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ENGENHARIA ELÉTRICA
GRUPO 01
ALICE D’ANGELO GIACOMINI - 11208965
ANDRÉ SOBRAL - 12554060
ANNA KAROLINE DOS SANTOS CARDOSO - 12556020
ARTUR ANACLETO DE SOUZA MATOS - 12554543
AUGUSTO MASSAYOSHI YOJO DE LIMA - 12487121
BIANCA PINA BELLO - 12554762
BRUNO KEY KAWANO - 11260130
SÃO PAULO
2021
SUMÁRIO
1 PARTE 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.1 OBJETIVOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.2 METODOLOGIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.3 PASSO 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.3.1 TEORIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.4 PASSO 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.5 PASSO 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
3 COMENTÁRIOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES
FIGURAS
ÍNDICE DE TABELAS
TABELAS
1.1 OBJETIVOS
Essa etapa do Seminário tem o objetivo de permitir aos alunos realizar uma avaliação da
emissão de CO2 equivalente relativas ao consumo de energia das etapas 1 e 2 do seminário.
1.2 METODOLOGIAS
Serão determinadas as emissões de CO2 equivalentes com base nos valores obtidos da matriz
de consumo de energia da casa escolhida para a etapa 1 e etapa 2.
Devido à complexidade da modelagem e análise, não será avaliado a emissão de CO2 do
ciclo de vida completo (ACV) de cada fonte energética e combustı́vel utilizado, mas o aluno deve ter
consciência da importância desta análise mais completa. Vamos, portanto nos restringir a emissão
na fase de operação, ou seja, uso dos equipamentos de uso final de energia.
1.3 PASSO 1
1.3.1 TEORIA
Para fazer este levantamento vamos detalhar como se determina a emissão de CO2 equivalente
em função da matriz energética da residência.
A matriz brasileira de produção de energia elétrica é predominantemente baseada na produção
de energia hidroelétrica, como já visto nas aulas. A composição de emissão de CO2 equivalente
devido ao setor de energia elétrica é feita pela contribuição das diversas fontes de energia primária
que são utilizadas para produzir energia elétrica. O peso é proporcional ao despacho de operação
(quantidade de energia gerada por cada tipo de fonte de energia elétrica no perı́odo), portanto muda
em função da priorização dada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico- ONS- (Órgão do Setor
Elétrico responsável pela definição, para cada perı́odo do tempo, de quais usinas atenderão a carga e
os montantes de energia gerados por cada uma), em função de restrições técnicas, econômicas e
ambientais. Como o potencial de energia hidráulica é sazonal, tem sido uma prática em perı́odos
úmidos com pouca chuva, realizar o despacho de usinas térmicas para preservar a água nos reser-
vatórios para o perı́odo seco. Esta prática acaba elevando o custo da energia e aumentando muito
a emissão de CO2 equivalente, pois a usinas termelétricas usam os seguintes combustı́veis: Óleo
combustı́vel, Gás Natural, diesel, carvão mineral, biomassa, dentre outros.
4
Podemos ter uma ideia da equivalência relativa dos GEE (gases de efeito estufa) em relação
ao CO2eq observando os dados da tabela 1 a seguir:
0,544 0,544 0,527 0,544 0,527 0,544 0,544 0,527 0,544 0,527 0,544
0,491
0,474 0,474 0,458 0,474 0,458 0,474 0,474 0,458 0,474 0,458 0,474
0,428
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Etapa 1 Etapa 2
O consumo mensal da etapa 2 advém do consumo médio diário pós implementações GLD
junto à troca dos equipamentos da etapa 2 (ver tabela 11 do relatório 2).
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Podemos agora avaliar assim o efeito das reduções mensais e anual de emissão de CO2
equivalente da etapa 2 em relação a etapa 1 da residência escolhida. A emissão mensal de CO2eq
é obtida através do produto do fator de emissão médio mensal (obtido no site do MCTI para cada
mês) pelo consumo mensal de energia elétrica, conforme a equação a seguir:
= Energia elétrica consumida no mês (MWh) × Fator de emissão de CO2 equivalente mensal
Tabela 3
ETAPA 1 ETAPA 2
Emissões % de
Meses Consumo de Emissões Consumo de Emissões (tCO2 ) redução
EE (MWh) (tCO2 ) EE (MWh) (tCO2 )
Jan 0,54436 0,049863376 0,47368 0,043389088 0,006474288 12,98
Fev 0,49168 0,027435744 0,42784 0,023873472 0,003562272 12,98
Mar 0,54436 0,020903424 0,47368 0,018189312 0,002714112 12,98
Abr 0,5268 0,01559328 0,4584 0,01356864 0,00202464 12,98
Mai 0,54436 0,019488088 0,47368 0,016957744 0,002530344 12,98
Jun 0,5268 0,02586588 0,4584 0,02250744 0,00335844 12,98
Jul 0,54436 0,0217744 0,47368 0,0189472 0,0028272 12,98
Ago 0,54436 0,022536504 0,47368 0,019610352 0,002926152 12,98
Set 0,5268 0,01733172 0,4584 0,01508136 0,00225036 12,98
Out 0,54436 0,052312996 0,47368 0,045520648 0,006792348 12,98
Nov 0,5268 0,06274188 0,4584 0,05459544 0,00814644 12,98
Dez 0,54436 0,060369524 0,47368 0,052531112 0,007838412 12,98
Ano 6,4094 0,39 5,5772 0,344771808 0,051445008 12,98
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d) Com base na tabela 3, faça um gráfico de barras colocando nele as emissões de CO2
equivalente da etapa 1 e da etapa 2, lado o lado para cada mês.
0,0603
0,0523
0,0498
0,0545 0,0525
0,0434 0,0455
0,0274 0,0258
0,0209 0,0217 0,0225
0,0195 0,0173
0,0239 0,0155 0,022
0,0182 0,0189 0,0196
0,0169 0,015
0,0136
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Etapa 1 Etapa 2
1.4 PASSO 2
Para os outros energéticos será feito o cálculo de emissão anual de CO2 só para etapa 1.
Para estes combustı́veis (Gás Natural, GLP, gasolina, álcool, diesel) determinar a emissão de
CO2eq emitido mensalmente utilizando a seguinte equação:
44
= Quantidade mensal de Combustı́vel Consumido (TJ) × × Fator de oxidação
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Álcool Gás
Combustı́vel Gasolina1 Etanol
anidro Natural2
L/mês 29,8 10,8 55 21000
Densidade (t/m3 ) 0,74 0,791 0,82 0,000766
Poder calorı́fico inferior (TJ/t) 0,04354 0,0282 0,0277 0,0368
TJ/mês 0,00094 0,00025 0,0012 0,0006
Conteúdo de carbono (tC/TJ) 18,9 14,81 14,81 15,3
Fator de Oxidação 0,99 1 1 0,995
Emissões (tCO2 /mês) 0,064 0,0131 0,0678 0,033
1 Razão
gasolina/anidro disponı́vel em: autopapo.uol.com.br
2 Informações
a respeito do gás natural disponı́veis em: www.anp.gov.br. Para efeitos de cálculos, considera-se para
esse e para os demais energéticos o consumo médio mensal real da etapa 1.
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Tabela 4: Emissão total de CO2eq mensal para demais energéticos (tCO2 )
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Dias 31 28 31 30 31 30 31 31 30 31 30 31
Emissão de CO2eq 0,184 0,166 0,184 0,178 0,184 0,178 0,184 0,184 0,178 0,184 0,178 0,184
1.5 PASSO 3
Determinar as emissões totais anuais de CO2eq que serão dadas pelas somatórias das emissões
anuais de cada um dos energéticos utilizados e calculados nos passos 1 e 2. Lembrar que para a
energia elétrica foram calculadas as emissões das etapas 1 e 2 e para os outros energéticos devemos
considerar a mesma emissão na etapa 1 e 2, conforme as seguintes equações:
= Emissões de CO2 EE da etapa 1(tCO2 eq )+ ∑ Emissões de CO2 dos demais energéticos da etapa 1
= Emissões de CO2 EE da etapa 2(tCO2 eq )+ ∑ Emissões de CO2 dos demais energéticos da etapa 2
e) Preencher a tabela 5;
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2 PARTE 2 - PEGADA ECOLÓGICA
Segundo WWF (Fundo Mundial para a Natureza), do lado da demanda, a Pegada Ecológica
mede a quantidade de área terrestre e marinha necessária para produzir todos os recursos consumidos
por uma população e para absorver seus resı́duos. “O uso de combustı́veis fósseis no sistema de
transporte e o desperdı́cio de alimentos estão entre os principais vetores de pressão da demanda por
recursos naturais no Brasil”.
Um componente importante da Pegada Ecológica é a Pegada de Carbono, que representa
a área de terra necessária para sequestrar as emissões de dióxido de carbono geradas pela queima
de combustı́veis fósseis, desmatamento e outras fontes, como produção de cimento e fermentação
entérica de bovinos, por exemplo. Atualmente, a pegada de carbono representa 60% da Pegada
Ecológica total da humanidade e é também a parte de crescimento mais rápido. Porque estamos
emitindo dióxido de carbono no ar a uma taxa muito mais rápida do que pode ser absorvido, ele
está se acumulando na atmosfera e no oceano. Ou seja, o aumento em nossa Pegada de Carbono é o
principal impulsionador da crise climática, que é o resultado mais conhecido - junto com a perda de
biodiversidade - de nosso gasto ecológico excessivo. Portanto, reduzir significativamente a pegada
de carbono é um passo essencial tanto para reduzir nossa pegada ecológica como também para
mitigar a crise climática.
Segundo WWF “A conta da humanidade com a Terra entrou no vermelho a partir de 29 de
julho de 2019”. Desse dia em diante, passamos a consumir mais recursos do que o planeta consegue
regenerar.
O motivo pelo qual isso acontece é nosso atual padrão de consumo, que exige uma quantidade
maior de recursos do que a natureza consegue oferecer. Projeções moderadas das Nações Unidas
para o aumento da população e do consumo indicam que em 2030 precisarı́amos da capacidade de
duas Terras para acompanhar nosso nı́vel de demanda por recursos naturais.
Como medir?
Uma vez que a pegada de carbono está diretamente relacionada com os nossos hábitos diários,
é natural que a sua medição incida em fatores tão diversos como: a idade, o local onde vive e o
tamanho da sua habitação, os seus custos energéticos mensais (água, luz, gás), a quantidade de
lixo que produz em casa e os seus hábitos de reciclagem, os seus hábitos de compra, que tipo de
alimentos consome e como é que esses alimentos são produzidos, se viaja muito e quais os meios de
transporte que privilegia.
Sob a ótica coletiva, o cálculo da Pegada de uma cidade, um estado ou um paı́s tem por
missão melhorar a gestão pública e mobilizar a população a rever seus hábitos.
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2.1 OBJETIVO
Resultados obtidos:
Figura 3: Estimativa da pegada ecológida da residência escolhida
Fonte: https://iniciativaverde.org.br/calculadora
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Fonte: https://pt.knoema.com/atlas/Estados-Unidos-de-Am%c3%a9rica/Emiss%c3%b5es Fonte: https://pt.knoema.com/atlas/Brasil/Emiss%c3%b5es-de-CO2-toneladas-m%c3%a9t
-de-CO2-toneladas-m%c3%a9tricas-per-capita ricas-per-capita
Fonte: https://pt.knoema.com/atlas/maps/Emiss%c3%b5es-de-CO2-toneladas-m%c3%a9tricas-per-capita
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3 COMENTÁRIOS
ETAPA 1 ETAPA 2
Emissões % de
Meses Consumo de Emissões Consumo de Emissões (tCO2 ) redução
EE (MWh) (tCO2 ) EE (MWh) (tCO2 )
Jan 0,54436 0,049863376 0,47368 0,043389088 0,006474288 12,98
Fev 0,49168 0,027435744 0,42784 0,023873472 0,003562272 12,98
Mar 0,54436 0,020903424 0,47368 0,018189312 0,002714112 12,98
Abr 0,5268 0,01559328 0,4584 0,01356864 0,00202464 12,98
Mai 0,54436 0,019488088 0,47368 0,016957744 0,002530344 12,98
Jun 0,5268 0,02586588 0,4584 0,02250744 0,00335844 12,98
Jul 0,54436 0,0217744 0,47368 0,0189472 0,0028272 12,98
Ago 0,54436 0,022536504 0,47368 0,019610352 0,002926152 12,98
Set 0,5268 0,01733172 0,4584 0,01508136 0,00225036 12,98
Out 0,54436 0,052312996 0,47368 0,045520648 0,006792348 12,98
Nov 0,5268 0,06274188 0,4584 0,05459544 0,00814644 12,98
Dez 0,54436 0,060369524 0,47368 0,052531112 0,007838412 12,98
Ano 6,4094 0,39 5,5772 0,344771808 0,051445008 12,98
A partir da tabela 3, é possı́vel observar que todos os meses apresentaram a mesma redução
percentual na emissão do carbono, 12,98%. Isso acontece, porque a redução do consumo de
eletricidade foi feita com base no consumo diário e aplicada de maneira uniforme ao ano todo,
ou seja, na casa escolhida, não há distinção do consumo entre inverno e verão. É importante
frisar, porém, que isso não significa que todos os meses apresentaram dados similares em números
absolutos, novembro, por exemplo, por apresentar o maior fator de emissão, 0,1191 tCO2 /MWh,
na tabela 2, apresentou a maior emissão, 0,06274188 tCO2 , na etapa 1, e, consequentemente, a
maior redução de emissão em tCO2 , 0,00814644. É possı́vel notar então, que os dados de novembro
contrastam drasticamente com os de abril, mês com o menor fator de emissão, 0,0296 tCO2 /MWh,
a menor emissão em em tCO2 , 0,01559328, na etapa 1, e consequentemente a menor redução de
emissão, 0,00202464 tCO2 .
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Comentários sobre a tabela 5:
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Dias 31 28 31 30 31 30 31 31 30 31 30 31
Emissão de CO2eq 0,184 0,166 0,184 0,178 0,184 0,178 0,184 0,184 0,178 0,184 0,178 0,184
Na tabela 5, é possı́vel notar que não houve alteração nas emissões de carbono referentes aos
demais energéticos. Isso se deve ao fato de que os cálculos para redução do consumo, provenientes
da etapa 2, só tratavam do consumo de eletricidade. Como consequência disso, a redução de 12,98%,
calculada na tabela 3, entre a emissão de carbono das etapas 1 e 2 para eletricidade, se torna menos
significativa quando se considera o consumo total de energia, passando a ser cerca de 9,04%.
Comparação da pegada ecológica:
A partir dos dados recenseados da etapa 1, em conjunto com a calculadora do site https:
//iniciativaverde.org.br/calculadora, determina-se a quantidade de toneladas de CO2 emitida pela
residência escolhida que encerra 1,607 tCO2 . Dessa forma, a pegada per capita resulta da divisão do
valor aferido pelo número de residentes: 1,607/4 = 0,41075 tCO2 . Em ambas as comparações, o
valor obtido é inferior a pegada per capita média dos EUA (15,52 tCO2 ) e do Brasil (2,25 tCO2 ).
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