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Prof.

Gelfert, IM UFRJ EDO-EDP

Equação de calor (
u ∈ C 2 (Rn × (0, ∞))
(1)
ut = ∆u em Rn × (0, ∞)

Exercı́cio 11.1. Supondo que u resolve (1). Mostre que


def
(i) para qualquer λ ∈ R a função vλ definida por vλ (x, t) = u(λx, λ2 t) resolve (1).
def
(ii) Usando (i), mostre que v(x, t) = x · Du(x, t) + 2tut (x, t) resolve (1).

Exercı́cio 11.2. Mostre que a solução do problema



2
ut − α uxx = g(x, t),
 x ∈ R, t > 0,
(2) u(0, t) = u(L, t) = 0, t>0

u(x, 0) = 0, 0<x<L

pode ser expressada na forma


Z t
u(x, t) = Φ(x, t; s) ds,
0

onde (x, t) 7→ Φ(x, t; s) é a solução do problema



2
Φt = α Φxx ,
 0 < x < L, t > s
(3) Φ(0, t; s) = Φ(L, t; s) = 0, t>s

Φ(x, s; s) = g(x, s) 0<x<L

Equação de onda

Exercı́cio 11.3. Seja a ∈ C 0 ([0, L]) tal que a(x) ≥ a0 > 0 ∀x ∈ [0, L]. Mostre que o
problema



 u ∈ C 2 ((0, L) × (0, ∞)) ∩ C 1 ([0, L] × (0, ∞))

u − ∆u + a(x) u = 0,
tt t 0 < x < L, t > 0
(4)
u(0, t) = u(L, t) = 0,

 t≥0

u(x, 0) = ϕ(x), u (x, 0) = ψ(x),
t 0≤x≤L

possui no máximo uma solução. Dica: método da energia.


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Funções harmônicas
Exercı́cio 11.4. Suponha que u ∈ C 2 (Ω), Ω = {(x, y) ∈ R2 : x2 + y 2 < R}, satisfaz
∆u(x, y) = 0 para todo (x, y) ∈ Ω. Escrevendo em coordenadas polares x = r cos θ,
y = r sen θ e supondo que u(x, y) = v(r)w(θ) verifique que
1 1
uxx + uyy = vrr + vr + 2 vθθ = 0 para todo 0 < r < R, 0 ≤ θ ≤ 2π
r r

Exercı́cio 11.5. Suponha que Ω = {(x, y) ∈ R2 : x2 + y 2 < 1}. Calcule a representação


de todas as soluções não-singulares u do problema de Dirichlet

u ∈ C 2 (Ω), ∆u(x, y) = 0 para todo (x, y) ∈ Ω,

supondo que, escrevendo em coordenadas polares x = r cos θ, y = r sen θ, uma solução


pode ser escrita como u(x, y) = u(r cos θ, r sen θ) = v(r)w(θ).
Dica: Introduzindo variaveis complexas z = x + i y = r ei θ = r cos θ + i r sen θ temos

z n = rn ei n θ = rn cos nθ + i rn sen nθ.

Então as soluções não-singulares do problema de Dirichlet no disco são dados pelo os


polinomials harmonicas

rn cos nθ = Re z n , rn sen nθ = Im z n .

Agora calcule uma formula geral para Re z n e Im z n usando a formula binomial para
calcular z n = (x + i y)n .
Exercı́cio 11.6. Dado uma função harmônica u : R2 → R e λ é um constante qualquer,
mostre que a função w : R2 → R dada por w(x, y) = u(λx, λy) também é harmônica.
Exercı́cio 11.7. Mostre que o problema


 u ∈ C 2 (Ω)

∆u = 0 em Ω
 ∂u
=g em ∂Ω, onde g ∈ C 1 (∂Ω)


∂n
R
não tem solução, exceto se ∂Ω g dS = 0. Dica: Identidades de Green e suas conclusões.
Mostre também que se o problema há uma solução, então essa solução não é unica.
Exercı́cio 11.8. Dado um dominio Ω ⊂ Rn aberto e conexo, nos chamamos uma função
u ∈ C 2 (Ω) sub-harmonica se
−∆u ≤ 0 em Ω.
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a) Supondo que Ω é limitado com fronteira ∂Ω de classe C 1 , mostre que uma função
u ∈ C 2 (Ω) é sub-harmônica se e só se para qualquer x ∈ Ω e toda bola B(x, r) tal
que B(x, r) ⊂ Ω vale Z
u(x) ≤ − u(y) dS(y).
∂B(x,r)

Z
1
u(x) ≤ u(y) dy.
n α(n) rn−1 B(x,r)

(Lembra que α(n) = vol BRn (0, 1).)

b) Dado u ∈ C 2 (Ω) harmonica, mostre que v := |Du|2 = 2


P
i (uxi ) é sub-harmonica.

c) Dado uma função φ : R → R suave e convexa e u ∈ C 2 (Ω) harmônica, mostre que


v := φ ◦ u é sub-harmônica.

d) Mostre que se u ∈ C 0 (Ω) é sub-harmônica e atinge o seu maximo em Ω, então u é


constante em Ω.

Exercı́cio 11.9. Dado um domı́nio Ω ⊂ Rn aberto, conexo, limitado com fronteira ∂Ω


de classe C 1 . Sejam ui soluções do problema de Dirichlet:

2
ui ∈ C (Ω)

∆ui = 0 em Ω

ui = fi em ∂Ω, onde fi ∈ C 0 (∂Ω)

para i = 1, 2 respectivamente. Mostre que

max |u1 (x) − u2 (x)| ≤ max |f1 (x) − f2 (x)|.


x∈Ω x∈∂Ω

Exercı́cio 11.10. Mostre que existe uma constante K que somente depende de n tal
que  
max |u(x)| ≤ K max |g(x)| + max |f (x)|
x∈B(0,1) x∈∂B(0,1) x∈B(0,1)

se u resolve (
−∆u = f, em B(0, 1)
u = g, em ∂B(0, 1).

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