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Hz – Hertz;
KV – Quilovolt;
MVA – Megavolt-ampere;
M – Megaohm;
m – Milímetro quadrado;
µS – Microssegundo
TI – Transformador de Intensidade;
TT – transformador de Tensão;
Relatório elaborado pelo estudante do 4°.
Cos ϕ – Fator de Potência; ano, do Curso de Engenharia Electrotécnica,
Índice de Tabelas
O estágio teve início no dia 27 de Setembro de 2021, pra um período de 3 meses. Com
vista a
relatar o aprendizado obtido através, do conhecimento teórico e contacto profissional
na área
das máquinas elétrica. Neste relatório serão descritas as atividades desenvolvidas por
mim e
profissionais da área durante três meses desde Setembro até Dezembro de 2021. Ao longo
deste relatório serão abordados aspetos tópicos relacionados com as atividades
desenvolvidas
bem como os desafios encontrados durante os trabalhos assim como suas soluções como
fruto
dos conteúdos e atividades aprimorados no mesmo período de estágio.
1.1. Objetivos
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2. Breve Historial de Central Hidroelétrica de Chicamba
2
3. Descrição da central de Chicamba
Inicialmente, fez-se uma breve palestra de HST (Higiene e Segurança no Trabalho). Onde
apelou-se a seguir rigorosamente as cinco regras de ouro da EDM para salvar vidas
durante
qualquer procedimento e atividade a ser realizada.
3.1. Barragem
O Rio Revué nasce junto do marco 13 da fronteira com o Zimbabwe, a 18Km a Nordeste, da
vila de Manica á altitude de 1770m. O mesmo possui rios afluentes que são, Rio Bonde,
Méssica, Mupadela, Nhamanguene, Zombe e Zónue. A Barragem de Chicamba está
implantada no Rio Revué a 75Km da nascente deste, ligando os Distritos de Manica e
Sussundenga, na Província de Manica, a 60Km a Sudeste da vila de Manica, 56Km da Cidade
de Chimoio a 60Km á montante da Barragem de Açude.
Barragem: estrutura do Betão armado, repartida em duas abobadas de dupla
curvatura cada, constituídas da seguinte forma:
A barragem é ainda constituída por descarregador de cheia composto por quatro orifícios
abertos nos blocos central da abobada principal próximo do coroamento, sendo 614m a
cota
das respetivas soleiras, com uma capacidade máxima de descarga em conjunto de 1600 m3/s
processadas sobre uma bacia de dissipação
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Figura 4: Descarregador de cheia principal. Fonte: própria. (setembro de
2021)
São duas (2) comportas, também chamada de Válvula Dispersora de Jacto Ôco, com a
função drenar água para o açude em caso de indisponibidade da central. A mesma possui
as
seguintes dimensões: comprimento do cilindro é de 1,45m, 2m de diâmetro e 15mm de
espessura, cada com uma vazão de 60m3/s (totalizando 120m3/s).
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3.1.3. Tomada de Água
É uma (1) tomada de água com um formato em V na entrada, implantadas a uma altura de
565m, com 10m de diâmetro exterior, construída por uma estrutura de Betão armado, e
serve
para permitir a introdução da água na conduta.
É o local onde dissipasse toda a água da turbinada, ela situa-se próximo das
comportas
descarregadoras de fundo
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Central
A Central divide-se em três (3) pisos, onde no Reduchão encontramos a Sala das
Condutas
(Cave), no primeiro piso a Sala das turbinas, no segundo piso a Sala das Máquinas
e no
terceiro piso a sala de comando e de proteção (de
Relé).
Conduta Forçada
São duas (2) condutas, com 3,5m de diâmetro e aproximadamente 70m de comprimento e
uma inclinação de 54,5m. Ela serve para conduzir a água da Albufeira até a
Turbina.
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Figura 9: Conduta forcada. Fonte: Própria (Setembro de 2021)
São duas válvulas, com 3,3m de diâmetro interno e 1,2m de comprimento. É utilizada como
órgão de segurança da turbina, que interliga a conduta forçada e a evoluta, ou caracol,
da
turbina.
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3.1.6. Válvula By Pass
São duas (2) válvulas, num so sistema uma delas fica, á montante, e da parte de comando
manual é feita por meio de um volante e mantem-se normalmente aberta, e na a jusante é
de
comando hidráulico automático. O by pass tem a finalidade de promover, para que a
manobra
de lentinha se faça com pressões equilibradas em ambos lados.
É um poço implantado entre as cotas 554,5 á 568m, com 13,5m de profundidade, encostado
a
um dos extremos, está aberto um orifício a 1m de profundidade e 4m2 de secção, cuja
finalidade é de servir as bombas de drenagem, a qual trabalha para pequenas descargas
de
água e portanto, com níveis mais baixos do que os da bomba de esgoto. O poço possui
três
(3) bombas, sendo uma pequena para o serviço contínuo e outras para o caso de
anomalia.
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3.1.8. Sala das Turbinas
São duas (2) turbinas Francis horizontal com o eixo vertical, com a potência de 22,6MW,
214rpm, com uma queda útil de 54,5m e um caudal nominal de 1046m3/s. E ela é
constituída
por seguintes elementos: Regulador de turbina, o distribuidor, a Evoluta e a Roda
motriz.
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Figura 14: O Regulador de carga e velocidade. Fonte: Própria (Setembro de
2021)
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3.1.12. Transformador de Excitação
São dois (2) transformadores trifásico, 50Hz, Com uma potência de 450KVA, cujo grupo
de
ligação é Dyn11, com uma tensão primária de 6,6KV (39,4A) e 400V (650A) secundária, e
impedância de curto-circuito de 6%.
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Figura 17: Cela de neutro do grupo 1. Fonte: Própria (Setembro de
2021)
É uma sala que possui um sistema de controlo contra incêndio, com botijas que contenha
Nitrogénio (2.6, 200bar, 80L), com vista a ajude na extinção das chamas
(fogos).
Figura 18: Sala dos Equipamentos de Combate à Incêndio. Fonte: Própria (Setembro
de 2021)
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3.1.15. Sala de Aparelhagem e Operação Elétrica de 22KV
É o local onde estão localizados os disjuntores T1 e T2 (do lado 22KV), do AT1, do AT2
e
da linha FL 53 (Chimoio), e possui um barramento interno de 22KV.
Figura 19: Sala de Aparelhagem e Operação Elétrica de 22KV. Fonte: Própria (Setembro
de 2021)
3.1.16.1. Gerador
São (2) dois geradores síncronos trifásicos, com uma potência de 24MVA cada (fazendo
48MVA no total), 50Hz, 6,6KV (2100A) de tensão, 214 rpm de velocidade, 28 polos (14
pares), cos ϕ= 0,9, IP44, altitude <1000m (inferior a 1000m), com classe de isolamento
no
rotor B e F no estator, com excitação estática/ AVR, 120V, 600A de
Excitação.
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Figura 20: Grupos geradores da central de Chicamba. Fonte: Própria (Setembro de
2021)
3.1.16.2. Sinalizações luminosas dos Grupos 1 e 2
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Figura 21: Sinalizações dos Grupos 1 e 2. Fonte: Própria (Setembro de
2021)
3.1.16.3. Retificador de 6 pulsos para excitação dos grupos 1 e 2
Figura 22: Retificador de 6 pulsos para excitação dos grupos 1e2. Fonte: Própria
(Setembro de 2021)
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3.1.16.4. Disjuntor dos Grupos 1 e 2
São dois (2) disjuntores para cada grupo e são á Vácuos, de Calibre de 2500A, 50Hz,
sendo
um de saída do grupo e o outro de Excitação.
Figura 23: disjuntor á Vácuos de Calibre de 2500A, 50Hz dos grupos 1 e 2. Fonte:
Própria (Setembro de 2021)
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Figura 24: sala de banco de Baterias de 110V-DC. Fonte: Própria (Setembro de
2021)
Bateria de Chumbo Ácido: são quatro (4) baterias de 12V, 150Ah, ligada em série
formando 48V DC para alimentar o circuito de comando do disjuntor da Linha FL 54-52
(FIPAG), e também alguns circuitos de comando dos disjuntores de 110KV e 22KV (do
transformador da FIPAG).
Baterias de Cádmio-Níquel: são quarenta e duas (42) baterias (84 unidades) de, com uma
tensão de 1,5V, ligadas em sério e paralelo para formar 110V, para alimentar o circuito
de
comando disjuntor de 110KV.
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Figura 26: Baterias de Cádmio-Níquel. Fonte: Própria (Setembro de 2021)
É o quadro que contém o barramento dos 400V, que serve para alimentar os serviços
essencial da Central e também o bairro 5, Chicamba Log, Ele é alimentos pelos
transformadores Auxiliares (em regime normal), e também pode ser alimentado através do
grupo diesel em regime anormal.
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Figura 28: Quadro de Distribuição Principal dos Serviços Auxiliares. Fonte:
Própria (Setembro de 2021)
É uma galeria que contém cabos e barramentos de 6,6KV, em grelhas e calhas em direção
à
subestação e transformadores. E a galeria da acesso a entrada da subestação da
Central.
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Figura 30: inversores para a alimentação dos PLC’s, UP. Fonte: Própria (Setembro de
2021)
3.1.16.10. Bloco de Baterias para a excitação dos grupos 1 e 2
Um dos compartimentos da sala de máquina que alberga no interior quatro (4) baterias
que
servem para pré-excitação (fleshing) dos grupos 1 e 2.
Figura 31: Bloco de Baterias para a excitação dos grupos 1 e 2. Fonte: Própria
(Setembro de 2021)
É o local que permite efetuar todo o controlo e monitoramento dos sistemas da Central,
desde
o sistema de descarregadores de cheias na barragem, a geração, transportes, serviços
auxiliares essenciais e não essenciais.
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Ela está constituída por computadores, sendo para registo de dados, para a
realização das
manobras, monitorização e controle, para a configuração e reparação de todo o
sistema, e
para o sistema de vigilância da Central.
Figura 33: Sala de Controle e Proteção Elétrica (de Relés). Fonte: Própria
(Setembro de 2021)
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3.1.19. Subestação da Central
3.1.19.1. Linhas
Na subestação primária possui três (3) linhas, duas (2) de Alta Tensão e a outra de
Média
Tensão, que são:
Linha CL 73: linha de 110KV, destinada a interligação com a Subestação de
Chibata,
para Alimentar Mutare, vice-versa.
Linha CL 76: Linha de 110KV, destinada especialmente a interligação das
Centrais
Chicamba e Mavuzi.
Linha FL 53: Linha de 22KV, cuja finalidade é de alimentar a Cidade de
Chimoio,
mas do momento está sendo alimentado no barramento dos serviços auxiliares
da
Central.
Linha FL 54: Linha de 22KV, cuja finalidade é de alimentar a Estação de Captação
e
de Tratamento da FIPAG, mas do momento a linha não esta operacional.
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Figura 35: linhas da subestação da central. Fonte: Própria (Setembro de
2021)
.
3.1.19.2. Transformador Principal
São dois (2) transformadores Terceiros (com três enrolamentos), trifásico com 117/
22,4/
6,6KV de tensão, cujo Lado da Alta (117KV) e Baixa (6,6KV) Tensão possuem uma
potência de 24MVA enquanto o Lado da Média possui uma potência de 2,5MVA, É o grupo
de ligação é AT-MT Yy0 e AT-BT Yd11.
São dois (2) transformadores (com dois enrolamentos), abaixador, com uma potência de
630KVA, 22KV/ 400V de tensão, e o grupo de ligação é Dy11. É usado para alimentar os
serviços auxiliares da Central, inclusive os bairros 5, 6 e Chicamba
Lodge.
Figura 37: Transformador de serviços Auxiliares (AT1 e AT2). Fonte: Própria (Setembro
de 2021)
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Figura 38: Transformador da FIPAG. Fonte: Própria (Setembro de 2021)
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3.1.20. Grupo Gerador á Diesel de Emergência para os Serviços Auxiliares
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Figura 41: Grupo Gerador a Diesel de Emergência da Barragem. Fonte: Própria (Setembro
de 2021
5. Atividades Desenvolvidas
5.1.Atividade de Manutenção
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Razão desta avaria do balastro deve-se a corrente elevada que o percorreu e
assim,
destrui o isolamento permitindo o curto-circuito entre os seus fios da
bobina
(proporcionado pelo verniz cobertor) rompeu-se e encontram-se fios encostados
uns
aos outros.
A razão da queima das lâmpadas têm um fator, as lâmpadas ficam 24 horas sobre
24
horas ligadas, a vida útil da lâmpada passa a valer desde o primeiro momento em
que
são ligados, o ficar ligado 24/24 horas todos os dias acelerar o processo de vida
útil da
lâmpada, assim sendo provocando a queima da lâmpada.
(a) (b )
Figura 43: Ignitor (a) e condensador (b). Fonte: Própria (Setembro de
2021)
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Apos a substituição dos componentes usou-se a mesma luminária para uma iluminação
temporária no reservatório de água que alimenta o bairro 6 que precisava de uma
limpeza
interna, usou-se a luminária para iluminar o
local.
No âmbito da manutenção preventiva, fez-se uma vistoria nas luminária dos diversos
compartimentos do coroamento da barragem, tendo como objetivo identificar as avariadas
e
verificar o estado das lâmpadas. Verificou-se um total 8 luminares fora de serviços,
das quais
2 possuíam problemas de balastro e 5possuiam as lâmpadas fundidas e uma (1) com
problema de continuidade na sua respetiva placa interna, optou-se por remover a placa
da
luminária para uma possível reparação e para as restante luminárias efetuou-se a troca
das
lâmpada e limpeza dos espelhos das luminárias, obedecendo sempre as normas de Segurança
pré-estabelecidas.
(a) (b)
Figura 45: placa com problema de continuidade (a) Reparação da placa (b). Fonte:
própria
(Setembro de 2021)
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