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PROJETO DE UMA USINA TERMELÉTRICA À GÁS NATURAL

UTILIZANDO O CICLO DE BRAYTON

Anne Carollinne Silva de Aquino e Eduardo Giacometti Freire

Projeto Final apresentado ao Departamento


de Engenharia Mecânica do Centro Federal de
Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca
campus Nova Iguaçu, como parte dos requisitos
necessários à obtenção do título de Bacharel em
Engenharia Mecânica.

Orientador: Felipe Quintanilha D.Sc.

Nova Iguaçu
Novembro de 2021
Sumário

Lista de Figuras c

Lista de Tabelas d

1 Introdução 1
1.1 Motivação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.2 Justificativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.3 Objetivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.4 Metodologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.5 Organização do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2

2 Fundamentação Teórica 3
2.1 O Ciclo de Brayton . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
2.2 Compressor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.3 Câmara de combustão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.4 Turbina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.5 Trocador de Calor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8

3 Método Proposto 10
3.1 Ciclo de Brayton . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
3.1.1 Etapa 1-2 :Admissão e Compressão . . . . . . . . . . . . . . . 10
3.1.2 Etapa 2-3: Combustão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
3.1.3 Etapa 3-4: Expansão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
3.1.4 Etapa 4-1: Troca de calor (exaustão) . . . . . . . . . . . . . . 11
3.1.5 Eficiência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
3.1.6 Equações de Entrada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
3.1.7 Fluxos de massa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
3.1.8 Calor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
3.1.9 Trabalhos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
3.1.10 Potência Turbina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
3.1.11 Potência Compressor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
3.1.12 Potência Fornecida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

a
SUMÁRIO b

3.2 Cálculos de Preço . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13


3.2.1 Valor de aquisição da tecnologia . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
3.2.2 Consumo de gás em m3 /dia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
3.2.3 Valor do m3 do gás . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
3.2.4 Valor de consumo de gás por dia . . . . . . . . . . . . . . . . 14
3.2.5 Valor de consumo de gás por hora . . . . . . . . . . . . . . . . 14
3.2.6 Parcela do valor do gás do kWh fornecido . . . . . . . . . . . 14
3.2.7 Parcela do valor do gás do kWh fornecido com imposto . . . . 14
3.2.8 Cálculo do tempo de 30 anos em horas . . . . . . . . . . . . . 14
3.2.9 Valor da aquisição por hora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
3.2.10 Valor final de custo do kWh . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
3.2.11 Valor final de venda do kWh . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

4 Resultados e Discussões 15

5 Conclusões 17

6 Apêndice A - Código MATLAB 18


6.1 Código do Matlab . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

Referências Bibliográficas 20
Lista de Figuras

2.1 Ciclo de Brayton aberto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3


2.2 Gráfico h x s dos ciclos ideal e real. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2.3 Ciclo de Brayton fechado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2.4 Compressor utilizado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.5 Câmara de combustão em uma usina termelétrica à gás natural. . . . 6
2.6 Turbina WEG utilizada. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.7 Trocador de calor utilizado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8

c
Lista de Tabelas

2.1 Ficha técnica do Compressor Elektronikon® . . . . . . . . . . . . . . 6


2.2 Ficha técnica da Turbina WEG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.3 Ficha técnica da Trocador de calor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

3.1 Variáveis de Entrada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

4.1 Dados obtidos para e = 0.7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15


4.2 Valor de aquisição estimado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
4.3 Valores calculados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16

d
1 Capítulo 1

2 Introdução

3 Com o passar dos anos, a humanidade foi se desenvolvendo e dependendo cada


4 vez mais das tecnologias criadas. Uma dessas, foi a produção da eletricidade.
5 Descoberta desde os primórdios, ainda do século VI a.C. com Tales de Mileto,
6 evoluindo até o primeiro dínamo em 1831, com Michael Faraday, atualmente pode
7 ser produzida por diversas maneiras. [1]
8 O leque de formas de produção de energia elétrica no Brasil é bem vasto, variando
9 entre hidrelétricas (água), usinas eólica (vento), solar (Sol), nuclear (combustíveis
10 radioativos) e termelétrica (queima de combustíveis), que será o tema deste trabalho.

11 1.1 Motivação
12 As usinas termelétricas permitem a produção de energia mesmo em lugares mais
13 remotos ou sem recursos naturais, dos quais dependem as outras formas de geração
14 de energia, como mares, rios, clima favorável de Sol e ventos.
15 Além disso, vale salientar que as termelétricas possibilitam a geração de energia
16 em larga escala, podendo abastecer polos industriais, bairros, cidades e até mesmo
17 países, contribuindo com 70% da energia gerada no globo terrestre. [2]

18 1.2 Justificativa
19 A atual conjuntura de crise hídrica nacional traz a tona o problema da geração
20 de energia, anteriormente fornecida principalmente por meio das hidrelétricas. Logo,
21 a saída para tal problema é a implantação de mais usinas termelétricas, o que faz
22 com que a mesma seja um tema pertinente de estudo.

1
23 1.3 Objetivo
24 O objetivo deste trabalho é realizar o desenvolvimento de um projeto de usina
25 termelétrica, regida termodinamicamente pelo ciclo de Brayton, a fim de abastecer
26 o município de São Thomé das Letras, no estado de Minas Gerais.
27 O combustível do ciclo será o gás natural. A planta energética atenderá à de-
28 manda de 1,2MW ao mês, em épocas de baixa temporada, e cerca de três vezes a
29 demanda mensal nas épocas de alta temporada, totalizando 3,6MW ao mês.

30 1.4 Metodologia
31 O projeto será realizado através da escolha dos equipamentos necessários para
32 implantação do ciclo, seguido dos cálculos termodinâmicos deste, utilizando como
33 parâmetros de entrada as informações encontradas nos manuais técnicos dos equi-
34 pamentos, tabelas termodinâmicas do ar e do gás natural, e as potências requeridas
35 para o projeto.
36 Por fim, serão feitos os cálculos financeiros para implementação, e funcionamento
37 do projeto, gerando o valor do kWh a ser vendido.

38 1.5 Organização do Trabalho


39 O trabalho será disposto da seguinte maneira, no capítulo 1, será feita uma breve
40 introdução do tema. No capítulo 2, será realizada uma revisão bibliográfica do ciclo
41 e seus componentes. No capítulo 3, serão apresentadas as equações do ciclo. No
42 capítulo 4, serão calculadas as variáveis apresentadas no capítulo anterior. Por fim,
43 no capítulo 5, será realizada a conclusão.

2
44 Capítulo 2

45 Fundamentação Teórica

46 Neste capítulo, será feita uma breve revisão bibliográfica a cerca do ciclo utilizado
47 no projeto e de cada um de seus componentes.

48 2.1 O Ciclo de Brayton


49 O ciclo de Brayton é um ciclo termodinâmico criado pelo engenheiro americano
50 George Bailey Brayton, no ano de 1872. Devido à sua configuração, é um dos ciclos
51 termodinâmicos mais empregados na construção de usinas de turbina a gás ou em
52 aeronaves. [3] [4]

Figura 2.1: Ciclo de Brayton aberto.

53 Este ciclo na sua forma ideal é composto por 4 processos, sendo dois deles isen-
54 trópicos (adiabáticos reversíveis) e dois isobáricos, diferindo do ciclo de Carnot jus-
55 tamente por não apresentar processos isotérmicos.
56 Como conhecido anteriormente, o ciclo de Brayton mesmo na forma ideal, possui
57 rendimento inferior ao da máquina de Carnot (máquina termodinâmica ideal), onde
58 a eficiência é máxima (η = 100%).

3
Figura 2.2: Gráfico h x s dos ciclos ideal e real.

59 Além da classificação como ciclo ideal ou real, onde os parâmetros de entropia


60 variam, ele ainda pode ser classificado como aberto ou fechado.
61 O ciclo aberto funciona similarmente ao fechado, diferenciando apenas no processo
62 4-1, ou seja, na exaustão dos gases, que é descarregado diretamente na atmosfera,
63 sendo portanto empregados nas turbinas de aeronaves.

Figura 2.3: Ciclo de Brayton fechado.

64 Já ciclo fechado opera da seguinte maneira, no processo 1-2 os ar é admitido e


65 comprimido, elevando suas temperatura e pressão. No processo 2-3 esse ar compri-
66 mido anteriormente é ainda mais aquecido, através do processo de combustão do ar

4
67 com o combustível que é inserido nesta etapa. Já no processo 3-4, esse ar com altas
68 pressão e temperatura é expandido, gerando trabalho. E por fim, no processo 4-1,
69 os gases de exaustão passam por um processo de redução de temperatura (perdendo
70 calor), para então recomeçar o ciclo.
71 A grande diferença entre os ciclos aberto e fechados, é que enquanto os gases são
72 expelidos na atmosfera ao fim do processo no primeiro, no segundo ele recircula no
73 ciclo, sendo este último mais empregado nas usinas de potência.
74 O ciclo estudado neste projeto é o ciclo de Brayton fechado, sendo ele composto
75 por 4 equipamentos, um compressor, uma câmara de combustão, uma turbina e um
76 trocador de calor.

77 2.2 Compressor
78 O compressor é o equipamento responsável por admitir o fluido de trabalho, no
79 caso o ar, e o comprimir, elevando assim sua pressão e consequentemente a sua
80 temperatura.
81 Dentre os diversos tipos de compressores existentes, o foco aqui será no compres-
82 sor de pistão, também conhecido como compressor alternativo. O funcionamento
83 deste é similar ao de um motor de combustão interna de pistão, mas obviamente,
84 sem a parte da ignição.

Figura 2.4: Compressor utilizado.

85 O compressor alternativo é geralmente composto de pistões fechados em cilindros,


86 e duas válvulas, uma para admissão e outra para saída dos gases. Seu funcionamento
87 é dado da seguinte forma, primeiramente o pistão é movido para fora do cilindro,
88 abrindo a válvula de admissão dos gases, ao chegar no fim de seu curso, essa válvula

5
89 é então fechada, e inicia-se o processo de compressão. Quando o pistão chega ao
90 ponto limite de compressão (fim do curso), outra válvula é aberta, fazendo escoar o
91 gás então comprimido para outro recipiente do sistema, para ser utilizado. Ao fim
92 desse escoamento, essa segunda válvula é fechada e o processo reiniciado.
93 O compressor alternativo utilizado nesse projeto é o compressor alternativo de
94 pistão P isento de óleo de alta pressão, da Elektronikon®. Seus dados técnicos estão
95 dispostos na Tabela 2.1. [5] [6]

Tabela 2.1: Ficha técnica do Compressor Elektronikon®

Dado Unidade Faixa


Capacidade l/s 45 - 328
Capacidade m3 /h 162 - 1180
Pressão de trabalho bar 25 - 42
Potência instalada do motor kW 37 - 230
Valor estimado (Vcomp ) R$ 25.000,00

96 2.3 Câmara de combustão


97 A câmara de combustão é o equipamento responsável pela inserção de calor no
98 ciclo. É dentro dela que ocorre o processo de mistura entre ar à elevada pressão e
99 temperatura com o combustível e a combustão desses.

Figura 2.5: Câmara de combustão em uma usina termelétrica à gás natural.

100 A localização da câmara de combustão no ciclo é logo após o compressor, uma


101 vez que a mesma recebe os gases processados por este para realizar o processo de
102 combustão.
103 Neste trabalho utilizou-se uma câmara de combustão teórica, uma vez que foram
104 encontradas muitas dificuldades em encontrar uma que atendesse às necessidades do
105 ciclo e que possuísse uma ficha técnica. Logo, o valor estimado para a mesma é de
106 Vcam =R$11.000, 00 ,sendo este fictício, podendo, portanto, não corresponder com a
107 realidade. [7]

6
108 2.4 Turbina
109 A turbina é o terceiro equipamento so ciclo, disposta imediatamente após a
110 câmara de combustão, recebendo os gases desta, a fim de por meio deles gerar
111 trabalho.
112 O funcionamento da turbina é função dos gases vindos da combustão, que estão
113 à elevadas temperatura e pressão, formando um fluxo de gás, que escoa com grande
114 velocidade através desta, transformando a energia em trabalho no eixo.
115 Tratando-se de uma usina, o trabalho então gerado pela turbina é capaz de gerar
116 potência, se transformando por fim em energia elétrica.

Figura 2.6: Turbina WEG utilizada.

117 No mercado existem diversos tipos de turbinas, para uma infinidade de aplica-
118 ções. No entanto, para este trabalho, será utilizada a turbina de Ação TM Flex, da
119 WEG, escolhida por atender à demanda do projeto em questão. Os dados técnicos
120 da mesma estão dispostos na Tabela 2.2. [8] [9]

Tabela 2.2: Ficha técnica da Turbina WEG

Dado Unidade Faixa


Potência nominal de saída MW 0-5
Pressão de admissão bar até 45

Temperatura de admissão C até 450
Rotação rpm 0 - 6500
Pressão de escape bar até 10
Valor estimado (Vturb ) R$ 35.000,00

7
121 2.5 Trocador de Calor
122 O trocador de calor, último componente do ciclo, é um dispositivo termodinâmico
123 responsável, como já diz intuitivamente seu nome, por realizar a transferência de
124 calor dos fluidos que se encontram em temperaturas diferentes.
125 Esse equipamento possui diversas configurações, podendo ser de placas, de feixes
126 tubular, serpentina, aletados, casco e tubo, duplo tubo. Dentre esses, o escolhido
127 foi o de placas.
128 O trocador de calor de placas é formado por um suporte com placas indepen-
129 dentes de metal que são sustentadas por barras, presas por compressão entre uma
130 extremidade móvel e outra fixa. Nas placas adjacentes se formam os canais por onde
131 os fluidos escoam.
132 Os canais são especialmente projetados para indução máxima de turbulência em
133 ambos os fluxos, desta forma garantindo máxima eficiência na transferência de calor.
134 O fluxo é contracorrente, ou seja, um fluido entra no permutador pela conexão
135 superior, enquanto que o outro entra pela conexão inferior, este processo certifica
136 melhores resultados nos sistemas de aquecimento ou resfriamento.

Figura 2.7: Trocador de calor utilizado.

137 O trocador utilizado nesse projeto é o de placas da marca Paralelo modelo 2trs
138 P1. Suas características estão dispostas na Tabela 2.3. [10] [11]

8
Tabela 2.3: Ficha técnica da Trocador de calor

Dado Unidade Valor



Temperatura máxima de trabalho C 225
Pressão máxima de trabalho bar 30
Capacidade kcal 6500
Valor estimado (Vtroc ) R$ 1.300,00

9
139 Capítulo 3

140 Método Proposto

141 Neste capítulo serão definidas as equações que regem o ciclo utilizado no projeto.

142 3.1 Ciclo de Brayton


143 Como visto no capítulo anterior, o ciclo de Brayton pode ser dividido em 4
144 etapas. [12] [13]

Tabela 3.1: Variáveis de Entrada

Dado Unidade Valor


k 1.376
e 0.7
PCI kJ/kg 34600
P1 Pa 800000
P2 Pa 4200000

T3 C 450
cp 1.054
Wt kW 5000
Wc kW 230

145 3.1.1 Etapa 1-2 :Admissão e Compressão

P2 v1 T2
= ( )k = ( )k/(k−1) (3.1)
P1 v2 T1

Wc = cp (T2 − T1 ) (3.2)

10
146 3.1.2 Etapa 2-3: Combustão

Qq = cp (T3 − T2 ) (3.3)

T3 v3
= (3.4)
T2 v2

147 3.1.3 Etapa 3-4: Expansão

P3 v4 T3
= ( )k = ( )k/(k−1) (3.5)
P4 v3 T4

Wt = cp (T3 − T4 ) (3.6)

148 3.1.4 Etapa 4-1: Troca de calor (exaustão)

Qf = cp (T4 − T1 ) (3.7)

T4 v4
= (3.8)
T1 v1

149 3.1.5 Eficiência

T4 − T1 1
η =1− = 1 − (k−1)/k (3.9)
T3 − T2 rp

1
η =1− (α−1 )
(3.10)
rp

150 3.1.6 Equações de Entrada


151 A fim de tornar possível a realização de analise do funcionamento dos equipa-
152 mentos em diferentes efetividades, algumas das variáveis foi multiplicada pelo fator
153 ’e’.

P1 = 800000 ∗ e (3.11)

P2 = 4200000 ∗ e (3.12)

11
P3 = P2 (3.13)

P4 = P1 (3.14)

T3 = 450 ∗ e (3.15)

Wt = 5000 ∗ e (3.16)

Wc = 230 ∗ e (3.17)

P2
rp = (3.18)
P1

k
α= (3.19)
k−1

154 3.1.7 Fluxos de massa

Wt
ṁar = (3.20)
cp ∗ (T3 − T4 )

Qe
ṁf uel = (3.21)
P CI

155 3.1.8 Calor

Qe = ṁar ∗ cp ∗ (T3 − T2 ) (3.22)

Qs = ṁar ∗ cp ∗ (T4 − T1 ) (3.23)

156 3.1.9 Trabalhos

Wt
wt = (3.24)
ṁar

Wc
wc = (3.25)
ṁar

12
157 3.1.10 Potência Turbina

3500kW ∗ 1h = 3500kW h (3.26)

158 3.1.11 Potência Compressor

161kW ∗ 1h = 161kW h (3.27)

159 3.1.12 Potência Fornecida

3500kW h − 161kW h = 3339kW h (3.28)

160 3.2 Cálculos de Preço


161 3.2.1 Valor de aquisição da tecnologia

Vaquis = Vcomp + Vcam + Vturb + Vtroc (3.29)

162 3.2.2 Consumo de gás em m3 /dia


163 [14]
kg s
0, 0833 1
x 86400 (3.30)
x= 7197, 12kg/dia
x= 9395, 718m3 /dia

164 3.2.3 Valor do m3 do gás


165 [15]
R$2, 2546/m3 + 14, 9% = 2, 5905R$/m3 (3.31)

13
166 3.2.4 Valor de consumo de gás por dia

R$ m3
2, 5905 1
(3.32)
y 9395, 718
y= 24.339, 94R$/dia

167 3.2.5 Valor de consumo de gás por hora

24.339, 94
= 1.014, 1642R$/h (3.33)
24

168 3.2.6 Parcela do valor do gás do kWh fornecido

1.014, 1642
= 0, 3037R$/kW h (3.34)
3339

169 3.2.7 Parcela do valor do gás do kWh fornecido com imposto

0, 3037R$/kW h + 22% = 0, 3706R$/kW h (3.35)

170 3.2.8 Cálculo do tempo de 30 anos em horas

T30anos = 262800h (3.36)

171 3.2.9 Valor da aquisição por hora

Vaquis
= Vaquis/h (3.37)
T30anos

172 3.2.10 Valor final de custo do kWh

V alcusto = Vaquis/h + 0, 3706R$/kW h (3.38)

173 3.2.11 Valor final de venda do kWh

V alvend = Vcusto + 40%(lucro) (3.39)

14
174 Capítulo 4

175 Resultados e Discussões

176 Os resultados obtidos através das equações anteriormente definidos podem ser
177 encontrados nas tabelas a seguir:

Tabela 4.1: Dados obtidos para e = 0.7

Dado Unidade Valor calculado



T1 C 140.1590

T2 C 220.5000

T3 C 315

T4 C 200.2271
P1 Pa 560000
P2 Pa 2940000
P3 Pa 2940000
P4 Pa 560000
rp 5.2500
α 3.6596
ṁar kg/s 28.9326
ṁf uel kg/s 0.0833
Wt kW 3500
Wc kW 161
wt KWs/kg 120.9706
wc KWs/kg 5.5646
Qe kW 2881.8
Qs kW 1831.8
η 0.6356

178 Com isso, pode-se observar que para um ciclo de Brayton fechado simples a
179 eficiência foi de 63,56%.
180 De posse dos dados do ciclo, a próxima etapa do projeto é estimar os valores do
181 custo de aquisição da tecnologia e o valor do KWh a ser vendido.
182 De acordo com alguns autores, o tempo de vida dos equipamentos da usina é de
183 30 anos, logo será tomado como base para o cálculo do kWh a ser cobrado. Os valores
184 de imposto foram obtidos com base em pesquisas a cerca dos valores praticados no

15
Tabela 4.2: Valor de aquisição estimado

Dado Unidade Valor calculado


Vcomp R$ 25.000,00
Vcam R$ 11.000,00
Vturb R$ 35.000,00
Vtroc R$ 1.300,00
Vaquis R$ 72.300,00

185 mercado.
186 Embora tenham sido computados os gastos do projeto, não foram levados em
187 conta os gastos com o funcionamento da câmara por falta de dados da mesma. Assim
188 como, não foram considerados gastos com terreno e mão de obra para instalação e
189 funcionamento da usina, com as tubulações e distribuição de energia, o que torna o
190 valor do kWh um pouco defasado.

Tabela 4.3: Valores calculados

Dado Unidade Valor calculado


Vm3 m3 /dia 9395,718
Vgás R$/m3 2,5905
Vgás/dia R$/dia 24.339,94
Vgás/h R$/h 1.014,1642
Vaquis R$ 72.300,00
Pturb kWh 3500
Pcomp kWh 161
Pf orn kWh 3339
T30anos h 262800
Vgás R$/kWh 0,3037
Vgás−trib R$/kWh 0,3706
Vaquis/h R$/h 0,2751
V alcusto R$/kWh 0,6457
V alvend R$/kWh 0,9040

16
191 Capítulo 5

192 Conclusões

193 A partir de todos os dados e informações coletados, como as características de


194 funcionamento da turbina, do compressor, dos trocadores de calor; também os parâ-
195 metros do fluido de trabalho (ar) e do combustível (gás natural), mostrou-se possível
196 realizar o projeto da usina termelétrica.

197 O projeto foi realizado com simplificações como: desconsideração da perda de


198 carga das tubulações e custos adicionais do processo energético. Custos esses atre-
199 lados ao preço do kwh que depende diretamente do custo do gás natural praticado
200 na região e a mão de obra da usina. Mesmo assim, os resultados encontrados, com
201 o uso de um fator de utilização variável dos aparelhos, são satisfatórios.

17
202 Capítulo 6

203 Apêndice A - Código MATLAB

204 6.1 Código do Matlab

205 Matlab Code

2061 c l e a r a l l %#ok<CLALL>
2072 clc
2083 %% V a r i a v e i s
2094 k = 1 . 3 7 6 ; %Ar ( Tabela A−2 do engel )
2105 a l f a = k / ( k−1) ;
2116 e = 0.75;
2127 p c i = 3 4 . 6 ∗ 1 0 0 0 ; % PCI do GNV (KJ/ kg )
2138 p1 = 8∗100000∗ e ; % p r e s s a o de e n t r a d a do c o m p r e s s o r ( Pa )
2149 p2 = 42∗100000∗ e ; % p r e s s a o de s a i d a do c o m p r e s s o r ( Pa )
215
10 p3 = p2 ; % p r e s s a o de e n t r a d a da t u r b i n a ( Pa )
216
11 p4 = p1 ; % p r e s s a o de s a i d a da t u r b i n a ( Pa )
217
12 t 3 = ( 4 5 0 ) ∗ e ; % temperatura de e n t r a d a da t u r b i n a ( C )
218
13 Cp = 1 . 0 5 4 ; % Calor e s p e c f i c o a p r e s s a o c o n s t a n t e a 450 C
219 ( Tabela A−2 do engel )
220
14 rp = p2/p1 ;
221
15 %% Equacoes
222
16 Wt = 5∗1000∗ e ; % t r a b a l h o da t u r b i n a (KW)
223
17 Wc = 230∗ e ; % t r a b a l h o do c o m p r e s s o r (KW)
224
18 t 4 = ( ( p4/p3 ) ∗ ( t 3 ^ a l f a ) ) ^(1/ a l f a ) ; % temperatura de s a i d a da
225 turbina ( C )
226
19 m_ar = Wt/ (Cp∗ ( t3−t 4 ) ) ; % f l u x o de massa do a r ( kg / s )
227
20 wt = Wt/m_ar ; % t r a b a l h o da t u r b i n a (KJ/ kg )
228
21 wc = Wc/m_ar ; % t r a b a l h o do c o m p r e s s o r (KJ/ kg )

18
229
22 t 1 = t 4 ∗ 0 . 7 ; % temperatura de e n t r a d a do c o m p r e s s o r ( C )
230
23 t 2 = ( ( p2/p1 ) ∗ ( t 1 ^ a l f a ) ) ^(1/ a l f a ) ; % temperatura de s a d a
231 do c o m p r e s s o r ( C )
232
24 Qe = m_ar∗Cp∗ ( t3−t 2 ) ; % c a l o r da c m a r a de c o m b u s t o (KW)
233
25 Qs = m_ar∗Cp∗ ( t4−t 1 ) ; % c a l o r do t r o c a d o r de c a l o r (KW)
234
26 m_fuel = Qe/ p c i ; % f l u x o de massa do c o m b u s t v e l ( kg / s )
235
27 e f i c i e n c i a = 1 / ( rp ^ ( ( a l f a ^−1) ) ) ; % e f i c i e n c i a do c i c l o
236
28 e f i c i e n c i a 2 = ( ( t 1 / t 3 ) ) ∗ ( rp ^ ( ( a l f a ^( −1) ) ) ) ; % e f i c i e n c i a do
237 ciclo regenerativo

19
238 Referências Bibliográficas

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261 A3o/Turbinas-a-Vapor/M%C3%A9dia-Press%C3%A3o-e-Temperatura/
262 Turbina-de-A%C3%A7%C3%A3o-TM-FLEX/Turbina-de-A%C3%A7%C3%
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271 matt_tool=39771991&matt_word=&matt_source=google&matt_
272 campaign_id=14303413616&matt_ad_group_id=125984288877&matt_
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274 539354956284&matt_keyword=&matt_ad_position=&matt_ad_
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276 MLB1610506887&matt_product_partition_id=1405276342276&matt_
277 target_id=aud-329638142375:pla-1405276342276&gclid=Cj0KCQjw_
278 fiLBhDOARIsAF4khR0ApRhkhW3nVSZvRXLWoJ27cGJJOWc1iDDG_BVKC-_
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