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Ladislau Batista – ladislau@pmdf.df.gov.br ou ladis_lau@pop.com.br


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APOSTILA Nº 01
FORTALECENDO A FÉ ANTE A VINDA DE CRISTO
(ANO 2005)

Estudos Págs
Primeira Epístola de Paulo aos Tessalonicenses.............................................................. 03
Segunda Epístola de Paulo aos Tessalonicenses............................................................. 06
1 08
Tessalonicenses..............................................................................................................
2 10
Tessalonicenses..............................................................................................................
A Palavra de Deus Cria a Igreja dos Tessalonicenses...................................................... 12
Tessalônica........................................................................................................................ 13
.
O testemunho da vitalidade do Evangelho na Igreja de 14
Tessalônica.................................
A Primeira Epístola de Paulo aos Tessalonicenses........................................................... 16

Com esta Coletânea de Estudos temos o objetivo de


alcançar pessoas comprometidas com o
crescimento espiritual e da Igreja de Cristo, através
de ensinamentos e da contribuição eclesiástica com
fidelidade nos ensinamentos de Jesus Cristo.
Enfim, o maior exemplo que devemos seguir
permanece perene e multiplicador – Jesus Cristo.

Ladislau e Lídia Batista


Servos na Casa de Deus

INDICAÇÕES DE LIVROS:

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- 1 e 2 Tessalonicenses vol. 11 - Comentário Ritchie - T. E.


Wilson - T. W. Smith - Edições Cristãs

- Como Ler a Primeira Carta aos Tessalonicenses: Fé, Amor,


Esperança - José Bortolini - Edições Paulinas

- Firmes Nestes Últimos Dias: 1 e 2 Tessalonicenses - Kay


Arthur - Editora Vida

PRIMEIRA EPÍSTOLA DE PAULO AOS TESSALONICENSES


Prof. Anísio Renato de Andrade - www.geocities.com/athens/agora/8337/tessaloni1.htm

Autor: Paulo
Data : 50 ou 51 d.C.
Local de origem: Corinto
Tema principal: segunda vinda de Cristo.
Textos-chave (no final de cada capítulo): 1.10; 2.19-20; 3.13; 4.13-18; 5.23.
Classificação: escatologia.

Fundação
A igreja dos tessalonicenses foi fundada por Paulo em sua 2 ª viagem missionária. Tendo
se levantado grande perseguição contra Paulo, este fugiu para Corinto. Depois Timóteo voltou a
Tessalônica para saber a situação da igreja afim de informar ao apóstolo. Alguns irmãos haviam
morrido e isso preocupava a igreja. Será que os irmãos mortos ficariam para trás quando Jesus
voltasse? Para esclarecer o assunto, Paulo escreveu a primeira epístola aos tessalonicenses.

Esboço
1 - Saudações, elogios e exortações - 1.1-10.
2 - O ministério de Paulo em Tessalônica – 2.1-20
3 - Alegria de Paulo com as notícias de Timóteo. 3.1-13
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4 - Admoestações sobre questões morais - 4.1-12.
5 - A volta de Cristo, a ressurreição, o arrebatamento,
e a necessidade de vigilância. 4.13 a 5.24.
6 - Saudações finais - 5.25 -28.

Esboço comentado
1 - Saudações, elogios e exortações - 1.1-10.
Em sua introdução, Paulo elogia a igreja. Os motivos de elogio são: a fé, o serviço, a
influência exemplar, o abandono da idolatria, a esperança, a paciência e receptividade à palavra.
Observe o destaque dado a questões espirituais.
O serviço, ou trabalho, está em destaque. Vejamos os verbos empregados nos
versículos 9 e 10 do capítulo 1: "Convertestes .... para servirdes ..... e esperardes ..." 1.9-10. A
preposição "para" nos dá idéia de objetivo. Nós nos convertemos para servir e não para sermos
servidos. Estamos neste mundo para fazer a vontade Deus e não para que ele faça a nossa. A igreja
espera a segunda vinda de Cristo (v.10), mas, não espera ociosa. Esperamos trabalhando.
A questão do exemplo também está em destaque. Paulo seguia o exemplo de Cristo. Os
tessalonicenses seguiam o exemplo de Paulo e tornavam-se exemplo para as outras igrejas (1.6-8).
Vemos então uma seqüência de modelos que, assim como os tijolos de uma construção, se
sobrepõem e se sustentam. Está aí a importância de nos mantermos em posição de firmeza
espiritual. Se cairmos, poderemos causar a queda de outros que se inspiram em nosso exemplo.

2 - O ministério de Paulo em Tessalônica – 2.1-20


No capítulo 2, Paulo fala sobre seu ministério, irrepreensível e baseado em boas
motivações. Em suas cartas, muitas vezes o apóstolo fala de seu trabalho nas igrejas. Embora
pareça que o autor está muito envolvido com sua própria biografia, isso é de grande importância para
nós pois, de outro modo, como teríamos acesso a essas informações? A auto-apresentação de
Paulo nos fornece muitos parâmetros para os ministérios eclesiásticos da atualidade.
Sendo perseguido, o apóstolo não recuava, mas se tornava mais ousado ao evangelizar
(2.2).

3 - Alegria de Paulo com as notícias de Timóteo. 3.1-13


Paulo saiu de Tessalônica em meio a uma grande perseguição. Ficou então preocupado
com os novos convertidos daquela cidade. Será que eles iriam permanecer firmes diante de tanta
oposição? Timóteo trouxe então notícias da firmeza espiritual dos tessalonicenses. Isso foi motivo de
grande alegria para o apóstolo.

4 - Admoestações sobre questões morais - 4.1-12.


A epístola nos mostra que a igreja dos tessalonicenses estava bem. Contudo, Paulo diz
que eles podiam alcançar um estado ainda melhor (4.1,9,10). Sempre existe um nível superior a ser
alcançado. Além disso, o autor admoesta contra alguns riscos que poderiam ameaçar a estabilidade
espiritual daqueles irmãos. Por isso, o capítulo 4 toca na questão moral. A admoestação que se
destaca é a que se refere à prostituição. Entre tantos pecados que poderiam ser citados, por quê
Paulo mencionou a prostituição? Esse pecado é mencionado de forma destacada em algumas partes
das escrituras porque, juntamente com o adultério, tem se mostrado uma das principais causas de
quedas e escândalos (Ap.2.14; I Cor.10.8; Jz.16.1,4; At.15.20; I Cor.7.2).
O capítulo 4 enfatiza a santificação (4.3) pela observância de alguns preceitos
fundamentais.
- Abster-se da prostituição (4.3).
- Não enganar nem oprimir. (4.6).
- Amor fraternal (4.9).
- Cuidar dos próprios negócios (4.11).
- Trabalhar (4.11).
- Ser honesto (4.12).
Conseqüência: não ter necessidade (4.12).
Depois de apresentar mandamentos aos tessalonicenses, Paulo diz: "Não quero, porém,
irmãos, que sejais ignorantes..." A parte dos mandamentos nos admoesta à obediência. O versículo
13 do capítulo 4 nos chama a atenção para o valor do conhecimento. Sejamos obedientes mas não

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ignorantes. Os tessalonicenses eram obedientes mas não se destacavam pelo exame das escrituras
(At.17.11). Isso era um risco para aqueles irmãos. Quem é obediente e ao mesmo tempo ignorante
pode acabar obedecendo ordens contrárias à palavra de Deus. Nesse texto específico, Paulo chama
a atenção para o conhecimento a respeito da segunda vinda de Cristo e os fatos a ela relacionados.
O objetivo era mostrar que os irmãos que haviam morrido não ficariam para trás no dia do Senhor.

5 - A volta de Cristo, a ressurreição, o arrebatamento, e a necessidade de


vigilância. 4.13 a 5.24.
Nessa parte, temos um quadro escatológico resumido. Apesar de breve, constitui-se uma
passagem obrigatória para os estudiosos do assunto. Paulo destaca a ordem cronológica dos fatos.
A trombeta tocará anunciando a chegada de Cristo. Nesse instante, os justos mortos ressuscitarão.
Em seguida, todos os salvos serão arrebatados para encontrarem com o Senhor nos ares.
Na seqüência, o apóstolo adverte a respeito da necessidade de vigilância enquanto
Cristo não volta. Já que não se sabe o dia da sua vinda, é necessário que a igreja esteja em
constante vigilância para que seja achada preparada no momento em que Jesus voltar. Assim, o
autor prescreve um estilo de vida apropriado para quem está aguardando o Senhor.
Nós não estamos nas trevas (5.5). As trevas caracterizam a condição daquele que é
cego ou de quem está dormindo. A cegueira representa a ignorância. O sono representa indiferença
ou incredulidade. Se temos conhecimento sobre os últimos dias, não sejamos indiferentes ou
incrédulos, pois assim, o conhecimento não nos seria útil.
De acordo com o texto de I Tessalonicenses 4.13, precisamos saber, precisamos do
conhecimento. Porém, não saberemos tudo a respeito da segunda vinda de Cristo (5.2). Está então
demonstrado o limite do nosso conhecimento e também o limite da nossa pregação e da nossa
profecia. Jamais poderemos dizer algo sobre uma possível data da vinda de Cristo. Os que se
atreveram a fazê-lo caíram em descrédito e vergonha.
Portanto, "quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina
destruição." (5.3). Muitos estão dizendo muitas coisas por aí a respeito da vinda de Cristo e do fim do
mundo. Alguns marcam datas, outros negam que tais fatos venham ocorrer. Acreditaremos? Se
temos conhecimento e conhecemos bem o limite do que podemos conhecer, então poderemos
discernir o erro ou identificá-lo.
O versículo 3 do capítulo 5 nos mostra ainda a impossibilidade da paz mundial até que
Cristo volte. Isso pode estar relacionado aos conflitos do Oriente Médio, principalmente a Israel, cuja
menção é clara nas profecias dos combates escatológicos.

6 - Saudações finais - 5.25 -28.

BIBLIOGRAFIA
SÁNCHEZ, Tomás Parra, Os Tempos de Jesus - Ed. Paulinas.
GONZÁLEZ, Justo L., Uma História Ilustrada do Cristianismo - Volume 1 - Ed. Vida Nova.
PACKER, J.I., TENNEY, Merril C., WHITE JR., William, O Mundo do Novo Testamento - Ed.
Vida.
TURNER, Donald D., Introdução do Novo Testamento - Imprensa Batista Regular.
CULLMANN, Oscar, A Formação do Novo Testamento - Ed. Sinodal.
GIBERT, Pierre, Como a Bíblia Foi Escrita - Ed. Paulinas.
ELWELL, Walter A. , Manual Bíblico do Estudante – CPAD
HOUSE, H. Wayne, O Novo Testamento em Quadros - Ed. Vida
JOSEFO, Flávio, A História dos Judeus - CPAD
DOUGLAS, J.D., O Novo Dicionário da Bíblia – Ed. Vida Nova
Bíblia de Referência Thompson - Tradução de João Ferreira de Almeida - Versão
Contemporânea - Ed. Vida

SEGUNDA EPÍSTOLA DE PAULO AOS TESSALONICENSES


Prof. Anísio Renato de Andrade - www.geocities.com/athens/agora/8337/tessaloni2.htm

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Autor: Paulo
Data : 51 d.C.
Local: Corinto.
Tema: 2a vinda de Cristo.

MOTIVO DA CARTA
Paulo escreveu a segunda epístola pouco tempo depois da primeira. Os tessalonicenses
ainda estavam confusos e perturbados sobre os fatos dos últimos dias, "como se o dia de Cristo já
tivesse chegado." (2.2). Talvez tenham recebido uma falsa carta com o nome de Paulo. Por isso, o
apóstolo coloca sua assinatura em 3.17. Talvez tenha havido um erro de interpretação dos ensinos
da primeira epístola. Observe que nela, o próprio Paulo se incluía no arrebatamento da igreja: "Nós,
os que ficarmos vivos..."(I Tss.4.17).
Alguns membros da igreja parecem ter deixado o trabalho, considerando que a 2 a vinda
era iminente (3.6-12). Esse problema pode ocorrer ainda hoje, e até de forma mais intensa. O cristão
não pode usar a segunda vinda de Cristo como uma desculpa para a preguiça. Espere a sua vinda,
mas espere trabalhando, afim de que ele nos ache servindo bem (Lc.12.43).
Na primeira epístola, Paulo falou sobre a segunda vinda de Cristo. Depois, escreveu a
segunda para avisar que antes deveriam ocorrer a manifestação do iníquo e a apostasia.

ESBOÇO
I - Introdução e saudações - 1.1-2.
II - A igreja dos tessalonicenses e a 2a vinda de Cristo - 1.3-12.
III - Os eventos que devem preceder a 2a vinda - 2.1-17.
IV - Exortações éticas e práticas à luz da 2a vinda - 3.1-15.
V - Saudação final - 3.16-18.

COMENTÁRIO
Novamente, Paulo faz elogios à igreja em relação à sua fé, seu amor e firmeza no meio
das tribulações. A tribulação pode tê-los feito pensar que já se tratava da "grande tribulação"
escatológica.

Capítulo 1 - A segunda vinda de Cristo


Ao introduzir o assunto da segunda vinda de Cristo, Paulo mostra que ele trará
recompensa para os justos e ímpios (1.6-10), os quais serão encaminhados aos seus destinos
eternos. Não se assombre com a situação dos ímpios hoje (Sal.73). Sua eventual prosperidade é
passageira, mas sua perdição é eterna, a não ser que se convertam e se salvem, motivos pelos
quais a igreja deve trabalhar.

Capítulo 2 – A apostasia
Apostasia significa abandono da fé. O apóstolo sempre se preocupava com a saúde
doutrinária das igrejas, temendo que elas fossem desviadas do caminho cristão (II Cor.11.3; I Tm.4.1;
II Tm.4.3). Afinal, não se tratava apenas de um temor mas de uma certeza: a apostasia aconteceria.
Mas.. que apostasia é essa? Em todos os tempos houve quem se desviasse do caminho. Porém, o
desvio mencionado por Paulo parece assumir características peculiares, talvez em função de sua
profundidade doutrinária e da quantidade de desviados. Há quem relacione tal apostasia ao
estabelecimento do catolicismo romano sobre as bases da verdadeira igreja. O desvio da fé teria
ocorrido mediante a imposição de doutrinas estranhas aos ensinamentos de Cristo. Tal hipótese é
digna de reflexão.

Capítulo 2 – O iníquo
O homem da iniqüidade, mencionado por Paulo, é normalmente identificado como o
Anticristo. Paulo mesmo nunca usou essa expressão em suas epístolas. João foi o único que falou
explicitamente em "anticristo" e "anticristos" (I Jo.2.18-22; 4.3; II Jo.7). É bastante comum a posição
dos comentaristas sobre a identificação do anticristo no texto de II Tessalonicenses 2. Além disso, as
próprias editoras que imprimem a bíblia colocam tal entendimento no título do capítulo.
Anticristo é, antes de tudo, um espírito, ou uma atitude contra Cristo. Sob esse enfoque,
João diz que "muitos anticristos têm surgido". Uma forma de sua manifestação é a oposição a Cristo.

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Outra maneira é a tentativa de se fazer passar por Cristo, tentando assumir o seu lugar e tomar a sua
honra.
A expectativa a respeito do Anticristo vem do Velho Testamento. O reino do Messias
deveria ser precedido por uma grande manifestação maligna. Tal personagem é, muitas vezes
identificado como um homem, um grande líder político. Sob esse ponto de vista são interpretadas
algumas profecias do VT. O mesmo indivíduo é simbolizado através da figura de animais. Estaria
então relacionado com pelo menos uma das bestas do Apocalipse. De acordo com a visão
escatológica pré-milenista, o Anticristo se manifestará e será aceito pela nação de Israel como se
fosse o Messias. Em seguida, haveria um curto período de paz. Seu governo incluiría um rigoroso
controle econômico. Na seqüência, viria a grande tribulação, ainda sob o domínio do Anticristo. Ao
fim desse período haveria a segunda vinda de Cristo e a destruição do iníquo.
Textos geralmente associados ao assunto: Ez.38 e 39; Dn. 7.9-12; Dn.9.24-27; Dn.
11.21,36 a 12.2; Mt.24.5-30; Apc.13.1,11,12,13; 19.19-20; Jo.5..43.

Os títulos do Anticristo:
Homem violento - Is.16.4.
Homem do pecado - II Tss.2.3.
O príncipe que há de vir - Dn.9.26
O rei do norte - Dn.11.40.
O angustiador - Is.51.13.
O filho da perdição - II Tss.2.3.
O iníquo - II Tss.2.8.
O mentiroso - I Jo.2.22.
O enganador - II Jo.7
O anticristo - I Jo.2.18,22; 4.3.
A besta - Apc.11.7; 13.1,7.
O rei feroz - Dn.8.23-25.
Muitas têm sido as tentativas de se identificar o Anticristo na história. Grandes líderes
mundiais têm sido apontados como possíveis anticristos. Podem realmente ter sido no sentido lato
mas não no restrito. Se Hitler ou Napoleão tivessem sido o Anticristo, então Jesus teria voltado
naquela época.
O texto diz que algo ou alguém impede a manifestação do Anticristo. Quem ou o quê o
detém? Ninguém sabe dizer. As especulações a esse respeito são tão variadas que há quem diga
que Satanás impede tal manifestação. Um grupo bem maior acredita que o Espírito Santo o detém.
No meio termo há quem proponha que o empecilho seja o próprio Paulo, ou o Império Romano ou o
Imperador.
Suas ações - sinais e injustiça. Ele mostrará o poder do diabo em ação. Embora muitos
digam o contrário, o Diabo tem poder. Ele pode fazer o que Deus permite que ele faça. O Diabo faz
sinais. E é importante que se diga que a realização de sinais não determinam a origem divina de um
fato ou a autoridade divina de um líder. O Diabo faz sinais mas não ensina a justiça. O objetivo dos
seus sinais é manter o homem preso.
Assim aconteceu no Egito. O objetivo dos sinais dos magos de Faraó era perpetuar a
escravidão dos israelitas. Então, como vemos hoje, o maligno oferece "trabalhos" para cura e
"trabalhos" para matar as pessoas; "trabalhos" para o sucesso e "trabalhos" para tomar o cônjuge de
outra pessoa.
Em II Tss. 2, temos a associação dos seguintes elementos: sinais (poder) + mentira +
engano + injustiça + iniqüidade. Daí a importância de relacionarmos: poder (eventual manifestação) +
verdade (palavra / constante) + justiça (ação / constante).
Os judeus querem sinal: I Cor.1.22. Então, terão sinais. João Batista não fez nenhum
sinal mas tudo o que ele disse era verdade. Os sinais são importantes, mas são secundários. Jesus
falou sobre sinais que seguiriam os que cressem (Mc.16). Não somos nós que vamos seguir os
sinais. A verdade está em primeiro lugar.
A identificação do Anticristo: O sinal, o número 666 e o seu nome. Ap.13-16-17.
Sua destruição: aniquilado por Cristo, na sua 2a vinda.

Capítulo 3 – Exortações éticas e práticas

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A ênfase nesse capítulo está sobre o trabalho. Não devemos usar a expectativa da
segunda vinda de Cristo como desculpa para a preguiça, a ociosidade e a negligência.
Existe nesse ponto o risco de se adotarem posições extremas.
1 - Viver como se Cristo não fosse voltar. Isso poderia levar a um comportamento errado
como aconteceu com os israelitas quando pensaram que Moisés não desceria mais do monte.
2 - Viver como se ele fosse voltar imediatamente.
É necessário que tenhamos uma postura equilibrada conjugando fé, trabalho e vigilância.

BIBLIOGRAFIA
SÁNCHEZ, Tomás Parra, Os Tempos de Jesus - Ed. Paulinas.
GONZÁLEZ, Justo L., Uma História Ilustrada do Cristianismo - Volume 1 - Ed. Vida Nova.
PACKER, J.I., TENNEY, Merril C., WHITE JR., William, O Mundo do Novo Testamento - Ed.
Vida.
TURNER, Donald D., Introdução do Novo Testamento - Imprensa Batista Regular.
CULLMANN, Oscar, A Formação do Novo Testamento - Ed. Sinodal.
GIBERT, Pierre, Como a Bíblia Foi Escrita - Ed. Paulinas.
ELWELL, Walter A. , Manual Bíblico do Estudante - CPAD.
HOUSE, H. Wayne, O Novo Testamento em Quadros - Ed. Vida
JOSEFO, Flávio, A História dos Judeus - CPAD
DOUGLAS, J.D., O Novo Dicionário da Bíblia – Ed. Vida Nova
Bíblia de Referência Thompson - Tradução de João Ferreira de Almeida - Versão
Contemporânea - Ed. Vida

1 TESSALONICENSES
Mario Persona - www.stories.org.br

Você pode conhecer o cenário deste livro lendo Atos 17:1-9. Na primeira carta (Epístola)
recebemos um impacto constante do frescor da esperança que esses novos crentes tinham em
Cristo. E ao mesmo tempo, eles estavam sendo terrivelmente perseguidos. Será estranho que estas
duas coisas, uma alegre esperança e perseguições pudessem ser experimentadas ao mesmo
tempo? O próprio Paulo costumava ter ambas, e raramente passava sem elas. Assim ele
compartilhava do gozo deles.

Capítulo 1
Pode estar certo que se estivermos perto o suficiente de Deus, não sairemos perdendo
por conhecermos a Sua vontade.
1 Ts 1:2-4 Fé, amor e esperança. Temos uma vida gloriosa, somos felizes se vivemos
nestas coisas.
1 Ts 1:5-10 Mas a vida do Cristão não é apenas contemplação... é viver expressando
isso! O modo fiel como esses crentes estavam vivendo era conhecido em muitos lugares.
1 Ts 1:9-10 Havia ocorrido uma mudança positiva em suas vidas. Há três coisas aqui: (1)
eles haviam se desviado dos ídolos para Deus. (2) Eles estavam aguardando pelo Filho de Deus
vindo do céu. (3) Ele lhes havia salvado da ira e do juízo de Deus que está para vir sobre este
mundo. Será que tudo isso não faz nossas dificuldades e tristezas parecerem bem pequenas?

Capítulo 2
Para aqueles que se importam o suficiente para perguntar duas vezes, "onde", será
mostrado "onde". E Ele lhes dirá, "ali". Lucas 22:9,11,12. "E, indo eles, acharam como lhes havia sido
dito." 
1 Ts 2:1-11 A vida que Paulo vivia era exatamente a mesma que eles eram convidados a
levar; uma vida de gozosa esperança e trabalho duro. Ele não estava lhes falando de doutrina, mas
assinalando quais os resultados de se ter recebido a doutrina de Cristo. A doutrina que aprendemos
nestes dois livros refere-se aos detalhes das duas vindas futuras do Senhor Jesus.
1 Ts 2:12 A vida Cristã feliz é uma vida de constante vigilância, embora Deus possa às
vezes nos envolver em circunstâncias agradáveis. Mas essas pessoas estavam na maior parte do

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tempo sofrendo perseguições por causa de sua fé. Às vezes somos criticados por outros crentes
quando permanecermos firmes, como fizeram os Tessalonicenses.
1 Ts 2:13 Eles não tinham recebido a mensagem como vinda de Paulo, mas como a
Palavra de Deus. E repare que diz que ela funciona quando cremos nela! Quanto realmente cremos
nela? E nossa vida está mostrando o quanto cremos. A Palavra de Deus é a fonte de toda a nossa
confiança.
1 Ts 2:14-20 As perseguições, que eram causadas por Satanás impedindo Paulo,
significam que ele não podia vê-los face a face. Mas ele aceitava aquilo como sendo permitido por
Deus.
1 Ts 2:19-20 Mas esse mesmo impedimento o fez pensar de quando todos estariam
juntos com Cristo no céu. Repare como os crentes, bem como Cristo, enchiam seu coração de gozo.
Com freqüência pensamos só em estarmos com Cristo, mas vamos trazer alegria uns para com os
outros também.

Capítulo 3
Vale a pena perder um mundo para ter uma eternidade em intimidade com Cristo.
1 Ts 3:1-10 Paulo só tinha sido capaz de permanecer por um breve período em
Tessalônica porque os Judeus estavam promovendo grandes perseguições - Atos 17. Ele precisou
se mudar para Beréia. Mas mesmo ali os Judeus daquela cidade foram trazer problemas a Paulo.
Depois disso Paulo escuta de uma grande tempestade de perseguições que se havia iniciado contra
os Tessalonicenses. Paulo está muito preocupado que estes crentes não viessem a ser capazes de
suportar a perseguição, e enviou Timóteo para descobrir como eles estavam passando. Quando
Timóteo voltou, e contou a Paulo as boas novas de que a fé e o amor deles (vers. 6) haviam
permanecido firmes, ele foi confortado.
1 Ts 3:8 Ele estava tão perto em espírito daqueles crentes que podia dizer "Porque agora
vivemos, se estais firmes no Senhor."
1 Ts 3:11 O gozo inundava a alma de Paulo quando pensava em poder vê-los.
1 Ts 3:12 Eles com certeza havia demonstrado amor uns para com os outros... ele
desejava mais... porque ele próprio tinha um amor assim ardente por eles. O amor divino é eterno... é
infinito... é o maior poder já conhecido. O amor no versículo 12 produz a santidade no versículo 13,
mas a santidade não produz necessariamente o amor.

Capítulo 4
Se você procura saber como descobrir a vontade de Deus sem obedecer, você está
procurando o mal.
1 Ts 4:1 Devemos viver de tal maneira que seja agradável a Deus. Lembre-se, Ele nos
deu o poder para fazermos isto.
1 Ts 4:2-8 Aqui temos um aviso contra a imoralidade, evidentemente apresentado de
forma gentil. Os Tessalonicenses tinham vivido uma vida imoral e pagã antes de serem salvos. Era
difícil para eles mudarem de repente. Mas o poder da nova vida é mais forte que o poder da velha
vida. Quando se vive em obediência à vontade de Deus (vers. 3), este poder é capaz de vencer o
poder da velha vida. O Senhor iria punir qualquer um que desrespeitasse a pureza do matrimônio.
Um homem que tomasse a mulher de outro não apenas desrespeitava o marido, mas também
desrespeitava o corpo como uma habitação do Espírito de Deus. - 1 Co 6:18-20.
1 Ts 4:8-12 Ele não precisava lembrá-los de amarem uns aos outros, mas diz que eles
deviam amar uns aos outros ainda mais.
1 Ts 4:11 Uma das poucas vezes em que a palavra "estudo" é usada nas Escrituras.
Repare no que devemos ser por meio do estudo! O coração que descansa em Cristo e em Sua
presente posição na glória, está quieto, em paz, e está satisfeito com as circunstâncias da sua vida.
1 Ts 4:12 Maravilhosa promessa para a pessoa que vive Cristo diante de seus vizinhos e
parentes incrédulos, sem depender deles para suas necessidades.
1 Ts 4:13-18 Seis versículos importantes. A menos que você os entenda, não terá a
esperança que cada crente necessita diariamente. Nenhum evento deve acontecer no mundo antes
que isto aconteça. O Senhor Jesus pode vir a qualquer momento, e levar todos os crentes para o
céu. Todo verdadeiro crente escutará Sua voz (não apenas aqueles que estão vigiando, como tem
sido ensinado por alguns Cristãos hoje em dia). Todos os outros serão deixados para serem
julgados. Não há uma segunda chance para aqueles que já ouviram o evangelho.

Ladislau Batista – ladislau@pmdf.df.gov.br ou ladis_lau@pop.com.br


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Capítulo 5, Vers. 1-11


A submissão à Palavra de Deus assegura a manutenção da verdade para nós, e
assegura que aprendamos mais.
1 Ts 5:1-11 Estes versículos não estão se referindo à vinda do Senhor da qual lemos
ontem. Eles se referem à vinda do Senhor conosco. Não são muitos os crentes que sabem a
diferença. O "dia do Senhor" foi profetizado desde o tempo de Enoque (veja Judas 14). Todo o
Antigo Testamento menciona apenas a vinda do Senhor que iremos comentar hoje e nunca
menciona a vinda do Senhor para nos buscar. Sem dúvida é por isso que Paulo diz que ele não
precisava explicar o que estaremos vendo hoje.
Trata-se do dia da maior exaltação do Senhor. A morte de Cristo foi o dia de sua maior
humilhação. Irá afetar toda criatura no céu e na terra, e ocasionará uma tremenda mudança na
terra... o milênio começará... o reino de Cristo como Rei sobre todo este mundo... o Dia do Senhor.
Esta vinda do Senhor é mencionada como "a manifestação", pois todo o mundo irá vê-Lo (como o
Sol de Justiça - Ml 4:2... o sol faz as pessoas despertarem). Mas quando Ele vem para nós, é como a
estrela da manhã subindo - Ap 22:16 (o mundo dorme quando esta estrela sobe).
1 Ts 5:2 O dia da vinda do Senhor é como um ladrão à noite. O dia é como um ladrão,
não que o Senhor seja como um ladrão. Ele tirará os que não foram salvos (não os salvos). "Então,
estando dois no campo, será levado (incrédulo) um, e deixado o outro (crente)" Mt 24:39-40. Isto está
se referindo à "manifestação".
1 Ts 5:8 Estas coisas são importantes para cada crente conhecer.

Capítulo 5, Vers. 12-28


A alma simples que tem seu coração sincero, não irá errar.
1 Ts 5:12-28 Instruções para a conduta diária, mas nem por isto sem importância.
Aqueles que estavam mais expostos às perseguições e perigos eram os mais protegidos pelo
Senhor.
1 Ts 5:12-13 Eles deveriam amar e prestar atenção naqueles que haviam levado a nova
verdade do Cristianismo. Os Cristãos em geral hoje não querem esta verdade.
1 Ts 5:14-15 Instruções mais breves, mas nem por isso menos importantes.
1 Ts 5:16 Regozijar nunca precisa terminar para o crente, pois ele não obtém seu gozo
de suas circunstâncias.
1 Ts 5:16-21 Estas tem a ver conosco pessoalmente.
1 Ts 5:21-22 Observe com atenção que Deus diz no primeiro versículo "retende" (segure
com firmeza) aquilo que é correto, e no segundo versículo Ele diz "abstende-vos" (fique longe) de
toda a iniqüidade.
1 Ts 5:23 Aqui está o que o Deus de paz, Ele próprio, virá a fazer por você, em seu
espírito, alma e corpo!
1 Ts 5:24 Mais! O que Deus promete a você, Ele fará!

2 TESSALONICENSES
Mario Persona - www.stories.org.br

A 1ª Epístola corrige um sério erro, que os crentes que tivessem morrido iriam perder o
grande privilégio de virem com o Senhor Jesus por ocasião de Sua manifestação. Esta segunda
Epístola esclarece o segundo erro... que a tribulação já tinha vindo e que eles estavam passando por
ela. Não é assim. Todos os crentes sabiam que o "dia do Senhor" seria introduzido por trevas e
acontecimentos terríveis. Isaías capítulos 2 a 4, Joel 2 e 3, Amós 5, Sofonias 1-3. Satanás estava
derramando grandes dificuldades e estava usando falsos mestres para dizer a eles que "o dia" tinha
chegado.

Capítulo 1, Vers. 1-6


As artimanhas de Satanás... o remédio absoluto de Deus... nossa responsabilidade de
discernir ambas as coisas.
2 Ts 1:1-4 Mas antes de indicar estes erros, ele aquece seus corações. Se você ler os
versículos iniciais da primeira Epístola verá mencionada "fé", "amor" e "esperança". Mas repare que
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em nossos versículos está faltando "esperança". Eles estavam perdendo a esperança da vinda do
Senhor para o crente.
2 Ts 1:5-10 As perseguições deveriam encorajá-los (não desencorajá-los) a olharem para o
alto. Ele lhes diz que deveriam se regozijar mais do que nunca se sofressem aqueles problemas. O
Senhor ama os crentes e todavia permite que provas e dores venham sobre eles! Mas que dia está
para chegar para os incrédulos quando Deus fará chover fogo e enxofre sobre eles!

Capítulo 1, Vers. 7-12


Minha condição me leva a cair na armadilha que o inimigo preparou para mim.
2 Ts 1:7-10 Esta é a Sua manifestação. Quanto pior nossas provações, tristezas,
desapontamentos aqui, mais podemos entender que está chegando o dia quando tudo será mudado.
Leia Hb 12:2 para encontrar uma palavra para cada um de nós.
2 Ts 1:8 Cada pessoa viva que ainda não estiver salva verá o Senhor Jesus deste modo! Se o
Senhor voltar hoje, este evento não acontecerá muito tempo depois, após 7 anos ou pouco mais.
2 Ts 1:11-12 Paulo ora por eles. Como é bom orarmos uns pelos outros! A entrada da Palavra
produz luz em nossa vida. Ore acima de tudo por uma consciência tenra quando estiver lendo a Sua
Palavra. Leia estes dois poderosos versículos cuidadosamente.

Capítulo 2, Vers. 1-8


Não importa quão inteligente você seja nas coisas de Deus, você perderá a mente de Deus se
estiver fora de comunhão.
2 Ts 2:2 "Perto" significa "já tivesse chegado".
2 Ts 2:3 Muitos crentes hoje estão enganados por um ensino ruim, e nem mesmo sabem que
estão sendo enganados... o engano é tão habilidoso. Somente a obediência àquilo que já sabemos é
o que traz mais inteligência espiritual. "Apostasia" significa uma época quando a grande maioria terá
abandonado a crença em Deus e se voltado totalmente à vontade própria. Estamos vendo isto hoje
acontecendo em todos os lugares, mas o pior está por vir. Quando o completo desenvolvimento
disso (chamado de "apostasia", que significa ao "abandono da religião") tiver chegado, então o
Anticristo, o agente de Satanás, aparecerá, um homem de verdade nesta terra, (imediatamente após
o Senhor haver arrebatado os crentes).
2 Ts 2:4 Ele se sentará no lugar de Deus no templo que terá sido construído em Jerusalém.
Os Judeus gostariam de começar a construção, mas estão tão ocupados com seus inimigos que não
têm tempo ou meios de fazê-lo hoje. Mas eles o farão. Esse homem irá ensinar o que Satanás
sugeriu a Eva no Jardim do Éden, "sereis como deuses" - Gn 3:5.
2 Ts 2:6 Deus controla tudo, e enquanto os crentes continuam aqui na Terra, e o Espírito
Santo em cada um de nós, Deus irá preservá-la do poder de Satanás (um grande conforto sabermos
disso).
2 Ts 2:7 O mistério dessa maldade e de uma ainda maior, a injustiça, já está operando.
Estamos vendo os poderes misteriosos do Espiritismo se espalhando mais a cada dia. Está se
tornando cada vez mais difícil distinguir entre a obra de Deus e a obra de Satanás. E estes são sinais
de que nos encontramos nos últimos dias.
2 Ts 2:8 Uma palavra mais precisa para este homem ("o iníquo") é "o sem lei". Isto é pior. O
mal é, a princípio, impiedade, mas à medida que ele piora, estabelece-se em oposição contra Deus e
então trata-se de injustiça (ou ausência de lei). Quando o Senhor Jesus vier no final da tribulação,
Ele destruirá esse iníquo.

Capítulo 2, Vers. 9-17


Se acontecer de eu me encontrar em dúvidas, ou incerteza, é porque meu olho não é simples.
Deus me coloca em determinadas circunstâncias de dificuldade até que eu detecte isto. É possível
que eu nunca venha a suspeitar disso por mim mesmo. Até que isto seja colocado de lado, nunca
terei certeza do caminho em que estou.
2 Ts 2:9-12 Aqueles que hoje não crêem no evangelho (durante o dia da graça) e aqueles que
escutam o evangelho do reino durante os 7 anos e não o aceitam, são aqueles que estão descritos
aqui. Deus fará com que eles creiam em uma mentira, pois não creram na verdade quando a
ouviram. Que futuro terrível espera por nossos amados que ainda não estão salvos.
2 Ts 2:13-14 O lado de Deus e os feitos de Deus.
2 Ts 2:15 Nossa responsabilidade. Ambas normalmente andam juntas nas Escrituras.

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2 Ts 2:16-17 Que conforto! - Que contraste com o que acabamos de ler... "
"nosso Deus e Pai, que nos amou... console os vossos corações (o lado de Deus)..., e vos
confirme em toda a boa palavra e obra (nossa responsabilidade)."

Capítulo 3
O entendimento é a sabedoria usando o conhecimento de modo correto.
Havendo dado estas mensagens, Paulo almeja que eles vivessem deste modo! E podemos
ser gratos também por ainda termos a Palavra de Deus para ler e obedecer. De pouco nos vale
fazermos a primeira coisa sem a segunda.
2 Ts 3:2-6 Eles estavam em perigo de ouvir maus mestres (não pense nestes como homens
maus (imorais) pois provavelmente eles eram líderes religiosos altamente respeitados).
2 Ts 3:3-5 Eles precisavam ser fortalecidos por receberem esta verdade.
2 Ts 3:7-12 Havia então perigos em outra direção. Havia alguns que estavam entusiasmados
com todos esses grande eventos que viriam, e achavam que não precisavam trabalhar porque o
Senhor estava vindo! Nós também devemos continuar em nosso trabalho diário, mas esperando por
Ele para vir a qualquer momento. Repare nas fortes instruções - não quer trabalhar - também não
coma.
2 Ts 3:13 Que amável contraste - e um encorajamento para nós todos.
2 Ts 3:18 Um belo pensamento para terminar.

A PALAVRA DE DEUS CRIA A IGREJA DOS TESSALONICENSES


Sergio Bradanini - http://www.pime.org.br/pimenet/mundoemissao/palavra.htm

"Sabemos, irmãos amados de Deus, que sois do número dos eleitos - porque o nosso
evangelho vos foi pregado não somente com palavras, mas com grande eficácia no Espírito Santo e
com toda convicção. Assim, sabeis como temos andado no meio de vós para o vosso bem. Vós vos
tornastes imitadores nossos e do Senhor, acolhendo a Palavra com a alegria do Espírito Santo,
apesar das numerosas tribulações; de sorte que vos tornastes modelo para todos os fiéis da
Macedônia e da Acaia"( 1Ts 1,4-7).
Se os cristãos de Tessalônica podem ter uma existência cristã qualificada e significativa,
é porque foram "eleitos" e chamados por Deus (1,4); e se eles receberam a vocação cristã, é porque
são "amados" por Ele. Esta nova realidade torna-se compreensível a partir do anúncio da Palavra por
Paulo e seus companheiros. De fato, para mostrar que a vocação cristã só pode ser conhecida pelos
sinais que produz, Paulo indica dois fatos fundamentais: a atitude dos missionários no anúncio da
Palavra (1,5) e a atitude dos tessalonicenses que acolhem o evangelho (1,6). O evangelho acontece
e faz nascer uma comunidade cristã mediante dois protagonistas: quem proclama a mensagem e
quem a escuta. Em Rm 10,16-17, Paulo evidencia a mesma realidade, formulando uma espécie de
slogan teológico : "a fé vem da escuta" (fides ex auditu).
É importantíssimo notar a atitude de Paulo ao afirmar com extrema clareza que é
exatamente mediante a proclamação humana ("nosso evangelho") que Deus atinge o coração do
ouvinte para suscitar a fé. Isso quer dizer que todo anúncio do evangelho é um acontecimento de
graça (1,5) e que a Palavra proclamada não é só humana, mas recebida justamente como Palavra
de Deus (cfr.2,13).
A Palavra do evangelho é um acontecimento que se realiza não só porque os
missionários a anunciam, mas sobretudo devido à "grande eficácia no Espírito Santo". Em outros
termos, o próprio Deus age, através da mensagem dos apóstolos.
Também é fundamental a atitude dos tessalonicenses, pois sua resposta de fé é dada
diretamente a Deus. "Acolher a Palavra" significa assumi-la totalmente, mediante "uma profunda
adesão pessoal", lembrando porém que nenhuma força humana pode produzir a fé: ela é obra
exclusiva de Deus e de sua Palavra. Além do mais, é preciso não esquecer que as dificuldades
aparecem: acolher a Palavra de Deus, quase sempre, traz "muitas tribulações".
No entanto, para além de toda tribulação, existe uma realidade mais importante e mais
significativa: é a "alegria do Espírito Santo" que faz a comunidade viver mais intensamente. Como
uma criança, logo ao nascer, eleva seu hino à vida, chorando, assim as tribulações que a
comunidade cristã deve enfrentar são contexto e ocasião para expressar a intensa alegria de uma
vida conduzida e orientada pela força do Espírito.
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Dessa forma, a comunidade de Tessalônica torna-se uma manifestação clara da
realização da proclamação do Evangelho. "Imitando" Paulo e, acima dele, o Senhor, os novos
cristãos tornam-se "modelo" para outras Igrejas. Todos eles estão perfeitamente inseridos na lógica
do evangelho: quem ouviu a Palavra proclamada, por sua vez, torna-se mensageiro para fazê-la
ressoar entre outras comunidades!
Isso não é determinado por uma decisão pessoal, pois ninguém decide, por si mesmo,
ser vítima de perseguição ou de sofrimento, bem como ninguém pode tornar-se modelo porque
assim o quis! Tudo isso acontece pela eficácia da Palavra que chama e envia seus mensageiros
como instrumentos qualificados para gerar outras comunidades.

TESSALÓNICA
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tessal%C3%B4nica
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O Arco de Galério

Segunda maior cidade da Grécia e principal cidade da região grega da Macedónia,


Tessalónica (Θεσσαλονίκη, também conhecida por Selânik, Salonika, Thessalonica ou Salónica,
Σαλονίκη) tem 1 550 000 habitantes, contando com os subúrbios junto ao Golfo Térmico. Foi a
capital de um dos quatro distritos romanos da Macedónia, governada por um pretor, a partir de 146
a.C. . O seu nome deve-se a Tessalónica, meia-irmã de Alexandre Magno. Cassandro, seu marido,
ao mandar construir a cidade em 316 a.C., decidiu homenagear a esposa. O nome desta mulher foi
dado, por seu lado, por Filipe II da Macedónia, já que teve notícia do seu nascimento no dia que
tivera uma vitória (νίκη, "níke") sobre os tessálios.
Na sua segunda viajem missionária, São Paulo pregou na sua sinagoga - o templo principal
dos judeus daquela região da macedónia - lançando as fundações de uma das mais marcantes
igrejas da época (a que se destina duas das epístolas de São Paulo). Alguma animosidade contra
Paulo, por parte dos judeus da cidade, levaram-no a fugir para Bereia.
Desde que foi subtraída à Macedónia, Tessalónica fez parte do Império Romano e do
Império Bizantino até que Constantinopla foi capturada na Quarta Cruzada, em 1224. A cidade
tornou-se na capital do Reino de Tessalónica, fundado pelos Cruzados, até ser capturada pelo
Despotado bizantino do Epiro em 1224. É reconquistada pelo Império Bizantino em 1246, mas,
sem capacidade para fazer frente às invasões do Império Otomano, o déspota bizantino Andrónico
Paleólogo é forçado a vendê-la a Veneza, que a manteve até 1430.
Sob o domínio do Império Otomano até 1912, a cidade passou a chamar-se de Salónica e
tornou-se notada pela sua população maioritariamente judaica de origem sefardita, em
consequência da expulsão dos judeus de Espanha depois de 1492 (havia também alguns judeus
romaniotas). A língua mais usada na cidade era o ladino (dialecto judeu do castelhano). O dia de
descanso oficial da cidade era o sábado, o sabbath judeu.
Tessalónica foi o principal "prêmio" da primeira Guerra dos Balcãs em 1912, quando se
tornou parte da Grécia. Durante a Primeira Guerra Mundial, um governo provisório dirigido por
Eleftherios Venizelos foi estabelecido lá taking the side dos aliados Britânico-Franceses, realizando
a vontade do rei alemão pro-neutro da Grécia. A maior parte da cidade foi destruída por um incêndio
de origem desconhecida (provavelmente um acidente), em 1917. O fogo teve como consequência a
diminuição para metade da população judia que emigrou depois de verem as suas casas e seus
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meios de subsistência destruídos. Muitos foram para a Palestina. Alguns foram no Expresso do
Oriente para Paris. Ainda outros foram para a América.
Gregos étnicos exilados de Esmirna e de outras áreas da moderna Turquia em 1922,
seguindo a Catástrofe da Ásia Menor, chegaram em Tessalónica e trouxeram com eles, seu caráter
nacional original.
Venizelos proibiu a reconstrução do centro da cidade até que uma planta moderna da cidade
estivesse pronta.
Apesar dos esforços gregos, quase todos os habitantes judeus da cidade foram
assassinados no Holocausto durante a ocupação alemã entre 1941 e 1944.
Um marco e um símbolo bem conhecidos em Tessalónica, são a Torre Branca e o Lefkos
Pyrgos. Outros monumentos notáveis são o Arco de Galério, a igreja de São Demetrius e os
extensivos muros da cidade.
Tessalónica tem bonitas praças com muitos bares, como a Praça Aristotelous, Praça Agias
Sofias, Praça Nea Panagia e a Praça Navarinou.

O TESTEMUNHO DA VITALIDADE DO EVANGELHO NA IGREJA DE TESSALÔNICA


BISPO JOSUÉ ADAM LAZIER -
WWW.METODISTA.ORG.BR/4AREGIAO/PALAVRA_BISPO_JAN2003.PHP3
 
A cidade de Tessalônica
A Igreja de Tessalônica estava inserida no contexto de uma grande metrópole da época.
Tratava-se de uma colônia romana, colonizada em 146 a.C. e que tornou-se capital da província da
Macedônia em 42 a.C. Era o lugar onde morava o governador nomeado pelo imperador. Como
grande metrópole, Tessalônica experimentava os problemas sociais, políticos, econômicos e
religiosos decorrentes do tipo de sociedade que estava implantada no mundo greco-romano. Nesta
época era muito difundido o slogan romano paz e segurança. Na verdade, esta “paz e segurança”
eram o resultado do domínio violento levado a efeito pelos romanos, que não mediam esforços para
dominar e escravizar nações vizinhas. Este slogan também falava do imperador como um semideus,
pois templos eram construídos e cultos organizados em sua homenagem. Aqueles que se negavam
a participar de um culto ao imperador corriam o risco da perseguição, prisão e morte. O imperador
era o “Senhor” e deveria ser cultuado e adorado.
Foi neste contexto que surgiu a igreja de Tessalônica, considerada por Paulo como a
glória do apóstolo (I Ts 2.20). O livro de Atos conta a história da chegada dos missionários a esta
cidade (17.1-9). Paulo escreve a primeira carta aos tessalonicenses em torno de várias tríades: 1.3,
2.3, 2.10, 2.12, 2.19 e 5.14.
 
I. A igreja de Tessalônica e seus primeiros momentos – 1.1-3.13
A) “DAMOS, SEMPRE, GRAÇAS A DEUS, POR TODOS VÓS” – 1.2-3 -
Nas ações de graças encontramos pistas para conhecer a condição da comunidade
cristã.i[i] Ao apresentar sua gratidão pela vida dos tessalonicenses o apóstolo destaca, numa tríade,
as principais características da Igreja: fé, amor e esperança (1.3). Elas vêm acompanhadas de outra
tríade: fé ativa, amor abnegado ou esforçado e esperança perseverante.
Fé ativa ou trabalhosa - Fé significa a aceitação da mensagem das Boas-Novas e
conformação com as exigências que o Evangelho de Jesus Cristo faz. Os tessalonicenses
aceitaram logo a pregação e ensino de Paulo, deixando os ídolos e seguindo a Deus. Esta foi uma
marca tão distinta da Igreja de Tessalônica que em outros lugares repercutiu a experiência dos
novos convertidos na capital da província da Macedônia (1.9).
Paulo diz que tal aceitação deu-se em meio a muitas lutas e tribulações (1.6), o que
destaca a aceitabilidade do Evangelho pelos primeiros cristãos de Tessalônica. Ao aceitarem
o Evangelho, abandoaram o passado e rejeitaram o culto ao imperador, pois aprenderam a
adorar ao único Senhor e Deus. Isto deve ter custado muito para os tessalonicenses. Por isso
Paulo acrescenta o adjetivo que significa “trabalho”. O termo grego é traduzido por trabalho
ou operosidade da fé, indicando uma fé ativa e operante. Tão logo aceitaram o Evangelho,
tiveram suas vidas transformadas pelo poder da Graça de Deus e começaram a servir ao
Senhor.
 

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15
Ao longo da carta, Paulo usa 24 vezes o termo grego Senhor. Por que Paulo usa tantas
vezes numa pequena carta este título? O termo Senhor era usado para referir-se ao imperador. Os
cristãos o usavam para referir-se a Jesus Cristo, Salvador e Senhor. Era como um código entre
Paulo e os tessalonicenses, resultado da fé ativa: Senhor é Jesus Cristo e não o imperador romano.
Esta era uma fé que salvava e que transformava a mente, o coração e as atitudes. Por certo ela
habilitou os cristãos em Tessalônica para o labor missionário.
Amor abnegado ou esforçado - Este é um tema tipicamente Paulino. O adjetivo que
antecede a palavra ágape significa “trabalho árduo”, “trabalho pesado”, “sofrimento fadigoso”,
“fadiga/cansaço/pena”, etc. Os membros da comunidade eram perseguidos por causa do verdadeiro
Senhor que professavam e adoravam, mas traduziam em amor a Deus e ao próximo a experiência
que tinham com Deus e Jesus Cristo. Os tessalonicenses eram capazes de sacrifícios de amor.
Este amor-ágape curava, restaurava, libertava, reconciliava, transformava, gerava alegria
e motivava a busca pela santificação. Esforço do amor tem o sentido de manifestar em atos
concretos esta característica genuinamente cristã e aprendida pelos cristãos de toda a Macedônia,
dos quais os tessalonicenses eram notórios.
Esperança firme ou perseverante - Os cristãos primitivos aguardavam a volta de Jesus
em sua geração. Não está muito claro nas cartas de Paulo, mas provavelmente na pregação oral (o
que não foi escrito) o tema da parusia esteve presente. Parusia quer dizer vinda do Senhor Jesus.
De todas as igrejas paulinas, Tessalônica foi a que mais sofreu influência da Parusia. Ele é o tema
principal das duas cartas endereçadas aos tessalonicenses. Paulo ensina que ninguém sabe o dia e
a hora e, portanto, todos devem trabalhar e vigiar para quando o Senhor voltar. Os tessalonicenses
foram ensinados a ter esta esperança e aguardar o dia do Senhor.
Neste intervalo de tempo entre conversão e parusia, os cristãos tessalonicenses
aprenderam a crer na ação de Deus. Esta confiança dava forças para o enfrentamento das
dificuldades, sofrimentos e lutas da vida, ministério e sinalização do Reino de Deus.
A palavra esperança vem antecedida de um adjetivo. Trata-se de uma palavra que
significa firmeza e tem o sentido de “esperança perseverante” ou “esperança que persevera”.
 
B) “PORQUE O EVANGELHO NÃO CHEGOU ATÉ VÓS TÃO SOMENTE EM PALAVRA, MAS EM
PODER” – 1.4-5 E 2.11-13
A Igreja de Tessalônica nasce sob o testemunho do evangelho. O anúncio do kerigma (I
Co 15.1-3) foi feito sob o poder do Espírito Santo e com muita convicção (1.5). Não eram palavras
soltas, sem sentido, mas contundentes e com significado para os ouvintes. Como era o Espírito
Santo que agia, os pregadores, Paulo, Silas e Timóteo davam testemunho acerca do Evangelho
como instrumentos dedicados ao Senhor. O resultado: mais tessalonicenses acolhiam a mensagem
como a genuína Palavra de Deus (2.13).
O apóstolo relata a estratégia usada para organizar a comunidade cristã em Tessalônica:
“exortamos, consolamos e admoestamos” (I Ts 2.11-12). É necessário conhecer o sentido destas
palavras, pois ele se perde na tradução para o português. Vejamos:
Parakaléo - traduzido por exortação, tem o sentido de chamar ao lado para consolar.
Paulo fortaleceu as pessoas na fé, no amor e na esperança, para que viessem a ser testemunhas
convictas da vitalidade do Evangelho.
Parameno - traduzido por consolação, tem o sentido de ficar ao lado de, encorajar. O
apóstolo ficou com aqueles que estavam amedrontados para que tivessem fé e coragem em
proclamar o Evangelho.
Martureo - traduzido por admoestação, mas tem o sentido de dar testemunho, declarar
as coisas de Deus, relatar o que Deus fez.
Os dois versículos enfocados revelam o método usado por Paulo na evangelização de
Tessalônica e na edificação da igreja. Com esta estratégia ele criou uma “identidade cristã” entre os
novos convertidos. Fez isto através do ensino sistemático, fruto da dedicação e do amor que o movia
em direção as pessoas: “como um pai a seus filhos...” (v.11), formando assim uma igreja para o
testemunho da vitalidade do Evangelho.
 
 
 

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16
A PRIMEIRA EPÍSTOLA DE PAULO AOS TESSALONICENSES
Ethel de Oliveira Garcia - www.geocities.com/bible_studies_international
 
Esta epístola foi uma das primeiras endereçadas a uma assembléia, e os crentes que
pertenciam àquela assembléia tinham apenas recentemente se convertido . Tendo se formado em
Filipos a primeira assembléia cristã na Europa, Paulo e Silas viajaram para Tessalônica, na
Macedônia, ao norte da Grécia, aonde existia uma sinagoga de judeus dispersos (Atos 17). Por três
sábados Paulo foi à sinagoga e leu e explicou trechos das Escrituras a fim de provar aos judeus que
o Messias prometido tinha que sofrer e morrer e ser ressuscitado dos mortos (Isaías 53, Salmo 22).,
e que o Senhor Jesus era o prometido Rei dos Judeus. Muitos dos judeus foram convencidos e um
grande número de gregos,que abandonaram seus ídolos para servir o Deus vivo se juntaram a estes
judeus convertidos. Mas os outros judeus, que se recusaram a converter-se, tornaram-se muito
hostis e incitaram confusão e ódio na cidade contra Paulo e Jason, um irmão que os tinha recebido
em sua casa. Este irmão Jason foi arrastado perante os governantes da cidade e acusado de revolta
contra o imperador romano. Mas os irmãos de Tessalônica e Jason trouxeram dinheiro como fiança
aos governantes, e os crentes foram libertados, depois do que Paulo e Silas viajaram para Beréia.
Desta forma os novos crentes de Tessalônica souberam o que a perseguição significava
na realidade, e em sua epístola Paulo expressa satisfação porquê, a despeito destas tribulações,
eles permaneceram fiéis testemunhas do Senhor Jesus.
As duas epístolas aos Tessalonicenses têm este caráter especial, o de lançar luz sobre
as duas diferentes fases da vinda do Senhor Jesus. Na primeira epístola nós temos a “Parousia” ,
que é a vinda do Senhor Jesus nas nuvens para levar para si a assembléia de todos os crentes; ao
passo que , na segunda epístola, temos a “Epifania” , Sua vinda em glória, juntamente com os santos
glorificados, após o que as nações serão sujeitadas a Ele.
 
CAPÍTULO 1
O assunto deste capítulo é a conversão dos gentios, os meios que Deus usou para esse
fim e os resultados práticos da conversão observados na vida diária.Também descreve o
relacionamento com Deus ao qual os santos são trazidos. Portanto, o apóstolo começa
imediatamente com as palavras “ Paulo, Silvano e Timóteo à igreja dos tessalonicenses em deus Pai
e no Senhor Jesus Cristo : graça e paz a vós outros.” (vers. 1). Estes crentes apesar de recém
convertidos e novos na fé, abandonaram seus ídolos com decisão firme, e isto significou uma
completa mudança em suas vidas. Até então, eles tinham estado sem Deus e sem esperança no
mundo , mas pela sua fé pessoal no Senhor Jesus foram trazidos para perto de Deus. Todas estas
coisas eram de Deus, de forma que achamos expressões tais como : O Evangelho de Deus – A
Palavra de Deus – Servindo a Deus – Ensinado por Deus.
Assim eles foram reunidos em uma assembléia em “ Deus, o Pai.” Como criancinhas eles
sentiram que era um privilégio conhecer a Deus como seu Pai e falar livremente a Ele, como crianças
gostam de vir a um pai amoroso. Mas eles também estavam “em Cristo”, em quem receberam a
remissão de seus pecados. Eles o conheceram como Salvador, mas também como Senhor, a quem
pertenciam inteiramente, corpo, alma e espírito, desejando obedecer somente à Sua vontade. Como
Senhor, Jesus tem todos os direitos sobre nós; como também o centurião podia dizer sobre os seus
soldados : “ Eu digo a um : Vem , e ele vem, e ao outro : Faz isso , e ele faz.” Este foi um belo
exemplo de obediência pela fé.Semelhantemente, o Senhor Jesus tem o direito à obediência de
parte de todo o crente.Foi Ele mesmo quem preparou de antemão as boas obras destinadas a cada
crente ( Efésios 2:10) quando nos fez novas criaturas. O estado espiritual destes crentes seguiu
paralelo à sua obediência por fé e aí encontramos três expressões contundentes : - Seu trabalho por
fé – Seu trabalho por amor – Sua perdurável constância na esperança (vers. 3).
O apóstolo foi tão gratificado por estas coisas que as mencionou em ação de graças a
Deus em suas orações como sendo a prova da divina eleição deles.Fé, esperança e amor deram
valor e divino poder às suas atividades. Quanto ao ministério de Paulo, quando veio a Tessalônica,
não foi com palavras de sabedoria, mas no poder do Espírito de Deus e com a mais profunda
persuasão.E como os tessalonicenses se tornaram imitadores de Paulo , não se satisfizeram com
palavras, mas depois de haver recebido a Palavra de Deus em meio a toda a sorte de tribulações,
com a alegria do Espírito Santo Eles se tornaram exemplos para todos os crentes nas províncias
gregas da Macedônia e Acaia, de onde o Evangelho se espalhou amplamente . Como provas
evidentes de sua verdadeira conversão , temos aqui :
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17
1. Eles abandonaram os ídolos ; 2. Eles agora adoravam o Deus vivo e verdadeiro ; 3.
Eles esperavam do céu o Seu Filho; 4. Eles tinham a segurança de que Jesus, que ressuscitou dos
mortos, era o seu libertador da ira vindoura ( vers. 9-10 ).
Uma das razões pela qual o trabalho entre os tessalonicenses foi tão abençoado residia
em sua ilimitada confiança na Palavra de Deus. O Novo Testamento não havia ainda sido escrito
naqueles dias, mas o próprio apóstolo estava falando as palavras de Deus, inspirado pelo Espírito
Santo, e à sua maneira eles tinham aceitado a Palavra de Deus com ilimitada confiança. Assim que
as sementes de dúvida são semeadas em uma alma, a obra de Deus não pode mais progredir nela.
Como exemplo, temos as sugestões de Satanás a Eva de que Deus não teria falado a verdade.
Espírito crítico em relação à Bíblia tem o mesmo efeito.
Durante os seis mil anos passados, Deus tem zelado pela Sua Palavra, e a Bíblia não
pode ser colocada no mesmo nível que os livros e teorias dos homens. Tudo na Palavra de Deus é
de origem divina e nada pode ser adicionado ou retirado dessa Palavra completa e infalível.Por outro
lado, o Senhor Jesus era a Palavra encarnada de Deus. Ele era a Verdade e a Palavra de Deus é a
verdade. Em nossos dias nós temos o privilégio de possuir a Bíblia completa, e de uma capa a outra
ela é a Palavra de Deus, completa e infalível, com autoridade absoluta para dirigir os crentes e
condenar os descrentes , após apresentar-lhes o Evangelho do amor de Deus para a sua salvação.
Os tessalonicenses receberam o Evangelho não porque ele houvesse atuado sobre as suas
emoções como lamentavelmente se vê hoje através do uso de música popular, cânticos, orações
chamativas, etc. as quais causam impressões artificiais e superficiais que são facilmente varridas
por outras novas sensações. Deus mesmo, em Sua poderosa e eterna Palavra , produziu um efeito
profundo e duradouro em suas almas. Eles verdadeiramente nasceram de novo e foram selados pelo
Espírito Santo. Somente quando a pregação do Evangelho é acompanhada pelo poder do Espírito
Santo ela trará frutos duráveis e valiosos. Uma pessoa que traga a Palavra de Deus só pode ter
poder divino quando ela mesma O obedece.Ela deve ter certeza de sua salvação eterna por uma fé
pessoal na Pessoa e obra do Senhor Jesus Cristo. Estas condições fundamentais não pavimentam
seu caminho para o sucesso humano, mas são o caminho de Deus para a obra abençoada da
salvação, edificação e colheita que Ele opera ainda hoje e até à vinda do Senhor Jesus. Em mais de
uma maneira os tessalonicenses espalharam para fora de suas fronteiras a sua fé com grande zelo e
se tornaram co-obreiros com Paulo, e imitadores de Cristo e dos apóstolos.
O Senhor tem freqüentemente usado crentes recém convertidos para trazer pecadores
ao arrependimento, porque servir ao Deus vivo não depende de grande conhecimento e experiência,
mas de viver uma fé ativa, esperança e amor. Como já percebemos, uma fé viva é mostrada pela
viva esperança na vinda em breve do Senhor Jesus. Isto não é o conhecimento e a profissão de uma
doutrina , mas uma festiva esperança de estar logo unido ao nosso amado Salvador, a Quem
veremos face a face.
Por causa da obra cumprida na cruz, não mais temos que temer a ira vindoura, e
desfrutamos intimidade com Deus como nosso Pai, de forma que as nossas orações se tornam o
segredo de uma vida abençoada e frutífera e trabalho de amor. Em Hebreus 11 encontramos uma
impressionante galeria de homens de fé que no poder de Deus realizaram milagres. A obra dos
santos tessalonicenses era uma obra de fé semelhante. Depois da “obra de fé”, encontramos o
“trabalho de amor”. Paulo podia dizer : “Porque o amor de Cristo nos constrange” ( 2 Cor. 5:14 ). A
recordação do amor infinito pelo qual o Senhor Jesus morreu por nós é uma fonte infalível de força
para as nossas almas, de forma que o amor de Deus é derramado em nossos corações pelo Espírito
Santo dado a nós, e este amor se torna a causa e o poder para o trabalho que fazemos por amor a
Deus e ao nosso próximo, especialmente os da família da fé. “Nós amamos porque Ele nos amou
primeiro” ( 1 John 4:19 ).E o amor com o qual o Senhor Jesus Se deu pela Igreja não diminuiu depois
da cruz mas Ele continua a trabalhar por nós e produz amor em nossos corações por nossos
companheiros de fé, nossos irmãos e irmãs em Cristo.O caminho da bênção não é esperar amor de
parte dos outros, mas estender-lhes o amor do próprio Senhor, e transmitir este rio de amor aos que
anseiam por ele.Desta maneira pecadores são conduzidos ao arrependimento, e santos são
edificados e reunidos.O terceiro resultado da conversão dos tessalonicenses foi sua “ duradoura
constância na esperança”. Esta esperança os manteve aguardando, cuidando e servindo com seus
lombos cingidos e suas lâmpadas acesas. É uma obra bendita do Espírito Santo manter esta alegre
esperança viva em nossos corações. E o apóstolo fechou este capítulo revigorante relatando como
eles “ se voltaram dos ídolos para Deus, para servir um Deus vivo e verdadeiro e para aguardar dos

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céus o Seu Filho, a Quem Ele ressuscitou dos mortos, Jesus, que nos livra da ira vindoura” ( vers. 9-
10 ).
 
CAPÍTULO 2
O apóstolo relembra aos seus leitores o poder satânico com que a pregação do
evangelho foi defrontada. Deus permitiu isso a fim de que ficasse evidente que os apóstolos não
tinham motivos egoístas – a reação geral era de resistência, ódio, perseguição e prisão. “ Mas
apesar de maltratados e ultrajados em Filipos, como é do vosso conhecimento, tivemos ousada
confiança em nosso Deus para vos anunciar o Evangelho de Deus, em meio a muita luta.” ( I Tess.
2:2 ). A motivação dos apóstolos era pura e divina: “ Pois a nossa exortação não procede de engano,
nem de impureza , nem se baseia em dolo; pelo contrário, visto que fomos aprovados por Deus a
ponto de nos confiar Ele o Evangelho, assim falamos, não para que agrademos a homens,e si a
Deus , que prova os nossos corações.” Lisonja, amor ao dinheiro, egoísmo a glória dos homens ou o
desejo de ser sustentado por outros não tinham lugar no coração e trabalho do apóstolo Paulo e
seus companheiros.Eles faziam o seu trabalho, não com rigor legal, mas com graça e gentileza : “
mas nos tornamos dóceis no meio de vós, qual ama que acaricia os próprios filhos; assim, querendo-
vos muito, estávamos prontos a oferecer-vos, não somente o Evangelho de Deus, mas até a própria
vida, por isso que vos tornastes muito amados de nós.” ( vers. 7,8 ).
Os motivos de Paulo eram puros devido ao amor de Cristo, não foi o amor próprio que o
levou a este trabalho. “ Porque vos recordais, irmãos, do nosso labor e fadiga; de como noite e dia
labutando pp´çara não viver à custa de nenhum de vós, vos proclamamos o Evangelho de Deus.”
( vers. 9 ). De outros trechos da Escritura aprendemos que Paulo fazia tendas para suprir suas
necessidades materiais, bem como Priscila e Áquila, seus companheiros de trabalho. Desta forma
Deus cuidou do bem estar espiritual bem como do físico de seus fiéis servos. Nos versículos 10-12 o
apóstolo compara este fato ao cuidado dos pais para com seus próprios filhos. Uma tal vida de
autonegação é usada poderosamente por Deus como um exemplo a outros no caminho da fé. Nos
versos seguintes (13-20 ) o apóstolo relata sua alegria por como os tessalonicenses estavam
caminhando. O segredo de sua frutificação era que eles tinham confiança ilimitada na Palavra de
Deus, a qual Paulo anunciou. Ela era viva e operava poderosamente, e continuou o trabalho em seus
corações e consciências. Fidelidade sob perseguição eles eram imitadores dos membros das igrejas
da Judéia.
Nos versículos seguintes ( 17-20 ) Paulo afirma que várias vezes fez o propósito de
visitar os santos em Tessalônica , mas que Satanás estava continuamente pondo obstáculos em seu
caminho, como lemos em Atos 9:23. Não podendo vir, ele expressa o desejo de que em sua
ausência eles continuariam a caminhar como cristãos fiéis. Outros textos das Escrituras nos ensinam
em que consiste esse caminho : “ Andai como filhos da luz” ( Efésios 5:8 ) ; “ Andai na verdade” ( 2
João 4 ) ; “ Andai de modo digno de Deus” ( 1 Tess. 2:12 ) ; “ Andai de forma digna de vossa
vocação” ( Efésios 4:1 ) ; “ Andai de modo digno do Evangelho” ( Filemon 1:27 ). Caminhar com
dignidade na terra nos dá a segurança de que caminharemos com vestes brancas na glória vindoura”
( Apocalipse 3:4 ).
Como cada um dos quatro capítulos desta epístola, este capítulo termina com uma
alusão à próxima vinda do Senhor Jesus, que trará recompensas cuja sabedoria se traduziu em
ganhar almas par Ele : “Pois qual é nossa esperança , ou alegria , ou coroa de honra ? Não sois vós,
diante do Senhor Jesus em Sua vinda ? Pois vós sois nossa glória e alegria.”
 
CAPÍTULO 3
Vimos no primeiro capítulo que a fé esperança e o amor somente permanecem quando
permanecemos em comunhão com o Senhor Jesus, que é a fonte de águas vivas.” E agora
permanecem a fé a esperança e o amor, estes três ; porém o maior destes é o amor.” ( I Cor.
13:12 ) . Podemos entender que o inimigo de nossas almas tenta nos levar para longe dessa fonte,
de forma que a fé, a esperança e o amor não atuem mais , o declínio que arruinou a igreja de Éfeso
( Apocalipse 2:4 ). Para sustentar a fé dos tessalonicenses Paulo enviou Timóteo a eles. “Agora
porém, com o regresso de Timóteo, vindo do vosso meio, trazendo-nos boas notícias da vossa fé e
do vosso amor “ (vers.1, 6 ) . estas novas confortaram grandemente o apóstolo: “porque agora
vivemos, se é que estais firmados no Senhor.” (vers. 8 ). O apóstolo os preveniu desde o princípio de
que todos os que vivessem de acordo com a vontade de Deus seriam perseguidos, e que as
tribulações fariam parte de toda vida cristã.”Pois quando ainda estávamos convosco, predissemos

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que íamos ser afligidos, o que de fato aconteceu , e é do vosso conhecimento” (vers. 4) . O Homem
glorificado no céu, que em tudo foi tentado, porém sem pecado, está intercedendo em favor daqueles
que são tentados aqui na terra. Mas também o apóstolo continuou a orar por eles incessantemente, e
desejou muito estar outra vez no meio deles. “Ora, o nosso mesmo Deus e Pai, com Jesus, nosso
Senhor, dirijam-nos o caminho até vós, e o Senhor vos faça crescer, e aumentar no amor uns para
com os outros, e para com todos, como também nós para convosco.” Como os dois primeiros
capítulos, este capítulo termina com uma alusão à vinda do Senhor, mas desta vez à Sua vinda em
gloria, em contraste com o teor geral da epístola que em outras partes fala da Sua vinda para os
santos. “A fim de que sejam os vossos corações confirmados em santidade, isentos de culpa, na
presença de nosso Deus e Pai , na vinda de nosso Senhor Jesus, com todos os Seus santos.” ( vers.
13 ).
Esta fase da vinda do Senhor Jesus tem lugar no fim da grande tribulação, justamente
antes do estabelecimento do reino de Cristo. Enquanto a salvação é o dom gratuito de Deus para
todos os que crêem, a coroa e as recompensas dependem de nossa fidelidade em testemunhar aqui
na terra. “ Uma é a glória do sol, outra a glória da lua , e outra a das estrelas , pois até entre estrela e
estrela há diferenças de esplendor” ( 1 Cor. 15:41 ). ( 1 Cor. 15:41 ).
 
CAPÍTULO 4
Neste capítulo encontramos de novo muitas exortações a uma caminhada santa e
advertências contra a depravação moral que caracterizava os gentios naqueles dias . O casamento,
tal como Deus o instituiu, é a Sua forma de guardar a humanidade de muito mal moral. “ Pois esta é
a vontade de Deus a vossa santificação : que vos abstenhais da prostituição que cada um de vós
saiba possuir o próprio corpo, em santificação e honra, não com o desejo de lascívia, como os
gentios, que não conhecem a Deus, e que nesta matéria ninguém ofenda nem defraude a seu irmão
“ (ver. 3-6 ). A expressão “ Saiba possuir o seu próprio corpo” se refere a manter o corpo sob controle
( 1 Cor. 9:27 ) e fugir de desejos carnais ( 1 Pedro 2:11 ). Encontramos uma advertência especial
quanto a respeitar os vínculos matrimoniais de outros crentes. Então o apóstolo se volta para os
princípios fundamentais do Cristianismo , amor a Deus e amor ao próximo, principalmente ao irmão
na fé.
Devemos nos lembrar de que naqueles antigos impérios gentios, tanto o grego quanto o
romano, o nível moral era baixo, como também o é no mundo atual, onde lascívia e cobiça são as
grandes motivações da atividade humana. Aqueles que vivem em comunhão com Deus recebem
dEle a força para viver em santidade crescente e amor. “Contudo vos exortamos, irmãos, a
progredirdes cada vez mais” (vers.10). Alguns dos que aguardam a vinda do Senhor podem ter a
tendência a negligenciar seus deveres terrenos, por isso nestas duas epístolas o apóstolo insiste em
trabalho regular, de forma a ganharmos a nossa vida honestamente. O trabalho de nossas mãos é
recomendado : “e a diligenciardes por viver tranqüilamente, cuidar do que é vosso , e trabalhar com
as próprias mãos, como vos ordenamos ; de modo que vos porteis com dignidade para com os de
fora e de nada venhais a precisar.” ( vers. 11,12 ) O próprio apóstolo trabalhava dia e noite,
combinando a pregação do Evangelho com uma ocupação útil.
 
1 THESS. 4:13-18 . A VINDA DE CRISTO PARA OS SEUS
Juntamente co 1 Cor. 15:51-54 , temos aqui as Escrituras mais importantes que nos
ensinam que a vinda do Senhor Jesus será composta de duas fases:
Ele virá para encontrar os santos glorificados nos ares. Depois disto , para o mundo
descrente, os dias sombrios da grande tribulação se sucederão.
Após a grande tribulação Ele aparecerá em glória para o mundo, acompanhado pelos
Seus santos glorificados. “ Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá” ( Apocalipse 1:7).
É óbvio que neste capítulo nós temos a primeira fase. “ Não queremos porém, irmãos ,
que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais,
que não têm esperança. Pois se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus,
mediante Jesus, trará juntamente em sua companhia os que dormem em Cristo.” Como em 1 Cor.
15, a ressurreição dos crentes está diretamente ligada à ressurreição do próprio Senhor Jesus. Elas
são, de fato, inseparáveis. Mas os versos seguintes revelam o que Paulo, em 1 Cor. 15:32 chama de
mistério : o arrebatamento dos santos para serem transformados e se encontrarem com Jesus nos
ares, como também lemos em Filipenses 3:20 : “ Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também
aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, o qual transformará o nosso corpo de humilhação,

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para ser igual ao corpo da Sua glória, segundo a eficácia do poder que Ele tem de até subordinar a si
todas as cousas.”
Aqui em 1 Tess. 4:15 temos o arrebatamento dos crentes vivos, e a ressurreição
daqueles que dormiram. “Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto : nós, os vivos, os
que ficarmos até a vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem” (vers.15). Os
tessalonicenses pensavam que os que morreram perderiam parte das bênçãos dos que
permanecessem vivos até à Sua vinda. Não ! diz o apóstolo “porquanto o Senhor mesmo, dada a
Sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo e ressoada a trombeta de Deus, descerá do céu, e os
mortos em Cristo ressuscitarão primeiro.” (vers.16). Suas almas e espíritos foram os primeiros a
desfrutar a presença do Senhor no paraíso celestial, e seus corpos serão os primeiros a ser
levantados. A intervenção seguinte do poder divino será para aqueles que permanecem vivos:
“Depois nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens,
para o encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor.” Este era um
conforto precioso para aqueles que tinham perdido irmãos crentes para a morte. “ Consolai-vos, pois,
uns aos outros, com estas palavras”. (vers.18). O arrebatamento dos santos é um mistério que só
pode ser compreendido pelos crentes. Esta é a razão pela qual as igrejas confessionais nunca o
mencionam em seus vários credos. Elas pensam que Jesus virá apenas para sentar-se no trono do
julgamento, para decidir se as pessoas estão salvas ou não. Pelo contrário, a decisão sobre salvação
e perdição e tomada hoje,e tão logo um pecador crê em Jesus ele é salvo, e não irá a julgamento
quanto ao seu destino eterno. No século passado, o brado da meia-noite “ Eis o Noivo, vamos ao
Seu encontro” ressoou , e crentes forma reavivados pela esperança viva de Sua volta. Eles se
separaram do pecado e da iniqüidade e cumpriram o princípio : “E todo aquele que tem esta
esperança se purifica, assim como Ele é puro .” ( 1 João 3:3 ).
A restauração do Estado de Israel em 1948, os esforços visando a uma união de Estados
na Europa sob Roma, a condição laodiceana da igreja na terra, a conformidade moral a este mundo
segundo a descrição dos últimos dias feita pelo apóstolo em 2 Tim. 3, tudo mostra como estamos
próximos da vinda do Senhor Jesus. Os tessalonicenses esperaram por Sua vinda, mas precisavam
de ensinamento neste ponto.Eles pensavam que morrer como cristão era uma coisa muito triste, e o
apóstolo os corrige. Em meio aos milhões de túmulos da terra, um certo número será aberto pelo
poder divino após a ressurreição do Senhor Jesus. Os que não acreditaram no Senhor Jesus
permanecerão em seus túmulos até o fm do milênio e então serão ressuscitados para ouvir seu
sentença eterna. Existe uma ligação entre o fim do capítulo 4 com o começo do capítulo 5, onde
temos uma alusão ao Dia do Senhor : Sua vinda em glória para julgar as nações e traze-las à
sujeição. Os que morrem em Cristo participarão totalmente da glória vindoura e de Seu abençoado
reino. O conforto dos tessalonicenses e nosso se resume nestas palavras benditas : “ E então
estaremos para sempre com o Senhor.” (vers.17). Sua vinda para os santos pertence à Sua obra de
amor e graça.Seu poder transformará os nossos corpos à Sua semelhança no piscar de um olho.
Lamentar pelos que morrem é normal para um mundo perto de perecer, mas os santos sabem que é
melhor estar ausentes do corpo e presentes com o Senhor ( 2 Cor. 5:8 ). A brilhante estrela da
manhã logo estará aí, anunciando o glorioso aparecimento do Sol da justiça, perante o qual toda a
tristeza desvanecerá e todas as lágrimas serão enxugadas.
 
CAPÍTULO 5
Temos aqui a vinda de Cristo com julgamento pra um mundo descrente, um evento que
terá lugar alguns anos depois de Sua vinda para a assembléia. Ele estará acompanhado de Sua
Noiva, para exercitar julgamento sobre as nações, no exato momento em que seus exércitos de
milhões terão declarado guerra contra Deus e o Cordeiro ( Salmo 2 ). Encontraremos mais detalhes
na segunda epístola aos tessalonicenses. “Irmãos, relativamente aos tempos e às épocas, não há
necessidade de que eu vos escreva; pois vós mesmos estais inteirados com precisão de que o dia
do Senhor vem como ladrão de noite. Quando andarem dizendo : Paz e segurança, eis que lhes
sobrevirá repentina destruição, como vem a dor do parto à que está para dar à luz; e de nenhum
modo escaparão.” ( vers. 1-3 ).
Esta mesma expressão “os tempos e as épocas” , encontramos em Atos 1:6, na
resposta de Jesus à pergunta dos discípulos : “ Senhor, será este o tempo em que restaures o reino
a Israel? “ À qual o Senhor respondeu : “Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai
reservou para Sua exclusiva autoridade” (Atos 1:7). Estes tempos e épocas são desconhecidos
porque o momento do arrebatamento é desconhecido, e também o subseqüente julgamento exercido

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sobre este mundo antes do estabelecimento do Reino.Estes tempos não chegaram imediatamente
após a ressurreição de Cristo porque Sua crucificação era a rejeição e adiamento do Seu Reino. Em
vez do reino, a dispensação do Espírito Santo e o presente período de graça e da Igreja na terra
interromperam o curso de Deus com Israel. Mas os tessalonicenses tinham ouvido do apóstolo que
o Filho do Homem viria em glória para julgar o mundo ( Lucas 12:39 ). Este mundo descrente tem
posto de lado a idéia de um julgamento vindouro. Ensinam que as coisas continuarão e progredirão ,
e trabalham pela paz mundial, a qual só é possível com base no ódio em comum que têm contra
Deus e o Cordeiro, “porque em seus corações incutiu Deus que realizem o seu pensamento, o
executem à uma ; têm estes um só pensamento, e oferecem à besta o poder e a autoridade que
possuem.Eles pelejarão contra o Cordeiro.” (Apocalipse 17:13,17 ). Naquele momento poderão
dizer : “Paz e segurança”, mas o Cordeiro virá para destruir seus planos quando menos esperarem
(Mateus 24:43, 2 Pedro 3:10, Apocalipse 3:3). Súbita destruição virá sobre as nações mundialmente
unidas, como trabalho de parto sobre aquela que está para dar à luz, e não escaparão.
É uma grande bênção para os santos saber que jamais terão parte nestes WOES,
mas serão levados para os céus antes da grande tribulação. O julgamento virá somente sobre os
descrentes; a herança dos santos é um céu sem nuvens.
Os santos devem amar o dia de Seu aparecimento ( 2 Tim. 4:8, 1 Cor. 1:7 ) porque
trará um fim à horrível injustiça que governa este mundo.”Aguardando a bendita esperança e o
aparecimento da glória de nosso Deus e Salvador Jesus Cristo” ( Tito 2:13 ). Aqui, em I Tess. 5:4-11,
o apóstolo enfatiza o diferente futuro dos crentes e dos não-crentes : “ Mas vós, irmãos, não estais
em trevas, de modo que aquele dia vos apanhe de surpresa, como ladrão , pois todos sois filhos da
luz e filhos do dia, não somos das noites nem das trevas. Desta forma não durmamos como os
demais, mas vigiemos e sejamos sóbrios” (vers. 4-6 ). Das palavras : “ vós sois filhos da luz”
concluímos que Paulo se dirige àqueles que sabem que estão salvos. As trevas são o mesmo que a
hora das trevas na qual o Senhor Jesus foi traído quando a retidão foi tirada da terra e a “Luz do
mundo” crucificada.Este mundo tenebroso tem estas características : eles dormem de noite,
ignorando o dia da graça de Deus e cegam os seus sentidos para pôr de lado a voz da consciência.
Estando conscientes de um estado de guerra contra os poderes das trevas , vestimos o escudo da
fé e amor, e como capacete , a esperança da salvação.
Esta salvação significa que Deus não nos preparou para a ira, mas sim “para obter a
salvação através de Nosso Senhor Jesus Cristo, que morreu por nós, de forma que, quer vigiemos
ou durmamos, vivamos em união com Ele” ( vers. 9-10) .
Para ter poder para dar nosso testemunho como filhos da luz, é necessário que
edifiquemos uns aos outros em nossa fé. Devemos ser fortalecidos pelo poder do Espírito Santo e
pela Palavra de Deus. Satanás nos ataca e tenta nos seduzir para andarmos de forma não valiosa
para o Senhor e em conformidade com este mundo ímpio. Para fazer frente ao inimigo, precisamos
do escudo da fé e amor, e como capacete a esperança da salvação. Eles protegem nossos
corações, a fonte de vida, e nossas mentes, o alicerce de nossos pensamentos. Nossa afeição deve
estar centralizada em Jesus e nossa fé nEle deve crescer. Devemos purificar nossos pensamentos
pela Palavra de Deus, porque há vozes sedutoras na profissão Cristã. A esperança nos separa das
cobiças terrenas e nos relembra dos tesouros que temos nos céus. Isto nos guarda dos caminhos
deste mundo, o qual está preparado para a ira futura ; nosso futuro é a glória de Cristo.
Nos versículos 12-28 temos um grande número de prescrições para os santos da
assembléia. Podemos dividi-las sob os quatro temas seguintes :
Nossa atitude quanto aos irmãos que trabalham no serviço do Senhor (vers. 12-13 ).
O relacionamento mútuo dos santos ( vers. 14-15 ).
Nossa caminhada pessoal ( vers. 16-18 )
Nossa ponderação sobre o que é anunciado pelo Espírito na assembléia (vers.19-20).
Nos versos 12-15 o apóstolo não se refere aos dons especiais dos pregadores ou à
beleza de seus discursos, mas nos exorta a respeitar os bons trabalhos que certos crentes fazem
para o bem estar de seus irmãos na fé. Quando as pessoas fazem isto fielmente por muitos anos,
nossas consciências devem levar-nos a respeitá-las especialmente. Agora percebemos que, para
fazer tal trabalho, se necessita algum reconhecimento por parte da autoridade humana.” Agora vos
rogamos, irmãos, que acateis com apreço os que trabalham entre vós, e os que vos presidem no
Senhor e vos admoestam, e que os tenhais com amor em máxima consideração por causa do
trabalho que realizam.Vivei em paz uns com os outros” . Estes irmãos os admoestava, um trabalho
difícil, porque ninguém gosta de ser advertido. As palavras “ vivei em paz uns com os outros” são

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necessárias porquê, como vemos em 1 Cor. 1 e 3, os crentes facilmente incitam um trabalhador
contra outro e formam partidos rivais. Muitas divisões têm sua raiz neste espírito de partidarismo
acerca da liderança. “ Um plana, outro rega, mas Deus dá o crescimento.” Este cuidado mútuo,
admoestando os que estão fora de ordem, confortando os desanimados, sustentando os fracos,
sendo pacientes com todos é o dever dos santos , nunca nos vingando a nós mesmos, mas
perseverando em fazer o bem. Tudo isto depende de muita comunhão com o Senhor em uma vida
cheia de louvor e intercessão .
Em seguida somos avisados para que demos atenção ao que o Espírito Santo faz na
assembléia. “Não apagueis o Espírito, não desprezeis profecias; julgai todas as coisas, retende o que
é bom;” (vers. 19-22 ). De tempos em tempos a assembléia é chamada a examinar problemas de
doutrina ou de moral. Devemos então provar as coisas conferindo estes assuntos na Palavra de
Deus. Alguns se recusam a ser perturbados com coisas difíceis e mostram seu desdém.Desta
maneira , uma maioria dos cristãos tem prosseguido em erro por falta de cuidado. Apagar o Espírito
pode ir além disso. Nós lemos em 3 João sobre Diótrefes, que recusou toda a atividade espiritual na
assembléia para assumir a sua liderança absoluta. Isto levou à tirania em certas partes da
cristandade.
“ O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso Espírito, alma e corpo, sejam
conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. “ Como em todos os
cinco capítulos desta epístola, temos aqui uma alusão à vinda do Senhor como um motivo para uma
jornada santa. As três partes de nosso ser, espírito, alma e corpo, as quais estão sob o poder do
Espírito Santo, têm que ser guardadas até a Sua vinda.
 
A SEGUNDA EPÍSTOLA DE PAULO AOS TESSALONICENSES
O arrebatamento da assembléia, como é descrito na Primeira Epístola aos
Tessalonicenses, não pertence à profecia para esta terra e para Israel.Esta segunda epístola lida
com o que pertence a esta profecia: Seu retorno em glória acompanhado pela Sua igreja : a
“Epifania” , ou manifestação.
Nossa esperança bendita, a vinda do Senhor Jesus, é o primeiro evento que esperamos
e o qual encerrará a história da igreja na terra. Esta história é profeticamente descrita nas epístolas
do Senhor Jesus às sete igrejas da Ásia ( Apocalipse 2 e 3 ). Depois disto, todas as igrejas que um
dia tiveram uma profissão de fé cristã apostatarão e a igreja viva estará no céu. Na terra, as setenta
semanas de anos de Daniel se encerrarão e o julgamento virá sobre todos os que têm escolhido uma
terra amaldiçoada como seu lugar de habitação. Estes julgamentos pertencem à profecia. Neste
período de tribulação parecerá que Satanás terá assumido o poder supremo sobre o mundo, algo
que também é anunciado nas profecias do velho Testamento e em Mateus 24 e Lucas 12, com
Daniel e Zacarias anunciando a vinda de um anticristo político e religioso. O Senhor Jesus fala sobre
este período como a grande tribulação ( Mateus 24: 21,29 ). O judaísmo e a cristandade apóstatas
farão oposição ao Pai e ao Filho, negando até mesmo a Sua existência.
A vinda de Cristo para os Seus será o ato coroador de Sua graça salvadora, a aurora de
uma eternidade abençoada e não haverá sombra ou nuvem que diminuirá a luz da brilhante estrela
da manhã. O mundo poderá perceber este evento pelo desaparecimento súbito dos santos, mas
outros e mais sensacionais acontecimentos logo farão com que ele seja esquecido. Uns poucos
anos mais tarde o mundo será a testemunha aterrorizada do glorioso aparecimento de Jesus com
Sua assembléia, vindo como o Sol da justiça. Para o mundo será um dia de julgamento, concluindo
com o estabelecimento do reino de Cristo ( Apocalipse 19-20 ). Pedro nos exorta a ponderar as
escrituras proféticas do Antigo e do Novo Testamentos como “ uma luz que brilha em lugar escuro”.
As palavras do Senhor Jesus em Mateus 24 formam uma parte muito importante do estudo desta
profecia. Também esta segunda carta aos tessalonicenses tem um evidente caráter profético porquê,
juntamente com Daniel, Zacarias e Apocalipse 13, anuncia a vinda do anticristo, descrevendo seu
comportamento e seu julgamento final. Posto que o reino vindouro toma uma grande parte desta
epístola, freqüentemente encontramos nela a expressão “ o reino de Deus.”
 
CAPÍTULO 1
Paulo, Silvano e Timóteo se dirigem outra vez a esta assembléia com a expressão de
bênção e ação de graças, pois sabiam que o Senhor Jesus era glorificado naquele lugar. “ Irmãos,
cumpre-nos sempre dar graças a Deus no tocante a vós outros, como é justo, pois a vossa fé cresce
sobremaneira, e o vosso mútuo amor de uns para com os outros vai aumentando” ( vers. 3 ).

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O apóstolo tinha escrito a sua primeira epístola com a intenção de suprir o que faltava à
fé deles. Agora, ele podia testemunhar, com ação de graças, que sua fé aumentou pelo
conhecimento de nossa bendita esperança. Juntamente com o crescimento de sua fé, o mútuo amor
entre esses irmãos aumentou, frutos abençoados dos escritos da primeira epístola. Entretanto,
restavam perigos contra os quais ele ainda não tinham sido prevenidos.
Ele não podia dizer que a esperança deles tinha aumentado, porque alguns deles haviam
recebido cartas contendo o falso ensinamento de que o arrebatamento só teria lugar depois de
terríveis tribulações, produzindo medo em seus corações, em vez de alegria com respeito à próxima
vinda de Jesus. Nos credos usados nas igrejas confessionais, a vinda do Senhor Jesus é confundida
com o julgamento do grande trono branco, no qual ( assim se pensa ) se decidirá quem está perdido
e quem está salvo. De modo semelhante Satanás procurou cercar a esperança bendita com nuvens
de medo.
O apóstolo, nesta epístola, combate poderosamente estes erros e o resultado foi
abençoado : “a tal ponto que nós mesmos nos gloriamos de vós nas igrejas de Deus, à vista da
vossa constância e fé, em todas as vossas perseguições e nas tribulações que suportais” (vers.4).
Observemos que, embora “perseverança” seja mencionada, não o é como na primeira epístola :
“perseverante constância na esperança” , porque sua esperança tinha sido abalada por falsos
ensinamentos. Depois de haver atacado sua fé o inimigo atacou sua esperança e amor. Entretanto
Paulo acrescenta : “Mas o Senhor guiará vossos corações no amor de Deus e na perseverança de
Cristo”, coisas que estavam em sério perigo. Esta perseverança de Cristo é a clara esperança de
Sua vinda, como também o Senhor escreveu a Filadélfia : “ Porque guardaste a palavra de minha
perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro,para
experimentar os que habitam sobre a terra.” ( Apocalipse 3:10 ). Esta escritura significa que todos os
crentes verdadeiros serão removidos para estar com o Senhor antes que a grande tribulação venha
sobre o mundo.Falsos mestres amedrontaram os tessalonicenses, dizendo e escrevendo que esta
vinda seria acompanhada de grandes tribulações. É verdade que todos os crentes têm que sofrer
tribulações que são chamadas “ momentâneas e leves aflições “ em 2 Cor. 4:17, as quais trazem
para nós eterno peso de glória, a escola normal de Deus ( Heb. 12:11 );”sinal manifesto do reto juízo
de Deus, para que sejais considerados dignos do reino de Deus, pelo qual, com efeito, estais
sofrendo; se de fato é justo para com Deus que Ele dê em paga tribulações aos que vos atribulam, e
a vós outros que sois atribulados, alívio juntamente conosco, quando do céu se manifestar o Senhor
Jesus” ( vers. 5-7 ). Mas estas tribulações não têm nada a ver com a grande tribulação que virá após
o arrebatamento da Igreja.Pedro diz que os juízos sobre nós são educação de Deus : “que aprova da
vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece, ainda que provado pelo fogo, redunde em
louvor e glória e honra na revelação de Jesus Cristo”(1 Pedro 1:7).
Deus levou em conta essas tribulações , as quais produzem fruto eterno , mas também a
impiedade dos perseguidores, o que anunciou julgamentos de vingança de Deus sobre os habitantes
desta terra indiferentes a Deus, julgamentos estes que serão executados pelo Senhor Jesus
glorificado, vindo “ dos céus , cm os anjos do Seu poder, em chama de fogo, tomando vingança
contra os que não conhecem a Deus e contra os que não obedecem ao Evangelho de Nosso Senhor
Jesus Cristo. Estes sofrerão penalidade de eterna destruição, banidos da face d Senhor e da glória
do Seu poder” (vers.8,9 ). Tribulação , para os crentes, significa que são tidos como valorosos para
reinar com Cristo, como encontramos em outros trechos das Escrituras : “mas os que são havidos
por dignos de alcançar a era vindoura e a ressurreição dentre os mortos...” ( Lucas 20:35 ). Isto não
tem nada a ver com salvação eterna, mas com nossa peregrinação como crentes através de um
mundo hostil. “ E eles se retiraram do Sinédrio, regozijando-se por terem sido considerados dignos
de sofrer afrontas por esse Nome” (Atos 5:41). Aqueles que pertencem ao Senhor Jesus
compartilham a Sua rejeição por este mundo, conseqüentemente sofrendo tribulações, como retos
no meio de injustos. Onde, com alguém que professa ser um cristão, este sofrimento é inteiramente
ausente, talvez seja duvidoso que ele seja um verdadeiro filho de Deus.“Porque vos foi concedida a
graça de padecerdes por Cristo, e não somente de crerdes nele” ( Filipenses 1:29 ).
O julgamento vindouro deste mundo consiste de dois atos: primeiro o julgamento
guerreiro no começo do milênio, e finalmente o julgamento do grande trono branco no final do
milênio. Aqui temos o primeiro ato : “em chama de fogo, tomando vingança contra os que não
conhecem a Deus e contra os que não obedecem ao Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, os
quais sofrerão penalidade de eterna destruição, banidos da face do Senhor e da glória do Seu poder,

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quando vier para ser glorificado nos Seus santos e ser admirado em todos os que creram” (vers. 8-
10). Nossas tribulações são leves e temporárias, os sofrimentos dos descrentes são insuportáveis e
duradouros.
“Destruição duradoura” foi declarada pelo Senhor Jesus nestes termos : “o seu verme
não morre e sua chama não se apaga.” Isto não é aniquilação, mas eterno prantear e ranger de
dentes.” E eles serão atormentados dia e noite pelos séculos dos séculos” ( Apocalipse 20:10 ). O
Cristianismo moderno odeia a doutrina da punição eterna. Sua descrença é o caminho largo da
destruição, lançando os seus adeptos para longe dos olhos de um Deus amoroso. Cristo veio para
testemunhar a verdade, e o mundo O odiou e crucificou, porque Sua mensagem continha a
condenação deste sistema humano odioso contra Deus pelo qual Satanás governa este mundo.
Como crentes eles podem sofrer sob o ódio do mundo que é regido pelo inimigo, mas o apóstolo
pode dizer : “Porque nosso testemunho foi crido entre vós... e a vós outros, que sois atribulados,
alívio juntamente conosco, na revelação de Jesus Cristo” ( vers. 10, 7 ).
Os santos no céu adorarão o Cordeiro glorificado, enquanto terríveis julgamentos
começarão a atormentar os descrentes na terra. Teologias modernas sonham acerca de progresso
mundial e paz universal para esquecer os julgamentos vindouros. “ Porque o Senhor Deus, que dá a
paga, certamente lhe retribuirá” ( Jer. 51:56 ). Hoje o ímpio prospera , e com engano e corrupção
alguns
Alcançam as mais altas posições na sociedade, mas no santuário de Deus aprendemos
o “ fim do ímpio “ – julgamento eterno ( Salmo 73:17 ). A salvação de Deus é recebida através de
arrependimento e fé no Senhor Jesus, que foi entregue por nossas ofensas e ressurreto para a
nossa justificação ( Rom. 4:25 ). Não apenas Deus nos oferece salvação gratuita e eterna, mas
também grandes e preciosas recompensas àqueles que trabalham por amor a ele. Então os santos
do Velho Testamento têm direito à recompensa ( Heb. 11 ). “... aquele que se aproxima de Deus
creia que Ele existe, e que se torna galardoador daqueles que O buscam” ( Heb. 11:6 ).
Por esta razão Moisés estava apto a rejeitar as glórias mundanas do Egito e sofrer
aflição juntamente com o povo de Deus , “porquanto considerou o opróbrio de Cristo por maiores
riquezas que os tesouros do Egito, porque contemplava o galardão.” ( Heb. 11:25 ). Para todo o
crente está vindo o momento em que receberá recompensa eterna por tudo o que ele tem sofrido
pelo nome de Jesus. Por esta razão o dia de Seu aparecimento é amado pelos santos, como Paulo
disse :”Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora a coroa da justiça me
está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele dia ; e não somente a mim, mas também
a todos quantos amam a Sua vinda” ( 2 Tim. 4:7-8 ).
A expressão “ com os anjos do Seu poder “ mostra que Deus usará poderes
sobrenaturais para vencer os poderes unidos das nações da terra. Outra expressão marcante é
“aqueles que não conhecem a Deus, e os que não obedecem ao Evangelho de Nosso senhor Jesus
Cristo” . Negando o amor de Deus, eles não podem obedece-Lo.O grande teste da fé é a obediência
à Palavra de Deus. Esta é a resposta de Deus a todas aquelas doutrinas falsas que dizem que nesta
vida é impossível ver a distinção entre crentes e descrentes. Eles podem ser, mas não podemos
reconhecê-Los como “ santos irmãos no Senhor” . Abraão creu e obedeceu à vontade de Deus,
como está registrado em Sua Palavra , a Bíblia. Não dizemos isto para condenar aqueles que
ocasionalmente tropeçam e desobedecem em um ato pecaminoso, mas nos referimos àqueles cuja
vida é caracterizada por desobediência sistemática e voluntária, negando até mesmo a inspiração
divina da Palavra.
Aqueles que desobedecem o evangelho têm amado e preferido a corrupção que reina
neste mundo, e o verme da corrupção eterna os transpassará naquele lugar terrível longe dos olhos
de um Deus amoroso. Os crentes são abençoados nesta vida e na próxima.” Por isso não também
não cessamos de orar por vós, para que o nosso Deus vos torne dignos da Sua vocação, e cumpra
com poder todo propósito de bondade e obra de fé ; a fim de que o nome de Nosso Senhor Jesus
seja glorificado em vós, e vós nEle, segundo a graça do nosso deus e do Nosso Senhor Jesus
Cristo” (vers.11-12).
O caminho da segurança não é apenas obedecer, mas também procurar agradar a Deus
em todas as coisas, e glorificar o Senhor Jesus em nosso testemunho verbal e em nossa vida
prática.
 

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CAPÍTULO 2
Aqui nós temos a principal razão pela qual o apóstolo escreveu esta epístola – foi para
combater o esforço de falsos mestres para tirar a alegre esperança dos tessalonicenses.
Os falsos mestres alegando que o dia do Senhor, um dia de julgamento e insuportável
tribulação acompanharia Sua vinda para os santos. A resposta do apóstolo foi que três grandes
eventos aconteceriam antes do julgamento :
O arrebatamento da assembléia ( a qual ainda está na terra como uma luz que brilha,
impedindo a vinda da escuridão total ).
A apostasia final, por parte da profissão cristã , da doutrina da doutrina do Pai e do Filho.
A revelação do anticristo ou homem do pecado, a qual anunciará o começo da grande
tribulação.
A expressão “dia do Senhor” têm a ver com os eventos descritos nos capítulos 17 a 19
do Apocalipse.Naquele dia o Senhor Jesus julgará as nações e estabelecerá o Seu reino. A glória de
Cristo e Sua assembléia será vista na Cidade Santa de Jerusalém. O Senhor Jesus ensina que a
grande tribulação aconteceria quando o anticristo se assentasse no templo de Deus. “ Quando pois
virdes o abominável da desolação de que falou o profeta Daniel no lugar santo ( quem lê entenda ) ,
então os que estiverem na Judéia fujam para os montes” (Mateus 24:15,16).Os eventos da última
semana de anos de Daniel são encabeçados pela apostasia da Igreja e a adoração do homem do
pecado em Jerusalém.
“Irmãos, no que diz respeito à vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião
com Ele, nós vos exortamos a que não vos demovais da vossa mente, com facilidade, nem vos
perturbeis, quer por Espírito, quer por palavras, quer por epístola, como se procedesse de nós,
supondo tenha chegado o dia do Senhor.
Ninguém de nenhum modo vos engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro
venha a apostasia, e seja revelado o homem da iniqüidade, o filho da perdição, o qual se opõe e se
levanta contra tudo q eu se chama Deus, ou objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de
Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus.” (2 Tess. vers.1-4).
Os primeiros eventos anunciados pelo apóstolo aqui é a vinda do Senhor Jesus para os
santos .”...à vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com Ele” (vers.1).Este é o
mesmo evento descrito em 1 Tess. 4:15-17. Observemos que a expressão “nossa reunião com ele” –
no original “Epi-synagoge” – é simplesmente o ajuntamento em torno dEle em glória, como hoje,
onde dois ou três estão reunidos diante dEle, em Sua presença.
A mesma palavra, “Epi-synagoge”, é usada em Hebreus 10:25, onde a reunião da
assembléia da terra na presença do Senhor Jesus é claramente indicada e incutidas à consciência
dos santos : “não abandonando a vossa congregação, como é o costume de alguns”. Existe um
espaço para ajuntamento hoje como existia um lugar de adoração no Velho Testamento.Agora, na
terra, Jesus é, através do Espírito, o nosso Centro de reunião;
Breve no céu Ele será o Centro glorificado de reunião, através de toda a eternidade.
A seguir o apóstolo chega à confusão que falsos mestres, em todas as épocas, têm
lançado sobre o assunto da vinda do Senhor Jesus. Satanás desejou destruir esta bendita esperança
naqueles dias , até mesmo por meio de cartas falsas , como se tivessem sido escritas por Paulo, e
atualmente pela teologia geral da igreja, espalhando uma nuvem de terror para esconder a
contemplação sem véu que Deus , em Sua Palavra, abre aos olhos da fé. Apocalipse 3:10 mostra
que os crentes serão retirados antes da grande tribulação, o primeiro evento antes do dia do
Senhor.O segundo evento é a apostasia do cristianismo, a fusão de todas as igrejas, negando o Pai
e o Filho, sob a supremacia de Roma.
O terceiro evento é a revelação do anticristo, acompanhada pela maior escuridão de
todas as eras. “ E este rei fará segundo a sua vontade, e se levantará e se engrandecerá sobre todo
deus; contra o Deus dos deuses falará coisas incríveis...” (Dan. 11:36). Ele será o falso Messias, o
pastor tolo, que virá em seu próprio nome e seduzirá o Israel apóstata a monstruosa idolatria.
“ Não vos recordais de que, ainda convosco, eu costumava dizer-vos estas cousas ? E,
agora, sabeis o que o detém, para que ele seja revelado somente em ocasião própria.” (vers.5,6). A
presença de crentes verdadeiros e a habitação do Espírito Santo na terra restringem o pleno
desenvolvimento da impiedade. Por causa da consciência cristã a iniqüidade é forçada a operar em
silêncio sob o CLOAK de uma confissão morta : “Com efeito o mistério da iniqüidade já opera, e
aguarda somente que seja afastado aquele que o detém” (vers.7). O Espírito Santo é aqui indicado
como a Pessoa divina que restringe o mal na terra pelo testemunho dos crentes. Após o

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arrebatamento, a impiedade será imposta por lei. O trono da besta e do falso profeta será um “ trono
de iniqüidade, o qual forja o mal, tendo a lei por pretexto” (Salmo 94:20 ). Todos os recursos
materiais na terra serão controlados por este trono, e aqueles que se recusarem a participar da
impiedade serão perseguidos até a morte.
Hoje os governos das nações se colocam sob a lei de Deus.” Porque não há autoridade
que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por Ele instituídas” (Rom. 13:1), e isto
significa que em nossa dispensação da graça existe um freio ao desenvolvimento total da maldade.
Mas breve a assembléia dos santos será tomada para estar com o Senhor. “Então será de fato
revelado o iníquo, a quem o Senhor Jesus matará com o sopro da Sua boca, e o destruirá, pela
manifestação da Sua vinda. Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com
todo poder , e sinais e prodígios da mentira, e com todo engano de injustiça aos que perecem,
porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos.” (2 Tess. 2:8-10). Apenas os
descrentes poderão ser seduzidos por essa iniqüidade extrema. Eles podem até ter conhecido a
verdade , mas não a amaram. Este é o verdadeiro caráter da apostasia – rejeição do Evangelho
depois de tê-lo conhecido.
Com milagres operados pelo poder satânico o anticristo seduzirá os descrentes à
idolatria.”É por este motivo, pois, que Deus lhes manda a operação do erro, para darem crédito à
mentira. Afim de serem julgados todos quantos não deram crédito à verdade ; antes, pelo contrário,
deleitaram-se com a injustiça.” (vers. 11,12).Somente o amor à verdade é capaz de guardar-nos do
erro, e a verdade somente pode ser guardada em um coração não dividido, que ama o Senhor Jesus
acima de qualquer outra coisa. A vontade de Deus em nossos dias é que todo homem seja salvo e
seja trazido ao conhecimento da verdade. Não é bíblico fazer uma distinção artificial entre o
Evangelho e a verdade. Paulo chama de “ meu Evangelho “ todo o seu ensinamento.
No versículo 13 o apóstolo volta aos privilégios dos crentes verdadeiros. “Entretanto,
devemos sempre dar graças a Deus, por vós, irmãos amados pelo Senhor, por isso que Deus vos
escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade, para o que
também vos chamou, mediante o nosso evangelho, para alcançar a glória de Nosso Senhor Jesus
Cristo” (vers. 13,14). Com grande gratidão ele menciona todas as coisas boas, os frutos da vida
divina que eram encontrados nos tessalonicenses, provas absolutas de que eles eram escolhidos por
Deus. A estas coisas boas pertence o fiel apego à infalível e divinamente inspirada Palavra de Deus,
a cuja autoridade eles se submeteram completamente.E sua fé e amor aumentaram firmemente. Os
que são escolhidos por Deus são capazes de manifestar este fato em uma vida de
santificação.”Eleitos, segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito para a
obediência e a aspersão do sangue de Jesus Cristo” (1 Peter 1:2).
Nos próximos versículos encontramos exortações práticas, um elemento vital sempre
presente nas epístolas de Paulo : “Assim , pois, irmãos, permanecei firmes e guardai as tradições
que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa. Ora, Nosso Senhor Jesus Cristo
mesmo, e Deus nosso Pai, que nos amou e nos deu eterna consolação e boa esperança, pela graça,
console os vossos corações e os confirme em toda a boa obra e boa palavra” ( vers.15-17 ).Tanto a
pregação como as epístolas de Paulo eram palavra inspirada de Deus, e não há fundamento em
pretender que as palavras do Senhor Jesus nos Evangelhos são de uma inspiração mais elevada
que as epístolas de Paulo, um erro grosseiro do Protestantismo. Acaso as palavras de Paulo não
vieram diretamente do Senhor Jesus glorificado, pelo Espírito Santo ? As palavras do Senhor Jesus
na terra foram endereçadas principalmente ao povo judeu, as palavras doe Jesus que vieram do céu
foram endereçadas à sua amada assembléia na terra, e Paulo foi escolhido como o instrumento para
escrever tudo o que é necessário ao governo da igreja na terra. Toda a Bíblia é a voz de Deus, não
importando quem é usado como o instrumento de comunicação. O desejo do apóstolo era de que os
corações deles pudessem ser confortados pela bendita esperança, e assim serem encorajados à
toda boa obra e palavra. Nossos atos devem dar às nossas palavras faladas um poder divino de
convicção. Nossos caminhos e conversação não podem ser separados e todo aquele que nos
escuta observará se nossos atos estão de acordo com nosso testemunho verbal.
 
CAPÍTULO 3
Nossa vida foi transformada quando cremos, porque o amor de Deus foi derramado em
nossos corações pelo Espírito santo dado a nós. A prática de boas obras , frutos do Espírito, requer
um contato contínuo com Ele, que é a fonte do amor. “Ora, o Senhor conduza os vossos corações ao

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amor de Deus e à constância de Cristo” (vers.5).Aqui temos de novo as três coisas essenciais : fé
(vers.2), amor e esperança, paciente aguardo da vinda de Cristo.
Alguns devem ter pensado que isto significava que não havia mais necessidade de
trabalhar. Eles andavam desordenadamente, mas foram aqui advertidos de que é contra a vontade
de Deus que dependam da caridade de outros. Lemos em Atos 2 que os pobres eram ajudados por
aqueles que vendiam suas posses, mas isso em pouco tempo levou à desordem.”Nós vos
ordenamos, irmãos, em nome do Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo irmão que ande
desordenadamente, e não segundo a tradição que de nós recebestes” (vers.6). Entendemos que o
apóstolo combateu essa desordem com mandamentos afirmativos. A fé não é uma rota de fuga de
nossas responsabilidades sociais neste mundo. O apóstolo mesmo , ao trabalhar pelo seu pão de
cada dia, deu-lhes um bom exemplo.O mundo em volta procura achar faltas nos crentes a fim de
reprovar o nome de Cristo. Entretanto devemos “ considerar um ao outro de forma a conduzir ao
amor e às boas obras”. O apóstolo encerra esta epístola com uma oração de bênção a eles, e na
situação deles, de confronto doutrinário e desordem por parte de alguns, a paz certamente era
desejada.
“Ora, o Senhor da paz, Ele mesmo, vos dê continuamente a paz em todas as
circunstâncias. O Senhor seja com todos vós”. Visto que o inimigo buscou introduzir cartas falsas
entre os crentes com fermento de erro, o apóstolo assinou esta epístola de próprio punho, e à sua
maneira colocou-lhe o selo de Palavra inspirada de Deus. Sejamos agradecidos por ter esta Palavra
preciosa frente aos enganos espalhados na confissão cristã sobre este importante tema da vinda do
Senhor.

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