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21.02.06 > ano 3 > nº 143
: : política - II
O governo terá
papel fundamental
O estudo elaborado pelo Centro de
Gestão de Estudos Estratégicos, e que
foi bem recebido pelos integrantes do
Conselho Nacional de
Desenvolvimento Econômico, assinala
que o governo federal será um ator
fundamental nos rumos das
Tecnologias de Informação e
Comunicação no Brasil a longo prazo,
a partir da “sinalização concreta de
suas decisões estratégicas a curto
prazo, até 2008 no máximo”. O estudo
também chama a atenção para a
necessidade de se compor um cenário
base 2007, que tenha, mesmo que em
linhas gerais, dados e projeções sobre
processos anunciados ou em curso no
Brasil, destacando, da parte do
governo federal, definição sobre o
futuro do Fust (Fundo de
Universalização das
Telecomunicações) e de outros
fundos; os rumos da política industrial
(para onde vai seguir?) e uma
sinalização se vai ocorrer mesmo uma
desoneração tributária. E, da parte do
mercado, o cenário deve mostrar
como será o processo de ajustes no
mercado de telecomunicações,
software, e audiovisual.
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: : TI & Governo é uma publicação semanal da
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uma publicação semanal da Plano Editorial
: : política - I
Estudo traça os possíveis cenários do
mercado de TI no Brasil para 2015
O Centro de Gestão de Estudos
Estratégicos (CGEE) — órgão ligado ao
Núcleo de Assuntos Estratégicos da
Presidência da República — apresentou
um estudo sobre Tecnologias da
Informação e Comunicação, na reunião
do Conselho Nacional de
Desenvolvimento Industrial (CNDI),
realizada na semana passada, no qual
aponta os possíveis cenários do
mercado de TI no Brasil nos próximos
anos. Uma das constatações do estudo
é que dos 3,500 possíveis players desse
mercado, apenas dez devem se
beneficiar do Repes (o regime especial
de tributação para a plataforma de
exportação de serviços de TI) e de
outros incentivos fiscais no médio e
longo prazos. “Os players principais
atuantes no Brasil em 2015 serão
empresas e conglomerados de alcance
global, quer originários do Brasil, e que
abriram operações no exterior, quer
originários no exterior, e que se fixaram
no Brasil, olhando o país como
mercado ou como base de atuação no
país e na região. Dependendo das
medidas a serem tomadas pelo
governo, o país terá quatro possíveis
cenários. No primeiro, chamado de
espelho do próspero, a difusão de TICs
na sociedade e na economia será
limitada e concentrada nas regiões mais
desenvolvidas; a formação de recursos
humanos será elitista e alguns centros
vão gerar recursos humanos de
qualidade mundial. Por outro lado, as
empresas conseguirão penetração no
desenvolvimento de aplicações high-end
para exploração no Brasil e no exterior e
terão presença em mercados dos EUA
e da Europa. O desenvolvimento,
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da TI&G l, a próxima ed
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, 1º/3.
1/4
entretanto, estará limitado a ilhas de
excelência, base para atendimento de
demandas de multinacionais instaladas
no Brasil. No cenário dois, chamado de
global player, a difusão de TICs na
sociedade será considerável, com
atendimento a todas as camadas sociais
e produção local de variados
equipamentos, que incorporam
soluções inovadoras, com significativo
uso de tecnologias abertas. Nesse caso,
empresas brasileiras de porte poderão
liderar consórcios de centenas de
pequenas e médias empresas. Isso
depende de uma forte ação
governamental em investimentos para
apoio às empresas, fomento ao
empreendedorismo, capacitação de
recursos humanos. Na terceira hipótese
(small is beautiful), a difusão de TIC na
sociedade é considerável, o mercado
de serviços se expande no país e
garante a subsistência de milhares de
pequenas empresas e profissionais.
Mas o grau de sofisticação técnica
dessas empresas e profissionais será
limitado, já que os equipamentos e
aplicaticos são caixas-pretas,
fabricados em países asiáticos. O
estudo prevê ainda um quarto cenário
(e o vento levou), em que o uso de TIC
fica limitado a certas camadas sociais e
regiões mais desenvolvidas do país. A
tecnologia será desenvolvida no
exterior, com a incorporação de
inovações locais desenvolvidas nas
ilhas de excelência. As empresas
brasileiras terão atuação limitada em
outros mercados e ficarão a reboque
de multinacionais. Nesse caso, a ação
governamental limita-se a resolver
aspectos regulatórios.
 21.02.06
> ano 3
> nº 143
: : finep
Os financiamentos
terão fundo de aval
A Finep já conseguiu a aprovação do
Comitê do Fundo Setorial de Tecnologia
da Informação (CATI) e da Softex para a
criação do fundo de aval de seu novo
programa de apoio ao software
Inovasoft. A idéia do fundo de aval é
eliminar a necessidade das empresas
oferecerem garantias reais mas exigiu
longas negociações pelo temor do risco
de inadimplência. O fundo não ficará
vinculado à Finep, que preferiu deixá-lo
ligado juridicamente a uma entidade
externa, no caso a própria Softex. Para a
efetivação do fundo de aval, que contará
com recursos de R$ 4,2 milhões
provenientes da Lei de Informática, será
firmado um convênio MCT/Finep/Softex.
O programa como um todo contará este
ano com R$ 60 milhões, que serão
distribuídos através de três chamadas de
R$ 20 milhões cada uma. O Inovasoft
apoiará três tipos de projetos: planos de
negócios de empresas de software;
projetos de software de alto
desempenho para segmentos
profissionais; e projetos de exportação. E
deverá atender empresas de médio a
grande portes com faturamento a partir
de R$ 6 milhões. O programa está sendo
analisado pelo jurídico da Finep antes de
ser enviado nos próximos dias para a
aprovação da diretoria e a expectativa é
que seja lançado em março.
: : inventário de ti
A SLTI vai fazer uma
radiografia do governo
A Secretaria de Logística e Tecnologia da
Informação do Ministério do
Planejamento (SLTI) vai iniciar nos
próximos dias a realização de um
inventário de TI no setor público federal.
O resultado será uma radiografia de
todos os órgãos, com informações
sobre uso de software livre e de software
proprietário, gastos com licenças, perfil
do parque tecnológico. O inventário será
concluído ainda neste semestre, informa
José Soares, diretor de Integração de
Sistemas de Informação da SLTI. Será
encaminhada uma comunicação a cada
órgão, com a determinação de fazer o
inventário e encaminhá-lo à SLTI. O
inventário está previsto num decreto
editado em 1994, mas nunca foi feito.
Para fazer o inventário, o setor público
pode usar o Cacic — Configurador
Automático e Coletor de Informações
Computacionais —, software livre de data
minning desenvolvido pela Dataprev, ou
optar por outro instrumento. “Ninguém
vai poder dizer que não tem software
para fazer isso”, diz José Soares. Ele
esclarece que o Cacic é uma ferramenta
para facilitar o trabalho, mas caberá a
cada setor encaminhar os seus dados à
SLTI.
: : software livre
O Cacic é o primeiro caso
de sucesso do governo
O software Cacic — Configurador
Automático de Coletor de Informações
Computacionais —, desenvolvido pela
Dataprev há mais de seis anos, tornou-se
o primeiro caso de sucesso de um
aplicativo criado no setor público em
software livre: implantado em diversos
órgãos públicos, foi adotado também
pelo setor privado e atravessou as
fronteiras para outros oito países. De
acordo com José Soares, diretor de
integração de sistemas de informação da
Secretaria de Logística e Tecnologia da
Informação do Ministério do
Planejamento, a cada mês o Cacic
recebe, em média, 538 novos
cadastramentos. São mais de 41 mil
máquinas utilizando o software, que pode
ser baixado no site do governo eletrônico
(www.governoeletronico.gov.br/cacic ou
guialivre.governoeletronico.gov.br/
cacic). Empresas privadas do setor de
informática, informa ele, vêm pedindo
ao governo para criar uma espécie de
certificação para os prestadores de
serviços que trabalham com o Cacic.
O sucesso, na avaliação de Soares, é
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porque o Cacic veio atender a uma
necessidade dos setores público e
privado, já que esse tipo de software
no mercado proprietário é muito caro.
A definição do sistema de
licenciamento, a cargo de Corinto
Meffe, gerente de inovações
tecnológicas da SLTI, também foi
fundamental: com a versão GPL, ficou
assegurado que a Dataprev é a
mantenedora raiz do software, com
direito a receber de volta todas as
inovações que forem introduzidas
pelos usuários. Corinto Meffe ressalta
que, nesse processo, contou com a
colaboração da Dataprev.
: : portal
A Receita oferece novos
serviços pela Internet
A Secretaria da Receita Federal ampliou a
quantidade de serviços oferecidos pela
Internet aos contribuintes que tenham
certificado digital. De acordo com
Donizete Rodrigues, coordenador de TI
da Receita, a instituição criou um novo
portal, com maior facilidade de
navegação. Na primeira página, a pessoa
pode acessar o e-CAC (Centro Virtual de
Atendimento ao Contribuinte) para
consulta e regularização de cadastro e de
questões fiscais, como parcelamento de
dívidas e retificação de pagamento. O
sistema dispõe ainda de serviço de caixa
postal para atendimento ao contribuinte.
: : casa civil
Marcelo Lopes
em nova função
O ex-secretário de Política Industrial do
Ministério da Ciência e Tecnologia,
Marcelo Lopes, assumiu o comando
da sala de investimentos, departamento
da Casa Civil que tem por objetivo
atrair investimentos para o país.
Segundo ele, os principais projetos em
carteira são voltados para as áreas
definidas como prioritárias pela política
industrial, entre as quais estão os
setores de software e microeletrônica.
 > 21.02.06
> ano 3
> nº 143
: : pólo tecnológico - I
O DF vai iniciar as
obras do Cidade Digital
O Governo do Distrito Federal já se
prepara para iniciar a implantação do
projeto Cidade Digital de Brasília — uma
área reservada às empresas de TI: serão
definidas nos próximos dias as
condições para concessão ou venda
dos terrenos e incentivos para as
empresas se instalarem no local. O
projeto estava parado porque o Ibama
exigiu, para liberação da área, a
ampliação do Parque Nacional de
Brasília, questão resolvida com a
aprovação pelo Senado, na semana
passada, de um projeto lei. A expectativa
é que, com a sanção da lei, o Ibama logo
libere a área para instalação do parque
tecnológico, diz Izalci Lucas, secretário
de Desenvolvimento da Ciência e
Tecnologia do Distrito Federal.
: : pólo tecnológico - II
O BB e a CEF vão
investir R$ 4,4 bilhões
Com a licença do Ibama, o Banco do
Brasil deve fazer licitações para as obras
de infra-estrutura para instalação de seu
parque tecnológico no local. De acordo
com Izalci Lucas, o Banco do Brasil e a
Caixa Econômica Federal vão
compartilhar suas infra-estruturas de TI
num investimento de R$ 4,4 bilhões.
“Obtendo a licença, o projeto do Banco
do Brasil toma proporções”, afirma. O
BB já comprou, no local, um terreno de
32 mil metros quadrados, onde será
instalada toda a parte tecnológica das
duas instituições federais. A principal
preocupação do Banco do Brasil,
atualmente, é com a localização de seu
centro de processamento de dados no
mesmo local em que fica o back up. O
projeto do Banco do Brasil e da Caixa
Econômica Federal é o de maior vulto.
Mas a expectativa do governo local é que
grande número de empresas, inclusive
multinacionais, se instalem no parque
tecnológico. “Há centenas de empresas
interessadas”, afirma Izalci Lucas.
Segundo ele, o governo do Distrito
Federal já foi procurado por missões de
diversos países, interessadas no projeto,
que deve gerar 40 mil novos empregos.
De acordo com o secretário, o projeto é
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autofinanciável: o que o governo
arrecadar com a venda dos terrenos
será investido na infra-estrutura do
Cidade Digital.
: : compartilhamento
A ABEP e a SLTI criarão
catálogo de software
A Associação Brasileira das Empresas
de Processamento (ABEP) fechou um
acordo com a Secretaria de Logística e
Tecnologia da Informação do Ministério
do Planejamento para a criação do
catálogo nacional do software público
aberto ao uso livre e compartilhado.
Segundo Tereza Porto, presidente da
ABEP, a SLTI fez um extenso estudo
sobre o que é necessário para a criação
do software público abordando
questões como os requisistos para
disponibilização dos programas-fonte e
quais os caminhos do ponto de vista
jurídico para que uma empresa pública
possa permitir uso livre de um bem que
foi desenvolvido com recursos públicos.
Uma questão que ainda não foi definida
é se a disponibilização dos sistemas
estará franqueada apenas a empresas e
órgãos públicos ou a qualquer empresa.
: : orçamento
A Procempa tem
R$ 61 milhões para TI
A Empresa de Tecnologia da
Informação e Comunicação de Porto
Alegre (Procempa) tem um orçamento
de R$ 61 milhões para TI este ano, dos
quais R$ 13 milhões serão para
investimentos, segundo o presidente da
empresa, André Kulczynski. O
planejamento da Procempa prevê, entre
outras ações, atualização de hardware
de servidores de rede; expansão do
backbone da infovia, com aquisição de
equipamentos para oito novos pontos
de presença; implantação de uma sala-
cofre e de solução de armazenamento
de dados; aquisição de equipamentos
VoIP para 250 ramais e de seis
equipamentos de videoconferência para
as secretarias do município; além de
modernização do parque instalado de
equipamentos de rede, e da infra-
estrutura de cabeamento. Em e-gov, o
planejamento inclui o desenvolvimento
de sistemas de governo eletrônico para
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disponibilização na internet e instalação
de quiosques eletrônicos de auto-
atendimento. O presidente da Procempa
destaca que serão iniciados este ano os
estudos para desenvolver um
datawarehouse para a prefeitura de
Porto Alegre com informações
gerenciais das secretarias e
departamentos; e que haverá
investimentos também em
geoprocessamento, GED (Gerência
Eletrônica de Documentos) e certificação
digital; além de um sistema de gestão
do relacionamento com o cidadão
(CRM), cujo projeto terá início neste ano.
: : municípios
A Abemtic define as
ações operacionais
A Associação Brasileira de Entidades
Municipais de Tecnologia da
Informação e Comunicação
(Abemtic), criada no ano passado,
realizou sua primeira reunião, na
semana passada, quando definiu as
ações para este ano. Segundo o
presidente da Abemtic, André
Kulczynski, foram formados três
grupos de trabalho, que vão
identificar como é a relação, nos
municípios, entre a área de TI e a
administração; qual a importância da
TI na gestão administrativa; e
identificar qual é o custo de TI dentro
da estrutura municipal. “Os gestores
de TI municipais têm sofrido pressão
das áreas financeiras para cortar
custos em TI, daí criarmos um grupo
de trabalho para investigar esta
questão e verificar se essa cobrança
se justifica”, diz Kulczynski. A
entidade também já marcou a data
para organizar seu primeiro encontro,
de 19 a 21 de julho, para discutir a
gestão municipal.
 21.02.06
> ano 3
> nº 143
: : incentivos - I
O BNDES reduz
as taxas de juros ...
A diretoria do BNDES anunciou
oficialmente, na semana passada, as
novas políticas operacionais que vão
normatizar as operações de
financiamento do banco — definidas
segundo as diretrizes da política
industrial — que estabelecem como
prioridades o apoio aos investimentos
que promovam a inovação tecnológica;
o fortalecimento da infra-estrutura; a
competitividade da indústria brasileira
de bens de capital; e o
desenvolvimento das micro, pequenas
e médias empresas. Na área de TI, foi
criada a linha de financiamento
Inovação PDI, cuja finalidade é financiar
projetos diretamente relacionados a
esforços de pesquisas,
desenvolvimento tecnológico e
inovação das empresas. A linha terá
taxa fixa de juros de 6% ao ano (antes,
havia a incidência da TJLP - Taxa de
Juros de Longo Prazo, mais
remuneração básica de 2,5%). Foi
anunciada também a linha de
financiamento Inovação Produção, com
prazo de amortização de até dez anos
e condições financeiras que prevêem
incidência de TJLP, sem cobrança de
remuneração para o BNDES.
Anteriormente, era cobrada a TJLP,
mais remuneração básica de 2,5%. “O
BNDES está tentando mudar a forma
de atuação para se aproximar mais das
empresas”, comenta Julio Ramundo,
chefe de departamento da área
industrial e do departamento de
indústria eletrônica do banco,
destacando que o banco dispõe de R$
1 bilhão para essas duas linhas de
financiamento.
: : incentivos - II
... e financia centro
de exportação.
O Prosoft, programa reestruturado pelo
BNDES no ano passado, já financiou
cerca de R$ 300 milhões, segundo Julio
Ramundo. Ele antecipa que o próximo
empreendimento é o financiamento
para uma empresa nacional de serviços
de TI criar uma plataforma de
exportação nacional. “Não posso
adiantar detalhes do empreendimento,
mas dá para dizer que vai gerar uma
receita acima de US$ 20 milhões”, diz
Ramundo. O banco vai financiar a
instalação do centro e treinamento de
pessoal. O negócio deve ser anunciado
em duas semanas. “Acreditamos que
viabilizando esse primeiro centro, o
modelo poderá ser replicado”, comenta.
Na reestruturação, o programa passou
a financiar serviços, além de software;
incluiu o financiamento a grandes
empresas; e criou o instrumento do
capital de risco, com a inclusão da
possibilidade de participação acionária
do banco no capital das empresas e
também através do apoio a fusões.
: : exportação - I
O governo e indústria
discutem capacitação
A falta de domínio da língua inglesa e de
um maior volume de profissionais
capacitados em TI está se tornando um
gargalo para a indústria brasileira
expandir a exportação de software e de
serviços de TI. Essa foi uma das
principais conclusões do evento Captive
Centers 2006, realizado na semana
passada em São Paulo, para discutir
como alavancar um centro de
competência global a partir do Brasil. “O
grande gargalo não é mais fechar um
negócio, mas como ter gente com perfil
adequado para atender os volumes da
demanda”, disse Maurício Minas, vice-
presidente da CPM, empresa que
espera fechar US$ 50 milhões em
contratos de exportação este ano e
planeja US$ 100 milhões para 2007. Para
dobrar esses números, a CPM estima
que terá quase mil profissionais
trabalhando na área de exportação.
Jairo Klepacz, secretário de Tecnologia
Industrial do Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior, informou que uma das
soluções estudadas pelo governo é um
programa conjunto com a Fapesp e
universidades. “Estamos avaliando um
modelo da Suíça, de ensino a distância,
que pode ser financiado pela Fapesp”,
anunciou durante o evento. Já o
secretário de Política de Informática do
MCT, Augusto César Gadelha, disse que
o governo está ciente da necessidade
de se reestruturar o ensino com ênfase a
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engenharia para que o país possa dar
um passo na inovação e que o assunto
está em discussão com o MEC. Já as
questões pontuais envolvendo
capacitação estão sendo tratadas no
CATI (Comitê do Fundo Setorial de
Tecnologia da Informação), segundo
Gadelha.
: : exportação - II
A IBM Brasil já atingiu
os US$ 100 milhões
A subsidiária da IBM no Brasil exportou,
no ano passado, US$ 100 milhões em
serviços prestados a partir dos centros
instalados em São Paulo (capital e em
Hortolândia, no interior do Estado), Rio
de Janeiro, Belo Horizonte e Porto
Alegre. Segundo Marco Antonio Kalil,
diretor de delivery da IBM Brasil, a meta
é duplicar a infra-estrutura este ano e
expandir os serviços nos mercados
local e global. Para gerar mão-de-obra
para essa expansão, a IBM trabalha
com programas como o Oficina do
Futuro, em parceria com o Instituto
Eldorado e com a Solectron, que este
ano deve capacitar 1,600 alunos. “Ainda
estamos realizando os estudos para
definir onde vamos ampliar a infra-
estrutura, mas nossa política é de
diversificação”, diz Kalil.
: : sistemas
A Bovespa migra para
baixa plataforma
A Bovespa apresenta hoje ao
mercado sua nova infra-estrutura de
tecnologia da informação baseada
numa arquitetura contratada da HP,
Intel e Microsoft. Com a nova solução
a instituição realiza o downsizing
definitivo de seus sistemas até então
baseados em ambiente de grande
porte IBM para servidores HP/Intel e
ambiente Microsoft. O objetivo,
segundo a Bovespa, é garantir mais
agilidade e flexibilidade para o
desenvolvimento de novos produtos e
serviços, além de redução significativa
de custos. O contrato é considerado
tão estratégico pela Bovespa, que o
evento de lançamento contará com as
presenças dos presidentes da HP,
Carlos Ribeiro, da Intel, Oscar Clarke, e
da Microsoft, Emilio Umeoka.