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11universidade Federal de Goiás Instituto de Ciências Biológicas Departamento de Biologia
11universidade Federal de Goiás Instituto de Ciências Biológicas Departamento de Biologia
[ x ] Dissertação [ ] Tese
Assinatura do autor2:
Data: 10 /11/2021
1 Neste caso o documento será embargado por até um ano a partir da data de defesa. A extensão
deste prazo suscita justificativa junto à coordenação do curso. Os dados do documento não serão
disponibilizados durante o período de embargo.
Casos de embargo:
- Solicitação de registro de patente;
- Submissão de artigo em revista científica;
- Publicação como capítulo de livro;
- Publicação da dissertação/tese em livro.
2 A assinatura deve ser escaneada.
Versão atualizada em setembro de 2017.
iii
Ilustração, programação visual e diagramação: Engº. Agrº. Paulo Roberto Del Rey Reis
AGRADEÇO.
COMPARTILHO.
DEDICO.
viii
AGRADECIMENTOS
APRESENTAÇÃO
Editora; e, em 1995, “Introdução aos Sistemas de Gestão Ambiental: teoria e prática”, editado pela
Kelps/editora da UCG.
Suas obras e o seu trabalho à frente da Secretaria de Meio Ambiente de Goiânia
(1993-96) e na presidência da Agência Ambiental refletem a excelência de uma vida dedicada ao
nosso planeta Terra. Uma vida de árduos testemunhos, mesmo contando com o apoio decisivo da
população goiana e da confiança incondicional de autoridades comprometidas com a preservação
do meio ambiente, como, por exemplo, o governador Marconi Perillo.
O nosso “Bandeirante da Ecologia” devolveu à população da capital goiana os
parques ecológicos urbanos Vaca Brava, Areião, Botafogo, Carmo Bernardes (Parque Atheneu-
Mariliza), dos Beija-Flores (S. Jaó), Flamboyant (Jardim Goiás) e o Jardim Botânico, recuperados
dos especuladores imobiliários. Assim, também, realiza em inúmeras cidades e regiões goianas,
implantando parques municipais e estaduais, inspirando ecólogos brasileiros e estrangeiros em
suas participações nos congressos nacionais e internacionais organizados por instituições
vinculadas com a Ecologia e áreas afins, a exemplo da Regional Government Network for
Sustainable Development (nrg4SD).
Agora este incansável ambientalista do Centro-Oeste brasileiro lança mais esta jóia
literária de rara beleza científica “AVALIAÇÃO DOS EFEITOS AMBIENTAIS DA
VEGETAÇÃO URBANA SOBRE A QUALIDADE DE VIDA EM GOIÂNIA”, trabalho de
fôlego que analisa o papel da vegetação na determinação da qualidade de vida urbana,
constituindo numa referência técnica sobre ecologia urbana dentro de um desenvolvimento
sustentável.
Lendo esta obra o leitor verá que Goiânia foi concebida por Attílio Corrêa Lima,
arquiteto-urbanista, como uma Cidade-Jardim de Howard - uma concepção que revolucionou o
urbanismo moderno. E segundo o biólogo Osmar Pires “uma das suas principais características é a
ordenação do espaço urbano de maneira a integrar funções urbanas como trabalho, moradia,
locomoção e lazer com qualidade de vida. Esta característica urbanística de Howard proporciona,
dentre outras coisas, uma elevada proporção de espaços livres por habitantes”.
Em sua inédita pesquisa o Dr. Osmar Pires calculou o Índice de Área Verde (IAV)
de Goiânia que é de 100 metros quadrados por habitante, o dobro de Curitiba.
Osmar é o semeador que saiu a semear... Nesta obra com inúmeras sementes ele
nos ensina que sempre possível “separar o joio do trigo”, “observar as aves do Céu e os lírios dos
campos”, “caminhar sobre águas turbulentas”, “aplacar tempestades” “transformar a água em
vinho”, “multiplicar pães e peixes” e “curar toda enfermidade”, bastando observar, registrar,
analisar, comparar, compreender, reverenciar, trabalhar e amar os mecanismos sagrados da
Natureza, fonte de Poder infinito.
Com os seus exemplos de Sabedoria o venerável amigo e notável escritor Osmar
Pires, integrante da Academia Goianiense de Letras como membro-fundador da cadeira nº 29, cujo
patrono é Attílio Corrêa Lima, está de parabéns porquanto suas atitudes bem representam o
pensamento do maior ecólogo da História da Humanidade, que asseverou, num santuário da
Natureza, referindo-se aos ambientalistas de todos os tempos: “BEM-AVENTURADOS OS
BRANDOS, PORQUE ELES HERDARÃO A TERRA”.
SUMÁRIO
BIBLIOGRAFIA 290
xv
LISTA DE TABELAS
Número página
LISTA DE FIGURAS
105 - Mapa dos espaços livres das Micro-Regiões Santa Genoveva e Jaó (PI JAO) .... 250
106 - Diagrama dos espaços livres das Micro-Regiões Sudoeste e Jardins (PI JATL) 251
107 - Mapa dos espaços livres das Micro-Regiões Sudoeste e Jardins (PI JATL) ...... 252
108 - Diagrama dos espaços livres das Micro-Regiões Santa Rita e Bairro Jardim
Botânico (PI JDBO) ............................................................................................ 253
109 - Mapa dos espaços livres das Micro-Regiões Santa Rita e Bairro Jardim
Botânico (PI JDBO) ............................................................................................ 254
110 - Diagrama dos espaços livres do Plano de Informação Jardim Goiás (PI JG51). 255
111 - Mapa dos espaços livres do Plano de Informação Jardim Goiás (PI JG51)....... 256
112 - Diagrama dos espaços livres da Micro-Região Solar Ville (PI MAI) ................ 257
113 - Mapa dos espaços livres da Micro-Região Solar Ville (PI MAI)....................... 258
114 - Diagrama dos espaços livres da Micro-Região Novo Mundo (PI MUN) .......... 259
115 - Mapa dos espaços livres da Micro-Região Novo Mundo (PI MUN) .................. 260
116 - Diagrama dos espaços livres das Micro-Regiões Vila Nova, L. Universitário e
B. Feliz (PI NOVA) ............................................................................................. 261
117 - Mapa dos Espaços livres das Micro-Regiões Vila Nova, L. Universitário e
B. Feliz (PI NOVA) ............................................................................................. 262
118 - Diagrama dos espaços livres das Micro-Regiões Granville, Goiá e João Braz
(PI PIJB) ............................................................................................................ 263
119 - Mapa dos espaços livres das Micro-Regiões Granville, Goiá e João Braz
(PI PIJB) ............................................................................................................ 264
120 - Diagrama dos espaços livres das Micro-Regiões Pedro Ludovico, Redenção e
Santo Antônio (PI PL) ......................................................................................... 265
121 - Mapa dos espaços livres das Micro-Regiões Pedro Ludovico, Redenção e
Santo Antônio (PI PL) ......................................................................................... 266
122 - Diagrama dos espaços livres das Micro-Regiões Portal do Sol e Laranjeiras
(PI PLA) ............................................................................................................. 267
123 - Mapa dos espaços livres das Micro-Regiões Portal do Sol e Laranjeiras
(PI PLA) ............................................................................................................. 268
124 - Diagrama dos espaços livres da Micro-Região Jardim América (PI SERR) ..... 269
125 - Mapa dos espaços livres da Micro-Região Jardim América (PI SERR) ........... 270
126 - Diagrama dos espaços livres da Micro-Região Vera Cruz (PI VERA) ............. 271
127 - Mapa dos espaços livres da Micro-Região Vera Cruz (PI VERA) .................... 272
128 - Diagrama dos espaços livres do Plano de Informação Campus Samambaia
da UFG (PI UNI) ............................................................................................... 273
129 - Mapa dos espaços livres do Plano de Informação Campus Samambaia da
UFG (PI UNI) ................................................................................................... 274
130 - Dados brutos das variáveis: y - índice de área verde (em m².hab-1) em função de
x - densidade demográfica (em hab.km-²), por micro-região de Goiânia ........... 276
131 - Gráfico de y’ = log y versus x’ = log x, correspondente aos dados da tabela 33 .. 278
132 - Gráfico de y’ = log (y + 1) versus x’ = log (x + 1), correspondente aos dados
da tabela 35 .......................................................................................................... 283
133 - Variação do IAV em função da densidade demográfica e do índice de dilapidação
do patrimônio público em Goiânia (variáveis com dados transformados) .......... 284
xx
RESUMO
ABSTRACT
This project is a study of the eco-system of the city of Goiânia (Goiás). Goiânia’s
first Directive Plan was created according to the Garden City of Howard, one of the most
important urban conceptions in the word. Using this plan and its urbanist evolution, one has tried
to make a preliminary identification of the social agents, which produced the urban spaces of
Goiânia.
A classification and qualification of the open spaces and “green areas” of the city
has been made. The quantity of vegetation (m².inhab.-1) and its quality (typing), when distributed
adequately is important to the preservation of the urban eco-system, having important
environmental effects on the quality of life of the population. The “green area” rate (Índice de
Área Verde – IAV) is, therefore, one of the indicators of urban development.
Changes in the open spaces, as indicators of IAV, in relation with changes in
demographic density, indicative of human presence in the environment, have allowed the
prevision of the amount of “green area” per urban inhabitant. The IAV calculated for Goiânia is
100,25 m². inhab.-1, having suffered a per capita reduction of 17,68% in relation to the IAV
established in the original city plan in 1938. In the next fifteen years it is possible forecast that the
IAV will be 54,4% smaller than it is at the moment, decreasing to 45,71 m².inhab.-1, if the
privatization policy regarding publics spaces should persist.
The “green areas” are unalienable and imprescriptible public property destined for
common use. In spite of this, these areas have been decreasing over the years. The degree of
deterioration of public assets has been calculated and constitutes a factor in the decay in urban life
quality. The adoption of a programme to register and monitor the environmental assets of Goiânia
is suggested, among other measures.
xxi
ABREVIATURAS UTILIZADAS
1.2.1. Localização
1.2.2.1. Climatologia
1.2.2.1.b) Temperatura
7
EMCIDEC. Empresa Estadual de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico-Social de Goiás. Estudo
de Impacto Ambiental do loteamento de interesse social da Fazenda São Domingos. Goiânia: DBO
Engenharia, 1994. 248 p.
5
horas nos trópicos. O heliógrafo é o aparelho que mede a insolação (Ometto, op.
cit.).
A nebusolidade ou a quantidade de nuvens é visualmente estimada
pela proporção de céu coberto por nuvens de qualquer tipo. A unidade de
medida da nebulosidade é o okta que corresponde à área de um oitavo do céu
dentro do campo de visão do observador (Ayoade, op. cit.).
A nebulosidade anual média sobre a Terra varia de acordo com a
distribuição latitudinal e, dentro de uma mesma zona, com o local, a estação do
ano e com a hora do dia. Em geral, quanto maior a latitude maior a
nebulosidade, embora ocorra alteração de valores em função da dinâmica e da
circulação atmosférica: no Equador, os valores ligeiramente mais elevados estão
associados aos centros de baixa pressão e ao fluxo convergente de ar; nas zonas
subtropicais, os valores muito baixos são causados pelas células de alta pressão
e ao ar subsidente (Ayoade, op. cit.).
Nos trópicos continentais, a nebulosidade apresenta grande
variação sazonal e até diária, sobretudo no período vespertino, por causa dos
processos convectivos. Com o resfriamento noturno da atmosfera, o ar torna-se
estável e a nebulosidade diminui. Mas, sobre as superfícies hígricas tropicais a
nebulosidade apresenta um máximo à noite. As chuvas tropicais estão
associadas às nuvens do tipo cumulonimbus que podem se estender da superfície
terrestre até uma altura de seis mil metros. As nuvens estratiformes são raras e,
às vezes, podem persistir à noite retardando o resfriamento noturno (Ayoade, op.
cit).
Nas figuras 5 e 6 são mostrados os dados da Emcidec (op. cit.)
ilustrando a marcha anual da insolação e da nebulosidade mensal em Goiânia.
Nelas se vêem que no semestre úmido ocorrem os menores índices de insolação
(sempre abaixo de 200 horas/mês) e, naturalmente, os maiores de nebulosidade
(sempre acima de 6,4). Por outro lado, no semestre seco ocorrem os maiores
índices de insolação (sempre acima de 218 horas/mês) e, naturalmente, os
menores de nebulosidade (sempre abaixo de 5,5). O máximo de insolação ocorre
em julho ou agosto com normal de 9,3 horas/dia e o mínimo em dezembro com
5,8 horas/dia. O total anual normal de Goiânia é de 2.650,2 horas de insolação.
8
NASCIMENTO, M.A.L.S. et al. Carta de Risco de Goiânia. Goiânia: IPLAN, 1991.
“Depósitos aluvionares” referem-se a “aluvião - depósitos originados pela ação fluvial, em que se acumulam
nas planícies sedimentos orgânicos e inorgânicos (argila, silte, cascalho, seixo, areia ou outro material de detrito
e matéria orgânica)”, cf. Lima-e-Silva (1999, p.10); “Depósitos coluvionares” referem-se a “colúvio – material
transportado de um local para outro, principalmente pelo efeito da gravidade, ocorrendo no sopé das vertentes ou
em lugares pouco afastados dos declives situados acima, de constituição heterogênea em termos
granulométricos, devido à pequena seleção do agente transportador” (id., ibid., p. 55).
12
9
BERTONI, J. A potencialidade erosiva da gota da chuva. Campinas: IAC, 19[--]. /n.p./.
14
1.2.3.1. Vegetação
1.2.3.2. Fauna
14
TORRES, H. G. 1993. Indústrias sujas e intensivas em recursos naturais: importância crescente no cenário
industrial brasileiro. In: MARTINE, G. op. cit., p. 43-68.
21
15
ROSA, R. Introdução ao sensoriamento remoto. 2. ed. Uberlândia: EDUFU, 1992. 110p.
16
ASSAD, E. D. & SANO, E. E. Sistema de Informações Geográficas: aplicações na Agricultura. 2 ª ed. Brasília:
Embrapa-SPI/CPAC, 1998, 434 p.
22
17
GOIÂNIA. Plano de Desenvolvimento Integrado de Goiânia – PDIG. Goiânia: IPLAN, 1992. v. 1.
18
BIANCHI, C. G. & GRAZIANO, T. T. Caracterização e análise das áreas verdes urbanas de Jaboticabal. In:
ENCONTRO NACIONAL SOBRE ARBORIZAÇÃO URBANA, 4, 1992, Vitória, Anais... Vitória: SBAU,
1992. p. 225-37.
19
SOUSA, M. A. L. B.; FIORAVANTE, A. P. & CRUZ, R. A. Levantamento e classificação das áreas verdes da
zona urbana de Botucatu, SP. In: ENCONTRO NACIONAL SOBRE ARBORIZAÇÃO URBANA, 4, 1992,
Vitória. Anais... Vitória: SBAU, 1992. p. 239-252.
20
IBGE. Goiânia - coletânea especialmente editada como contribuição ao batismo cultural. Rio de Janeiro: Graf.
do IBGE, 1942, 125 p.
21
ALVARES, G. T. A luta na epopéia de Goiânia: uma obra da engenharia nacional - documentário histórico,
técnico e descritivo. Rio de Janeiro: Graf. do Jornal do Brasil, 1942, 187 p.
23
85, IV, letra c da mesma lei), destinado ao lazer e recreação a todas as faixas
etárias;
Jardim de representação: área de domínio público ou
particular, estabelecida como planta ornamental de logradouro pelo artigo 85,
IV da Lei de Zoneamento (ZPA-IV). São os jardins em volta de prédios
públicos, igrejas, etc. O jardim de representação não tem função recreacional e
sua função ambiental é reduzida. Nesta classe foram incluídas outras categorias
de espaços livres que não se enquadraram em nenhuma das anteriores, como
áreas não construídas e gravadas nas plantas como reservadas, mas sem
numeração e sem destinação especificada no memorial descritivo do loteamento.
Essas áreas foram interpretadas como espaços abertos enquadrados como ZPA-
IV, seguindo a jurisprudência sobre o parcelamento e uso do solo urbano (v.
adiante, Seção 3.6.1);
Área Pública Parcelada: é a área pública destinada no plano
de loteamento a espaço livre (praça, parque, parque linear, verde de
acompanhamento viário e equipamento público) e que foi desvirtuada da sua
destinação original; o uso do solo atual desta categoria foi identificado pelo
confronto das cartas planialtimétricas dos planos de loteamento com as cartas
aerofotogramétricas do município e com o Mapa Urbano Básico Digital de
Goiânia (MUBDG), versão 9.
Para cada PI foi calculada a área das respectivas classes de espaços
livres, sendo as de função ambiental computadas no somatório da categoria de
área verde, conforme conceituação exposta na Seção 3.6.1. Isto é, área verde é
todo espaço livre, público ou particular, não edificado, na zona urbana ou de
expansão urbana, com potencial ou efetiva função ambiental, de uso comunitário
(lazer, recreação, esportivo), de permeabilidade do solo e/ou de conservação dos
recursos naturais. Portanto, temos:
Área verde total = praça + parque + parque linear + verde de
acompanhamento viário + área verde particular + cemitério + jardim de
representação + área pública parcelada que mantém função ambiental +
equipamento público com área permeável.
O índice de área verde (IAV) foi calculado através da fórmula:
2.1. INTRODUÇÃO
22
MENDONÇA, F. A. O clima e o planejamento urbano de cidades de porte médio e pequeno. 323 p. Tese
(Doutorado - Geografia Física/Climatologia) FFLCH, USP, São Paulo, 1995.
29
[...] Nestes dias (...) de problemas sociais (...) talvez possa parecer difícil
encontrar uma única questão de importância essencial para a vida e o bem-estar
da nação sobre o qual estejam todos completa e inteiramente de acordo, não
importando (...) qual o matiz de sua opinião sociológica (...).
Há, no entanto, uma questão sobre a qual praticamente não se manifestam
quaisquer diferenças de opinião. É quase universalmente aceito (...) por
homens de (...) toda a Europa, América e em nossas colônias, ser
profundamente deplorável que pessoas continuem afluindo a cidades já
superpovoadas, esvaziando ainda mais os distritos rurais [...]. (HOWARD, op.
cit., p. 104).
23
HOWARD, E. Cidades-Jardins de Amanhã. Tradução de Marco Aurélio Lagonegro e revisão de Maria Irene
Szmrecsányi. 1ª impr. 1898, reimpr. 1902. São Paulo: HUCITEC, 1996. 211p.
24
OTTONI, D. A. B. 1996. Cidade-Jardim: formação e percurso de uma idéia. In: Howard, E. op. cit., p. 10-101.
30
[...] o sistema de higiene era precário, com valas a céu aberto, contaminando o
curso d'água mais próximo. Juntam-se a essa situação, salários aviltantes e
conseqüentes desnutrição e precárias vestimentas. Forma-se, dessa maneira, o
conhecido quadro de epidemias e surto de cólera que se expande nas cidades
(europeias) após 1830 [...].
25
MARTINE, G. (org.). População, meio ambiente e desenvolvimento: verdades e contradições. Campinas: Ed.
da UNICAMP, 1993, 207 p.
31
26
MUKAI, T. Direito e Legislação Urbanística no Brasil (História – Teoria – Prática). São Paulo: Saraiva, 1988.
307p.
32
[...] o marcante êxito de sua obra (Howard) deve-se à eficiência com que
sintetizou um século de incomum desenvolvimento econômico, convivendo
com extremos de miséria e deterioração em cidades em contínuo crescimento
[...]. Seu livro mostra com clareza, simplicidade e admirável objetividade,
idéias que, além de estarem perfeitamente vinculadas à tradição cultural de seu
país, apresentavam viabilidade financeira e eram economicamente realizáveis
[...].
OS TRÊS ÍMÃS
afastamento da
natureza ausência de vida
x social
CIDADE CAMPO
oportunidades x
O POVO: belezas da
sociais PARA ONDE IR?
natureza
CIDADE-CAMPO
[...] quaisquer que sejam as causas que atuaram no passado e continuam agindo
no presente, arrastando as pessoas para as cidades, elas devem ser entendidas
como 'atrativos', tornando-se óbvio, portanto, que não haverá solução efetiva
senão oferecendo às pessoas 'atrativos' maiores do que os que nossas cidades
atualmente oferecem, de modo que a força dos antigos 'atrativos' seja
sobrepujada pela dos novos que possam vir a ser criados. Cada cidade poderia
ser vista como um ímã, cada pessoa como uma agulha. [...]
O que poderia ser efetivamente feito para tornar o campo mais atraente do que
as cidades? [...] A questão é universalmente considerada como se agora fosse
(e assim devesse permanecer para sempre) completamente impossível para os
trabalhadores viver no campo e apesar disto dedicar-se a atividades outras que
não a agricultura; como se as cidades superpovoadas e malsãs fossem as
últimas palavras em ciências econômicas. Na verdade, não há somente duas
alternativas como se crê - vida urbana ou vida rural. Existe também uma
terceira, que assegura a combinação perfeita de todas as vantagens da mais
intensa e ativa vida urbana com todas as belezas e os prazeres do campo, na
mais perfeita harmonia. [...] (HOWARD, 1996, p. 108).
27
ENGELS, F. Sobre o papel do trabalho na transformação do macaco em homem. In: MARX, K. & ENGELS,
F. Obras escolhidas. 3 v. São Paulo: Alfa-Omega, 19[- -], v. 2, p. 267-80.
35
Elementos urbanísticos:
d
a- cidade-central;
b- cidades-satélites;
o c- parque central;
e d- bulevares radiais e
intermunicipais;
cidade-satélite f e- avenidas concêntricas;
c
g f- cinturão verde;
g- parkways;
cidade-central h- anéis viários;
o i- espaços livres intra-
h
urbanos;
j- zonas urbana e rural
o inter-relacionadas.
À esquerda, ampla
avenida arborizada
(Parkway) chegando ao
semicírculo do centro
cívico, na parte superior.
Fonte: OTTONI (op. cit., p.
62)
29
VIEIRA, F. M. Proposta de roteiro para análise e concepção bioclimática dos espaços externos urbanos.
Estudo de casos: praças. 233 p. Dissertação (Mestr. – Conforto Ambiental) FAU-UFRJ, 1994.
30
COARACY, V. O Rio de Janeiro no século 17. 2. ed. R. de Janeiro: J. Olympio, 1944, apud Mukai, op. cit.,
p. 15
41
31
TAUNAY, E. História seiscentista da vila de São Paulo, t. 4, s.n.t., apud Mukai, op. cit., p. 16.
32
REIS FILHO, N. G. Evolução urbana do Brasil. São Paulo: USP/Pioneira, 1968, apud Mukai (op. cit., p. 17).
42
33
SOUZA, M. A. A. A identidade da metrópole. São Paulo: HUCITEC/EDUSP, 1994. 257p.
No Brasil as cidades maiores fundadas mediante um plano urbano são apenas Belo Horizonte, Goiânia,
Maringá, Marília, Londrina, Brasília, Palmas, num conjunto de mais de cinco mil municípios.
43
(%)
Setor Primário
Setor Secundário
Setor Terciário
35
PALACÍN, L. & MORAES, M. A. S. História de Goiás. 5 ª ed. Goiânia: 1989, Ed. UCG, 124 p.
46
36
ALENCAR, M. A. G. Estrutura fundiária em Goiás, Série Teses Universitárias, n. 2. Goiânia: Ed. UCG, 1993,
apud ESTEVAM, L. (op. cit., p. 73).
49
37
DIEGUES, A. C. S. O Patrimônio Natural e o Cultural: por uma visão convergente. In: SIMPÓSIO SOBRE
POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE E PATRIMÔNIO CULTURAL, Goiânia, 9-12 de dezembro
de 1996, Atas... Goiânia: UCG/IGPA, 1996, p. 135-7.
38
ANDERSEN, O. & ANDERSEN, V. U. As frutas silvestres brasileiras. 3 ª ed. São Paulo: Globo, 1989, 203p.
39
ZURLO, C. & BRANDÃO, M. As ervas comestíveis: descrição, ilustração e receitas. 2 ª ed. São Paulo: Globo,
1990, 167p.
40
BARBOSA, A. S. Antropologia social. 26-28 mar. 1992. In: CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
ADMINISTRAÇÃO DE COOPERATIVAS. Goiânia: UCG/OCG, 18 mar. 1992 a 30 maio 1993. /n.p./.
41
SOBRINHO, W. C. & VAZ, E. Formação econômica de Goiás. 27-29 ago. 1992. In: CURSO DE PÓS-
GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO DE COOPERATIVAS. Goiânia: UCG/OCG, 18 mar. 1992 a 30
maio 1993. /n.p./.
50
42
BERTRAN, P. História da terra e do homem no Planalto Central: Eco-história do Distrito Federal: do indígena
ao colonizador. Brasília: Solo, 1994. 314 p.
43
BARBOSA, M. A. A fitoterapia como prática de saúde - o caso do Hospital de Terapia Ayurvedica de
Goiânia. 257 p. Dissertação (Mestr. - Enfermagem) Escola de Enfermagem Anna Nery, UFRJ, R. de Janeiro,
1990.
44
RIZZO, J. A. Utilização de plantas medicinais em Goiânia. Goiânia: Ed. UFG, 1985.
51
45
CHAUL, N. F. Caminhos de Goiás: da construção da decadência aos limites da modernidade. Goiânia: Ed.
UFG, Ed. UCG, 1997, 247 p. Tese (Doutorado - História) USP, São Paulo, 1995.
46
SILVA, A. L. A revolução de 30 em Goiás. 220 p. Tese (Doutorado - História) USP, São Paulo, 1983.
52
49
MEIRELLES, H. L. Direito Municipal Brasileiro. 5 ª ed. São Paulo: RT, 1985.
50
GRAEFF, E. A. Goiânia, 50 anos. Goiânia: Ed. UCG, 1993.
51
CORDEIRO, N. & QUEIROZ, N. M. Embasamento do plano urbanístico original. Goiânia: Composição:
1989.
52
CORDEIRO, N. A. Goiânia: evolução do plano urbanístico. Goiânia: Composição, 1989.
53
MONTEIRO, O. S. N. Como nasceu Goiânia. 1ª impr. 1938. Goiânia: Revista dos Tribunais, 1979. 663 p.
62
54
PALACÍN, L. Fundação de Goiânia e desenvolvimento de Goiás. Goiânia: Oriente, 1986.
55
SABINO JÚNIOR, O. Goiânia Global. Goiânia: Oriente, 1980, 286p.
56
MOYSÉS, A. Estado e urbanização: conflitos sociais na Região Noroeste de Goiânia (década de 1980). 190 p.
Dissertação (Mestr. - C. Sociais) PUC, São Paulo, 1996.
Estimados pelo método de afluentes e os nivelamentos com barômetro olostérico altimétrico, em período de
chuva, segundo o relatório da subcomissão citada.
63
57
GODÓI, A. A. 1942a. Relatório sobre a conveniência da mudança da capital. In: IBGE (op. cit., p. 13-30).
58
GODÓI, A. A. 1942b. A futura capital de Goiaz. In: IBGE (op. cit., p. 35-40).
64
59
LIMA, A. C. 1942. Plano Diretor da Cidade. In: IBGE (op. cit., p. 45-56).
66
O traçado da cidade
De acordo com o Relatório, foi adotado em Goiânia o partido
clássico denominado Pate d'oie ou pé de pato. Este traçado permitiu aliar o
aspecto monumental, herdado da tradição renascentista e barroca francesa - mas
sem cair no apelo à simetria, com traçados axiais e geométricos - com a tradição
inglesa de identificação à natureza. Um bom exemplo deste modelo é a cidade
de Versalhes - remodelada por influência das idéias de Howard -, cuja vista
aérea (figura 12), mostra "[...] o controle da natureza e do Centro
Administrativo, através do eixo central básico, do parque, lago e avenida
arborizada. [...]" (OTTONI, op. cit., p. 33).
O planejador de Goiânia soube tirar proveito da topografia e dos
recursos naturais do sítio escolhido (veredas e buritizais; matas ciliares e de
cerradão), para implantar um traçado que poderia permitir a circulação por vias
arborizadas entre bosques. Além do que, segundo Lima (1937, p. 141)60, "[...]
quem atravessar a cidade ao longo da Avenida Anhangüera, verá
sucessivamente três pontos de vista diversos ao cruzar as três grandes avenidas
que convergem para o Centro Administrativo [...]".
Figura 12 - Vista aérea de Versalhes, mostrando o partido clássico Pate d'oie, que foi adotado
no plano de Goiânia. (Fonte: Ottoni, 1996, p. 33)
60
LIMA. A. C. 1937. Goiânia: a nova capital de Goiás. Resumo de um estudo a ser editado futuramente.
Arquitetura e Urbanismo. {Rio de Janeiro}, jan./fev., p. 32-4; mar./abr., p. 60-3; maio/jun., p. 140-6.
67
O zoneamento
A cidade foi demarcada em cinco grandes zonas: administrativa;
comercial; industrial; residencial; e rural; com base no conceito funcional da
cidade, nos seus aspectos técnicos, econômicos, sanitários e estéticos.
A Zona Administrativa foi localizada em torno da Praça Cívica,
onde se localizaram os edifícios da administração municipal, estadual e federal.
A Zona Comercial foi localizada em torno do centro geométrico da
cidade - Av. Goiás e Av. Anhangüera -, tendo esta como eixo principal. Todas
as quadras desta zona foram dotadas de espaços públicos internos, com o
objetivo de:
i) Rede de ruas internas para alargamento e vazão de trânsito
intenso no futuro sem desapropriações;
ii) Áreas internas para uso do comércio (carga e descarga de
mercadorias), bem como a coleta do lixo;
iii) Pátios de estacionamentos de veículos nas quadras 21, 23, 38,
51 e 52.
Circulação interna
prevista, condensada por nós na área projetada. Ora, este caso não se dará, pois
dispõe o patrimônio de Goiânia de terras suficientes para expandir-se e mesmo
criar novas reservas. [...] (LIMA, 1937, p. 145).
[...] será interditada a toda e qualquer construção (...) que visa proteger de
modo eficaz a pureza da água que deverá abastecer a cidade. Igual atenção
deverá ser dada à bacia do Córrego Capim Puba, que será o reforço indicado
quando a capacidade do Botafogo for ultrapassada, (...) principalmente para a
zona suburbana. [...]" (LIMA, 1942, p. 52-3).
Em decorrência desta diretriz, foi definido um importante elemento
urbanístico no plano da cidade, qual seja, as unidades de conservação de uso
indireto do solo das cabeceiras e margens dos mananciais hídricos de
Goiânia. Estas unidades foram gravadas no memorial descritivo e nas plantas do
PUG com os respectivos nomes dos cursos d'água: o Jardim Botânico e o Parque
Linear Botafogo; o Parque Areião e o Parque Linear Areião; os Parques da
nascente e das margens do Capim Puba; o Parque dos Buritis; o Parque
Aquático Jaó, no Rio Meia Ponte, concebido para "[...] constituir um centro de
atrações esportivas, (...) pela extensão que alcançará o lago formado, (onde)
todos os esportes aquáticos poderão ser praticados. [...]" (LIMA, 1937, p. 146).
Saneamento urbano
O saneamento urbano contido no plano urbanístico é constituído de
três sistemas: esgotamento das águas pluviais; coleta e tratamento de lixo;
transporte e tratamento do esgoto.
O esgotamento sanitário proposto foi do tipo separativo (rede de
galeria pluvial separada da de esgotos sanitários). Existia um sistema utilizado
desde o século XIX até aquela época, chamado unitário, em que as águas
servidas se juntavam às águas pluviais (TINÔCO FILHO, 1990, p. 151)61.
De acordo com o projeto de saneamento de Goiânia, o sistema de
galeria pluvial foi projetado para se beneficiar de uma redução da composição
de custos, dado que o planejamento urbano levou em conta as características
naturais do sítio. O aproveitamento da topografia no traçado das ruas,
acompanhando as linhas de menor declive, contribuiu para a redução do run off.
A preocupação em se manter a capacidade de infiltração natural do solo -
preservação das planícies de inundação como as veredas do Parque Buritis e as
áreas marginais dos mananciais fluviais também contribuíram para a diminuição
do escoamento superficial.
O resultado deste planejamento ambiental é que, segundo o projeto
original, foi possível calcular tubulações de diâmetros relativamente simples,
podendo, com isso, ser lançada diretamente nos cursos d'água.
Segundo o memorial de cálculo realizado pelo projetista de
Goiânia, gentilmente cedido pela sua neta, Bibliotecária Rachel Corrêa Lima,
residente no Rio de Janeiro, o sistema de esgotamento sanitário calculado
permitiu o escoamento por gravidade. A rede domiciliar foi interligada ao tubo
coletor Botafogo, em dois pontos: A, com diâmetro de 0,3 metros, descarga de
61
TINÔCO FILHO, A. F. O administrador de saúde e o saneamento do meio. In: CAMPOS, J. Q. et alii.
Fundamentos de Saúde Pública. São Paulo: J. de Q. Campos, 1990, v. I, p. 130-56.
73
*
Designado representante do Estado de Goiás, pela cláusula 11 ª do Decreto n. 3547, de 6.7.33, para acompanhar
os trabalhos do urbanista Attílio C. Lima, "solucionando as dúvidas que por acaso surgirem durante a
organização dos projetos".
75
não ser aqueles ofertados pela natureza da região - saibro, cascalho, areia, argila,
pedra, madeira - foram importados de São Paulo.
A Diretoria Técnica citada foi constituída por engenheiros e
arquitetos, vindos dos grandes centros urbanos do país como São Paulo, muitos
aqui se estabelecendo, como os pioneiros Eng. Jorge Diniz Carneiro, Arq. José
Neddermeyer, Eng. Werner Sonnenberg, Eng. Gustavo Aaderup, Topógrafo
Edgar Germano Honam, Contador Hermann Komma, Desenhista Jayme Vilhena
Leite (ALVARES, op. cit., ps. 99, 104).
A equipe da Diretoria Técnica mencionada produziu, durante os
anos de 1936 e 1937, e no primeiro trimestre de 1938, um volume de 740
projetos de construções, além daqueles referentes aos serviços de urbanização,
saneamento, engenharia de estradas, produção de mudas e ajardinamento. O
Escritório Técnico do Rio e de São Paulo, contratado pelo Estado de Goiás,
elaborou 241 plantas dos prédios públicos federais (Álvares, op. cit., ps. 119,
122). A construção de Goiânia exerceu valor educativo sobre várias cidades do
Estado que, a partir do exemplo irradiado pela capital, elaboraram seus Planos
de Urbanização e executaram projetos de abastecimento e prédios públicos,
dentre outros, no período acima considerado (ÁLVARES, op. cit., p. 179-84).
Portanto, no nascedouro da cidade, apesar das dificuldades
políticas, econômicas e sociais enfrentadas, - estudadas por diversos autores
sobre a transferência da capital, - formou-se em Goiânia, pelo balanço técnico
acima exposto, um núcleo embrionário, habilitado profissionalmente, que
poderia desenvolver ações de gestão e planejamento urbanístico-ambiental.
62
MACHADO, P. A. L. Município: Urbanismo e Meio Ambiente. In: ___. Direito Ambiental Brasileiro. 7. ed.
São Paulo: Malheiros, 1999. Cap. 1 e 2, p. 297 – 350.
78
Tabela 09- Redução das Zonas Comercial e de Diversões com correspondente aumento do n.º
dos lotes residenciais no Centro de Goiânia
Zona alterada Distribuição dos lotes residenciais criados N.º de lotes
Via pública Quadras criados
Comercial Rua 1 1a4 10
Rua 2 3a6 13
Rua 3 3, 5-8, 18, 20, 37 42
Rua 4 9-12, 52, 55-4 30
Av. Anhangüera 7-10, 20-23, 37-8, 51-3, 57-8, 61 124
Rua 6 37-8, 52-5 27
Rua 7 6,8,10,12, 35, 37, 53-4 43
Rua 8 5,7,9, 18, 20, 22 30
Rua 9 20-3 10
Av. Araguaia 38, 51-2, 57 17
Rua 17 53 05
Rua 20 61, 58, 51, 57 13
Subtotal de lotes residenciais adicionados na z. de comércio 460
Diversões Av. Tocantins 21, 67, 69, 70 26
Rua 23 23, 67-9 23
Av. Anhangüera 21, 23, 68, 70 16
Rua 4 69 10
Subtotal de lotes residenciais adicionados na zona de diversões 75
Total geral de lotes residenciais adicionados na região central 535
Fonte: Álvares (1942, ps. 145-6, 150-4).
Figura 15 - Anúncio publicitário de venda de lotes em Goiânia pela firma Coimbra-Bueno &
Cia. Ltda. (Fonte: Araújo, D. Goiânia: homenagem pelo seu 5º aniversário. Goiânia: Ed. do Autor, 1938).
**
Relatório apresentado em março de 1937 pela Superintendência Geral de Obras ao Diretor Geral da Fazenda
do Estado de Goiás.
**
Ofício n.º 317, de 4.8.37, que resultou no Decreto n.º 2.133, de 5.8.37, publicado no "Correio Oficial" de
10.8.1937.
***
Ofício n.º 317, de 4.8.37, que resultou no Decreto n.º 2.133, de 5.8.37, publicado no "Correio Oficial" de
10.8.1937.
83
Figura 16 - A área original e a área atual do Parque dos Buritis, reduzida em 70%, pela firma
Coimbra Bueno, loteadora do S. Oeste, em 1955 (segundo Martins Júnior, 1996, p. 50)
63
SONNENBERG, W. Memorial descritivo do plano de loteamento do Bairro Nova Suíça. Goiânia: 22 abr.
1952. Arquivado no Cartório Teixeira Neto.
64
PEREIRA, B.A.S. Memorial descritivo do plano de loteamento do Jardim Europa. Goiânia: 20 nov. 1956.
Arquivado no Cartório de Registro de Imóveis da 2ª Circunscrição.
65
NASCIMENTO, O. Memorial descritivo e justificativo do Projeto de Urbanização do Bairro Santa Genoveva.
Goiânia: 18 jan. 1950. Arquivado no Cartório de Registro de Imóveis do 1º Ofício.
88
66
MAIA, F. P. & RIBEIRO, R. M. Memorial descritivo e justificativo do Projeto de Urbanização do Jardim
Goiaz. São Paulo: jun. 1950. Arquivado no Cartório de Registro de Imóveis da 3ª Circunscrição de Goiânia.
89
Figura 17 – O loteamento das áreas públicas do Setor Coimbra, implantado em área destinada
a Zona de Esporte segundo o Relatório de Atíllio Corrêa Lima entregue ao Estado em 1935.
Tabela 10 - Alteração do Quadro de Áreas do Setor Bueno (área total 2.516.800 m²)*
Área Original Área Atual Variação
Uso do solo
% m² % m² % m²
Vias de co
22,7 572.068,64 15,71 395.389,28 - 7,02 -176.679,36
municação
Espaços Livres 11,8 296.982,40 4,65 117.031,20 - 7,15 -179.951,20
Particulares
65,4 1.647.748,90 79,64 2.004.379,52 +14,17 +356.630,56
(Quadras)
*De acordo com memorial descritivo e plano de loteamento aprovado pelo Decreto n° 19, de 24.01.51, inscrito sob n.º 15,
livro 8-B, folhas 1 a 10, do Cartório de Registro de Imóveis da 1 ª Circunscrição.
[...] desta forma, não pudemos conseguir junto aos Governantes do Estado a
emancipação completa do Município, nem antes da Revolução, quando, ao
invés de nos ajudar nos atrapalhavam, nem depois dela, quando nos enchemos
de ilusões, mas pouco de concreto vimos realizar em prol do Município [...]
(BRITTO, 1966, p. 24).
Um aspecto paradoxal à comentada falta de autonomia municipal,
refere-se à convergência de interesses do Estado com os interesses de grupos
sociais excluídos na promoção de assentamentos em áreas verdes locais. Por
iniciativa da LBA/GO, presidida pela Primeira Dama do Estado, promoveu-se o
loteamento, em 1953, da área destinada à implantação de um Parque Linear, às
margens do córrego Capim Puba. De acordo com o processo de parcelamento
68
BRITTO, H.S. Histórico de uma administração: autonomia municipal de Goiânia (1961-1965). São Paulo:
Edições Alarico, {1966}, 358 p.
93
Figura 18 – Estádio Serra Dourada, construído pelo Estado de Goiás, em 1975, em parcelas
expressivas de áreas públicas municipais localizadas no Jardim Goiás.
69
SEPLAN. Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento do Estado de Goiás. Estudo de Impacto Ambiental
do projeto do porto de telecomunicações. Goiânia: Green Ambiental, 2001.
95
71
GEIGER, R. Manual de microclimatologia: o clima da camada de ar junto ao solo. Tradução de Ivone Gouveia
e Francisco Caldeira Cabral. Lisboa: Fund. Calouste Gulbenkian, 1980. 642p.
99
Ir Ia ou Ea
Id ou Rd
Boc = Id + Ii - Ir
Bol = Ia – Ig
QI = Boc +_ Bol
3.1.2.1.a) Radiação
A radiação é a fonte primária de ganho de energia, emitida
principalmente pelo sol e pela Terra. É o principal elemento meteorológico que
impulsiona os fenômenos da atmosfera e se constitui no princípio básico da
vida.
102
c=.
E = h. = h. c. -1
Es = . . Ts4
Visível
e- (estado excitado)
REM
e- (estado fundamental)
Fig. 22 – Interação da radiação eletromagnética (REM) com a matéria
E α T4
Essa lei nos diz que uma pequena variação no estado de energia
interna de um corpo (EIA) causa uma grande variação da energia emitida.
Assim, quanto maior a temperatura de um corpo, mais intensamente ele se
resfriará e emitirá energia, aquecendo o meio ambiente.
Em função das características da REM e dos corpos irradiados,
observam-se diferentes bandas de absorção e de reflexão, ocorrendo processos
de interação, a nível molecular e atômico, do comprimento de onda e da
freqüência da radiação incidente com a estrutura molecular e com o arranjo dos
átomos de cada material irradiado.
De acordo com Rosa (op. cit.), o comportamento espectral dos solos
é função do teor de matéria orgânica (quanto maior, menor a reflexão); da
granulometria (quanto menor o tamanho das partículas, maior a reflexão), da
composição mineralógica, da umidade (quanto maior, menor a reflexão) e da
capacidade de troca de cátions (quanto maior, menor a reflexão).
O comportamento espectral da vegetação, segundo o mesmo autor,
varia em função das condições atmosféricas, do solo, da espécie, do índice de
área foliar, da fenologia, da biomassa, bem como da forma, posição,
pigmentação, teor em água e estrutura interna da folha. A interação da REM
com a matéria define os conceitos de absorção, reflexão e transmissão, relativos
às propriedades termodinâmicas dos alvos irradiados.
A absorção é a capacidade do material absorver, em um
determinado comprimento de onda, parte da radiação solar incidente. A
absortância ou absortividade é o coeficiente de absorção entre o fluxo de
energia absorvido e o recebido, isto é, é a fração da radiação incidente que é
absorvida por um material. Geralmente é inferior a um, mas nos corpos negros é
igual a um.
105
R.V.
alvo
Figura 23 - Diagrama simplificado do efeito estufa no meio urbano (radiação visível - R.V.;
radiação infravermelha - R.I.V.).
C = Q/θ
c = C/m ou c = Q/m. θ
Φ = c . S. θ / e
atmosfera
3.1.2.1.c) Convecção
Calor sensível
O calor sensível (QH) é a quantidade de calor que produz variação
de uma unidade de temperatura (θ), numa dada massa (m) de um corpo ou
substância.
QH = C. θ ou QH = m.c. θ
fs= - ρ.Ks.cp.dT/dZ
Sendo: fs – fluxo de calor sensível (cal.cm-².s-1); ρ – densidade do ar (1,200
g.dm-³ à 1000 mb e 15ºC; decresce à partir da superfície do solo); Ks –
coeficiente de difusividade térmica (cm².s-1); cp – capacidade calorífica unitária
(0,241 cal.g-1.ºC-1); dT/dZ – variação da temperatura (ºC. cm-1).
A difusão turbulenta ou pseudocondução é um movimento
convectivo em pequena escala, associado à falta de uniformidade da superfície
109
us superfície do solo
fe = - ρ.Ke.L.dq/dZ
fe = - 0,58.10-³.Ke.de/dZ
3.1.2.2. Umidade do ar
Ev = ..Ta4(0,44+0,092√ea)
e = e’s – γ (T – Tu)
288.e
U.A. =
273 + t
288.es
U.S. =
273 + t
T1 superfície líquida
T2 superfície
P2 < P1
T2 < T1
P1, T1
3.1.2.4. Vento
ΔU ΔZ
Uo Zo
τ = μ . dU
dZ
τ = - ρ.Km.dU/dZ
U
u’ (-)
Tempo
Fig. 33 – Representação esquemática de uma partícula de ar em fluxo turbulento, sendo: U – valor
médio da velocidade; u’ – valor médio da flutuação.
A turbulência livre ou térmica se verifica quando o gradiente
térmico real na atmosfera é inferior à razão de queda adiabática seca
(instabilidade atmosférica). As diferenças de aquecimento na superfície do solo
provocam ascensão da massa de ar por diferenças de densidade, causando a
120
Fig. 34 – Diagrama de um quebra-vento denso e fechado desde o solo até copa das árvores, na
massa de ar advectiva (segundo Ometto, 1981, p. 229)
Tabela 12 – Atenuação média do vento entre 0 a 30 vezes a altura (h) da barreira vegetal,
considerando três graus de permeabilidade e três diferentes velocidades do vento
Valor médio atenuado Extensão da zona de atenuação
Grau de
(0 e 30 x h da barreira), em % (x h da barreira), em metros.
permeabilidade -1
Velocidade do vento (m.s ) Velocidade do vento (m.s-1)
(%)
4 6 8 4 6 8
30 45 44 37 47 50 53
50 29 27 23 46 42 40
70 17 14 2 34 31 28
Fonte: Ometto (1981, p. 230)
Como mostra os dados da tabela 12, uma barreira vegetal com 30%
de permeabilidade, quando submetida a um vento com velocidade de 8 m.s -1,
atenua em 37% essa velocidade, numa extensão de 53 vezes a altura da barreira;
com permeabilidade de 70%, a atenuação é de apenas 2% e a extensão de 28
vezes.
3.1.2.5. Evapotranspiração
RL + h = E + S + C
Ks.Cp.P dT
=
Ke.L.0,622 de
Cp.P dT
=
L.0,622 de
73
PORTES E CASTRO, T. A. A água no solo, na planta e na atmosfera. Goiânia: ICB/UFG, 1998. /n.p./.
126
Nível do
solo
w (solo) = - 0,03 MPa
w (raiz) = - 0,05 MPa
74
RICKLEFS, R. A. A economia da natureza. Tradução Cecília Bueno e Pedro P. de Lima-e-Silva. 3.ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 1996. 502 p.
128
75
KRAMER, P. J. & KOSLOWSKI, T. Fisiologia das árvores. Lisboa: Fund. Calouste Gulbenkian, 1972. 756 p.
129
76
DIAS, B. F. S. Cerrados: uma caracterização. In: FUNATURA. Alternativa de desenvolvimento dos cerrados -
manejo e conservação dos recursos naturais renováveis. Brasília: IBAMA, 1992a, p. 11-25.
77
MIRANDA, A.C. & MIRANDA, H. S. Estresse hídrico. In: FUNATURA: Alternativa de desenvolvimento
dos cerrados - manejo e conservação dos recursos naturais renováveis. Brasília: IBAMA, 1992, p. 30-34.
78
DETZEL, V. A. Arborização urbana: importância e avaliação econômica. In: ENCONTRO NACIONAL
SOBRE ARBORIZAÇÃO URBANA, 4, 1992, Vitória. Anais... Vitória: SBAU, 1992, p. 39-52.
131
79
SATTLER, M. A. Arborização urbana e conforto ambiental. In: ENCONTRO NACIONAL SOBRE
ARBORIZAÇÃO URBANA, 4, 1992, Vitória. Anais... Vitória: SBAU, 1992, p. 29-38.
132
E S E
S S E
C
C P C+P
Figura 38 - Diagrama das trocas energéticas em três diferentes ecossistemas, sendo fluxos de
calor: S – sensível; E – evaporação; C – condução pelo solo; P – energia armazenada na
fitomassa (segundo Larcher, 1986, p. 31).
3.3.1. Introdução
80
MONTEIRO, C. A. F. Teoria e clima urbano. São Paulo: IGEO/USP, 1976, 181 p. (Série Teses e
Monografia). Tese (Livre-Docência) USP, São Paulo, 19[--]. 109 p.
81
ODUM, E. P. Ecologia. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara, 1988.
82
CAVALHEIRO, F. Urbanização e alterações ambientais. In: TAUK. S. M. Análise ambiental – uma visão
multidisciplinar. São Paulo: Ed. UNESP, 1991, p. 88-99.
135
83
OKE, T. R. Boundary Layer Climates. 2nd ed. Methuen: London and New York, 1987. 372p.
137
I=1/k.d.c
1- rochas e solos;
2- água;
3- vegetação;
4- terreno úmido
Figura 42 - O ciclo diário das brisas térmicas no meio urbano, guiado pelo princípio das
correntes de convecção, através dos corredores de vento.
Figura 43 - Seção transversal de uma típica ilha de calor urbano (segundo Oke, 1987, p. 255)
84
SETTE, D. M. O clima urbano de Rondonópolis/MT. 2 v. 236 p. Dissertação (Mestr. - Geografia
Física/Climatologia) FFLCH, USP, São Paulo, 1996.
142
85
SPIRN, A. W. O jardim de granito; tradução de Paulo Renato M. Pellegrino. São Paulo: EDUSP, 1995. 345p.
143
86
SMITH, W. H. Urban vegetation and air quality. IN: PROCEDINGS OF THE NATIONAL URBAN
FORESTRY CONFERENCE. Syracuse: State University of New York, 1980. Apud SPIRN (op. cit., p. 86).
144
87
LOMBARDO, M. A. Ilha de calor nas metrópoles. O Exemplo de São Paulo. São Paulo: HUCITEC,1985.
244 p.
146
P ± R ± ∆W – ET = 0
91
KLOETZEL, K. Higiene física e do ambiente. São Paulo: EDART, 1992. 192 p.
92
REMMERT, H. Ecologia. São Paulo: EPU / EDUSP, 1992. 335 p.
93
KIELBASO, J. Urban Forestry: The international situation. In: ENCONTRO NACIONAL SOBRE
ARBORIZAÇÃO URBANA, 5, 1994, São Luís. Anais... São Luís: SBAU, 1994, p. 3-12.
149
benefício das árvores urbanas é o efeito indireto decorrente do modo como elas
agem sobre a energia e o CO2, especialmente em regiões que dependem do uso
do combustível fóssil para o esfriamento e aquecimento internos. Qualquer coisa
que reduza estas demandas de energia reduzirá a quantia de consumo de
combustível fóssil. Árvores localizadas estrategicamente ao redor de edifícios –
afirma o autor – podem reduzir em até 50% o consumo de energia para a
refrigeração dos ambientes internos.
Estudos têm mostrado que a energia economizada produz, num
curto período de 1 a 3 anos, o pagamento do que foi gasto no plantio. Akbari et
al. (1988)94, apud Kielbaso (op. cit.) modelou sete cidades distribuídas nos EUA
e mostrou para casas construídas depois de 1980 uma economia média geral no
consumo anual de energia de refrigeração, bem como um poder de pico das
árvores e o incremento do albedo graças à pintura com cal do revestimento das
edificações, conforme tabela 18.
O autor citado demonstrou que o plantio de cem milhões de árvores
nas proximidades das residências norte-americanas, poderia economizar
nacionalmente cerca de 22 bilhões de kWh de eletricidade, equivalentes a U$
2,3 bilhões de dólares por ano, bem como a 9 milhões de toneladas de emissões
de gás carbônico.
94
AKBARI, H.; HUANG, J.; MARIEN P; RAINER, L; ROSENFELD, A; TAHA, H. The impact of summer
heat islands on cooling energy consumption and global CO2 concentration. In: Procedings of ACEEE. Summer
Study On Energy Efficiency In Buildings, vol. 5; Asilomar, CA. Washington, D.C: American Council for an
Energy Efficient Economy: 1988, p. 11-23.
150
95
LAPOIX, F. Cidades verdes e abertas. In: CHARBONNEAU, J. P. et. al. Enciclopédia de Ecologia. São
Paulo: EPU, 1979, p. 324-336.
96
MCPHERSON, E.G; NOWAK, D.; SOCAMANO, P; PRICHARD, S. & MAKRA, E. Chicago's evolving
urban forest: initial report of the Chicago Urban Forest Climate Project. Gen. Tec. Rep. NE-169, Radnor, PA:
USDA Forest Service, NE Expt. Station, 1993. 55 p.
151
97
MENEZES, C. L. Desenvolvimento urbano e meio ambiente: a experiência de Curitiba. Campinas: Papirus,
1996. 202 p.
152
ou perdido pela radiação (R) e pela convecção (C), para contrabalançar o calor
perdido pela evaporação (E). Em equilíbrio, a soma de todos os termos da
equação do equilíbrio térmico do corpo humano deve ser zero:
M ± R ±C – E = 0
3.4.1. Introdução
98
DAJOZ, R. Ecologia Geral. 3a. ed. Petrópolis: Vozes, 1978. 474 p.
99
RIBEIRO, M. A. & VIEIRA, P. F. Ecologia Humana, Ética e Educação: a mensagem de Pierre Dansereau.
Porto Alegre: Palloti; Florianópolis: APED, 1999. 704 p.
100
MACHADO, P. A. Ecologia Humana. São Paulo: Cortez/Autores Associados; Brasília: CNPq, 1985. 174 p.
157
101
DIAS, G. F. Populações marginais em ecossistemas urbanos. 2. ed. Brasília: IBAMA, 1994. 157 p.
102
LIMA, M. J. A. Ecologia Humana: realidade e pesquisa. 2. ed. Recife: UFRPE, 1995. 164 p.
103
SACHS, I. Estratégias de transição para o século XXI: desenvolvimento e meio ambiente. Tradução de
Magda Lopes. São Paulo: Studio Nobel/FUNDAP, 1993. 103 p.
104
THEODORSON, G. Estudios de ecología humana. Tradução de Javier G. Pueyo. Barcelona: Labor, 1974. 2
vs.
158
105
PARK, R. E. 1974. Ecología Humana. In: THEODORSON, G. A. (op. cit., v. 1, p. 43-55).
106
McKENZIE, R. D. 1974. El ámbito de la ecología humana. In: THEODORSON (op. cit., v.1, p. 57-68).
159
107
HAWLEY, A. H. 1974. Ecología e Ecología Humana. . In: THEODORSON (op. cit., v.1, p. 243-54).
108
LIMA-E-SILVA, P. P.; GUERRA, A. J. T. & MOUSINHO, P. (Orgs.) Dicionário brasileiro de ciências
ambientais. Rio de Janeiro: Thex, 1999. 263 p.
160
109
BERTALANFFY, L. von. Teoria Geral dos Sistemas; tradução de Francisco M. Guimarães. Petrópolis:
Vozes, 1973. 351 p.
161
Relações biológicas
Homem
Transformação de energia
Ser humano
Realização de trabalho
Natureza
Relações sociais
Figura 45 - O Ser Humano no processo de interação Homem-Natureza (seg. Lima, 1995, p. 22)
Político Social
Divisão
Partici
do trabalho
pação
Ecolo-
Valor e gia Hu Modo de Econô
Cultural Uso mana Produção
mico
Cadeia
alimentar
Biológico
112
LABORIT, H. O homem e a cidade. Portugal: Europa-América, {1990}. 232 p.
166
A teleonomia
Outro conceito associado à informação é o da finalidade ou
teleonomia, usado para designar a “ação dos sistemas que operam nas bases de
um programa, de uma informação codificada” (Laborit, op. cit., p. 20). Esse
autor aduz que os organismos são constituídos por estruturas funcionais
concorrentes para a sua automanutenção. Trata-se de um fenômeno
essencialmente biológico, pois a finalidade de uma máquina não é a de se
conservar enquanto estrutura complexa, ao passo que a de conjunto vivo é a
sobrevivência da sua estrutura, num permanente desafio à entropia.
Shannon & Weaver (1948)113, apud Machado (1985) e Laborit (op.
cit.), com base na Teoria da Informação, sustentam que a entropia é um
fenômeno a ela associado. A informação desencadeia um fluxo de energia e,
portanto, de comportamentos em todos os sistemas. O aumento da entropia
implica numa perda progressiva de informação.
Como os elementos atômicos que entram na constituição do mundo
animado e inanimado são os mesmos, a diferença entre eles é que, no primeiro,
as relações entre esses átomos são específicas e definem a estrutura de um ser
vivo. A desestruturação dos seres vivos ocorre quando há perda de informação
bem como da teleonomia das relações atômicas.
A regulação
Decorre do elemento teleológico acima exposto o conceito de
regulação, auto-regulação, retroação ou feedback. Dependendo da finalidade
do efetor, segundo Laborit (op. cit), a regulação pode ser de três tipos: i) em
constância; ii) em tendência; ou, iii) servomecanismo.
O efetuador ou efetor, - isto é, um órgão ou um organismo-sede das
reações às informações recebidas -, atua como um mecanismo que produz em
certo efeito. Como se mostra nos diagramas das figuras 48 e 49, o efeito
representa a finalidade para a qual qualquer organismo foi programado,
inclusive de um indivíduo humano ou de um grupo social, isto é, a de manter a
sua estrutura viva; o fator representa as condições necessárias ao funcionamento
do efetor; e, a retroação é um dispositivo sensível às variações do efeito, capaz
de reagir sobre os fatores, para atingir a finalidade prevista.
Retroação ou feedback
Fator regulado
-
+ Efetuador
Efeito
Outro fator
113
SHANNON, C. & WEAVER, W. The Mathematical Theory of Communication. University of Illinois Press,
1949.
167
Efetuador
Efeito
Outro fator
A necessidade
O conceito de necessidade refere-se à “quantidade de energia e de
informação necessárias à manutenção de uma estrutura” (Laborit, op. cit., p.
26). A característica fundamental das formas vivas está na informação
relacionada aos elementos naturais que se organizam estruturalmente em
obediência aos princípios da termodinâmica, especialmente a entropia. Para esse
autor, a necessidade fundamental é a energia fotônica solar, transformada pela
fotossíntese, em energia química presente nos substratos alimentares.
Ainda segundo o mesmo autor, o conhecimento desse conceito pode
ser realizado a partir do funcionamento do Sistema Nervoso. Os hábitos e as
memórias, tanto inatas como adquiridas pelo ser humano, criam necessidades
decorrentes de um antagonismo funcional entre as estruturas nervosas
hipotalâmicas e límbicas.
A necessidade instintiva ou inata é aquela necessária à manutenção
da estrutura inata do ser vivo, determinada geneticamente. As manifestações
instintivas são regidas pelo cérebro reptiliano, especialmente o hipotálamo.
Trata-se de uma estrutura cerebral formada há 200 milhões de anos. Ela está
programada por aprendizagens ancestrais inatas, sendo responsável pela
regulação dos comportamentos primitivos e estereotipados, relacionados à fome
e à sede; ao estabelecimento do território; à caça; ao cio e acasalamento; e, ao
estabelecimento de hierarquias sociais (Laborit, op. cit.).
O cérebro reptiliano é inadaptado à aprendizagem de um
comportamento diferente, frente a uma situação nova e inesperada. O
funcionamento deste cérebro – ilustra o autor citado – se manifesta no
comportamento humano atual através de ritos cerimoniais, nos preconceitos
sociais e no automatismo da delimitação do território, expressos na segregação
de classe social e na noção de propriedade privada.
A necessidade criada é aquela resultante dos automatismos criados
pela aprendizagem e pela informação, estabelecidos na memória e nos hábitos
sob o comando do sistema límbico. São as necessidades aprendidas ou
automatismos sociais. A informação cria a necessidade – afirma o autor –, pois
esta não existe sem aquela. Na sociedade moderna e, sobretudo na cidade, os
automatismos sociais que conduzem às necessidades são fomentados pelos
meios de comunicação de massa ou mass média (Laborit, op. cit.; Xifra-Heras,
op. cit.).
O sistema límbico evoluiu a partir do cérebro reptiliano,
correspondendo ao cérebro dos antigos mamíferos. Ele desempenha um papel
fundamental nos processos de memória da aprendizagem, atuando sobre o nível
instintivo, através das atividades emocionais, endócrinas e víscero-somáticas
(Laborit, op. cit.).
O cérebro reptiliano e o sistema límbico constituem o paleocéfalo –
que é a estrutura cerebral dos mamíferos responsável pela investigação e
169
A interação
A interação é um fenômeno universal, seja no plano biótico,
abiótico ou social (v. figura 51). Cada interação é um fluxo bidirecional de
energia freqüentemente acompanhado de reação em cadeia: “uma ação ou
informação de A sobre B, provoca uma reação ou resposta de B sobre A, que
irá produzir efeito de outras informações, repercutindo sobre N circunstantes.
Estes são outros componentes do mesmo sistema ou de sistemas adjacentes que
detectam e reagem às alterações ocorridas” (Machado, 1985, p. 55).
As ações humanas sobre os ambientes naturais são um exemplo
deste fenômeno, freqüentemente acompanhado de reações em cadeia, como
numa explosão nuclear, no desmatamento de uma floresta, no represamento de
um rio (Machado, 1985).
Nn 3 N1
1 4
A B
2
3 4
N1 Nn
Figura 51 – Diagrama da interação com reação em cadeia: (1) ação de A sobre B; (2) reação
de B sobre A; (3) ação de N sobre AB; (4) reação de AB sobre N.
114
VAILLANCOURT, J. 1999. Pierre Dansereau, da biogeografia à ecossociologia. In: RIBEIRO & VIEIRA
(op. cit., p. 537-59).
170
VI
IV
III
II
I
115
DANSEREAU, P. 1999a. A ecologia e a escalada do impacto humano. In: RIBEIRO & VIEIRA (op. cit., p.
189-215).
116
DANSEREAU, P. 1999b. As dimensões ecológicas do espaço urbano. In: RIBEIRO & VIEIRA (op. cit., p.
219-293).
171
117
DANSEREAU, P. 1999c. O avesso e o lado direito: a necessidade, o desejo e a capacidade. In: RIBEIRO &
VIEIRA (op. cit., p. 373-426).
118
DOXIADIS, C. Ekistics: an introduction to the science of human settlements. London: Hutchinson, 1968.
172
1.
A. Não Não
I. Terras nenhum Não aplicável Não aplicável
Indígena aplicável aplicável
Instru- Virgens
mental
Fonte: Dansereau (1999c, p. 394)
A 5 Cf / II
1) Privação
2) Necessidade
3) Saciedade 1
23
4) Excedente 4
119
GOITIA, F. C. Breve história do urbanismo. 3. ed. Lisboa: Presença, 1992. 233 p.
120
LAGO, P. F. A consciência ecológica. 2. ed. Florianópolis: Ed. da UFSC, 1991. 232 p.
121
DASMANN, R. F. Environmental conservation. 3. ed. New York: John Wiley & Sons, Inc., 1972. 375 p.
122
UNESCO. Task force on integrated ecological studies on human settlements within the framework of Project
11. MAB - UNEP, 1975.
123
UNESCO. Un enfoque ecológico integral para el estudio de los asentamientos humanos. Notas técnicas del
MAB 12 - PNUMA, 1981.
124
DIAS, G. F. Educação Ambiental: princípios e práticas. São Paulo: Ed. Gaia, 1992b. 399 p.
177
*
É a remuneração bruta que os proprietários fundiários obtêm em razão das propriedades da terra, além da renda
diferencial e renda de monopólio, que implicam em superlucros, decorrentes de localizações privilegiadas e
seletivas no espaço urbano (Corrêa, op. cit., p. 83-4).
180
127
CLARK, D. Introdução à Geografia Urbana. 2. ed. Tradução de Lúcia Helena de O. Gerardi e Silvana Maria
Pintaudi. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1991. 286 p.
181
1 3
2 2
3 1
128
MARX, K. O capital: crítica à economia política.Tradução de Regis Barbosa e Flávio R. Kothe. 3. ed. São
Paulo: Nova Cultura, 1988, v. I.
129
HARVEY, D. A Justiça Social e a Cidade. Tradução de Armando Corrêa da Silva. São Paulo: Hucitec, 1980.
316 p.
183
*
Meios de produção: são os instrumentos de trabalho (ferramentas, máquinas e as condições materiais de
trabalho como construções, instalações e meios de transporte) considerados em conjunto com os objetos de
trabalho (as coisas sobre as quais o homem atua no processo de produção como madeira e minérios).
**
Forças de trabalho: representam a totalidade das condições físicas e mentais do homem, que são
aperfeiçoadas pela habilidade e pela experiência, para realizar um determinado objetivo.
184
F 4 De / VI , V
130
DANSEREAU, P. 1999d. Impacto ecológico e ecologia humana. In: Ribeiro & Vieira, op. cit., p. 125-183.
188
ou efetuador
Monteiro (1976) a apreensão e análise desse sistema pelo homem urbano devem
ser feitas a partir dos canais de percepção (conforto térmico, qualidade do ar e
impacto meteórico) que os indivíduos possuem aos elementos operadores
perceptíveis, integrantes de subsistemas correspondentes (termodinâmico, físico-
químico e hidrometeórico). A tabela 23 mostra as articulações destes
subsistemas com os canais de percepção humana.
Tabela 23 – O Sistema Clima Urbano (SCU) e as articulações dos subsistemas de acordo com
os canais de percepção humana
Subsistemas e I - Termodinâmico II- Físico-Químico III-Hidrometeórico
Canais
Conforto térmico Qualidade do ar Impacto meteórico
Caracterização
atividade urbana;
atmosfera;
atmosfera; radiação; veículos automotores;
Fonte estados especiais
circulação horizontal indústrias;
(desvios rítmicos)
obras-limpeza
ilha de calor; ventilação;
Produtos poluição do ar ataques à integridade urbana
aumento de precipitação
problemas sanitários;
desconforto; redução do problemas de circulação e
Efeitos diretos doenças respiratórias e
desempenho humano comunicação urbanas
oftalmológicas
aperfeiçoamento da infra-
controle do uso do solo;
Reciclagem vigilância e controle dos estrutura; regularização
tecnologia de conforto
adaptativa agentes de poluição fluvial; uso adequado do
habitacional
solo
Correlações engenharia sanitária; engenharia sanitária;
bioclimatologia; arquitetura;
disciplinares e engenharia ambiental; engenharia ambiental;
urbanismo; ecologia
tecnológicas química ambiental infra-estrutura urbana
Fonte: adaptado de Monteiro (1976, p. 127)
131
MILANO, M. S. As cidades, os espaços abertos e a vegetação. In: ENCONTRO BRASILEIRO SOBRE
ARBORIZAÇÃO URBANA, 4, 1992, Vitória, Anais... Vitória: SBAU, 1992, p. 3-14.
192
134
MBES - MINISTÉRIO DO BEM-ESTAR SOCIAL. Proposta de ordenamento institucional e financiamento
do setor saneamento - versão preliminar. Brasília: IPEA, nov. 1994. 47 p.
197
135
GASTAL, A. Diretrizes para uma política ambiental urbana. In: SEMINÁRIO SOBRE UMA POLÍTICA
AMBIENTAL URBANA. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, dez. 1994. 88 p.
198
136
MARICATO, E. Drama urbano e rural. In: A terra gasta: a questão do meio ambiente. São Paulo: EDUC,
{1992}, p. 79-81. 229 p.
201
*
Termo relativo à doutrina formulada por John Maynard Keynes (1883 – 1946), economista e financista
britânico que propugnou a intervenção do Estado na economia capitalista, contribuindo para a recuperação dos
países ocidentais arrasados pela 2a Guerra Mundial. Sua doutrina baseia-se no princípio da tendência natural do
ser humano para o consumo, que seria limitado apenas pelo poder de compra.
137
CENDRERO, A. Indicadores de desarrollo sostenible para la toma de decisiones. Santander: DICITIMAC –
Facultad de Ciencias Universidad de Cantabria, 1996. 21 p. /n.p./.
202
retroalimentação
natural
RESPOSTA
resposta social (retroalimentação do sistema humano)
MEIO NATURAL
Indicadores de fonte Indicadores de sumidouro
Indicadores
de qualidade
Indicadores de
bem-estar humano
139
CAVALHEIRO, F. & DEL PICCHIA, P. C. Áreas Verdes: conceitos, objetivos e diretrizes para o
planejamento. In: ENCONTRO NACIONAL SOBRE ARBORIZAÇÃO URBANA, 4, 1992, Vitória. Anais...
Vitória: SBAU, 1992. p. 29-38.
205
1.090.581
IAV = 109.336.769 ÷ 1.090.581 => IAV = 100,25 m².habitante-1
207
Espaços livres da zona urbana e da zona de expansão urbana de Goiânia (Projeto Gyn)
210
Figura 65 – Distribuição percentual dos espaços livres de Goiânia e da área pública parcelada
Figura 66 – Espaços livres da micro-região Aeroviários (PI AERO) e área pública alienada
212
Figura 68 – Espaços livres da micro-região Riviera (PI AGUA) e área pública alienada
Figura 70 – Espaços livres da micro-região Amazônia (PI AMAZ) e área pública alienada
e/ou parcelada
Figura 72 – Espaços livres da micro-região Meia Ponte (PI BALN) e área pública alienada
e/ou parcelada
218
Figura 74 – Espaços livres das micro-regiões Campinas e Coimbra (PI CAMP) e área pública
alienada e/ou parcelada
220
Figura 76 - Espaços livres das micro-regiões do Bairro Capuava (PI CAPU) e área pública
alienada e/ou parcelada
222
Figura 78 – Espaços livres da micro-região Cidade Jardim (PI CJAR) e área pública alienada
224
Figura 80 – Espaços livres da micro-região Marechal Rondon (PI CRIO) e área pública
alienada e/ou parcelada
226
Figura 82 – Espaços livres dos distritos da região central (PI CS) e área pública alienada
228
Figura 84 – Espaços livres da micro-região São Domingos (PI CURI) e área pública alienada
e/ou parcelada
Figura 86 – Espaços livres do Plano de Informação Faiçalville (PI FAI) e área pública
alienada e/ou parcelada
Figura 88 – Espaços livres do distrito Criméia Leste (PI FERR) e área pública alienada
234
Figura 90 – Espaços livres da micro-região Finsocial (PI FINS) e área pública alienada
236
Figura 92 – Espaços livres das micro-regiões Madri e Itaipu (PI GARA) e área pública
alienada e/ou parcelada.
238
Espaços livres das Micro-Regiões Urias Magalhães e Nova Esperança (PI GENT)
241
Figura 96 – Espaços livres da micro-região Goiânia 2 (PI GOI2) e área pública alienada e/ou
parcelada
242
Figura 98 – Espaços livres das micro-regiões Guanabara e Aldeia do Valle (PI GUA) e área
pública alienada e/ou parcelada
244
Figura 100 – Espaços livres das micro-regiões Santo Hilário e Pedroso (PI HILA) e área
pública alienada
Figura 102 – Espaços livres das micro-regiões Campus Universitário e Parque dos Cisnes (PI
ITAT) e área pública alienada e/ou parcelada
248
Espaços livres das micro-regiões Campus Universitário e Pq. dos Cisnes (PI ITAT)
249
Figura 104 – Espaços livres das micro-regiões Santa Genoveva e Jaó (PI JAÓ)
e área pública alienada e/ou parcelada
250
Figura 106 - Micro-regiões Sudoeste e Jardins e parcialmente N. Horizonte e Ana Lúcia (PI
JATL) e área pública alienada e/ou parcelada
252
Figura 108 - Micro-regiões Santa Rita e Carolina (PI JDBO) e área pública alienada
254
Espaços livres das micro-regiões Santa Rita e Bairro Jardim Botânico (PI JDBO)
255
Figura 110 – Espaços livres do Jardim Goiás (PI JG51) e área pública alienada e/ou parcelada
Figura 112 – Espaços livres da micro-região Solar Ville (PI MAI) e área pública alienada
258
Figura 114 – Espaços livres da micro-região Novo Mundo (PI MUN) e área pública alienada
260
Figura 116 – Espaços livres das micro-regiões Vila Nova, Leste Universitário e Bairro Feliz
(PI NOVA) e área pública parcelada e/ou alienada
262
Espaços livres das micro-regiões Vila Nova, L. Universitário e B. Feliz (PI NOVA)
263
Figura 118 - Espaços livres das micro-regiões Granville, Goiá e João Braz (PI PIJB) e área
pública parcelada e/ou alienada
264
Espaços livres das micro-regiões Granville, Goiá e João Braz (PI PIJB)
265
Figura 120– Espaços livres das micro-regiões Pedro Ludovico, Redenção e Santo Antônio
(PI PL) e área pública alienada e/ou parcelada
266
Espaços livres das micro-regiões Pedro Ludovico, Redenção e Santo Antônio (PI PL)
267
Figura 122 – Espaços livres das micro-regiões Portal do Sol e Laranjeiras (PI PLA) e área
pública alienada e/ou parcelada
268
Figura 124 – Espaços livres da micro-região Jardim América e de parte do Alto do Bueno (PI
SERR) e área pública alienada e/ou parcelada
270
Figura 126 – Espaços livres da micro-região Vera Cruz (PI VERA) e área pública alienada
272
140
BRANDÃO, D. & KRAVCHENKO, A. A biota do campus samambaia: história, situação atual e
perspectivas. Goiânia: Editora da UFG, 1997. 157 p.
274
Diagrama de dispersão
1.200
1.000
Índice de Área Verde (m²/hab.)
800
600
400
y = a - bx
200
0
- 2.000 4.000 6.000 8.000 10.000 12.000
-200
densidade demográfica (hab./km²)
Figura 130 –Variáveis, dados brutos, y - índice de área verde (em m².hab-1) em função
de x - densidade demográfica (em hab.km-²), por micro-região de Goiânia.
Σxi. yi - (Σx.Σy/n)
rxy =
√{Σxi² - (Σ x)²/n}{Σ yi² - (Σy)²/n}
141
MEAD, R. & CURNOW, R.N. Statistical Methods in Agriculture and Experimental Biology. London:
Chapman and Hall, 1983, reprint 1990.
277
Diagrama de dispersão
4,00
3,50
3,00
2,50
y' = log y
2,00
y = -1,2435x + 6,4857
1,50 2
R = 0,549
1,00
0,50
-
- 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00
x' = log x
Figura 131 – Gráfico de y’ = log y versus x’ = log x, correspondente aos dados da tabela 33
Calculando, obtêm-se:
CD = 55%
Isto significa que, em Goiânia, nesta proporção, a redução do IAV
pode ser explicada pelo aumento da densidade demográfica.
Estabelecida a relação entre IAV e densidade demográfica, foi
ajustada uma equação de regressão linear simples (isto é, a equação de uma reta
envolvendo duas variáveis) aos valores numéricos das variáveis transformadas.
A regressão de y para x, numa população de pares de valores dessas
variáveis, é a equação geral e reduzida da reta:
y = a + b.x
Ŷ = a + b.x
Com a transformação logarítmica dos dados, temos:
y’ = log a – b. x’
a = Y - b.X
y’ = 6,4837 - 1,2435.x’
Resultando em:
Ŷ = 45,40
Portanto, podemos prever que nos próximos 15 anos o IAV de
Goiânia sofrerá uma redução de 54,71%, passando dos atuais 100,25 m².hab. -1
para 45,40 m².hab.-1, o que corresponde a uma taxa anual negativa de 3,65%.
Diagrama de dispersão
2,00
1,80
1,60
1,40 y' = 0,7883x' - 1,8151
y' = log (y + 1)
1,20 R2 = 0,3303
1,00
0,80
0,60
0,40
0,20
-
- 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 4,50
x' = log (x + 1)
Figura 132 – Gráfico de y’ = log (y + 1) versus x’ = log (x + 1), correspondente aos dados da
tabela 35
2,50
3,00
2,50 2,00
2,00 1,50
1,50
1,00
1,00
0,50
0,50
- 0,00
C LN
JG O
C U
IT A
JB
PI A
O
PL
O
C R
FE I
SE LA
A UA
IO
G A
UA
JD TL
G NS
VE R
A
M 1
N N
RI
C P
FI R
C S
G T
G 2
T
B Z
FA
5
I
EN
P
IL
M
V
A
C
JA
U
AR
R
R
R
JA
ER
O
U
R
JA
A
P
O
A
M
G
H
A
A
142
SILVA, J. X. & SOUZA, M. J. L. Análise Ambiental. Rio de Janeiro, Ed. UFRJ, 1988. 196 p.
285
4.3.1. Recomendações
4.3.2. Sugestões
145
TUBELIS, A. Meteorologia Descritiva: Fundamentos e Aplicações Brasileiras. Nobel: São Paulo, 1987.
290
BIBLIOGRAFIA
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