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Rafael Parizotto
1
Rafael Parizotto
Orientador:_________________________
Prof. Dr. Adalberto Pandolfo
Faculdade de Engenharia e Arquitetura, UPF
___________________________________
Prof. Dra. Aline Ferrão Custódio Passini
Faculdade de Engenharia e Arquitetura, UPF
___________________________________
Prof. Msc. Eduardo Pavan Korf
Faculdade de Engenharia e Arquitetura, UPF
3
ABSTRACT
Due to the processes of industrialization and with several techniques of proceedings adopted
by the man, from the raw material up to the final product, several aspects and environmental
impacts are diagnosed. Any developed product produces some type of environmental impact,
be he, in the physical, biological environment and socioeconomic. The identification and
evaluation of the aspects and environmental impacts must be classified quantitatively and
qualitatively in agreement with some authors quoted in the work. The objective of the work is
to identify and to classify the aspects and environmental impacts in the industrial sector of
printshop, providing scientific knowledge for the development of measures, aiming to reduce
the impacts resulting from the process of manufacture. The obtained results happened through
the use of Leopold's processes, reformulated processes for L. Bianchi and modified matrix,
with that, were classified the aspects and environmental impacts in significant and not
significant through qualitative and quantitative analyses like character, magnitude,
importance, severity, probability, frequency and duration of the environmental impact. Thus,
it allows direct all the efforts of the enterprise, in what it refers to resources for the industrial
activity paying in the improvement of the image of the enterprise, increase of the productivity,
opening of new markets, rationalization of costs, systematization of the environmental
management, minimization of the risks of accidents and of the products, security of the
informations and reduction of risks of sanctions of the Public Power.
4
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por ter me dado forças e iluminando meu caminho para que pudesse
concluir mais uma etapa da minha vida;
Aos meus pais, por todo amor e dedicação que sempre tiveram comigo, principalmente
minha mãe que me apoiou e sempre fez acreditar que nada é impossível, pessoa que sigo
como exemplo, dedicada, amiga, batalhadora, que abriu mão de muitas coisas para me
proporcionar a realização deste trabalho;
Aos meus avós, por estarem sempre torcendo e rezando para que meus objetivos sejam
alcançados, por ter sido minha estrutura familiar por muitos anos onde convivi com eles desde
pequeno, pessoas que mostraram que muitas vezes um gesto marca mais que muitas palavras,
honestidade acima de tudo, exemplo de pessoas que dedicaram toda sua vida a família, meu
eterno amor e agradecimento;
A minha namorada em especial, a quem devo muito, exemplo de pessoa, agradeço
pela paciência, companheirismo, pela força que me deu nos momentos mais difíceis, pela
dedicação e o amor acima de tudo;
Ao meu orientador, professor Adalberto Pandolfo, pelo ensinamento e dedicação
dispensados no auxilio à concretização desse trabalho;
A todos os professores do curso de Engenharia Ambiental, pela paciência, dedicação e
ensinamentos disponibilizados nas aulas, cada um de forma especial contribuiu para a
conclusão desse trabalho e consequentemente para minha formação profissional;
Por fim, gostaria de agradecer aos meus amigos, colegas de estágio e familiares, pelo
companheirismo e pela compreensão nos momentos em que a dedicação aos estudos foi
exclusiva, a todos que contribuíram direta ou indiretamente para que esse trabalho fosse
realizado.
5
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 7
1.1 Considerações iniciais .................................................................................................. 7
1.2 Problema de pesquisa ................................................................................................... 8
1.3 Justificativa .................................................................................................................. 9
1.4 Objetivos .................................................................................................................... 10
1.4.1 Objetivo geral ..................................................................................................... 10
1.4.2 Objetivos específicos .......................................................................................... 10
2 REVISÃO DA LITERATURA ......................................................................................... 11
2.1 Evolução da humanidade em relação ao meio ambiente ........................................... 11
2.2 Sistema de Gestão Ambiental (SGA) ........................................................................ 12
2.3 A NBR ISO 14001 e a avaliação ambiental............................................................... 14
2.4 Aspectos ambientais .................................................................................................. 16
2.5 Identificação dos aspectos e impactos ambientais ..................................................... 16
2.6 Impacto ambiental ...................................................................................................... 19
2.7 Aspectos históricos da avaliação de impactos ambientais ......................................... 20
2.8 A AIA como instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente .......................... 22
2.9 Quantificação dos impactos ambientais utilizando o processo matricial de Leopold 23
2.10 Quantificação dos impactos ambientais utilizando o processo de Leopold
reformulado por L. Bianchi ................................................................................................... 25
3 METODOLOGIA .............................................................................................................. 27
3.1 Local de estudo .......................................................................................................... 27
3.2 Procedimentos metodológicos ................................................................................... 29
3.3 Elaboração da metodologia ........................................................................................ 30
3.4 Levantamento e caracterização dos aspectos e impactos ambientais na empresa ..... 30
3.5 Identificação e classificação dos aspectos e impactos ambientais ............................. 31
4 RESULTADOS ................................................................................................................. 34
4.1 Método matricial modificado pela FIESP ................................................................. 34
4.2 Processo matricial de Leopold ................................................................................... 38
4.3 Processo matricial de Leopold reformulado por L. Binachi ...................................... 41
4.4 Avaliação dos processos matriciais ........................................................................... 44
5 CONCLUSÃO ................................................................................................................... 46
5.1 Conclusão do trabalho ............................................................................................... 46
5.2 Sugestões para trabalhos futuros................................................................................ 47
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 48
6
1 INTRODUÇÃO
7
de produtos e serviços, mas também para a construção de uma imagem ambientalmente
positiva junto à sociedade que vem buscando uma qualidade de vida maior (VITÓRIA, 2011).
A implantação de processos de gestão ambiental tem sido uma das respostas das
empresas a este conjunto de pressões. A gestão ambiental no âmbito das empresas tem
significado a implementação de programas voltados para o desenvolvimento de tecnologias, a
revisão de processos produtivos, o estudo de ciclo de vida dos produtos e a produção de
“produtos verdes”, entre outros, que buscam cumprir imposições legais, aproveitando
oportunidades de negócios e investir na imagem institucional (DONAIRE, 1995).
8
1.3 Justificativa
Diante disso, a empresa estará em vantagem em relação àquelas que apenas priorizam
seus lucros e desconsideram estes aspectos. Desta forma, evitarão problemas como processos,
multas, prejuízo na imagem perante a opinião pública e econômica, a saúde e segurança de
seus funcionários e, consequentemente, a rejeição de seus produtos no mercado nacional.
9
1.4 Objetivos
10
2 REVISÃO DA LITERATURA
12
A Certificação Ambiental que não é obrigatória é um instrumento
diferenciador para a empresa num mercado altamente competitivo de que
está comprometida com a qualidade ambiental e em conformidade com os
princípios estabelecidos nas normas ambientais. A obtenção da Certificação
Ambiental proporciona a melhoria da imagem da empresa, aumento da
produtividade, abertura de novos mercados, racionalização de custos,
sistematização da gestão ambiental, minimização dos riscos de acidentes e
dos produtos, segurança das informações e redução de riscos de sanções do
Poder Público.
Um Sistema de Gestão Ambiental eficaz pode ajudar uma empresa a gerenciar, medir
ou melhorar os aspectos ambientais de suas atividades desenvolvidas no seu processo de
fabricação, levar a conformidade mais eficiente com os requisitos ambientais obrigatórios e
voluntários e ajudar as empresas a efetivarem uma mudança cultural à medida que práticas
gerenciais forem sendo incorporadas nas operações gerais do negócio.
As normas de qualidade ambiental fornecem ferramentas e estabelecem padrões de
gerenciamento ambiental. Através delas, as empresas podem sistematizar a sua gestão do
meio ambiente e estabelecer metas para a Certificação Ambiental.
Segundo Vitória, (2011), o processo de implantação de um Sistema de Gestão
Ambiental baseia-se em cinco etapas:
13
Para garantir o melhoramento ambiental contínuo, existe um ciclo gerencial anual. As
principais etapas podem ser resumidas da seguinte forma (VITÓRIA, 2011):
14
significativo”. Isto é, a organização identifica os aspectos ambientais quando da avaliação
para diagnosticar o que cada atividade, tarefa ou passo de seus processos podem causar
alterações no meio ambiente, assim os agentes de cada alteração constituem os aspectos
ambientais desta atividade.
Com relação às diretrizes sobre os aspectos ambientais, a NBR ISO 14001 dá
exemplos genéricos de aspectos:
1) Emissões atmosféricas;
2) Lançamentos em corpos d’água;
3) Geração de resíduos;
4) Uso de matérias-primas e de recursos naturais;
5) Outras questões relativas ao meio ambiente e as comunidades;
6) Ruído, vibração, odor, poeira, vapores e névoas;
7) Radiações, descarga gasosa para a atmosfera;
8) Efluentes líquidos, incluindo esgotos domésticos com descarga para o solo ou para
mananciais de água;
9) Consumo de água, energia elétrica, ar comprimido;
10) Consumo de produtos químicos como N2, 01, H2, ácidos, bases, sais, açúcares,
proteínas, vitaminas etc.;
11) Consumo específico dos recursos naturais não renováveis: combustíveis fósseis, vidro,
óleo, óleo combustível, argila, plástico etc.;
12) Vazamentos de recursos líquidos e de químicos perigosos ou tóxicos;
13) Escape de recursos gasosos e de gases perigosos e/ou tóxicos;
14) Explosões, incêndios, inundações;
15) Uso do solo através de equipamentos, máquinas, substâncias e operações que
interajam com o solo;
16) Uso de reservas nativas, áreas paisagísticas ou áreas culturais, através de
equipamentos, máquinas e operações que interajam com as tais áreas;
17) Reutilização de insumos, reciclagens, usos alternativos, aproveitamento de resíduos
etc.;
18) Equipamentos, máquinas e operações que interajam com tais áreas;
19) Geração de resíduos sólidos e líquidos (restos de alimentos, materiais infectados de
ambulatórios, borras, graxas, estopas usadas, sucatas ferrosas e não-ferrosas, óleo
queimado, etc);
15
20) Uso de aterros, jazidas ou incineradores;
21) Manipulação, manuseio e/ou transferência de produtos tóxicos ou perigosos;
22) Armazenamento (Inclusive tanques e diques) de produtos tóxicos, explosivos ou
inflamáveis;
23) Transporte de cargas (químicas, tóxicas ou perigosas) por meio rodoviário, ferroviário,
aéreo, fluvial e marítimo;
24) Disposição do produto da organização por clientes consumidores.
Para identificar os aspectos e impactos ambientais pode-se construir uma matriz para
relacionar, desta forma também será possível classificar e determinar sua significância. Para
determinar a significância dos impactos relacionados aos aspectos podem ser consideradas
algumas características.
Segundo o Departamento de Meio Ambiente / FIESP cita as seguintes características
obtidas:
16
Procura expressar a capacidade de interferência do aspecto/impacto no meio ambiente.
Pode ser classificada em local (quando se encontra nas dependências da organização),
regional (quando o impacto afeta o entorno da organização e a região onde a mesma
Abrangência se encontra) ou global (quando o impacto atinge um componente ambiental de
importância coletiva, nacional ou até mesmo internacional ou global). Sugere-se
atribuir o valor de 1 ponto para a abrangência local, 2 pontos para a regional e 3
pontos para a global.
Os aspectos/impactos ambientais potenciais, associados ou não a situações de risco,
devem ser avaliados segundo sua probabilidade de ocorrência, a qual se sugere que
seja qualificada e pontuada da seguinte forma: alta (3 pontos), média (2 pontos) e
Probabilidade baixa (1 ponto). Deve-se ressaltar que aqueles aspectos/impactos ambientais
associados a situações de risco devem ser abordados em estudos específicos de análise
de risco, para que sua probabilidade seja determinada por métodos de análise de risco
aplicáveis.
Os aspectos/impactos ambientais reais devem ser avaliados de acordo com sua
Frequência provável frequência de ocorrência, a qual pode ser qualificada e pontuada da seguinte
forma: alta (3 pontos), média (2 pontos) e baixa (1 ponto).
Os aspectos/impactos ambientais devem ser avaliados segundo sua magnitude e
reversibilidade. Sugere-se que a qualificação e pontuação desta característica sejam da
seguinte forma: alta (3 pontos, referindo-se àquele aspecto que causa ou pode causar
impactos de alta ou média magnitude ou intensidade, irreversíveis ou de difícil
Severidade reversão), média (2 pontos, referindo-se àquele aspecto que causa ou pode causar
impactos de alta ou média magnitude ou intensidade, mas que sejam reversíveis), e
baixa ou mínima (1 ponto, referindo-se àquele aspecto que causa ou pode causar
impactos de intensidade/magnitude mínima, independentemente de sua
reversibilidade).
Existem diferentes níveis de dificuldade de avaliação e/ou medição, quantitativa ou
qualitativa dos aspectos/impactos ambientais potenciais e reais de uma organização,
Detecção conhecidos por graus ou limites de detecção. Esses limites influenciam a interpretação
da significância dos aspectos/impactos ambientais, que podem ser assim qualificados
e pontuados: difícil (3 pontos), moderado (2 pontos) e fácil (1 ponto).
Fonte: Adaptada de Departamento de Meio Ambiente / FIESP, 2007.
Quadro 1: Características para identificação e classificação dos aspectos e impactos ambientais.
Significância = Probabilidade (Pr) x Severidade (Sr) x Abrangência (Ab) x Detecção (De) (1)
17
Caso existam requisitos legais ou outros requisitos que a organização
subscreva (normas, por exemplo) e/ou demandas diversas de partes
interessadas, não se deve considerar os aspectos/impactos associados aos
requisitos como “não significativos”.
Caso exista não atendimento de legislação aplicável, deve-se tornar o
aspecto/impacto ambiental associado “muito significativo”.
Se a frequência for alta ou média, deve-se considerar o aspecto/impacto
ambiental como, pelo menos, significativo.
Caso não ocorra nenhuma das situações acima, considerar apenas a
pontuação obtida, para avaliação final da significância de determinados
aspectos/impactos ambientais.
Com o conhecimento prévio dos impactos ambientais potenciais associados
aos aspectos ambientais da organização, por meio de instrumentos de
planejamento e avaliação de impacto ambiental, podem ser adotadas
medidas que evitem ou minimizem tais impactos, reduzindo,
consequentemente, os custos envolvidos na sua mitigação e controle, na
recuperação de áreas degradadas e/ou na remediação de solos e aqüíferos
contaminados.
Pontuação
Significância Ações Mínimas Sugeridas
Obtida
De 01 a 06 Não “Manter rotina” (se o respectivo aspecto ambiental for real) ou
pontos significativo “Plano de ação” (se o respectivo aspecto ambiental for potencial)
“Controle operacional” (se se o respectivo aspecto ambiental for
De 08 a 16
Significativo real) ou “Plano de ação e/ou Emergência” (se o respectivo
pontos
aspecto ambiental for potencial)
“Controle Operacional e Plano de Ação e/ou emergência” (se o
Igual ou acima Muito
respectivo aspecto ambiental for real) ou “Plano de ação e/ou
de 18 pontos significativo
Emergência” (se o respectivo aspecto ambiental for potencial).
Fonte: FIESP, 2007.
Quadro 2: Significância final dos aspectos/impactos ambientais e ações a serem tomadas, de acordo com a
pontuação sugerida
Todos os itens abordados anteriormente podem ser organizados em uma única matriz.
O Quadro 3 apresenta um exemplo genérico da avaliação e significância, juntamente com
alguns exemplos de aspectos e impactos ambientais bastante encontrados em algumas
atividades industriais. Neste exemplo genérico, foram identificados aspectos e impactos
ambientais associados a inúmeras atividades industriais.
É importante também salientar que um aspecto pode ter um ou mais impactos
ambientais associados e que isso precisa ser sistematizado e avaliado, individual ou
conjuntamente, com os demais aspectos e impactos ambientais da atividade.
18
Fonte: FIESP, 2007.
Quadro 3: Avaliação de significâncias de aspectos/impactos ambientais
19
2.7 Aspectos históricos da avaliação de impactos ambientais
20
Em relação a isto, Moreira (1985), explica que as peculiaridades jurídicas e
institucionais de cada país vêm determinando o momento, a forma e a abrangência de sua
adoção.
Segundo Andreazzi & Milward-de-Andrade, (1990) observam que, a partir da
Conferência das Nações Unidas de Estocolmo, realizada em junho de 1972, os problemas
ambientais passaram a ser encarados com maior atenção, principalmente em virtude da
exigência de Avaliações de Impactos Ambientais para a concessão de empréstimos
internacionais.
Mesmo em locais onde a Avaliação de Impactos Ambientais não está prevista na
legislação, este instrumento tem sido aplicado por força das exigências de organismos
internacionais (DIAS, 2001). Atualmente, fazem uso da Avaliação de Impactos Ambientais,
todos os principais organismos de cooperação internacional, como os órgãos setoriais da
Organização das Nações Unidas (ONU), o Banco Mundial (BIRD), o Banco Interamericano
de Desenvolvimento (BID), entre outros (MOREIRA, 1985).
Segundo Andreazzi & Milward-de-Andrade (1990), no Brasil, os Estudos de Impactos
Ambientais passaram a ser elaborados a partir da década de 70, por causa das exigências do
Banco Mundial, principalmente em projetos de construções de usinas hidrelétricas. A
Avaliação de Impactos Ambientais é conceituada, conforme Moreira 1985, como: “um
instrumento de política ambiental formado por um conjunto de procedimentos capazes de
assegurar, desde o início do processo, que se faça um exame sistemático dos impactos
ambientais de uma ação proposta, projeto, programa, plano ou política e de suas alternativas,
e que os resultados sejam apresentados de forma adequada ao público e aos responsáveis pela
tomada de decisão, e por eles devidamente considerados”.
Claudio (1987), explica que a Avaliação de Impactos Ambientais tem como objetivo
prevenir e minimizar as alterações que podem ocorrer na elaboração de um projeto ou
determinada atividade, pois o estudo é essencialmente um instrumento de previsão. Neste
sentido, Silva 1994, acrescenta que a avaliação propriamente dita dos impactos ambientais
representa a prognose das condições emergentes, segundo as alternativas contempladas, sendo
realizada em três etapas: identificação, previsão e interpretação da importância dos impactos
ambientais relevantes.
No processo de Avaliação de Impactos Ambientais, são caracterizadas todas as
atividades impactantes e os fatores ambientais que podem sofrer impactos dessas atividades,
21
os quais podem ser agrupados nos meios físico, biótico e antrópico, variando com as
características e a fase do projeto (SILVA, 1994).
Os métodos de Avaliação de Impactos Ambientais são mecanismos estruturados para
identificar, coletar e organizar os dados de impacto ambiental, permitindo a sua apresentação
em formatos visuais que facilitem a interpretação pelas partes interessadas (ANDREAZZI &
MILWARD-DE-ANDRADE, 1990). Estes métodos variam com as características do projeto
e as condições ambientais. Dentre os principais métodos empregados na Avaliação de
Impactos Ambientais estão: ad hoc, checklists, matrizes, overlays, redes e modelagem
(MAGRINI, 1989; SILVA, 1994).
22
2.9 Quantificação dos impactos ambientais utilizando o processo matricial de
Leopold
A Matriz de Leopold tem sido uma das matrizes mais utilizadas no Brasil, sendo
frequentemente tomada como o método padrão para a elaboração de estudos de EIA/RIMA
(IBAMA, 1985).
A matriz consiste da união de duas listas de verificação. Uma lista de ações ou
atividades é mostrada horizontalmente, enquanto uma lista de componentes ambientais
aparece verticalmente. A inclusão dessas duas listas de verificação em uma matriz ajuda a
identificar os impactos, uma vez que os itens de uma lista podem ser sistematicamente
relacionados a todos os outros itens da outra lista, com o objetivo de identificar os possíveis
impactos (LEOPOLD, 1971, apud JÚNIOR DOS SANTOS, 2010).
Segundo Tommasi (1994), o uso da Matriz de Leopold permite uma rápida
identificação, ainda que preliminar dos problemas ambientais envolvidos em determinado
processo, também permite identificar para cada atividade, os efeitos potenciais sobre as
variáveis ambientais. A Matriz de Leopold é a matriz mais conhecida e utilizada, a partir dela
muitas outras foram reformuladas. É um método muito útil no processo de avaliação e
descrição, porque possibilita o confronto entre os componentes ambientais e os componentes
de projeto.
Métodos Matriciais: técnicas bidimensionais que relacionam ações com fatores
ambientais. Utilizam indicadores que quantificam e qualificam os impactos de cada ação
configurando seu potencial de impacto visando fixar medidas mitigadoras de impactos
negativos ou potencializadores de impactos positivos (LEOPOLD, 1971, apud JÚNIOR DOS
SANTOS, 2010).
Em sua concepção original, a matriz possui 88 linhas e 100 colunas, perfazendo um
total de 8.800 quadrículos ou células matriciais. No ponto correspondente ao cruzamento
entre a linha do componente impactante do projeto e a coluna do componente do meio
ambiente impactado, tem-se uma célula na matriz que representará o impacto ambiental
previsto (LEOPOLD, 1971, apud JÚNIOR DOS SANTOS, 2010).
Estas células matriciais são divididas em quatro campos, destinados à colocação dos
valores dos atributos:
23
Célula matricial:
C I
M D
Legenda:
C = caráter;
M = magnitude;
I = importância;
D = duração.
24
3) Pequena: impactos que abrangerão apenas a Área de Influência Direta do
empreendimento.
c) Importância:
1) Significativa: quando atinge fortemente os meios (físico, antrópico e biológico);
2) Moderada: quando o impacto atinge de forma razoável os meios;
3) Não significativa: quando atinge fracamente os meios.
d) Duração:
1) Longa: para àqueles impactos que continuarão ocorrendo após o término das
atividades do empreendimento;
2) Intermediária: impactos que cessarão com o fim do período de atividade do
empreendimento;
3) Curta: impactos que ocorrerão apenas em alguma fase da atividade do
empreendimento.
25
Então, uma célula matricial relativa a um impacto benéfico, de pequena magnitude,
importância moderada e longa duração será:
+ 2
1 3
Cálculo do peso do impacto ambiental (PIA): Soma dos pesos dos atributos.
Cálculo do peso total dos impactos (PTI): É a soma dos módulos dos pesos
de benefícios, de adversidades e de indefinições. PTI = (PB) + (PA) + (PI),
onde PB é a soma de todos os pesos de impactos benéficos na matriz.
Cálculo dos índices de benefícios (IB), adversidades (IA) e de indefinições
(II):
São percentuais de benefícios, adversidades e indefinições, ponderados em
relação ao peso total dos impactos.
Segundo DNIT, (2006), o Índice de Avaliação Ponderal (IAP) será a razão entre o IB e
a soma dos módulos (IA) + (II). Neste processo de Bianchi, quando o IAP < 1, o
empreendimento fica caracterizado como adverso e/ou mal definido, em relação aos impactos
previstos.
Este processo de avaliação ponderal permite uma melhor análise dos critérios de
avaliação que foram utilizados, porém como nos demais processos, onde as grandezas são de
naturezas diferentes, persiste o fator de subjetividade na ponderação dos impactos.
26
3 METODOLOGIA
27
Passo Fundo
Hoje, a empresa tem capacidade de produção para atender uma demanda mensal de
fabricação de 21 caçambas de aço carbono. As figuras 3 e 4, respectivamente, apresentam os
dois tipos de caçambas que são os principais produtos da empresa.
28
Figura 3: Caçamba basculante agrícola Figura 4: Caçamba basculante para material de
construção
A empresa tem como objetivo no futuro incluir no seu processo de fabricação, técnicas
voltadas às adequações ambientais, porém, ainda não foi almejado no desenvolvimento do
produto, devido a escassez de recursos renováveis e altos custos da matéria-prima fomentaram
a alteração de fabricar carrocerias de aço-carbono ao invés das tradicionais caçambas de
madeira.
29
Identificação
Aspectos
Ambientais
Classificação
Levantamento dos Dados Matriz modificada
VISITA TÉCNICA
pela FIESP
Processo matricial
de L. Bianchi
Identificação
Impactos
Ambientais
Classificação
31
Também os aspectos ambientais podem ser diferenciados pela sua forma ou descrição
no setor da empresa em estudo. Descrição dos aspectos ambientais: nele, descreve-se o
aspecto ambiental que gerou o impacto, por exemplo, geração de resíduos de aço, consumo de
energia elétrica, geração de poluentes atmosféricos.
Situação do aspecto: no qual se classifica o aspecto em N (normal), quando é
decorrente da atividade normal, em A (anormal), quando ocorre por motivo da realização de
atividades de manutenção ou em E (emergencial), quando se dá em situações ou atividades
não planejadas.
Severidade do Impacto: classifica-se a gravidade do impacto causado ao meio
ambiente de acordo com o respectivo grau de severidade observando-se:
Severidade Baixa: abrangência local. Impacto ambiental: potencial de magnitude
desprezível. Degradação ambiental sem consequências para o negócio e para a imagem da
empresa, totalmente reversível com ações de controle.
Severidade Média: abrangência regional. Impacto ambiental de média magnitude
capaz de alterar a qualidade ambiental. Degradação ambiental com consequências para o
negócio e à imagem da empresa, reversíveis com ações de controle (ações mitigadoras).
Severidade Alta: abrangência global. Impacto ambiental potencial de grande
magnitude. Degradação ambiental com consequências financeiras e de imagem irreversíveis
mesmo com ações de controle (ações mitigadoras).
Frequência/Probabilidade do Impacto: define-se com qual frequência o impacto
ocorre, para cada aspecto ambiental caracterizado são analisadas as probabilidades ou as
frequências observando-se:
Frequência/Probabilidade Baixa: Existência de procedimentos, controles e
gerenciamentos adequados dos aspectos ambientais. Reduzido número de aspectos ambientais
associados ao impacto em verificação de importância.
Frequência/Probabilidade Média: Ocorre mais de uma vez por mês. Existência de
procedimentos, controles e gerenciamentos inadequados dos aspectos ambientais. Número
médio de aspectos ambientais associados ao impacto em questão.
Frequência/Probabilidade Alta: Ocorre diariamente. Inexistência de procedimentos,
controles e gerenciamento dos aspectos ambientais. Elevado número de aspectos ambientais
associados aos impactos em verificação de importância.
32
A classificação do impacto ambiental foi definida através do cruzamento dos critérios
de análise de severidade e frequência/probabilidade, conforme Quadro 5, fornecendo a
categoria final no aspecto ambiental em análise (POTRICH, 2007).
33
4 RESULTADOS
Não existe um método específico para ser utilizado em cada tipo de empreendimento,
nem mesmo um método com eficiência garantida devido à extensa variedade de tipos de
projetos, as diferentes escalas de cada um, a quantidade de impactos ambientais possíveis de
ocorrer e as suas respectivas quantidades e qualidades de informações (TOMASI, 1994;
BRASIL, 2006).
A partir disso, são apresentados os resultados obtidos no processo de fabricação de
caçambas basculantes em um único setor industrial da empresa, seja ele, no setor de
estamparia tendo como atividades industriais o corte e dobramento das chapas de aço.
Os resultados deram-se através das seguintes etapas:
1. Método matricial modificado pela FIESP;
2. Processo matricial de Leopold;
3. Processo matricial de Leopold reformulado por L. Binachi.
34
Setor Industrial – Estamparia
35
Setor Industrial – Estamparia
Atividade Industrial – Corte e Dobramento
Aspecto Ambiental Impacto Ambiental
Situação Severidade Frequência Classificação
Descrição do Aspecto Forma
N/A/E B/M/A B/M/A B/M/A
Consumo de energia elétrica Outros N B A Média Significância
Estopas com óleo Sólido N M A Média Significância
Fumo metálico Gasoso N M M Média Significância
Graxa Líquido A B M Baixa Significância
Limalha de ferro Sólido N M A Média Significância
Lixas usadas Sólido N M A Média Significância
Luvas com óleo Sólido N M A Média Significância
Madeira Sólido N B M Baixa Significância
Óleo lubrificante (SAE 68) Líquido A M M Média Significância
Panos mecânicos com óleo Sólido N M A Média Significância
Papelão Sólido N B M Baixa Significância
Plástico (filmes) Sólido N B M Baixa Significância
Resíduos de aço Sólido N M A Média Significância
Ruídos Pressão sonora N M A Média Significância
Tíner Líquido A B B Baixa Significância
Vibrações Pressão sonora N B A Média Significância
Legenda:
Situação do Aspecto: N (normal), A (anormal) e E (emergencial);
Severidade do Impacto: B (baixa), M (média) e A (alta);
Frequência/Probabilidade do Impacto: B (baixa), M (média) e A (alta).
Quadro 7: Identificação e classificação dos aspectos e impactos ambientais
36
Tabela 1: Classificação dos aspectos e impactos ambientais
Setor Industrial – Estamparia
Atividade Industrial – Corte e Dobramento
Aspecto Classificação Porcentagem
Ambiental (Severidade x Frequência) (%)
5 Baixa Significância 31,25
11 Média Significância 68,75
0 Alta Significância 0
16 << Total >> 100
Como pode ser visto na Tabela 1, a maioria dos aspectos e impactos ambientais
apresentou-se como média significância (68,75%) totalizando em 11 aspectos levantados,
baixa significância apresentou-se com (31,25%) com 5 aspectos e alta significância não
obtiveram-se resultados significativos do total dos aspectos e impactos ambientais levantados
no setor de estamparia.
Na figura 6, percebe-se que a maioria dos aspectos ambientais encontrados no setor
industrial da empresa é proveniente de materiais sólidos atingindo um percentual de 56% dos
aspectos ambientais levantados, seguido por aspectos líquidos com 19% e os outros aspectos
que somam juntos 25%.
37
4.2 Processo matricial de Leopold
38
PROCESSO MATRICIAL DE LEOPOLD
Setor Industrial – Estamparia
Atividade Industrial – Corte e Dobramento
Desvalorização das
recursos naturais
áreas do entorno
índices de ruídos
Incômodo para
Impacto
SOMATÓRIO
Contaminação
Contaminação
Alteração dos
Aumento dos
Ocupação do
a vizinhança
atmosférica
Poluição
TOTAL
da água
do solo
aterro
Aspecto
Consumo de 2 7 2 7 2 8 2 8 2 8 2 8 2 8 2 7 16 61
187
energia elétrica 5 9 5 9 5 9 5 9 5 9 5 9 5 9 3 9 38 72
2 6 2 6 2 6 2 8 2 8 2 7 2 6 2 6 16 53
Estopas com óleo 177
3 10 3 9 4 10 5 9 5 9 5 10 3 10 3 10 31 77
2 8 2 8 2 8 2 6 2 8 2 7 2 7 2 8 16 60
Fumo metálico 184
5 9 5 9 5 9 3 10 5 9 4 9 4 9 4 9 35 73
2 7 2 7 2 8 2 8 2 8 2 8 2 8 2 7 16 61
Graxa 185
3 10 3 9 4 9 5 9 5 9 5 9 5 9 4 10 34 74
2 7 2 8 2 7 2 6 2 7 2 8 2 8 2 8 16 59
Limalha de ferro 183
4 10 4 9 5 9 4 10 3 10 5 9 4 9 4 9 33 75
2 7 2 7 2 7 2 8 2 7 2 7 2 8 2 8 16 59
Lixas usadas 176
3 10 3 9 4 9 4 9 3 9 3 9 4 9 4 9 28 73
2 6 2 6 2 6 2 8 2 8 2 7 2 7 2 7 16 55
Luvas com óleo 176
3 10 3 9 4 9 5 9 5 9 4 9 3 10 3 10 30 75
2 7 2 7 2 7 2 8 2 8 2 7 2 7 2 7 16 58
Madeira 184
5 9 5 9 3 10 5 9 5 9 5 9 4 10 3 10 35 75
Óleo lubrificante 2 7 2 8 2 8 2 8 2 8 2 8 2 8 2 7 16 62
188
(SAE 68) 4 9 4 9 5 9 5 9 5 9 5 9 5 9 5 9 38 72
Panos mecânicos 2 6 2 6 2 6 2 8 2 8 2 7 2 7 2 6 16 54
178
com óleo 3 10 3 10 3 10 5 9 5 9 5 10 3 10 3 10 30 78
2 7 2 8 2 7 2 8 2 8 2 7 2 7 2 7 16 59
Papelão 184
4 9 4 9 3 10 5 9 5 9 4 10 4 10 4 10 33 76
2 7 2 8 2 7 2 8 2 8 2 8 2 8 2 7 16 61
Plástico (filmes) 187
5 9 5 9 5 10 5 9 5 9 4 9 4 9 4 9 37 73
2 6 2 6 2 8 2 8 2 7 2 6 2 6 2 6 16 53
Resíduos de aço 177
3 10 3 10 5 9 5 9 4 10 3 10 3 10 4 10 30 78
2 8 2 8 2 8 2 6 2 6 2 6 2 7 2 8 16 57
Ruídos 181
5 9 5 9 5 9 3 10 3 10 3 9 5 9 5 9 34 74
2 7 2 7 2 8 2 7 2 8 2 8 2 8 2 8 16 61
Tíner 188
5 9 5 9 5 9 4 9 5 9 5 9 5 9 5 9 39 72
2 8 2 8 2 8 2 6 2 6 2 8 2 8 2 8 16 60
Vibrações 187
5 9 5 9 5 9 4 10 4 10 4 9 5 9 5 9 37 74
Valor Total do Setor Industrial - Estamparia 2922
Quadro 8: Identificação e classificação dos aspectos e impactos ambientais pela matriz de Leopold
39
pontuação total levantada no setor industrial teve um valor significativo de 2922 pontos para o
setor de estamparia.
Na Tabela 2 nota-se que a diferença do aspecto ambiental mais significativo (lixas
usadas) pelo menos significativo (tíner) é de 12 pontos, essa diferença é muito pequena para
obter uma classificação exata nos aspectos ou impactos que estão num nível intermediário da
tabela, sendo ele significativo ou não significativo. Qualquer atribuição de um peso em um
quadrículo pode mudar a classificação do aspecto/impacto para significativo ou não
significativo.
Não se tem dados concretos na literatura para avaliação final dos aspectos e impactos
ambientais que informa um valor significativo na pontuação final. O valor total para cada
aspecto é definido através de um Ecotime ou pela administração da empresa que vai avaliar os
aspectos e impactos ambientais com maior ou menor significância.
Desta forma, é possível direcionar todos os esforços da empresa para as atividades que
apresentam os impactos ambientais mais significativos. Na área ambiental, é muito rara a
precisão científica e a existência de dados exatos para comprovação do impacto ambiental.
Resumindo, uma avaliação de impacto ambiental pode ser efetuada através das seguintes
etapas:
1- Levantamento dos processos e atividades envolvidos;
2- Identificação dos Aspectos Ambientais;
3- Identificação dos Impactos Ambientais;
4- Classificação e Avaliação dos Aspectos e Impactos Ambientais;
5- Definição de Ações de Gerenciamento.
Com estas informações, o responsável pela empresa já pode ter uma boa idéia das
avaliações de aspectos e impactos ambientais, como base da gestão ambiental, e aplicar um
método viável para a empresa.
A Tabela 2 descreve a classificação das atividades industriais da empresa, relacionado
a cada aspecto ambiental encontrado dentro do setor de estamparia. Como pode ser visto, para
cada aspecto ambiental tem um valor total no final da classificação, isso representa o
somatório dos quadrículos de cada aspecto e impacto ambiental exibido no processo matricial
de Leopold.
O somatório dos quadrículos se deu pelo caráter, magnitude, importância e duração.
Pelo somatório de cada aspecto ambiental podemos classificar o valor total exibido na Tabela
2, ou seja, os aspectos que tiverem um valor mais próximo de 176 são classificados como
40
significativos e os aspectos que tiverem valores mais próximos de 188 são classificados como
não significativos. O somatório desses aspectos para o setor industrial de estamparia pode ser
comparada com outras atividades da empresa em estudo. Com o somatório final pode-se
comparar qual atividade tem mais aspectos/impactos significativos e adotarmos um
procedimento para minimização destes.
41
PROCESSO MATRICIAL DE LEOPOLD REFORMULADO POR L. BIANCHI
Setor Industrial – Estamparia
Atividade Industrial – Corte e Dobramento
Desvalorização das
recursos naturais
áreas do entorno
índices de ruídos
Incômodo para
Impacto
SOMATÓRIO
Contaminação
Contaminação
Alteração dos
Aumento dos
Ocupação do
a vizinhança
atmosférica
Poluição
TOTAL
da água
do solo
aterro
Aspecto
Consumo de energia - 2 - 2 - 1 - 1 - 1 - 1 - 1 - 2 - 11
29
elétrica 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 3 1 10 8
- 3 - 3 - 3 - 1 - 1 - 2 - 3 - 3 - 19
Estopas com óleo 49
3 2 3 1 2 2 1 1 1 1 1 2 3 2 3 2 17 13
- 1 - 1 - 1 - 3 - 1 - 2 - 2 - 1 - 12
Fumo metálico 34
1 1 1 1 1 1 3 2 1 1 2 1 2 1 2 1 13 9
- 2 - 2 - 1 - 1 - 1 - 1 - 1 - 2 - 11
Graxa 35
3 2 3 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 14 10
- 2 - 1 - 2 - 3 - 2 - 1 - 1 - 1 - 13
Limalha de ferro 39
2 2 2 1 1 1 2 2 3 2 1 1 2 1 2 1 15 11
- 2 - 2 - 2 - 1 - 2 - 2 - 1 - 1 - 13
Lixas usadas 42
3 2 3 1 2 1 2 1 3 1 3 1 2 1 2 1 20 9
- 3 - 3 - 3 - 1 - 1 - 2 - 2 - 2 - 17
Luvas com óleo 46
3 2 3 1 2 1 1 1 1 1 2 1 3 2 3 2 18 11
- 2 - 2 - 2 - 1 - 1 - 2 - 2 - 2 - 14
Madeira 38
1 1 1 1 3 2 1 1 1 1 1 1 2 2 3 2 13 11
Óleo lubrificante (SAE - 2 - 1 - 1 - 1 - 1 - 1 - 1 - 2 - 10
28
68) 2 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 10 8
Panos mecânicos com - 3 - 3 - 3 - 1 - 1 - 2 - 2 - 3 - 18
50
óleo 3 2 3 2 3 2 1 1 1 1 1 2 3 2 3 2 18 14
- 2 - 1 - 2 - 1 - 1 - 2 - 2 - 2 - 13
Papelão 39
2 1 2 1 3 2 1 1 1 1 2 2 2 2 2 1 15 11
- 2 - 1 - 2 - 1 - 1 - 1 - 1 - 2 - 11
Plástico (filmes) 31
1 1 1 1 1 2 1 1 1 1 2 1 2 1 2 1 11 9
- 3 - 3 - 1 - 1 - 2 - 3 - 3 - 3 - 19
Resíduos de aço 51
3 2 3 2 1 1 1 1 2 2 3 2 3 2 2 2 18 14
- 1 - 1 - 1 - 3 - 3 - 3 - 2 - 1 - 15
Ruídos 39
1 1 1 1 1 1 3 2 3 2 3 1 1 1 1 1 14 10
- 2 - 2 - 1 - 2 - 1 - 1 - 1 - 1 - 11
Tíner 28
1 1 1 1 1 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 9 8
- 1 - 1 - 1 - 3 - 3 - 1 - 1 - 1 - 12
Vibrações 33
1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 1 1 1 1 1 11 10
Valor Total do Setor Industrial - Estamparia 611
Quadro 9: Identificação e classificação dos aspectos e impactos ambientais pelo processo matricial de Leopold
reformulada por L. Bianchi
43
4.4 Avaliação dos processos matriciais
Como pode ser visto nas figuras 7 e 8 a empresa não apresenta nenhum tipo de sistema
de gestão ambiental ou gerenciamento para minimizar os impactos ambientais decorrentes do
seu processo fabril.
Com isso, foram avaliados e classificados os aspectos e impactos ambientais no setor
industrial da empresa. A avaliação dos processos matriciais se deu a partir da matriz
modificada pela FIESP, processo matricial de Leopold e processo matricial de Leopold
reformulado por L. Biachi que descrevem a situação ambiental da empresa em estudo.
O método mais utilizado no Brasil para identificar e classificar os aspectos e impactos
ambientais é processo matricial de Leopold, é um método quantitativo onde se atribui pesos
ou símbolos nos quadrículos na sua matriz. Para a classificação dos resultados finais para cada
aspecto ambiental exige uma dedicação ou atenção mais severa, pois o somatório do resultado
final de cada aspecto tem uma escala de pontuação, essa escala se dá através do aspecto mais
44
significativo pelo menos significativo, no meio termo dessa classificação tem vários aspectos
ambientais onde a diferença de pontuação é mínima, ou seja, os resultados ficam com valores
bem próximos uns dos outros dificultando em classificar os aspectos em significativos e não
significativos.
Pelo processo matricial de Leopold reformulado por L. Bianchi demonstrou uma
maior avaliação em classificar os aspectos ambientais. Devido a isso, o processo apresenta
nos valores finais para cada aspecto ambiental uma margem de diferença de um aspecto pelo
outro maior no somatório dos pesos atribuídos em relação ao processo de Leopol, com isso,
facilita para avaliação e classificação dos aspectos em significativos e não significativos.
A diferença de pontuação na classificação final pelo processo matricial de Leopold é
de 12 pontos do aspecto mais significativo (lixas usadas) pelo aspecto não significativo (tíner)
enquanto o processo matricial de Leopold reformulado por L. Bianchi apresenta uma
diferença de pontuação na classificação final de 23 pontos do aspecto mais significativo
(resíduos de aço) pelo aspecto não significativo (óleo lubrificante).
A matriz modificada pela FIESP apresenta a classificação qualitativa adotada por
Barrow, 1997, é de suma importância para avaliar os aspectos ambientais através do
cruzamento de severidade e frequencia/probabilidade, com isso permite num acréscimo para a
avaliação final junto com os outros procedimentos apresentados.
Com esses métodos apresentados a empresa só tem a crescer em termos econômicos,
sociais e administrativos em seu processo de fabricação. Com isso a empresa melhora a sua
imagem perante a sociedade e seus colaboradores, aumentando no número de pedidos,
melhorando o bem estar de seus funcionários e também no desempenho ambiental da
empresa.
45
5 CONCLUSÃO
46
em relação à de Leopol, isso facilita para avaliação e classificação dos aspectos e impactos em
significativos e não significativos.
A avaliação e classificação podem ser feitas em todos os setores da empresa com os
métodos apresentado no trabalho, assim, consegue-se diagnosticar melhor o desempenho
ambiental nas atividades industriais pertinentes da empresa em estudo.
Com esses métodos apresentados, é de suma importância para a empresa viabilizar o
seu processo produtivo voltado a adequação ambiental. Com isso, a empresa só tem a ganhar,
aumentando o número de pedidos, melhorando a sua imagem perante a sociedade e
expandindo o seu produto no mercado nacional.
Portanto, não há métodos específicos de avaliação e classificação de aspectos e
impactos ambientais para cada tipo de atividade, mas alguns são mais adequados
principalmente em função das peculiaridades do projeto, meio ambiente e especialidade da
equipe de execução.
47
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR ISO 14001: Sistemas de gestão ambiental.
Rio de Janeiro: 1996.
BRASIL. Lei 6.938 de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio
Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências.
Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 02 set 1981.
DONAIRE D.: "Gestão Ambiental na Empresa". Editora Atlas S.A., São Paulo, 1995.
48
MAGRINI, A. Avaliação de Impactos Ambientais e a região amazônica, In: Curso: Impactos
Ambientais de Investimentos na Amazônia – Problemática e Elementos de Avaliação.
Manaus: Projeto BRA/87/021 – SUDAM/PNUD/BASA/SUFRAMA e Projeto BRA/87/040 –
ELETRONORTE/PNUD, 1989.
OTTMAN, J. A: "Marketing Verde". Editora Mc-Graw-Hill Ltda, São Paulo, S.P., 1994.
50