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LIÇÃO
05

O REINADO
DE ACAZIAS
MINISTRANTE: PROF. TIAGO ROSAS
 Livro Reflexões contundentes
sobre Escola Bíblica Dominical
(versão revisada e ampliada – 137 páginas e 20 capítulos)

Autoria: Tiago Rosas

Preço: R$ 29,99 + 8,00 de Frete/Brasil
Peça o seu pelo WhatsApp 83 98708-7983
 Na Lição de hoje nos dedicaremos a estudar o
INTRO- breve reinado de Acazias, filho de Acabe, em Israel,
dando destaque mais uma vez para a atuação do
DUÇÃO profeta Elias no combate à idolatria patrocinada pelo
governo. A Lição toda desenvolve-se com base nos
três últimos versículos de 1Reis e no primeiro
capítulo de 2Reis, textos esses cuja leitura e estudo
devem ser feitos com muita atenção pelos
professores e alunos (inclusive uma leitura rápida
pode ser feita na própria classe, visto serem pouco
mais de 20 versículos ao total). Com a Bíblia em
mãos, aprendamos um pouco mais!
 TÓPICO
I

UM REINADO MARCADO
PELA IDOLATRIA
1. O deus de Acazias
Acazias foi o oitavo rei de Israel, após a
divisão do reino. Era filho de Acabe e Jezabel,
e seguindo o mau exemplo de seus pais
“serviu a Baal e o adorou” (1Re 22.51-53, NVI).
Gravemente ferido, após uma queda em seu
palácio em Samaria, enviou mensageiros à
cidade dos filisteus, Ecrom, para saber do deus
Baal-Zebube se ficaria curado. Embora em
Samaria existisse templo de Baal (2Re 10.17-
21), Acazias recorreu a um templo estrangeiro,
talvez querendo esconder dos adversários sua
doença e consequente fraqueza, ou por algum
insucesso diante de preces não atendidas ao
Baal samaritano. Um idólatra cego!

* Apesar da má criação recebida em seu lar, Acazias
podia ter feito a diferença. Para isso existia a Lei do
Senhor, os profetas do Senhor (como o próprio Elias) e
outras formas divinas de revelação (teofania, sonhos,
visões, etc.), que Acazias poderia ter lido, ouvido e
atendido para desvencilhar-se da idolatria. O ambiente
doméstico teve influência, mas foi por sua própria vontade
que ele perseverou no erro e desprezou Yavé.
2. Acazias segue os passos de seus pais
Acazias, rei de Israel, cresceu em um lar
tomado pela idolatria, que foi importada da
Fenícia por Acabe ao casar com Jezabel*.
Esta mulher perversa demonstrou-se muito
empenhada em popularizar e oficializar a
adoração a Baal em todo território de
Israel, chegando a ter grande influência
sobre o marido Acabe, sobre os filhos
Acazias e Atalia e sobre o neto Acazias
(filho de Atalia e rei de Judá, para onde a
idolatria a Baal também foi levada – 2Re
8.25-27; 2Cr 22.1-4, versões NVI e NVT).
Acazias ilustra o ditado “filho de peixe,
peixinho é”.
 TÓPICO
II

ELIAS DESAFIA A
ADORAÇÃO A BAAL

* Anjo ou anjo?
Algumas versões colocam “Anjo do SENHOR”, grafando
a primeira letra com inicial maiúscula porque os
tradutores entenderam tratar-se de uma manifestação
visível do próprio Deus (ARA e NAA). Outras versões
colocam “anjo”, com inicial minúscula, porque entendem
tratar-se de um mensageiro (que é o que significa a
palavra anjo) enviado por Deus (ARC, NVI e NVT).
1. A corajosa intervenção de Elias
Como já dissemos em estudos passados,
Elias foi um dardo inflamado nas mãos
de Deus para golpear a idolatria dos reis
de Israel. Novamente o vemos em cena:
orientado pelo anjo* do Senhor, Elias
interrompe a marcha dos mensageiros de
Acazias para lhes entregar um recado:
“Será que não há Deus em Israel, para que
vocês estejam indo consultar Baal-Zebube,
deus de Ecrom? Por isso, assim diz o
SENHOR: Da cama em que está deitado
você não sairá mais. Você certamente
morrerá” (2Re 1.3,4, NAA).

* “Os antigos pagãos acreditavam que os poderes
mágicos de uma maldição podiam ser anulados se
a pessoa que o pronunciasse fosse obrigada a se
retratar ou morta, de modo que a maldição
acompanharia o indivíduo para o mundo dos
mortos” – Bíblia Arqueológica NVI, p. 528.
2. A resposta de Elias aos soldados do rei
Acazias estava tão decidido consultar Baal-
Zebube, que chegou a enviar em sequência três
pelotões, cada um com 50 soldados e um
capitão, para prender Elias e talvez fazê-lo se
retratar da “maldição” lançada sobre o rei*.
Porém, ao primeiro e segundo pelotão, que
demonstraram subserviência ao rei apóstata e
desrespeito para com o homem de Deus, a
resposta de Elias foi: “Se sou homem de Deus,
que desça fogo do céu e consuma você e os
seus cinquenta sodados”. E de fato, fogo do céu
os consumiu imediatamente! (2Re 1.9-12). Para
com o terceiro batalhão, cujo capitão demonstrou
humildade perante o profeta e rogou por
clemência, Elias, novamente orientado pelo anjo
do Senhor, o acompanhou até o rei (vv. 13-15).

Tiago e João, discípulos de Jesus, quiseram imitar o
ministério de fogo de Elias, porém, o Senhor os
repreendeu, visto que o tempo era para misericórdia
e não para condenação (Lc 9.52-56).
3. Um ministério de fogo
Elias teve um ministério marcado pelo fogo,
e, como pontua o comentarista Claiton
Pommerening, este profeta bem pode ser
chamado de “profeta de fogo”. Na vida de
Elias, vê-se o fogo presente:
1. No monte Carmelo, quando confrontou os
profetas de Baal (1Re 18.36-38)
2. No monte Horebe, quando o Senhor falou
com ele (19.12)
3. No confronto com os pelotões de Acazias
(2Re 1.10-12)
4. Na carruagem celestial que veio tirá-lo da
terra (2.11)
 TÓPICO
III

A DOENÇA DE ACAZIAS
E A SUA MORTE
1. O julgamento do Senhor contra Acazias
Visto que Acazias “provocou a ira do
Senhor, Deus de Israel” (1Re 22.53, NVI),
indo após os falsos deuses cuja idolatria
trouxera perdição de vários reis e do povo,
Yavé mostrou a Acazias que Deus
realmente tem boca e fala, e que Deus
realmente tem conhecimento do futuro e
poder para determinar a cura ou morte de
um enfermo. O rei ímpio buscava respostas
de Baal-Zebube, mas Yavé é que lhe deu o
ultimato através do seu porta-voz Elias: “Da
cama a que subiste, não descerás, mas,
sem falta, morrerás” (2Re 1.4,16; Rm 6.23).
2. A determinação de Elias e a morte do rei
Elias, cujo nome significa Deus é Yavé,
era homem de uma palavra só. Mandou
um recado para o rei Acazias (2Re 1.3,4)
e, quando foi chamado para confirmar o
que disse, na presença do rei de Israel
ele repetiu exatamente as mesmas
palavras que diziam respeito a sentença
de morte do rei idólatra (vv. 15,16). Elias
era homem de Deus de fato! Sua palavra
era “sim, sim” e “não, não” (Mt 5.37; Tg
5.12). Quanto ao reinado de Acazias, foi
curto (dois anos!) e não deixou herdeiro
no trono, sendo substituído por seu irmão
Jorão (v. 17). Foi cortado pela raiz!
3. As qualidades de Elias
Qualidades do profeta Elias, que todos nós
também devemos ter em nosso caráter:
1. Intimidade com Deus. Elias era homem de
intensa oração e sensibilidade espiritual;
2. Zelo em promover a adoração ao Deus de
Israel e condenar a idolatria. Elias sabia que
só existe um Deus e Senhor;
3. Clareza e assertividade, ou seja, assumia
compromisso com o que dizia;
4. Fidelidade a Deus e a Sua Lei;
5. Coragem, ainda que “sujeito aos mesmos
sentimentos que nós” (Tg 5.17a; 2Tm 1.7).
CON O reinado de Acazias, ainda que muito curto, foi tão
perverso quanto o de seu pai Acabe. Ignorou a Deus

CLU e promoveu a idolatria. Aliar-se a ele foi um grande

prejuízo até mesmo para o piedoso rei de Judá,
SÃO Josafá (2Cr 20.35-37). Foi o último dos reis de Israel
confrontado diretamente pelo profeta Elias. Sua vida
ao mesmo tempo ensina quão fundo um homem
pode ir no pecado devido a teimosia de seu coração,
quão grande loucura é desprezar a Deus para buscar
os ídolos e quão terrível é o fim para os que não se
humilham diante do Senhor. Mas em Elias vemos
uma “luz no fim do túnel”. Será que alguém em Israel
irá segui-lo? Veremos nas próximas Lições.
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