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Nova Iguaçu
Novembro de 2021
Sumário
Lista de Figuras c
Lista de Tabelas d
1 Introdução 1
1.1 Motivação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.2 Justificativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.3 Objetivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.4 Metodologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.5 Organização do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
2 Fundamentação Teórica 3
2.1 O Ciclo de Brayton . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
2.2 Compressor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.3 Câmara de combustão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.4 Turbina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.5 Trocador de Calor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
3 Método Proposto 10
3.1 Ciclo de Brayton . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
3.1.1 Etapa 1-2 :Admissão e Compressão . . . . . . . . . . . . . . . 10
3.1.2 Etapa 2-3: Combustão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
3.1.3 Etapa 3-4: Expansão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
3.1.4 Etapa 4-1: Troca de calor (exaustão) . . . . . . . . . . . . . . 11
3.1.5 Eficiência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
3.1.6 Equações de Entrada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
3.1.7 Fluxos de massa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
3.1.8 Calor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
3.1.9 Trabalhos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
3.1.10 Potência Turbina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
3.1.11 Potência Compressor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
3.1.12 Potência Fornecida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
a
SUMÁRIO b
4 Resultados e Discussões 15
5 Conclusões 17
Referências Bibliográficas 20
Lista de Figuras
c
Lista de Tabelas
d
1 Capítulo 1
2 Introdução
11 1.1 Motivação
12 As usinas termelétricas permitem a produção de energia mesmo em lugares mais
13 remotos ou sem recursos naturais, dos quais dependem as outras formas de geração
14 de energia, como mares, rios, clima favorável de Sol e ventos.
15 Além disso, vale salientar que as termelétricas possibilitam a geração de energia
16 em larga escala, podendo abastecer polos industriais, bairros, cidades e até mesmo
17 países, contribuindo com 70% da energia gerada no globo terrestre. [2]
18 1.2 Justificativa
19 A atual conjuntura de crise hídrica nacional traz a tona o problema da geração
20 de energia, anteriormente fornecida principalmente por meio das hidrelétricas. Logo,
21 a saída para tal problema é a implantação de mais usinas termelétricas, o que faz
22 com que a mesma seja um tema pertinente de estudo.
1
23 1.3 Objetivo
24 O objetivo deste trabalho é realizar o desenvolvimento de um projeto de usina
25 termelétrica, regida termodinamicamente pelo ciclo de Brayton, a fim de abastecer
26 o município de São Thomé das Letras, no estado de Minas Gerais.
27 O combustível do ciclo será o gás natural. A planta energética atenderá à de-
28 manda de 1,2MW ao mês, em épocas de baixa temporada, e cerca de três vezes a
29 demanda mensal nas épocas de alta temporada, totalizando 3,6MW ao mês.
30 1.4 Metodologia
31 O projeto será realizado através da escolha dos equipamentos necessários para
32 implantação do ciclo, seguido dos cálculos termodinâmicos deste, utilizando como
33 parâmetros de entrada as informações encontradas nos manuais técnicos dos equi-
34 pamentos, tabelas termodinâmicas do ar e do gás natural, e as potências requeridas
35 para o projeto.
36 Por fim, serão feitos os cálculos financeiros para implementação, e funcionamento
37 do projeto, gerando o valor do kWh a ser vendido.
2
44 Capítulo 2
45 Fundamentação Teórica
46 Neste capítulo, será feita uma breve revisão bibliográfica a cerca do ciclo utilizado
47 no projeto e de cada um de seus componentes.
53 Este ciclo na sua forma ideal é composto por 4 processos, sendo dois deles isen-
54 trópicos (adiabáticos reversíveis) e dois isobáricos, diferindo do ciclo de Carnot jus-
55 tamente por não apresentar processos isotérmicos.
56 Como conhecido anteriormente, o ciclo de Brayton mesmo na forma ideal, possui
57 rendimento inferior ao da máquina de Carnot (máquina termodinâmica ideal), onde
58 a eficiência é máxima (η = 100%).
3
Figura 2.2: Gráfico h x s dos ciclos ideal e real.
4
67 com o combustível que é inserido nesta etapa. Já no processo 3-4, esse ar com altas
68 pressão e temperatura é expandido, gerando trabalho. E por fim, no processo 4-1,
69 os gases de exaustão passam por um processo de redução de temperatura (perdendo
70 calor), para então recomeçar o ciclo.
71 A grande diferença entre os ciclos aberto e fechados, é que enquanto os gases são
72 expelidos na atmosfera ao fim do processo no primeiro, no segundo ele recircula no
73 ciclo, sendo este último mais empregado nas usinas de potência.
74 O ciclo estudado neste projeto é o ciclo de Brayton fechado, sendo ele composto
75 por 4 equipamentos, um compressor, uma câmara de combustão, uma turbina e um
76 trocador de calor.
77 2.2 Compressor
78 O compressor é o equipamento responsável por admitir o fluido de trabalho, no
79 caso o ar, e o comprimir, elevando assim sua pressão e consequentemente a sua
80 temperatura.
81 Dentre os diversos tipos de compressores existentes, o foco aqui será no compres-
82 sor de pistão, também conhecido como compressor alternativo. O funcionamento
83 deste é similar ao de um motor de combustão interna de pistão, mas obviamente,
84 sem a parte da ignição.
5
89 é então fechada, e inicia-se o processo de compressão. Quando o pistão chega ao
90 ponto limite de compressão (fim do curso), outra válvula é aberta, fazendo escoar o
91 gás então comprimido para outro recipiente do sistema, para ser utilizado. Ao fim
92 desse escoamento, essa segunda válvula é fechada e o processo reiniciado.
93 O compressor alternativo utilizado nesse projeto é o compressor alternativo de
94 pistão P isento de óleo de alta pressão, da Elektronikon®. Seus dados técnicos estão
95 dispostos na Tabela 2.1. [5] [6]
6
108 2.4 Turbina
109 A turbina é o terceiro equipamento so ciclo, disposta imediatamente após a
110 câmara de combustão, recebendo os gases desta, a fim de por meio deles gerar
111 trabalho.
112 O funcionamento da turbina é função dos gases vindos da combustão, que estão
113 à elevadas temperatura e pressão, formando um fluxo de gás, que escoa com grande
114 velocidade através desta, transformando a energia em trabalho no eixo.
115 Tratando-se de uma usina, o trabalho então gerado pela turbina é capaz de gerar
116 potência, se transformando por fim em energia elétrica.
117 No mercado existem diversos tipos de turbinas, para uma infinidade de aplica-
118 ções. No entanto, para este trabalho, será utilizada a turbina de Ação TM Flex, da
119 WEG, escolhida por atender à demanda do projeto em questão. Os dados técnicos
120 da mesma estão dispostos na Tabela 2.2. [8] [9]
7
121 2.5 Trocador de Calor
122 O trocador de calor, último componente do ciclo, é um dispositivo termodinâmico
123 responsável, como já diz intuitivamente seu nome, por realizar a transferência de
124 calor dos fluidos que se encontram em temperaturas diferentes.
125 Esse equipamento possui diversas configurações, podendo ser de placas, de feixes
126 tubular, serpentina, aletados, casco e tubo, duplo tubo. Dentre esses, o escolhido
127 foi o de placas.
128 O trocador de calor de placas é formado por um suporte com placas indepen-
129 dentes de metal que são sustentadas por barras, presas por compressão entre uma
130 extremidade móvel e outra fixa. Nas placas adjacentes se formam os canais por onde
131 os fluidos escoam.
132 Os canais são especialmente projetados para indução máxima de turbulência em
133 ambos os fluxos, desta forma garantindo máxima eficiência na transferência de calor.
134 O fluxo é contracorrente, ou seja, um fluido entra no permutador pela conexão
135 superior, enquanto que o outro entra pela conexão inferior, este processo certifica
136 melhores resultados nos sistemas de aquecimento ou resfriamento.
137 O trocador utilizado nesse projeto é o de placas da marca Paralelo modelo 2trs
138 P1. Suas características estão dispostas na Tabela 2.3. [10] [11]
8
Tabela 2.3: Ficha técnica da Trocador de calor
9
139 Capítulo 3
141 Neste capítulo serão definidas as equações que regem o ciclo utilizado no projeto.
P2 v1 T2
= ( )k = ( )k/(k−1) (3.1)
P1 v2 T1
Wc = cp (T2 − T1 ) (3.2)
10
146 3.1.2 Etapa 2-3: Combustão
Qq = cp (T3 − T2 ) (3.3)
T3 v3
= (3.4)
T2 v2
P3 v4 T3
= ( )k = ( )k/(k−1) (3.5)
P4 v3 T4
Wt = cp (T3 − T4 ) (3.6)
Qf = cp (T4 − T1 ) (3.7)
T4 v4
= (3.8)
T1 v1
T4 − T1 1
η =1− = 1 − (k−1)/k (3.9)
T3 − T2 rp
1
η =1− (α−1 )
(3.10)
rp
P1 = 800000 ∗ e (3.11)
P2 = 4200000 ∗ e (3.12)
11
P3 = P2 (3.13)
P4 = P1 (3.14)
T3 = 450 ∗ e (3.15)
Wt = 5000 ∗ e (3.16)
Wc = 230 ∗ e (3.17)
P2
rp = (3.18)
P1
k
α= (3.19)
k−1
Wt
ṁar = (3.20)
cp ∗ (T3 − T4 )
Qe
ṁf uel = (3.21)
P CI
Wt
wt = (3.24)
ṁar
Wc
wc = (3.25)
ṁar
12
157 3.1.10 Potência Turbina
13
166 3.2.4 Valor de consumo de gás por dia
R$ m3
2, 5905 1
(3.32)
y 9395, 718
y= 24.339, 94R$/dia
24.339, 94
= 1.014, 1642R$/h (3.33)
24
1.014, 1642
= 0, 3037R$/kW h (3.34)
3339
Vaquis
= Vaquis/h (3.37)
T30anos
14
174 Capítulo 4
176 Os resultados obtidos através das equações anteriormente definidos podem ser
177 encontrados nas tabelas a seguir:
178 Com isso, pode-se observar que para um ciclo de Brayton fechado simples a
179 eficiência foi de 63,56%.
180 De posse dos dados do ciclo, a próxima etapa do projeto é estimar os valores do
181 custo de aquisição da tecnologia e o valor do KWh a ser vendido.
182 De acordo com alguns autores, o tempo de vida dos equipamentos da usina é de
183 30 anos, logo será tomado como base para o cálculo do kWh a ser cobrado. Os valores
184 de imposto foram obtidos com base em pesquisas a cerca dos valores praticados no
15
Tabela 4.2: Valor de aquisição estimado
185 mercado.
186 Embora tenham sido computados os gastos do projeto, não foram levados em
187 conta os gastos com o funcionamento da câmara por falta de dados da mesma. Assim
188 como, não foram considerados gastos com terreno e mão de obra para instalação e
189 funcionamento da usina, com as tubulações e distribuição de energia, o que torna o
190 valor do kWh um pouco defasado.
16
191 Capítulo 5
192 Conclusões
17
202 Capítulo 6
2061 c l e a r a l l %#ok<CLALL>
2072 clc
2083 %% V a r i a v e i s
2094 k = 1 . 3 7 6 ; %Ar ( Tabela A−2 do engel )
2105 a l f a = k / ( k−1) ;
2116 e = 0.75;
2127 p c i = 3 4 . 6 ∗ 1 0 0 0 ; % PCI do GNV (KJ/ kg )
2138 p1 = 8∗100000∗ e ; % p r e s s a o de e n t r a d a do c o m p r e s s o r ( Pa )
2149 p2 = 42∗100000∗ e ; % p r e s s a o de s a i d a do c o m p r e s s o r ( Pa )
215
10 p3 = p2 ; % p r e s s a o de e n t r a d a da t u r b i n a ( Pa )
216
11 p4 = p1 ; % p r e s s a o de s a i d a da t u r b i n a ( Pa )
217
12 t 3 = ( 4 5 0 ) ∗ e ; % temperatura de e n t r a d a da t u r b i n a ( C )
218
13 Cp = 1 . 0 5 4 ; % Calor e s p e c f i c o a p r e s s a o c o n s t a n t e a 450 C
219 ( Tabela A−2 do engel )
220
14 rp = p2/p1 ;
221
15 %% Equacoes
222
16 Wt = 5∗1000∗ e ; % t r a b a l h o da t u r b i n a (KW)
223
17 Wc = 230∗ e ; % t r a b a l h o do c o m p r e s s o r (KW)
224
18 t 4 = ( ( p4/p3 ) ∗ ( t 3 ^ a l f a ) ) ^(1/ a l f a ) ; % temperatura de s a i d a da
225 turbina ( C )
226
19 m_ar = Wt/ (Cp∗ ( t3−t 4 ) ) ; % f l u x o de massa do a r ( kg / s )
227
20 wt = Wt/m_ar ; % t r a b a l h o da t u r b i n a (KJ/ kg )
228
21 wc = Wc/m_ar ; % t r a b a l h o do c o m p r e s s o r (KJ/ kg )
18
229
22 t 1 = t 4 ∗ 0 . 7 ; % temperatura de e n t r a d a do c o m p r e s s o r ( C )
230
23 t 2 = ( ( p2/p1 ) ∗ ( t 1 ^ a l f a ) ) ^(1/ a l f a ) ; % temperatura de s a d a
231 do c o m p r e s s o r ( C )
232
24 Qe = m_ar∗Cp∗ ( t3−t 2 ) ; % c a l o r da c m a r a de c o m b u s t o (KW)
233
25 Qs = m_ar∗Cp∗ ( t4−t 1 ) ; % c a l o r do t r o c a d o r de c a l o r (KW)
234
26 m_fuel = Qe/ p c i ; % f l u x o de massa do c o m b u s t v e l ( kg / s )
235
27 e f i c i e n c i a = 1 / ( rp ^ ( ( a l f a ^−1) ) ) ; % e f i c i e n c i a do c i c l o
236
28 e f i c i e n c i a 2 = ( ( t 1 / t 3 ) ) ∗ ( rp ^ ( ( a l f a ^( −1) ) ) ) ; % e f i c i e n c i a do
237 ciclo regenerativo
19
238 Referências Bibliográficas
20
265 [9] “Análise de rendimento turbina utilizando resfriamento”. www.cefet-rj.br/
266 attachments/article/2943/An%C3%A1lise_Rendimento_Turbina_G%
267 C3%A1s_utilizando_Resfriamento_Ar_Aspira%C3%A7%C3%A3o.pdf.
268 Accessado: 02/11/2021.
283 [12] ÇENGEL, Y. A., BOLES, M. A., BUESA, I. A. termodinâmica, v. 10. McGraw-
284 Hill São Paulo, 2006.
21