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ENGENHARIA ELÉTRICA
GRUPO 01
ALICE D’ANGELO GIACOMINI - 11208965
ANDRÉ SOBRAL - 12554060
ANNA KAROLINE DOS SANTOS CARDOSO - 12556020
ARTUR ANACLETO DE SOUZA MATOS - 12554543
AUGUSTO MASSAYOSHI YOJO DE LIMA - 12487121
BIANCA PINA BELLO - 12554762
BRUNO KEY KAWANO - 11260130
SÃO PAULO
2021
SUMÁRIO
2 RELATÓRIO CONSOLIDADO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
2.1 ENERGÉTICO: ELETRICIDADE - CONSOLIDADO . . . . . . . . . . . . . . . 23
2.2 DEMAIS ENERGÉTICOS - ELABORAÇÃO DA MATRIZ ENERGÉTICA CON-
SOLIDADA DAS RESIDÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
2.3 INDICADORES CONSOLIDADOS E TABELA 5 . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES
FIGURAS
TABELAS
Tabela 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Tabela 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
Tabela 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
Tabela 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
Tabela 5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
1 ETAPA 1 - USOS FINAIS DE ENERGIA
Para cada uso final identificado em energia elétrica deverá ser preenchida a tabela 1:
Tabela 1
Horário Consumo
diário de mensal
Equipamento e
Cômodo Quantidade P(W) uso estimado
modelo
mTEP
...h até ...h kWh 1
5
9:00-9:40
Lâmpada LED
Sala 8 4,8 14:00-14:40 7,29 0,63
branca (480 lm)
18:00-23:00
Lâmpada LED 12:00-14:00
Escritório 1 4,8 0,86 0,07
branca (480 lm) 15:00-19:00
9:50-10:30
Lâmpada LED
WC 2 4,8 15:40-16:00 0,57 0,05
branca (480 lm)
22:00-23:00
10:00-10:30
Lâmpada LED
WC suı́te 2 4,8 15:45-16:00 0,5 0,04
branca (480 lm)
21:00-22:00
Consumo Mensal Total (IL) 16,2 1,39
Energia elétrica - Cocção
Microondas
1 1400 9:00-9:15 10,5 0,9
Consul
Fogão elétrico
1 720 9:30-9:40 3,6 0,3
Fischer Compact
13:30-14:00
Coifa Cata 90cm 1 440 13,2 1,1
18:30-19:00
Cozinha
Panela Elétrica
1 400 13:00-14:00 12 1,03
Mondial NPE05
Philips Walita
1 1425 13:00-13:30 21,37 1,8
RI9225
Cafeteira elétrica
1 1400 15:00-15:01 0,7 0,06
3 corações
Consumo Mensal Total (CO) 61,37 5,2
Energia elétrica - Força Motriz
Máquina de lavar
louça (ative! 8 1 1500 21:00-23:00 90 7,7
serviços; 193 L)
Cozinha
Máquina de lavar
roupa WD 1 1750 11:00-12:00 52,5 4,5
1409RD (10 kg)
Secador de
WC suı́te 1 2000 22:00-22:08 8 0,69
cabelo Taiff RS5
6
Aspirador
Residência 1 1400 17:00-17:30 21 1,8
Ergolite Eletrolux
Desfragmentador
Escritório 1 176 17:15-17:20 0,44 0,04
Fellowes P35C
Consumo Mensal Total (FM) 171,9 14,73
Energia elétrica - Lazer e Informação
LG 47LM6700 1 110 9:00-21:00 39,6 3,4
Modem Claro
1 42 24h 30,2 2,6
EMTAD3T1
Sala
Roteador
Intelbras Action 1 12 24h 8,6 0,74
RG1200
Carregador de
notebook DELL 1 45 10:30-23:00 16,87 1,4
Quarto 1 XPS 13
Carregador de
1 15 20:00-22:00 0,9 0,07
celular S9
Televisão LG 23:00-01:00
1 60 7,2 0,62
43LH5700 6:00-8:00
Quarto 2
Roteador 23:00-01:00
1 5,4 0,64 0,06
Intelbras RF301K 6:00-8:00
Televisão
Quarto 3 Panasonic 1 92 8:00-22:00 38,6 3,3
TCL32C20B
Computador de
1 65 12:00-19:00 13,65 1,2
mesa
Monitor HP
Escritório 1 176 12:00-19:00 36,96 3,2
V223 Hz
Impressora
1 55 17:00-17:10 0,27 0,02
Epson L395
Consumo Mensal Total (LZ) 193,49 16,61
7
1.1.2 DEMAIS ENERGÉTICOS
Para cada uso final identificado de cada energético (GN, GLP, gasolina, álcool, etanol,
carvão, etc.) deverá ser preenchida a tabela 2:
Tabela 2
2 Na residência em questão, assistem dois carros: um que consome gasolina e o outro, etanol.
8
1.1.3 FONTE DE DADOS
TABELA 1
9
Itens da tabela 1 cujas informações não constam no próprio equipamento:
• Máquina de lavar louça (ative! 8 serviços; 193 L): https://www.taqi.com.br/file/general/lava-l
ouca-brastemp-blf08as-manual.pdf
• Freezer Consul CTV10: http://www.inmetro.gov.br/consumidor/pbe/congeladores.pdf
A potência dos equipamentos é dada na unidade Watt (W), ao passo que a energia consumida
mensalmente é dada em quilowatt-hora (kWh).
Para os equipamentos cuja potência não é obtida diretamente, tomam-se os seguintes proce-
dimentos:
Caso 1:
P = i ·U
1
P = Consumo
|{z} | {z Mensal ×
} 24 · 30
W kWh
No caso da referida geladeira, é informado que o consumo mensal é de 57 kWh. Logo, sua
potência é:
1
P = 57 · ≈ 8 · 10−2 kW = 80 kW
24 · 30
Considerando que o mês tem 30 dias, e de posse dos valores de potência de cada equipamento
e do tempo de sua utilização medido em hora (h), determina-se a energia consumida (em kWh)
mensalmente da seguinte forma:
1
Consumo mensal = potência × tempo × |{z}
dias × kWh
| {z } | {z } 1000
W h 30
10
Por último, feito o cálculo do consumo mensal em kWh, fazemos a conversão de unidade
para mTEP (mili tonelada equivalente de petróleo):
TABELA 2
3,43 m3
1 h· = 3,43 m3
h
Tendo o consumo diário em m3 aferido, basta multiplicá-lo pelo poder calorı́fico do gás
natural (anexo 2 do primeiro roteiro) para converter em kcal.
9000 kcal
3,43 m3 · 3
= 3,1 · 104 kcal
m
Por fim, multiplica-se o consumo diário em kcal por 30 (quantidade de dias no mês), e,
terminantemente, faz-se a conversão de unidades para mTEP:
11
Já no caso do item Cooktop Fischer 5 bocas, o enveredamento matemático que se sucede é o
mesmo; contudo, o consumo do gás natural é disponibilizado no manual do equipamento (conforme
o endereço já elencado) em kg/h em seu valor máximo. Novamente, estima-se o tempo seu tempo
de utilização diária em horas, para obter o consumo diário em kg:
0,966 kg
Consumo diário = 1 h20 min · ≈ 1,3 kg
h
Sabendo que a densidade do gás natural é de 0,766 kg/m3 , o valor estimado de 1,3 kg
corresponde em metros cúbicos a 1,7 m3 :
m m 1,3
d= ⇔V = = = 1,7 m3
V d 0,766
Por fim, multiplica-se o consumo diário em m3 pelo poder calorı́fico de 9000 kcal/m3 para
obter o consumo diário em kcal, e, posteriormente, mensal com a conversão para mTEP, tal como
feito no primeiro uso acima.
Para ambos os casos do uso final de transporte, fez-se a estimativa média do consumo em
litros tanto de gasolina quanto de etanol, e, posteriormente, as conversões de unidade de medida.
A conversão do consumo médio mensal dos energéticos gasolina e etanol deriva dos dados
de seus poderes calorı́ficos (Pci) e de suas densidades (d).
A partir da densidade, e sabendo do volume consumido em litros (L) por cada carro, obtém-
se a massa em quilograma (kg) de cada energético que, por sua vez, permite determinar a energia
consumida em quilocaloria (kcal). Trata-se de um encadeamento matemático análogo ao aplicado
para o Cooktop Fischer 5 bocas:
Vgasolina = 40 L · 0,72 kg/L = 28,8 kg ⇒ 28,8 kg · 10377 kcal/kg = 2,98 · 105 kcal/mês
| {z }
consumo mensal
Vetanol = 55 L · 0,82 kg/L = 45,1 kg ⇒ 45,1 kg · 6437 kcal/kg = 2,9 · 105 kcal/mês
| {z }
consumo mensal
12
1.2 ELABORAÇÃO DA CURVA DIÁRIA DE CARGA
Montagem da curva diária de carga por cada uso final relativo ao energético eletricidade.
120,3
tempo (h)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
79,8 72
70,2
67,2
66,6
57,6
41,4
14,4
4,8 tempo (h)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
13
Figura 3: Curva diária de carga de cocção
Watts (W)
1425
1400
840
720
440
tempo (h)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
tempo (h)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
14
1.2.2 CURVA DIÁRIA DE CARGA DA RESIDÊNCIA
3776,9
731,96
tempo (h)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
Cálculo do fator de carga diário (FC) da residência, da potência média e da potência máxima,
a partir da figura 6.
Determina-se a potência média Pmédia através da seguinte expressão matemática:
1 n
Pmédia = · ∑ Pi · ∆ti = 731,96 W
24 i=1
1.2.4 COMENTÁRIOS
Entre os motivos que justificam o valor de 0,18 para o fator de carga da residência destacam-
se os pequenos intervalos de tempo em que a demanda atinge picos. Isso fica evidente quando se
15
observa o comportamento da demanda nos gráficos das figuras 3 (curva diária de carga de cocção) e
4 (curva diária de carga de força motriz). Quando comparados com os gráficos das figuras 1 (curva
diária de carga de refrigeração), 2 (curva diária de carga de iluminação) e 5 (curva diária de carga
de lazer e informação), assevera-se a discrepância dos valores no eixo das ordenadas em horários
como às 09h, das 13h às 14h, 15h, 17h, 22h. Além disso, a potência dos equipamentos elétricos
que aparece na embalagem do produto ou em seu próprio chassi é valorada de modo a apresentar
o valor máximo que o item pode chegar. Um exemplo disso é o aspirador Ergolite Eletrolux, cuja
embalagem indica 1400 W como a potência máxima do aparelho.
Não deixando de mencionar também que, em razão dos momentos de alta demanda serem
relativamente breves, o valor da demanda média torna-se muito menor que o valor da demanda
máxima.
Entretanto, por menores que esses intervalos sejam, considera-se que são dignos de apreciação
a fim de conferir uma maior verossimilhança para esse relatório.
16
Qual a importância de se conhecer os consumos de energia elétrica nas diversas bases de
tempo? (diário, semanal, mensal e anual)
Resposta: Ao se parametrizar o consumo de energia elétrica em função de uma escala
temporal, engendra-se a possibilidade do consumo consciente e eficiente de energia bem como de
seus aspectos satélites: controle de gastos e mudança de hábitos. Essa análise pode ser feita baseada
em diferentes intervalos de tempo, sendo que, quanto maior o perı́odo de tempo considerado para
parâmetro, menor o nı́vel de detalhes dos dados.
Nesse sentido, o estudo que traz mais riqueza de detalhes é o feito com base temporal diária.
Por meio dele é possı́vel observar a curva de carga diária, e fazer uma estimativa dos usos finais de
energia. Esse tipo de análise é muito útil para descobrir hábitos de consumo e fazer um plano de
economia de energia orientado por mudanças de hábitos e pela troca de tecnologias de uso final;
também é útil para os órgãos responsáveis fazerem uma projeção de quando o fornecimento de
eletricidade deve ser maior ao longo do dia. Porém, a análise diária é limitada considerando que é
feita a partir de estimativas e arredondamentos e além disso, o consumo varia ao longo da semana.
Logo, embora seja a análise mais detalhada, há uma diferença significativa entre o uso real da
energia e o uso estimado por essa escala temporal.
As deficiências da análise diária podem ser levemente supridas por uma averiguação semanal,
já que a maioria das pessoas organiza sua rotina em bases semanais ao invés de diárias. Isso significa
que a variação de um dia para outro seria considerada, e a variação entre semanas tende a ser
pequena.
O estudo mensal, por sua vez, é o mais utilizado pela população para análise dos gastos
energéticos, uma vez que a conta vem com o gasto preciso da residência fazendo com que que os
arredondamentos e estimativas adotados pelas observações em tempo mais curto sejam passı́veis
de serem abandonados. Também é mais simples observar se qualquer plano de economia feito com
base em análises semanais ou diárias realmente traz um benefı́cio suficiente para ser implementado
quando os cálculos são feitos em uma base mensal.
Por fim, a análise anual que apesar de possuir o menor nı́vel de detalhamento, é essencial
para planejamentos a longo prazo, tais como os de geração e de distribuição de energia. Ela facilita
a visualização da evolução de tecnologias ao longo do tempo, bem como permite identificar quais
setores carecem de investimentos. Não só isso, mas é a base mais utilizada para comparar dados
internacionais, com diversos fins, como o de se determinar o nı́vel de desenvolvimento ou o gasto
per capta, justamente pela forma como apresenta os dados de forma mais compacta.
17
1.3 LEVANTAMENTO DO CONSUMO REAL DOS ENERGÉTICOS: ELETRICIDADE
E GN
1.3.1 TABELA 3
Tabela 3
Média 12 Maior Menor Média/meses Média/meses
Energético
meses valor/mês valor/mês de verão de inverno
355 261
Eletricidade (kWh) 301,7 (dezembro (setembro 291,6 306,8
2020) 2020)
26 (junho 18 (janeiro
Gás natural (m3 ) 21 19 24
2020) 2021)
Montagem do gráfico dos consumos totais mensais de energia elétrica (kWh) dos últimos
12 meses levantados.
Figura 7: Consumo mensal de energia elétrica real
Mensal (kWh) 321 324 325 308 261 313 310 355 280 263 281 279
18
1.3.3 PERGUNTAS
Com base no consumo mensal calculado e apresentado nas tabelas 1 e 2, bem como as
informações colocadas na tabela 3, pergunta-se:
1. O consumo mensal calculado com base no diagnóstico realizado se aproxima:
19
1.4 GRÁFICO DE CONSUMO DE ELETRICIDADE - POR USO FINAL
Refrigeração (RE)
Iluminação (IL)
32,46% Cocção (CO)
Força motriz (FM)
16,35% Lazer e informação (LZ)
3,06%
11,59%
Refrigeração (RE)
Iluminação (IL)
171,9 kWh Cocção (CO)
Força motriz (FM)
86,6 kWh Lazer e informação (LZ)
16,2 kWh
61,37 kWh
20
1.5 GRÁFICO DE CONSUMO DE ELETRICIDADE - DEMAIS ENERGÉTICOS
Para os demais energéticos (gasolina, álcool, carvão vegetal, gás natural, GLP, etc.),
utilizando-se das informações colocadas na tabela 2, pede-se:
1. Monte um gráfico de pizza do consumo mensal estimado apresentando a participação percen-
tual e absoluta (na unidade TEP4 ) de cada energético de sua residência. Inclua nesse gráfico
o energético eletricidade (na unidade TEP).
Figura 10: Participação absoluta e percentual do consumo mensal
29,8 mTEP 12,26%
29 mTEP
45,31 mTEP 11,93% 18,64%
Gasolina
Eletricidade
Gás natural
(a) Qual é o energético com maior participação na matriz energética de sua residência?
Resposta: Gás natural.
(b) Comente os resultados obtidos nas seções 1.4 e 1.5.
Resposta: Compreende-se que o uso final de lazer e informação é o que mais consome
energia elétrica, em razão da situação de distanciamento preventivo segundo o qual faz
com que grande parte das atividades acadêmicas e laborais sejam executadas de casa via
internet.
A disposição dos gráficos da figura 10 (caracterizada pelo gás natural como sendo o
energético mais perdulário na matriz energética da residência em questão) se deve aos
valores maximizados da vazão do gás natural conforme a explicação em 1.3.3, item 2.
Realisticamente, a participação da energia elétrica na matriz energética é maior que a
do GN, e menor que a contribuição da gasolina e do etanol.
Fator de conversão:
9000 kcal
1 TEP = 11630 MWh e 1 TEP = 1 · 107 kcal e 21 m3 × ≈ 1,9 · 105 kcal
m3
4 Em
conformidade às tabelas 1 e 2, os gráficos apresentam a milésima parte da unidade TEP, isto é, mTEP (mili
toneladas equivalentes de petróleo)
21
1.6 CÁLCULO DOS INDICADORES
Além do fator de carga, existem outros indicadores que normalmente são utilizados para se
medir a eficiência no consumo de energia.
Tabela 4
Área total da residência (m2 ) 93
Número de pessoas fixas e flutuantes 4 pessoas fixas
Consumo total mensal de energia (somas dos energéticos) por área -
0,0026
(TEP/m2 )
Consumo total mensal de eletricidade por área - (kWh/m2 ) 5,66
Consumo total mensal de energia (somas dos energéticos) por pessoa -
0,06
TEP per capita
Consumo total mensal de eletricidade por pessoa - kWh per capita 131,75
1.6.2 COMENTÁRIOS
Observação: para as linhas 3 e 5 da tabela 4, opta-se pela unidade TEP sem o prefixo mili.
Nota-se que esses indicadores apresentam uma relação direta com a residência de estudo.
Por meio da relação entre a metragem da casa e o consumo por metro quadrado, é possı́vel distinguir
áreas da residência que concentram a maior parte dos equipamentos que de fato pesam na conta de
energia elétrica (sugerindo um valor de consumo de energia elétrica por área alto) de áreas com uso
esparso do energético.
Já o fator que relaciona o número de pessoas ao consumo dos energéticos permite sinalizar
os hábitos de consumo das pessoas de uma casa. Valores altos para os dois últimos indicadores
(consumo mensal total de energia por pessoa e consumo mensal de energia elétrica por pessoa)
podem sugerir que, todos na casa consomem muita energia ou existe uma única, ou um grupo
pequeno dos residentes, que utilizam os equipamentos muito mais que os demais.
Portanto, por meio desses indicadores, tem-se um mapeamento local que permite setorizar
os cômodos que mais concentram o consumo de energia (pensando no energético eletricidade, é
claro), e permite distinguir quais são as pessoas que mais consomem para eventual elaboração de
recondicionamento de seus estilos de vida.
22
2 RELATÓRIO CONSOLIDADO
Alice
André
Anna
Artur
Augusto
Bianca
Bruno
Alice
André
Anna
Artur
Augusto
Bianca
Bruno
23
b. Gráficos do consumo por uso final de energia elétrica (kWh) de todas as residências.
Alice
André
Anna
Artur
Augusto
Bianca
Bruno
Alice
André
Anna
Artur
Augusto
Bianca
Bruno
24
Figura 15: Consumo mensal estimado de força motriz no verão
Alice
André
Anna
Artur
Augusto
Bianca
Bruno
Alice
André
Anna
Artur
Augusto
Bianca
Bruno
25
Figura 17: Consumo mensal estimado de lazer e informação no verão e inverno
Alice
André
Anna
Artur
Augusto
Bianca
Bruno
Alice
André
Anna
Artur
Augusto
Bianca
Bruno
26
Figura 19: Consumo mensal estimado de aquecimento de água no inverno
Alice
André
Anna
Artur
Augusto
Bianca
Bruno
Alice
André
Anna
Artur
Augusto
Bianca
Bruno
27
Figura 21: Consumo mensal estimado de cocção no verão e inverno
Alice
André
Anna
Artur
Augusto
Bianca
Bruno
Alice
André
Anna
Artur
Augusto
Bianca
Bruno
28
Figura 23: Consumo mensal estimado de condicionamento térmico no inverno
Alice
André
Anna
Artur
Augusto
Bianca
Bruno
Figura 24: Consumo mensal estimado usos finais diversos no verão e inverno
Alice
André
Anna
Artur
Augusto
Bianca
Bruno
29
c. Comparar os consumos mensais de energia elétrica calculados das residências com os
dados das contas de energia elétrica, apresentar as diferenças percentuais em forma de gráfico
consolidado
|consumo real − consumo medido|
d100% = · 100%
consumo real
Para as casas de Alice, André e Augusto, como não há diferenciação entre o consumo de
energia elétrica entre verão e inverno, opta-se pelo cálculo único de desvio percentual do consumo
mensal estimado em relação a média dos últimos meses da conta de energia elétrica.
Ao passo que para as demais residências, determina-se o desvio percentual para inverno e
verão. Toma-se o consumo médio da conta de energia elétrica dos meses compreendidos em cada
estação (verão: dezembro a maio; inverno: junho a novembro), e o consumo estimado para essa
estação através do levantamento de dados da tabela 1.
Alice
André
Anna
Artur
Augusto
Bianca
Bruno
d (%) 25,6 32,3 75,55 7,95 49,5 38,8 2,1 58,7 45,59 17,4
30
d. Comparar os fatores de carga das residências
Fator de Carga
Aluno
Verão Inverno
Alice 31,31% 31,31%
André 15,25% 15,25%
Anna 41,9% 41,13%
Artur 87,2% 38,04%
Augusto 19% 19%
Bianca 14,55% 8,87%
Bruno 21% 21%
1. Verão:
FCArtur > FCAnna > FCAlice > FCBruno > FCAugusto > FCAndré > FCBianca
2. Inverno:
FCAnna > FCArtur > FCAlice > FCBruno > FCAugusto > FCAndré > FCBianca
Com o recenseamento dos fatores de carga de cada residência, nota-se uma única diferença
do verão para o inverno: o fator de carga de Artur (FCArtur ) que no verão é o maior de todos (87,2%),
é ultrapassado (38,04%) pelo fator de carga da casa de Anna (41,13%) no inverno. De todo modo,
a relação entre os demais fatores de carga mantém-se inalterada.
Não deixando de mencionar também que as casas que apresentam consumos de energia
elétrica distintos de verão para inverno (casas dos alunos Anna, Artur e Bianca) indicam uma
melhor distribuição da curva de carga no verão, uma vez que é nessa estação que são encerrados os
maiores valores de FC.
31
e. Comentários a cerca dos resultados
Ao se observar o consumo de eletricidade das residências é possı́vel perceber que o gasto
energético varia muito de residência para residência. A maior discrepância entre o gasto total de
energia elétrica entre as casas se dá no verão entre a casa de André, que consome 828,54 kWh, e a
de Artur, que consome 291,29 kWh, uma diferença de cerca de 64,84%.
Essa desigualdade se dá pelos diferentes hábitos de consumo relacionados aos usos finais
e pelas diferentes tecnologias instaladas nas residências. Um dos motivos pelos quais a carga da
casa de Artur é a menor do grupo, está relacionada aos dados encontrados nos gráficos 18 e 19, que
representam o consumo de energia para aquecimento de água; no verão, a residência consome 50
kWh, no inverno, 136. Essa residência apresentou a maior variação de energia para esse uso final,
enquanto nos dados de Alice e André, por exemplo, não há essa distinção entre as estações do ano,
o que gerou um consumo maior que o necessário no verão dessas últimas duas casas.
As maiores diferenças de hábitos entre as casas, porém, podem ser observadas pelas dife-
rentes tecnologias instaladas. No gráfico 21, por exemplo, pode-se ver que Augusto e Bruno são
os únicos cujas casas utilizam eletricidade para cocção, em contraste com os gráficos 18 e 19, que
indicam que essas mesmas casas são as únicas que não utilizam eletricidade para aquecimento de
água.
Outros exemplos disso são as casas de André e Bianca serem as únicas com tecnologias de
condicionamento ambiental instaladas, que se mostraram significativas para o aumento do consumo
de eletricidade nas residências, principalmente na casa de Bianca, que chega a consumir 445,4 kWh,
no verão, apenas para esse uso final, ou seja, um consumo maior que o total utilizado nas casas de
Alice, Anna, Artur e Bruno, que tem consumos mensais correspondentes a 327,19, 333,5, 291,29 e
332,23 kWh, respectivamente, no verão.
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2.2 DEMAIS ENERGÉTICOS - ELABORAÇÃO DA MATRIZ ENERGÉTICA CONSOLI-
DADA DAS RESIDÊNCIAS
Etanol
Eletricidade
7% Gás natural
41%
Gasolina
Eletricidade
65,35%
8,21% 8,48%
Eletricidade
GLP
Gasolina
47,25% 47,19%
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Figura 29: Participação na matriz energética da residência de Artur
verão inverno
61% 59%
Etanol
Eletricidade
GLP
6%
6% 32% 35%
11,93% 18,64%
Gasolina
Eletricidade
Gás natural
Etanol
57,18%
7% 6%
Gasolina 3% 3%
Eletricidade
GLP 90% 91%
34
Figura 32: Participação na matriz energética da residência de Bruno
14%
Gasolina
78% Eletricidade
8%
Gás natural
35
2.3 INDICADORES CONSOLIDADOS E TABELA 5
Tabela 5
Indicadores Alice (1) André (2) Anna (3) Artur (4) Augusto (5) Bianca (6) Bruno (7)
1 190 154 65 120 93 91,75 120
2 3 5 4 3 4 4 3,5
3 0,0003 0,00134 0,0040 0,000645 0,0026 0,01 0,00022
4 1,37 5,65 5,13 2,43 5,66 7,78 2,56
5 0,018 0,04 0,06 0,026 0,06 0,23 0,008
6 86,83 174 83,37 97,09 131,75 178,46 87,95
*O dados da tabela 5 são oriundos do verão, cujos comentários cabem ao cenário de inverno.
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gastos mensais em eletricidade observados nos gráficos das figuras 11 e 12, indicando que para um
menor número de pessoas, menor é o consumo absoluto de energia; e quando se faz a observação
de energia por área, as metragens maiores dessas residências fazem o esse valor se reduzir ainda
mais.
Para comprovar que há uma relação entre o número de pessoas e a energia gasta, porém, é
necessário observar os dados de gastos por pessoa calculados na tabela 5. Nesse caso é importante
observar que, pelos gastos de eletricidade por área, a variação entre o menor e o maior ı́ndice é
82,39% (desvio percentual) e, pelos gastos de eletricidade per capita, essa variação cai para 53,28%.
Isso indica que a análise por pessoa é muito mais indicativa da proporção de energia a ser
consumida em uma residência do que o cálculo feito pela área.
Observa-se também que os menores gastos per capita estão relacionados às casas de 3 ou
3,5 pessoas, e os maiores valores, relacionados às casas de 4 a 5 pessoas (algo que é contraintuitivo,
uma vez que esse indicador é oriundo de uma razão do consumo energético pelo número de pessoas,
ou seja, o número de pessoas e o indicador são grandezas inversamente proporcionais). Isso indica
que quanto maior o número de pessoas maior o gasto energético individual, uma vez que com
mais pessoas o consumo energético aumenta. Há duas exceções para essa regra. A primeira
delas reside nos gastos de energia na casa de André (0,04 TEP per capita) que o colocam na quarta
posição em maior gasto, inesperado pelo fato de sua casa conter 5 pessoas. A segunda exceção se
mostra no gasto em eletricidade por pessoa na casa de Anna, que, apesar dos 4 residentes fixos,
apresentou o menor valor de gastos de eletricidade per capita do grupo, com 83,37 kWh per capita.
Atribui-se a essa última exceção (“à regra quanto maior o número de pessoas, maior o
consumo energético”) o fato dessa residência apresentar um consumo estimado de energia elétrica
relativamente baixo (quarto maior do grupo). Sendo assim, com um baixo consumo junto aos quatro
residentes, o consumo mensal de eletricidade por pessoa (kWh per capita) tende a ser menor.
Resumidamente:
• 1 é inversamente proporcional a 3 e 4 . Logo, com o aumento de 1 , espera-se que 3
e 4 diminuam. Exceção: quando o consumo mensal dos energéticos é muito alto.
• 2 é inversamente proporcional a 5 e 6 . Logo, com o aumento de 2 , espera-se que
5 e 6 diminuam. A exceção também ocorre quando o consumo mensal dos energéticos é
elevado.
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