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Sebastiao Teixeira - Sobras de Campanhas - Marketing Eleitoral
Sebastiao Teixeira - Sobras de Campanhas - Marketing Eleitoral
M A R K E T I N G E L E I TO R A L
O que c andidatos e eleitores
podem aprender com eleições
Afinal, o que sobra das
campanhas eleitorais?
Alegria, frustração, mágoa,
indiferença e toneladas de
papéis jogados nas ruas.
Mas sobram também
ensinamentos, para quem estiver
disposto a aprender.
É o que demonstra este livro,
de modo simples e objetivo.
Juntando fatos de eleições
recentes a uma longa
experiência profissional, o autor
elabora conceitos gerais que
podem ser aplicados nas mais
diversas situações. Sobras de
campanhas constitui-se, assim,
um manual prático de grande
utilidade para
o candidato. Além de uma
leitura agradável e
enriquecedora para todos que se
interessem pelas eleições.
Os editores
Sebastião Teixeira
SOBRAS DE CAMPANHAS
Marketing eleitoral: o que candidatos e eleitores
podem aprender com eleições passadas.
© Copyright: Sebastião Teixeira, 2000
Bibliografia.
00-1331 CDD-324.70981
ISBN 85-87293-14-1
Pesquisa de informações
Fernanda Telles
Luciano Di Eugênio
Marco Tsuyama Cardoso
Raquel Marina Oliveira
Tomaz Gouvêa Teixeira
Breno Raigorodski
Denize Carvalho
Ercílio Tranjan
Fabíola Casarin Cassab
Felipe Gouvêa Teixeira
Gustavo Nogueira
Ivan Tsuyama Cardoso
Luciano Traldi
Márcia Grenci
Maria Célia Guimarães
Murilo Martins
Neyza Furgler
Nilce Tranjan
Paulo Levi
Rubem Sampaio Cardoso
Sidney Paiva Lopes
Sylvio Lima
SUMÁRIO
PREFÁCIO .............................................................................. 7
APRESENTAÇÃO................................................................... 9
INTRODUÇÃO .................................................................... 10
PLANO DE EXPOSIÇÃO .................................................... 12
ESCLARECIMENTOS PRÉVIOS NECESSÁRIOS.............. 13
DEFINIÇÕES DO MARKETING POLÍTICO ..................... 14
1. O candidato .................................................................... 53
2. O partido ........................................................................ 55
3. Planos e promessas......................................................... 57
4. Influências inter-administrativas ................................... 58
5. O uso da máquina .......................................................... 60
6. O poder do dinheiro ..................................................... 64
7. Coligações e apoios ........................................................ 65
8. A eleição em dois turnos e a indecisão do eleitor........ 66
9. A eleição em turno único: a chance dos rejeitados ..... 67
10. A rejeição e o voto contra .............................................. 68
11. O jogo sujo...................................................................... 70
12. Imprevistos...................................................................... 71
6 ■ SOBRAS DE CAMPANHAS
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO..................................... 97
ESQUEMA DE PLANEJAMENTO ...................................... 99
1. Conhecendo o eleitor .................................................... 99
2. Comparando os candidatos ......................................... 100
3. Posicionando (ou reposicionando) o candidato ....... 101
4. Escolhendo os formatos criativos ................................ 101
5. Estabelecendo metas.................................................... 102
6. Avaliando previamente os formatos criativos ............. 102
APLICAÇÃO DO ESQUEMA DE PLANEJAMENTO ...... 104
APÊNDICE
PREFÁCIO
Após alguns anos vivendo em uma Democracia, com
eleições livres para os diversos cargos executivos e legislativos,
estamos, como cidadãos, cada vez mais aprendendo a exercer
nosso direito de voto. A cada eleição, julgamos melhor os can-
didatos, aprovando-os em sua imagem ou rejeitando-os em
seus atributos considerados negativos, decidindo votar em
um deles em detrimento de outro, procurando uma raciona-
lidade em nossas motivações, sejam elas imediatas ou não.
A população brasileira está, cada vez mais, cobrando de
seus homens públicos a honestidade e a seriedade que seus
cargos requerem. Não se admite mais que políticos se com-
portem como se fossem “donos” de seus mandatos, esquecen-
do-se de que foram os eleitores que os colocaram lá. E é essa
atitude do eleitor, e do cidadão, que força, cada vez mais, o po-
lítico a se imbuir de que nada mais é do que um servidor pú-
blico e, como tal, deve prestar conta de seus atos à sociedade.
Mas não somente como eleitores vamos incorporando
aos nossos hábitos a crítica aos políticos e homens públicos.
Também como profissionais envolvidos com campanhas elei-
torais, a cada eleição vamos aprendendo um pouco mais
com acertos e erros, procurando aplicar esse aprendizado
nas próximas campanhas, que sempre se diferenciam umas
das outras, com particularidades que devem ser estudadas e
explicadas.
Muitos livros têm sido escritos a partir dessas experiên-
cias que, para cada um de nós, é única. Dividir nosso conheci-
8 ■ SOBRAS DE CAMPANHAS
Neyza Furgler
SOBRAS DE CAMPANHAS ■ 9
APRESENTAÇÃO
Durante os muitos anos em que me envolvi com política
e eleições li duas dezenas de livros sobre o assunto. Considero
que a maioria deles contém análises, conceitos e informações
consistentes, que podem despertar o interesse e enriquecer o
conhecimento do leitor. Mas sempre sentia falta de um texto
que tivesse, digamos, maior utilidade prática. Que fornecesse
as condições básicas para que tanto o candidato, como o elei-
tor, pudessem compreender o marketing eleitoral em todos
os seus aspectos e possibilidades, a ponto de poderem exerci-
tar essa compreensão. O candidato, a serviço de sua própria
campanha. O eleitor, na observação e acompanhamento do
processo eleitoral.
Dessa necessidade nasceu a motivação para escrever este
livro. E garanto que não foi fácil. Levei vários meses para en-
contrar o plano de exposição capaz de sistematizar um tema
tão complexo e cheio de meandros e armadilhas.
Depois, a dificuldade com o próprio desenvolvimento do
texto, em que procurei, de acordo com o objetivo que me pro-
pus, fazer o mais simples, sem perder a precisão e a clareza.
Espero que tenha conseguido. E que Sobras de campanhas
seja útil para todos que se interessem pela disputa eleitoral.
10 ■ SOBRAS DE CAMPANHAS
INTRODUÇÃO
Este estudo é uma análise dos fundamentos do marke-
ting eleitoral que tem como ponto de partida exemplos de
eleições passadas. Através desses exemplos procurei estabele-
cer conceitos gerais, organizando-os de forma sistemática, pa-
ra que possam ser melhor compreendidos e aplicados.
Assim, espero que este livro converta-se num Manual so-
bre o assunto, tanto para o candidato como para o eleitor. Pa-
ra o candidato, porque oferece a ele condições de avaliar sua
situação específica e tirar o melhor proveito dela. Para o elei-
tor, porque fornece os meios de identificar, na comunicação,
os movimentos e as intenções das diversas campanhas.
Vários fatores podem contribuir para o sucesso ou o fra-
casso de um candidato e a importância relativa de cada fator
depende do contexto político-social, das candidaturas e das
circunstâncias que as envolvem.
Marketing eleitoral é um misto de ciência, arte e técnica
de investigar esse conjunto de fatores e condições, visando a
elaboração de planos estratégicos para as candidaturas.
As dificuldades do marketing eleitoral começam por
suas próprias limitações. Primeiro, pelo fato de que o panora-
ma eleitoral, que fornece matéria-prima para os planos estra-
tégicos, é dinâmico e está sujeito a modificações no decorrer
do processo. Segundo, porque a qualquer momento podem
SOBRAS DE CAMPANHAS ■ 11
PLANO DE EXPOSIÇÃO
Este Manual é composto de três partes e um apêndice.
A primeira parte, genérica, procura estabelecer concei-
tos sobre os mecanismos de formação de imagem na mente
do eleitor, condição indispensável para se compreender o
processo eleitoral. Esses conceitos são ilustrados com exem-
plos de eleições anteriores.
A segunda parte, mais específica, dedica-se aos fatores
eleitorais, ou seja, os diversos elementos que exercem in-
fluência sobre as imagens durante o período eleitoral, contri-
buindo para o resultado da eleição.
A terceira parte, que consiste num método de aplicação
das duas primeiras, trata de planejamento de comunicação.
Assim, o candidato terá meios mais precisos de avaliar sua
própria estratégia. E o eleitor poderá, através do acompanha-
mento do processo eleitoral, e em especial da comunicação,
ter a percepção clara da estratégia de cada campanha.
O apêndice contém considerações adicionais para cam-
panhas que não tenham acesso à propaganda gratuita de TV
e rádio.
E apresenta, ainda, a relação de prefeitos das capitais,
governadores e presidentes eleitos desde 1982.
SOBRAS DE CAMPANHAS ■ 13
Marketing eleitoral
É o conjunto de esforços planejados em torno de um
partido (ou coligação) e seu candidato, tendo em vista um
objetivo eleitoral definido previamente.
Podemos citar, como partes integrantes do marketing
eleitoral e que necessitam, portanto, de planos específicos:
Coligações e apoios, Plataforma eleitoral, Agenda do candi-
dato, Comunicação, Provisão de fundos, Logística etc.
Estratégia de comunicação
É um estudo que, partindo da análise das características
do candidato e seu partido, e das condições que eles terão de
enfrentar, oferece uma orientação planejada para a comuni-
cação da campanha em todas as suas manifestações: o discur-
so do candidato, a propaganda eleitoral, a assessoria de im-
prensa etc.
SOBRAS DE CAMPANHAS ■ 15
Marketing governamental
Partido(s)/Governo
Coligações e apoios
A IMAGEM É TUDO
1. A essência da imagem
A essência da imagem
a) Presença do candidato b) Potencial eleitoral
no imaginário do b-1) O cargo em disputa
eleitorado b-2) O contexto político-
social do país
b-3) O contexto político-
social específico
b-4) As circunstâncias
b-5) O confronto entre a
imagem do candidato
e as de seus adversários
b-6) Quantidade e qualida-
de de imagem: o sim, o
não e o talvez do eleitor
b-4) As circunstâncias
Circunstâncias são condições ou particularidades que
envolvem uma candidatura, em determinado momento e
atuam sobre sua imagem, beneficiando-a ou prejudicando-a.
Podem ser consideradas circunstâncias favoráveis ou desfavo-
A IMAGEM ■ 37
(*) Refere-se à denúncia de que governantes, em suas gestões, forjaram dívidas de-
correntes de sentenças judiciais (precatórios) para, com isso, poderem emitir
títulos públicos. E o dinheiro conseguido dessa maneira foi utilizado para ou-
tros fins, já que as dívidas não existiam.
A CPI do Senado, criada em novembro de 96 para apurar as denúncias, e en-
cerrada em agosto de 97, responsabilizou os então governadores Paulo Affon-
so (Santa Catarina), Divaldo Suruagy (Alagoas) e Miguel Arraes (Pernambu-
co), além de Paulo Maluf (prefeito de São Paulo) e Celso Pitta, seu secretário
de Finanças.
Com as acusações de Nicéa Pitta (ex-mulher do prefeito Celso Pitta) em mar-
ço de 2000, de que o prefeito costumava subornar os vereadores para conseguir
apoio (e que teria feito isso em 99 para evitar seu impeachment), está sendo
considerada a possibilidade de instalação de uma nova CPI dos precatórios,
dessa vez na Câmara Federal.
(**) Denúncia sobre o fornecimento irregular de frangos para a prefeitura de São
Paulo (entre agosto de 96 e fevereiro de 97). Segundo essa denúncia, a empre-
sa A D’Oro, fornecedora da prefeitura, comprava frangos vivos da Obelisco,
empresa de Sylvia Maluf (mulher do ex-prefeito Paulo Maluf).
42 ■ SOBRAS DE CAMPANHAS
Recapitulando
A IMAGEM
1. A essência da imagem
2. Composição da imagem
4. Recuperação da imagem
5. A inércia da imagem
2. Composição da imagem
A imagem é formada por um conjunto de atributos, se-
jam eles presumíveis ou já reconhecidos por serviços presta-
dos. Entre as características que entram na composição da
imagem, podemos citar: histórico de vida, honestidade, serie-
dade, experiência, responsabilidade, sensibilidade, iniciativa,
criatividade, dedicação, competência, coragem, autoridade,
carisma, simpatia etc.
4. Recuperação da imagem
5. A inércia da imagem
Sobre eleições
As eleições, na perspectiva do eleitor, costumam ser a
ocasião de seu ajuste de contas com as forças políticas que de-
têm o poder. Por isso é que governantes aprovados pela popu-
lação encontram mais facilidade para se reeleger ou fazer
seus sucessores, enquanto que os reprovados tendem a ser
punidos pelo eleitor. Esse segundo cenário pode dar mar-
gem, tanto ao saudosismo (como aconteceu na eleição para a
prefeitura de São Paulo, em 85, quando o ex-presidente Jânio
Quadros derrotou o candidato da situação, Fernando Henri-
que Cardoso), como oferecer oportunidade a candidatos
pouco conhecidos, desde que saibam tirar proveito do des-
52 ■ SOBRAS DE CAMPANHAS
Sobre campanhas
As campanhas eleitorais são ocasiões em que as diversas
forças políticas se expõem à sociedade, submetendo-se ao jul-
gamento da opinião pública e da imprensa (e aos ataques dos
adversários), gerando confrontos que buscam a construção e
a desconstrução de imagens e que acabam determinando a
escolha do eleitor. Estabelece-se dessa maneira uma dinâmica
em que a comunicação procura potencializar os fatores favo-
ráveis de cada candidatura, e neutralizar os contrários, com o
objetivo de defender uma posição considerada satisfatória
ou conquistar posições na hierarquia das imagens.
1. O candidato
O candidato, ao entrar numa disputa, conta com uma cer-
ta imagem, constituída de sua porção positiva (aceitação), ne-
54 ■ SOBRAS DE CAMPANHAS
2. O partido
Partidos políticos devem ser compreendidos como orga-
nizações que representam as diversas correntes de pensamen-
56 ■ SOBRAS DE CAMPANHAS
3. Planos e promessas
Outra tradição brasileira é que, no exercício do mandato,
os políticos não costumam honrar os compromissos assumidos
durante a campanha. Isso, por um lado, acaba desacreditando
as plataformas dos candidatos (mesmo dos bem-intenciona-
dos). Por outro, “já que o eleitor não vai acreditar mesmo”, in-
centiva o cinismo, que leva a verdadeiras orgias de promessas.
Os planos eleitorais ficaram tão desmoralizados que al-
guns candidatos chegam a utilizar a falta de plano como argu-
mento favorável a ele.
58 ■ SOBRAS DE CAMPANHAS
4. Influências inter-administrativas
Sabemos que as administrações capitalizam dividendos
eleitorais quando são aprovadas pela população, e são penali-
zadas com a rejeição no caso contrário.
Devemos considerar, ainda, que existem influências elei-
torais entre os três níveis de governo (municipal, estadual e fe-
deral). Elas acontecem sempre que uma parcela da população
de um nível abaixo seja beneficiada por atos de nível superior.
Isso significa que a inauguração de obras federais em
determinado estado podem favorecer eleitoralmente o gover-
nador desse estado (ou seu candidato), ainda mais se isso
ocorrer durante o período eleitoral. Do mesmo modo, a inau-
guração de obras estaduais num município pode significar
vantagens eleitorais para o prefeito (ou seu candidato).
Na prática, observamos que esse fenômeno ocorre com
mais freqüência entre as esferas estadual e municipal, pelo
simples fato de que é mais fácil realizar obras de “vulto eleito-
ral” num município (ainda mais se for um pequeno municí-
pio) do que num estado.
A influência do governador
Essa influência advém do fato de que as eleições para os
governos estaduais e municipais não são coincidentes, mas se
realizam em períodos alternados de dois anos.
OS FATORES ELEITORAIS ■ 59
5. O uso da máquina
O apego ao poder
Apesar de não ser ilegal ou irregular, a inauguração de
obras em época de eleição costuma ser muito utilizada por
governantes com a finalidade de beneficiar seus candidatos.
Convém lembrar ainda que os governos não recorrem a ar-
timanhas apenas nos períodos eleitorais, mas estão sempre se
valendo de sua condição privilegiada para criar mecanismos e
revesti-los de legalidade, com o objetivo de se manter no poder.
6. O poder do dinheiro
7. Coligações e apoios
1988 — prefeituras
Vitória da oposição, em São Paulo (Luiza Erundi-
na, do PT) — rejeição ao governo Sarney e seu principal
partido de sustentação, o PMDB; rejeição ao candidato
Paulo Maluf.
1992 — prefeituras
Vitória da oposição em São Paulo (Maluf) — rejei-
ção ao governo do PT (Luiza Erundina).
70 ■ SOBRAS DE CAMPANHAS
12. Imprevistos
Desacreditando as pesquisas
Outro fato que ocorre com freqüência é o de candidatos
que tentam desacreditar as pesquisas, na tentativa de anular
possíveis interferências por sua divulgação.
O voto útil
Muitas vezes acontece de o candidato favorito nas pes-
quisas ser rejeitado pelos formadores de opinião. Isso costu-
ma dar origem a um movimento para unir votos (que até en-
tão encontravam-se dispersos entre vários candidatos) em
favor de um único — aquele que teria mais chance de derro-
tar o tal rejeitado. É o chamado voto útil.
O papel da imprensa
Com relação aos veículos de comunicação é necessário
se fazer duas considerações em separado.
A primeira é que a imprensa considerada “séria” tende a
manter um certo distanciamento dos candidatos durante o
período eleitoral para evitar que sua opinião seja confundida
com “propaganda”. Assim, sua atuação como formadora de
opinião (no que tange especificamente às imagens dos políti-
cos), costuma ocorrer até o momento em que eles não sejam
lançados oficialmente candidatos. A reportagem de capa da
revista Veja, “Collor de Mello, o caçador de marajás”, é de
março de 88 — 20 meses antes da eleição. E a capa de Ciro
Gomes, da mesma revista, “A esquerda light”, é de setembro
de 99 — mais de um ano, portanto, afastada das eleições mu-
nicipais de 2000.
A segunda consideração é que deve-se distinguir a livre
manifestação de pensamento, do “engajamento em campa-
nha” (Tema do próximo item).
O efeito concêntrico
Trata-se de um conceito que, de acordo com o cientista
político Bolívar Lamounier, faz com que a classe A exerça
uma liderança sobre as demais, em termos de preferência
eleitoral. Essa idéia chegou a dar esperanças para a candida-
tura Mário Covas, na campanha presidencial de 89.
16. A militância
Esse é um dos fatores capazes de acrescentar empolga-
ção à disputa e contagiar o eleitorado. Não confundir, porém,
militância — que é a participação espontânea e desinteressa-
82 ■ SOBRAS DE CAMPANHAS
A boca de urna
A militância tem marcado forte presença no trabalho de
boca de urna (que, por sinal, é proibido). A revista Veja
(27/11/85) narra um bom exemplo, na eleição da prefeita
de Fortaleza Maria Luiza Fontenelle (PT) em 1985:
17. As corporações
A influência das várias corporações (sindicatos, igrejas,
associações) é medida por sua força política. Até hoje essa
OS FATORES ELEITORAIS ■ 83
20. A comunicação
“Zé do Muro”
Esse personagem, representado por um boneco,
caracterizava o eleitor comum, com suas “verdades” e in-
certezas. Seria o eleitor que, mesmo simpatizando com
o candidato, desconfiava de tudo e tinha medo de se
comprometer (ainda mais tratando-se, naquela época,
de um partido de esquerda).
O boneco ficava, literalmente, em cima de um mu-
ro e dialogava com quem passasse pela calçada (Suplicy,
sua vice, Erundina, Lula etc.).
Num dos quadros, ele questionou o próprio can-
didato:
Zé do Muro (em tom provocativo):
— Ah , você não é o Eduardo Suplicy, aquele que é dife-
rente de tudo que tá aí?
— É, sou eu mesmo. Aquele que quer mudar as coisas
em São Paulo com transparência e honestidade.
90 ■ SOBRAS DE CAMPANHAS
O jingle
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
O esquema de planejamento que apresento guia-se por
dois modelos: o da agência de propaganda Lintas e o desen-
volvido pelos professores da Harvard Business School, Ken-
neth Andrews e Roland Christensen. Este último é conhecido
pela sigla SWOT: Strengths (forças), Weaknesses (fraquezas),
Opportunities (oportunidades), Threats (ameaças) — e vem
sendo utilizado há muitos anos por diversas agências.
O esquema de planejamento baseia-se, ainda, na teoria
do “posicionamento”, apresentada pelos publicitários ameri-
canos Al Ries e Jack Trout, no livro POSICIONAMENTO, a ba-
talha pela sua mente.
Segundo essa teoria, as diversas marcas ocupam “espa-
ços” na mente do consumidor, ordenando sua percepção e
sua preferência. Assim, o sucesso de uma marca está direta-
mente ligado à sua capacidade de conquistar, defender e/ou
ampliar seu espaço, apresentando para isso diferenciais que
sejam relevantes para o mercado.
Posicionamento é algo que se faz com a mente do consu-
midor, e não com o produto. Está, portanto, relacionado à co-
municação.
Observação:
O posicionamento não impede que um candidato tenha
mensagens distintas para diversos segmentos de público, co-
mo acontece com mais freqüência nas campanhas ao legislati-
vo. Essas mensagens não devem, porém, ser conflitantes entre
si, nem contrariar o posicionamento.
ESQUEMA DE PLANEJAMENTO
1. Conhecendo o eleitor
A primeira medida é definir e conhecer o público com
quem o candidato precisa se comunicar. Em eleição para car-
go executivo deve-se considerar a sociedade como um todo
(já que o não eleitor pode influenciar a opinião do eleitor).
Quando se trata de cargo legislativo, o público pode ser re-
presentado por regiões, cidades, bairros ou setores sociais, co-
mo categorias profissionais, associações, corporações etc.
100 ■ SOBRAS DE CAMPANHAS
2. Comparando os candidatos
5. Estabelecendo metas
A comunicação terá consistência uniforme durante toda
a campanha ou há necessidade de fixar etapas como, por
exemplo, antecipar a defesa de pontos fracos na tentativa de
esvaziar possíveis ataques adversários?
APLICAÇÃO DO ESQUEMA
DE PLANEJAMENTO
Este esquema pode ser aplicado em qualquer campanha
eleitoral. A melhor maneira de confirmar isso é testá-lo em
eleições já ocorridas, que lhe sejam familiares.
Por exemplo: quem analisar as campanhas presidenciais
de 1998, vai compreender por que a comunicação de Fernan-
do Henrique Cardoso teve uma estratégia cautelosa e defensi-
va, e uma comunicação discreta; a de Lula, não teve qualquer
planejamento e sua comunicação foi desencontrada e incon-
sistente; a de Ciro Gomes conseguiu aproveitar a oportunida-
de para criar um posicionamento que ampliou suas possibili-
dades no futuro.
Observando-se essas e outras campanhas é possível verifi-
car, ainda, que a comunicação sempre revela o planejamento
que está por trás dela (desde que o eleitor esteja informado
sobre o processo e acompanhe as pesquisas e suas análises na
imprensa). Do mesmo modo que denuncia a ausência de pla-
nejamento.
É só conferir nos exemplos apresentados na segunda
parte, item 20 — A comunicação.
Finalizando, considero importante reafirmar que o ele-
mento dominante, tanto da estratégia como da comunica-
ção, deve ser seu objetivo maior: defender uma posição con-
siderada satisfatória ou conquistar posições na hierarquia
das imagens.
Sempre que os responsáveis pela campanha, a começar
pelo candidato, estiverem cientes disso, ela será bem-sucedi-
da. Quanto a “ganhar a eleição”, como vimos ao longo deste
livro, é outra história.
APÊNDICE
A COMUNICAÇÃO EM CAMPANHAS DE
PREFEITOS QUE NÃO TENHAM ACESSO
À PROPAGANDA GRATUITA DE TV E RÁDIO
1985 — PREFEITOS
Fonte: Dados eleitorais do Brasil (1982-1996) Jairo Marconi Nicolau (org.) – Rio de
Janeiro: Revan: IUPERJ;UCAM,1998.
APÊNDICE ■ 109
1988 — PREFEITOS
Capital Candidato eleito Partido
Aracaju Wellington Paixão PSB
Belém Sahid Xerfam PTB
Belo Horizonte Pimenta da Veiga PSDB
Boa Vista Ottomar Pinto PMDB
Brasília Não elege prefeito
Campo Grande Lúdio Coelho PTB
Cuiabá Frederico Campos PFL
Curitiba Jaime Lerner PDT
Florianópolis Esperidião Amin PDS
Fortaleza Ciro Gomes PMDB
Goiânia Nion Albernaz PMDB
João Pessoa Wilson Braga PFL
Macapá João Capiberibe PSB
Maceió Guilherme Palmeira PFL
Manaus Arthur Virgílio Neto PSB
Natal Wilma Maia PDT
Palmas Estado criado em 1988
Porto Alegre Olívio Dutra PT
Porto Velho Francisco Erse PTB
Recife Joaquim Cavalcanti PFL
Rio Branco Jorge Kalume PDS
Rio de Janeiro Marcello Alencar PDT
Salvador Fernando José PMDB
São Luís Jackson Lago PDT
São Paulo Luiza Erundina PT
Teresina Heráclito Fortes PMDB
Vitória Vítor Buaiz PT
Fonte: Dados eleitorais do Brasil (1982-1996) Jairo Marconi Nicolau (org.) – Rio de
Janeiro: Revan: IUPERJ;UCAM,1998.
110 ■ SOBRAS DE CAMPANHAS
1992 — PREFEITOS
Capital Candidato eleito Partido
Aracaju Jackson Barreto PDT
Belém Hélio Gueiros PFL
Belo Horizonte Patrus Ananias PT
Boa Vista Maria Jucá PDS
Brasília Não elege prefeito
Campo Grande Juvêncio Cesar da Fonseca PMDB
Cuiabá Dante de Oliveira PDT
Curitiba Rafael Greca PDT
Florianópolis Sérgio Grando PPS
Fortaleza Antônio Cambraia PMDB
Goiânia Darci Accorsi PT
João Pessoa Francisco Franca PDT
Macapá João Papaléo PSDB
Maceió Ronaldo Lessa PSB
Manaus Amazonino Mendes PDC
Natal Aldo Tinoco PSB
Palmas Eduardo Siqueira Campos PDC
Porto Alegre Tarso Genro PT
Porto Velho José Guedes PSDB
Recife Jarbas Vasconcelos PMDB
Rio Branco Jorge Viana PT
Rio de Janeiro Cesar Maia PMDB
Salvador Lídice da Mata PSDB
São Luís Conceição Andrade PSB
São Paulo Paulo Maluf PDS
Teresina Wall Ferraz PSDB
Vitória Paulo Hartung PSDB
1996 — PREFEITOS
Capital Candidato eleito Partido
Aracaju João Augusto Gama da Silva PMDB
Belém Edmilson Rodrigues PT
Belo Horizonte Celio de Castro PSB
Boa Vista Ottomar Pinto PTB
Brasília Não elege prefeito
Campo Grande André Puccinelli PMDB
Cuiabá Roberto Franca Auad PSDB
Curitiba Cassio Taniguchi PDT
Florianópolis Angela Amin PPB
Fortaleza Juraci Magalhães PMDB
Goiânia Nion Albernaz PSDB
João Pessoa Cícero de Lucena Filho PMDB
Macapá Annibal Barcellos PFL
Maceió Katia Born PSB
Manaus Alfredo do Nascimento PPB
Natal Vilma de Faria PSB
Palmas Manoel Odir Rocha PPB
Porto Alegre Raul Pont PT
Porto Velho Francisco Erse PDT
Recife Roberto Magalhães PFL
Rio Branco Mauri Sergio de Oliveira PMDB
Rio de Janeiro Luiz Paulo Conde PFL
Salvador Antônio Imbassahy PFL
São Luís Jackson Lago PDT
São Paulo Celso Pitta PPB
Teresina Firmino Soares Filho PSDB
Vitória Luiz Paulo Vellozo Lucas PSDB
Fonte: Dados eleitorais do Brasil (1982-1996) Jairo Marconi Nicolau (org.) — Rio de
Janeiro: Revan: IUPERJ;UCAM,1998.
112 ■ SOBRAS DE CAMPANHAS
1982 — GOVERNADORES
Estado Candidato eleito Partido
Acre Nabor Teles PMDB
Alagoas Divaldo Suruagy PDS
Amapá Não havia eleição para gov.
Amazonas Gilberto Mestrinho PMDB
Bahia João Durval PDS
Ceará Luís Gonzaga Mota PDS
Distrito Federal Não havia eleição para gov.
Espírito Santo Gerson Camata PMDB
Goiás Iris Rezende PMDB
Maranhão Luís Alves Coelho Rocha PDS
Mato Grosso Júlio Campos PDS
Mato G. do Sul Wilson Barbosa Martins PMDB
Minas Gerais Tancredo Neves PMDB
Pará Jáder Barbalho PMDB
Paraíba Wilson Braga PDS
Paraná José Richa PMDB
Pernambuco Roberto Magalhães PDS
Piauí Hugo Napoleão PDS
Rio de Janeiro Leonel Brizola PDT
Rio G. do Norte José Agripino Maia PDS
Rio G. do Sul Jair Soares PDS
Rondônia Não havia eleição para gov.
Roraima Não havia eleição para gov.
Santa Catarina Esperidião Amin PDS
São Paulo Franco Montoro PMDB
Sergipe João Alves Filho PDS
Tocantins Estado criado em 1988
1986 — GOVERNADORES
Estado Candidato eleito Partido
Acre Flaviano Melo PMDB
Alagoas Fernando Collor de Mello PMDB
Amapá Não havia eleição para gov.
Amazonas Amazonino Mendes PMDB
Bahia Waldir Pires PMDB
Ceará Tasso Jereissati PMDB
Distrito Federal Não havia eleição para gov.
Espírito Santo Max Mauro PMDB
Goiás Henrique Antônio Santillo PMDB
Maranhão Epitácio Cafeteira PMDB
Mato Grosso Carlos Bezerra PMDB
Mato G. do Sul Marcelo Miranda PMDB
Minas Gerais Newton Cardoso PMDB
Pará Hélio Gueiros PMDB
Paraíba Tarcísio Burity PMDB
Paraná Álvaro Dias PMDB
Pernambuco Miguel Arraes PMDB
Piauí Alberto Silva PMDB
Rio de Janeiro Moreira Franco PMDB
Rio G. do Norte Geraldo José de Melo PMDB
Rio G. do Sul Pedro Simon PMDB
Rondônia Jerônimo Santana PMDB
Roraima Não havia eleição para gov.
Santa Catarina Pedro Ivo de Campos PMDB
São Paulo Orestes Quércia PMDB
Sergipe Antônio Carlos Valadares PFL
Tocantins Estado criado em 1988
FONTE: Dados eleitorais do Brasil (1982-1996) Jairo Marconi Nicolau(org.) — Rio de
Janeiro: Revan: IUPERJ;UCAM,1998
114 ■ SOBRAS DE CAMPANHAS
1990 — GOVERNADORES
Estado Candidato eleito Partido
Acre Edmundo Pinto PDS
Alagoas Geraldo Bulhões PSC
Amapá Annibal Barcellos PFL
Amazonas Gilberto Mestrinho PMDB
Bahia Antônio C. Magalhães PFL
Ceará Ciro Gomes PSDB
Distrito Federal Joaquim Roriz PTR
Espírito Santo Albuíno Azeredo PDT
Goiás Iris Rezende PMDB
Maranhão Edison Lobão PFL
Mato Grosso Jaime Campos PFL
Mato G. do Sul Pedro Pedrossian PTB
Minas Gerais Hélio Garcia PRS
Pará Jáder Barbalho PMDB
Paraíba Ronaldo da Cunha Lima PMDB
Paraná Roberto Requião PMDB
Pernambuco Joaquim Francisco PFL
Piauí Antônio Freitas Neto PFL
Rio de Janeiro Leonel Brizola PDT
Rio G. do Norte José Agripino Maia PDS
Rio G. do Sul Alceu Collares PDT
Rondônia Oswaldo Piana PTR
Roraima Ottomar Pinto PTB
Santa Catarina Vilson Kleinubing PFL
São Paulo Luiz Antônio Fleury Filho PMDB
Sergipe João Alves Filho PMDB
Tocantins Moisés Avelino PMDB
FONTE: Dados eleitorais do Brasil (1982-1996) Jairo Marconi Nicolau(org.) — Rio de
Janeiro: Revan: IUPERJ;UCAM,1998.
APÊNDICE ■ 115
1994 — GOVERNADORES
Estado Candidato eleito Partido
Acre Oleir Messias Cameli PPR
Alagoas Divaldo Suruagy PMDB
Amapá João Capiberibe PSB
Amazonas Amazonino Mendes PPR
Bahia Paulo Souto PFL
Ceará Tasso Jereissati PSDB
Distrito Federal Cristóvam Buarque PT
Espírito Santo Vítor Buaiz PT
Goiás Maguito Vilela PMDB
Maranhão Roseana Sarney PFL
Mato Grosso Dante de Oliveira PDT
Mato G. do Sul Wilson Martins PMDB
Minas Gerais Eduardo Azeredo PSDB
Pará Almir Gabriel PSDB
Paraíba Antônio Mariz PMDB
Paraná Jaime Lerner PDT
Pernambuco Miguel Arraes PSB
Piauí Francisco de Assis M. Sousa PMDB
Rio de Janeiro Marcello Alencar PSDB
Rio G. do Norte Garibaldi Alves Filho PMDB
Rio G. do Sul Antônio Britto PMDB
Rondônia Valdir Raupp de Matos PMDB
Roraima Neudo Campos PTB
Santa Catarina Paulo Affonso Vieira PMDB
São Paulo Mário Covas PSDB
Sergipe Albano Franco PSDB
Tocantins Siqueira Campos PPR
F ONTE: Dados eleitorais do Brasil (1982-1996) Jairo Marconi Nicolau (org.) — Rio de
Janeiro: Revan IUPERJ;UCAM,1998.
116 ■ SOBRAS DE CAMPANHAS
1998 — GOVERNADORES
Estado Candidato eleito Partido
Acre Jorge Ney Viana Neves PT
Alagoas Ronaldo Lessa PSB
Amapá João Capiberibe PSB
Amazonas Amazonino Mendes PFL
Bahia Cesar Augusto Rabello Borges PFL
Ceará Tasso Jereissati PSDB
Distrito Federal Joaquim Roriz PMDB
Espírito Santo José Ignacio Ferreira PSDB
Goiás Marconi Perillo PSDB
Maranhão Roseana Sarney PFL
Mato Grosso Dante de Oliveira PSDB
Mato G. do Sul José Orcírio dos Santos PT
Minas Gerais Itamar Franco PMDB
Pará Almir Gabriel PSDB
Paraíba José Targino Maranhão PMDB
Paraná Jaime Lerner PFL
Pernambuco Jarbas Vasconcelos PMDB
Piauí Francisco de Assis M. Souza PMDB
Rio de Janeiro Anthony Garotinho PDT
Rio G. do Norte Garibaldi Alves Filho PMDB
Rio G. do Sul Olívio Dutra PT
Rondônia José de Abreu Bianco PFL
Roraima Neudo Campos PPB
Santa Catarina Esperidião Amin PPB
São Paulo Mário Covas PSDB
Sergipe Albano Franco PSDB
Tocantins José Siqueira Campos PFL
BIBLIOGRAFIA
CONTI, Mario Sergio. Notícias do Planalto. Editora Compa-
nhia das Letras, 1999.
FIGUEIREDO, R. & MALIN, M. (orgs.). A conquista do voto —
Como agem os especialistas nas campanhas eleitorais. Editora
Brasiliense, 1994.
MANHANELLI, Carlos Augusto. Eleição é guerra. Summus Edi-
torial, 1992.
McLUHAN, Marshall. Os meios de comunicação como extensões do
homem. Editora Cultrix.
MELLÃO, João Neto. Três histórias para uma única história. Edi-
tora Renovação, 1982.
NICOLAU, Jairo Marconi (org.). Dados Eleitorais do Brasil
(1982-1996). Editora Revan, 1998.
PEREIRA, Hamilton & FIGUEIREDO, J.R. & FURTADO, Jú-
lio & HASWANI, Mariângela & ALVIM, Max & POMAR,
Wladimir. Como agarrar seu eleitor. Editora Senac, 1995, em
particular o capítulo de José Rubens Figueiredo, Pesquisa de
Hoje, Voto de Amanhã.
RIES, Al & TROUT, Jack. Posicionamento — a batalha pela sua
mente. Editora Pioneira, 1999.
VALENTE, Nelson. Jânio de fio a pavio. Editora Edicon, 1996.
118 ■ SOBRAS DE CAMPANHAS
ÍNDICE ONOMÁSTICO
Abramo, Perseu, 92 Costa, Pedro Geraldo, 85
Accorsi, Darci, 73 Covas, Mário, 26, 41, 42, 54, 59, 66, 67,
Alencar, Marcello, 36 79, 80, 87, 88
Amato, Mário, 31 Curiati, Elias, 61
Andrade, Paes de, 73 Curiati, Salim, 61
Andrews, Kenneth, 97 Degêlo, Marilena, 79
Antônio, Daniel, 73 Dutra, Olívio, 30, 36, 56, 75
Arraes, Miguel, 41, 60, 94 Erundina, Luiza, 19, 20, 25, 30, 36,
Azeredo, Eduardo, 59, 46, 47, 68, 69, 77, 89
Azevedo, Carlos, 88 Ferreira, João, 70
Bacha, Ricardo, 76 Figueiredo, Rubens, 59
Bandeira da Costa, Afrânio Luis, 71 Fontenelle, Maria Luiza, 82
Barros Filho, Adhemar de, 61 Franco, Itamar, 28
Barros, Reynaldo, 61 Franco, Wellington Moreira, 76
Bauer, Marcelo, 35 Fleury Filho, Luiz Antônio, 47, 61, 62
Bismarck, Pedro (Nerso da Capitinga), Fruet, Maurício, 24, 25
39, 87 Furgler, Neyza, 8, 75
Borges, Raphael Perez, 65 Gallup Jr., George H., 78
Braga, Wilson, 36 Genro,Tarso, 56, 88
Brito, Antônio, 60, 75 Gomes, Ciro, 53, 79, 97, 98, 100, 101,
Brizola, Leonel, 30, 31, 33, 64, 65, 66, 102, 107
76, 80 Gomes, Laurentino, 80
Buaiz, Vítor, 30, 36 Goulart, Evilásio Lustosa, 61
Buarque, Cristóvam, 75 Guerra, Alceni, 106
Capiberibe, João, 36 Guimarães, Ulysses, 31, 32
Cardoso, Fernando Henrique (FHC), Jereissati, Tasso, 60
18, 26, 28, 37, 50, 51, 52, 55, 63, 65, Lamounier, Bolívar, 79, 80
66, 71, 74, 86, 90, 94, 97, 98, 100, Leiva, João Oswaldo, 19, 20, 60, 68
103, 104 Leonelli, Domingos, 95
Carneiro, Enéas, 64 Lerner, Jaime, 24, 25, 36
Chagas, Carlos, 80 Lula, Luís Inácio da Silva, 30, 31, 38,
Christensen, Roland, 97 46, 55, 66, 70, 76, 80, 82, 88, 89,
Conti, Mario Sergio, 77, 81 92, 100, 104
Cordeiro, Mirian, 70 Machado, Iris de Araújo, 39
Costa Jr., Pedro Geraldo, 86 Magalhães, Antônio Carlos, 98
Costa, Francisco Reynaldo, 86 Maia, Carlito, 90
SOBRAS DE CAMPANHAS ■ 119
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