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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE ABAETETUBA


FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA – FACET
CURSO DE LICENCIATURA EM FÍSICA
DISCENTES:
ANDRIA PEREIRA PANTOJA
BENEDITO MACIEL E MACIEL
LUIZ HENRIQUE SOUSA
LEANDRO RODRIGUES DA SILVA

DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DILATAÇÃO LINEAR DE UM MATERIAL

ABAETETUBA- PA
2021
DISCENTES:
ANDRIA PEREIRA PANTOJA
BENEDITO MACIEL E MACIEL
LUIZ HENRIQUE SOUSA
LEANDRO RODRIGUES DA SILVA

DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DILATAÇÃO LINEAR DE UM MATERIAL

Apresentação: relatório apresentado à


Universidade Federal do Pará como critério
de avaliação da disciplina Laboratório básico
II, ministrada pelo professor Esp. Francenildo
Baia Reis.

ABAETETUBA- PA
2021
RESUMO

1. INTRODUÇÃO
Dilatação linear é um fenômeno em que um corpo de formato alongado sofre um
aumento em seu comprimento por conta de um aumento de temperatura. A dilatação sofrida
por um corpo depende de fatores como a variação de temperatura sofrida e o coeficiente de
dilatação característico de cada substância. O primeiro grande físico a propor de forma clara
um problema envolvendo a deformação de corpos foi Galileu Galilei, que formulou uma
situação concreta sobre como os objetos se deformam. Galileu inspirou-se nas escoras de
madeira que apoiam telhas pelos telhados da cidade e que, com o passar do tempo,
deformavam-se com facilidade. A dilatação sempre se dá em todas as dimensões do corpo.
Entretanto, por conveniência, divide-se o seu estudo em dilatação linear, superficial e
volumétrica. Esta divisão está diretamente relacionada às dimensões relevantes do processo
estudado. Por exemplo, uma barra metálica em que se quer analisar seu comprimento L0 pode
ser tratada como um objeto em uma dimensão. Neste caso, a variação do comprimento L0.
A tendência dos materiais para aumento de volume é indicada pelos coeficientes. Na
tabela (1) podemos verificar os valores de algumas temperaturas, onde cada uma delas possui
seus valores em alfa. Um dos exemplos de dilatação linear de um material em nosso dia-a-dia
são os os fios de cobre utilizados na transmissão de corrente elétrica nos postes são sempre
maiores que a distância entre os postes. Caso não fossem, em dias frios, esses condutores
sofreriam variações negativas em seu comprimento, podendo sofrer rupturas. Alguns desses
exemplos do cotidiano são bastante perceptíveis, outros não estão muito visíveis.
2. OBJETIVOS
2.1 GERAL
- Mostrar que as variações de temperatura podem causar alterações nas dimensões dos
objetos por meio da alteração do estado de agitação das moléculas.
2.2 ESPECÍFICO
- Compreender o efeito da temperatura na dilatação de corpos sólidos;
- Apresentar as leis que regem o fenômeno da dilatação e o estudo analítico desse
fenômeno;
- Conhecer os diferentes tipos de dilatação linear de um material;
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Sabemos que quase todas as substâncias se expandem ligeiramente quando aquecidas
e se contraem um pouco quando esfriam. Esse efeito é chamado de dilatação térmica ou
expansão térmica, ela ocorre quando um determinado corpo sofre um aumento na sua
temperatura, resultando no aumento do seu volume e/ou comprimento. Isso acontece porque
no momento em que a temperatura é aumentada, as moléculas presentes nesse corpo, se
agitam e geram o aumento da distância entre elas.
No caso dos sólidos, ocorre em razão do aumento da agitação térmica das moléculas.
Quando aquecidos, os átomos que compõem a rede cristalina dos sólidos passam a oscilar
com amplitudes cada vez maiores, ocupando, assim, um espaço maior enquanto nos líquidos e
gases, que não tem forma permanente, a expansão térmica manifesta-se numa variação de
volume.
Em quase todos os casos de importância prática, as medidas de expansão térmica são
feitas sob condições de pressão constante. Um dos exemplos de dilatação linear em sólidos é
o entortamento dos trilhos de trens em decorrência da grande amplitude térmica durante os
ciclos do dia e da noite. Por conta desse efeito, utiliza-se a junta de expansão, um pequeno
espaço entre duas barras consecutivas. A dilatação térmica dos sólidos é demonstrada através
da experimentação, onde o material de uma determinada composição sofre aquecimento em
uma certa temperatura, após o aquecimento a barra sofre um certo aumento considerável
como podemos ver na imagem abaixo:

Figura 1 - dilatação linear

Fonte: https://images.app.goo.gl/1natf14GE1zuVcZz9

Abaixo está a representação da equação da dilatação linear.


∆ L=L−L0 (1)

Cedendo-se calor (energia) a um sólido, ou seja, aumentando-se a temperatura do


mesmo, esta energia é repartida entre os átomos, resultando num aumento da distância média
entre os átomos que corresponderá a um aumento das dimensões do sólido. Vamos considerar
a expansão linear de um objeto sólido cujas dimensões lineares podemos representar por l 0 e
que se expandirá por um montante ∆ l quando a temperatura for elevada de um montante ∆ T .
Verifica-se experimentalmente que para a maioria das substâncias no intervalo normal de
temperatura, a expansão linear ∆ l é proporcional a l 0 e a variação de temperatura ∆ T .
Podemos escrever

∆ l=α l 0 ∆ T (2)

onde o α é o coeficiente de dilatação linear e é uma característica de cada material, ou


seja, tem valores diferentes para materiais diferentes e pode variar muito de material para o
outro. Achando o valor de α teremos a l 0
l∆l
α= (3)
l0 ∆ T

que deixa claro que este coeficiente representa a variação funcional do comprimento
Δℓ/ℓ0 por unidade de temperatura, suas unidades são: 0C -1, 0F -1.
Abaixo podemos ver os valores de algumas substâncias que ocorre a dilatação:

Tabela 1 - Valores de α (alfa) de algumas substâncias

SUBSTÂNCIA COEFICIENTE 0C-1

Mercúrio 41 x 10-6
Chumbo 29 x 10-6
Alumínio 24 x 10-6
Latão 23 x 10-6
Prata 19 x 10-6
Cobre 17 x 10-6
Aço 12 x 10-6
Ferro 12 x 10-6
Fonte: https://www.todamateria.com.br/dilatacao-termica/

3.1 – Média Aritmética


A média de um conjunto de valores numéricos é calculada somando-se todos estes
valores e dividindo-se o resultado pelo número de elementos somados, que é igual ao número
de elementos do conjunto, ou seja, a média de n números e sua soma dividida por n. Equação
da Média Aritmética representada baixo.
x 1+ x 2 + x 3 … x n
x= (4)
n

3.2 - Variação da temperatura


variação da temperatura é a variação de temperatura de um corpo no inicio de um
processo e sua temperatura final no fim do processo. Ela é definida como sendo a diferença da
temperatura final menos a temperatura inicial. A Equação da variação da temperatura está
representada a baixo.
∆ T =T −T ° (5)
Durante o processo de aquecimento de um corpo, existem momentos em que a energia
recebida ou perdida por ele (calor) deixa de gerar variações no que interferi na variação da
temperatura.

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

4.1 Material utilizado

- Dilatômetro linear de precisão


- Balão volumétrico de 300ml
- Manta aquecedora
- Conjunto conector simples
- Rolha de junção em T
- Barras (cobre, latão e ferro)
- Rolha com junção longitudinal

4.2 Procedimentos

Ao adentrarmos no laboratório, percebemos que o Seu Fabrício já havia montado os


aparatos experimentais. De modo que só regulamos o relógio do dilatômetro linear, e esse
ajuste iniciou em 0 mm.
Logo após medimos a barra metálica, e usamos uma equação (1) para encontrarmos o
comprimento inicial da barra l 0, que é dada por:
500 – 0,8 = 499,2 mm
l o= 499,2 mm

Após esses procedimentos, colocamos água no balão volumétrico e isolamos com uma
rolha, medimos a temperatura inicial da barra com um multímetro e verificamos que a T 0 é
29° C.
Feito todos esses procedimentos, conectamos a manta aquecedora em uma
alimentação (220v) e colocamos no máximo (100%). Após alguns minutos, observamos que o
líquido dentro do balão volumétrico está fervente, e no dilatômetro linear é possível visualizar
a dilatação que está ocorrendo na barra.
Depois de um tempo, o relógio ficou estável e retiramos os seguintes dados: 0,5 mm
(relógio menor) e 0,44mm (relógio maior). Somamos esses valores e obtemos o seguinte valor
0,94 mm, que no caso é o valor da Variação da Dilatação ∆ l = 0,94 mm.
Dando continuidade, medimos a temperatura da barra 1 em diversos pontos no corpo
da barra. Como podemos ver na tabela abaixo.
Tabela 2 - temperatura da barra 1

TEMPERATURA ( °C )

T1: 80°C
T2: 78°C
T3: 75°C
T4: 80°C
T5: 82°C
T6: 82°C
Fonte: própria do autor

A partir desses dados, foi possível calcular a temperatura média através da equação
(4), a qual não satisfaz a tabela de dados. Após o incidente, utilizamos somente as
temperaturas retiradas de ambas as extremidades.
T x =¿ : 80 + 82/2 = 81°C

Após obtermos a média das Temperaturas, utilizamos a equação (5), para calcular a
variação de temperatura na barra 1, na qual achamos ∆ T =¿ 50,5 °C.
Por fim, colocamos esses dados na fórmula (3), para obter o coeficiente de dilatação
da barra 1.
Ensaio Barra 2
Devido termos feito o experimento com a barra 1, retiramos ela e mudamos para o que
chamaremos de barra 2. Colocamos o líquido que evaporou da barra 1 novamente no balão
volumétrico. Zeramos o dilatômetro linear, medimos a T0 da barra e obtivemos o seguinte
dado: 26°C. Depois de uns minutos já estava fervente o líquido, fizemos a leitura dos relógios
e obtivemos 0,8 para o relógio menor e 0,67 para o maior. Somamos e tivemos 1,47mm de
variação linear.
Medimos a temperatura na extensão da barra, e temos o seguinte:
T1: 82°C
T2: 81°C
T3: 78°C
T4: 76°C
T5: 85°C
T6: 87°C
Usamos a equação (4) usando os seis dados de temperatura para obtermos a
temperatura média e achamos 81,5°C. Após encontrarmos esse valor, usamos a equação (5)
para acharmos a variação de temperatura e obtivemos 55,5°C. Jogamos na equação (2) e
encontramos um coeficiente linear muito alto, 53,05.10^-6. Não conformados com esse valor,
utilizamos somente as temperaturas das extremidades da barra e tivemos a média de 84,5°C.
Usamos a equação (5) e encontramos a variação que neste caso é 58,5°C.
Usando a equação (2) encontramos o seguinte valor para o coeficiente: 50,32.10^-6.
Novamente, ao compararmos os dados com a tabela 1, não tivemos um valor que fosse
satisfatório ao material utilizado.
Alguns fatores que ocasionaram essa vasta diferença de coeficiente foi a variação de
temperatura do ambiente, visto que estávamos em um local refrigerado. Talvez tenha ocorrido
um equívoco ao retirarmos os dados do dilatômetro ou até mesmo que tenha ocorrido algum
problema no multímetro na hora de medirmos as temperaturas.

5. RESULTADOS
Os dados obtidos da barra 1 e 2 estão na tabela 3 e 4.
Tabela 3 - dados obtidos da barra 1
l o = 499,2 mm l = 500,14 mm ∆ l = 0,94 mm

T o= 29 °C T = 50,5 °C ∆ T =¿ 50,5 °C

α =23,2 10−6 ° C−1

Fonte: própria do autor

Tabela 4 - dados obtidos da barra 2


l o = 499,3 mm l = 500,77 mm ∆ l = 1,47 mm

T o= 26 °C T = 81,5 °C ∆ T =¿ 55,5 °C

−6 −1
α =50,32 10 °C

Fonte: própria do autor

Pode-se perceber que o coeficiente dilatação linear da barra 1 coincidiu com


coeficiente de dilatação linear do Latão na tabela 1. Já para o coeficiente dilatação linear da
barra 2, não teve coincidência com nenhum material da tabela 1

6. CONCLUSÕES

Dessa forma pode-se concluir com base o coeficiente de dilatação da barra 1 que a
variação de comprimento ∆ l , sofrida na barra 1 é diretamente proporcional ao produto do seu
comprimento inicial pela a variação da temperatura, lembrando que esta variação de
comprimento é diferente dependendo do coeficiente de dilatação de cada material. Por esse
motivo a barra 2 dilatou mais do que a barra 1. Junto com este fator, também para o
experimento no laboratório depende da temperatura do ambiente, que pode ter influenciado no
cálculo do coincidente de dilatação das barras.
REFERÊNCIAS

HELERBROCK, Me. Rafael. Dilatação térmica dos sólidos, Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/fisica/dilatacao-termica-solidos.htm. Acesso em 24 de
novembro de 2021.

Mors, Paulo Machado Dilatação térmica: Uma abordagem matemática em física básica
universitária. Revista Brasileira de Ensino de Física [online]. 2016, v. 38, n. 1 [Acessado 25
Novembro 2021] , 1701. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S1806-11173812101>.
Epub 05 Abr 2016. ISSN 1806-9126. https://doi.org/10.1590/S1806-11173812101.

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