TRABALHO DE PESQUISA:

Componentes passivos - Resistor, Capacitor e

Indutor (R, L e C)

v = Ri
Essa lei afirma que a tensão v em um
I. INTRODUÇÃO resistor é diretamente proporcional à corrente i
através dele e que a resistência R é uma constante
Os elementos de circuito do mundo real se de proporcionalidade. Então, a curva característica
aproximam dos modelos matemáticos ideais, mas de um resistor linear é uma reta com inclinação
inevitavelmente serão imperfeitos. Normalmente, constante e igual à resistência.
componentes mudam os valores em relação à
frequência, corrente, tensão e até mesmo pelo
tamanho. Além disso, é possível que estas
mudanças não sejam lineares e acabem adicionando
um grau extra de complexidade.

Neste trabalho, será realizado um estudo

sobre os elementos: resistor, o capacitor e o indutor,
abordando suas propriedades reais e sua
representação em modelos.
Figura 2 – Curva característica de resistência linear

II. MODELO IDEAL DE RESISTORES, Quando se trata de dispositivos reais, a

INDUTORES E CAPACITORES resistência não é constante, variando de acordo com
as condições internas ou externas às quais o
A. Resistor elemento está sujeito. Nesse caso, a curva
O resistor é o elemento de circuito usado característica de um resistor não linear não possui
para modelar a propriedade física de resistência, ele inclinação constante, conforme apresentado no
é um componente elétrico passivo que tem a função gráfico a seguir.
primária de limitar o fluxo da corrente elétrica em
um circuito. O valor da resistência R de um
material de resistividade ρ depende da área A de
sua seção transversal e de seu comprimento ℓ.
A figura abaixo ilustra os símbolos para
um resistor.

Figura 3 - Curva característica de resistência

Figura 1 – Simbologia Resistor
A tensão em um resistor é diretamente
proporcional à corrente que flui através dele e essa
relação é definida pela Lei de Ohm descrita abaixo:
não-linear
Os resistores normalmente são feitos de
folhas metálicas e compostos de carbono. Eles
podem ser fixos ou variáveis, sendo que a maior
parte é do tipo fixo, significando que sua
resistência permanece idealmente constante. Os
resistores variáveis têm resistência ajustável e um
tipo comum é conhecido como potenciômetro, um
elemento de três terminais com um contato
deslizante ou cursor móvel.
Figura 4 – Tipos de resistor
B. Capacitor
Capacitores são elementos reativos que
reagem à passagem de corrente através do acúmulo
de cargas elétricas, ou seja, o capacitor é capaz de
armazenar energia eletroestática. Cada capacitor
possui um valor de capacitância medida em farad
(F), a qual é dada pela razão entre a carga
depositada em uma placa de um capacitor e a
diferença de potencial entre as duas placas.
A capacitância depende das dimensões
físicas do capacitor: área das placas; o espaçamento
entre as placas e a permissividade do material.
A figura seguinte mostra o símbolo de
circuito para o capacitor, na qual C denota o valor
da capacitância do capacitor.
Figura 5 – Simbologia capacitor
As relações entre corrente e tensão para o
capacitor, considerando-se a convenção passiva, é:
Em que v(t0) é a tensão inicial no capacitor.
Essas equações são válidas apenas para
capacitores lineares, nos quais a capacitância é
independente da tensão. Para um capacitor não
linear, o gráfico da relação corrente-tensão não é
uma linha reta. Embora alguns capacitores sejam
não lineares, a maioria é linear.
Figura 6 – Curva característica de um capacitor
linear.
Além de o capacitor ideal ser linear, ele
também não pode dissipar energia, logo, a energia
armazenada no campo elétrico existente entre as
placas do capacitor pode ser totalmente recuperada.
Os tipos comuns de capacitores de valor
fixo são: cerâmico, poliéster e eletrolítico. Os de
poliéster são leves, estáveis e sua variação com a
temperatura é previsível. Os capacitores de filme
são enrolados e encerrados em filmes plásticos ou
metálicos. Já os eletrolíticos produzem uma
capacitância extremamente elevada.
Figura 7 – Tipos de capacitor.
C. Indutor
O indutor, também chamado de solenóide
ou bobina, é um dispositivo elétrico passivo, capaz
de armazenar energia criada em um campo
magnético formado por uma corrente alternada
(CA). Este componente é usado em circuitos
elétricos, eletrônicos e digitais, para armazenar
energia através de um campo magnético. Indutores
são usados para impedir variações de corrente
elétrica, para formar um transformador e também
em filtros.
 Cada indutor possui um valor de
indutância, propriedade segundo a qual um indutor
se opõe à mudança do fluxo de corrente através
dele, medida em henrys (H). Ela depende de suas
dimensões físicas do indutor, número de espiras,
comprimento, área da seção transversal e
permeabilidade do núcleo.
A figura seguinte mostra o símbolo de
circuito para o indutor, na qual L denota o valor da
indutância do indutor.
Figura 8 – Simbologia indutor
As relações entre corrente e tensão para o
indutor, considerando-se a convenção passiva, é:
Em que i(to) é a corrente inicial no indutor.
Figura 9 - Curva característica de um capacitor
linear
Essas equações são válidas apenas para
indutores lineares, nos quais a indutância é
independente da corrente. Para um indutor não
linear, o gráfico da relação corrente-tensão não é
uma linha reta.
Assim como os capacitores, os indutores
encontrados no mercado possuem diferentes
valores e tipos. Os comerciais mais encontrados
possuem valores de indutância que vão de poucos
microhenrys (mH), utilizado em sistemas de
comunicações, a dezenas de henrys (H), utilizados
em sistemas de potência. Eles podem ser fixos ou
variáveis, e seu núcleo pode ser de ferro, aço,
plástico, ferrite ou ar. Na figura a seguir são
apresentados alguns indutores de uso comum.
Figura 10 – Tipos de indutor
Ademais, o indutor ideal não dissipa
energia, isto é, a energia armazenada nele pode ser
recuperada posteriormente. Ele absorve potência do
circuito quando está armazenando energia e libera
potência para o circuito quando retorna a energia
previamente armazenada.
III. MODELO APROXIMADO DE
RESISTORES, INDUTORES E
CAPACITORES
Os elementos de circuito discutidos no
item anterior são elementos de circuito ideais. Os
elementos de circuito do mundo real se aproximam
dos modelos matemáticos ideais, mas
inevitavelmente serão imperfeitos.
Uma variação simples do ideal é que
componentes físicos como resistores, indutores e
capacitores têm algum grau de tolerância em torno
do valor ideal (quanto menor a tolerância, mais
caro o componente).
Elementos reais de circuitos desviam das
equações ideais quando tensão ou corrente são
levadas a extremos. A abstração matemática da
linha reta de um resistor não vai até tensão infinita
ou corrente infinita para resistores ideais. O modelo
para em algum ponto e o componente pode ser
destruído. Modelos abstratos de todos os
componentes ideais e fontes têm um alcance
limitado no mundo real.
A. Resistor
Como os fios ligados a um resistor geram
um campo magnético ao redor, isso irá
inevitavelmente expor algumas propriedades
indutivas. Além disso, os resistores são feitos de
materiais condutores, e são geralmente dispostos
perto de outros condutores. Juntos, esses
condutores agem como as placas de um capacitor,
então os resistores também exibem algumas
propriedades capacitivas.
Esses efeitos parasitários podem ser
relevantes em altas frequências, ou quando a tensão
ou corrente têm uma variação drástica. Se isso
importar, pode-se modelar um componente como
uma combinação de elementos ideais, como
mostrado abaixo:
Figura 11 – Modelo real de um resistor.
Além disso, um resistor real quebra (ou
seja, queima e é destruído) se a potência dissipada
pelo resistor é maior que a que o material de que
ele é feito pode suportar. Os resistores trazem um
limite de potência que não deve ser excedido.
B. Capacitor
A saída mais provável da equação do
capacitor ideal acontece quando a tensão do
capacitor se torna tão grande que o isolamento
entre as placas se rompe. Com isso, uma faísca
pode queimar através do isolamento e “pulando”
entre as placas e destruindo o componente.
Capacitores reais tem uma taxa de tensão que não
deve ser excedida.
Visto que o capacitor tem fios de conexão,
ele inevitavelmente tem uma pequena resistência
parasita e indutância. A indutância parasita pode
ser importante se o capacitor deve fornecer
repentinas descargas de corrente, como quando está
conectado ao pino de um chip digital de potência.
Proporcionar um aumento repentino de corrente
para o chip digital significa que a indutância dos
cabos do capacitor deve ser muito baixa.
O material que separa as placas do
capacitor é supostamente isolante, mas nem todos
os isolantes são perfeitos, então pequenas correntes
podem passar através deles. Esses chamados
vazamentos de correntes parecem fluir direto
através do capacitor, mesmo se a tensão não está
mudando. Caminhos para o vazamento de corrente
também acontecem se o circuito não é limpo, e as
correntes fluem ao redor do capacitor, ao longo da
superfície do componente.
Além disso, um capacitor real demonstra
características a mais do que a pura capacitância
quando aplicado a uma corrente alternada. Uma
representação satisfatória de um capacitor real está
exposta na figura abaixo. Existe uma resistência de
fuga em paralelo com a capacitância ideal, que
representa a resistência gerada com a variação da
frequência. Existe também uma componente
equivalente resistiva DC em série com o conjunto,
que como o nome sugere está relacionada com o
funcionamento do capacitor em corrente contínua.
Existe ainda uma indutância relacionada com a
solda ou componentes com chumbo, que entra em
série com o conjunto. Com a presença deste indutor
existe a possibilidade de o conjunto entrar em
ressonância e funcionar como uma resistência pura.
Figura 12 - Modelo real de um capacitor
C. Indutor
Os indutores reais estão associados a uma
resistência interna devido às propriedades
geométricas do condutor e pelas perdas do núcleo,
com isso possui um componente resistivo
significativo. Possuem também uma capacitância
parasita devido à capacitância formada entre as
espiras que conduzem a corrente na bobina. Um
modelo de circuito equivalente que representa essas
perdas pode ser visto a seguir
 Figura 13 - Modelo real de um indutor

Isso se deve ao fato de o indutor

apresentar um material condutor como cobre (em
formato de fios para alcançar níveis mais elevados
de indutância), que possui uma resistência
denominada resistência de enrolamento Rdc, que
aparece em série com a indutância do indutor. A Figura 14 – Resposta em frequência do modelo real
presença de Rdc o torna tanto um dispositivo de um resistor
armazenador de energia como um dispositivo
dissipador de energia. Uma vez que Rdc Simulando o modelo realista da resistência
normalmente é muito pequena, ela é ignorada na no matlab, percebemos que com o aumento
maioria dos casos. Existe também uma resistência expressivo da frequência a impedância equivalente
relacionada ao funcionamento das bobinas em total diminui, até atingir seu valor mínimo. De
corrente alternada denominado Rac na figura. acordo com os parâmetros de circuitos
Durante a construção de um indutor para selecionados, esse valor mínimo apresentou
que ele consiga alcançar níveis mais elevados de impedância unitária. A partir desse ponto, a
indutância eles acabam sendo projetados com o impedância volta a aumentar gradativamente. Cabe
enrolamento de fio em uma bobina. O campo ressaltar que para baixas frequências a impedância
magnético presente ao redor da bobina pode ser capacitiva é predominante, enquanto para altas
intensificado ao se utilizar um material magnético frequências a impedância indutiva é predominante.
adequado dentro da bobina.
Geralmente é raro ver um indutor B. Capacitor
projetado dentro de um circuito integrado. O
projeto de um indutor demanda muito espaço em
um circuito, com isso o campo magnético existente
no espaço ao redor e dentro do indutor, e a bobina
de fio necessitam de um tamanho que seja
suficiente para cercar uma grande quantidade de
campo magnético, e com isso possa atingir uma
indutância significativa.
O indutor não ideal também tem uma
capacitância de enrolamento Cinter-widings em
decorrência do acoplamento capacitivo entre as
bobinas condutoras. A Cinter-widings é muito
pequena e pode ser ignorada na maioria dos casos,
exceto em altas frequências.

IV. RESPOSTA EM FREQUÊNCIA DOS

Figura 15 - Resposta em frequência do modelo real
COMPONENTES
de um capacitor

A. Resistor
De acordo com a simulação do modelo
realista para um capacitor, percebemos que a partir
de certa frequência a impedância total do circuito
diminui até se aproximar de um curto perfeito,
visto que o valor mínimo simulado da função de
transferência apresenta um ganho da ordem
10^(-20). Aumentando ainda mais a frequência, a
impedância equivalente passa a aumentar, com
predominância indutiva.

C. Indutor

Figura 17 – Características de um resistor

Para identificarmos a variação da

Figura 16 - Resposta em frequência do modelo real resistência, basta utilizar a fórmula abaixo:
de um indutor

Simulando o modelo realista para o

indutor, percebe-se que com o aumento expressivo
da frequência, a impedância equivalente total
aumenta até atingir um valor máximo, que com os
parâmetros selecionados atingiu a ordem de ganho
10^80, sendo o ganho inicial na ordem de 10^10. A
partir desse valor máximo, aumentando ainda mais
a frequência a impedância começa a diminuir.
V. OUTRAS NÃO-IDEALIDADES DOS
COMPONENTES
2) Capacitor
A temperatura é capaz de alterar o valor da
capacitância nominal. Em capacitores cerâmicos, o
coeficiente de temperatura (TC) é normalmente
expresso em % ou ppm/°C ( partes por milhão / °C
). A imagem abaixo ilustra a leitura dos parâmetros
de um capacitor de cerâmica

A. Variação dos componentes em função da

temperatura

1) Resistor
As variações de temperatura influenciam Figura 18 – Características de um capacitor
no valor da resistência do circuito, e a principal
propriedade de uma resistência é limitar a Na tabela abaixo há a classificação dos
intensidade da corrente elétrica . Nos resistores de valores mais usuais de TF para os capacitores
filme de carbono existe uma especificação de cores cerâmicos
dada pelo fabricante. Para sabermos a influência da
temperatura basta verificar seu coeficiente de
Código Coeficiente de temperatura
temperatura, dado em PPM.
 NPO -0± 30ppm/°C
VI. CONCLUSÃO
Este estudo nos permitiu conhecer o
N075 -75± 30ppm/°C
funcionamento real dos componentes resistor,
capacitor e indutor que são tão utilizados na
N150 -150± 30ppm/°C
composição de circuitos elétricos.
N220 -220± 60ppm/°C Foi abordado aspectos de como as
variáveis de frequência aplicada e temperatura
N330 -330± 60ppm/°C influenciam as respectivas características de
resistência, indutância e capacitância. Os efeitos
N470 -470± 60ppm/°C destas variáveis podem variar a sua intensidade,
dependendo da construção do componente e do
N750 -750± 120ppm/°C material utilizado para a confecção dele.
É importante ter em mente que os modelos
N1500 -1500± 250ppm/°C teóricos são meras aproximações da realidade que
pretendem representar. O entendimento dessas
N2200 -2200± 500ppm/°C formulações e modelos nem sempre contemplam
uma série de detalhes que influenciam no
N3300 -3300± 500ppm/°C funcionamento do componente.
Portanto, elementos reais de circuitos
N4700 -4700± 1000ppm/°C desviam das equações ideais quando tensão ou
corrente são levadas a extremos. Modelos abstratos
N5250 -5250± 1000ppm/°C de todos os componentes ideais e fontes têm um
alcance limitado no mundo real.
+100± 30ppm/°C
P100
REFERÊNCIAS
[1] BOYLESTAD, Robert L. Introdução à análise de
circuitos. 12. ed. São Paulo : Pearson
Para identificarmos a variação da
capacitância, basta utilizar a fórmula abaixo: [2] Elementos reais de circuitos. Disponível em:
<https://pt.khanacademy.org/science/electrical-engin
eering/ee-circuit-analysis-topic/circuit-elements/a/ee-
real-world-circuit-elements> Acesso em 16/11/2021

[3] Indutores. Disponível em:

3) Indutor
[4]
A tolerância do indutor costuma ser
bastante alta, podendo chegar em torno de +/-20%,
sem que isso traga problemas de funcionamento. [5]
Contudo, deve-se atentar à influência da
temperatura, pois ela pode afetar significativamente
alguns parâmetros do indutor. Deve-se verificar se
o valor do componente fica dentro da faixa
esperada, na faixa normal de temperaturas de [6]
operação do circuito.
A variação da indutância de um indutor
com a temperatura varia conforme o modo como
são construídos. Para um indutor com núcleo de ar
e cerne cerâmico o coeficiente de variação da [7]
temperatura (TCL) varia entre +25 e +125 ppm/°C.
Os indutores com núcleo de ferrite podem ter TCL
que chegam a 700 ppm/°C.
<https://professoreletrico.com/cursos/circuitos/induto
res/> Acesso em 16/11/2021
O que é um indutor. Disponível em:
<https://www.mundodaeletrica.com.br/o-que-e-um-in
dutor/> Acesso 16/11/2021
SANCHEZ, Pedro L. P. PSI- 3263 Práticas de
Eletricidade e Eletrônica I. Disponível em:
<https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/475521/m
od_resource/content/1/3263Exp1_2016.pdf> Acesso
em: 16/11/2021
DATASHEET CAPACITOR
RCEC71H226MWK1H03B. Murata. Disponível em:
<https://www.murata.com/en-global/products/produc
tdetail.aspx?partno=RCEC71H226MWK1H03B>
Acesso em 16/11/2021
Eletronica Analógica. Disponível em:
<https://www.goconqr.com/en/p/11147350?dont_cou
nt=true&frame=true&fs=true> Acesso 17/11/2021
[8] DATASHEET INDUTOR LQH2MPN820MGR.
Murata. Disponível em:
<https://www.murata.com/en-us/api/pdfdownloadapi
?cate=cgInductors&partno=LQH2MPN820MGR%2
3> Acesso em 17/11/2021

[9] Componentes Passivos. Disponível em:

<https://sites.google.com/site/metaeletronica/projetos
/curso-rapido-de-eletronica-basica/componentes-pass
ivos> Acesso 17/11/2021

[10] RESISTOR DE POTÊNCIA. Soluções Industriais.

Disponível em:
<https://www.solucoesindustriais.com.br/empresa/ele
tricidade-e-eletronica/jbt-componentes/produtos/eletr
oeletronica/resistor-de-potencia> Acesso em:
17/11/2021

[11] O que é um capacitor e qual sua função. Disponível

em:
<https://www.mundodaeletrica.com.br/o-que-e-um-c
apacitor-e-qual-a-sua-funcao/> Acesso 17/11/2021

[12] ALEXANDER, Charles K; SADIKU, Matthew N. O.

Fundamentos de Circuitos Elétricos. 5.ed. Porto
Alegre: AMGH, 2013;