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AUTOMOTIVA
Conselho Regional do SENAI - CE
Roberto Proença de Macêdo
Presidente
Cid Fraga
Gerente do Centro de Formação Profissional Waldyr Diogo de Siqueira
Departamento Regional do Ceará
Centro de Formação Profissional
Waldyr Diogo de Siqueira
INTRODUÇÃO A ELETRICIDADE
AUTOMOTIVA
Fortaleza-Ceará
2011
©2011. SENAI. Departamento Regional do Ceará
Qualquer parte desta obra poderá ser reproduzida, desde que citada a fonte.
SENAI/CE
Este projeto foi elaborado por colaboradores Centro de Formação Profissional Waldyr
Diogo de Siqueira (CFP WDS) cujos nomes estão relacionados na folha de créditos.
Ficha Catalográfica
58 p. il.
CDD 629.2
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................7
2 HISTÓRICO .........................................................................................................9
3 TEORIA ATÔMICA ............................................................................................11
3.1 Visão geral ........................................................................................................11
3.2 Matéria e elementos .........................................................................................11
3.3 Átomos .............................................................................................................12
3.4 Processos de eletrização ................................................................................14
4.1 Tensão elétrica ou diferença de potencial (d.d.p.) .........................................18
4.2 Corrente elétrica...............................................................................................19
4.3 Resistência elétrica ..........................................................................................22
4.4 Resistores.........................................................................................................24
4.5 Associação de resistores ................................................................................25
4.5.1 Associação de Resistores em Série ............................................................... 25
4.5.2 Associação de Resistores em Paralelo ......................................................... 26
4.5.3 Associação de Resistores Mista ..................................................................... 27
5 Ω) ................................................................................................29
LEI DE OHM (Ω
5.1 Leis de kirchhoff ..............................................................................................30
5.1.1 1ª Lei de Kirchhoff............................................................................................ 31
5.1.2 2ª Lei de Kirchhoff............................................................................................ 31
5.2 Potência elétrica...............................................................................................32
5.2.1 Potência em cc (corrente contínua) ................................................................ 32
6 INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO .......................................................................35
6.1 Medindo tensão contínua (voltímetro) ............................................................36
6.2 Medindo corrente contínua (amperímetro).....................................................37
6.3 Medindo resistências e componentes resistivos ..........................................38
6.4 Teste de componentes resistivos e continuidade .........................................39
7 CIRCUITOS ELÉTRICOS ..................................................................................40
7.1 Circuito Série ....................................................................................................41
7.2 Circuito Paralelo...............................................................................................42
8 MAGNETISMO ..................................................................................................43
8.1 Campos magnéticos ........................................................................................44
8.2 Eletromagnetismo ............................................................................................45
9 RELÉ UNIVERSAL ............................................................................................48
9.1 Simbologia e aspecto físico dos relés ............................................................49
9.2 Relés de 5 terminais (pinos) ............................................................................50
10 BATERIA ...........................................................................................................51
REFERÊNCIAS ..........................................................................................................56
6
1 INTRODUÇÃO
O texto que se segue irá tratar do conteúdo básico da fase teórica do módulo.
Esse conteúdo compreende os seguintes assuntos:
- Teoria atômica;
- Grandezas elétricas;
- Instrumentos de medição;
- Circuitos elétricos e Lei de Ohm;
- Magnetismo e eletromagnetismo;
- Bateria (Funcionamento).
7
2 HISTÓRICO
9
3 TEORIA ATÔMICA
Definiremos matéria como qualquer coisa que ocupa espaço e que – quando
sujeita à gravidade – possui peso.
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características individuais. A maioria foi encontrada na natureza, outros foram
produzidos em laboratórios. Todos os materiais que conhecemos são
constituídos de um ou mais elementos.
Vamos pegar uma amostra de material - uma pedra que achamos no deserto,
por exemplo, e começar a dividi-la em partes menores. Primeiro dividiremos
pela metade. Em seguida examinaremos as duas metades para verificar se
ainda possuem as mesmas características. Depois pegaremos uma
dasmetades e dividiremos em duas partes. Examinaremos essas duas partes.
Através desse processo, poderemos descobrir que a pedra possui três
elementos diferentes. Algumas dessas partes teriam características de cobre,
outras seriam de carbono, porém outras já seriam de ferro e assim por diante.
3.3 Átomos
Um átomo é tão pequeno que não pode ser visto com um microscópio
convencional, nem mesmo com um bastante potente.
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Os cientistas descobriram que um átomo é composto de muitas partículas
menores, mas para explicar a eletricidade, precisamos falar apenas de três:
elétron, próton e nêutron.
CARGAS ELÉTRICAS
Os nêutrons não possuem carga, mas os elétrons possuem uma carga elétrica
convencionalmente conhecida como negativa e os prótons uma carga elétrica
positiva.
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ÂNION - átomo desequilibrado eletronicamente, no qual a sua carga total
é negativa (-), logo este átomo adquiriu alguns elétrons.
Resumindo:
ESTADO ELETRÔNICO DE UM ÁTOMO
14
A eletricidade estática não tem nenhuma aplicação útil no setor automobilístico,
ela se revela como mais um inconveniente a eliminar. Os fabricantes tentam
eliminá-la para evitar que ela interfira no funcionamento de diversos
componentes elétricos ou eletrônicos, ou mesmo os destrua. Em certas
condições, a tensão produzida pela eletricidade estática pode atingir 30.000V.
Devemos eliminar a eletricidade estática antes de manipular os elementos
eletrônicos de um veículo. Os fabricantes recomendam a utilização de
braceletes antiestéticos durante a manipulação de elementos eletrônicos
sensíveis.
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esse fenômeno. O termopar também produz pequenas quantidades de
eletricidade. Um termopar é constituído de dois fios de metais diferentes, cujas
extremidades são fortemente enroladas. A ação do calor na junção, cria um
deslocamento de elétrons. Conectando os dois fios a um galvanômetro
(amperímetro muito preciso), é possível observar a presença de eletricidade.
Foi um sábio alemão, Thomas Seebeck que descobriu o efeito termoelétrico
em 1821.
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• Magnetismo –A indução eletromagnética é o meio mais usual de produzir
eletricidade. Ela permite a transmissão, sem contato, de energia elétrica ou
magnética, por meio de um condutor submetido a uma tensão ou de um ímã.
Os alternadores de todos os veículos produzem eletricidade segundo esse
princípio. Como mostra a figura abaixo os elétrons circulam no interior de um
condutor, quando esse se desloca em um campo magnético. A direção do
deslocamento do condutor influi diretamente no movimento dos elétrons. A
direção dos elétrons se inverte quando
a ação do condutor no campo
magnético passa de um lado para outro,
cortando o campo. Um galvanômetro
conectado nas extremidades do
condutor indicaria a presença de
energia elétrica.
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4 GRANDEZAS ELÉTRICAS
PRESSÃO X TENSÃO
Uma carga elétrica é capaz de realizar trabalho ao deslocar outra carga por
atração ou repulsão.
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A figura abaixo mostra um voltímetro conectado ao elemento, bem como, uma
fonte de tensão contínua.
I
Fonte Voltímetro
19
I= ∆Q
∆t
20
Sentido da corrente elétrica
21
4.3 Resistência elétrica
• Temperatura;
R= ρ L
S
Condutores:
Isolantes:
23
4.4 Resistores
Uma das formas em que pode apresentar-se o resistor, podemos ver na figura
abaixo:
24
Podemos combinar ligações de resistores, cuja finalidade é obter uma
determinada resistência necessária a um circuito elétrico. Essa combinação ou
associação de resistores pode ser efetuada de três formas: em série, em
paralelo e misto.
R t=R1 + R2 + R3 + ... Rn
R1 R2 R3
A B
Exemplo:
Observe o circuito de resistores abaixo e determine o valor da resistência
equivalente entre os pontos A e B (RAB).
25
Solução
RAB = 100 + 30 + 20 = 150 Ω
R1 X R2
Rt =
1 1 1 1 1 R1 + R2
= + + +
Rt R1 R2 R3 Rn
R
Rt =
n
R1 R2 R3
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B
Exemplo:
Observe o circuito de resistores abaixo e determine o valor da resistência
equivalente entre os pontos A e B (RAB).
A
A
Solução B
B
R2
R1 R3 R5
A B
R4
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Exemplo:
Observe o circuito de resistores abaixo e determine o valor da resistência
equivalente entre os pontos A e B (RAB).
120Ω
A B
120Ω
Solução
R eq1=1 = 40 Ω
(1/120 + 1/120 + 1/120)
Req total= 20 + 40 + 35 = 95 Ω
28
5 Ω)
LEI DE OHM (Ω
George Simon Ohm estudou as relações entre a tensão, a corrente e a
resistência elétrica. De seus estudos chegou a formular a famosa Lei de Ohm.
Veremos que esta lei será sempre aplicada nos estudos de circuitos elétricos
de corrente contínua e corrente alternada. Portanto, é de suma importância
estudarmos, haja vista que esta estará sempre presente na vida profissional do
técnico em eletroeletrônica.
29
Podemos equacionar a lei de Ohm na seguinte forma:
U
I=
R
Onde:
I = Intensidade da corrente elétrica em Ampères
R = Resistência elétrica em Ohms
U = Tensão elétrica em Volts
Veja:
A partir da fórmula acima podemos deduzir também a tensão e resistência
elétrica.
Exemplo:
Uma carga que apresenta uma resistência de 60Ω é ligada a uma fonte de
220V. Qual a intensidade da corrente elétrica que percorrerá esse circuito?
Solução:
I = U / R = 220 / 60 = 3,67 A
30
Então teremos que atentarmos bastante nas definições e compreensão das leis
de Kirchhoff que veremos logo a seguir.
Conhecida como as leis dos nós, define que a soma das intensidades das
correntes elétricas que chegam num nó é igual à soma das correntes que saem
deste nó.
I2
I1 I4
I3
I1 + I2 = I3+ I4 ou I1 + I2 - I3 - I4 = 0
Chamada de lei das malhas, considera que a soma algébrica das tensões nos
dispositivos que compõem um circuito elétrico fechado (malha) é igual a 0.
U1
R1
I
UTOTAL U2
R2
R3
U
U3 3
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A figura acima é circuito em malha:
3. Quando essa corrente passa pelos resistores R1, R2 e R3, provoca nestes
uma queda de tensão com valores determinados por:
a) U1 = R1 x I
b) U2 = R2 x I
c) U3 = R3 x I
UTOTAL = U1 + U2 + U3 ou U1 + U2 + U3 - UTOTAL = 0
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Por definição 1 Watt corresponde ao trabalho realizado por um 1 Joule a cada
1 segundo.
τ
P=
t
Onde:
Estando um resistor ligado a uma fonte de tensão, por este circulará uma
corrente em Ampères, poderemos também encontrar de outra forma a potência
(em Watts) dissipada por este componente, multiplicando o valor da tensão
sobre este pela corrente que atravessa o mesmo.
P = U x I
Onde:
P = Potência elétrica em Watt (W)
U = Tensão elétrica em Volt (V)
I = Corrente elétrica em Ampère (A)
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Exemplos:
Quilohm ( kΩ ) 1 000 Ω
Resistência R Ohm Ω Ohmímetro
Miliohm ( mΩ ) 0,001 Ω
Quilowatt ( kW ) 1 000 W
Potência P Watt W Wattímetro
Miliwatt ( mW ) 0,001 W
Quilohertz ( kHz ) 1 000 Hz
Frequência F Hz H Frequencímetro
Milihertz ( mHz ) 0,001 Hz
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6 INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO
Os multímetros ou multitestes são equipamentos capazes de reunir vários
instrumentos de medição em apenas um. A utilização deles é indispensável
principalmente em veículos que possuam injeção eletrônica, computadores de
bordo (BODY COMPUTER), freios ABS, sistema elétrico com BSI/CSI
(multiplex) e outros equipamentos eletrônicos.
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A utilização de lâmpadas de teste, mesmo as de dois watts ou menos, podem
causar danos tanto no módulo de alarme como em outros módulos eletrônicos
do veículo.
Outro fato é que não há como medir tensão, corrente e outras grandezas
confiando apenas na luminosidade de uma lâmpada.
Para medirmos esta grandeza elétrica basta girar o seletor do multímetro para
a posição “DCV ou V ”. A inscrição DCV significa Voltagem em Corrente
Direta (Contínua).
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Ex.: se estivermos medindo uma bateria de 12V na escala de 1000V, o valor
mostrado no display será 012, ao diminuirmos para 200V o valor mostrado será
12,6 e em 20V de 12,65V. Se colocarmos na escala de 2000mV que é o
mesmo que 2V, o display mostrará um “I” à esquerda do valor indicando que a
leitura está fora de escala.
37
6.3 Medindo resistências e componentes resistivos
39
7 CIRCUITOS ELÉTRICOS
Neste tipo de circuito simples, o fluxo de corrente sai do polo positivo da bateria
passa pela lâmpada e retorna ao polo negativo através dos cabos.
Nos casos dos circuitos elétricos automotivos, a corrente sai do polo positivo da
bateria passa pelo consumidor e retorna ao polo negativo através do chassi e a
carroceria que servem como massa do circuito. Neste caso em particular, só
40
existe um consumidor final (lâmpada), mas na maioria dos circuitos elétricos
encontramos mais consumidores que poderão ser combinados de três
maneiras diferentes:
Circuito Série;
Circuito Paralelo;
Circuito Misto (Série/Paralelo);
41
7.2 Circuito Paralelo
42
8 MAGNETISMO
Chamamos de magnetismo a propriedade que certas substâncias possuem de
atrair corpos de ferro, níquel e cobalto. A essas substâncias denominamos
ímãs.
Natural
Manufaturado
Eletroímã
Um imã tem dois polos denominados norte e sul. Em um imã os polos estão
localizados nas extremidades opostas.
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Os polos atuam de forma semelhante ás cargas elétricas. Polos iguais se
repelem e polos diferentes se atraem.
Um ímã fraco tem relativamente poucas linhas de fluxo; um imã forte tem
muitas linhas. A quantidade de linhas de fluxo é descrita às vezes, como
"densidade de fluxo". Um ímã com alta densidade de fluxo tem muitas linhas; é
um imã forte. Um ímã com baixa densidade de fluxo tem relativamente poucas
linhas; é um ímã fraco.
44
8.2 Eletromagnetismo
45
Desse modo, sempre que circular uma corrente por uma bobina é gerado um
“campo magnético”. Este artifício é utilizado na construção de relês,
interruptores magnéticos, etc.
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Comprimento do condutor;
Intensidade do campo magnético;
Velocidade do movimento do condutor ou do campo magnético.
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9 RELÉ UNIVERSAL
Os relés são dispositivos eletromagnéticos utilizados como interruptores
comandados à distância. Constituídos de dois circuitos, o de comando e o de
alimentação. Os relés permitem que através de um circuito de baixa potência,
seja comandado um circuito de alta intensidade de corrente. O elemento
principal do circuito de comando é um eletroímã constituído de uma bobina e
um núcleo de ferro. O circuito de alimentação é formado de um contato móvel,
um contato fixo e uma mola que opõe a ação do eletroímã.
49
quanto aos detalhes de polaridade.
Contatos reversíveis:
Este tipo de rele é muito utilizado quando
necessitamos de acionamentos invertidos, ou
seja, o acessório funciona enquanto não houver
alimentação nos pinos 85 e 86, ocorrendo o
inverso quando estes pinos recebem
alimentação.
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10 BATERIA
A bateria é um dispositivo de armazenamento de energia química que tem a
capacidade de se transformar em energia elétrica quando solicitada.
Constituição
1. Caixa a prova de ácido (Borracha rígida ou plástica);
2. Placas Positivas;
3. Placas Negativas;
4. Separadores;
5. Solução ou eletrólito (Ácido sulfúrico/água).
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Se mergulharmos dois condutores de materiais diferentes em eletrólito, gera-se
uma tensão entre os polos (os chamados eletrodos). Este conjunto ao qual se
dá o nome de pilha transforma energia química em energia elétrica.
Esses conjuntos são ligados entre si, em série, por uma tira metálica, sendo
que os últimos polos dos conjuntos externos projetam-se para fora da caixa e
vão constituir os polos positivo e negativo da bateria.
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Classificação
As baterias são classificadas segundo os seguintes critérios de desempenho:
Tensão nominal;
Reserva de capacidade(R.C);
Corrente de partida a frio(C.C.A)
Ligação em série
54
Ligação em paralelo
Ligação à massa
55
REFERÊNCIAS
56
57
EQUIPE TÉCNICA
ELABORAÇÃO:Wellington Belo
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