtor de gêneros de subsistência.
b) fundação, no século XVI, dos primeiros vilarejos em Goiás, concebidos para o apresamento
e a catequização dos índios.
c) descoberta do ouro em Goiás, catalisadora do processo do povoamento da região e da fun-
dação das vilas.
d) prosperidade do comércio da região, alcançada graças ao saldo positivo advindo da explo-
ração aurífera.

Meu(minha) querido(a), muito fácil, não é mesmo? São as bandeiras organizadas pelos pau-
listas que descobriram ouro na região de Goiás, atraindo um contingente populacional que
possibilitou a formação de vilas e povoados.
O contrabando do ouro foi energicamente combatido pela Coroa Portuguesa que isolava as
minas, realizava revistas, criou as Casa de Fundição e aplicava castigos severos aos contra-
bandistas em exibições públicas.
Letra c.

Casas de Fundição: estabelecimentos criados pela corte portuguesa, durante o período do Bra-
sil Colonial, nas regiões de exploração aurífera (principalmente Minas Gerais). Elas foram cria-
das em 1603 e funcionaram até 1821. Tinham a função de recolher o quinto (20%) sobre o ouro
explorado e devolver a parte do mineiro em forma de barras com o selo da coroa portuguesa.
Os dados oficiais, apesar de incompletos, revelam que a produção de ouro em Goiás era pe-
quena se comparada a atividade em Minas Gerais. Para se ter uma ideia, entre 1730 e 1734,
Goiás atingiu 1.000 Kg e, entre 1750 e 1754, no auge da mineração na região, atingiu 5.880 Kg.

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A diminuição da produção é a marca da decadência da mineração na região. Como não possu-


íam tecnologia para extração do minério em lavras profundas, tiveram que encerrar atividade
quando acabou o ouro de aluvião. Essa decadência acabou promovendo o declínio da popula-
ção, o fim da imigração e a desaceleração das atividades econômicas.

4. Goiás e a Independência do Brasil


O início do século XIX é marcado por conflitos administrativos. Vários capitães-generais
pediam a divisão da província em Norte e Sul para facilitar a administração. Em 1809 divide-se
Goiás em duas Comarcas: Sul, com jurisdição de Goiás como cabeça ou sede e Norte, com
jurisdição de Vila de São João da Palma como cabeça ou sede.
Com as Guerras Napoleônicas acontecendo na Europa, a corte portuguesa desembarca no
Brasil em 1808, trazendo mudanças para a colônia. D. João VI criou no país algumas instituições
sólidas, que se fazem presente até hoje em nossas vidas, como o Banco do Brasil e os Correios.
Cria uma linha de Correio da Corte para o Pará via Goiás. Antes, no auge do ouro e depois, os tropei-
ros e mascates eram os responsáveis por trazer notícias das Capitanias brasileiras e até da Europa.
Havia um descontentamento com a administração colonial, os empregados públicos ti-
nham seus salários sempre atrasados com a crise. Juntas administrativas deram espaço para
disputas de poder. D. João VI se via diante de uma crise política e as cortes portuguesas exi-
giam seu retorno. Ele volta para Portugal e a vitória separatista se dá em 1822. Em Goiás, gru-
pos locais com diferentes ideias, mas o mesmo objetivo, ou seja, o poder, entraram em choque.
Houve quem falasse em ideal republicano.
Após a volta de D. João VI para Portugal, o Brasil viveu um período de profunda crise política,
pois suas conquistas econômicas e administrativas estavam sendo ameaçadas pelas Cortes
Portuguesas. Em Goiás a população rural permaneceu alheia a essas crises. Mas elementos
ligados à administração, ao exército, ao clero e a algumas famílias ricas e poderosas, insatis-
feitos com a administração, fizeram germinar no rincão goiano o reflexo das crises nacionais.
Ocorre que, no momento da Independência, o acesso ao conhecimento e compreensão
do que ocorria nas outras províncias, no Rio de Janeiro e na Metrópole, estava restrito a um
pequeno número de grandes proprietários e ao estamento burocrático, concentrado na capital.
A atuação dos capitães generais, às vezes prepotentes e arbitrários, fez nascer na capita-
nia um ranço pelos administradores. A causa maior dos descontentamentos encontrava-se na
estrutura da administração colonial. Os empregados públicos eram os mais descontentes: a
receita não saldava as despesas e os seus vencimentos estavam sempre em atraso. Encontra-
vam-se também entre estes elementos do clero, os mais intelectualizados da Capitania.
As insatisfações administrativas existiam, mas raramente se manifestavam. Foram as Câma-
ras que se manifestaram pela primeira vez contra os Capitães Generais, representantes diretos da
metrópole. Em 1770, por ocasião da morte do Capitão General João Manoel de Melo, a Câmara
elegeu uma junta governativa para substitui-lo. Em 1803 desentendeu-se com o Capitão General e

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pretendeu destituí-lo do poder. Tempos depois (1820) por ocasião da escolha dos representantes
goianos à Constituinte Portuguesa, apareceram nas esquinas da cidade de Goiás proclamações
insubordinas contra a ordem constituída, sob a liderança do Padre Luiz Bartolomeu Marques.
Desde outubro de 1820 estava em Goiás o último governador colonial, Manuel Inácio de
Sampaio. Suas iniciativas para reorganizar a administração haviam provocado irritação geral,
que cresceu até fazer dele o alvo físico de um descontentamento que se acumulara durante as
décadas anteriores.
Apesar da ação repressora do governador Sampaio, que se colocou contra a ideia de cria-
ção de uma junta Governativa, foi esse mesmo Governador obrigado, pelas pressões de gru-
pos políticos locais, a ordenar à Câmara a eleição de uma junta Governativa, em cumprimento
ao decreto de 18 de abril de 1820.
Nesta primeira eleição, Sampaio trabalhou para ser eleito presidente da junta, o que de fato
conseguiu, apesar de grupos políticos locais, insatisfeitos com a sua administração, deseja-
rem afastá-lo. Surgiram desentendimentos, brigas, que culminaram em sua renúncia e retirada
da Província. Elegeu-se nova junta Governativa. Foram seus integrantes: Álvaro José Xavier
como presidente, José Rodrigues Jardim como Secretário, e os membros, Joaquim Alves de
Oliveira, João José do Couto Guimarães e Raimundo Nonato Hyacinto, Pe. Luiz Gonzaga de
Camargo Fleury e Inácio Soares de Bulhões.
Processada a Independência do Brasil em 1822, esta não trouxe transformações, quer so-
ciais, quer econômicas para Goiás. No dia 16 de dezembro, fez-se juramento solene à aclamação
do Imperador Constitucional do Brasil: D. Pedro I. O primeiro Presidente de Goiás, nomeado por
D. Pedro, foi Dr. Caetano Maria Lopes Gama, que assumiu o cargo a 14 de setembro de 1824.
O movimento separatista do Norte do Estado de Goiás (1821 a 1824) representou uma con-
tinuação do movimento revolucionário da capitania de Goiás sob a liderança do mesmo Padre
Luis Bartolomeu Marques, aclamado como O Apóstolo da Liberdade. Os grandes proprietários
afirmavam que, apesar de pagar os impostos, os benefícios do governo lá não chegavam. O
povo vivia em completa miséria.
Após a independência política do Brasil, processou-se uma luta surda entre brasileiros
e portugueses pelo poder político e econômico do Brasil; D. Pedro I, como era português de
nascimento, começou a ser favorável aos portugueses, inclusive colocando-os nos melhores
cargos públicos e postos de confiança de seu governo.
Em Goiás, como vimos, não houve mudanças marcantes na passagem da Colônia para o
Império. No aspecto econômico continuou o mesmo marasmo já registrado com a decadência
da mineração, somente mais tarde pecuária irá oferecer ligeiras modificações. No aspecto
político, as transformações foram pequenas. Os goianos os identificavam com os detestáveis
Capitães Generais de um passado próximo, que não se apagara.
Com a abdicação de D. Pedro I, rebentou em Goiás um movimento de caráter nitidamente
nacionalista, que alcançou vitória pelas condições da política geral do Brasil. Os líderes deste

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movimento foram o Bispo cego, D. Fernando Ferreira, Pe. Luís Bartolomeu Marques e Coronel
Felipe Antônio Cardoso. Recebendo adesão e apoio das tropas, o movimento de 13 de agosto
de 1831 alcançou seu objetivo, que era depor todos os portugueses que ocupavam cargos pú-
blicos em Goiás. A consequência deste movimento de rebeldia foi a nomeação de três goianos
para a presidência de Goiás, embora a Regência de início oficialmente o desaprovasse.

5. A Agropecuária nos Séculos XIX e XX


Querido (a), durante a intensa atividade mineradora no século XVIII, a agricultura se desen-
volveu em Goiás como atividade subsidiária da primeira. Embora voltada para a subsistência,
acabou gerando crescimento econômico na região.
Após o esgotamento da extração do outro, a Coroa Portuguesa decidiu implantar medidas
para reerguer a economia na região de Goiás, incentivando a agricultura e a navegação nos
Rios Araguaia e Tocantins. Contudo, com a ruralização da população, a atividade permaneceu
como economia de subsistência até o século XIX quando o Império tentou promover a transi-
ção de uma economia extrativista mineral para a agropecuária em grande escala.
Entretanto os esforços do Império esbarraram em alguns problemas: existiam leis anterio-
res que coibiam essas atividades, taxações sobre agricultores e a falta de infraestrutura para
escoamento da produção que aumentava em muito o custo final do produto.
Por outro lado, a atividade pecuária se potencializou. O fato de o gado poder ser “locomo-
vido” até seu destino e a existência de grandes pastagens naturais dinamizou a atividade para
uma escala maior. Os pecuaristas forneciam gado para Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia.
Assim Goiás adentrou o século XX com grande representatividade econômica.
Ao longo dos anos de 1900, devido à expansão da fronteira agrícola brasileira, a agropecu-
ária se concretiza. Até 1930, a agricultura apoiou-se na produção de arroz. Durante a Segunda
Guerra Mundial, imigrantes poloneses, fugindo da tragédia em seu país, foram usados como de
mão de obra para a agricultura.
Já a partir de 1960, a dinâmica do desenvolvimento econômico de Minas Gerais e São Pau-
lo contribuiu para que Goiás se tornasse grande fornecedor de produtos agropecuários. Além
disso a construção de Goiânia e Brasília, que veremos mais adiante, e construção de estradas
de ferro promoveram a modernização da economia goiana. Acontece que, com a diminuição
do custo do transporte, Goiás passou a fornecer seus produtos agropecuários a outras regiões
de maneira competitiva, o que levou à valorização das terras no Estado.
Goiás passou a substituir as rotas comerciais do Nordeste, integrando-se à economia na-
cional como subsidiária, em que a terra era seu maior atrativo. Assim, a região se tornou forne-
cedora de gêneros alimentícios e matérias-primas ao mercado brasileiro.
A rede ferroviária transformou o Triângulo Mineiro em entreposto comercial, promoveu o
crescimento urbano e a produção agrícola em escala industrial. Podemos listar, de maneira
objetiva, as seguintes estradas de ferro construídas:

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• Estrada de Ferro Goiás que chegou em Anápolis em 1935;


• Companhia Mogiana de Estrada de Ferro, que ligava Campinas (SP) a Araguari (MG)
• Companhia Paulista de Estrada de Ferro, que chegava até Barretos (SP)

Durante o Regime Militar (1964-1985) ocorreu uma estratégia governamental de ocupação


da Amazônia, o que tornou a região goiana de grande importância, recebendo obras de infraes-
trutura para integração do Centro-Oeste aos núcleos mais dinâmicos da economia brasileira.
Hoje, a agropecuária no estado é bastante desenvolvida, se destacando entre demais ativi-
dades econômicas. A relação entre campo e cidade em Goiás foi alterada em virtude da espe-
cialização e industrialização da agropecuária. O campo passou a ser utilizado na execução de
produções agroindustriais gerando uma grande concentração latifundiária.
Assim é possível observar o aumento significativo do êxodo rural devido à utilização de ma-
quinário e diminuição da mão de obra braçal. Por falar em mão de obra, esta passou a ser espe-
cializada: operadores de máquinas, engenheiros agrônomos, veterinários e técnicos agrícolas.

Trigo
6º Arroz
1,0%
1,6%

Grãos
11,0% 4º

Soja
12,7% 3º
Sorgo
41,7%

Produtos da
Agricultura

Milho
11,5% 3º

Algodão
Feijão 7,1%

11,9%

Cana-de-açúcar
8,6%

Entre os principais produtos agrícolas, destacamos a soja como principal. Introduzida em


1980, a cultura foi aperfeiçoada pela obtenção de sementes adaptadas ao bioma do cerrado
e resistentes a pragas. Para combater a acidez do solo utilizou-se da aplicação de calcário e
outros produtos químicos.
Já a cultura do milho é geralmente associada à criação de suínos e ao plantio de feijão.
Enquanto a cana-de-açúcar e a mandioca são cultivadas no modelo de subsistência para a
fabricação de farinha, aguardente e rapadura. No que tange ao extrativismo vegetal, destaque
para a casca de angico, o pequi, o babaçu e a exploração de madeira (mogno).

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003. (CS/UFG/GOVERNO DO ESTADO DE GOIÁS/PROFESSOR/2009) Leia o texto a seguir.


Em Rio Verde, os imigrantes pretenderam plantar sementes de mandioca, isso quando o mais
ignorante de nossos campônios sabe que tal prática é impossível, pois a mesma não se re-
produz por esse processo […] Além do tipo de imigrante agricultor referido, é bastante elevado
o número dos que aqui chegam como lavradores, mas que na realidade possuem profissões
diferentes […] Facilmente se compreendem os resultados nefastos do encaminhamento dessa
gente à lavoura, depois de afirmarmos ao fazendeiro tratarem-se de verdadeiros técnicos em
agricultura. Exposição de motivos do Sr. Luis Sampaio Neto ao Sr. Jerônimo Coimbra Bueno,
30.06.1949. In.: MAGALINSKI, Jan. Deslocados de guerra em Goiás: imigrantes poloneses em
Itaberaí. Goiânia: Cegraf, 1980, p.137. [Adaptado].
A citação refere-se ao processo de adaptação dos poloneses, que vieram para Goiás no pós-
-guerra. Com a formação da colônia de Itaberaí, esse processo migratório indicava
a) o interesse da população migrante, ansiosa por abandonar a condição de deslocado de
guerra, sob quaisquer condições.
b) a diferença entre as condições mesológicas encontradas em Goiás e na Europa, dificultando
o aproveitamento dos trabalhadores poloneses.
c) a visão positiva do governo goiano sobre aquela circunstância, assentada na troca de expe-
riências entre fazendeiros locais e colonos estrangeiros.
d) a tentativa governamental de implementação de um novo modelo fundiário, baseado na
pequena propriedade rural familiar

Meu (minha) querido(a), mais uma questão que dá maior importância à interpretação de texto
do que necessariamente ao conhecimento do conteúdo. O texto é claro em destacar os “resul-
tados nefastos do encaminhamento dessa gente à lavoura”. Fique ligado: a única alternativa
que concorda com o texto é a letra “b”. A letra “a” estaria correta caso não pecasse na nomen-
clatura “migrantes” para se referir aos “imigrantes”.
Letra b.

6. A Estrada de Ferro e a Modernização da Economia Goiana


A emergência da integração regional no século XX levou à construção de ferrovias no es-
tado de Goiás. Com o propósito de dotar o Estado de Goiás de reais condições de transporte
ferroviário, visando integrá-lo ao resto do território brasileiro, surge em 1873 um decreto do
Governo Imperial para que tal situação fosse concretizada. Dessa maneira, o então presidente
da província goiana Antero Cícero de Assis foi autorizado a contratar a construção de uma

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estrada de ferro para ligar a cidade de Goiás, ora capital, à margem do Rio Vermelho, partindo
da estrada de ferro Mogiana.
Em razão, principalmente, da falta de recursos financeiros, a primeira tentativa de se pro-
mover em Goiás no final do século XIX um sistema viário férreo, é malsucedida. Contudo, treze
anos depois, já no século XX, uma nova tentativa nesse sentido é feita, através de uma conces-
são à Companhia Estrada de Ferro Mogiana, para que ela pudesse prolongar as suas linhas do
Rio Paranaíba até o Rio Araguaia, já em solo goiano.
A implantação da ferrovia em Goiás está associada à ampliação do capital, sobretudo es-
trangeiro, como também à necessidade de uma estrutura logística que permitisse a integra-
ção regional e o escoamento da produção do estado.
Após a crise da mineração, a produção no território goiano baseava-se, sobretudo, na ati-
vidade pecuária e agrícola. Devido à falta de uma rede de transportes eficiente, a agricultura
estava submetida diretamente à pecuária.
Sendo o gado uma mercadoria que se autotransportava, conseguiu garantir manutenção
da economia goiana neste período, sendo a principal atividade desenvolvida. Borges (1990),
referindo-se as condições do rebanho bovino e suas implicações no preço final, afirma que

além da baixa qualidade do rebanho, as boiadas sofriam grandes perdas nas longas caminhadas
e muitas vezes o boi só podia ser vendido magro, uma vez que na viagem perdia parte do peso e
tinha de ser invernado antes de ser abatido, reduzindo, ainda mais, sua competitividade do mercado.
(BORGES, 1990, p. 51).

Dadas as condições enfrentadas na comercialização do gado, a necessidade de uma rede lo-


gística que impulsionasse a produtividade e comercialização de produtos agrícolas e também um
certo isolamento de Goiás com o restante do país, tornava-se cada vez mais evidente a implanta-
ção da ferrovia. Desta forma, a partir de 1873 através de um decreto do governo imperial, é autori-
zada a construção da estrada de ferro que ligasse a cidade de Goiás a Estrada de Ferro Mogiana.
No final do século XIX, em 1896, o Triângulo Mineiro recebeu os trilhos da Estrada de Ferro
Mogiana, ficando acertado que a cidade de Araguari seria a sede do que anos depois viria a ser
a “Goiás”, facilitando-se a integração econômica entre São Paulo, Minas Gerais e Goiás.
A Cia Mogiana de Estradas de Ferro e Navegação foi um dos componentes da malha fer-
roviária estendida na região do Triângulo Mineiro, ainda nos últimos anos do século passado
(1896). Dentro de um outro processo e após divergências políticas, foi determinado pelo De-
creto n. 5.394, de 18 de outubro de 1904, que o ponto inicial, daquela que viria a ser então a
Estrada de Ferro Goiás, seria na cidade de Araguari e o seu terminal na capital de Goiás.
A construção da malha ferroviária no território goiano iniciou-se efetivamente somente no
ano de 1911 devido a sucessivos problemas políticos e econômicos. Em 1912 o trecho possuía
cerca de 80 quilômetros, sendo inaugurada a estação de Anhanguera. No ano seguinte foram
inauguradas as estações de Cumari, Veríssimo, Goiandira, Engenheiro Raul Gonçalves e Ipameri.

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Para Goiás, a presença da estrada em seu solo é também o resultado de um grande esforço feito
por alguns representantes da classe política e intelectual da região. Muito embora se reconheça que
a ferrovia corta o cerrado goiano em função dos interesses do sistema capitalista de produção, ou
seja, ela nasce de fora para dentro do Estado. Nesse sentido, o apoio da classe política goiana à estra-
da pôde ser visto com Henrique Silva, o Marechal Urbano Coelho de Gouvea e Leopoldo de Bulhões.
A criação da Companhia Estrada de Ferro Goiás, em 3 de março de 1906, tinha caráter pri-
vado e era apoiada pelo governo federal, pelo decreto n. 5.949 do então presidente Rodrigues
Alves. A estrada de ferro surgiu como uma alternativa para romper o estrangulamento da eco-
nomia goiana, quanto à sua demanda por um meio de transporte que viesse atender às neces-
sidades de escoamento de sua produção. Em 28 de março de 1906, a estrada recebeu esse
nome através do decreto federal n. 5.949, pois até então ela se denominava Estrada de Ferro
Alto Tocantins, autorizada para construir e explorar o trecho de Catalão a Palmas, objetivando
ligar então a capital de Goiás a Cuiabá, e estas à rede ferroviária do país.
Os trabalhos de construção da Estrada de Ferro Goiás, em solo goiano, tiveram início em 27
de maio de 1911, dois anos após o começo da implantação do trecho localizado na cidade de
Araguari, no marco zero da ferrovia. Já em 1912, as obras avançaram 80 quilômetros, chegan-
do, dessa cidade mineira, muito próxima à cidade goiana de Goiandira, segundo Araújo (1974).
Em função de problemas de caráter financeiro e administrativo, em 1920 a Companhia
Estrada de Ferro Goiás, por meio do decreto n. 13.936 de janeiro daquele ano, obteve con-
cessão para explorar os serviços ferroviários no Triângulo Mineiro e em Goiás, passando sua
administração à União a qual levou adiante todas as suas obras de construção. Assim, a linha
Araguari-Roncador com 234 quilômetros de extensão formou a nova Estrada de Ferro Goiás.
Por conta de problemas financeiros e na administração das obras, em 1930 a empresa
Companhia Estrada de Ferro Goiás que obteve concessão sobre os serviços em Minas Gerais
e Goiás, passam a responsabilidade para a União a administração e continuidade da constru-
ção. Desta forma, surge a nova Estrada de Ferro Goiás, com a linha Araguari - Roncador, per-
correndo um trecho de 234 quilômetros rumo à cidade de Anápolis.
Em 1952 a estrada de ferro Goiás percorria de Araguari até a cidade de Goiânia, cerca de
480 quilômetros em trilhos, contando com 30 estações. Dentre estas, do trecho de Araguari até
Goiânia destacam-se as estações: Araguari, Amanhece, Ararapira, Anhanguera, Goiandira, Ipameri,
Roncador, Pires do Rio, Engenheiro Balduíno, Vianópolis, Leopoldo de Bulhões, Anápolis e Goiânia.
Os trilhos só chegam à cidade de Goiânia na década de 1950 com a inauguração da estação na
capital do estado. Inauguram-se também neste mesmo ano as estações de Bonfinópolis, Senador
Canedo e Santa Maria, levando a estrada de ferro Goiás atingir a marca de 483 quilômetros em trilhos.
A chegada dos trilhos determina uma nova dinâmica espacial em Goiás, pois impulsiona
em sua área de influência vários movimentos populacionais, principalmente na região Sul do
estado. Importante ressaltar o papel da ferrovia na ocupação territorial do estado, formando-
-se ao longo de seu trecho um adensamento populacional.

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Com a implantação dos trilhos e ligação com a região econômica mais dinâmica do Brasil,
houve um crescente movimento ocupacional da porção sul de Goiás, sobretudo na área de
influência da Ferrovia. Em 1900 a população de Goiás somava 270.000 habitantes. Em 1908
houve um incremento de apenas 10 mil habitantes. Em 1910, um ano após o início da cons-
trução da ferrovia, o estado registrou 340.000 habitantes. Em 1920 houve um crescimento de
66,42 % da população, com registro de 511.818 habitantes nesse ano.
A rede ferroviária transformou o Triângulo Mineiro em entreposto comercial promoveu o
crescimento urbano e a produção agrícola em escala industrial. Podemos listar, de maneira
objetiva, as seguintes estradas de ferro construídas:
• Estrada de Ferro Goiás que chegou a Anápolis em 1935;
• Companhia Mogiana de Estrada de Ferro, que ligava Campinas (SP) a Araguari (MG)
• Companhia Paulista de Estrada de Ferro, que chegava até Barretos (SP)

MODAIS DE TRANSPORTE EM GOIÁS

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A respeito das alterações no comércio regional, provocados pela chegada dos trilhos da
estrada em território goiano, fica evidenciado seu importante papel econômico. As cidades de
Goiás, servidas pelos trilhos, substituíram Araguari no domínio da economia local, tornando-se
significativos centros comerciais do Estado e controlando assim o comércio regional. Araguari,
que passou a dominar o comércio do Estado a partir de 1896, é alcançada pelos trilhos da Mo-
giana e depois de 1915 perde grande parte deste domínio para as cidades do sudeste goiano.
A disputa entre mineiros e goianos na região servida pela Estrada de Ferro Goiás acabou
comprometendo o futuro da Companhia. A empresa entrou em séria crise financeira e adminis-
trativa, o que dificultou e impediu a aplicação dos programas de reaparelhamento de suas linhas.
A construção da nova capital federal provocou a expansão das rodovias, e as ferrovias passaram
a ter um papel de menor importância na época. Em 16 de março de 1957, a Lei 3.115 criou a Rede
Ferroviária Federal S/A e estabeleceu a transformação de todas as empresas ferroviárias federais
em uma Sociedade por ações, tendo a Estrada de Ferro Goiás sido incorporada à nova empresa.
Atualmente, o território goiano é servido por 685 quilômetros de trilhos, pertencentes à
Ferrovia Centro-Atlântica, subsidiária da Companhia Vale do Rio Doce e sucessora da antiga
Estrada de Ferro Goiás e da Rede Ferroviária Federal. Essa empresa ferroviária percorre com
seus trilhos a região sudeste do Estado, passando por Catalão, Ipameri, Leopoldo de Bulhões,
chegando até Anápolis, Senador Canedo e indo até a capital federal. A Centro-Atlântica promo-
ve o escoamento de boa parte da produção econômica goiana, embora tenha sua capacidade
de transporte limitada à sua pouca extensão.
A Ferrovia Centro-Atlântica, em seus mais de 7.000 km de linha, abrange os Estados de
Sergipe, Bahia, Goiás, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e o Distrito Federal. A FCA
interliga-se às principais ferrovias brasileiras e importantes portos marítimos e fluviais, com
acesso direto aos Portos de Salvador (BA), Aratu (BA), Vitória (ES) e Angra dos Reis (RJ), além
de Pirapora (MG) e Juazeiro (BA) no Rio São Francisco. A frota atual compõe-se, aproximada-
mente, de 10 mil vagões e 400 locomotivas, todas controladas por via satélite (GPS).
A Centro-Atlântica transporta produtos industrializados e insumos, tais como: derivados de
petróleo, contêineres, fertilizantes, produtos agrícolas, minérios, produtos siderúrgicos, cimen-
to, produtos químicos etc.
A origem da FCA está no processo que privatizou a Rede Ferroviária Federal S.A., que le-
vou a leilão a Malha Centro-Leste em 14 de junho de 1996, integrando o Programa Nacional de
Desestatização. O início da operação se deu em 1º de setembro do mesmo ano.

004. (IADES/AL-GO/PROCURADOR/2019) A construção da Estrada de Ferro Goiás foi um


marco importante para a economia goiana e responsável pelo incremento das relações co-
merciais com o sudeste brasileiro. Acerca da referida estrada de ferro e da modernização da
economia goiana, assinale a alternativa correta.

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a) A ferrovia adentrou o território goiano efetivamente em 1911, proveniente do triângulo mi-


neiro. A partir da respectiva construção, houve um impulso da agropecuária regional mediante
o aumento das exportações, bem como o fortalecimento da economia urbana nas áreas de
influência da ferrovia.
b) A Estrada de Ferro Goiás representou uma das iniciativas pioneiras de investimento do capital
produtivo local para construção de infraestrutura de transporte sem a participação do Estado.
c) A região norte de Goiás foi a que mais se beneficiou com a construção da ferrovia, tendo
em vista a possibilidade de escoamento da produção agropecuária inicialmente para o triân-
gulo mineiro.
d) Ligando os municípios de Uberlândia (MG) e Goiânia (GO), a Estrada de Ferro Goiás alcan-
çou uma extensão de 480 km, totalizando 30 estações.
e) Inaugurada posteriormente à transferência da capital para Goiânia em 1937, a ferrovia signi-
ficou um incentivo à industrialização da região integrada de Goiânia e Anápolis.

A estrada de ferro começou sua efetivação em 1911 gerando impactos econômicos com a
facilidade para escoamento da produção goiana além do aumento populacional ao longo das
ferrovias e estações férreas.
Letra a.

7. Goiás e o Coronelismo na República Velha


A República proclamada em 1889, de início, foi governada por Militares, no que se conven-
cionou chamar de República de Espada (1889-1894). O governo dos marechais deu lugar ao
governo civil a partir de 1894, iniciando o que chamamos República Oligárquica.
Caro (a) aluno (a), tentei resumir o máximo possível de informações sobre a engrenagem
da República Oligárquica. Elas são necessárias para que faça uma excelente prova. Então não
vamos perder seu precioso tempo. Sigamos!
Oligarquia é uma palavra de origem grega e significa “governo de poucos”. Como o próprio
nome diz, a República Oligárquica (1894-1930) foi um período da história do Brasil em que as
oligarquias cafeeiras de São Paulo (Partido Republicano Paulista) e as oligarquias produtoras
de leite de Minas Gerais (Partido Republicano Mineiro) dominaram a cena política brasileira
por possuírem a maioria do eleitorado do país. Daí a nomenclatura usual: Política do café
com leite.

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Os presidentes indicados por estes dois partidos se revezaram na presidência da Repúbli-


ca até a Revolução de 1930, que colocou Getúlio Vargas no poder.
Contudo foi necessária a criação de mecanismos para que garantissem a eleição dos can-
didatos escolhidos pelos dois grupos. Vamos a eles:
Política dos Governadores: foi um acordo político firmado durante o período da República
Velha (1889-1930), com o objetivo de unir os interesses dos políticos locais ao governo federal,
a fim de garantir o controle do poder político.
Coronelismo: Para que a política dos governadores funcionasse, era preciso a garantia dos
votos necessários. Nesse sentido, poder político local era exercido por um coronel. Apesar da
patente no nome, não era um militar. Tratava-se de um mandatário, geralmente um grande pro-
prietário de terras, que controlava a dinâmica política na sua região em função da dependên-
cia econômica da população local. A economia local era altamente dependente da atividade
do coronel, que obrigava seus “dependentes” a votarem nos candidatos que ele indicasse. É
própria das pequenas cidades do interior e configura uma forma de mandonismo em que uma
elite, personificada pelo proprietário rural, controla os meios de produção, detendo o poder
econômico, social e político local. O coronelismo foi a base de toda a estrutura que garantia a
manutenção das elites agrárias no governo da República.

(http://humbertodealmeida.com.br/wp-content/uploads/2008/07/jpg, acessado em 02.09.2009)

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Voto de Cabresto: a Constituição de 1891 estipulava o voto aberto. Assim os coronéis


obrigavam seus “dependentes” a votarem em seus candidatos. Aqueles que tentavam desobe-
decer eram punidos, perdendo seus empregos ou não conseguindo vender ou prestar algum
serviço para o Coronel.
Curral eleitoral: Os coronéis negociavam seu apoio e os votos necessários aos candidatos
que negociavam com ele. Ofereciam seu curral eleitoral em troca de favores.
Comissão Verificadora: Se mesmo diante da dominação coronelista os candidatos dos
coronéis não fossem selecionados, uma Comissão Verificadora de Poderes tinha autoridade
para não diplomar o candidato eleito.
A partir de 1891, Goiás começou a vivenciar certo desenvolvimento com a instalação do
telégrafo para a transmissão de notícias. Além disso com a chegada da estrada de ferro no iní-
cio do século XX, a urbanização na região sudeste ganhou impulso, facilitando o escoamento
da produção do arroz goiano.
Entretanto, por falta de recursos, a estrada de ferro não chegou até a capital e ao norte de
Goiás, deixando-os praticamente incomunicável. Assim a pecuária continuou como o setor
econômico mais dinâmico. Nota-se, portanto, que a Proclamação da República em 1889 não
solucionou os problemas sociais e econômicos da população goiana.
As elites econômicas dominantes continuaram as mesmas. O advento da República trou-
xe apenas modificações administrativas e políticas. Podemos dizer que, até 1930, houve uma
grande disputa política entre as três principais elites da oligarquia goiana: os Bulhões, os Fleury
e os Jardim Caiado.
Da Proclamação da República (1889) até 1912, a política goiana foi dominada pela família
Bulhões, chefiada por José Leopoldo de Bulhões. De 1912 até a Revolução de 1930, os Jardim
Caiado, sob a liderança de Antônio Ramos Caiado, dominaram a cena política de Goiás.
O coronelismo deixou marcas profundas na sociedade goiana. O clientelismo e as relações de
influência dos grandes proprietários de latifúndios são um bom exemplo dessa herança política.
Ao final da década de 1920, o PRM (Partido Republicano Mineiro) rompeu com o PRP (Par-
tido Republicano Paulista), por desavenças na escolha do sucessor às eleições de 1929. As
disputas políticas levaram à Revolução de 1930 que conduziu Getúlio Vargas ao poder.

005. (CS/UFG/PREFEITURA DE GOIÂNIA/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2007) A estrutura política


na Primeira República foi marcada pelo domínio do poder local (coronéis), associado aos gover-
nadores. Definida no governo de Campos Sales (1898-1902), essa organização política decorria:
a) da ausência de instrumentos institucionais adequados, que controlassem os conflitos regio-
nais e assegurassem a ordem republicana.
b) do receio da centralização política, que resultaria na predominância política das regiões pro-
dutoras de café (São Paulo e Minas Gerais).

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c) da necessidade de assegurar a ordem pública, que se encontrava ameaçada pela libertação


dos escravos, decretada pela lei Áurea em 1888.
d) da obrigação de garantir o pacto federativo, que exigia o cumprimento de direitos e deveres
nos mais longínquos territórios.

Querido (a), o coronelismo foi o instrumento utilizado pelas oligarquias para defender o cumpri-
mento do “pacto federativo”, do acordo firmado entre o governo da federação e as elites oligárqui-
cas locais. Era muito importante que o coronel, mesmo em regiões distantes, conseguisse garantir
a eleição dos candidatos acertados entre as partes. Assim, a estrutura da política dos governado-
res recebia o aval das oligarquias locais e, em troca, prestava favores e concessões políticas.
Letra d.

8. A Construção de Goiânia e Brasília


As construções de Goiânia e Brasília dinamizaram a economia de Goiás, atraíram um
grande contingente populacional e gerou impactos na política do Estado. Veja como se deu
esse processo.

8.1. A Construção de Goiânia


Caro (a) aluno (a), durante mais de 200 anos, a cidade de Goiás foi capital do Estado. Em
1830, Miguel Lino de Morais, então governador da província, propôs a mudança da capital para
uma região que hoje está localizada em Tocantins, próximo a Niquelândia. A ideia era que a
capital ficasse numa área e maior povoamento.
Em 1863, outro governador da província de Goiás, José Vieira Couto de Magalhães, reto-
mou a ideia. Em 1891, quando foi promulgada a primeira Constituição do Estado de Goiás, o
seu artigo 5º previa a transferência da capital. Mesmo com a promulgação das constituições
estaduais de 1898 e 1918, o artigo foi mantido.
Com a Revolução de 1930, Getúlio nomeou Pedro Ludovico Teixeira como interventor do Es-
tado que tomou como prioridade a transferência da Capital. (Guarde esse nome ok! Na nossa se-
gunda aula vamos discutir mais detalhadamente a interventoria de Ludovico.) Assim, em 1932 foi
decretada a mudança da sede da capital para uma região próxima a Anápolis. O município de Goi-
ânia seria constituído pela fusão dos municípios de Campinas, Hidrolândia e parte dos territórios
dos de Anápolis, Bela Vista e Trindade. Em 1937, com a maioria dos edifícios públicos construídos
e com algumas moradias, a sede do governo é transferida e, em 1942, a Capital foi inaugurada.
O batismo da nova capital aconteceu somente em 2 de agosto de 1935, dois anos após o
início de sua construção. Antes de ser chamada por Goiânia, a nova capital era apontada nos
documentos oficiais como “futura capital”, “nova capital”, “nova cidade”.

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O local de sua construção estava relacionado à proximidade da chegada da Estrada de Fer-


ro de Goiás. Foi projetada pelo engenheiro Atílio Correia Lima e pelo urbanista Armando Godói.
O dinheiro para a execução do projeto veio de um empréstimo junto ao Banco do Brasil,
dentro da política do Governo Federal de ocupação efetiva do território, a chamada “marcha
para o oeste”. Nesse sentido, também instalou colônias agrícolas na região, o que contribuiu
para o surgimento de novas cidades como Uruana, Britânia, Ceres e Rialma. Estas duas, inclu-
sive, foram fundadas pelo engenheiro Bernardo Saião Carvalho de Araújo, que seria chamado
pelo presidente Juscelino Kubitschek para comandar a construção de Brasília.

Já entre as décadas de 1940 e 1950, o crescimento de Goiânia ultrapassou os 53 mil ha-


bitantes, quando o planejamento inicial era para 50 mil. A política de Getúlio Vargas de in-
teriorização da economia em 1951, a chegada da estrada de ferro, a inauguração da Usina
de Rochedo e a construção de Brasília, contribuíram significativamente para o aumento da
população na região.
Com relação à arquitetura da nova capital, a arte déco é uma das principais características.
A art déco em Goiânia surgiu ainda em seus projetos iniciais, quando a capital existia apenas
no papel. Foi construída com a finalidade de abandonar o antigo estilo colonial, sendo marcada
pela modernidade e sofisticação.
A capital goiana reúne o maior acervo em arte déco de todo o Brasil. Atílio Corrêa Lima,
como vimos, foi arquiteto responsável pelo plano urbanístico de Goiânia. Há pouco tempo
ele havia finalizado seus estudos na França, onde teve a oportunidade de adquirir vasto re-
pertório no estilo.
Ao se tornar o responsável pelo projeto da cidade, encontrou na arte déco uma alterna-
tiva para exteriorizar toda a modernidade e progresso que a nova capital representava para
o estado. Os edifícios e monumentos eram inovadores, diferente de tudo aquilo que era co-
mum na época.

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História do Goiás - Parte I
Daniel Vasconcellos

Teatro de Goiânia

006. (INÉDITA/2021) Goiânia é uma cidade que foi planejada para ser capital de Goiás. Antes
dela, a capital do estado era a Cidade de Goiás. A construção e a transferência da capital para
Goiânia ocorreram na década de:
a) 1920
b) 1930
c) 1940
d) 1950

Meu (minha) querido (a), muito fácil não é mesmo. Goiânia foi criada por decreto em 1932 e a
transferência da sede do governo estadual aconteceu em 1937. Quando aconteceu a sua inau-
guração, Goiânia já era sede do governo e capital do estado.
Concurseiro (a), antes de seguirmos, uma pequena recomendação: Para concursos da Prefeitu-
ra de Goiânia ou para o Estado de Goiás, a banca CS/UFG, por exemplo, costuma utilizar dados
oficiais sobre a História de Goiânia extraídos do site da própria prefeitura. Assim recomendo que
acesse o link abaixo. Apesar de trazer informações bem resumidas, elas são fundamentais:
https://www.goiania.go.gov.br/sobre-goiania/historia-de-goiania/
Letra b.

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8.2. A Construção de Brasília


Querido (a), a construção de Brasília se insere no contexto estratégico do Plano de Metas
do governo de Juscelino Kubitschek. Entretanto, a ideia de transferência da capital do país já
era tema de debates desde o Império.
Com a Constituição de 1891, decretava-se juridicamente a mudança do Rio de Janeiro para o inte-
rior do país. Para definir o local, Marechal Floriano Peixoto, presidente do país entre 1891 e 1894, orga-
nizou a Comissão Exploradora do Planalto Central (1892-1893), chefiada pelo engenheiro Luiz Cruls.
A Constituição de 1946 manteve o artigo que definia a mudança, mas o projeto só foi leva-
do adiante com JK. Assim no dia 21 de abril de 1960, Brasília foi inaugurada. Vejamos então,
como Juscelino organizou todo processo de construção de Brasília, bem como suas consequ-
ências visíveis no estado de Goiás.
Durante campanha presidencial, Juscelino usou do slogan “50 anos em 5”. A ideia desen-
volvimentista era ambiciosa:
• Acelerar o desenvolvimento nacional ao promover a interiorização;
• Fomentar a industrialização promovendo crescimento do mercado interno.

Para tanto, o Governo JK (1956-1961), através de seu Plano de Metas, usou da seguinte
estratégia: O Estado entraria com investimentos em infraestrutura (rodovias, energia, logística,
terrenos...) e as multinacionais entrariam com seu capital investindo em indústrias (destaque
para a automobilística). Essa associação entre Estado e capital internacional gerou grandes
investimentos fazendo com que a economia brasileira crescesse 80% nos primeiros anos. A
ideia seria transformar o país num gigantesco canteiro de obras.
Apesar do sucesso inicial, há que se chamar atenção para o fato de que o capital investido
pelo Governo foi conseguindo com empréstimos junto ao FMI, contraindo uma dívida externa
que causou sérios danos ao desenvolvimento do país. Ademais a grande emissão de papel
moeda durante seu governo acabou gerando graves índices inflacionários.
Um dos objetivos do Plano de Metas era a integração nacional através das construções
de Brasília e de estradas que ligassem a capital ao restante do país. Por tanto, meu (minha)
querido (a), a grande meta de Juscelino era a construção de Brasília. Ela significava a síntese
do seu projeto de desenvolvimento.

Construção de Brasília

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Brasília possui o Plano Urbano projetado por Lúcio Costa (Plano Piloto) e arquitetura de
responsabilidade de Oscar Niemeyer. Para coordenar as atividades Juscelino criou a NOVA-
CAP, empresa responsável por mobilizar materiais, trabalhadores e recursos para erguer a
nova cidade no cerrado.
Estima-se que cerca de 60 mil operários foram atraídos pelas oportunidades de trabalho
na capital. Tamanha era a atração do sonho de uma melhor condição de vida que o entorno
de Brasília, 1957, já abrigava mais de 12 mil pessoas. Esses trabalhadores, em sua maioria
nordestinos, eram chamados “candangos”. Após o dia de trabalho se abrigavam em condições
precárias, em barracões coletivos. Não era raro que lhes impusessem a jornada de dois turnos
e mesmo a retenção de pagamento e cortes de água, tudo isso para pressionar os trabalhado-
res a acelerarem a construção. Não havia equipamentos de proteção. Avalia-se que mais de
três mil operários tenham morrido durante as obras.

“Candangos”. Trabalhadores que construíram Brasília

O estado de Goiás acabou recebendo grandes investimentos em rodovias que cortariam


seu território para chegar à capital. As cidades no entorno de Brasília também apresentaram
grande crescimento populacional. Goiânia se tornou, nesse sentido, muito importante para o
fornecimento de materiais através de suas estradas férreas.

007. (INÉDITA/2021) Leia o discurso de Juscelino Kubitschek, denominado Mensagem de


Anápolis, sobre a criação da Companhia Urbanizadora da Nova Capital.

A ideia da transferência da capital se constituiu num dos problemas mais importantes de nossa
evolução histórica, remontando à própria Inconfidência Mineira. As Constituições de 1891, 1934 e
1946 acolheram, expressamente, as aspirações gerais nesse sentido, estabelecendo de forma taxa-
tiva que a transferência se faria para o planalto central do país, sendo que a constituição em vigor
ainda foi mais explícita do que as anteriores, formulando, inclusive, normas para a localização da

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futura capital e estabelecendo o processo para a aprovação do local e início da delimitação da área
correspondente, a ser incorporada ao domínio da União.
BONAVIDES, Paulo, AMARAL, Roberto. Textos políticos da História do Brasil. 3 ed. Brasília: Senado
Federal, Conselho editorial, 2002. v. 7, p. 32.
Na mensagem de JK é claro o histórico interesse do Estado brasileiro em transferir a capital que
então se localizava no Rio de Janeiro. Entre os argumentos favoráveis à transferência da capital, en-
contrava-se:
a) a integração nacional, estimulando a ocupação do sertão brasileiro.
b) a saída do Rio de Janeiro, devido à corrupção latente da cidade.
c) a necessidade de deixar a capital longe das ondas modernizantes que chegavam rapida-
mente às regiões litorâneas.
d) a necessidade de ocupação do interior do Brasil, já que não houve movimento populacional
algum para essa região durante a história do país.

Meu (minha) caro (a), esta questão não é de concurso público, é de vestibular. Entretanto, ela
cumpre sua função pedagógica. A ideia de JK ao construir Brasília era iniciar um projeto de
integração das diversas regiões do país, interiorizando a capital do país e realizando uma ocu-
pação efetiva do território brasileiro.
Letra a.

Querido (a) chegamos ao final da parte teórica. Na sequência, estude o resumo e os mapas men-
tais. Faça os exercícios com atenção, tendo em mente que agora é o momento em que pode errar.
Ah, não se esqueça de avaliar esta aula, ok!? Isso é muito importante para que continue-
mos a elaborar um material que atenda suas necessidades expectativas.
Nos encontraremos novamente na próxima aula!
Foco e disciplina!
Um abraço,
Professor Daniel Vasconcellos

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RESUMO
Primeiros Habitantes
• 11 mil anos
• Sítios: Serranópolis, Caiapônia, Bacia do Paraná
• Homem Paranaíba: caçadores e coletores
• Ágrafos, tribais, propriedade coletiva, coivara.
• Uma, Aratu, Tupi-Guarani: 2 mil anos
• Atualmente: Karajá de Aruanã, Tapuias do Carretão, Avá-Canoeiro de Minaçu

Colonização
• Até 1530: Pré-Colonização
• Após 1530: Colonização de Fato. Estabelecimento das Capitanias Hereditárias como
forma de terceirizar o empreendimento de ocupação do território. Com o fracasso das
Capitanias o governo português decidiu pela criação do Governo Geral, a fim de centra-
lizar o pode na Colônia.

Escravidão: a maior parte dos negros trazidos da África eram Bantos ou Sudaneses e fo-
ram utilizados principalmente na atividade açucareira, mineradora e nas lavouras de café. Re-
sistência negra através de Quilombos
Lavoura açucareira: Grande contingente de mão-de-obra escrava sustentava a atividade
em péssimas condições de vida. As bases da economia açucareira eram a exportação e o
latifúndio rural.
Atividade mineradora: a descoberta de ouro na região de Minas Gerais e, posteriormente,
em Goiás e Mato Grosso, fez surgir sociedades urbanas e aumentar o controle da metrópole na
colônia, inclusive transferindo a capital de Salvador para o Rio de janeiro, devido à proximidade
da região mineradora.
Expansão territorial: As bandeiras e entradas foram importantes movimentos de des-
bravamento e ocupação do território da Colônia. As missões jesuítas também contribu-
íram para a interiorização. Destaque também para as atividades subsidiárias da lavoura
açucareira e da mineração, como a pecuárias que se desenvolveu a longos das margens
dos rios na região nordeste e nos campos da região sul. Além disso foram celebrados im-
portantes tratados de fronteiras com nações europeias. Sobre esses tratados consulte os
mapas mentais.
Bandeira de Bartolomeu Bueno da Silva, o Ananguera (1672 a 1740): partiu da região norte
do atual estado de São Paulo em direção a região centro-oeste do país em busca do descobri-
mento de jazidas de ouro e pedras preciosas.

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História do Goiás - Parte I
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Em Goiás a produção aurífera começou em 1725. A partir daí várias outras descobertas
foram realizadas, o que levou a formação dos primeiros arraiais nos arredores do rio Vermelho,
Anta, Barra, Ferreiro, Ouro Fino e Santa Rita.
Goiás e a Independência do Brasil: O movimento separatista do Norte do Estado de Goiás
(1821 a 1824)

Agropecuária de Goiás nos séculos XIX e XX


• Século XVIII: Atividade subsidiária da mineração.
• Século XIX: Gado
• Século XX: Concentração latifundiária. Agricultura

Estrada de Ferro
• Modernização e integração da economia goiana
• Companhia Estrada de Ferro Goiás, em 3 de março de 1906. Inaugurada em 1912. Che-
gou em Goiânia em 1950
• Adensamento populacional às margens das ferrovias
• Rede Ferroviária Federal S/A: 16 de março de 1957, a Lei 3.115.

Goiás e ov Coronelismo da República Velha


• Coronelismo: prática de cunho político-social, própria do meio rural e das pequenas ci-
dades do interior, que floresceu durante a Primeira República 1889-1930e que configu-
ra uma forma de mandonismo em que uma elite, encarnada emblematicamente pelo
proprietário rural, controla os meios de produção, detendo o poder econômico, social e
político local.
• Até 1930, houve uma grande disputa política entre as três principais elites da oligarquia
goiana: os Bulhões, os Fleury e os Jardim Caiado.

Construção de Goiânia
• 1830: Primeira proposta de mudança da capital.
• 1891: Artigo 5º da Constituição do Estado.
• 1932: Marcha para o Oeste. Pedro Ludovico Teixeira
• 1935: Batismo
• 1942: Transferência oficial.

Construção de Brasília
• Plano de Metas: JK
• Candangos
• Crescimento das cidades do entorno de Brasília (território goiano)

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MAPAS MENTAIS
Semi-nômades

Indígenas
Ágrafos

Tribais

Propriedade
coletiva

Feitorias

Espanhóis e
até 1530 Portugueses

Escambo

Ocupação do
Brasil Capitanias
Hereditárias

Holandeses,
Ingleses,
Franceses
após 1530

Jesuítas

Entradas

Ciclo do Ciclo do Açúcar Ciclo do Ouro Ciclo do Café


Pau-Brasil

• 1500-1530 • segunda • século XVIII • de 1870 até o


metade do início do
século XVI até século XX
o final do
século XVII.

Sincretismo
Religioso

cristã-indígena africano-cristã indígena- indígena-


africano cristã-africana

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Formação Histórica de Goiás


Séc XVIII
Exploração do Ouro

Séc XIX
Pecuária

Ferrovias;
Goiânia/Brasília;
Agropecuária
Expansão da Fronteira Agrícola;
Incentivos e benfícios fiscais.

República

Oligárquica 1894-1930

Política do café-com-leite

Política dos Governadores

Coronelismo: garantia o Curral


Eleitoral através do Voto de Cabestro

Construção de Goiânia (1933)

Marcha para o Oeste

Modernização Ruptura com Arte Déco Ludovico


as oligarquias Teixeira

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QUESTÕES COMENTADAS EM AULA


001. (UFG/CS/PREFEITURA DE GOIÂNIA/2016) Até o século XVIII, o estado de Goiás era
habitado por diversas tribos indígenas, como Kaiapós, Xavantes, Araés, Apinajés, Xacriabás,
Avá-Canoeiros, Goyá, Crixá, Akroá, entre outros. A ocupação do território pelos portugueses
e brasileiros de outras regiões acabou por dizimar a maioria absoluta dessas populações, a
tal ponto que, atualmente, só restam em Goiás três nações indígenas com reservas demarca-
das. São elas:
a) Karajá, Tapuia e Avá-Canoeiro.
b) Xavante, Kaiapó e Akroá.
c) Araés, Goyá e Crixá.
d) Apinajé, Javaés e Apiaká.

002. (CS/UFG/PREFEITURA DE GOIÂNIA/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2007) A escolha e a


instituição de eventos como portadores de sentido histórico por uma sociedade transmitem a
ideia de um processo de formação comum, conferindo aos símbolos o poder de sugerir identi-
dade. Nesse sentido, a identidade entre o bandeirante e a história de Goiás vincula-se à:
a) constituição do território goiano, pertencente à capitania de São Paulo até 1549, em virtude
de sua importância como produtor de gêneros de subsistência.
b) fundação, no século XVI, dos primeiros vilarejos em Goiás, concebidos para o apresamento
e a catequização dos índios.
c) descoberta do ouro em Goiás, catalisadora do processo do povoamento da região e da fun-
dação das vilas.
d) prosperidade do comércio da região, alcançada graças ao saldo positivo advindo da explo-
ração aurífera.

003. (CS/UFG/GOVERNO DO ESTADO DE GOIÁS/PROFESSOR/2009) Leia o texto a seguir.


Em Rio Verde, os imigrantes pretenderam plantar sementes de mandioca, isso quando o mais
ignorante de nossos campônios sabe que tal prática é impossível, pois a mesma não se re-
produz por esse processo […] Além do tipo de imigrante agricultor referido, é bastante elevado
o número dos que aqui chegam como lavradores, mas que na realidade possuem profissões
diferentes […] Facilmente se compreendem os resultados nefastos do encaminhamento dessa
gente à lavoura, depois de afirmarmos ao fazendeiro tratarem-se de verdadeiros técnicos em
agricultura. Exposição de motivos do Sr. Luis Sampaio Neto ao Sr. Jerônimo Coimbra Bueno,
30.06.1949. In.: MAGALINSKI, Jan. Deslocados de guerra em Goiás: imigrantes poloneses em
Itaberaí. Goiânia: Cegraf, 1980, p.137. [Adaptado].
A citação refere-se ao processo de adaptação dos poloneses, que vieram para Goiás no pós-
-guerra. Com a formação da colônia de Itaberaí, esse processo migratório indicava

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a) o interesse da população migrante, ansiosa por abandonar a condição de deslocado de


guerra, sob quaisquer condições.
b) a diferença entre as condições mesológicas encontradas em Goiás e na Europa, dificultando
o aproveitamento dos trabalhadores poloneses.
c) a visão positiva do governo goiano sobre aquela circunstância, assentada na troca de expe-
riências entre fazendeiros locais e colonos estrangeiros.
d) a tentativa governamental de implementação de um novo modelo fundiário, baseado na
pequena propriedade rural familiar

004. (IADES/AL/GO/PROCURADOR/2019) A construção da Estrada de Ferro Goiás foi um


marco importante para a economia goiana e responsável pelo incremento das relações co-
merciais com o sudeste brasileiro. Acerca da referida estrada de ferro e da modernização da
economia goiana, assinale a alternativa correta.
a) A ferrovia adentrou o território goiano efetivamente em 1911, proveniente do triângulo mi-
neiro. A partir da respectiva construção, houve um impulso da agropecuária regional mediante
o aumento das exportações, bem como o fortalecimento da economia urbana nas áreas de
influência da ferrovia.
b) A Estrada de Ferro Goiás representou uma das iniciativas pioneiras de investimento do capital
produtivo local para construção de infraestrutura de transporte sem a participação do Estado.
c) A região norte de Goiás foi a que mais se beneficiou com a construção da ferrovia, tendo
em vista a possibilidade de escoamento da produção agropecuária inicialmente para o triân-
gulo mineiro.
d) Ligando os municípios de Uberlândia (MG) e Goiânia (GO), a Estrada de Ferro Goiás alcan-
çou uma extensão de 480 km, totalizando 30 estações.
e) Inaugurada posteriormente à transferência da capital para Goiânia em 1937, a ferrovia signi-
ficou um incentivo à industrialização da região integrada de Goiânia e Anápolis.

005. (CS/UFG - PREFEITURA DE GOIÂNIA – PROFESSOR DE HISTÓRIA – 2007) A estrutu-


ra política na Primeira República foi marcada pelo domínio do poder local (coronéis), asso-
ciado aos governadores. Definida no governo de Campos Sales (1898-1902), essa organiza-
ção política decorria:
a) da ausência de instrumentos institucionais adequados, que controlassem os conflitos regio-
nais e assegurassem a ordem republicana.
b) do receio da centralização política, que resultaria na predominância política das regiões pro-
dutoras de café (São Paulo e Minas Gerais).
c) da necessidade de assegurar a ordem pública, que se encontrava ameaçada pela libertação
dos escravos, decretada pela lei Áurea em 1888.
d) da obrigação de garantir o pacto federativo, que exigia o cumprimento de direitos e deveres
nos mais longínquos territórios.

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006. (INÉDITA/2021) Goiânia é uma cidade que foi planejada para ser capital de Goiás. Antes
dela, a capital do estado era a Cidade de Goiás. A construção e a transferência da capital para
Goiânia ocorreram na década de:
a) 1920.
b) 1930.
c) 1940.
d) 1950.

007. (INÉDITA/2021) Leia o discurso de Juscelino Kubitschek, denominado Mensagem de


Anápolis, sobre a criação da Companhia Urbanizadora da Nova Capital.
“A ideia da transferência da capital se constituiu num dos problemas mais importantes de nos-
sa evolução histórica, remontando à própria Inconfidência Mineira. As Constituições de 1891,
1934 e 1946 acolheram, expressamente, as aspirações gerais nesse sentido, estabelecendo de
forma taxativa que a transferência se faria para o planalto central do país, sendo que a cons-
tituição em vigor ainda foi mais explícita do que as anteriores, formulando, inclusive, normas
para a localização da futura capital e estabelecendo o processo para a aprovação do local e
início da delimitação da área correspondente, a ser incorporada ao domínio da União.”
BONAVIDES, Paulo, AMARAL, Roberto. Textos políticos da História do Brasil. 3 ed. Brasília: Se-
nado Federal, Conselho editorial, 2002. v. 7, p. 32.
Na mensagem de JK é claro o histórico interesse do Estado brasileiro em transferir a capital
que então se localizava no Rio de Janeiro. Entre os argumentos favoráveis à transferência da
capital, encontrava-se:
a) a integração nacional, estimulando a ocupação do sertão brasileiro.
b) a saída do Rio de Janeiro, devido à corrupção latente da cidade.
c) a necessidade de deixar a capital longe das ondas modernizantes que chegavam rapida-
mente às regiões litorâneas.
d) a necessidade de ocupação do interior do Brasil, já que não houve movimento populacional
algum para essa região durante a história do país.

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QUESTÕES DE CONCURSO
008. (CS/UFG/ESTADO DE GOIÁS/PROFESSOR/NÍVEL III/2009) A fundação de Goiânia foi
concebida em um contexto de mudanças políticas, tanto nacionais quanto locais. A nova capi-
tal de Goiás deveria aproximar o estado do eixo de desenvolvimento do País, focado na Região
Sudeste. A escolha do sítio para instalação da cidade considerou também
a) a proximidade com Brasília, o que favoreceria os contatos com o governo federal.
b) a abundância de recursos hídricos, o que permitiria a posterior expansão do núcleo urbano.
c) o relevo mais movimentado que o da antiga capital, Goiás, favorável à instalação de instru-
mentos urbanos.
d) a maior distância em relação ao litoral, para garantir as questões de segurança quanto a
ataques externos.

A escolha do local para a construção da nova capital levou em conta vários fatores, desde o
relevo e a centralidade estratégica, até a existência de recursos hídricos para abastecimento
do novo núcleo urbano.
Letra b.

009. (MACKENZIE/SP/2010) A Inauguração de Brasília completa 50 anos. A ideia da transfe-


rência da capital do país para a região central do Brasil é antiga. Desde a Inconfidência Mineira,
esse sonho já era acalentado por seus participantes, porém, coube ao presidente Juscelino Ku-
bitschek a inciativa de mudá-la do Rio de Janeiro para o Centro-Oeste brasileiro. Com projetos,
urbanístico de Lúcio Costa e arquitetônico de Oscar Niemeyer, a nova capital foi inaugurada em
21 de abril de 1960, data escolhida em homenagem a Tiradentes.
A respeito de Brasília, julgue os itens abaixo.
I – Uma das justificativas para a sua construção foi a de que a interiorização da capital
traria desenvolvimento para áreas despovoadas e inexploradas do território brasileiro,
além de ser menos vulnerável a ataques externos.
II – Após a sua construção, municípios periféricos (cidades satélites) foram criados pelo
governo, visando atender às necessidades sócio-urbanas da população que, geralmen-
te, se empregava em Brasília.
III – A capital passou a ser polo de atração para migrantes. Atualmente, a região Centro-O-
este abriga mais de 13 milhões de habitantes.

Estão corretas
a) I e II, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I e III, apenas.

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d) I, II e III.
e) I, apenas.

Todas as afirmativas estão corretas. Trazem a justificativa de sua construção e algumas de


suas consequências.
Letra d.

010. (CS/UFG/PREFEITURA DE GOIÂNIA/2016) Leia o fragmento a seguir.


Os indígenas foram também utilizados em determinados momentos, e sobretudo na fase ini-
cial; nem se podia colocar problema nenhum de maior ou melhor “aptidão” ao trabalho escravo
[...]. O que talvez tenha importado é a rarefação demográfica dos aborígines, e as dificuldades
de seu apresamento, transporte etc. Mas na “preferência” pelo africano revela-se, mais uma
vez, a engrenagem do sistema mercantilista de colonização; esta se processa num sistema
de relações tendentes a promover a acumulação primitiva de capitais na metrópole; ora, o trá-
fico negreiro, isto é, o abastecimento das colônias com escravos, abria um novo e importante
setor do comércio colonial, enquanto o apresamento dos indígenas era um negócio interno da
colônia. […] Paradoxalmente, é a partir do tráfico negreiro que se pode entender a escravidão
africana colonial, e não o contrário. NOVAIS, Fernando A. Portugal e Brasil na crise do Antigo
Sistema Colonial (1777-1808). São Paulo: Hucitec, 1979. p. 105. [Adaptado].
Ao discorrer sobre a imposição da mão de obra de africanos escravizados na América Portu-
guesa, Novais
a) refuta o argumento de que o africano seria mais predisposto ao trabalho escravo, rejeitan-
do o discurso que justificava a escravatura por supostas características atribuídas aos povos
subjugados.
b) reforça a atuação da Igreja na proteção dos indígenas, subentendendo que a catequização
contribuiu para a diminuição do aprisionamento e da escravização da mão de obra indígena.
c) explica o uso da mão de obra de africanos escravizados na América Portuguesa, apontando
a necessidade econômica da Coroa em obter mão de obra barata e em larga escala para a
colonização.
d) redimensiona o papel da Colônia na implementação do tráfico negreiro, rompendo com uma
historiografia tradicional que privilegiava a atuação do Estado Metropolitano na formação do
sistema colonial.

Os textos do enunciado criticam a visão de que os negros africanos eram mais aptos ao traba-
lho escravo. Ao contrário, a escravidão de pessoas africanas se insere no contexto do mercan-
tilismo, em que o comércio de escravos se tornou uma atividade lucrativa para os portugueses.
Letra a.

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História do Goiás - Parte I
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011. (CS/UFG/PREFEITURA DE GOIÂNIA/2016) A área ocupada pela comunidade Kalunga


foi reconhecida pelo Governo do Estado de Goiás, desde 1991, como Sítio Histórico e Patrimô-
nio Cultural. Esse reconhecimento é importante porque
a) preserva o folclore da comunidade em processo de desaparecimento.
b) contribui com a memória e a identidade de povos que habitam a região.
c) impede a demolição de casas e outras construções localizadas na área demarcada.
d) evita o processo de aculturação de sociedade portadora de conhecimentos tradicionais.

Atenção concurseiro (a)! Questão de interpretação.


a) Errada. Quem decide se preserva ou não o folclore é a própria comunidade.
b) Correta. Patrimônios Culturais atendem justamente à necessidade de preservação da me-
mória e da identidade.
c) Errada. Novamente, quem decide sobre a demolição ou não das construções na área demar-
cada é a comunidade indígena.
d) Errada. O processo de aculturação é provocado pela interação, cada vez maior, entre os
membros das comunidades indígenas e a sociedade brasileira, principalmente com a acelera-
ção exponencial das interações pelos meios de comunicação. Nesse sentido, a existência de
um Sítio Histórico como Patrimônio Cultural preserva a memória, mas não impede o processo
de aculturação.
Letra b.

012. (UFG/CS/SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E ESPORTE PREFEITURA DE GOI-


ÂNIA/2016) A população do estado de Goiás segue um padrão de distribuição semelhante ao
da maioria dos estados brasileiros, de concentração dos habitantes na capital e em algumas
poucas cidades. Dentre as cidades mencionadas a seguir, as três mais populosas, além de
Goiânia, são:
a) Aparecida de Goiânia, Anápolis e Rio Verde.
b) Luziânia, Águas Lindas e Valparaíso.
c) Jataí, Catalão e Caldas Novas.
d) Trindade, Senador Canedo e Itumbiara.

Um dos motivos que levam estas cidades a serem as mais populosas se relaciona às ativida-
des econômicas locais. Rio Verde, por exemplo, realizou concessões tributárias ao longo da
década de 1990 e 2000 para atrair indústrias, principalmente alimentícias, já que já possuía
uma agricultura dinâmica.
Letra a.

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013. (UFG/CS/SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E ESPORTE PREFEITURA DE


GOIÂNIA/2016) O Brasil é um dos principais produtores de alimentos do mundo. Em grande
parte, esse volume de produção está associado a monoculturas, cujos valores de mercado
são negociados em bolsas de valores, as chamadas commodities. Exemplos disso são as
culturas de:
a) arroz e feijão.
b) soja e milho.
c) batata e mandioca.
d) hortaliças e verduras.

Commodities são produtos de origem agropecuária ou de extração mineral, em estado bruto


ou pequeno grau de industrialização, produzidos em larga escala e destinados ao comércio ex-
terno. Seus preços são determinados pela oferta e procura internacional da mercadoria. Goiás
é grande produtor de commodities.
Letra b.

014. (UFG/CS/PREFEITURA DE GOIÂNIA/AUDITOR DE TRIBUTOS/2009) Muitos municípios


goianos têm origem relacionada ao período de garimpagem do ouro em Goiás. São exemplos
de município que têm essa origem os seguintes:
a) Corumbá de Goiás e Crixás.
b) Niquelândia e Palmeiras de Goiás.
c) Pilar de Goiás e São João da Paraúna.
d) São Luiz do Norte e Minaçu.

Ouro: Corumbá, Crixás, Jaraguá, Natividade, Silvânia. Corumbá de Goiás surgiu às margens do
rio Corumbá. Crixás surgiu da passagem dos bandeirantes pela região do rio Crixás. Pecuária:
Rio Verde, Jataí, Caiapônia, Quirinópolis. Estrada de ferro: Pires do Rio, Ipameri, Goiandira, Le-
opoldo de Bulhões.
Letra a.

015. (CS/UFG/PREFEITURA/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2007) A transformação da ordem


social em Goiás adveio de uma nova ordenação do poder, a partir da Revolução de 1930, pois
a) a política de integração nacional, por meio do estímulo à construção de ferrovias, foi uma
decorrência direta do movimento revolucionário.
b) a aliança entre os grupos tradicionais, em torno da construção de uma nova capital, conso-
lidou o poder de Pedro Ludovico.

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c) a construção de uma nova capital redefiniu as relações tradicionais de mando político, abrin-
do perspectivas ao desenvolvimento regional.
d) o apoio financeiro do Governo Provisório (1930-1934) foi fundamental para a construção da
nova capital.

Com a construção de Goiânia, as antigas oligarquias goianas perderam poder político. Ade-
mais, no governo de Ludovico Teixeira, indicado por Getúlio Vargas, buscou-se a modernização
da economia.
Letra c.

016. (CS/UFG/PREFEITURA/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2007) No decorrer dos séculos XVI


a XVIII, o sucesso do empreendimento colonial dependeu da produção de equivalências sim-
bólicas, que se expressaram culturalmente por meio da atuação
a) da Companhia das Índias Ocidentais, que assumiu a função de reordenar as concepções de
trabalho e de troca dos nativos.
b) dos pintores renascentistas, que representaram o Novo Mundo e suas peculiaridades a par-
tir dos códigos ameríndios.
c) dos cronistas europeus, que se preocuparam em entender e redigir as histórias contadas
pelos nativos em sua língua materna.
d) da Companhia de Jesus, que integrou os nativos ao universo cristão com o auxílio do traba-
lho missionário e educacional.

Os jesuítas criaram “missões”, vilarejos nos quais catequizavam e protegiam os indígenas da


escravização. Acabaram entrando em confronto com colonos, especialmente os bandeirantes
que, como vimos, aprisionavam e usavam de violência contra os nativos.
Letra d.

017. (CS/UFG/ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE GOIÁS/ ASSISTENTE ADMINIS-


TRATIVO/2015) A composição da população goiana, considerando a migração, é bastante
heterogênea. Contudo, é possível estabelecer um perfil regional da migração, uma vez que ela
foi influenciada, sobretudo, pelo trabalho. Tendo em vista o Entorno do Distrito Federal, a maior
parte dos migrantes foram oriundos da região
a) Sul.
b) Norte.
c) Nordeste.
d) Sudeste.

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A maioria dos “candangos” é oriunda da região nordeste. Vieram devido à falta de perspectivas
de sobrevivência em sua terra natal buscando empregos e oportunidades de melhor qualidade
de vida na construção da capital do país.
Letra c.

018. (CS/UFG/ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE GOIÁS/ ASSISTENTE ADMINIS-


TRATIVO/2015) O povoamento do território goiano do século XVIII é distinto daquele registra-
do no século XIX e XX, especialmente em relação à rede de cidades e à integração econômica.
A principal atividade econômica, no período citado, era
a) o extrativismo vegetal.
b) a criação de gado vacum.
c) o cultivo de arroz.
d) a exploração do ouro.

Lembre-se de que os movimentos populacionais estão diretamente ligados às atividades eco-


nômicas atrativas. Nesse caso, ao longo do século XVIII, a atividade mineradora foi o principal
atrativo populacional.
Letra d.

019. (INSTITUTO MACHADO DE ASSIS – PREF. DE MATIAS OLÍMPIO – PI – PROFESSOR


– 2016) A República Velha, ou Primeira República, é o nome dado ao período compreendido
entre a Proclamação da República, em 1889, e a eclosão da Revolução de 1930. Todas as afir-
mações sobre a primeira república estão corretas, EXCETO.
a) A República da Espada abrange os governos dos marechais Deodoro da Fonseca e Floriano
Peixoto. Foi durante a República da Espada que foi outorgada a Constituição que iria nortear
as ações institucionais durante a Primeira República.
b) O período República da Espada foi marcado por crises econômicas, como a do Encilhamento,
e por conflitos entre as elites brasileiras, como a Revolução Federalista e a Revolta da Armada.
c) A República Oligárquica foi marcada pelo controle político exercido sobre o governo federal pela
oligarquia açucareira mineira e pela elite rural paulista, na conhecida “política do café com leite”.
d) Foi no período da República Oligárquica que ainda se desenvolveu mais fortemente o coro-
nelismo, garantindo poder político regional às diversas elites locais do país.

A Oligarquia cafeeira é que controlava o governo federal.


Letra c.

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020. (FUVEST/2009) Em um balanço sobre a Primeira República no Brasil, Júlio de Mesquita


Filho escreveu:
“... a política se orienta não mais pela vontade popular livremente manifesta, mas pelos capri-
chos de um número limitado de indivíduos sob cuja proteção se acolhem todos quantos pre-
tendem um lugar nas assembleias estaduais e federais”. (A crise nacional, 1925.)
De acordo com o texto, o autor:
a) critica a autonomia excessiva do poder legislativo.
b) propõe limites ao federalismo.
c) defende o regime parlamentarista
d) critica o poder oligárquico.
e) defende a supremacia política do sul do país.

Querido (a), aqui você precisa apenas contextualizar. Na primeira República vigorou o domínio
oligárquico cafeeiro, logo, a crítica é ao sistema político coronelista.
Letra d.

021. (ENEM/2014) O problema central a ser resolvido pelo Novo Regime era a organização
de outro pacto de poder que pudesse substituir o arranjo imperial com grau suficiente de es-
tabilidade. O próprio presidente Campos Sales resumiu claramente seu objetivo: “É de lá, dos
estados, que se governa a República, por cima das multidões que tumultuam agitadas nas ruas
da capital da União. A política dos estados é a política nacional”.
CARVALHO, J. M. Os Bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi. São Paulo: Com-
panhia das Letras, 1987 (adaptado).
Nessa citação, o presidente do Brasil no período expressa uma estratégia política no sentido de:
a) governar com a adesão popular.
b) atrair o apoio das oligarquias regionais.
c) conferir maior autonomia às prefeituras
d) democratizar o poder do governo central.
e) ampliar a influência da capital no cenário nacional

A chamada política dos governadores consistia em angariar apoio dos governadores que, por
sua vez, recebendo apoio dos coronéis, garantiriam os votos nos seus “currais eleitorais”
Letra b.

022. (ESPCEX/2016) As relações entre a metrópole e a colônia foram regidas pelo chamado
pacto colonial, sendo este aspecto uma das principais características do estabelecimento de

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um sistema de exploração mercantil implementado pelas nações europeias com relação à


América. Com relação ao Brasil, do que constava este pacto?
a) As colônias só poderiam produzir artigos manufaturados.
b) A produção agrícola seria destinada, exclusivamente, à subsistência da colônia.
c) A produção da colônia seria restrita ao que a metrópole não tivesse condições de produzir.
d) A colônia poderia comercializar a produção que excedesse às necessidades da metrópole.
e) Portugal permitiria a produção de artigos manufaturados pela colônia, desde que a matéria-
-prima fosse adquirida da metrópole.

Não havia interesse da metrópole, por óbvio, de produzir as mesmas mercadorias produzidas
em Portugal. A ideia do pacto colonial é a exclusividade comercial da metrópole sobre a colô-
nia. Nesse sentido, a produção de manufaturados na colônia seria concorrente à produção da
metrópole, por isso era proibida.
Letra c.

023. O sistema de Capitanias Hereditárias era regulamentado por dois documentos jurídicos,
que definiram os direitos e os deveres dos donatários. Um desses documentos cedia ao dona-
tário uma ou mais capitanias, a administração sobre ela, as suas rendas e o poder legal para
interpretar e ministrar a lei. O outro estabelecia os direitos e deveres dos donatários, como
promover a prosperidade da capitania, conceder sesmarias, receber a redízima das rendas da
metrópole e a vintena da comercialização do pau-brasil e do pescado.
Esses documentos eram, respectivamente:
a) Carta de Doação e Foral
b) Foral e Regimento de Tomé de Souza
c) Carta de Doação e Regimento de Tomé de Souza
d) Foral e Carta de Doação
e) Regimento de Tomé de Souza e Foral

A Carta de Doação dava direito de exploração hereditária da terra ao donatário, enquanto Foral
era o documento que versava sobre os direitos e deveres do donatário e da Coroa. Foi a forma
do Estado viabilizar o acesso à terra no Brasil, gerando concentração fundiária. As Cartas de Do-
ação e a Carta Foral Foram leis que regularizavam a posse e os direitos dos donatários sobre as
Capitanias Hereditárias no início da colonização portuguesa no Brasil. A Carta de Doação era o
documento que comprovava a doação de uma Capitania Hereditária a um donatário pela Coroa
Portuguesa. A Carta Foral era o documento que regulamentava os direitos e deveres dos donatá-
rios sobre a Capitania que recebiam. Dentre eles, a proibição de revendê-la, a de explorar nela o
pau-brasil. Caso fosse encontrado metal precioso, a maior parte deles ficaria com a Coroa. Entre

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os direitos, ao donatário ficaria o de administrar, o de cuidar da justiça e de doar de sesmarias.


Povoar, fundar vilas eram obrigações dos donatários sobre as Capitanias Hereditárias.
Letra a.

024. (UNAERP/SP) Em 1534, o governo português concluiu que a única forma de ocupação do
Brasil seria através da colonização. Era necessário colonizar, simultaneamente, todo o extenso
território brasileiro. Essa colonização dirigida pelo governo português se deu através da:
a) criação da Companhia Geral do Comércio do Estado do Brasil.
b) criação do sistema de governo-geral e câmaras municipais.
c) criação das capitanias hereditárias.
d) montagem do sistema colonial.

Como a coroa Portuguesa não tinha dinheiro para a empreitada da colonização, decidiu por
terceirizá-la para os fidalgos (nobres portugueses) criando as capitanias hereditárias.
Letra c.

025. (CFSD/PM-PA) O ano de 1570 marca a publicação da primeira lei da Coroa Portuguesa
proibindo a escravização indígena na colônia estabelecida no Novo Mundo. O efeito concreto
dessa legislação foi:
a) a disputa acirrada com outras potências europeias pelo controle dos nativos do novo conti-
nente recém-descoberto.
b) a escalada da luta das elites coloniais pela revogação da proibição de exploração compul-
sória da mão de obra africana.
c) alianças e conflitos com diferentes grupos indígenas, através dos quais foi negociada a ex-
pansão colonialista portuguesa.
d) a escolha pela escravização de africanos, pela completa impossibilidade de exploração do
trabalho indígena.
e) o aumento de conflitos entre missionários de ordens religiosas, colonos portugueses e au-
toridades coloniais pela exploração da mão de obra indígena.

Por perderem a mão de obra indígena os colonos portugueses entraram em conflitos com os
missionários jesuítas que defendiam os nativos.
Letra e.

026. (FUVEST) Os indígenas foram também utilizados em determinados momentos, e, sobretu-


do, na fase inicial [da colonização do Brasil]; nem se podia colocar problema nenhum de maior ou
melhor “aptidão” ao trabalho escravo (...). O que talvez tenha importado é a rarefação demográfica

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dos aborígines, e as dificuldades de seu apresamento, transporte etc. Mas na “preferência” pelo
africano revela-se, mais uma vez, a engrenagem do sistema mercantilista de colonização; esta se
processa num sistema de relações tendentes a promover a acumulação primitiva de capitais na
metrópole; ora, o tráfico negreiro, isto é, o abastecimento das colônias com escravos, abria um
novo e importante setor do comércio colonial, enquanto o apresamento dos indígenas era um
negócio interno da colônia. Assim, os ganhos comerciais resultantes da preação dos aborígines
mantinham-se na colônia, com os colonos empenhados nesse “gênero de vida”; a acumulação
gerada no comércio de africanos, entretanto, fluía para a metrópole; realizavam-na os mercadores
metropolitanos, engajados no abastecimento dessa “mercadoria”. Esse talvez seja o segredo da
melhor “adaptação” do negro à lavoura... escravista. Paradoxalmente, é a partir do tráfico negreiro
que se pode entender a escravidão africana colonial, e não o contrário. (Fernando Novais. Portu-
gal e Brasil na crise do Antigo Sistema Colonial. São Paulo: Hucitec, 1979. p; 105. Adaptado).
Nesse trecho, o autor afirma que, na América portuguesa:
a) os escravos indígenas eram de mais fácil obtenção do que os de origem africana, e por isso
a metrópole optou pelo uso dos primeiros, já que eram mais produtivos e mais rentáveis.
b) os escravos africanos aceitavam melhor o trabalho duro dos canaviais do que os indígenas,
o que justificava o empenho de comerciantes metropolitanos em gastar mais para a obtenção,
na África, daqueles trabalhadores.
c) o comércio negreiro só pôde prosperar porque alguns mercadores metropolitanos preocu-
pavam-se com as condições de vida dos trabalhadores africanos, enquanto outros os consi-
deravam uma “mercadoria”.
d) a rentabilidade propiciada pelo emprego da mão de obra indígena contribuiu decisivamente
para que, a partir de certo momento, também escravos africanos fossem empregados na la-
voura, o que resultou em um lucrativo comércio de pessoas.
e) o principal motivo da adoção da mão de obra de origem africana era o fato de que esta preci-
sava ser transportada de outro continente, o que implicava a abertura de um rentável comércio
para a metrópole, que se articulava perfeitamente às estruturas do sistema de colonização

O comércio de escravos africanos tornou os portugueses os maiores comerciantes do ramo.


Letra e.

027. (PUC-RIO/2009) Sobre as características da sociedade escravista colonial da América


portuguesa estão corretas as afirmações abaixo, À EXCEÇÃO de uma. Indique-a.
a) O início do processo de colonização na América portuguesa foi marcado pela utilização dos
índios - denominados “negros da terra” - como mão-de-obra.
b) Na América portuguesa, ocorreu o predomínio da utilização da mão-de-obra escrava africa-
na seja em áreas ligadas à agro exportação, como o nordeste açucareiro a partir do final do
século XVI, seja na região mineradora a partir do século XVIII.

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c) A partir do século XVI, com a introdução da mão-de-obra escrava africana, a escravidão indí-
gena acabou por completo em todas as regiões da América portuguesa.
d) Em algumas regiões da América portuguesa, os senhores permitiram que alguns de seus
escravos pudessem realizar uma lavoura de subsistência dentro dos latifúndios agroexporta-
dores, o que os historiadores denominam de “brecha camponesa”.
e) Nas cidades coloniais da América portuguesa, escravos e escravas trabalharam vendendo
mercadorias como doces, legumes e frutas, sendo conhecidos como “escravos de ganho”.

Além da proibição, por parte da Coroa Portuguesa, de escravização dos índios, o transporte de
escravos gerou um negócio lucrativo para os portugueses.
Letra c.

028. (UFG) Leia o trecho a seguir:


A impraticabilidade de se povoar a dita capitania [Goiás] nem outra qualquer parte da América
Portuguesa senão com os nacionais da mesma América. E que achando-se todo o sertão da-
quele vasto continente coberto de índios, estes deviam ser principalmente os que povoassem
os lugares, as vilas e as cidades que se fossem formando. (Carta régia de D. José I a D. José
Vasconcelos, governador da Capitania de Goiás. 1758. In: PALACIN, Luís. O Século de ouro em
Goiás. Goiânia. Editora da UCG, 1994. p, 84.)
O documento aponta a preocupação da Coroa Portuguesa com o povoamento da Capitania de
Goiás, cujo desdobramento foi a política de:
a) Ocupação das terras indígenas.
b) Guerra justa contra as tribos indígenas.
c) Mestiçagem de brancos, índios e negros.
d) Embates intermitentes com as tribos indígenas.
e) Implantação de aldeamentos indígenas.

O processo de aldeamentos indígenas na Capitania de Goiás ocorreu entre os anos de 1749


e 1811, portanto, entre os séculos XVIII e XIX. Foram seis os principais aldeamentos: 1) São
Francisco Xavier do Duro; 2) São José do Duro (ou Formiga); 3) São José de Mossâmedes; 4)
Mova Beira; 5) Maria I e 6) Carretão de Pedro III.
Letra e.

029. (UEG) A integração de Goiás nos quadros da economia nacional encontrou na construção
de Brasília um momento de inflexão: Goiânia transformou-se em ponto de apoio fundamental
para a construção da nova capital. Acerca da integração econômica de Goiás entre as décadas
de 1950 e 1970, marque a alternativa CORRETA:

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a) Houve uma enorme resistência da elite política goiana em ceder imensa quantidade de
terras para formação do Distrito Federal, uma vez que a atividade pecuarista era desenvolvida
intensivamente nas terras onde a nova capital seria construída.
b) A construção de Brasília recebeu apoio inconteste de todos os partidos políticos, pois a in-
teriorização da capital já estava prevista na primeira constituição republicana. O sonho de se
construir uma nova capital ultrapassou as divisões ideológicas.
c) O golpe de 1964 paralisou os investimentos na modernização da agricultura brasileira. O
modelo econômico adotado reservara à agricultura papel secundário, concentrando os investi-
mentos no desenvolvimento industrial.
d) A modernização da agricultura goiana foi uma decorrência da transferência da capital, pois
o estado de Goiás tornou-se responsável pelo abastecimento de Brasília, o que permitiu uma
profunda alteração na agricultura goiana, com o crescimento da pequena propriedade.
e) A integração da economia goiana nos fluxos de investimentos nacionais iniciou-se no final
da década de 1920 com a chegada dos trilhos, mas só ganhou impulso decisivo com o desen-
volvimento da agricultura moderna, com o cultivo da soja.

Goiânia, desde a década de sua fundação, desempenhou papel decisivo na projeção de Goiás
na esfera da modernização agrícola e, por conseguinte, da integração econômica nacional.
Contudo, nas décadas seguintes, esse desenvolvimento tornou-se ainda mais exponencial, ga-
rantindo uma inserção decisiva de Goiás na economia do país.
Letra e.

030. O ano de 1749 marcou o momento em que Goiás deixou de ser uma extensão da Capita-
nia de São Paulo e passou a ser uma capitania independente. Nessa ocasião, o responsável
por governar a Capitania de Goiás foi:
a) Bartolomeu Bueno da Silva
b) Dom Marcos de Noronha
c) Pedro Ludovico
d) Mauro Borges
e) Totó Caiado

Dom Marcos de Noronha, que também era conhecido pelo seu título de nobre “Conde dos
Arcos”, chegou a exercer posto militar (nos cargos de alferes, tenente e capitão) antes de se
tornar, em 1745, governador da Capitania de Pernambuco. Permaneceu em Pernambuco até
1748, quando foi nomeado, finalmente, o governador da recém-criada capitania de Goiás; fun-
ção que exerceu até o ano de 1755.
Letra b.

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031. A cidade de Goiânia é fruto da política de intervenções da Era Vargas. O interventor nome-
ado por Vargas, Pedro Ludovico Teixeira, começou a construir a cidade em 1933. A transferên-
cia da capital, da cidade de Goiás, para Goiânia, ocorreu em 1937, no início do Estado Novo. A
criação da nova capital tinha, eminentemente, a função de:
a) conservar o poder político das oligarquias locais, como a dos Caiados.
b) estabelecer domínios sobre terras que pertenciam ao Estado de São Paulo naquela época.
c) retirar o poder político das oligarquias locais.
d) introduzir em Goiás a cultura da cana-de-açúcar e o sistema de engenhos e usinas açucareiras.
e) afastar as tribos indígenas que habitavam as cercanias da cidade de Campinas das Flores,
hoje o Bairro de Campinas.

A criação de Goiânia tinha como ponto central completar o processo de descentralização


do poder político das oligarquias locais, iniciado em 1930, com a ascensão de Getúlio Var-
gas ao poder.
Letra c.

032. (CS/UFG/SANEAGO/GO/TÉCNICO DE ENGENHARIA/ TELECOMUNICAÇÕES/2018)


Analise a imagem.

Mural de azulejo de DJ Oliveira. Apud ARRAIS, C. P. A; OLIVEIRA, E. C. História de Minas e Goiás. São
Paulo: Scipionne, 2011. p. 61.
O painel representa um período da história de Goiás marcado pelo esforço dos
a) povos ribeirinhos nas atividades de pesca.
b) mineradores na extração do ouro no leito dos rios.
c) escravos africanos no trabalho nas fazendas de café.
d) bandeirantes no desbravamento de terras interioranas.

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Muito fácil! O minerador utiliza a bateia para separar o ouro de aluvião.


Letra b.

033. (CS/UFG/SANEAGO/GO/TÉCNICO DE ENGENHARIA/ TELECOMUNICAÇÕES/2018)


Observe a imagem:

Edifício da antiga Estação Ferroviária. Disponível em:<http://www.curtamais.-com.br/goiania/>.


Acesso em: 3 jan. 2018.
O edifício apresentado na foto, um exemplo do estilo que marcou a arquitetura de Goiânia na
década de 1930, apresenta características da arte
a) neoclássica, distinguida pelos traços simétricos e geométricos inspirados na arquitetura
greco-romana.
b) nouveau, definida pela presença de linhas dinâmicas, a fim de transmitir a ideia de movimento.
c) déco, caracterizada pela frequente simplificação geometrizante de seus elementos decorativos.
d) eclética, identificada pela mistura de diferentes estilos arquitetônicos de outros paí-
ses e épocas.

A arte déco foi utilizada pelo arquiteto Atílio Corrêa Lima, por influência de seus estudos na
França, no projeto de construção de Goiânia.
Letra c.

034. (CS/UFG/SANEAGO/GO/TÉCNICO DE ENGENHARIA/ TELECOMUNICAÇÕES/2018) Em


suas viagens pela província de Goiás no início do século XIX, o viajante francês Saint-Hilaire registrou:
Os negros e crioulos me diziam que preferiam recolher no córrego de Santa Luzia um único vin-
tém de ouro por dia, do que se, porém, ao serviço dos cultivadores por quatro vinténs, uma vez
que os patrões pagam em gêneros dos quais lhes é impossível se desfazerem. Certos colonos
caíram em tal miséria que ficam meses inteiros sem poder salgar os alimentos, e quando o
pároco faz a sua excursão para a confissão pascal, sucede que todas as mulheres da mesma
família se apresentam uma após outra com o mesmo vestido. Saint-Hilaire. Viagem às nascen-

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tes do Rio São Francisco e pela província de Goiás. Apud PALACÍN, L.; MORAES, Maria Augusta
Sant’Anna. História de Goiás. 5. ed. Goiânia: Editora da UCG, 1989. p. 47. (Adaptado).
Os registros de Saint-Hilaire se referem ao contexto socioeconômico gerado pela decadência
das atividades
a) da mineração, ocasionada pela escassez de ouro e pelo uso de técnicas rudimentares para
extração do metal.
b) da agricultura, provocada pela resistência dos índios ao trabalho nas lavouras e pela aboli-
ção da escravidão africana.
c) do comércio, proporcionada pelo fim das atividades dos tropeiros e pela ausência de estra-
das que ligavam o sertão ao litoral.
d) da pecuária, desencadeada pela dificuldade de transporte do gado para a invernada e para
a comercialização com outras regiões.

Saint-Hilaire se refere à situação socioeconômica causada pela decadência da mineração,


com a escassez de ouro e o uso de técnicas rudimentares para extração do ouro.
Letra a.

035. (CS/UFG/PREFEITURA DE GOIANIRA/GO/ANALISTA AMBIENTAL ENGENHEIRO AM-


BIENTAL/2019) A Cidade de Goiás, declarada patrimônio histórico, surgiu às margens do Rio
Vermelho, fruto da
a) fixação dos entrepostos comerciais criados pelos tropeiros.
b) expansão das lavouras cafeeiras realizada pelos fazendeiros.
c) atividade de exploração mineradora iniciada pelos bandeirantes.
d) implementação da pecuária extensiva promovida pelos colonizadores.

Muito fácil. Lembre-se de que as primeiras cidades de Goiás estão relacionadas à atividade eco-
nômica do período. Assim, a extração de ouro, descoberta pelos bandeirantes, foi responsável
pela criação do Arraial da Barra, na confluência dos rios Vermelho e Bugre. Também, após a
descoberta do ouro nas minas de Vila Boa, em meados de 1727, foi criado o arraial de N. S. de
Sant´Ana no entorno de uma capela. Em 1736, o local seria elevado à condição de vila adminis-
trativa, com o nome de Vila Boa de Goyaz.
Letra c.

036. (CS/UFG/PREFEITURA DE JATAÍ/GO/PROCURADOR JURÍDICO/2018)


Oscar Leal, ao passar por Jataí, no final do século XIX, fez a seguinte observação:
Durante minha estada no Jataí, devia ter lugar a eleição dos candidatos à câmara do estado.
No número dos apresentados pelos seus partidos, havia alguns que podiam quando muito re-

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presentar um eleitorado composto de orelhudos como vamos ver. O presidente da Intendência


vendo que não fora possível se constituir a mesa na hora marcada, no dia designado, como de-
termina o art. 22º do regulamento eleitoral, declarou não haver eleições. LEAL, Oscar. Viagem
às terras Goyanas (Brazil Central). Goiânia: Editora da UFG, 1980. p. 195. [Adaptado]
O registro de Leal
a) enfatiza a importância do voto em Jataí.
b) ressalta a relevância da eleição da câmara.
c) destaca os partidos políticos da época.
d) ironiza o incipiente sistema eleitoral de Jataí.

Atenção! Final do século XIX e início da República. Nesse sentido, o sistema que vigorava era
o coronelismo, do “voto de cabresto”. Portanto, contextualizado o enunciado e interpretado o
texto, resta-nos a ironia que ou autor faz sobre as eleições em Jataí.
Letra d.

037. (CS/UFG/CÂMARA DE GOIÂNIA/GO/ASSISTENTE TÉCNICO LEGISLATIVO/AGEN-


TE ADMINISTRATIVO/2018) Eles eram chefes de grupos familiares ricos que comandavam
a vida política econômica e social. Controlavam eleições pelo voto de cabresto e usavam a
força necessária para se manter no poder ou indicar quem seria eleito no estado de Goiás.
Trata-se dos:
a) jagunços.
b) monarquistas.
c) coronéis.
d) bandeirantes.

Novamente uma questão sobre o coronelismo e a corrupção eleitoral na República Oligárquica.


Letra c.

038. (CS/UFG/CÂMARA DE GOIÂNIA/GO/ASSISTENTE TÉCNICO LEGISLATIVO/AGENTE AD-


MINISTRATIVO/2018)
A cidade de Goiânia foi planejada e construída para ser a nova capital do estado de Goiás, crian-
do um novo centro de poder. A transferência da capital, articulada pelo então governador Pedro
Ludovico Teixeira, aconteceu em 1937. Antes de Goiânia, a capital do estado de Goiás era:
a) Cidade de Goiás.
b) Pirenópolis.
c) Anápolis.
d) Jataí.

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Muito fácil! A primeira capital de Goiás foi a Cidade de Goiás.


Letra a.

039. (CS/UFG/SANEAGO/GO/ANALISTA DE SISTEMAS/2018) Leia o fragmento.


Na década de 1930, dentro do contexto da “revolução” promovida por Getúlio Vargas e seu
grupo, a implantação de uma capital moderna em pleno sertão do Brasil central poderia soar
como uma loucura, mas para o governo federal constituído o significado era estratégico.
VIEIRA, Patrick Di Almeida. Attilio Corrêa Lima e o planejamento de Goiânia – Um marco mo-
derno na conquista do sertão brasileiro. Urbana, v. 4, n. 4, 2011, CIEC/UNICAMP, p. 56. Disponí-
vel em:<https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/urbana/article/download/.../2963>.
Acesso em: 2 jan. 2018. (Adaptado).
No sentido do fragmento, a construção de Goiânia foi uma resposta em âmbito estadual às
demandas por um processo de
a) descentralização da política nacional.
b) modernização das relações produtivas.
c) interiorização do centro administrativo do país.
d) sustentação da estrutura oligárquica da sociedade.

Lembre-se de que a construção de Goiânia se deu no contexto de modernização da economia


brasileira, da “marcha para o oeste”, promovida por Getúlio Vargas. Nesses termos, em âmbito
estadual, significava a ruptura com o domínio econômico oligárquico na política e a moderni-
zação dos sistemas produtivos.
Letra b.

040. (CS/UFG/SANEAGO-GO/AGENTE DE SANEAMENTO/2018) Observe a imagem.

Disponível em: <https://biblioi9.wordpress.com/2013/12/15/monumentos-historicos-da-capital/>.


Acesso em: 2 jan. 2018.

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A estátua retratada se encontra no centro de Goiânia. Inaugurada em 1942, é uma homenagem


a um personagem que contribuiu diretamente para
a) a transferência da capital de Goiás.
b) a emancipação política de Vila Boa.
c) a fundação do Arraial de Sant’Anna.
d) a realização da Marcha para o Oeste.

Bartolomeu Bueno, o Anhanguera, foi o fundado do Arraial de Sant’Anna, tornada Vila Boa Goi-
ás em 1736.
Letra c.

041. (CS/UFG/SANEAGO/GO/AGENTE DE SANEAMENTO/2018) Em suas andanças pela pro-


víncia de Goiás no início do século XIX, o viajante francês Saint-Hilaire fez a seguinte observação:
O capelão de Jaraguá era mulato: já prestei homenagem a sua cortesia; porém ele possuía
algo desse servilismo em que a sociedade brasileira mantém os homens de sangue mestiço, o
que esses não esquecem jamais quando estão em presença de brancos.
SAINT-HILARE. Viagem às nascentes do Rio São Francisco e pela província de Goiás. Apud
PALACÍN, L.; MORAES, Maria Augusta Sant’Anna. História de Goiás. 5ª.ed., Goiânia: Editora da
UCG, 1989. p. 39. (Adaptado).
As palavras de Saint-Hilaire revelam um aspecto da sociedade brasileira do século XIX, a saber:
a) a cordialidade como base das relações interpessoais.
b) a distinção racial na manutenção da hierarquia social.
c) o fundamento religioso da estruturação da comunidade.
d) o dinamismo na criação de novas formas de sociabilidade.

Questão de interpretação. Saint-Hilare enfatiza a subordinação hierárquica de um mestiço que,


apesar de capelão, era servil diante dos brancos.
Letra a.

042. A economia mineradora brasileira, florescida na época colonial, na passagem do século


XVII para o século XVIII, só foi possível pela ação de determinadas figuras históricas que des-
bravaram e adentraram pelo sertão brasileiro. Tais figuras eram:
a) os jesuítas
b) os bandeirantes
c) os militares
d) os comunistas
e) os huguenotes

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Os bandeirantes tiveram papel preponderante nas descobertas das minas de ouro e diamante
nos sertões do Brasil, exatamente em virtude dos empreendimentos como desbravadores. As
expedições dos bandeirantes exploraram praticamente todo o atual território do Brasil.
Letra b.

043. (UFCE) Leia o trecho abaixo.


Na mineração, como de resto em qualquer atividade primordial da colônia, a força de trabalho
era basicamente escrava, havendo, entretanto os interstícios ocupados pelo trabalho livre ou
semi-livre. (Souza, Laura de M. Desclassificados do Ouro: pobreza mineira no século XVIII. 3
ed. Rio de Janeiro: Graal, 1990, p.68)
Com base neste trecho sobre o trabalho livre praticado nas áreas mineradoras do Brasil Colô-
nia, é correto afirmar que:
a) devido à abundância de escravos no período do apogeu da mineração, os homens livres
conseguiam viver exclusivamente do comércio de ouro.
b) em função da riqueza geral proporcionada pelo ouro, os homens livres dedicavam-se à agri-
cultura comercial, vivendo com relativo conforto nas fazendas.
c) perseguidos pela Igreja e pela Coroa, os homens livres procuravam sobreviver às custas da
mendicância e da caridade pública.
d) sem condições de competir com as grandes empresas mineradoras, os homens livres dedi-
cavam-se à “faiscagem” e à agricultura de subsistência.
e) em função de sua educação, os homens livres conseguiam trabalho especializado nas gran-
des empresas mineradoras, obtendo confortáveis condições de vida.

Aqueles que pertenciam às camadas mais pobres das regiões onde predominava a economia
mineradora sobreviviam da agricultura de subsistência, isto é, da plantação de pequenos ro-
çados próximos aos campos de mineração. Também conseguiam praticar a chamada “faisca-
gem”, que consistia na extração de ouro sem o auxílio dos equipamentos adequados usados
pelos mineradores profissionais.
Letra d.

044. Além da questão populacional e econômica, no projeto Marcha para o Oeste, entendia-se
como fundamental o desenvolvimento de uma malha rodoviária que interligasse o interior do
Brasil com as regiões litorâneas. O Estado considerado essencial nessa questão era:
a) Pará
b) Goiás
c) Maranhão

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d) Amazonas
e) Mato Grosso

A construção da malha rodoviária era fundamental no desenvolvimento econômico do norte


e centro-oeste brasileiros por permitir que a produção agrícola dessas regiões pudesse ser
escoada com maior facilidade para o litoral do Brasil. Nesse caso, o Estado de Goiás era visto
como essencial por causa da sua posição geográfica estratégica.
Letra b.

045. A respeito da questão da terra, o projeto Marcha para o Oeste visava:


a) promover uma reforma agrária de forma a desarticular os latifúndios existentes e incentivar
a pequena propriedade produtora.
b) financiar os latifúndios existentes para que pudessem ampliar sua capacidade de explora-
ção de mão-de-obra.
c) promover o desenvolvimento de propriedades em locais onde não existiam latifúndios de
forma a evitar conflitos pela terra.
d) distribuir as terras por sorteio, independentemente da condição financeira do beneficiado.
e) distribuir a terra apenas para quem possuía condições de comprá-la.

Uma das etapas do projeto era promover a reforma nas regiões onde havia a existência de lati-
fúndios. Isso porque os latifúndios eram encarados como um entrave para o projeto que visava
ao desenvolvimento de pequenas propriedades agrícolas voltadas para a agricultura familiar.
Além disso, a instalação dessas pequenas propriedades reduziria os vazios territoriais que
existiam por causa dos latifúndios.
Letra a.

046. 46. A Marcha para o Oeste, idealizada durante o governo de Getúlio Vargas, visava:
a) incentivar o crescimento da indústria de base no centro-oeste brasileiro.
b) incentivar as manifestações culturais das populações que habitavam o centro-oeste brasileiro.
c) promover a integração econômica e populacional das áreas despovoadas do centro-oeste
e norte do Brasil.
d) divulgar a fundação de Goiânia e incentivar a migração de pessoas para a nova capital de Goiás.
e) promover a habitação do centro-oeste brasileiro a partir da expulsão dos indígenas de suas reservas.

O projeto Marcha para o Oeste visava promover o desenvolvimento populacional de áreas pou-
co povoadas no centro-oeste e no norte do Brasil. Além disso, o programa procurava realizar
o desenvolvimento econômico dessas regiões de forma a atrair potenciais novos moradores.
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A implantação do projeto deu-se a partir da criação de colônias populacionais em diferentes


partes do Brasil
Letra c.

047. A cidade de Goiânia é fruto da política de intervenções da Era Vargas. O interventor nome-
ado por Vargas, Pedro Ludovico Teixeira, começou a construir a cidade em 1933. A transferên-
cia da capital, da cidade de Goiás, para Goiânia, ocorreu em 1937, no início do Estado Novo. A
criação da nova capital tinha, eminentemente, a função de:
a) conservar o poder político das oligarquias locais, como a dos Caiados.
b) estabelecer domínios sobre terras que pertenciam ao Estado de São Paulo naquela época.
c) retirar o poder político das oligarquias locais.
d) introduzir em Goiás a cultura da cana-de-açúcar e o sistema de engenhos e usinas
açucareiras.
e) afastar as tribos indígenas que habitavam as cercanias da cidade de Campinas das Flores,
hoje o Bairro de Campinas.

A criação de Goiânia tinha como ponto central completar o processo de descentralização


do poder político das oligarquias locais, iniciado em 1930, com a ascensão de Getúlio Var-
gas ao poder.
Letra c.

048. (UEG) A integração de Goiás nos quadros da economia nacional encontrou na construção
de Brasília um momento de inflexão: Goiânia transformou-se em ponto de apoio fundamental
para a construção da nova capital. Acerca da integração econômica de Goiás entre as décadas
de 1950 e 1970, marque a alternativa CORRETA:
a) Houve uma enorme resistência da elite política goiana em ceder imensa quantidade de
terras para formação do Distrito Federal, uma vez que a atividade pecuarista era desenvolvida
intensivamente nas terras onde a nova capital seria construída.
b) A construção de Brasília recebeu apoio inconteste de todos os partidos políticos, pois a in-
teriorização da capital já estava prevista na primeira constituição republicana. O sonho de se
construir uma nova capital ultrapassou as divisões ideológicas.
c) O golpe de 1964 paralisou os investimentos na modernização da agricultura brasileira. O
modelo econômico adotado reservara à agricultura papel secundário, concentrando os investi-
mentos no desenvolvimento industrial.
d) A modernização da agricultura goiana foi uma decorrência da transferência da capital, pois
o estado de Goiás tornou-se responsável pelo abastecimento de Brasília, o que permitiu uma
profunda alteração na agricultura goiana, com o crescimento da pequena propriedade.

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e) A integração da economia goiana nos fluxos de investimentos nacionais iniciou-se no final


da década de 1920 com a chegada dos trilhos, mas só ganhou impulso decisivo com o desen-
volvimento da agricultura moderna, com o cultivo da soja.

Goiânia, desde a década de sua fundação, desempenhou papel decisivo na projeção de Goiás
na esfera da modernização agrícola e, por conseguinte, da integração econômica nacional.
Contudo, nas décadas seguintes, esse desenvolvimento tornou-se ainda mais exponencial, ga-
rantindo uma inserção decisiva de Goiás na economia do país.
Letra e.

049. (FCC/SEFAZ/GO/2018) Considere os aspectos da história social do estado de Goiás:


I – Foi a partir do denominado Ciclo do Ouro, fruto da expansão do movimento das Bandei-
ras, que Goiás começou efetivamente a ser povoado, sendo a região do rio Paranaíba,
no leste do estado, a primeira a ser ocupada nesse contexto.
II – A região pertenceu à capitania de São Paulo até meados do século XVIII e a designação
de Goiás teve origem nos povos indígenas que habitavam a região antes da colonização.
III – No sudoeste do estado há áreas demarcadas e delimitadas para comunidades quilom-
bolas ou comunidades afrodescendentes, como o Kalunga, por exemplo, que vivem so-
bretudo da agricultura familiar e do artesanato.

Está correto o que se afirma APENAS em:


a) II.
b) I e II.
c) I.
d) II e III.
e) I e III.

A afirmativa I: Errada. Os primeiros arraiais surgidos em Goiás em função da atividade minera-


dora no século XVIII foram na região do rio Vermelho e rio das Almas e não no rio Paranaíba,
que fica no sul/sudeste.
A afirmativa II: Correta. São algumas informações históricas clássicas sobre o estado de Goi-
ás. A Capitania foi criada em 1748 e instalada no ano seguinte, a partir de um desmembramen-
to da Capitania de São Paulo para melhor administrar as regiões onde foi descoberto ouro.
A afirmativa III: Errada. A comunidade Kalunga fica no norte de Goiás, próxima a Chapada dos
Veadeiros.
Letra a.

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050. (UEG/POLÍCIA CIVIL/GO/AGENTE DE POLÍCIA CIVIL/2008) A impraticabilidade de se


povoar a dita capitania [Goiás] nem outra qualquer parte da América Portuguesa se não com
os nacionais da mesma América. E que achando-se todo o sertão daquele vasto continente
coberto de índios, estes deviam ser principalmente os que povoassem os lugares, as vilas e as
cidades que se fossem formando. […] Carta régia de D. José Vasconcelos, governador da Capi-
tania de Goiás. 1758. In: PALACIN, Luís. O século do ouro em Goiás. Goiânia: Ed. Da UCG, 1994.
Até a chegada da bandeira de Bartolomeu Bueno da Silva, no século XVIII, ao território que atu-
almente constitui o estado de Goiás, várias tribos indígenas ocupavam a região. A interação
entre bandeirantes e nativos no século XVIII e o povoamento, ao longo dos séculos, da região
de Goiás, caracteriza-se pelo/por
a) povoamento exclusivamente constituído pelos povos indígenas que habitavam a região, me-
dida que seguia a recomendação régia de 1758.
b) uso de técnicas astutas e pacíficas por Anhanguera, como era conhecido Bartolomeu Bueno
da Silva, para convencer indígenas a encontrar ouro.
c) uso de aldeamentos, territórios demarcados para que os índios fossem pacificados, educa-
dos como cristãos e treinados para o trabalho agrícola.
d) haver posicionado Goiás como o estado com a maior população indígena entre os entes
federados, devido à recomendação da carta régia de 1758.
e) uma política de colonização que não fez nenhum uso de violência contra os povos indíge-
nas, que foram aldeados e civilizados pelos jesuítas.

a) Errada. Os indígenas da tribo dos Goyas foram os habitantes originais do estado que foi po-
voado por portugueses em razão da descoberta de ouro pelos bandeirantes paulistas.
b) Errada. O Anhanguera – diabo velho – usou técnicas astutas como a célebre história do
fogo na cachaça para ameaçar os índios a lhe entregarem o ouro, e foi extremamente violento,
escravizando todos que pode em um grande território.
c) Correta. Aldeamentos são missões jesuíticas que tinham como objetivo catequizar os indígenas
e expandir a fé católica. Em todo o território português colonial havia várias missões jesuíticas.
d) Errada. A maior população indígena ficava no litoral e eram uma colônia, não existiam entes
federados.
e) Errada. O uso da violência foi intenso.
Letra c.

051. (CESPE/POLÍCIA CIVIL/GO/ESCRIVÃO DE POLÍCIA/2016) Durante a Idade Moderna,


prevaleceram na Europa as práticas econômicas mercantilistas, voltadas para o fortalecimen-
to dos Estados nacionais e o enriquecimento de seus empreendedores. Em larga medida, o
entesouramento de metais preciosos era o objetivo mais evidente, o que explica o grande inte-
resse na descoberta e na exploração desses metais nas colônias do Novo Mundo. Nesse con-

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texto se processou a ocupação das áreas interioranas da América portuguesa, que, no caso
específico de Goiás, deu-se, sobretudo, a partir do século XVII. A respeito do desbravamento do
território goiano e de aspectos relacionados a esse desbravamento, assinale a opção correta.
a) A Guerra dos Emboabas, ocorrida nas Minas Gerais, interrompeu a marcha dos desbrava-
dores paulistas em direção ao Centro-Oeste, retardando em muito a ocupação e a exploração
econômica das terras goianas.
b) O declínio da extração aurífera em Goiás ocorreu na primeira metade do século passado,
quando a multiplicação de indústrias alterou radicalmente o panorama econômico de toda a
região central do país.
c) Fundada por Bartolomeu Bueno da Silva, o primeiro Anhanguera, a sede inicial da capitania
goiana recebeu desse bandeirante o nome de Goiás, homenagem aos habitantes de extensa
região que margeava o rio Tietê.
d) O desbravamento de Goiás deveu-se à ação dos bandeirantes que, a partir de São Paulo,
embrenharam-se pelos denominados sertões em busca de, além de ouro e pedras preciosas,
índios para serem escravizados.
e) A ação dos desbravadores foi severamente punida pela metrópole portuguesa, receosa de
que as riquezas eventualmente encontradas no interior da colônia fossem contrabandeadas e
escapassem ao fisco lusitano.

O grande movimento de ocupação do estado no Brasil Colônia se deu em função da atividade


mineradora. Isso só foi possível graças a ação dos bandeirantes paulistas que desbravaram o
cerrado em busca do metal nobre.
Letra d.

052. (CS/UFG/UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIAS/TÉCNICO ADMINISTRATIVO EM EDU-


CAÇÃO/2017)
Uma tentativa de síntese sobre a ocupação pré-colonial no Centro-Oeste brasileiro foi realizada
em 1999-2000 por Jorge Eremites de Oliveira e Sibeli Aparecida Viana. Nessa síntese, os auto-
res afirmam que:
a) as primeiras ocupações da região, ao que tudo indica, estão ligadas à presença de grupos
caçadores e coletores no início do Pleistoceno, por volta de 20.000 anos AP.
b) a análise de sedimentos de sítios localizados na região de Serranópolis (GO), datados em
10.740 AP, demonstrou a constância do clima quente e seco que chegou, sem alterações, até
os dias atuais.
c) os grupos agricultores e ceramistas, no Centro-Oeste, à exceção do Pantanal, estão ligados
a três tradições, Una, Aratu e Bororo, que se estabeleceram em terrenos de relevo acidentado,
muitas vezes em aldeias de formato arredondado.

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d) a maioria dos sítios de caçadores-coletores encontra-se em ambientes fechados (grutas e


abrigos sob rocha), o que indica que os grupos eram pequenos e com grande mobilidade espa-
cial. Tal constatação pode resultar do fato de o estudo desses ambientes ter sido privilegiado.

Lembre-se de que Serranópolis abriga um Sítio Arqueológico com vestígios de atividade huma-
na que remontam a aproximadamente 11 mil anos.
Letra b.

053. (UFG/CS/PREFEITURA DE GOIÂNIA/AUDITOR DE TRIBUTOS) Na década de 1930, por


meio do Decreto n. 2.737, de 20 de dezembro de 1932, o interventor de Goiás, Pedro Ludovico
Teixeira, nomeou uma comissão para realizar estudos para escolha do local onde seria cons-
truída a futura capital. Além de Campinas (atual bairro de Goiânia), outras três localidades
escolhidas para realização do estudo foram:
a) Paraúna, Santa Luzia (atual Luziânia) e Meia Ponte (atual Pirenópolis).
b) Bela Vista de Goiás, Goiabeira (atual Inhumas) e Curralinho (atual Itaberaí).
c) Pires do Rio, Bonfim (atual Silvânia) e Ubatam (atual município de Orizona).
d) Ipameri, Pouso Alto (atual Piracanjuba) e Caraíba (atual município de Vianópolis).

A escolha desses locais estava intimamente ligada às questões hídricas para abastecimento
da nova capital do Estado.
Letra c.

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HISTÓRIA DO GO
História do Goiás - Parte I
Daniel Vasconcellos

GABARITO
1. a 19. c 37. c
2. c 20. d 38. a
3. b 21. b 39. b
4. a 22. c 40. c
5. d 23. a 41. a
6. b 24. c 42. b
7. a 25. e 43. d
8. b 26. e 44. b
9. d 27. c 45. a
10. a 28. e 46. c
11. b 29. e 47. c
12. a 30. b 48. e
13. b 31. c 49. a
14. a 32. b 50. c
15. c 33. c 51. d
16. d 34. a 52. b
17. c 35. c 53. c
18. d 36. d

Daniel Vasconcellos
Daniel Vasconcellos é Pós-graduado em Docência do Ensino Superior pela Faculdade Darwin (2013).
Graduado em História pelo Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM (2003). Possui mais de 15
anos de experiência em docência nas áreas de História, Filosofia, Sociologia, Geografia e Metodologia
Científica, no Ensino Médio, Superior e em Preparatório para Vestibulares e Concursos. Atua como professor
concursado da Secretária de Estado da Educação do Distrito Federal.

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