Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
B, estando muito doente, pede a A para o matar. A, querendo cumprir o pedido de B, entra na
farmácia de C em Gaia, de onde retira duas caixas de um medicamento letal. C, apercebendo-se
do sucedido, vai à porta da farmácia quando A estava a sair chamando-o de “filho da *” e outros
nomes. A vai a casa de B no Porto, onde põe os comprimidos na mão de B e sai. B toma os
comprimidos e é encontrado ainda com vida por D, que imediatamente chama uma ambulância,
vindo B a falecer em Gaia, a caminho do hospital.
O MP, tomando conhecimento da morte de B, abre inquérito contra A, acusando-o por ajuda ao
suicídio (art. 135º, n.º 1, do CP). O MP remete o processo para o tribunal singular de Gaia,
sendo o processo distribuído a E, que havia namorado com B. E, sem realizar nenhuma
diligência, e apenas lendo as declarações de D, condena A como autor pelo crime pela qual A
vinha acusado.
Entretanto, após a remessa para o tribunal singular para julgamento, C apresenta queixa contra
A pelo crime de furto (art. 203º, n.º 1, do CP), tendo o MP aberto inquérito e acusando A por
este crime. A pretende abrir instrução, por C não ter sido acusado por injúria (art. 181º CP),
sendo que dois dias antes foi publicada a Lei n.º 1000/2019, de 21 de Outubro, que altera a
redacção do n.º 1 do art. 287º do CPP nos termos seguintes: A abertura de instrução pode ser
requerida, no prazo de 10 dias....