Você está na página 1de 26

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - USP

Escola de Engenharia de São Carlos - EESC


Departamento de Engenharia Elétrica e Computação

SEL0453 - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Prof. Dr. Benvindo Rodrigues Pereira Junior

CÁLCULO DE DEMANDA DE UMA MARCENARIA

Bruno Henrique Gati, NºUSP: 11222482


Thiago de Freitas Nogueira, NºUSP: 11915331

São Carlos
28 de setembro de 2022
1

SUMÁRIO

Sumário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1

1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3

2 DESENVOLVIMENTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2.1 Planta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2.2 Produção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.2.1 Motores Elétricos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.2.2 Cálculo da demanda dos motores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.2.3 Iluminação da produção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.2.4 Cálculo da demanda de tomadas de uso geral e uso específico . . . . 12
2.3 Recepção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.3.1 Iluminação da recepção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.3.2 Cálculo de Demanda de TUG e TUE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2.4 Vendas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2.4.1 Iluminação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2.4.2 Cálculo de Demanda de TUG e TUE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2.5 Financeiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
2.5.1 Iluminação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
2.5.2 Cálculo de Demanda de TUG e TUE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
2.6 Gerência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
2.6.1 Iluminação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
2.6.2 Cálculo de Demanda de TUG e TUE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
2.7 Vestiário 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
2.7.1 Iluminação do Vestiário 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
2.7.2 Cálculo de Demanda de TUG e TUE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.8 Vestiário 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.9 Armazenamento Produto Final . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.9.1 Iluminação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.9.2 Cálculo de Demanda de TUG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.10 Estoque Matéria Prima . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.10.1 Iluminação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.10.2 Cálculo de Demanda de TUG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.11 Banheiros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2.11.1 Cálculo da TUG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2.12 Resultado final . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
2.13 Planta final . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
2

3 REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
3

1 INTRODUÇÃO

Instalações elétricas se tornou uma das áreas muito importantes quando se pensa em
fornecimento de energia para todos os equipamentos e toda a iluminação de determinado
local, a fim de evitar problemas futuros, garantir segurança e o melhorar o funcionamento de
o todo sistema elétrico.
Em razão disso, para a construção da marcenaria, projeto escolhido para esse caso,
a sua planta e exigências serão apresentadas para se definir os equipamentos elétricos
que serão escolhidos, como motores, luminárias e tomadas. Além disso, a partir disso,
serão calculados também as demandas de potência de cada um desses equipamentos para
atender às necessidades da marcenaria.
Além disso, as normas NBR5410, NBR5413, NBR5444 foram usadas respectivamente
para dimensionamento de tomadas de uso geral e uso específico, para o projeto luminotéc-
nico e, por fim, para o desenho técnico. Cabe ressaltar que os símbolos utilizados na planta
também estão descritos em legenda.
4

2 DESENVOLVIMENTO

A partir das dimensões presentes na planta da marcenaria dada, deve-se projetar a carga
de iluminação, a quantidade de tomadas e seus tipos, a quantidade de lâmpadas e seus
tipos e os motores elétricos presentes nessa planta. Para isso, será avaliado a quantidade
de potência da demanda total e, em cima disso, será feitas análises para definir o que será
instalado nesse local de trabalho.

2.1 Planta

Abaixo está evidenciado a planta para o projeto.

Figura 1 – Planta para o projeto de Marcenaria


5

2.2 Produção

2.2.1 Motores Elétricos

Possui 6 motores, considerando estes como assíncronos trifásicos com rotor em curto
circuito e de IV polos, a partir da tabela a seguir, pode-se determinar o rendimento e o fator
de potência de cada um dos motores. No enunciado, foi dada a potência em cv.

Figura 2 – Planta para o projeto de Marcenaria

Dessa forma, tem-se que as características de cada motor são:

• M1 = M6 = 50cv
η = 0, 92 e Fp = 0, 86

• M2 = M5 = 75cv
η = 0, 92 e Fp = 0, 86

• M3 = (3 + 1 + 3) ∗ 5 = 35cv
6

Como essa potência não está presente na tabela, será tomada a média entre os
rendimentos e fatores de potência das potências nominais de 30cv e 40cv. η = 0,85+0,86
2 =
0,9+0,91
0, 855 e Fp = 2 = 0, 905
(8+2+3)∗5
• M4 = 2 = 32, 5cv
Assim como no caso anterior, será tomada a média entre 60cv e 75cv.
0,89+0,89 0,91+0,92
η= 2 = 0, 89 e Fp = 2 = 0, 915

2.2.2 Cálculo da demanda dos motores

A figura abaixo servirá de auxílio para esse cálculo.


A partir da fórmula a seguir é possível calcular a demanda de cada motor.

Peim × 0, 736
Dm = (2.1)
η × Fp

Figura 3 – Fatores de utilização

• M1:
Peixomotor = PN Fum = 50.0, 87 = 43, 5cv
43,5.736
DM1 = Peixomotor
Fp η = 0,92.0,86 ≈ 40, 47KVA

• M2:
Peixomotor = 75.0, 87 = 65, 25cv
DM2 = 65,25.736
0,92.0,86 = 60, 70KVA

• M3: Peixomotor = 35.0, 85 = 29, 75cv


29,75.736
DM3 = 0,855.0,905 = 28, 30KVA

• M4: Peixomotor = 32, 5.0, 87 = 28, 28cv


DM4 = 28,28×0,736
0,89×0,915 = 25, 56KVA
7

• M5: M2 = M5, logo Dm5 = Dm2 = 60, 70KVA

• M6: M1 = M6, logo Dm6 = Dm1 = 40, 47KVA

Por fim, é necessário multiplicar a potência aparente pelo fator de demanda e pelo fator
de simultaneiedade. Os dois indíces estão nas tabelas da figuras 4 e 5. Observação: o fator
de simultaneidade só se aplica aos motores 1 e 6, bem como aos 2 e 5. Os outros dois não
são afetados.

Figura 4 – Tabela do Fator de Demanda

Figura 5 – Tabela do Fator de Simultaneiedade

• Demanda total da produção:

D producao = DM1 + DM2 + DM3 + DM4 + DM5 + DM6 (2.2)

(2 × 40, 47K × 0, 8 × 0, 9) + (2 × 60, 70K × 0, 8 × 0, 9) + (28, 30K × 0, 8) + (25, 56K × 0, 8)


(2.3)
8

(2 × 29, 14k) + (2 × 43, 70k) + (22, 64k) + (20, 45k) (2.4)

D producaoa rredondado = 189kVA (2.5)

2.2.3 Iluminação da produção

O método utilizado para a determinação da iluminação do local será o método dos lúmens
que segue a seguinte fórmula:

E ×S
Ψt = (2.6)
Fu × Fd l
Em que E é a iluminância necessária, S é a área do ambiente, Fu é o fator de utilização e
Fd l é o fator de manutenção.
A iluminância necessária foi definida como 500 lux, seguindo a tabela 7, visto que
o ambiente será utilizado por pessoas de até 55 anos, mas com alta precisão para o
acabamento dos móveis e a há baixa refletância devido a cor dos pisos e paredes.

Figura 6 – Definição do tarefa alvo

Figura 7 – Tabela de Iluminância

Dividindo a área de produção em retângulos:


9

Figura 8 – Divisão da área da produção

Assim, podemos calcular a área da produção obtemos:

A p = (6, 7 × 7) + (12, 7 × 5) + (14, 85 × 10) + (19, 85 × 7, 55) + (13, 85 × 10) (2.7)

A p = 547, 27m2 (2.8)


Para a definição do fator de utilização, é necessário calcular o fator k, obtido a partir da
seguinte fórmula:
10

L ×C
k= (2.9)
H p × (L +C)
No qual, L é a largura, C é o comprimento e H p é altura da lâmpada em relação ao plano
de trabalho. Considerando que a lâmpada estará há 6,3m de altura e o plano de trabalho
médio é 0,8m, podemos considerar H p como 5,5m
Para cada uma das cinco sub-áreas foi calculado um k aproximado que segue abaixo
considerando a H p como 0,8m

Área L C k
1 6,7 7 0,6
2 5 12,7 0,6
3 14,85 10 1
4 19,85 7,55 1
5 13,85 10 1

Para facilitar os cálculos e principalmente unificar a iluminação, o k escolhido será 1 para


toda a produção. Como o teto é considerado de tonalidade média, as paredes também e o
piso é escuro tomamos os dados 50/30/10. Analisando a tabela presente na figura 9 vemos
que o fator de utilização é de 0,44 para luminárias com duas lâmpadas LED 40W do tipo
TMS426.

Figura 9 – Tabela do fator de utilização


11

Além disso, dado que o ambiente é considerado sujo, o fator de manutenção escolhido
foi de 0,6.
Compilando todos os dados na fórmula abaixo, obtemos:

E ×S
Ψt = (2.10)
Fu × Fd l

500 × 547, 27
Ψt = (2.11)
0, 44 × 0, 6

Ψt = 1036496.21lm (2.12)

Agora é possível calcular o número de lâmpadas necessárias para o ambiente a partir da


fórmula:

Ψt
Nl u = (2.13)
Nl a × Ψl
Na qual Nl u é o número de luminárias necessárias, Ψt é o fluxo total, Nl a é o número
de lâmpadas por luminária e Ψt é o fluxo luminoso por lâmpada. Este último, seguindo o
Datasheet do tipo TMS426, verifica-se que Ψt = 3.800lumens.
Substituindo, obtemos:

1.036.496, 21
Nl u = (2.14)
2 × 3.800

Nl u = 138 (2.15)

Contudo, essa quantidade de luminárias seria inviável financeiramente e o espaço ocu-


pado pela mesma também seria um grande problema. Esse caso serve de exemplo para
concluir que deve-se escolher luminárias com maior quantidade de lumens, para diminuir a
quantidade de luminárias necessárias e escolher a quantidade adequada para esse projeto.
Dessa forma, a luminária com duas lâmpadas de 3800 lumens foi substituída por uma
luminária industrial Opus PRO81942 com 200W e 26 mil lumens. Segue na figura 10:

Figura 10 – Luminária Opus PRO81942


12

Com essa lâmpada não foi possível estimar integralmente o fator de utilização exato.
Contudo, após análise de diversas folhas de dados desse fator, o fator de utilização de 0,4 é
uma boa média para o ambiente que está sendo dimensionado (50/30/10).
Assim, é possível refazer as contas:

500 × 547, 27
Ψt = (2.16)
0, 4 × 0, 6

Ψt = 1.140.145, 83lm (2.17)

1.140.145, 83
Nl u = (2.18)
1 × 26000

Nl u = 44 (2.19)

Dessa forma, na produção serão utilizadas 44 lâmpadas.


Em sequência, é necessário realizar o cálculo da demanda da iluminação. A lâmpada
escolhida tem fator de potência 0,6. Assim, podemos multiplicar o total de lâmpadas pela
potência de cada uma para obter a potência total e depois dividir pelo fator de potência e
obter o kVA.

PT = 44 × 200 (2.20)

PT = 8800W (2.21)

PA = 8800/0, 6 (2.22)

PA = 14, 67kVA (2.23)

2.2.4 Cálculo da demanda de tomadas de uso geral e uso específico

Seguindo a NBR5410 é necessário que haja um ponto de tomada de uso geral a cada
5m de perímetro numa área superior a 6m².
Contudo, na produção não serão necessárias tantas tomadas de uso geral como é
recomendado pela norma (Como o perímetro é 122,1m, o recomendado seriam 25 tomadas),
visto que raramente haverá televisões, celulares e computadores sendo utilizados no corte
de madeira e na manufatura de portas, por exemplo.
Assim, usando o bom senso, serão instaladas 10 tomadas, todas de 500 VA, bem distri-
buídas ao longo do perímetro da produção. Elas serão usadas para alimentar ferramentas
como furadeiras, policortes, microretificas, etc.

PT U GP = 10 × 500 (2.24)
13

PT U GP = 5kVA (2.25)

Para o uso específico, serão utilizadas 6 tomadas, todas para os motores. A demanda já
havia sido calculada na seção de motores, logo, as tomadas escolhidas são:

• TUE1 = 29,2 kVA

• TUE2 = 43,7 kVA

• TUE3 = 22,7 kVA

• TUE4 = 20,5 kVA

• TUE5 = 43,7 kVA

• TUE6 = 29,2 kVA

Ao total, serão necessários 194,0 kVA para alimentar todas as tomadas gerais e específi-
cas da produção.

2.3 Recepção

2.3.1 Iluminação da recepção

A partir dessa secção, serão aplicadas as fórmulas e tabelas apresentadas anteriormente.


Seguindo a tabela da figura 6 definimos a iluminância como média devido ao público alvo
não ser maior que 55 anos, não necessitar da velocidade e precisão e as cores das paredes
são claras com alta refletância. A partir disso, na figura 7 necessita de 750 lux.
Em sequência, é necessário calcular a área:

Ar = (3, 9 × 6) + (0, 74 × 3, 85) + (2, 80 × 1, 70) + (0, 50 × 3, 85) + (2, 15 × 2, 85) (2.26)

Ar = 39, 1m2 (2.27)

Agora é necessário calcular o k. O ambiente possui altura pé direito de 3m. Logo, a altura
de trabalho será 2,2m.

Área L C k
1 3,90 6 1
2 0,74 3,85 0,6
3 2,80 1,70 0,6
4 0,50 3,85 0,6
5 2,15 2,85 0,6
14

Assim como na produção existem várias áreas. Para unificar a iluminação, e o k escolhido
será 0,8. Olhando a tabela da figura 11 e definindo o ambiente como totalmente claro e
refletivo (7/5/1). Logo, o fator de utilização será 0,39.

Figura 11 – Tabela do fator k

Assim, é possível calcular o fluxo luminoso necessário

750 × 39, 1
Ψt = (2.28)
0, 39 × 0, 8

Ψt = 93.990, 38lm (2.29)

93.990, 38
Nl u = (2.30)
1 × 26000

Nl u = 4 (2.31)

Assim, serão utilizadas 4 lâmpadas na recepção.


Calculando a potência:

PT = 4 × 200 (2.32)

PT = 800W (2.33)

PA = 800/0, 6 (2.34)

PA = 1, 333kVA (2.35)
15

2.3.2 Cálculo de Demanda de TUG e TUE

Na recepção haverá um ar condicionado de 36000 BTU. Logo, é necessário uma tomada


de uso específico. Convertendo de 1 kW como 3.412,14 BTU temos que a potência neces-
sária para a tomada é de 10,56 kW. Não foi possível encontrar o fator de potência de ar
condicionado de qualquer uma das marcas, logo, foi considerado o valor típico de 0,92.

ACRecepcao = 10, 56k/0, 92 (2.36)

ACRecepcao = 11, 48kVA (2.37)

O cálculo do perímetro são expressos abaixo.

Pr = 6 + 4, 55 + 3, 9 + 2 + 6 + 2 + 2, 8 + 2, 85 + 2, 15 + 1, 15 + 3, 15 (2.38)

Pr = 36, 39m (2.39)

Seguindo o inciso 9.5.2.2.1.e da NBR5410, um ponto de tomada a cada 5m de perímetro


para cômodos com mais de 6m2 . No caso citado:

36, 39
NTUG = (2.40)
5
Arredondando o resultado para cima, obtemos:

NTUG = 8 (2.41)

Considerando cada tomada geral com 500 VA, obtemos:

RecDemandaTomadas = 11.480 + 500 × 8 (2.42)

Arredondando, obtemos:

RecDemandaTomadas = 15, 5kVA (2.43)

Somando com a demanda de iluminação, obtemos que a demanda total da recepção


será 16,833 kVA

2.4 Vendas

2.4.1 Iluminação

Av = 2 × 3, 15 = 6, 30m2 (2.44)

Como Hp = 2,2m. Podemos calcular o k:


16

2 × 3, 15
k= ≈ 0, 6 (2.45)
2, 2 × (2 + 3, 15)
E pela tabela da figura 11 encontramos que o fator de utilização é 0,32.
Substituindo na fórmula, temos:

750 × 6, 3
Ψt = (2.46)
0, 32 × 0, 8

Ψt = 18.457, 031lm (2.47)

Como a luminária industrial está superdimensionada para o caso, será utilizada a TMS426
com 2 lâmpadas por luminária:

18.457, 031
Nl u = (2.48)
2 × 3800

Nl u ≈ 3 (2.49)

Dessa forma, serão utilizadas 6 lâmpadas de 40W com fator de potência 0,92

PT = 6 × 40 (2.50)

PT = 240W (2.51)

PA = 240/0, 92 (2.52)

PA = 0, 26kVA (2.53)

2.4.2 Cálculo de Demanda de TUG e TUE

Na área de vendas haverá um ar condicionado de 12000 BTU ou 3,52 kW. Logo, a


potência aparente será 3,83 kVA (utilizado fator de potência como 0, 92). Como a área é
superior a 6m2 , podemos definir a quantidade de tomadas a partir do perímetro:

Pv = 2 × 2 + 2 × 3, 15 = 10, 3m (2.54)

Pela norma, o número mínimo de tomadas seriam 3. Contudo, a área de vendas irá
abrigar no mínimo 2 computadores e evenvualmente algum outro aparelho eletrônico como
o celular dos atendentes. Logo, serão aplicadas 5 tomadas de 500 VA nesse cômodo,
totalizando 2,5 kVA.
Somando com a demanda de iluminação, obtém-se 6,59 kVA de demanda total.
17

2.5 Financeiro

2.5.1 Iluminação

A f = 2 × 5 = 10m2 (2.55)

Como Hp = 2,2m. Podemos calcular o k:

2×5
k= ≈ 0, 6 (2.56)
2, 2 × (2 + 5)
E pela tabela da figura 11 encontramos que o fator de utilização é 0,32.
Substituindo na fórmula, temos:

750 × 10
Ψt = (2.57)
0, 32 × 0, 8

Ψt = 29.296, 875lm (2.58)

Como a luminária industrial está superdimensionada para o caso, será utilizada a TMS426
com 2 lâmpadas por luminária:

29.296, 875
Nl u = (2.59)
2 × 3800

Nl u ≈ 4 (2.60)

Dessa forma, serão utilizadas 8 lâmpadas de 40W com fator de potência 0,92

PT = 8 × 40 (2.61)

PT = 320W (2.62)

PA = 320/0, 92 (2.63)

PA = 0, 35kVA (2.64)

2.5.2 Cálculo de Demanda de TUG e TUE

Na área de vendas haverá dois ares condicionado de 12000 BTU ou 3,52 kW. Logo,
a potência aparente será 7,66 kVA. Como a área é superior a 6m2 , podemos definir a
quantidade de tomadas a partir do perímetro:

Pv = 2 × 2 + 2 × 3, 15 = 10, 3m (2.65)
18

Pela norma, o número mínimo de tomadas seria 3. Contudo, a área de vendas irá abrigar
no mínimo 2 computadores e evenvualmente algum outro aparelho eletrônico como o celular
dos atendentes. Logo, serão aplicadas 5 tomadas de 500 VA nesse cômodo, totalizando 2,5
kVA.
Somando com a demanda de iluminação, obtém-se 6,68 kVA de demanda total.

2.6 Gerência

2.6.1 Iluminação

Ag = 2, 7 × 6 = 16, 2m2 (2.66)

Como Hp = 2,2m. Podemos calcular o k:

2, 7 × 6
k= ≈ 0, 8 (2.67)
2, 2 × (2, 7 + 6)
E pela tabela da figura 11 encontramos que o fator de utilização é 0,39. Substituindo na
fórmula, temos:

750 × 16, 2
Ψt = (2.68)
0, 39 × 0, 8

Ψt = 38.942, 31lm (2.69)

Como a luminária industrial está superdimensionada para o caso, será utilizada a TMS426
com 3 lâmpadas por luminária:

38.942, 31
Nl u = (2.70)
3 × 3800

Nl u ≈ 4 (2.71)

Dessa forma, serão utilizadas 12 lâmpadas de 40W com fator de potência 0,92

PT = 12 × 40 (2.72)

PT = 480W (2.73)

PA = 480/0, 92 (2.74)

PA = 0, 521kVA (2.75)
19

2.6.2 Cálculo de Demanda de TUG e TUE

Na gerência haverá dois ares condicionados de 18000 BTU ou duas vezes 5,28 kW
que é 10,56 kW. Logo, a potência aparente será 11,60 kVA. Como a área é superior a 6m2 ,
podemos definir a quantidade de tomadas a partir do perímetro:

Pg = 2, 7 × 2 + 6 × 2 = 17, 4m (2.76)
Assim, serão disponibilizadas 4 tomadas na gerência. Cada uma com 500 VA. Logo, 2
kVA no total.
Somando com a demanda de iluminação, obtém-se 14,001 kVA de demanda total.

2.7 Vestiário 1

2.7.1 Iluminação do Vestiário 1

Ave = 6 × 7 = 42m2 (2.77)


Como Hp = 2,2m. Podemos calcular o k:

6×7
k= ≈ 1, 5 (2.78)
2, 2 × (6 + 7)
E pela tabela da figura 11 encontramos que o fator de utilização é 0,51.
Substituindo na fórmula, temos:

750 × 42
Ψt = (2.79)
0, 51 × 0, 8

Ψt = 77.205, 88lm (2.80)


Nesse caso será utilizada a luminária industrial circular:

77.505, 88
Nl u = (2.81)
1 × 26000

Nl u ≈ 3 (2.82)
Dessa forma, serão utilizadas 3 lâmpadas de 200W com fator de potência 0,6

PT = 3 × 200 (2.83)

PT = 600W (2.84)

PA = 600/0, 6 (2.85)

PA = 1kVA (2.86)
20

2.7.2 Cálculo de Demanda de TUG e TUE

Neste vestiário haverá três chuveiros. Cada um consome 7,5 kW, totalizando 22,5 kW.
Como o fator de potência para o chuveiro é de 1, então a potência em kVA é 22,5 kVA

Pve = 6 × 2 + 7 × 2 = 26m (2.87)

Como os vestiários não são áreas de serviço, será utilizado a recomendação da NBR
5410 de que deve-se ter uma tomada a cada 5m ou fração de perímetro. Então: Nve1 = 26
5 ≈6
de 600 VA, portanto 3,6 kVA. Entretanto, deve-se atentar que o vestiário também pode ser
considerado um banheiro e todas as tomadas devem estar há pelo menos 60 cm do início
do boxe do chuveiro.
Logo, a demanda total do vestiário 1 será: 27,1 kVA

2.8 Vestiário 2

O dimensionamento da iluminação e das tomadas é idêntico ao vestiário 1, contudo a


distribuição será diferente, sendo essa a única diferença.

2.9 Armazenamento Produto Final

2.9.1 Iluminação

Cálculo da área:

Aap f = 6 × 7 = 42m2 (2.88)

Cálculo do k com H p = 3,2m:

6×7
k= (2.89)
3, 2 × (6 + 7)

k≈1 (2.90)

Olhando a tabela da figura 11 obtemos que o fator de utilização é 0,4. Como o ambiente
é sujo tal qual a produção, o outro fator é 0,6. Assim como a produção, também a iluminância
do ambiente deve ser 500 lux.
Substituindo na fórmula, obtemos:

500 × 42
Ψt = (2.91)
0, 4 × 0, 6

Ψt = 87500lm (2.92)

87500
Nlmpadas = (2.93)
1 × 26000
21

Nlmpadas ≈ 4 (2.94)

A demanda é, portanto, igual a 4×200W /0, 6 = 1, 33kVA

2.9.2 Cálculo de Demanda de TUG

Seguindo a NBR5410, o armazenamento do produto final seria equivalente a uma sala


de bombas ou garagem. Logo, é necessário apenas uma tomada de 500 VA.
Assim, a demanda total dessa área será 1,83 kVA

2.10 Estoque Matéria Prima

2.10.1 Iluminação

Cálculo da área:

Aemp = 10 × 5 = 50m2 (2.95)

Cálculo do k com H p = 3,2m:

10 × 5
k= (2.96)
3, 2 × (10 + 5)

k≈1 (2.97)

Olhando a tabela da figura 11 obtemos que o fator de utilização é 0,4. Como o ambi-
ente é sujo tal qual a produção e o armazenamento do produto final, o outro fator é 0,6.
Analogamente, a iluminância do ambiente deve ser 500 lux.
Substituindo na fórmula, obtemos:

500 × 50
Ψt = (2.98)
0, 4 × 0, 6

Ψt = 104.166, 67lm (2.99)

104.166, 67
Nlmpadas = (2.100)
1 × 26000

Nlmpadas ≈ 4 (2.101)

A demanda é, portanto, igual a 4×200W/0,6 = 1,33 kVA

2.10.2 Cálculo de Demanda de TUG

Seguindo a NBR5410, o estoque seria equivalente a uma garagem. Logo, é necessário


apenas uma tomada de 500 VA. Assim, a demanda total dessa área será 1,83 kVA.
22

2.11 Banheiros

Cada banheiro (WC1, WC2, WC3, WC4) possuem a mesma dimensão.


Cálculo da área:

Ab = 1, 5 × 2 = 3m2 (2.102)

Cálculo do k com H p = 2,2m:

1, 5 × 2
k= (2.103)
2, 2 × (1, 5 + 2)

k ≈ 0, 6 (2.104)

Logo, o fator de utilização é 0,35.


Calculando o fluxo total:

750 × 3
Ψt = (2.105)
0, 35 × 0, 8

Ψt = 8.035, 71lm (2.106)

Será utilizada a luminária TMS426 com 3 lâmpadas por luminária para a iluminação
desse ambiente. Logo:

8.035, 71
Nl u = (2.107)
3 × 3800

Nl u = 1 (2.108)

Calculando a potência, obtemos: PWC = 3 × 40W /0, 92 ≈ 130, 435VA

2.11.1 Cálculo da TUG

Como é um banheiro, o número mínimo de tomadas será seguido: uma próxima ao lavabo.
Sua potência é de 600 VA.
Somando as potências, obtemos 0,74 kVA por banheiro. Como existem 4, serão 3 kVA.
23

2.12 Resultado final

Somando todas as demandas devido aos motores, à iluminação e às tomadas de cada um


dos comodos da marcenaria e compilando todas as quantidades de lâmpadas por cômodos
na tabela abaixo:

Cômodo N◦ de lâmpadas N◦ de tomadas(G;E) Demanda total (kVA)


Produção 44 10;6 208,67
Recepção 4 8;1 16,833
Vendas 6* 5;1 6,59
Financeiro 8* 5;2 6,68
Gerência 12 4;2 14,001
Vestiário 1 3 6;3 27,1
Vestiário 2 3 6;3 27,1
APF** 4 1;0 1,83
Estoque Matéria Prima 4 1;0 1,83
Banheiros*** 4 4;0 3,0
Planta 92 50;18 313,6
Tabela 1 – Informações finais

Legenda:
*: 2 lâmpadas por luminária
**: Armazenamento Produto Final
***: Cálculo feito para os 4 banheiros
G: Tomada geral
E: Tomada específica

Dessa forma, podemos aproximar a demanda total da planta por:

Dtotal ≈ 0, 32MVA (2.109)

Além disso, abaixo encontra-se as luminárias utilizadas para cada cômodo:

1. Opus PRO81942. Uma lâmpada de 200W e 26000 lumens: Produção, Recepção,


Vestiário 1 e 2, Armazenamento Produto Final, Estoque Matéria prima.

2. TMS426. 2 lâmpadas de 40W de 3800 lumens: Vendas e Financeiro.

3. TMS426. 3 lâmpadas de 40W de 3800 lumens: Gerência e Banheiros.

2.13 Planta final

Assim, é possível desenhar a planta final com os dados obtidos. A planta segue na
próxima página. O PDF original com a planta para aumentar o zoom da imagem bem como
o desenho em .dwg estão em anexo no arquivo zip.
24

Figura 12 – Planta final


25

3 REFERÊNCIAS

http://product-hub-prd.madeiramadeira.com.br/506796/documents/372020-lamp-tubular-led-
40w-ho-datasheet.pdf

https://www.cetti.com.br/luminaria-industrial-200w-led-26-mil-lumens-6500k-para-teto-opus-p
ro81942

http://joinville.ifsc.edu.br/ romario.coelho/Integrado%20em%20Eletroeletr%C3%B4nica/Lum
inot%C3%A9cnica/Cat%C3%A1logos/Luminaria_Fluorescente_TMS600_Philips_simples.pdf

Você também pode gostar