Este documento resume um capítulo de um livro sobre a gestão da água no Brasil. Ele descreve as principais bacias hidrográficas brasileiras, a disponibilidade de recursos hídricos em cada região e os desafios relacionados à qualidade da água, uso consuntivo e não consuntivo da água, e a gestão dos recursos hídricos no país.
Este documento resume um capítulo de um livro sobre a gestão da água no Brasil. Ele descreve as principais bacias hidrográficas brasileiras, a disponibilidade de recursos hídricos em cada região e os desafios relacionados à qualidade da água, uso consuntivo e não consuntivo da água, e a gestão dos recursos hídricos no país.
Este documento resume um capítulo de um livro sobre a gestão da água no Brasil. Ele descreve as principais bacias hidrográficas brasileiras, a disponibilidade de recursos hídricos em cada região e os desafios relacionados à qualidade da água, uso consuntivo e não consuntivo da água, e a gestão dos recursos hídricos no país.
ATIVIDADE 3: Resenha Textual “Gestão da Água no Brasil”
A obra denominada “Gestão da Água no Brasil” faz parte da Edição
UNESCO, Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, tendo sido produzida pelos autores Carlos E. M. Tucci, Ivanildo Hespanhol e Oscar de M. Cordeiro Netto, e publicada no ano de 2001. Aborda as principais características da hidrologia brasileira. O capítulo ao qual essa resenha refere-se, compreende o capítulo 2 da obra, e foi intitulado de “Manejo integrado dos recursos hídricos”, que por sua vez, foi subdivido em sete itens, dos quais seis, foram aqui destacados.
O primeiro item, salientou as bacias hidrográficas brasileiras, partindo da
divisão adotada pela Secretaria de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente. São elas, a bacia Amazônica, relativa ao rio Amazonas, e que recobre mais da metade do território brasileiro, situando-se ao norte entre o planalto das Guianas e ao sul, ao Planalto Central Brasileiro; A bacia do rio Tocantins, caracterizada por ser a maior bacia efetivamente brasileira; E a bacia do São Francisco, que interliga as regiões de povoamento mais antigo, Nordeste e Sudeste. Seu principal rio, o São Francisco, é conhecido como o “rio da integração nacional”, sendo uma das bacias mais importantes do território.
Três são as bacias que correspondem a bacia do Prata: a bacia do
Paraná, efetivamente planáltica, e onde encontra-se a maior população e produção econômica do país; A bacia do Paraguai, típica de planície, com destaque ao Pantanal e a bacia do Uruguai, que possui um trecho planáltico e outro de planície, onde seu principal rio, que a denomina, nasce na Serra do Mar. Já as bacias litorâneas, que representam um conjunto de pequenas bacias reunidas conforme o trecho da costa brasileira, podem ser subdivididas em, bacias do Atlântico Norte/Nordeste, bacias do Atlântico Sul/Leste e as bacias do Atlântico Sul/Sudeste. Estas bacias apresentam características climáticas distintas. Além de uma caracterização detalhada das bacias, este primeiro item, abordou as principais nascentes dos rios brasileiros, como por exemplo a Cordilheira dos Andes, que originam os formadores do rio Amazonas.
O segundo item, abordou a disponibilidade de recursos hídricos
presentes no território brasileiro. As características climáticas foram descritas, bem como a variabilidade climática anual e sazonal, significativa devido às dimensões territoriais brasileiras. Essa variabilidade condiciona a disponibilidade hídrica e constitui-se como fator de sustentabilidade das atividades socioeconômica. A variabilidade de precipitação anual brasileira foi apresentada, e a Amazônia destaca-se com valores superiores a 2.000 mm. O fenômeno de evapotranspiração real que tem relação direta com as condições de precipitação, temperatura e umidade do solo foi apresentado. Neste sentido, as características climáticas com as respectivas temperaturas médias anuais de cada uma das regiões brasileiras foram apontadas, como por exemplo, a região Sudeste, onde o clima varia em função da topografia e dos sistemas de circulação atmosféricos.
As disponibilidades hídricas dos recursos superficiais também foram
descritas. No caso brasileiro, seus recursos hídricos superficiais representam 50% do total dos recursos da América do Sul e 11% dos recursos mundiais. Todavia, essa distribuição não se dá de maneira uniforme, o que pode ser comprovado com os extremos excessos de água na região Amazônica e a escassez e limitações de disponibilidade na região Nordeste. Foram apresentados neste item, os valores de disponibilidade hídrica das principais bacias brasileiras e a sua relação com a precipitação e evapotranspiração. Em relação à variabilidade sazonal, destacou-se que ela ocorre de acordo com as precipitações de cada bacia, sendo as maiores variabilidades verificadas na paisagem nordestina. Já no rio São Francisco, observa-se menor variabilidade devido à regularização dos reservatórios de montante.
Sobre a disponibilidade dos recursos hídricos, foi salientado sua
dependência em relação à recarga do aquífero, dada em função do balanço hídrico; e da capacidade do aquífero em armazenar água e em regular os períodos de estiagens dos rios. As principais províncias hidrogeológicas e a produção esperada para essas áreas, foram apresentadas, com destaque para a província do Paraná. A caracterização da qualidade das águas também foi abordada no texto, onde depende das condições geológicas e geomorfológicas e de cobertura vegetal da bacia de drenagem, do comportamento dos ecossistemas terrestres e das águas doces, além é claro, das ações antrópicas. As ações do homem, que mais podem influenciar são: o lançamento de cargas nos sistemas hídricos; a alteração do uso do solo rural e urbano e as modificações no sistema fluvial. Todavia, a contaminação dos aquíferos, isso é, a poluição dos rios, foi salientada. As principais cargas de poluição afluentes, caracterizam-se em pontuais ou difusas, onde as pontuais, referem-se a efluentes da indústria e ao esgoto cloacal e pluvial.
As informações hidrometeorológicas e de qualidade da água foram
classificadas como indispensáveis para a promulgação de um adequado aproveitamento dos recursos hídricos em bases sustentáveis. Algumas entidades a nível federal, encarregadas deste monitoramento foram destacadas, como por exemplo a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) e o INEMET (Instituto Nacional de Meteorologia do Ministério de Agricultura). Os principais aspectos relacionados a este monitoramento, referem-se ao acesso aos dados climatológicos, à sustentabilidade das redes, à administração das redes, às características das redes hidrométricas, às redes de qualidade da água e à manutenção de base de dados.
O uso e aproveitamento de recursos hídricos foram abordados a partir
de uma perspectiva conjectural, que trouxe à tona o contexto do pós Segunda Guerra, vivido durante o século XX, marcado pelo crescimento econômico e social e urbano. A década de 80, foi marcada pela aprovação das primeiras legislações sobre controle ambiental. Já a década de 90, foi marcada por grandes desafios como a definição dos aspectos institucionais do gerenciamento dos recursos hídricos e a preservação ambiental. Sobre os usos consuntivos destes recursos, os principais destacados foram: o abastecimento humano, animal (dessentação), o abastecimento industrial e a irrigação. O consumo de água médio anual por bacia brasileira foi apresentado, além da distribuição de consumo por tipo de uso consuntivo e a distribuição por região, onde pode-se observar que a maior demanda deriva da irrigação. Sobre os usos não consuntivos, foram destacadas as hidrelétricas, que concentra a maior produção de energia do Brasil. Os sistemas de navegação também foram comentados, e as principais hidrovias brasileiras foram citadas.
O balanço das situações ambientais críticas e extremas foi discutido.
Como por exemplo, as inundações, que classificam-se como as enchentes ribeirinhas, aquelas decorrentes da urbanização e aquelas associadas a problemas localizados. Outras situações de degradação ambiental, seriam o uso do solo, devido à deterioração do solo rural devido ao uso intensivo e às práticas agrícolas, principalmente à monocultura, que retiram a camada fértil do solo, e trazem como consequência o assoreamento dos rios e lagos. Sendo assim, em nível nacional, os principais impactos sobre o meio ambiente são os despejos de efluentes domésticos e industriais nos rios, a contaminação difusa pelo uso de fertilizantes e pesticidas de áreas agrícolas, a degradação do solo rural pelo desmatamento e práticas agrícolas inadequadas, a construção de obras hidráulicas, a operação de aterros sanitários, a contaminação dos aquíferos e a mineração.
Características intrínsecas aos aspectos institucionais da gestão dos
recursos hídricos no país, foram debatidas, e classificadas em administração federal e administração nos Estados. Os mecanismos de participação dos usuários também foram salientados, bem como as etapas do processo decisório. A legislação de águas e as leis ambientais projetadas em Estados e Municípios foram discutidas com riquezas de detalhe. Os aspectos econômicos-sociais da gestão dos recursos hídricos foram diferenciados, a partir da escala tarifária, bem como foram salientados os mecanismos de financiamento dos grandes projetos hidráulicos brasileiros.
No que tange aos aspectos sociais, foram destacados inúmeros
problemas, como a escassez de água, a ocorrência de enchentes, a inexistência de práticas efetivas de gestão de usos múltiplos e integrados dos recursos hídricos, a distribuição injusta dos custos sociais associados ao uso intensivo da água e a inadequação de políticas públicas quanto ao uso do solo urbano, que acabam por recair diretamente sob às classes de menor renda, como os pequenos produtores e às populações indígenas.